PROJETO DE CARNAVAL

GRÊMIO RECREATIVO
ESCOLA DE SAMBA DE
MAQUETE

Ficha Técnica da Agremiação

Fundação 06/01/2015.
Cores Amarelo Ouro, Preto e Branco.
Cidade Maceió, AL.
Presidente William Alves
Carnavalesco William Alves
Enredo
S. Enredo Utilizado

Pavilhão da Escola
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Logotipo de Enredo
Carnaval 2020

Sinopse
Carnaval 2022
JUSTIFICATIVA DO ENREDO
Para o ano de 2022 o GREM IMPÉRIO DOURADO defenderá o enredo Kò
sí ewé kó sí òrisà - Sem folhas não há orixá, evidenciando a relação
entre o culto ao Orixá e a natureza. Orixá é ar, fogo, água e terra. Orixá
vem das raízes. Cada Orixá tem a folha que lhe representa e que carrega
sua essência, a qual equilibra os caminhos dos seus filhos. As raízes de
Iroko, as folhas de Ossayn e os ventos de Oyá, que espalham as
sementes.
Ossaim, é protetor do reino vegetal, mas é também um
interlocutor, através das plantas, para chegarmos em cada um dos
orixás. Portanto, as folhas ajudam o
ser humano para se comunicar com tudo o que é sagrado, com tudo
que
é divino, com tudo que existe além da sua capacidade de
alcance. Por este motivo as
plantas fazem parte dos processos iniciáticos e são utilizadas no
processo de sacralização
dos símbolos dos orixás. Celebrar Ossaim, é celebrar as folhas, a força
africana!

APRESENTAÇÃO
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Todo axé das plantas se efetivará com o poder de Ossaim

Todos os poderes, forças e energias vitais que serão manipuladas nas
plantas produzirão o efeito desejado nas minhas mãos
Eu, devoto de Ossaim, filho das plantas sagradas
Os poderes, as forças e as energias vitais contidas nas folhas
responderão a mim
Eu, filho daquele que tem o poder para curar
Os poderes, as forças e as energias vitais contidas nas folhas
responderão para mim
Eu, o filho daquele que tem o poder para curar
Todo axé das plantas se efetivará com o poder de Ossaim
Com a bênção do meu venerável e divino pai (Ossaim)
Todos os poderes, forças e energias vitais que serão
manipuladas nas plantas produzirão o efeito desejado:
A vitória do meu Império!

SINOPSE
É de Ossain o segredo das folhas. Aprendeu com Aroni, a divindade
que mora nas profundezas da floresta encantada o poder das folhas.
Onde as folhas crescem em seu estado puro, selvagem, o território do
medo, do desconhecido.
Conta que, certa vez, Orunmilá desejando fazer uma grande plantação,
ordenou que Ossain desmatasse as suas terras. Quando Ossain
encontrou as plantas que cessava as dores se negou a cortá-la.
Orunmilá muito procurado por doentes, ordenou a Ossain que o
ajudasse a curá-los. Assim, Ossain se tornou o dono do poder das
folhas.
Èwé Ásà!
Os orixás, se tornaram dependente dele, quando precisavam de alguma
cura, necessitavam da presença de Ossain que misturava suas folhas
que carregavam na cabaça para resolver qualquer demanda. Ossain
nunca compartilhou com os orixás os seus conhecimentos sobre a cura
por meio das folhas que aprendera com Aroni. Negava repetidas vezes
revelar os segredos que guardava em sua cabaça. Xangô, cujo
temperamento é impaciente, guerreiro e impetuoso, irritado por esta
desvantagem, usou de um ardil para tentar usurpar Ossaim a
propriedade das folhas. Falou dos planos à sua esposa Iansã, explicou-
lhe que, em certos dias, Ossaim pendurava, num galho de Irôko, uma
cabaça contendo suas folhas mais poderosas. Oyá, a senhora dos
ventos, provocou um redemoinho, que tomou das mãos de Ossain a
sua cabaça, ao cair no chão, a cabaça se abriu e cada orixá foi
presenteado com uma folha específica.
Quando a cabaça de Ossain se abriu, o conhecimento sagrado se
difundiu, no entanto, só ele sabe os mistérios e segredos de todas as
ervas (ewè), só ele sabe o ofó que desperta o seu poder e ativa o axé.

Sem folhas nenhum fundamento pode ser realizado, não existe

Candomblé, não existe orixá. Alecrim, Colônia, Folha da Costa, Folha da
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Fortuna, Manjericão, Nega Nina, Oripepe, Poejo e Sangue Lavou são

energia. Se não tiver folhas não tem como ser! As folhas constituem o
fundamento inicial do Candomblé. Antes de passar por qualquer ritual,
o banho de ervas (amassi) purificará e será a primeira consagração
dentro do culto. É com o amassi que se lavam os colares, os objetos
rituais do ibá, a cabeça, a alma e o corpo dos iniciados. É sobre as
folhas sagradas de Ossaim que repousará o iaô em sua consagração ao
orixá. É com as folhas que os animais consentem o sacrifício. Ossaim é,
portanto, a primeira consagração no Candomblé: primeira e constante,
pois a folha faz parte do dia-a-dia dos seus adeptos; Ossaim é
imprescindível à religião, dos orixás e aos iniciados.
Para que as folhas funcionem, é preciso encantá-las com palavras. Ao
adentrar no reino de Ossain, cante as palavras certas, o banho de folha
necessita do jeito certo de se falar as palavras.

O ritual começa na colheita. A folha é a tradição, Ossain, aquele que

vive nas árvores Oh, as folhas! Oh, as folhas. Quem entra na mata tem
que saber a hora certa de retirar cada folha. Pede-se licença a Ossain e
Oxossi, detentor das plantas e ervas medicinais e o senhor das matas e
florestas. Umas no nascer do dia, outras no cair da noite, umas na lua
nova, outras na cheia, respeitando o dia certo da semana. Na quinta-
feira suas cores verde claro e branco reluz mais forte, tanto na
Umbanda quanto no Candomblé, o fumo, a cachaça e o mel
despachados nas matas virgens para saudar ao médico e feiticeiro,
Salve meu São Benedito no sincretismo brasileiro. As ervas medicinais
que os pajés utilizavam, misturavam-se com as rezas de santos
católicos, formando uma falange de mulheres que dominavam o uso
destas ervas criando-se assim as famosas rezadeiras e curandeiras do
Brasil. Por isso que a influência indígena é tão forte também na
Umbanda, com seus Caboclos, entidades representantes dos índios
que aqui estavam quando os colonizadores chegaram.
As ervas de banho, de defumação que queima para espantar o mau
olhado e atrair energias positivas, nos sacudimentos e descarregos
usadas na forma de ramas e galhos que são “batidos” nas pessoas que
sobem e descem as ladeiras de São Salvador, nas festas de largos, no
perfume que exala da água de cheiro aos pés do Senhor do Bomfim
com o objetivo de desprender as cargas negativas.
Na cultura regional, nos centros das cidades o mato rareou,
hoje as plantas rituais podem ser adquiridas em feiras comuns de
abastecimento e nos estabelecimentos que comercializam material de
culto. Exemplo maior, no Mercadão de Madureira, no subúrbio do Rio
de Janeiro, pródigo na oferta de objetos rituais, vestimentas e
ingredientes para o culto dos orixás, onde se vende toda e qualquer
folha necessária aos ritos. Os erveiros nas suas barracas ao ar livre
comercializam as plantas, sementes e raízes nas feiras, saberes
populares que curam a alma e o corpo, o sagrado e o profano do
cotidiano do nosso povo de fé.
Folha, você é e tem a tradição dos costumes do culto sagrado. Folha
você é para todos os orixás.
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Samba Enredo
Carnaval 2020
Autores:

Escola:

Roteiro de Desfile
Carnaval 2022
Segmento Defesa / significado.

Os antigos contam que existia um orixá

Comissão de Frente
A cabaça está se abrindo
*Elemento cenográfico da CdF: Èwè
Àkèrègbè - Igbá Ossain*
conhecedor de todos os segredos das
ervas. Ossain tinha o dom de manipular as
folhas, curar doenças e cicatrizar feridas.
Contudo, essa divindade não gostava de
compartilhar os seus segredos e guardava
todas as suas poderosas ervas dentro de
uma cabaça. Por essa razão, em uma
atitude de revolta e necessidade, Iansã
usou do seu domínio sobre os ventos para
abrir e compartilhar com todos os orixás, a
sabedoria que estava presa dentro da
cabaça.
Representa a cabaça, um fruto vegetal
com larga utilização no Candomblé. É o
fruto da cabaceira. Inteira, é
denominada cabaça; cortada, é cuia ou
Coité; e as maiorias são denominadas
cumbucas.
Ossain utilizava a cabaça para guardar
os segredos das folhas. O elemento
apresenta uma grande cabaça de
Ossain chamada de Igbá-Ossain que
em determinado momento do desfile ao
ser aberta liberta toda a sabedoria
presente no culto de orixás.
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Primeiro Casal de Mestre Sala
e Porta Bandeira
O guardião das folhas
Guardiões do Casal
Irokô
Baianas: Peregun - sabedoria
ancestral
Velha guarda: Conhecimento das
ervas medicinais
Nosso casal representa as qualidades de
Ossain. Nosso mestre sala representa
Agbènigi, um velho feiticeiro,
acompanhado por um pássaro sagrado. Tem
total poder sobre as ervas. Nossa porta-
bandeira representa Ossain Miró veste-se de
verde claro e escuro, é grande conhecedor
das ervas sagradas. Anda com o paregum
em mãos e tem fundamento com o tempo.
Nossas mães do samba
respeitosamente representa uma das
folha mais antigas e bastante utilizadas
nos rituais aos Òrisàs.
Pèrègún, cujo nome é a contração do
verbo “PÈ”, significa chamar, e a
palavra “EGÚN”, significa espírito,
ancestral. Percebe-se então que esta
folha tem a finalidade de “chamar
(invocar) espíritos”. Pèrègún presenciou
o crescimento da humanidade. Sempre
há de nos trazer a sorte. Nossas mães
do samba representa a sabedoria dos
nossos ancestrais yorubanos que
utilizavam essa sagrada folha ancestral.
A velha guarda representa Àrònì, o
grande companheiro de Ossain. Àrònì
tem o conhecimento das ervas
medicinais, embora só Ossain tem o
poder da cura. Aroni é conhecido por
ser um dos mestres da botânica de
Ossain. Protetor das florestas, Aroni
toma para si as pessoas que adentram
a floresta sem pronunciar as palavras
mágicas. Aroni fuma constantemente
um cachimbo feito com a casca do
Igbin, o qual ele também usa para
potencializar as propriedades das
folhas e encantar as pessoas que se
deparam com ele.
Possui apenas uma perna e gosta de
receber como oferenda milho e galos.
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O abre alas representa a floresta, casa

de Ossaim, que divide com outros
Carro Abre-Alas: A Floresta sagrada
de Ossain
orixás do mato, como Ogum e Oxóssi,
o seu território por excelência, onde as
folhas crescem em seu estado puro,
selvagem, sem a interferência do
homem. A floresta é um lugar sagrado,
mas muito perigoso e todo cuidado
deve ser tomado ao adentrá-la, por
isso, inúmeros preceitos são realizados
para pode entrar na morada dessas
Divindades.

Ossain é filho de Nanã, irmão de

Obaluaê, Oxumarê e Ewá. Sempre foi
muito circunspeto, introvertido,
pensativo, ainda jovem partiu para
floresta – que sempre o atraiu – e lá
estudou as plantas, as árvores e
aprendeu o segredo das ervas,
cuidando dos animais feridos e fazendo
experiências.
Deteve, assim, o domínio do poder das
ervas. E sempre que algum outro Orixá
precisava de uma planta, de uma erva,
devia, em primeiro lugar, pedir
autorização a Ossain, e o senhor do
verde.
Iansã, Senhora dos ventos, partiu para
a floresta, sacudiu sua saia e fez gerar
uma forte ventania, espalhando as
folhas por todo o reino de Oyó e outro
como Ketu, Ifé, Oxogbô, Abeokutá e
Numpé

Ossain assitia a tudo de forma

impassível. Via suas folhas indo em
direção a todos os reinos, sem dizer
uma palavra. No fundo, sabia que
estava dividindo as plantas, as
espécies e nada podiam fazer diante de
tão forte ventania.
Vitoriosa, Iansã voltou ao reino de
Xangô, certa do dever cumprido. Na
floresta, Ossain lamentava o vento que
espalhara suas folhas mas,
intimamente, sorria de forma irônica e
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comentou consigo mesmo:

– De que adianta as folhas, sem o

segredo? De que adianta possuir a
erva, sem o mistério? De que adianta
possuir o ingrediente mágico, sem o
poder de gera a magia?

Sem folha não há orixá, não há o Axé!

(Kosi ewe, kosi orisa)

Ala 3
Exu –Ewè Lará: A folha da
mamona

Ala 4
Ogum- Ewè Ida Orisà: A
Espada de São Jorge

Ala 5
Xangô- Ewè Efínrín pupa:
Alfavaca roxa

Ala 6
Oxóssi- Ewè Oju Malú: Oju
malu

Ala 7
Omolu- Ewè Buje: Alamanda
Ala 8
Oxum- Ewè Abebê: Erva-
capitão
Ala 9
Oyá- Ewè Pákó: Bambuzal

Ala 10
Nanã- Quaresmeira
Ala 11
Yemanjá- Ewè Abafé: Pata de
vaca branca

Carro 2
Folhas no Terreiro
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Segundo Casal de Mestre Sala

e Porta Bandeira
Ogã e Iaô

Ala 12
Banhos de Descarrego

Ala 13
Amaci

Ala 14
Defumação

Ala 15
Oferendas

Carro 3
A sabadoria Cabloca

Ala 16
Bateria – Pajés
Rainha de Bateria
Jurema

Ala 17
Passistas- Cabloco das 7 ervas

Ala 18
Sabedoria dos Velhos

Tripé 1
Pretos Velhos

Ala 19
Rezandeiras

Ala 20
Festa de Lagos
Terceiro Casal de Mestre Sala e
porta bandeira
Aos pés do Bomfim
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Ala 21

Ossain urbano

Carro 4
Nas Feiras a Sabedoria Popular