Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
,
BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
2.° SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Artigo 1. São introduzidos. o n.· 38 do artigo 9 e a alínea k)
do n.· 1 do artigo 11 e alterados, os n." 1 e 2 do artigo 9-A.
a alínea a) e o item iv) da alínea b) do R.' 1, ambos do artigo 11,
AVISO o item v) da alínea b) do n," 1 do artigo 18 e o n.· 8 do artigo 20.
todos do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado,
A matéria a publicar no «Boletim da República»
aprovado pelo Decreto n.· 51198, de 29 de Setembro, passando
deve ser remetida em cópia devidamente autenticada, .a ter a seguinte redacção:
uma por cada assunto, donde conste, além das indi-
cações necessárias para esse efeito, o averbamento "Artigo 9
seguinte. assinado e autenticado: Para publicação no (TrIIR.ml." de bene e prealaçOea de •••••lçoa '.enla)
«Boletim da República.»
Estão isentas do imposto:
1 .
SUMÁRIO 2 .
Conselho de Ministros: 3 .
Decreto R.· 5512004: 4 .
Introduz o n.· 38 do artigo 9 e a alínea k) do n.· 1 do artigo 11 ~ .
e altera. o n.· 1 e o n.· 2 do artigo g A. a alínea a) e o
e
6 .
item iv) da a1lneab) do n.· 1. ambos do artigo 11. o item v) da
alínea b) do n.· 1 do artigo la e o n.· 8 do artigo 20, lodos do 7 .
Cõdigo do Imposto sobre o ValorAcrescentado. aprovado pelo 8 .
Decreto n.· 51198. de 29 de Setembro.
9 .
Decreto R.· 5&12004: 10 .
Aprova o Regulamento da Lei das Instituições de Crédito e II , .
Sociedades Financeiras e revoga os Decretos n.· 45194. de
12 de Outubro e n.· 1112001.de 20 de Março. 12......•.................................................................
13............................................•...........................
Oecr8lo n.' 5712004:
14 .
Aprova o Regulamento das Microfinanças. e revoga O
Decreto n.· 47198. de 22 de Setembro. 15 .
16 .
Conselho Nacional da Função Pública:
17............................................•...........................
ResoIUVIo R.· 11I2OO4: 18 .
Cria funções de direcção, chefia e confiança a vigorar nas autar-
quias locais e aprova os respectivos qualificadores profissionais. 19 .
•••••••••••••••••••••••••••••••• 20 .
21. .
CONSELHO DE MINISTROS
22 .
a) Desconto de títulos cambiários, nomeadamente letras a) Definir as condições para a emissão e a utilização
e lívranças; dos cartões de crédito, e de outros meios de paga,
mento previstos no artigo II 6 deste Regulamento;
b) Desconto de obrigações emitidas por empresas à luz
da Lei Comercial; b) Ordenai a suspensão de cartões de crédito e de outros
c) Desconto e operações análogas relativas a títulos, em meios de pagamento cujos critérios de utilização
geral, e outros instrumentos equiparados ou com- violem as condições definidas pelo Banco de Mo-
plementares que a lei lhes não proíba: çambique referidas na alínea anterior e outras em
vigor, ou conduzam a um desequilíbrio das pres-
d) Prestação de serviços acessórios ou complementares
tações atentatório da boa-fé.
às operações referidas nas alíneas anteriores, que
a lei lhes não proíba. ARTIGO 120
d) Caixa Financeira Rural - micro banco que se caracte- b) Os adiantamentos efectuados pelo mutuário como forma
riza pelo enfoque da sua actividade no meio rural; de comparticipação no crédito;
e) Caixa Geral de Poupança e Crédito - microbanco não c) Os pagamentos do crédito pelo mutuário, antes da data
sujeito a qualquer das condicionantes dos demais de vencimento. a título de amortização;
tipos de microbanco, referidas nas alíneas b), c) ti) A entrega de valores monetários pelo mutuário, em
e ti) deste número; garantia do crédito a conceder.
f) Cooperativas de crédito - instituições de crédito cons- 6. Para efeitos das alíneas b) e c) do n" 4 deste artigo, quanto
tituídas sob a forma de sociedades cooperativas. à relação de domínio. aplicar-se-ã o disposto na alínea I) do n," 2
cuja actividade é desenvolvida a serviço exclusivo do artigo 2 da Lei das Instituições de Crédito e Sociedades
dos seus sócios; Financeiras, sobre relação de domínio.
----------------
528-(56) I SltRIE - NÚMERO 48
ARTIGO 2 SUBSECÇÃO 1\
ARTIGO 10
5. O depósitó prévio referido nos números anteriores rever-
Decisão terá a favor do Estado quando se verifiquem as situações
L A decisão sobre o pedido deve ser tomada no prazo de seguintes:
noventa dias a contar da recepção do pedido ou, se for o a) Se a autorização caducar por falta de observância do
caso, das informações complementares e deverá ser notificada, prazo fixado para a constituição da instituição;
por escrito. aos requerentes.
b) Se, antes da constituição da instituição, a autorização
2. O pedido será indeferido sempre que: for revogada pelo facto previsto na alínea a) do
a) Não estiver instruído com todas as informações e n." 1 do artigo 17 da Lei das Instituições de Cré-
documentos exigidos; dito e Sociedades Financeiras.
b) A sua instrução enfermar de inexactidões e falsidades;
ARTtGO t2
c) A instituição não obedecer aos requisitos dos n.~ 1
FormaNdades do pedido
e 2 do artigo 11 da Lei das Instituições de Cré-
dito e Sociedades Financeiras, salvas as excepções 1. Os pedidos de autorização de constituição devem ser
legalmente estabelecidas; instruídos em duplicado.
d) A instituição não dispuser de meios técnicos e recur- 2. Todos os documentos destinados a instruir o pedido
sos financeiros suficientes para o tipo e volume devem. quando redigidos numa língua estrangeira. ser acom-
das operações que pretenda realizar; panhados da respectiva tradução oficial na língua portuguesa.
e) O Banco de Moçambique não considerar demonstrado
ARTIGO 13
que todos os detentores de participações qualifi-
cadas satisfazem os requisitos estabelecidos no Nomeação de um representante
artigo 65-A da Lei das Instituições de Crédito e
Os- requerentes deverão designar uma pessoa, singular ou
Sociedades Financeiras;
colectiva, concedendo-lhe plenos poderes para os representar
j) A adequada supervisão da instituição a constituir seja perante as entidades encarregadas da apreciação do pedido,
inviabilizada por uma relação de proximidade entre
devendo tal pessoa ter, pelo menos, um domicílio em Meçam.
a instituição e outras pessoas, ou pelas disposições
bique, para efeitos de notificação e envio de correspondência.
legais ou regulamentares de um país terceiro a
que esteja sujeita alguma das referidas pessoas ou ARTIGO 14
ainda por dificuldades inerentes à aplicação de Apreciação pelo Banco de Moçambique
tais disposições;
I. Recebido o pedido, devidamente instruído, a decisão do
g) Houver fundadas dúvidas e ou razoáveis suspeitas
relativas à idoneidade, experiência ou competência Governador do Banco de Moçambique deve ser tomada no
prazo de noventa dias.
dos requerentes, ou quanto à licitude da origem e
proveniência dos fundos a alocar à actividade. 2. Em caso de instrução deficiente do pedido, que se
3. Em caso de indeferimento o Banco de Moçambique, se traduza na falta de certos elementos necessários, o Banco de
entender necessãno para reserva da confi dencialídade das Moçambique notificará os requerentes dando-lhes prazo razoá-
fontes e do sigilo, poderá abster-se de comunicar especifi- vel para suprir- a deficiência, interrompendo-se, consequen-
cadamente as causas da recusa, bastando, se for caso disso. temente, a contagem do prazo referido no número anterior.
a invocação genérica dos preceitos legais aplicáveis. ARTIGO 15
4. Não obstante o preenchimento dos requisitos formais, Vistoria
o pedido de autorização poderá ainda ser indeferido se a
análise da situação específica do mercado onde se pretende A acti vidade sô poderá iniciar-se depois de vistoriada pelo
implantar a entidade a constituir desaconselhar o surgimento Banco de Moçarnbique a adequação das instalações onde
de mais um operador da espécie requerida. funcionará a instituição à actividade que a mesma se propõe
5. Constitui factor positivo de ponderação a existência de desenvolver.
experiência adequada por parte dos requerentes e/ou dos ARTIGO 16
titulares de órgãos sociais.
Alterações sujeitas a autorização
ARTfGO tt
Depósito prévio 1. ~stão sujeitas a autorização as seguintes alterações aos
estatutos:
1. Juntamente com o pedido de constituição de microbanco
a) Firma ou denominação;
ou cooperativa de crédito os requerentes deverão efectuar,
no Banco de Moçambique, um depósito prévio indisponível b) Objecto;
correspondente a 5% do capital social, devendo o respectivo c) Local da sede;
comprovati vo ser junto ao processo.
á) Capital social, quando se trate de redução;
2. o depósito prévio referido no número anterior poderá
e) Criação de categorias de acções ou alteração das
ser substituído por uma garantia bancária aceite pelo Banco
de Moçambique. categorias existentes;
j) Estrutura da administração ou da fiscalização;
3. Em caso de indeferimento do pedido, o Banco de Mo-
çambique devolverá aos requerentes o valor depositado ou g) Limitação dos poderes dos órgãos de administração
libertará a garantia que tiver sido prestada. ou de fiscalização.
4. Se o pedido for autorizado, o valor do depósito prévio 2. Os pedidos de alteração serão efectuados mediante
será disponibilizado aos requerentes, após a constituição da requerimento a ser entregue no Banco de Moçambique, acom-
instituição, podendo, contudo, ser considerado para efeitos panhado de minuta contendo as disposições estatutárias que
de realização do capital social da mesma. se pretende alterar.
528 (58) ISÉRIE - NÚMERO 48
3. A decisão deverá ser tomada no prazo de 30 dias a c) Data da autorização para a constituição como insti-
contar da' data da recepção do pedido. tuição de Crédito ou sociedade financeira;
4. A, alterações do objecto que impliquem mudança do d) Data de constituição;
tipo de instituição de crédito ou sociedade financeira são e) Lugar da sede;
equiparadas, no que diz respeito à autorização. ao regime da j) Capital subscrito;
fusão, cisão e dissolução, g) Capital realizado;
AR1IGO 17 II) Identificação dos accionistas ou sócios detentores de
Abertura de agências participações qualificadas;
i} Identificação dos membros dos órgãos sociais. e outros
1. A abertura de agências carece de autorização do Banco equiparados nos termos legalmente estabelecidos:
de Moçambique.
j) Delegação de poderes de gestão;
2. Para efeitos da autorização referida no número anterior. k) Data do início da actividade;
dever-se-a ter cm conta a definição constante da alínea a)
/.)Lugar e data de criação de filiais. sucursais e agências
do n." 2 do artigo 2 da Lei das Instituições de Crédito -e
e o seu encerramento, se for caso disso;
Sociedades Financeiras. não se considerando no' entanto como
11/) Identificação dos gerentes das sucursais estabelecidas
agências os locais onde se efectuem operações apenas com
a intervenção de meios automáticos. no estrangeiro:
II) Acordos parnssociaís;
3. Nos pedidos de autorização devem ser indicados os
seguintes elementos: o) Alterações que se veri fiquem nos elementos cons-
tantes das allneas anteriores.
a) Local onde se pretende instalar a agência;
AlniG020
b) Tipo de operações a serem realizadas;
Registo dos membros dos órgãos sociais ou equiparados
c)·Número de trabalhadores a afectar;
(f) Outras informações que os requerentes julguem J. O registo dos membros dos órgãos sociais das coope-
necessárias para a apreciação do contributo da rativas e dos microbuncos, 'ou outros equiparados, deverá
ser solicitado, mediante requerimento da instituição Oll dos
agência para o desenvolvimento económico do
interessados, juntando-se os elementos informativos fixados
local onde serã instalada.
pelo Banco de Moçambique. nos termos da lei.
4. Os pedidos deverão ser ainda acompanhados de decla-
2. Para prevenir a designação elou contratação de indiví-
ração subscrita por. pelo menos, dois elementos do respectivo
duos que não reúnam os requisitos legalmente estabelecidos.
órgão de administração. atestando que a instituição respeita
o req uerimento referido no número anterior deveni ser sub-
todas as regras prudenciais que lhe são aplicáveis, ou, se não metido previamente ã efectiva designação e/ou contratação.
for esse o caso, indicando, as situações de incumprimento
existentes. 3. Quando não seja recusado, o registo efectuado nos
termos du 11.° 2, considerar-se-d provisório até à comunica-
ART'GO 18 ção, pela instituição ou interessado em causa. da confirmação
Requisitos para autorl~ção de abertura de agência da designação elou contratação.
4. Em CllSO de recondução. será esta averbada no registo.
I. Na apreciação dos pedidos de autorização de abertura a requerimento da instituição ou dos interessados:
de agência. ter-se-a em conta:
5, A falta de idoneidade ou experiência dos membros dos
a) A capacidade e solvabilidade do requerente; órgãos sociais é fundamento de recusa de registo.
b) O interesse da agência para a economia do local 6. A recusa de registo com fundamento no disposto no
onde vai ser instalada; número anterior será comunicada à instituição requerente, a
c) O número e fi natureza das instituições de crédito e qual tomará as medidas adequadas para que aqueles cessem
sociedades financeiras já estabelecidas no local. imediatamente funções.
2. São condições para que seja dada a autorização; i A recusa de registo atingirá apenas as pessoas fi quem
não tenham sido reconhecidas as referidas qualidades, fi
a) Que os fundos próprios da instituição em causa
menos que tal circunstância respeite a maioria dos membros
sejam adequados à garantia das operações a efec-
do órgão em causa, ou que deixem de mostrar-se preenchidas,
tuar pela agência;
por outro modo, as exigências legais ou estututãrias pura o
b) Que a instituição possa. com a criação da agência, normal funcionamento do órgão, caso cm que o Banco de
continuar a respeitar todas as regras prudcnciais a Moçambique fixará um
prazo para que seja alterada a SU.I
que se encontra sujeita. nomeadamente os nicios composição.
de solvabilidade e imobilizado. 8. A falta de- registo não determina a invalidade dos actos
ARTJ(lQ 19 praticados. pelai pessoa em causa no exercício das suas
funções.
Pedido de reglslo especial
ARTIGO 21
1. O registo especial referido no artigo 40 da Lei das
Instituições de Crédito c Sociedades Financeiras, deverá ser F~ct08 supervententes
requerido ao Governador do Banco de Moçambique. acorri- J. Os microbancos e as cooperativas de. crédito deverão
panbado por todos elementos que fundamentem os factos a comunicar ao Banco de Moçambique. logo que deles tenham
registar e abrangerá os seguintes elementos: conhecimento, os factos referidos no n." 4 do artigo 19 da
a) Firma 0\1 denominação; Lei das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras. que
sejam supervenientes ao registo da designação e que digam
b) Objecto;
respeito a qualquer dos membros dos seus órgãos sociais.
---------------.- .
/0 DE DEZEMBRO DE 2004
2. Consideram-se supervenientes, tanto os factos ocorridos 5. As alterações aos elementos de registo ou inscrição
após a efectuação do registo. como os factos ven ficados deverão ser objecto de novo registo ou inscrição no prazo
anteriormente a este. mas de que as instituições só tenham de noventa dias da sua ocorrência
tido conhecimento posteriormente ao mesmo.
SECÇAO 111
3. O dever estabelecido no n." '\ considera-se suprido se
a comunicação for feita. pelas próprias pessoas a quem O~ Supervisào e rnonitorlzação
factos respeitarem.
ARTIGO 25
ARTIGO 22
Supervisão
Cancelamento do registo
I. O registo será cancelado quando se verifique que foi 1. Os microbancos e as cooperativas de crédito estão sujei-
obtido por meio de falsas declarações ou outros expedientes tas a supervisão prudencial, como tal definida na alínea II)
ilícitos. sem prejuízo das sanções penais aplicáveis. do 0.° 4 do artigo 1 deste Regulamento.
2. No caso do registo dos membros dos órgãos sociais, 2. Quando a dimensão, localização ou outros elementos
poderá ser cancelado o registo se, posteriormente. se concluir relativos às cooperativas de crédito não o justifiquem, o
não estarem satisfeitos' os requisitos de idoneidade e expe- Banco de Moçambique poderá dispensá-Ias de supervisão
riência profissional exigidos para o exercício do cargo. prudencial, passando sobre as mesmas a efectuar-se apenas
3. É aplicável ao cancelamento do registo dos membros monitorização, nos termos do artigo seguinte.
dos órgãos sociais o disposto nos n.'" 6 a 8 do artigo 20 ARTIGO 26
do presente Regulamento.'
Monitorização
ARTIGO 23
Os demais operadores de microfinanças, não abrangidos
Prazos, informações complementares e certidões
pelo artigo anterior, sujeitam-se; ri. monitorização, como tal
1. O prazo para requerer qualquer registo é de noventa dias definida na alínea j) do n." 4 do artigo 1 deste Regulamento.
a contar da data em que os factos a registar tiverem ocorrido.
ARTiGO 27
2. O prazo para o registo começa a contar da data da sua
constituição definitiva ou. tratando-se de entidades com sede, Supervisão e monitorização por entidades mandatadas
no estrangeiro. da data da obtenção da autorização para o seu pelo Banco de Moçambique
estabelecimento em Moçambique.
As competências de supervisão e monitorização dos opera-
3. Do registo serão passadas certidões ao respectivo reque- dores de microfinanças previstas neste Regulamento, incluindo
rente e a outras pessoas que demonstrem interesse legítimo. vistorias e outras acções similares. poderão ser exercidas por
Sl:I3SECÇÀO 111
outras entidades mandatadas pelo Banca de Moçambique, e
agindo em seu nome, nos termos do n." 5 do artigo 55 da Lei
Regime de registo ou inscrição dos demais operadores
de microfinanças
das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.
SECÇÀO IV
24
ARTIGO
Registo ou inscrição de operadores de microfinanças Competências do Banco de Moçambique
que não sejam instituições de crédito e sanções
b) No tocante aos demais operadores elou respectivas c) Outras operações' e serviços. estritamente necessários
actividades, o requerimento será deferido se esti- à adequada execução das operações indicadas nas
verem preenchidos os requisitos de registo esta-
alíneas a) e b) deste número.
belecidos no artigo 24 deste- Regulamento e for 2. O início da prestação <los serviços referidos na alínea b)
demonstrada a viabilidade da transformação, do número anterior está sujeito a comunicação prévia ao
2. O Banco de Moçambique poderá, sem necessidade de Banco de Moçambique, com antecedência de 90 dias, podendo
qualquer requerimento do operador nesse sentido, recomendar este opor-se dentro deste prazo se a organização e desempenho
ou determinar a transformação de um operador em função da <lo rnícrobanco requerente não indiciar uma gestão prudente
dimensão da sua actividade ou do seu desempenho. e criteriosa dos fundos do público.
L O capital das cooperativas de crédito pode aumentar, 1. As cooperativas de crédito podem realizar operações de
mediante: concessão de crédito, nos termos definidos pela alínea b)
do artigo 4 da ~i das Instituições de Crédito e Sociedades
a) Admissão de novos associados; Financeiras, delas podendo beneficiar apenas os seus associados.
b) Aumento da participação de um associado, por sua 2. O disposto no número anterior -não impede que as
iniciativa; cooperativas de crédito concedam crédito aos seus trabalha-
c) Chamadas de-capital, de acordo com deliberação da dores no âmbito da política social.
assembleia geral; 3. As decisões sobre concessão de crédito devem ser toma-
á) Incorporação de reservas disponíveis para o efeito. das pelo órgão de administração, podendo tal competência
ser delegada, desde que fique assegurado que a decisão será
2. O valor referente aos aumentos de capital efectuados
tomada colegial mente.
nos termos da alínea c) do número anterior deve ser realizado
no prazo de cento e oitenta dias. ARTlG048
Obtençlio de recursos
ARTlG041
Para além dos demais meios de financiamento permitidos
Reduçlo do capital social
às sociedades cooperativas em geral, as cooperativas de cré-
O capital social das cooperativas só pode ser reduzido por dito podem ainda:
amortização dos títulos de capital dos associados exonera- a) Receber depósitos dos seus associados;
dos a seu pedido, excluídos ou falecidos, desde que tal não b) Ter acesso a outros meios de financiamento que lhes
comprometa a observância dos normativos prudenciais pela sejam especialmente autorizados pelo Banco de
instituição em causa. Moçambique.
528-(62) I SÉRIE - NOMERO 48
ARTIGO 49 ARTIGOSS
Outrasoperações SI.lem. centr.1 de crédllo cooperátlvo
Às cooperativas de crédito é permitido prestar, ao público, J. As uniões ou federações de cooperativas de crédito
serviços de pagamentos, aluguer de cofres e guarda de valo- podem igualmente criar sistemas centrais de crédito, sob a
res, bem ainda outros serviços similares desde que previa- forma de sociedades cooperativas de responsabilidade limitada,
mente autorizados pelo Banco de Moçambique. com os seguintes propósitos:
ARTIGOSO a) Facilitar' a gestão da liquidez das cooperativas suas
Apllc.çOes IIn.nc.lr •• associadas, assegurando o funcionamento de sis-
temas de financiamento recíproco;
As cooperativas de crédito podem constituir depósitos em b) Agir como intermediário entre as cooperativas de
instituições de crédito e adquirir títulos de dívida pública ou crédito e .as possíveis fontes de financiamento;
da autoridade monetária, nas condições que vierem a ser
estabelecidas pelo Banco de Moçambique, e ainda deter c) Providenciar sistemas de pagamento e correspon-
participações financeiras: dentes 'serviços para os seus membros;
ti) Levar a cabo outros serviços em benefício dos seus
a) Nos sistemas centrais de crédito cooperativo;
membros.
b) Quando adquiridas para obter ou assegurar o reem-
bolso, de créditos próprios, devendo nesses casos 2. Os sistemas, centrais só poderão fornecer serviços às
ser alienadas no prazo máximo de dois' anos; suas cooperativas associadas, não podendo estender os seus
serviços aos associados destas.
c) Quando especialmente autorizadas pelo Banco de
Moçambique. 3. Os sistemas centrais poderão realizar, com o público,
operações de recepção de depõsítos e concessão de crédito,
ARTIGoS1 bem como a prática de outras operações especificamente
Re.erv •• autorizadas, nas condições e nos limites fixados pelo Banco
de Moçambique.
Sem prejuízo de outras que forem previstas nos estatutos
ou que a assembleia geral delibere criar, as cooperativas de ARTIGoS6
crédito deverão constituir as seguintes reservas: Unlll", tlder"9õsl I Ilslem •• csntralludos
à) Reserva legal, destinada a cobrir eventuais perdas;
de outro. operadoras
b) Reserva para mutualismo, destinada a custear acções J. Para melhorar as condições do 'exercício da actividade
de entreajuda e auxílio mútuo de que careçam os autorizada elou registada nos termos deste Regulamento, os
seus associados ou empregados. demais operadóres de microfinanças também se podem orga-
nizar em Uniões e Federações, bem ainda desenvolver siste-
ARTIGoS2 mas centralizados nos termos previstos, com as devidas
Apllcaçlo d. reeultado. adaptações, para as cooperativas de crédito.
Os resultados obtidos pelas cooperativas de crédito, após 2. Para efeitos do número anterior, os sistemas centrais de
cobertura de eventuais perdas de exercícios anteriores terão crédito poderão adoptar qualquer das formas de constituição
as seguintes aplicações: colectiva admitidas por lei, incluindo a de sociedade comer,
cial, podendo admitir sócios e investidores para além dos
a) 20%, no mínimo, dos lucros líquidos anuais será
operadores de microfinanças regulados neste diploma.
alocado à reserva prevista na alínea a) 'do artigo
anterior; sscçxo JlJ
b) Até 5% dos lucros líquidos anuais será alocado à Outros operadores de mJcroflnanças
reserva prevista na alínea b) do artigo anterior;
ARTIGOS?
c) O excedente poderá, ser distribuído pelos associados.
Org.nlz.çõee,d. POuponçoe empréstimo
ARTIGoS3
1. As organizações de poupança e empréstimo referidas na
Fuelo d. cooperatlv•• de crédllo alínea b) do artigo 4 deste Regulamento também poderão mobi-
É permitida u fusão de uma ou mais cooperativas de cré- lizar poupanças, exclusivamente dos seus membros, desde que
dito desde que tal fusão não resulte na violação do disposto observem os seguintes requisitos:
no artigo 42 do presente Regulamento. a) Se.registem no Banco de Moçambique nos termos do
ARTIG0-54 artigo 24 do presente Regulamento;
Unlõe•• feder.çõ" b) O número máximo de membros depositantes não seja
superior a duzentos;
J. Para melhorar as condições de exercício da sua activi-
c) O montante mãxímo de 'depósito por membro deposi-
dade e garantir a sua representati vidade, as cooperati vas de
crédito podem agrupar-se em uniões, as quais por sua vez tante não ultrapasse 10 milhões de meticais.
podem agrupar- se em federações. 2. O regime de comunicações obrigatórias dos operadores
2. A constituição de uniões e federações de cooperativas de previstos neste artigo será definido pelo Banco de Moçam-
crédito está sujeita a registo especial no Banco de Moçambique. bique, nos termos do artigo 28 deste Regulamento,
3. As uniões e federações terão por função aconselhar e 3. Os operadores previstos neste artigo poderão exercer
assistir as cooperativas suas filiadas, providenciando progra- funções de crédito, nos termos previstos nos artigos 5 e 58
mas e serviços, para estas melhor servirem os seus membros, deste Regulamento para os operadores de mícrocrédito, su~ei-
que poderio incluir as áreas de educação e formação, con- tando-se a utilização dos fundos recebidos em dep6sito dos
sultoria em gestão, contabilidade e auditoria, gestão do risco seus membros em operações de crédito nos termos e limites
e outras. definidos pelo Banco de Moçambique.
/O DE DEZEMBRO DE 2004 528-(63)
4. Os elementos constantes das alíneas h) e c) do n." I poderão registar-se para exercer funções. de intermediação de
deste artigo poderão ser alterados pelo Banco de Moçambique, captação de depósitos por conta de uma entidade habilitada
através de aviso. a captar depósitos, nos termos e limites estabelecidos pelo
ARTIGO 58 Banco de Moçambique.
Operadores de microcrédllo
2. Ainda que os intermediários de captação de depósitos
Os operadores de microcrédito referidos no artigo 5 deste
venham a registar-se igualmente como operadores de micro-
regulamento apenas poderão realizar operações. de concessão
crédito, está-lhes vedado o exercício de funções de crédito
de crédito, e dentro dos termos e limites fixados pelo Banco
de Moçambique. com utilização desses fundos.
ARTIGO 59 3. O registo deste operador só será efectuado, entre outros
Intennedlárlos de captação de depósItos elementos exigíveis nos termos deste Regulamento, mediante
1. Os intermediários de captação de depósitos, operadores prova de acordo entre o requerente e uma instituição de
de microfinanças referidos no artigo 6 deste Regulamento, crédito autorizada a captar depósitos.
1. Nome .
2. Data de Nascimento de de .
3. Nacionalidade .
4. Residência _ .
5. Dados profissionais .
1. Denominação .
2. Data de reconhecimento/autorização pelo Governo ...................•..................................................................................
3. País de origem : .
4. Endereço da sede/representação em Moçambique .
5. Identificação pessoal e profissional do(s) gerente(s) ou responsável (is) pelo exercício das funções
de crédito .
II - Descrição do projecto