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FORMAS DE PAGAMENTO ONLINE


147 minutos

 Aula 1 - Definição e conceitos de formas de pagamento online


 Aula 2 - Gestão financeira na era digital

 Aula 3 - Principais formas de pagamento online

 Aula 4 - Comparação entre as formas de pagamento online

 Referências

Aula 1

DEFINIÇÃO E CONCEITOS DE FORMAS DE PAGAMENTO


ONLINE
Nesta aula, você vai conhecer algumas das principais formas de pagamento online e diferentes
tipos de empresas que atuam neste mercado.
33 minutos

INTRODUÇÃO
Prezado estudante,

Nesta aula, você vai conhecer algumas das principais formas de pagamento online e diferentes tipos de
empresas que atuam neste mercado.

Você saberá mais sobre formas de pagamento, tais como: os cartões de crédito, cartões de débito, o boleto e o
Pix. Também conhecerá um breve histórico deles, seu funcionamento e os tipos de empresa que os
operacionalizam.

Os meios de pagamento têm importância fundamental na venda de qualquer produto ou serviço:  por melhor
que seja o seu produto ou serviço, a empresa pode perder a venda se o cliente não conseguir fazer o
pagamento de uma forma rápida, prática e segura. Quanto mais opções forem disponibilizadas aos
consumidores, mais oportunidades eles terão para finalizar suas compras; por isso, é muito importante
conhecer as formas de pagamento disponíveis e suas particularidades.

FORMAS DE PAGAMENTO E EMPRESAS ATUANTES NO MERCADO

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A humanidade tem a necessidade de realizar pagamentos desde praticamente o início de sua história. A
princípio, realizava-se o escambo: trocavam-se produtos e serviços. Por exemplo: um agricultor poderia trocar
um saco de arroz por uma peça de roupa. Depois, surgiram as primeiras moedas feitas de metais, como bronze,
a prata ou o ouro. Foram seguidas das cédulas de papel; mais tarde, criaram-se outras formas, como o cheque,
que já foi um importante meio de pagamento. Contudo, focaremos as aulas nos principais meios de pagamento
digitais utilizados nos dias de hoje:

•  Cartões (crédito e débito).

•  Boletos.

•  Pix.

Cartões
Cartões de crédito: os portadores dos cartões têm um limite de crédito para que possam comprar em
estabelecimentos da rede credenciada e pagar por suas compras posteriormente, geralmente com prazo entre
30 e 45 dias. Assim que o cliente do cartão faz o pagamento, o seu limite é reestabelecido para que possa fazer
novas compras.

Cartões de débito: o funcionamento é semelhante ao dos cartões de crédito, mas o débito do valor das
compras é feito instantaneamente na conta corrente do portador do cartão. O valor das transações é limitado
ao saldo desta conta.

As principais empresas que atuam no mercado de cartões são:

• Bandeiras: são responsáveis pela definição e gestão das regras gerais de funcionamento do sistema de
cartões de pagamento (SANTOS; CAVALCANTI, 2020, p. 19). Alguns exemplos de bandeiras são: Visa,
MasterCard, American Express e Elo.

• Emissores: são geralmente bancos ou instituições financeiras; trata-se das empresas responsáveis pela
emissão dos cartões para os clientes. São estas empresas que darão crédito para eles. Alguns exemplos de
emissores são: Itaú Unibanco, Santander e Nubank.

• Adquirentes: também chamados de credenciadoras, são as empresas responsáveis por cadastrar os


estabelecimentos comerciais e fazer a captura e liquidação das transações nestes estabelecimentos. No
momento da transação, são as adquirentes que se comunicam com as bandeiras e com os emissores de cartão
para processá-la. Quando as transações são aprovadas, as adquirentes são responsáveis por receber os valores
dos emissores e repassá-los aos estabelecimentos. Alguns exemplos de adquirentes são: Cielo, Rede, GetNet e
Adiq.

• Subadquirente: também conhecidos como subcredenciadoras ou intermediadores de pagamento; são


empresas habilitadas pelos adquirentes para realizarem transações em nome dos estabelecimentos de menor
porte e de empresas que vendem pela internet. O subadquirente oferece aos estabelecimentos menores uma
forma mais simples e rápida de fazer transações, incluindo ferramentas adicionais, como serviços de antifraude.
Alguns exemplos de subadquirentes são: Mercado Pago e PayPal.

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Boletos
O boleto bancário é um título de cobrança que contém um código de barras com o valor da cobrança, a data de
vencimento e outras informações bancárias que permitem identificar o pagamento e conectá-lo à conta
corrente do emissor do boleto.

É uma forma de pagamento muito utilizada no Brasil, pois você não precisa ter uma conta em banco para pagá-
lo. O boleto pode ser pago com dinheiro em espécie em qualquer banco ou lotérica ou ainda de forma
eletrônica, usando os canais digitais dos bancos.

Pix
O Pix é um sistema eletrônico de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil, que permite
realizar transações como transferências e pagamentos entre diferentes bancos ou instituições de pagamento,
24 horas por dia, sete dias por semana, incluindo feriados. As transferências são realizadas de uma conta para a
outra em no máximo 10 segundos (BANCO CENTRAL DO BRASIL, [2020]).

EMPRESAS PARTICIPANTES DO MERCADO DE PAGAMENTOS E SEUS


RESPECTIVOS PAPÉIS
As transações de pagamento requerem a participação de várias empresas, cada uma com a sua função. O
diagrama (Figura 1) a seguir mostra a interação e as principais atividades de algumas empresas no mercado de
cartões, mas muitas delas atuam também com outras formas de pagamento, como o Pix e o boleto. Nesta aula,
focaremos nos papéis e responsabilidades de cada participante e nos fluxos transacionais. Trataremos dos
fluxos financeiros em aula posterior.

Figura 1 | Diagrama das interações e atividades das empresas de cartões

Fonte: elaborada pelo autor.

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Uma transação de cartão segue os passos a seguir (conforme descrito na Figura 1):

1. O adquirente captura os dados do cartão e da transação através do terminal (“maquininha”).

2. Ou por uma integração de sistemas para as lojas virtuais.

3. O adquirente, então, encaminha estes dados para a bandeira.

4. A bandeira identifica o emissor do cartão usando os 6 primeiros dígitos dele e encaminha os dados da
transação para o emissor.

5. O emissor analisa os dados do cartão, da transação e outros fatores, como o limite do cartão, e envia a
resposta para a bandeira.

6. A bandeira encaminha a resposta para o adquirente.

7. Adquirente informa a resposta para o comerciante.

Bandeiras
Responsáveis pela criação da marca/bandeira dos cartões e pela promoção desta marca para os
consumidores e comerciantes.

Criação das regras e padrões que toda a rede deve seguir.

Roteamento das transações: o adquirente captura a transação e envia para a bandeira, que, então, enviará a
transação para o emissor.

Mediação em casos de transações não reconhecidas pelos clientes.

Emissores de cartões
Cadastramento dos clientes: todos os dados e documentos dos clientes portadores de cartões são de
responsabilidade do emissor.

Crédito: o emissor determina o limite de crédito de cada cliente e será o responsável por eventuais
inadimplências.

Produção dos cartões e envio para os clientes;

Autorização de compras: para cada transação, o emissor fará diversas verificações para decidir se vai autorizá-
la ou não. A verificação inclui itens como: limite de crédito disponível, tipo de transação e verificação de senha,
por exemplo.

Geração da fatura e cobrança: gerar a fatura detalhando todas as transações realizadas por cada cliente e
cobrar os seus respectivos valores.

Como assumem o risco de crédito do portador perante o credenciador e garantem o pagamento, os emissores
cobram das credenciadoras uma taxa de intercâmbio (SANTOS; CAVALCANTI, 2020, p. 19).

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Adquirentes ou credenciadores
Cadastramento dos comerciantes: o adquirente é responsável por colher todos os dados e documentos dos
comerciantes e categorizá-los de acordo com o seu ramo de atividade.

Captura das transações: os adquirentes fornecem a estrutura para que os comerciantes possam capturar as
transações dos cartões de seus clientes. Para os comerciantes com presença física, pode ser pelo fornecimento
dos terminais de captura, mais conhecidos como “maquininhas”. No comércio eletrônico, isso se dá por meio de
integrações de sistemas.

Pagamentos aos comerciantes: para as transações aprovadas, os adquirentes receberão os valores dos
emissores e os repassarão para os comerciantes.

Os credenciadores cobram dos estabelecimentos uma taxa de administração pela prestação de serviços
(SANTOS; CAVALCANTI, 2020, p. 20).

Subadquirentes ou intermediadores de pagamento


Os intermediadores fazem a conexão entre comerciantes e o adquirente, de forma menos burocrática e
geralmente entregando uma solução mais completa e mais fácil de usar.

Para alguns comerciantes, principalmente para os menores do comércio eletrônico, a integração e conexão com
os adquirentes pode ser um processo complexo em termos de tecnologia; por isso, muitos optam pelos
intermediadores de pagamento.

Estes oferecem um processo mais simples e permitem que o comerciante aceite pagamentos online com
apenas uma integração. Além disso, os intermediadores oferecem também serviços adicionais com contratação
mais fácil que a dos adquirentes, como serviço antifraude.

Uma possível desvantagem dos intermediadores de pagamento em transações de comércio eletrônico é que,
em alguns deles, o cliente é redirecionado à página do intermediador para concluir a transação, o que pode
gerar insegurança nos clientes e desistências.

Quando um comerciante contrata um intermediador, este será o responsável pelo recebimento dos valores do
adquirente e repasse dos valores intermediados para os comerciantes.

Gateway de pagamento
Algumas lojas virtuais optam por utilizar um gateway de pagamento para as suas transações. A função do
gateway de pagamento é capturar as informações de pagamento na finalização da compra, processá-las e
encaminhá-las para um adquirente, subadquirente ou banco, para que a transação seja processada.

Com a utilização de um gateway de pagamento, a loja virtual pode trabalhar com mais de um adquirente ou
subadquirente, não correndo o risco de perder vendas em caso de indisponibilidade. Podem-se aproveitar,
assim, as melhores condições de acordo com cada tipo de transação.

IMPORTÂNCIA DOS PAGAMENTOS NAS VENDAS


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Todo empreendedor busca aumentar suas vendas e, para isso, precisa tornar a experiência do cliente a melhor
possível. Não basta ter um bom produto ou serviço com um bom preço se o cliente não conseguir pagar por
eles.

Dados da pesquisa do Opinion Box mostram que 87% dos consumidores dão preferência por comprar de
empresas que oferecem experiências satisfatórias, e que 81% gastam mais quando passam por isso. Por outro
lado, experiências ruins fazem com que 82% deixem de comprar numa empresa (OPINION BOX, 2021).

As lojas virtuais perdem muitas vendas justamente no momento do pagamento. O cliente escolhe o produto,
coloca-o no carrinho e, na hora de pagar, não encontra o seu método de pagamento preferido, sofre com erros
no processo de pagamento ou não tem uma boa experiência; por isso, opta por desistir da compra.

Para que o comerciante não perca vendas, é muito importante que todo o processo de compra, desde a busca
pelo produto até o seu pagamento, seja o mais fácil, intuitivo, rápido e seguro possível para os clientes. Quanto
melhor for este processo, mais chances existem de o cliente concluir a compra.

Uma boa experiência de compra vai gerar impactos no nível de satisfação do cliente, no valor que gastará, na
maneira pela qual divulgará a loja para outras pessoas e no possível retorno para mais compras. Os meios de
pagamento têm grande influência no momento da compra e podem fazer toda a diferença na decisão dos
clientes.

Com relação à experiência dos clientes com o processo de pagamento, é importante se atentar para alguns
itens, como os citados a seguir:

Reduzir ao máximo a quantidade de informações que o cliente deve preencher e o número de passos para
concluir a compra.

As páginas e campos para o preenchimento dos dados, tanto de entrega quanto de pagamento, devem ser o
mais intuitivos e fáceis de preencher possível, com informações claras, instruções de preenchimento e
canais para resolução de dúvidas.

Evitar redirecionamentos para outras páginas; o cliente pode se sentir inseguro por não saber para onde
está sendo redirecionado e pode pensar que se trata de algum tipo de fraude. Quando não for possível evitar o
redirecionamento, incluir informações claras na página anterior informando o cliente sobre o redirecionamento
e sobre o que ele deve fazer para concluir a compra.

Oferecer o maior número possível de métodos de pagamento e, se possível, até uma combinação de
diferentes métodos: alguns clientes preferem pagar com boleto, outros com Pix, outros com cartão. Existem
também situações nas quais o cliente precisará usar mais de um método diferente de pagamento, como em
casos nos quais o cliente tem um limite de crédito baixo no cartão e precisa complementar o pagamento com
outro cartão ou com Pix.

Disponibilizar opções de compra com um clique, ou de “pagamentos invisíveis”, pelos quais o cliente pode
pagar a sua compra de forma transparente, sem ter que tomar nenhuma ação para isso, usando informações
de pagamento já cadastradas anteriormente. Também é um diferencial que pode contribuir para o aumento de
vendas e a redução do abandono de compras.

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Com tantas inovações surgindo no mercado de pagamentos, os comerciantes precisam estar sempre atentos à
utilização delas para atender melhor seus clientes, atingir um número maior de consumidores e aumentar suas
vendas.

VÍDEO RESUMO
Você verá no vídeo mais informações sobre as principais formas de pagamento (cartões de crédito, cartões de
débito, boleto e Pix); saberá mais sobre como funciona uma transação de cartão de crédito ou débito, o que
fazem algumas empresas que atuam neste mercado e quais são as características e diferenças entre elas.

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Informações da Caixa Econômica Federal o Banco Central do Brasil sobre o Pix.

Página da Febraban (Federação de Bancos Brasileiros).

Mais informações sobre cartões:


Página da Abecs (Associação oficial do setor de meios eletrônicos de pagamentos).
Páginas das bandeiras de cartão:
Visa.
MasterCard.
Elo.
American Express.

Aula 2

GESTÃO FINANCEIRA NA ERA DIGITAL


Nesta aula, abordaremos a evolução da gestão financeira antes e depois da era digital.
30 minutos

INTRODUÇÃO
Prezado estudante,

Nesta aula, abordaremos a evolução da gestão financeira antes e depois da era digital.

Uma boa gestão financeira é fundamental para o sucesso de qualquer empresa a longo prazo e muito
importante também na vida das pessoas.

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Você saberá como as empresas faziam sua gestão financeira antes da era digital, o que mudou com a
digitalização e quais foram os ganhos obtidos com esta mudança.

Você conhecerá também algumas ferramentas que são utilizadas atualmente para fazer a gestão financeira e
algumas que podem ser criadas utilizando inovações do sistema financeiro, como o Open Banking.

GESTÃO FINANCEIRA
Para que qualquer empresa tenha sucesso no médio e longo prazo, é fundamental ter uma boa gestão
financeira. Ela consiste em uma série de processos por meio dos quais a empresa tem controle de suas
atividades financeiras, faz análises delas e, com isso, pode realizar um bom planejamento das ações futuras.

De acordo com um estudo do SEBRAE-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo), 42%
dos pequenos empresários não calcularam o nível de vendas para cobrir custos e gerar o lucro pretendido; 50%
dos pequenos empresários fecham suas portas porque não sabem calcular se tiveram lucro ou prejuízo com a
empresa; 7% das empresas fecham por falta de lucro (SEBRAE-SP, 2014). Estes são dados que comprovam o
quão importante é ter uma boa gestão financeira para que o empreendedor possa saber a real situação da
empresa, saber se os custos estão superiores a seu faturamento ou lucro e identificar que processos podem ser
melhorados, que custos podem ser cortados e como precificar corretamente os seus produtos e serviços.

Uma boa gestão financeira permite ao administrador conhecer a atual situação da sua empresa a partir de
indicadores econômicos, obtendo, dessa forma, dados consistentes para projeção de cenários com o objetivo
de manter os ganhos da empresa e honrar os compromissos assumidos com terceiros (SEBRAE-SP, 2022).

Os responsáveis pela gestão financeira devem tentar sempre encontrar pontos de melhoria em toda a empresa,
não só nos aspectos financeiros, mas também nas áreas de compras, logística, produtos e recursos humanos,
por exemplo.

Antes da era digital, toda gestão financeira das empresas era feita de maneira manual, com as informações
registradas em diversos cadernos, de forma descentralizada e desorganizada. Cada área da empresa registrava
as informações que julgava serem mais úteis para seus processos, de forma não padronizada; algumas áreas
anotavam as informações em papéis ou cadernos e guardavam-nas em pastas ou arquivos dentro de cada uma
de seus arquivos.

Para fazer a gestão financeira, as empresas precisavam de diversas pessoas para tentar buscar as informações
necessárias em cada uma das áreas, filtrar e registrar estes dados nos cadernos da área financeira, para então
realizar os cálculos e gerar os relatórios para análise e para fornecimento aos órgãos governamentais. Este
processo, por ser manual e exigir uma grande quantidade de cálculos, costumava ser mais focado em apenas
gerar as informações exigidas pelos órgãos governamentais e não na análise dos resultados da empresa. O
processo sempre esteve sujeito a muitos erros e retrabalhos e levava horas ou dias para ser concluído.

Com isso, as empresas tinham acesso a uma quantidade limitada de informações e demoravam para saber os
resultados de seus negócios, o que prejudicava os processos de análise e planejamento estratégico.

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Com a era da digitalização de todos os dados das empresas, surgiram diversas ferramentas que tornaram a
gestão financeira muito mais precisa, eficiente e rápida.

GESTÃO FINANCEIRA NA ERA DIGITAL


A evolução da tecnologia trouxe muitos ganhos para a gestão financeira, possibilitando a coleta, processamento
e análise de uma quantidade infinitamente maior de informações, de forma muito mais rápida e com menos
erros.

Duas ondas de evolução digital trouxeram muitas mudanças não só para a gestão financeira, mas para os
negócios como um todo: a primeira foi a digitalização e a segunda, o acesso à internet.

A onda de digitalização veio principalmente com a chegada dos computadores pessoais, que trouxeram os
processadores de texto, as planilhas e várias outras ferramentas que tornaram possível armazenar e processar
as informações de forma digital. A digitalização tornou o trabalho mais fácil, mais preciso e mais automatizado
(SIEBEL, 2019, p. 12).

A segunda onda, da internet, possibilitou enormes ganhos de produtividade, trazendo grandes mudanças nos
negócios, governos, educação e em todos os aspectos de nossa vida (SIEBEL, 2019, p. 13).

Estas ondas de evolução digital fizeram com que muitas informações que eram guardadas de forma manual em
cadernos fossem digitalizadas; processos que eram feitos por diversos trabalhadores foram automatizados e
diversas ferramentas foram criadas para otimizá-los.

Uma das ferramentas criadas com a evolução tecnológica foram os sistemas de gestão empresarial, também
chamados de ERP (Enterprise Resource Planning, em inglês). Os sistemas de gestão empresarial trazem diversos
benefícios, como:

Automação de Processos: esses sistemas otimizam o fluxo de trabalho, tornando os processos de coleta,
armazenamento, tratamento e análise de informações muito mais eficientes. Os processos que antes eram
feitos de forma manual passam a ser automatizados pelo sistema.

Centralização da informação: com os dados da empresa centralizados e mais acessíveis, a empresa tem as
informações necessárias para tomar suas decisões, além de padronizar os processos e facilitar o tratamento
das informações por profissionais de áreas diferentes da empresa.

Gestão de estoque: com o sistema controlando as informações de compras, de vendas e de estoque atual, a
empresa consegue administrar o estoque de forma muito mais eficiente, fazendo com que a empresa não
precise ter mais itens em estoque que o necessário e possibilitando o planejamento das compras de novos itens
no tempo certo e com melhor negociação de preços.

Utilizar formas de pagamento digital também facilita a gestão financeira, já que todas as informações são
disponibilizadas em formato digital e podem ser transferidas facilmente para os sistemas de gestão financeira.

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O gestor financeiro tem a função de buscar resultados financeiros e demonstrar estes resultados das operações
da empresa à alta direção, de modo que esta possa saber como os fundos disponíveis estão sendo utilizados e
aplicados e tomar futuras decisões.

Um bom gestor deve ter informações para uso interno da empresa a que se refere, incluindo: o volume de
vendas, os preços cobrados, a posição de contas a receber, as contas a pagar, o acompanhamento da evolução
de receitas e despesas, a situação das dívidas contraídas, as necessidades de recursos, a situação de liquidez, a
rentabilidade, etc. (CARDOSO JUNIOR; GALERANI; OLIVEIRA, 2016, p.15).

Os sistemas criados na era digital tornaram possível o acesso a todas estas informações e cálculos, permitindo,
inclusive, a comparação dos resultados da empresa de anos anteriores, comparação com outras empresas e até
mesmo a simulação de diversos cenários, com todas as informações para decidir o futuro da empresa.

FERRAMENTAS PARA GESTÃO FINANCEIRA


Com a grande oferta de ferramentas disponíveis no mercado, não faz sentido fazer a gestão financeira
manualmente, pois ela demanda muito esforço e traz muito risco de erros. Portanto, é importante que qualquer
empresa, não importando o seu porte, busque sistemas digitais para controlar e otimizar a sua gestão
financeira.

Estas ferramentas devem possibilitar a geração de relatórios e analisar seus respectivos resultados para
proporcionar uma visão completa da situação financeira da empresa. A automatização de processos com o uso,
por exemplo, de um ERP ajuda a sua empresa a dedicar mais tempo aos processos que geram valor para o seu
negócio e, principalmente, para os clientes.

Para selecionar estas ferramentas, alguns fatores devem ser levados em conta, como alguns dos listados a
seguir:

Personalização: o sistema deve ser personalizável para o seu tipo de negócio. Por exemplo: um sistema
desenvolvido para trabalhar com empresas de manufatura pode não ser adequado para uma empresa de
serviços. O sistema deve oferecer a opção de configurações para atender às particularidades de seu negócio.

Simplicidade: o sistema deve ser fácil de usar e de configurar. Um sistema muito complexo pode dificultar sua
adoção pelos colaboradores de diversas áreas, o que pode resultar em falta de informações e erros.

Investimento: o sistema deve ter um custo justo e compatível com o tamanho da empresa e com os benefícios
que trará. Deve-se avaliar que o maior controle e a automatização dos processos otimizarão as tarefas na
empresa, o que fará com que recursos possam ser realocados para funções mais estratégicas.

Disponibilidade: para que o sistema seja eficiente, todas as informações devem estar centralizadas nele. Assim,
o sistema deve estar sempre disponível para ser utilizado. Para isso, é importante que tenha mecanismos para
guardar e fazer cópias das informações de maneira frequente e automática.

Relatórios: o sistema deve fornecer o maior número de informações de forma intuitiva e fácil de analisar. Deve
conter controles financeiros, como as vendas por período, informações para o planejamento do estoque, dados
do faturamento da empresa, quantidade gasta e a previsão de caixa ao final de cada mês, por exemplo.
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Além dos sistemas de ERP, inovações como o Open Banking estão trazendo novas ferramentas para auxiliar as
empresas em sua gestão financeira.

O Open Banking, ou sistema financeiro aberto, é a possibilidade de clientes dos produtos e serviços financeiros
permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco
Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas, não apenas pelo
aplicativo ou site do banco, de forma segura, ágil e conveniente (BANCO CENTRAL DO BRASIL, [2021]).

Por meio do Open Banking, algumas empresas oferecem ferramentas que, com o consentimento da empresa
que está fornecendo seus dados, obtêm e centralizam as informações de movimentações de contas da empresa
em diferentes bancos, facilitando o gerenciamento delas e a obtenção de empréstimos com taxas mais baixas.
Algumas destas ferramentas são capazes inclusive de analisar o histórico do fluxo de caixa da empresa e
informar aos seus gestores que a empresa terá necessidade de mais recursos dentro de alguns meses, o que
traz a possibilidade de melhor negociação para a empresa obtê-los.

Atualmente, existem diversas soluções no mercado para auxiliar as empresas a fazerem sua gestão financeira
da melhor forma possível. Os gestores das empresas devem sempre estar atentos às novas ferramentas que
são criadas no mercado e, se possível, contratarem especialistas para os auxiliarem na escolha da melhor
ferramenta.

Com informações confiáveis e atualizadas, você poderá planejar os próximos passos do seu negócio e tomar
decisões com mais tranquilidade, além de estar mais bem preparado para momentos de crise.

VÍDEO RESUMO
Você verá no vídeo a importância da gestão financeira para o sucesso de qualquer empresa, a forma como era
feita a gestão financeira no passado, sua evolução com a chegada da era digital e as vantagens e ganhos que a
evolução tecnológica proporcionou para as empresas neste processo.

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

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SEBRAE-SP.

Informações sobre sistemas de ERP. Portal ERP.

Informações sobre o Open Banking do Banco Central do Brasil.

Aula 3

PRINCIPAIS FORMAS DE PAGAMENTO ONLINE

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Nesta aula, entraremos em mais detalhes a respeito das três principais formas de pagamento
digital contemporâneas: boletos, cartões de crédito e débito e Pix.
34 minutos

INTRODUÇÃO
Prezado estudante,

Nesta aula, entraremos em mais detalhes a respeito das três principais formas de pagamento digital
contemporâneas: boletos, cartões de crédito e débito e Pix.

Saberemos mais como estas formas de pagamento foram criadas, como funcionam e como são seus fluxos
financeiros.

É importante conhecer o funcionamento de cada forma de pagamento para poder decidir quais são as
melhores para se oferecer aos seus clientes em cada situação e para poder escolher os melhores fornecedores,
além de ter maior conhecimento para negociar as melhores condições possíveis com eles.

DEFINIÇÕES E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS FORMAS DE PAGAMENTO


DIGITAL – BOLETOS

Boleto Bancário
Os boletos bancários foram criados em 7 de outubro de 1993, por meio da Carta Circular nº 2.414, que
determinou procedimentos para a implantação da compensação eletrônica de cobrança. (BANCO CENTRAL DO
BRASIL, 1993)

Como vimos na Aula 1, o boleto bancário é um título de cobrança que contém um código de barras com o valor,
a data de vencimento, os dados de quem deve pagar a cobrança (sacado) e outras informações bancárias que
permitem identificar o pagamento e conectá-lo à conta corrente do emissor do boleto (cedente). 

Os boletos podem ser emitidos por pessoas físicas ou pessoas jurídicas; portanto, o cedente pode ser uma
pessoa ou uma empresa.

Figura 1| Exemplo de boleto

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Fonte: Febraban (2019a, p. 7).

Até 2017, os boletos tinham importantes limitações, como permitir o pagamento após o seu vencimento apenas
no banco que o emitiu e estar sujeito a fraudes, pois suas informações estavam apenas no banco emissor.
Porém, isso mudou com a implantação da Nova Plataforma de Cobrança, desenvolvida pela Federação
Brasileira de Bancos (Febraban), que começou a operar em julho de 2017; sua implantação foi finalizada em
novembro de 2018 (FEBRABAN, 2022).

A Nova Plataforma de Cobrança foi criada para modernizar o processo de liquidação dos boletos bancários com
novas funcionalidades que trazem mais segurança e controle, além de proporcionar uma melhor experiência
para os clientes, possibilitando que se evitem cobranças em duplicidade e inconsistência de dados. Ela ainda
permite que o boleto vencido seja pago em qualquer agência bancária ou nos canais digitais de qualquer banco.

A partir da implantação da Nova Plataforma de Cobrança, o boleto funciona conforme a Figura 2 a seguir:

• A empresa beneficiária (cedente) solicita a emissão do boleto ao seu banco.

• O banco da empresa beneficiária registra o boleto no sistema da Nova Plataforma de Cobrança.

• O boleto é enviado para o cliente (sacado).

• O cliente pode fazer o pagamento em qualquer canal de qualquer instituição financeira.

• A instituição financeira que recebeu o pagamento repassa o valor para a instituição financeira do cedente.

• O pagamento do boleto é confirmado e o valor é depositado na conta da empresa beneficiária.

Figura 2 | Funcionamento do boleto bancário

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Fonte: Febraban (2019b, p. 7).

Com a Nova Plataforma de Cobrança, surgiu também o DDA (Débito Direto Autorizado), que permite a
realização da cobrança de forma totalmente digital, diretamente na conta bancária da pessoa ou empresa que
está sendo cobrada (sacado), sem a necessidade da emissão de boletos em papel.

Os sacados podem se cadastrar nos bancos que possuírem contas e, após a autorização do DDA, passam a ser
notificados pelo banco de todos os boletos que estão em seus CPFs ou CNPJs. O débito de cada uma destas
cobranças só será executado após autorização do titular da conta.

As empresas beneficiárias pagam os custos de emissão dos boletos para as instituições financeiras emissoras.
Algumas delas cobram pela emissão de cada boleto, mas outras geralmente cobram apenas pelos boletos
pagos. O valor cobrado para emitir e receber pagamentos com boletos varia entre R$ 1 a R$ 10 por boleto;
portanto, é muito importante fazer uma pesquisa entre as instituições que podem emitir os boletos para
selecionar a que oferece o melhor custo-benefício.

Os boletos são compensados em até 3 dias úteis. Esse é o prazo máximo para que a instituição na qual foi
realizado o pagamento envie o dinheiro para a instituição que emitiu a cobrança e o valor seja creditado na
conta do cedente.

O boleto é uma forma bastante popular de pagamento, já que, com ele, você pode pagar um produto ou serviço
mesmo sem ter conta bancária, pois o pagamento pode ser feito em dinheiro nas agências, caixas eletrônicos,
casas lotéricas e estabelecimentos credenciados. Outra possibilidade é com sua conta corrente, usando os
canais digitais dos bancos ou carteiras digitais.

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DEFINIÇÕES E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS FORMAS DE PAGAMENTO


DIGITAL – CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO

Cartões de crédito e de débito


Os cartões de pagamento surgiram na década de 50 com o Diners Club, um cartão que os clientes poderiam
usar em diferentes estabelecimentos comerciais ou prestadores de serviços, uma evolução dos cartões de loja
(aceitos apenas na loja emissora). A Diners recolhia dos consumidores os valores das compras e repassava aos
estabelecimentos em uma data combinada, cobrando dos comerciantes um percentual do valor das transações
e uma tarifa anual dos consumidores para receber suas faturas mensais (SANTOS; CAVALCANTI, 2020, p. 24).

Nos anos seguintes, surgiram outras empresas prestando o mesmo serviço, como Bank Americard (hoje Visa),
American Express e Master Charge (hoje Mastercard), que expandiram a oferta destes serviços. Por isso, temos
hoje milhões de pessoas usando os cartões em milhões de comércios de todo o mundo.

Na Aula 1, explicamos como funciona o fluxo transacional dos cartões de crédito e débito.  Nesta aula,
explicaremos como funciona o fluxo financeiro destes cartões.

Figura 3 | Fluxo financeiro dos cartões de crédito e débito

Fonte: elaborada pelo autor.

Quando um consumidor faz um pagamento por um produto ou serviço usando um cartão de pagamento e a
transação é aprovada, as empresas que atuam neste mercado precisam trabalhar para que os valores saiam
dos consumidores e cheguem aos comerciantes. Segue abaixo um resumo das responsabilidades e receitas
destas empresas:

Emissores:
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Responsabilidades: os emissores concedem limite de crédito aos clientes para que usem seus cartões nos
estabelecimentos; portanto, são eles que assumem o risco de crédito dos clientes e devem garantir o
pagamento das transações aprovadas, independentemente se o cliente fez o pagamento de sua fatura ou não.

Receitas: Os emissores cobram das credenciadoras uma taxa chamada de “taxa de intercâmbio”. Ela é
determinada pela bandeira e leva em consideração o tipo de cartão usado (ex.: Classic, Gold, Platinum, etc.), o
ramo de atividade do estabelecimento comercial em que o pagamento ocorreu (ex.: companhia aérea, hotel,
supermercado, etc.), o tipo da transação (débito, crédito à vista, crédito parcelado, etc.) e como ela foi capturada
(ex.: leitura do chip do cartão, online, etc.). Esta taxa de intercâmbio geralmente varia em torno de 0,50% a 2%
do valor da transação. Os emissores podem cobrar também tarifas dos clientes, como taxas de anuidade e
outras, além de cobrarem juros e multas caso o cliente não pague a fatura em sua data de vencimento.

Pagamentos:

Débito: os valores são descontados da conta corrente do cliente instantaneamente e transferidos para o
emissor.

Crédito: o cliente geralmente tem de 10 a 45 dias após a data da compra, dependendo da data da transação e
da data do fechamento da fatura, para fazer o pagamento dos valores das transações para o emissor. Os
valores são repassados do emissor para os credenciadores cerca de 30 dias após a data da compra.

Bandeiras
Responsabilidades: definição e gestão das regras de funcionamento do sistema de cartões.

Receitas:  As bandeiras cobram diversas tarifas dos emissores e dos adquirentes para que possam usar a sua
rede.

DEFINIÇÕES E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS FORMAS DE PAGAMENTO


DIGITAL – PIX

Pix
O Pix foi criado pelo Banco Central do Brasil como uma forma de pagamento instantâneo entre bancos, de
modo que os recursos são transferidos em poucos instantes de uma conta para outra entre bancos e cedentes
distintos. Ele pode ser feito a partir de uma conta corrente, poupança ou mesmo contas de pagamentos pré-
pagas (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2020b).

Além de aumentar a velocidade em que pagamentos ou transferências são feitos e recebidos, o Pix, acordo com
o Banco Central do Brasil, foi criado com os seguintes objetivos:

• Alavancar a competitividade e a eficiência do mercado.

• Baixar o custo, aumentar a segurança e aprimorar a experiência dos clientes.

• Incentivar a digitalização do mercado de pagamentos de varejo.

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• Promover a inclusão financeira.

• Trazer novos instrumentos de pagamentos para a população (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2020b).

Existem algumas maneiras de iniciar uma transferência de uma conta para a outra usando o Pix, como:

• Pela inserção manual dos dados da conta: banco, agência e conta.

• Pela chave Pix, que pode ser o CPF/CNPJ, o e-mail, o telefone ou uma chave aleatória criada pela instituição.

• Pela leitura de um QR Code no padrão do Pix que contém todos os dados da conta.

• Por um link chamado de “Pix Copia e Cola”, que também fornece todos os dados da conta do recebedor. 

Figura 4 | Exemplo de QR Code Pix

Fonte: Banco Central do Brasil (2020b, p. 8).

O lançamento do Pix ocorreu em novembro de 2020; ele já é uma das formas de pagamento mais utilizadas
pelos brasileiros. Em maio de 2022, o Pix tinha mais de 454 milhões de chaves cadastradas, abrangendo quase
129 milhões de pessoas e empresas. Em março de 2022, foram feitas mais de 1,6 bilhão de transações Pix com
valor total superior a R$ 784 bilhões (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2022b).

Como funciona o Pix


O Banco Central do Brasil é o responsável pelo processamento e liquidação das transações Pix, através dos
sistemas DICT (Diretório de Identificadores de Contas Transacionais), que é a base de endereçamento que tem
os dados de todas as chaves Pix e a correspondência com suas respectivas contas; e do SPI (Sistema de
Pagamentos Instantâneos), que é a infraestrutura de liquidação do Pix.

Figura 5 | Infraestrutura de liquidação do Pix

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Fonte: Banco Central do Brasil (2020a, [s. p.]). 

No momento da transação Pix, a instituição do pagador verifica que o cliente tem os recursos para fazer a
transação, o DICT identifica a instituição da conta do recebedor, o SPI faz a liquidação instantânea dos valores
entre a instituição do pagador e do recebedor e, então, a instituição do recebedor credita os valores na conta do
recebedor. Todo este processo é feito em menos de 10 segundos.

Características do Pix
• As transferências entre contas por meio do PIX podem ser feitas em qualquer horário, pois o sistema atua
24x7, ou seja, em qualquer dia ou horário do ano mesmo em feriados e finais de semana.

• Os numerários são transferidos quase que instantaneamente, em no máximo 10 segundos, da conta do


pagador para o recebedor.

• Todas as instituições financeiras que tenham mais de 500 mil contas de clientes ativas devem participar do Pix
de forma obrigatória, estando o Pix disponível para praticamente todas as contas do Brasil.

• O valor que o Banco Central do Brasil cobra das instituições financeiras e de pagamento para receberem Pix é
baixo.

• As instituições financeiras não podem cobrar qualquer valor para que seus clientes tipo pessoa física possam
efetuar até 30 transações Pix por mês. A cobrança para os clientes pessoa jurídica (empresas) depende da
política de cada instituição.

Existe também uma modalidade de Pix chamada de Pix Cobrança, que vem substituindo o boleto em alguns
casos. O Pix Cobrança é realizado por meio de um QR Code que tem informações como vencimento, multa e
juros; a confirmação do pagamento é feita de forma instantânea. As taxas que as instituições financeiras

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cobram das empresas para o Pix Cobrança são, em média, de 1% a 1,5% do valor da transação, geralmente
cobrado o mínimo de R$ 0,50 e o máximo de R$ 10,00.

VÍDEO RESUMO
Você verá no vídeo mais informações e detalhes das principais formas de pagamento digital: o boleto, os
cartões de crédito e débito e o Pix.

No vídeo, explicaremos como funciona cada uma destas formas de pagamento: como são feitas as transações,
qual é o papel de cada participante e como se dá o fluxo financeiro desde o pagador até o recebedor.

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Página da PAGOS (Associação de Gestão de Pagamentos Eletrônicos).

Estatísticas do Pix.

Aula 4

COMPARAÇÃO ENTRE AS FORMAS DE PAGAMENTO


ONLINE
Agora que já conhecemos mais sobre as principais formas de pagamento digitais utilizadas
atualmente, nesta aula, faremos uma comparação entre elas em termos de tempo e praticidade
para se realizar uma transação, do acesso a estes pagamentos
40 minutos

INTRODUÇÃO
Prezado estudante,

Agora que já conhecemos mais sobre as principais formas de pagamento digitais utilizadas atualmente, nesta
aula, faremos uma comparação entre elas em termos de tempo e praticidade para se realizar uma transação,
do acesso a estes pagamentos, e do custo de cada tipo de transação. Apresentaremos as vantagens e
desvantagens da utilização destas formas de pagamento, tanto do ponto de vista do consumidor quanto do
ponto de vista do comerciante. Trataremos também de algumas inovações do mercado de pagamentos.

Tanto para o consumidor quanto para uma pessoa ou empresa que oferece seus produtos e serviços, é
fundamental conhecer as vantagens e desvantagens de cada tipo de pagamento e quais públicos cada um
destes tipos de pagamento atende.

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COMPARATIVO ENTRE AS PRINCIPAIS FORMAS DE PAGAMENTO DIGITAIS


Agora que já conhecemos mais sobre as principais formas de pagamento digitais utilizadas atualmente, faremos
uma comparação entre elas considerando os quesitos a seguir:

Acesso: requisitos para ter acesso a cada forma de pagamento e o público que a utiliza.

Tempo: tempo para se realizar e confirmar uma transação e para os recursos saírem da conta do pagador e
chegarem à do recebedor.

Custo: custos para fazer e receber cada forma de pagamento.

Acesso
Seguem alguns requisitos para poder ter acesso a cada forma de pagamento, tanto do lado do consumidor
quanto do lado do comerciante:

• Da perspectiva do consumidor:

Boletos: estão disponíveis para qualquer pessoa ou empresa e podem ser pagos com dinheiro em espécie, sem
exigir que o pagador possua conta bancária.

Cartão de crédito: o consumidor geralmente precisa ter conta bancária e acesso a crédito. Em muitos casos, os
consumidores com renda mais baixa ou não têm acesso a cartões de crédito ou têm valores muito baixos de
limite de crédito.

Cartão de débito: oferecido pelos bancos para os consumidores que têm conta bancária, seja em bancos
tradicionais ou bancos digitais. Algumas carteiras digitais podem também oferecer a opção de cartão de débito
ou cartão pré-pago para seus clientes.

Pix: o consumidor precisa ter uma conta corrente em uma instituição financeira ou uma conta de pagamento. O
Banco Central obriga que qualquer instituição financeira ou de pagamento com 500 mil ou mais contas ativas
ofereçam o Pix a seus clientes; portanto, tanto os bancos tradicionais, quanto os bancos digitais e a maioria das
carteiras digitais oferecem a seus clientes possibilidade de pagar e receber via Pix. Já são quase 120 milhões de
pessoas e quase 10 milhões de empresas aptas a fazer pagamentos com Pix (BANCO CENTRAL DO BRASIL,
2022).

• Da perspectiva do comerciante:

Boleto: o comerciante precisa ter conta bancária e contratar uma instituição para fazer a emissão dos boletos.

Cartão de crédito: comerciante precisa contratar um adquirente ou subadquirente.

Cartão de débito: comerciante precisa contratar um adquirente ou subadquirente.

Pix: comerciante precisa ter uma conta corrente ou conta de pagamento. Alguns adquirentes, subadquirentes e
outras empresas de pagamento oferecem também para os comerciantes uma conta de pagamento e a
possibilidade de receber pagamentos via Pix.

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Tempo
Seguem algumas informações sobre o tempo para se realizar e confirmar uma transação; e o tempo para os
recursos saírem da conta do pagador e chegarem à do recebedor.

• Da perspectiva do consumidor:

Boleto: o consumidor pode fazer o pagamento do boleto sem juros até a data de seu vencimento. O emissor do
boleto pode determinar se o boleto poderá ser pago após a sua data de vencimento, mas, nestes casos,
geralmente aplica multa e juros.

Cartão de crédito: a confirmação do pagamento leva apenas alguns segundos. O consumidor terá entre 10 e
45 dias para fazer o pagamento do valor da compra, dependendo da data da compra e do fechamento da
fatura. Podem-se também fazer pagamentos parcelados, de modo que o consumidor pagará o valor de cada
parcela mensalmente nas faturas de seu cartão de crédito.

Cartão de débito: a confirmação do pagamento leva apenas alguns segundos. O valor da transação é debitado
instantaneamente da conta corrente do consumidor.

Pix: a confirmação do pagamento é instantânea (em até 10 segundos). O valor da transação é debitado
instantaneamente da conta corrente ou conta de pagamento do consumidor.

• Da perspectiva do comerciante:

Boleto: o comerciante recebe a confirmação do pagamento e o valor do boleto em sua conta corrente em até
três dias úteis.

Cartão de crédito: a confirmação do pagamento para o comerciante leva apenas alguns segundos. O
comerciante geralmente recebe o pagamento do valor da transação por volta de 30 dias depois da data da
transação para compras à vista. No caso das compras parceladas, o comerciante recebe os pagamentos em
parcelas mensais. Ele tem a opção de antecipar o pagamento destes valores com os adquirentes ou
subadquirentes em um processo chamado de “antecipação de recebíveis”, mas, para isso, são cobradas taxas
maiores do comerciante.

Cartão de débito: o comerciante geralmente recebe o pagamento no dia útil seguinte à data da transação.

Pix: para o comerciante, a confirmação do pagamento também é instantânea e o valor da transação também é
creditado na sua conta instantaneamente. Para alguns comerciantes que contratam empresas para intermediar
os pagamentos com Pix, os valores podem levar até um dia útil para serem creditados na conta do comerciante.

Custo
Segue um breve resumo dos custos para fazer e receber cada forma de pagamento, tanto do lado do
consumidor quanto do lado do comerciante:

• Da perspectiva do consumidor:

Boleto: geralmente o consumidor não tem custos para fazer pagamentos com boleto. Em algumas raras
ocasiões, o comerciante pode repassar o custo de emissão do boleto para o consumidor.

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Cartão de crédito: não há custos para o consumidor fazer transações com cartão de crédito. Algumas
instituições financeiras podem cobrar uma tarifa anual (anuidade) para o consumidor poder ter o seu cartão de
crédito, mas, atualmente, esta cobrança tem sido reduzida, principalmente com a entrada dos bancos digitais
no mercado, os quais geralmente não cobram anuidade de seus clientes.

Cartão de débito: não há custos para o consumidor fazer transações com cartão de débito.

Pix: por determinação do Banco Central do Brasil, o consumidor não tem custos para fazer até 30 transações
com Pix por mês (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2022).

• Da perspectiva do comerciante:

Boleto: o comerciante pode ter que pagar pela emissão do boleto e por sua compensação. Algumas empresas
cobram por boleto emitido e outras apenas por boletos que efetivamente foram pagos. O valor cobrado por
boleto geralmente varia de R$ 1 a R$ 10.

Cartão de crédito: os comerciantes precisam pagar a taxa de adquirência para os adquirentes ou


subadquirentes. O valor pode variar de 0,5% a mais de 10% do valor da transação. A taxa de adquirência é mais
alta para transações parceladas.

Cartão de débito: os comerciantes precisam pagar a taxa de adquirência para os adquirentes ou


subadquirentes. O valor geralmente varia de 0,5% a 2% do valor da transação.

Pix: para pessoas físicas, não há cobrança para receber até 30 transações Pix por mês. De pessoas jurídicas, a
instituição financeira pode cobrar uma tarifa por cada Pix recebido. Se o comerciante contratar um
intermediário para receber pagamentos com Pix, este intermediário também pode cobrar uma tarifa por cada
pagamento recebido via Pix. As taxas cobradas variam muito e podem ser desde alguns centavos por transação
até um percentual do valor da transação.

FUNCIONALIDADES (VANTAGENS E DESVANTAGENS) DAS PRINCIPAIS FORMAS


DE PAGAMENTO DIGITAIS
Neste bloco, citaremos as vantagens e as desvantagens para cada forma de pagamento, também na perspectiva
do consumidor e do comerciante:

• Vantagens para o consumidor:

Boleto: o boleto não tem custo e pode ser pago com dinheiro em espécie, em lotéricas, em bancos e em alguns
caixas eletrônicos.

Cartão de crédito: o consumidor tem até 45 dias para pagar pelas compras. Alguns cartões oferecem
vantagens para o consumidor, como programas de fidelidade com pontos, milhas ou cashback (parte do valor
da compra é creditada na fatura do cliente). Os cartões de crédito oferecem também a possibilidade de parcelar
as compras sem pagamento de juros.

Cartão de débito: o cartão de débito não tem custos e oferece maior controle, já que os valores são debitados
instantaneamente da conta do consumidor. Assim, ele não corre o risco de gastar mais do que pode pagar.
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Pix: não tem custos (até 30 transações por mês). Nos pagamentos com Pix, a liberação do envio do produto ou
do serviço é imediata. Ele também oferece maior controle, já que os valores são debitados instantaneamente da
conta do consumidor, que não corre o risco de gastar mais do que pode pagar.

• Desvantagens para o consumidor:

Boleto: o pagamento leva mais tempo para ser confirmado; na maioria dos casos, a liberação do envio do
produto ou do serviço só ocorre após a confirmação do pagamento, que pode levar até três dias úteis.

Cartão de crédito: alguns comerciantes cobram um valor maior para pagamentos com cartão de crédito (ou
oferecem descontos maiores para outros tipos de pagamento). Os consumidores devem estar atentos a seus
gastos, para não perderem o controle, gastarem valores superiores a sua capacidade financeira e se
endividarem. Os juros para pagamento de valores em atraso são altos.

Cartão de débito: poucas lojas virtuais aceitam o pagamento com cartões de débito e, nas que o aceitam, a
experiência é complexa e negativa.

Pix: algumas poucas lojas ainda não aceitam pagamentos com Pix. A experiência do processo de pagamento
com Pix quando acessando a loja virtual com dispositivos móveis nem sempre é fácil e intuitiva.

• Vantagens para o comerciante:

Boleto: baixo custo para o comerciante.

Cartão de crédito: o cartão de crédito oferece rápida confirmação dos pagamentos e atualmente é o meio de
pagamento mais utilizado nas lojas virtuais.

Cartão de débito: o cartão de débito oferece rápida confirmação dos pagamentos.

Pix: oferece confirmação instantânea dos pagamentos e dispensa a contratação de intermediários e uso de
maquininhas de cartão. O comerciante recebe os valores rapidamente, a qualquer hora do dia, mesmo em
finais de semana e feriados.

• Desvantagens para o Comerciante:

Boleto: a confirmação do pagamento dos boletos pode levar até 3 dias úteis (FEBRABAN, 2022). Para os boletos,
a conciliação entre os pedidos e os pagamentos geralmente é mais complexa que em outros tipos de
pagamento. Outra desvantagem é o fato de muitos boletos emitidos não serem pagos, o que pode levar um
comerciante a perder vendas por não ter conseguido oferecer a outro cliente um produto que estava reservado
para um boleto, o qual, enfim, não foi pago.

Cartão de crédito: as taxas cobradas para aceitação de cartão de crédito são altas. Outro ponto a se considerar
é o de que muitos clientes não têm cartão de crédito ou têm limites de crédito baixos. Além disso, existe a
possibilidade de prejuízos em caso de fraudes se o portador do cartão não reconhecer a transação; portanto, é
importante contratar empresas de prevenção a fraudes. Para os cartões de crédito, o comerciante leva 30 dias
ou mais para receber os valores.

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Cartão de débito: as taxas cobradas para aceitação de cartão de débito também são relativamente altas. Para
as lojas virtuais, o processo para aceitar pagamentos com cartão de débito geralmente é complexo e não
oferece uma boa experiência para os clientes, fazendo com que vários desistam da compra.

Pix: algumas instituições financeiras e intermediários cobram valores relativamente altos para receber
pagamentos com Pix, mas, ainda assim, geralmente são taxas menores que as das outras formas de
pagamento. Outro ponto a melhorar no Pix é a experiência de pagamento de compras em que o consumidor
utiliza dispositivos móveis para acessar a loja virtual, que ainda não é ideal, pois exige que o consumidor copie
um link (Pix Copia e Cola), saia da loja, entre no aplicativo de sua instituição e confirme o pagamento, o que
pode ser complexo para alguns consumidores. Esta experiência pode ser melhorada com a iniciadora de
pagamentos do Open Banking (mais informações no bloco seguinte).

QUE FORMAS DE PAGAMENTO O COMERCIANTE DEVE ACEITAR E QUAIS AS


NOVAS FORMAS DE PAGAMENTO DIGITAL
Conhecendo as características das principais formas de pagamento, é importante saber quais delas oferecer
para seus clientes e para quais dar preferência.

A experiência do cliente é fundamental para aumentar as vendas e fidelizá-lo. O varejista digital deve fazer com
que todo o processo de compra seja o mais fácil e rápido possível, desde a busca pelo produto até o seu
pagamento (ZOOP; ANDREOLI, 2021).

Os meios de pagamento oferecidos pelos comerciantes são fundamentais no momento da compra e exercem
muita influência na decisão dos clientes para concluí-la ou não.

O comerciante deve oferecer o maior número de opções de pagamento para seus clientes. Se, no momento em
que o cliente for fechar a sua compra, ele não encontrar a sua forma de pagamento preferida, ou se o processo
para fazer o pagamento não for intuitivo, ou se houver muitos passos, ou se não oferecer uma boa experiência,
o cliente pode desistir da compra.

As lojas virtuais que oferecerem poucas opções de pagamento podem perder muitos clientes.  Estes
comerciantes devem estar preparados para atender aos mais diversos perfis de clientes, pois alguns preferem
pagar com cartão de crédito, outros com boleto e, a cada dia, mais pessoas têm preferência pelo Pix.

O comerciante pode perder vendas se, no momento do pagamento, o cliente só tiver possibilidade de pagar
com um tipo de pagamento que não está disponível. Alguns clientes não têm cartão de crédito (ou seu limite é
muito baixo e não está disponível) e podem precisar do produto em pouco tempo. Nesse caso, se o comerciante
não disponibilizar a opção de Pix, provavelmente perderá a venda.

O Pix no e-commerce quadruplicou no Brasil e esta forma de pagamento deve ultrapassar boleto e chegar perto
do cartão de crédito em pouco tempo (SUTTO, 2022).

Além de oferecer diversas formas de pagamento, o ideal é que as lojas virtuais também permitam que o cliente
possa combiná-los no momento do pagamento da compra; por exemplo, permitir o pagamento com mais de
um cartão de crédito, ou fazer o pagamento parte no Pix e parte no cartão de crédito.

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Outro fator importante é que os clientes tenham a melhor experiência possível no momento do pagamento,
com um processo rápido, fácil e com o qual o cliente se sinta seguro.

É preciso também ficar sempre atento às inovações e às novas formas de pagamento que surgem no mercado.

Outro diferencial que pode ajudar a aumentar as vendas e reduzir o abandono de compras é disponibilizar
opções de “pagamentos invisíveis” e “one-click buy” (compra com um clique), de tal forma que os consumidores
possam fazer a sua compra de forma transparente, sem terem que tomar nenhuma ação para isso.

Uma outra inovação que deve ganhar força nos próximos anos é a iniciação de pagamentos usando o Open
Banking/Open Finance. O Banco Central criou, com o Open Banking, uma instituição chamada de iniciadora de
pagamentos. Por meio de uma iniciadora de pagamentos, é possível que um pagamento Pix seja iniciado de
forma ainda mais simples e rápida sem que o cliente precise entrar no aplicativo ou site de seu banco, e
contando com toda a segurança do Open Banking.

Atualmente, para se fazer um pagamento com Pix em uma loja virtual acessada com um dispositivo móvel,
deve-se usar o Pix Copia e Copa; nele, o cliente tem que passar por 8 a 10 passos. Essa forma também exige que
o cliente saia do ambiente da loja virtual para acessar o aplicativo ou site de seu banco para finalizar o
pagamento. Com a iniciação de pagamentos, o cliente poderá fazer o pagamento com Pix em apenas 3 ou 4
passos, sem ter que sair do ambiente da loja virtual para acessar o aplicativo de seu banco, tornando o
processo muito mais prático e rápido.

O Banco Central está planejando também o lançamento do Pix Garantido. Como o próprio nome diz, ele
permite que se agende um pagamento via Pix em uma data futura; este pagamento será garantido pela
instituição financeira ou de pagamento, independentemente se o cliente tem saldo suficiente em sua conta ou
não. Com o Pix Garantido, será possível fazer o parcelamento de compras no Pix, da mesma forma que hoje é
feito nos cartões. Tudo indica que terá um custo menor comparado com os cartões, assim como o Pix simples
atual tem.

Quanto mais intuitivo, prático e fácil for o processo de compra e de pagamento, haverá mais chances de a
compra ser finalizada e de o cliente ser fidelizado. Portanto, deve-se sempre disponibilizar a maior quantidade
de formas de pagamento para seus clientes e acompanhar as inovações, para que eles tenham a melhor
experiência possível no processo de pagamento.

VÍDEO RESUMO
Você verá, no vídeo, uma comparação das principais formas de pagamento digital, tanto do ponto de vista do
comerciante como do consumidor.

No vídeo, explicaremos quais são as vantagens e desvantagens destas formas de pagamento e o perfil do
consumidor que os utiliza, além de citar algumas inovações no mercado de pagamentos. 

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

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O que é iniciador de pagamentos? – Pagamentos Digitais (Grupo FCamara).

As principais tendências e evoluções nos meios de pagamentos (Grupo FCamara)

REFERÊNCIAS
10 minutos

Aula 1
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Pix. [2020]. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/pix.
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mercado brasileiro. [S.l.]: Linotipo Digital, 2020. 300 p.

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https://materiais.opinionbox.com/ebook-panorama-da-experiencia-do-cliente. Acesso em: 31 maio 2022.

Aula 2
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Open Banking. [2021]. Disponível em:
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/openbanking. Acesso em: 1 junho 2022.

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https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/tempos-de-crise-saiba-como-gerir-as-financas-do-seu-
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SIEBEL, Thomas M. Digital Transformation: survive and thrive in an era of mass extinction. Nova Iorque:
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Aula 3
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Acesso em: 8 jun. 2022.

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https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/estatisticasPix. Acesso em: 8 jun. 2022.

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FEBRABAN. Nova Plataforma da Cobrança. 2019b. Disponível em:


https://www.caixa.gov.br/Downloads/FEBRABAN_Nova_Plataforma_de_Cobranca_Bancaria.pdf . Acesso em: 6
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SANTOS, Edson Luiz dos; CAVALCANTI, Luis Felipe. Payments 4.0: As forças que estão transformando o
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Aula 4
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Acesso em: 8 jun. 2022.

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https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/estatisticasPix. Acesso em: 8 jun. 2022.

FEBRABAN. Febraban. 2022. Disponível em: https://portal.febraban.org.br/. Acesso em: 15 jun. 2022.

SUTTO, Giovanna. Pix no e-commerce quadruplica no país; opção deve ultrapassar boleto e chegar perto do
cartão de crédito. InfoMoney, 9 jun. 2022. Disponível em: https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/pix-
no-e-commerce-quadruplica-no-pais-opcao-deve-ultrapassar-boleto-e-chegar-perto-do-cartao-de-credito/.
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24/03/2023, 11:57 wlldd_222_u1_pag_dig_seg_dad

ZOOP; ANDREOLI, Paulo Oliveira. Experiência de compra: como melhorar com pagamento omnichannel? Zoop,
18 ago. 2021. Disponível em: https://zoop.com.br/blog/pagamento/experiencia-de-compra/. Acesso em: 15 jun.
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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.

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