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Débora Follador
Arquiteta Urbanista
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
Equipe SEDUR
Rui Costa
Governador do Estado
Armindo Gonzales
Superintendente de Planejamento e Gestão Territorial
Gabriela Britto
Diretora de Planejamento Territorial
Técnicos
Bruno Rafael Araújo Ribeiro
Arquiteto e Urbanista
Estagiários
Caique Gabriel Carvalho da Silva Santos
Estudante de Urbanismo - UNEB
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Sumário
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recomendações de diretrizes e políticas gerais
Índice de Figuras
Figura 2 - Oferta hoteleira por zonas turísticas da Bahia, com base na Secretaria de
Turismo do Estado da Bahia, 2019. ................................................................................................. 35
Índice de Mapas
Mapa 1 - Classificação dos Centros Urbanos segundo o REGIC [2018] ........................... 16
Mapa 14 – Arcos da Rede Urbana da Bahia – Impactos por Políticas Públicas ............112
Índice de Quadros
Quadro 1 - Síntese comparativa dos seis Arcos da rede urbana da Bahia....................... 53
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Quadro 7 – A Rede Urbana da Bahia e questões fundiárias: Destaques, Políticas,
Diretrizes e Aspectos Gerais, 2021 ................................................................................................101
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Siglas
ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações
APL Arranjo Produtivo Local
APP Área de Preservação Permanente
BA Bahia
BRA Brasil
CAR Cadastro Ambiental Rural
CIMI Conselho Indigenista Missionário
CTP Comissão Pastoral da Terra
DPT Diretoria de Planejamento Turístico
ES Espírito Santo
FAPESB Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia
FIOL Ferrovia de Integração Oeste-Leste
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDHM Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
IES Instituição de Ensino Superior
INCRA Instituto Nacional da Reforma Agrária
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
ONU Organização das Nações Unidas
PBI Projeto Baixio de Irecê
PDI Plano de Desenvolvimento Integrado
PDITS Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável
PE Pernambuco
PIB Produto Interno Bruto
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PRA Programa de Regularização Ambiental
PRODETUR/ Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste
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NE
REGIC Regiões de Influência das Cidades
RIDE Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SEDUR Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia
SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SESI Serviço Social da Indústria
SETUR Secretaria de Turismo
SUDENE Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste
SUINVEST Superintendência de Investimentos em Zonas Turísticas
SVO Sistema Viário Oeste
TI Território de Identidade
ZEE Zoneamento Ecológico Econômico
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Tal revisão foi estruturada em quatro etapas, sequenciais e complementares: Etapa 1 – Análise
Crítica e Plano de Trabalho; Etapa 2 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia,
classificação e regiões de influência; Etapa 3 – Caracterização da Rede Urbana Estadual da
Bahia: interfaces internacional, interestadual e intraestadual; Etapa 4 – Sistematização da
Rede Urbana Atual da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais.
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multiescalar da rede. Na sua interface Internacional, foram avaliados aspectos relacionados à
conectividade internacional do Estado a partir dos serviços ofertados, exportação de
mercadorias, mercado imobiliário e turismo. Na sua interface Interestadual, foram analisadas
as sobreposições de representações das estruturas dimensional, funcional e espacial da rede
urbana baiana, por meio de informações sobre sobreposição de redes, perdas territoriais e
aglomerações urbanas em fronteiras interestaduais. Na sua interface Intraestadual, foram
discorridas as análises sobre saltos hierárquicos e densidades presentes na rede. Ao fim, o
produto ofereceu contribuições acerca das mudanças e permanências verificadas na rede à
partir dessas temáticas abordadas, auxiliando na compreensão da dinâmica consolidada na
rede estadual e prospecção de tendências possíveis de serem materializadas. A partir disso,
chegou-se à uma proposta de leitura e abordagem cuja estruturação partiu de recortes
territoriais estratégicos, delimitados por meio dos Arcos da Rede Urbana da Bahia.
No que tange aos processos metodológicos adotados é importante ressaltar que, resguardadas
as particularidades assumidas em cada produto1, adotou-se ao longo de toda a revisão do
estudo o REGIC 20182 como principal fonte, sobretudo em função da qualidade e da
atualidade do conteúdo oferecido na publicação. Além disso, todas as análises desenvolvidas
foram rebatidas3 territorialmente, por meio dos Territórios de Identidade, Regiões Geográficas
Imediatas e Regiões Intermediárias do IBGE, auxiliando no entendimento acerca das
dinâmicas temáticas e a rede urbana.
1
Para aprofundamento acerca dos procedimentos metodológicos utilizados, sugere-se a leitura dos produtos na
sua íntegra.
2
Para maiores esclarecimentos acerca da utilização do REGIC 2018 como principal fonte para o
desenvolvimento do trabalho, ver item “1.4.1. Procedimentos Sequenciais Metodológicos”, do cap. “1.4.
Metodologia”, do Produto 1 “Análise Crítica e Plano de Trabalho (P1)”.
3 Para maiores esclarecimentos acerca desse rebatimento, sugere-se a leitura dos produtos na sua íntegra.
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Buscando a convergência entre o Estudo da Rede Urbana da Bahia, com as orientações
previstas no PDI 2035, voltadas à redução das desigualdades e qualificação das condições de
vida da população; e com os ODS da ONU, que dedicam-se à erradicação da pobreza,
proteção do meio ambiente e do clima, além da garantia de paz e prosperidade a todas as
pessoas, o objetivo geral da presente revisão – e, mais especificamente, das recomendações
contidas neste documento - é o de viabilizar a sustentabilidade ambiental, equilíbrio
socioeconômico e redução das desigualdades presentes na Bahia de forma equilibrada e
integrada às redes nacionais e internacionais de cidade. Por uma escolha metodológica, optou-
se por não explicitar tais documentos (PDI 2035 e ODS da ONU), porém, eles estão
implícitos na síntese do diagnóstico e nas proposições recorrentes.
Dependendo da produção e serviços que concentram, dos vínculos que criam e dos fluxos que
motivam, as cidades contribuem para nucleações urbanas mais ou menos densas, resultando
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em redes urbanas significantemente assimétricas. Compreender essas assimetrias é
fundamental para a efetivação de um planejamento orientado pela busca à redução de
desigualdades sociais, manutenção das diversidades culturais e ambientais e sustentabilidade
econômica.
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Em linhas gerais, entre 2007 e 2018 ocorreu uma progressão da Rede Urbana do estado da
Bahia, com um maior adensamento de cidades nos níveis superiores da hierarquia urbana,
concentradas majoritariamente nas regiões Centro e Sul do Estado (Mapa 2, abaixo). Os
centros urbanos que descenderam na sua hierarquia, estão concentrados nas regiões Leste e
Centro-Oeste do Estado. Já o arco conformado pelas regiões Norte-Oeste-Sudoeste do Estado
concentra os centros urbanos que permaneceram estáveis no seu nível hierárquico.
Da mesma forma, Euclides da Cunha (Centro de Zona B), Conceição do Coité, Ipiaú,
Itamaraju, Itapetinga e Serrinha (Centros de Zona A), e Luiz Eduardo Magalhães, Centro
Local em 2007, tornaram-se Centros Sub-regionais B em 2018, com destaque ao último
município citado, o qual obteve um ganho de três níveis na hierarquia urbana.
Por outro lado, alguns municípios descenderam de nível. Ilhéus, anteriormente classificada
como Capital Regional B, tornou-se uma Capital Regional C, decrescendo um nível na
hierarquia urbana, assim como Jacobina, Camacan, Macaúbas, Xique-Xique, Barra, Boquira,
Ibicaraí, Nazaré, Poções e Serra Dourada, que também decresceram de posição no período
analisado.
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Tendencialmente, grandes projetos, investimentos estratégicos, arranjos produtivos locais e
rotas de integração nacional contribuem para a progressão da rede urbana. Uma vez
implementados, estruturados ou consolidados, tais elementos podem criar ou fortalecer
centralidades nas cidades onde ocorrem, incidindo na sua qualificação e, consequentemente,
classificação.
Nesse sentido, no âmbito do transporte e logística, a Bahia tem projetos e obras estruturantes,
como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), Porto Sul, Hidrovia do São Francisco e o
Sistema Viário Oeste (SVO), assim como o Projeto Bai io de Irecê (PBI) e o Estaleiro
Enseada do Paraguaçu, que podem influenciar na classificação.
Além disso, a existência de Arranjos Produtivos Locais - APL e Rotas de Integração Nacional
em um ou mais municípios podem apresentar impactos na rede urbana baiana, pois criam ou
fortalecem centralidades nas cidades ou regiões onde ocorrem, na medida que apresentam
articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais
(governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa). Atualmente, o
estado da Bahia conta com 20 APLs especificados pelo Ministério da Economia (2021), dois
especificados pelo Núcleo Estadual de Arranjos e Sistemas Produtivos e Inovativos Locais e 6
Rotas de Integração que envolvem dezenas de municípios, conforme espacializados no Mapa
3, a seguir.
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Nas condições atuais de desenvolvimento das Tecnologias de Comunicação e Informação, a
análise da cobertura de domicílios com sinal de telefonia móvel nos municípios do estado da
Bahia é relevante, pois, incide nos relacionamentos dos grupos sociais que caracterizam os
Territórios de Identidade; e contribui para a maior ou menor centralidade das cidades e para a
estrutura de suas Regiões Geográficas, por meio da disponibilidade de canais digitais de
serviços.
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Mapa 4 - Percentual de cobertura de sinal de telefonia móvel (todas as tecnologias) segundo a Agência Nacional
de Telecomunicações, 2021.
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No que tange ao ensino superior, é importante salientar que os serviços à ele relacionados
constituem funções urbanas que são capazes de gerar centralidade para as cidades onde estão
localizados. A intensidade dos destinos de fluxos para acesso a serviços de ensino superior
(Mapa 5), definida pelo número de cidades de origem desses fluxos, é maior nas cidades que
compõem o Arranjo Populacional de Salvador (83); em Vitória da Conquista (61), Feira de
Santana (49), Itabuna (37), Paripiranga (34), Barreiras (24), Guanambi (22), Jequié (21),
Paulo Afonso (16), Alagoinhas (15) e Teixeira de Freitas (15).
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Com relação ao tema cultura, as análises realizadas demonstraram que a dinâmica cultural
consolidada ao longo desses anos não contribuiu para alterações significativas na rede. Não
obstante, observou-se que as estratégias e ações previstas nos PDITS não parecem ter
impactado a dinâmica regional, contribuindo, talvez, para o desenvolvimento local, mas não
incidindo nos níveis hierárquicos dos centros.
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Em convergência com tais constatações, a leitura do ZEE expressa a importância das cidades
com maior nível hierárquico regional, visto que as novas centralidades impactadas pela
exploração de potencialidades ambientais e econômicas locais, parecem se utilizar justamente
da infraestrutura logística já provida para atender, em outrora, uma cidade maior já
consolidada.
Para além das análises dos centros urbanos a partir de temas específicos, buscou-se identificar
as vocações regionais da rede urbana da Bahia, com o intuito de diagnosticar as
especificidades da classificação das centralidades do estado, de forma referenciada pela
REGIC (2018). Para tanto, adotou-se como opção teórico-metodológica o recurso a dois
campos de análises, o econômico e o ambiental, por serem aspectos que correlacionam as
demais áreas e incidem diretamente nas possibilidades existentes nas redes urbanas4.
4
As justificativas para a adoção desse recorte teórico-metodológico estão detalhadamente apresentadas no cap.
4. “O Estudo da Rede Urbana da Bahia: Vocações dos centros urbanos”, do Produto 2. “A Rede Urbana do
Estado da Bahia: Hierarquia, classificação e regiões de influência”, deste estudo.
5
Não foram destacados os grupos “Administração do estado e da política econômica e social” e os de serviços
em geral (atividades comerciais etc.) sempre relevantes na estrutura produtiva de todos os municípios, exceto os
grupos “Educação Superior” e “Atividades de atendimento hospitalar”, relevantes na determinação da
centralidade das cidades onde os seus volumes de emprego formal são expressivos.
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Mapa 7 - Destaques econômicos da Bahia [2019] por Regiões Geográficas Intermediárias [2017]
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As informações contidas no mapa acima sugerem que quanto maior o número de empregos
formais de uma Região Geográfica Intermediária, maior tende a ser o nível hierárquico do seu
município polo. Mais especificamente, ao se analisar a geração de empregos segundo
hierarquia na rede urbana, podem ser observados os seguintes resultados:
De modo geral, a relação entre uma posição hierárquica na rede urbana e a maior geração
relativa no número de empregos é proporcional entre os casos analisados. Do total de dez
Regiões Geográficas Intermediárias, duas delas (Juazeiro e Irecê) apresentam resultados para
pior, e outras duas (Santo Antônio de Jesus e Guanambi) para melhor. Nos dois casos em que
se tem um menor percentual de empregos que o esperado, confirmam uma centralidade
funcional constituída pelo vazio de suas áreas dependentes; ou seja, a centralidade se
confirma por uma rede pouco densa e, no geral, com baixa oferta de funções urbanas de
complexidades médias ou superiores. O saldo positivo na geração de empregos em Santo
Anto Antônio de Jesus e Guanambi se explicam pela forte integração e proximidade deles
com seus polos superiores e com mais intensa atividade econômica: Salvador no primeiro
caso, e Vitória da Conquista, no segundo.
Por último, a análise das informações referentes aos destaques econômicos (atividades e
geração de empregos) em conjunto com a posição hierárquica dos polos das regiões
administrativas, conforme pode ser observado na Figura 1, permite confirmar a singularidade
de alguns compartimentos e a adesão de outros a eles.
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Figura 1 - Confirmação de especificidades na Rede Urbana da Bahia a
partir de destaques da produção econômica.
6
O conceito de Densidade Econômica dos municípios, definido pela razão entre o valor do Produto Interno
Bruto (PIB) e a área municipal vem sendo utilizado pelo IBGE.
7
Último ano para o qual a informação encontra-se disponível.
8
Os níveis de vulnerabilidade ambiental de cada região imediata foram obtidos a partir do cruzamento de três
camadas de vulnerabilidade contidas no ZEE/BA: vulnerabilidade hídrica, vulnerabilidade da biodiversidade e
vulnerabilidade do solo aos processos erosivos.
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recomendações de diretrizes e políticas gerais
Conforme ilustrado no mapa abaixo, a densidade econômica de seus principais municípios,
relativamente elevada, e a natureza das atividades econômicas de destaque das Regiões
Geográficas Intermediárias de Barreiras e Salvador ocorrem em áreas de baixa
vulnerabilidade ambiental.
O mesmo fato ocorre em grande parte no sul da Região Intermediária de Ilhéus e Itabuna. Nas
regiões de Juazeiro e Paulo Afonso, a densidade econômica relativamente elevada de seus
principais municípios estão, em geral, associadas a áreas de alta vulnerabilidade ambiental,
enquanto na região de Irecê, com áreas de média vulnerabilidade.
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recomendações de diretrizes e políticas gerais
As análises desenvolvidas sinalizaram que, de modo geral, as regiões imediatas com maior
vulnerabilidade são justamente aquelas que abrigam unidades de paisagem formadas por
elementos naturais como as áreas de vegetação nativa da caatinga e seus ecossistemas. Já as
regiões imediatas de menor vulnerabilidade apresentam unidades de paisagem formadas por
elementos antrópicos, como as atividades agrícolas, silvícolas e da pecuária.
Além disso, é possível constatar que os compartimentos resultantes da análise desses dois
campos de análises (econômico e o ambiental) demonstram aderências bastante grandes com
os subcompartimentos da rede urbana da Bahia servindo, assim, como referência para a parte
final do estudo dessa rede, que é a proposição de políticas públicas, estabelecimento de
diretrizes e sugestão de modos de acompanhamento e/ou monitoramento.
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recomendações de diretrizes e políticas gerais
Luís Eduardo Magalhães (Capital Sub-regional B), Barreiras (Capital Regional C),
Formosa do Rio Preto (Centro Local), Correntina (Centro Local), São Desidério (Centro
Local) e Riachão das Neves (Centro Local), localizados na Região Geográfica
Intermediária de Barreiras: 28,3% do total; e
Mucuri (Centro de Zona A), Eunápolis (Capital Regional C), Ilhéus (Capital Regional
C) e Itabuna (Capital Regional B) na Região Geográfica Intermediária de Ilhéus -
Itabuna: 13,2%do total.
Os achados sinalizaram para o fato de que a região que dispõe de um maior número de meios
de hospedagem, é a localizada na costa da Bahia. A partir daí, constata-se uma oferta que
diminui gradativamente à medida que se avança pelas regiões central e oeste do estado. A
região localizada ao norte é a que menos se destaca, com um número de meios de
hospedagem consideravelmente inferior que as demais (Figura 2).
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
Figura 2 - Oferta hoteleira por zonas turísticas da Bahia, com base na
Secretaria de Turismo do Estado da Bahia, 2019.
Essa espacialização sugere indicativos de que as regiões localizadas a leste, centro e oeste do
estado são, sequencialmente, as mais qualificadas em termos de infraestrutura turística,
favorecendo uma maior incidência na atração de turistas.
Das três regiões turísticas que se destacam em termos de meios de hospedagem, a região à
leste do estado é a que mais se beneficiou e a que mais se beneficiará pelos investimentos
destinados a ativos imobiliários turístico-residenciais, além de ser a única destinatária dos
recursos internacionais previstos até 2035 para o setor. Esses recursos são provenientes,
majoritariamente, de Portugal, França, Espanha e Alemanha.
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
conforme já observado no Estudo de 2011. As demais zonas turísticas serão beneficiadas,
especificamente, por investimentos nacionais (Figura 3).
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Além desses investimentos internacionais, salienta-se a territorialização do capital
transnacional na região do Matopiba9, oeste da Bahia, onde atualmente localizam-se 26
empresas de capital transnacional atuando diretamente na estrangeirização da terra. Em
termos de TIs, tratam-se da Bacia do Rio Grande e Bacia do Rio Corrente, justamente em
função da característica predominantemente rural correspondente.
Embora estejam previstos investimentos turísticos até 2035 para tal região, a
internacionalização das áreas rurais que vem ocorrendo por ali pode favorecer esforços
voltados à dinamização da área enquanto possível polo turístico internacional. Sobre isso é
importante ressaltar que tal dinamização deve vir acompanhada de debates, políticas e
programas que garantam a manutenção e qualidade de vida. Isso, pois, se por um lado a
estrangeirização pode gerar riquezas, ela não é igualmente apropriada pela população local,
além de adentrar em temas sensíveis como soberania, segurança e identidade. Esse cuidado
deve ser equacionado a ações voltadas à qualificação e promoção dos atrativos e infraestrutura
relacionada que oferecem, fortemente ancorados nas festividades e manifestações culturais.
Na interface interestadual, entre 2007 e 2018, ocorreu, em geral, uma progressão da rede
urbana do estado da Bahia, com um maior adensamento de cidades nos níveis superiores da
hierarquia urbana. Isso, pois, nesse período, houve um processo de relativa desconcentração
regional da produção, merecendo destaque os seguintes vetores10:
9
A expressão Matopiba designa a extensão geográfica que recobre parcialmente os territórios dos Estados do
Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, abrangendo 337 municípios em uma área de 73.173.485 hectares.
10
Relativa desconcentração na medida que, ainda em 2018, as Regiões Sudeste e Sul concentravam 53,3% e
17,1%, respectivamente. Nesse ano, o Nordeste respondeu por 14,3%; o Centro-Oeste, 9,9%; e o Norte, 5,5%.
Desde de 2002, a participação do PIB da Bahia no total nacional situou-se em torno de 4%.
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recomendações de diretrizes e políticas gerais
o dinamismo e à dispersão da agropecuária e dos agronegócios no Território Nacional
(p. ex. Regiões Intermediárias de Barreiras e de Juazeiro/Petrolina, na Bahia).11 A
expressiva expansão da fronteira agrícola e dos agronegócios ocorreu principalmente
nas regiões Centro-Oeste, Matopiba e Norte. A região do Matopiba é considerada a
grande fronteira agrícola nacional da atualidade, localizada no encontro dos estados do
Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia (Região Geográfica Intermediária de Barreiras), no
coração do Cerrado Brasileiro. Nesse contexto, as regiões de Juazeiro e Petrolina e do
Matopiba constituem bases geográficas que sustentam interfaces interestaduais
relevantes da Rede Urbana da Bahia;
11
No que se refere a uma das interfaces da Rede Urbana da Bahia, a Região Administrativa Integrada de
Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro - Ride Petrolina e Juazeiro foi regulamentada pelo Decreto nº
10.296/2020 com o objetivo de promover a articulação e a harmonização das ações administrativas da União,
dos Estados de Pernambuco e da Bahia e dos Municípios que a integram, e institui o seu Conselho
Administrativo. Os seguintes Municípios integram a Ride Petrolina e Juazeiro: Petrolina; Lagoa Grande; e
Orocó; e Santa Maria da Boa Vista (Pernambuco); e a) Juazeiro; Casa Nova; Curaçá; e Sobradinho (Bahia).
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recomendações de diretrizes e políticas gerais
(Ford, em Camaçari / RMS) e Pernambuco (Jeep, em Goiana, na Zona da Mata Norte
do estado), rompendo com a concentração do complexo automobilístico (montadoras e
fornecedores de autopeças) na Região Sudeste, principalmente no estado de São Paulo;
Atualmente, no que se refere ao estado da Bahia, merece ser destacada construção da Ferrovia
de Integração Oeste-Leste (FIOL), renovando as condições logísticas de exportação de grãos,
na Região Geográfica Intermediária de Barreiras, e de minério de ferro de Caitité, na Região
Geográfica Intermediária de Guanambi. O impacto desse eixo logístico na Rede Urbana do
estado deverá ser expressivo.
Além desses aspectos, alguns achados merecem destaque (Mapa 9). Primeiro, a manutenção
da polarização intermediária que Salvador exerce sobre outros centros, já identificada em
2011, sugere uma certa constância da sua dinamicidade socioeconômica, insuficiente para
abranger toda a Bahia. Em termos interestaduais, sua influência tem diminuído, e restringe-se
a poucas cidades de outros estados, localizadas no extremo-sul. Mais especificamente,
Salvador influencia indiretamente algumas cidades de Minas Gerais, com centros urbanos
fazendo parte das redes de Teixeira de Freitas (BA) e Vitória da Conquista (BA).
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
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A rede urbana da Bahia, agora mais complexa e qualificada que aquela de 2011, ainda carece
de polos em posições hierárquicas intermediárias em número suficiente para dispensar a
necessidade de grandes deslocamentos por sua população. Tal carência é traduzida, dentre
outras coisas, por perdas territoriais e compartilhamento de influência para estados vizinhos,
enfraquecendo a rede nas suas interfaces intraestadual e interestadual. Estes são os casos dos
TIs de Bacia do Rio Corrente, a Oeste, Sertão do São Francisco, ao Norte, e Semiárido
Nordeste II, a Nordeste, cujas perdas territoriais avançam sobre os estados de Goiânia,
Pernambuco e Sergipe, respectivamente; e dos casos dos TIs da Bacia do Rio Grande, a
Oeste, e Extremo Sul, ao Sul, cuja polarização é compartilhada com os estados de Goiânia e
Espírito Santo, respectivamente.
Desse modo, o mapa 10 a seguir apresenta a síntese das análises das regiões de influência
baianas e suas relações interestaduais
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
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recomendações de diretrizes e políticas gerais
Terceiro, o Estado dispõe de uma única Aglomeração Urbana12 de caráter interestadual,
correspondente ao arranjo entre Petrolina (PE) e Juazeiro, cuja dinâmica socioeconômica,
fomentada pela fruticultura, vem sendo potencializada tanto em razão da complementaridade
de funções entre os dois centros urbanos quanto pela continuidade da malha urbana (Figura
4).
12
Aglomeração Urbana corresponde a um arranjo configurado a partir da identificação de complementaridade de
funções entre dois centros urbanos que detêm centralidade em uma determinada Região de Influência e que
apresentam proximidade geográfica. A urbanização contínua não é um critério de identificação, mas a interação
e alternância de funções.
13
Arranjos Populacionais são agrupamentos de dois ou mais municípios com forte integração populacional.
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recomendações de diretrizes e políticas gerais
Fonte: IBGE (2016).
Além do Arranjo Populacional, essas duas cidades também conformam a Região
Administrativa Integrada de Desenvolvimento – RIDE do Polo Petrolina – Juazeiro. Tal qual
verificado no arranjo populacional Petrolina-Juazeiro, a RIDE tem no agronegócio, mais
precisamente na fruticultura e na agroindústria, a sua principal fonte de dinamismo
econômico e social. A barragem presente em Sobradinho contribui fortemente para essa
característica, favorecendo a consolidação econômica da região. Tanto o é, que a RIDE
engloba um Arranjo Produtivo Local – APL muito bem sucedido de empresas no ramo da
fruticultura, denominado “APL de Fruticultura”, conformado pelos mesmos municípios que
compõem a unidade federativa (Figura 5).
Em se tratando da RIDE, especificamente, tal atração recai sobre Petrolina e Juazeiro, cuja
dinâmica econômica, complexidade e especialidade que oferecem polarizam considerável
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fluxo. As demais cidades da região administrativa apresentam características menos
complexas e menos especializadas de centros locais, incidindo em uma menor motivação aos
deslocamentos. Tal contexto, incrementado pelo arranjo populacional resultante dessas duas
cidades, apresenta condicionantes determinantes para alterações na rede que dependem,
dentre outros fatores, da elevação de índices de eficiência na oferta de serviços, escolaridade,
qualificação da mão-de-obra e gestão integrada na região. Se materializados, tais avanços
podem incidir nas relações entres os centros urbanos e, consequentemente, em mudanças na
configuração da rede urbana da Bahia. No entanto, a forte polarização que esse arranjo recebe
de Recife configura como um desafio com tendência intransponível, de difícil reversão para
Salvador, já que a metrópole pernambucana oferece funções urbanas e condições
suficientemente satisfatórias que justificam a sua consolidação enquanto polo regional.
Por fim, outra área que se destaca em termos interestaduais é a do Matopiba14, que vem
apresentando relevante crescimento nas últimas décadas, atribuído à sua característica rural
cuja lógica de produção abarca regiões da Bahia, Tocantins, Piauí e Maranhão. Por esta razão,
percebe-se um fluxo intenso do agronegócio que se distribui por esses estados e avança para o
restante do país. No caso da Bahia, tal fluxo ocorre, majoritariamente, em direção à Salvador
(IBGE, 2015). Dentre as cidades baianas que compõem o Matopiba, sobressaem-se Barreiras
e Luís Eduardo Magalhães, no extremo-oeste do estado. Em termos de TIs, tratam-se do
Sertão do São Francisco, Bacia do Rio Grande e Bacia do Rio Corrente, todos com expressiva
relação e polarização com outros estados.
Considerando os raios de 50km e 100km para os polos analisados, seguindo uma referência
que se adequa à realidade brasileira: para o caso de deslocamentos diários para trabalho e
estudo, o limite seria o de 50km, para deslocamentos de caráter repetido, mas eventual, o
limite de 100km igualmente parece razoável. Para possibilitar uma quantificação dessas
densidades, atribui-se um peso distinto para cada uma das centralidades referentes aos seus
14
Sua área compreende 337 municípios, dos quais, 135 no Maranhão, 139 no Tocantins, 33 no Piauí e 30 na
Bahia.
45
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
raios de 50km; ou seja, quanto mais alta na hierarquia, mais pontuação lhe é outorgada. Esta
mensuração é distinguida no mapa por meio de cores (Mapa 11).
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
47
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
De imediato, tem-se:
1. Uma concentração de densidades mais altas nas proximidades de Salvador, incluindo a
sobreposição de raios de 50Km;
2. Uma concentração de médias densidades no entorno imediato da capital baiana, mas já
com destaque para a direção sul;
3. Médias densidades num grande eixo norte sul na região central do estado;
4. Concentração “isolada” em Barreiras, mas já apresentado um compartilhamento com
Luis Eduardo Magalhaes;
5. Um grande vazio de centralidades na porção oeste do estado;
6. Um possível avanço da mancha de baixas densidades no centro do estado, na
sobreposição com o Território de Identidade da Chapada Diamantina;
7. Persistência de vazios intersticiais.
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
A formação de uma nova centralidade ao lado da de Barreiras pode contribuir para uma
melhoria na baixa densidade funcional observada na grande porção oeste do estado.
Ao se observar os espaços intersticiais que não estão nem no raio de 100Km dos polos
analisados, ficam evidentes grandes manchas no oeste do estado, outras que se adentram para
a região central e também, de modo isolado, nos extremos do perímetro estadual.
Por último, é importante considerar que altas densidades funcionais não garantem a plenitude
de funções capaz de reduzir desigualdades sociais. Os cenários apresentados guardam
especificidades, para melhor e para pior, quando analisados no nível micro de cada um dos
municípios. Políticas públicas regionais, entretanto, podem considerar as grandes manchas de
alta densidade como aquelas mais complexas e que devem avançar na sua posição hierárquica
no estado da Bahia e no Brasil; no caso das grandes manchas de baixa densidade, valem
políticas que gerem novos centros funcionais, que permitam a criação de oferta de serviços
públicos em rede e que incentivem potencialidades competitivas.
Em se tratando dos saltos hierárquicos da rede urbana, o cenário que se tem para a Bahia é,
em tese, positivo. Conforme já anunciado anteriormente, a se considerar o cenário idealizado
resultante da leitura dos indicadores de volume demográfico e sua concentração no território,
a posição esperada para a Bahia seria a 14ª no país. O resultado, porém, coloca o Estado na 5ª
posição. Diferenças maiores só ocorrem em Alagoas, Sergipe e Paraíba (para pior), e Minas
Gerais e Mato Grosso (para melhor).
No caso da Bahia, a grande pontuação obtida resulta da presença de um único município, Luís
Eduardo Magalhães, com distinção funcional positiva significativa em todas as funções com
aderência agrícola selecionadas. Esse fato relativiza o resultado bastante positivo de uma
posição idealizada para ocupar a 14ª posição frente aos demais estados brasileiros confirmar-
se em 5ª. Assim, os saltos hierárquicos existentes na rede urbana da Bahia não deixam de ser
significativos. No caso dos Territórios de Identidade de Bacia do Rio Grande, Bacia do Rio
Corrente, a despeito da dinâmica econômica que aí se observa, os degraus devem persistir
devido ao perfil agrícola de baixa densidade demográfica que aí se observa. A preocupação
maior com os saltos hierárquicos deve ocorrer para os territórios centrais e do leste do
território baiano.
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
Rede Urbana da Bahia, conforme apresentados e discutidos em item específico ao final do
Produto 3, e resgatados no item a seguir.
Toma-se como pressuposto que sua definição territorial precisa é de difícil determinação. Por
isso, ressalta-se que a proposta sugere a utilização dos arcos não como recortes definidos, mas
como lentes de análise que auxiliam na leitura e enfrentamentos temáticos – e que, portanto,
flexíveis e adaptáveis.
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
Identificam-se, então, seis arcos principais na rede urbana da Bahia. Tais arcos, ilustrados no
mapa acima, contam com especificidades econômicas, sociais, históricas e de infraestruturas,
minimamente, e com reduzida precisão cartográfica, esperadamente. Mais do que em outras
regionalizações utilizadas neste trabalho, os Arcos apresentam mais aderência em suas áreas
centrais ou próximas aos seus polos hierárquicos de rede, e um certo esgarçamento,
sobreposição ou mesmo imprecisão de aderência, em suas bordas mais distantes.
O quadro 1 a seguir ensaia uma síntese comparativa dos principais aspectos observados,
detalhadamente trabalhados no Produto 3.
Arco 1 Salvador Metrópole Nacional Rede caracterizada por sua alta densidade de polos
urbanos, complexidade de funções, grande
concentração de população e atividades
econômicas. Polo articulador de toda a rede
estadual. Arco com grande diversidade interna.
Arco 2 Vitória da Capital Regional B Grande parcela intermediária entre o Arco 1 (denso
Conquista em população, atividades econômicas, número de
polos urbanos e funções urbanas de Salvador) e o
Arco 3 (rarefeito em termos de ocupação do
território.
Arco 4 Arranjo Capital Regional C Importante polo regional, porém submetido à rede
Populacional urbana de Recife / PE.
Petrolina-
Juazeiro
Arco 6 Paulo Centro Sub-regional A Arco cujo polo encontra-se distante de Salvador,
Afonso constituindo uma rede de baixa densidade de
centros urbanos. Compartilha sua dependência com
Salvador e outros estados vizinhos.
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
A delimitação desses arcos, com os respectivos aspectos principais observados, orientou o
delineamento dos destaques sobre as principais mudanças e permanências identificadas na
rede urbana estadual, bem como a recomendação de políticas públicas, diretrizes e aspectos
gerais a serem considerados. Tais elementos estão descritos no item 2. “Recomendações à
Rede Urbana da Bahia: destaques, políticas públicas, diretrizes e aspectos gerais”, deste
documento.
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
A partir dos principais destaques identificados com base nas análises desenvolvidas ao
longo dos produtos que compõem a revisão do Estudo da Rede Urbana da Bahia, o
presente capítulo apresenta recomendações gerais, no que tange a Política de
Desenvolvimento Urbano estadual.
Tais elementos estão organizados nos quadros a seguir da seguinte forma: na primeira
coluna, estão indicados os destaques identificados por meio das análises desenvolvidas;
na segunda, as possíveis políticas públicas e diretrizes que podem auxiliar no
enfrentamento da questão identificada; na terceira, são listados aspectos gerais de
monitoramento, assim como observações quanto à abrangência correspondente (se
geral, ou se particular a determinado Arco).
Dessa forma, as propostas aqui sugeridas buscaram entender as relações entre uma
realidade econômica e regional com aquela de interesse precípuo neste trabalho que é a
social e urbana, sobretudo em termos de densidades e hierarquias.
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
É importante destacar que, distante de se configurar como elementos definitivos e
rígidos em sua estrutura e conformação, os quadros a seguir devem ser entendidos como
ferramenta em construção, que visa auxiliar o Estado da Bahia nos direcionamentos do
seu desenvolvimento e que, portanto, pode ser adaptada e complementada, conforme
necessidade.
Portanto, ressalta-se que esses destaques selecionados servirão como insumo para
elaboração de diretrizes para política urbana no que diz respeito à rede de cidades,
constituindo um ponto de partida para o debate entre sociedade civil e órgãos do
governo.
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Quadro 2 - A Rede Urbana da Bahia e suas Grandes Questões Estratégicas: Destaques, Políticas, Diretrizes e
Aspectos Gerais, 2021
A Rede Urbana e suas Grandes Questões Estratégicas
Destaques Políticas Públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
1. Analisada do ponto de vista teórico, ou 1.1 Considerar esse potencial de destaque nas centralidades urbanas 1.1 Instituição de um Comitê de
seja, a partir de uma relação entre volume em nível nacional, na negociação por interesses baianos, seja Políticas Estratégicas Regionalizadas,
demográfico e número/complexidade de política, seja economicamente; com representantes de secretarias
funções urbanas, a Bahia idealmente selecionadas que trabalhe a partir de
1.2 Consorciar um comitê intersecretarial que possa refinar as
ocuparia a 14ª posição hierárquica no uma versão final deste documento
propostas preliminarmente aqui anunciadas, identificar modos de
Brasil; entretanto, ocupa a 5ª. O destaque denominado Projeto de Apoio à
implementá-las e estabelecer critérios claros de avaliação de
dessa posição – significativamente para Formulação e Implementação do Plano
inciativas, seu acompanhamento, avaliação e monitoramento;
melhor – resulta, entretanto, da presença de de Desenvolvimento Econômico da
1.3 Políticas públicas com interesse em reduzir desigualdades no
um único município, Luís Eduardo Bahia para um Futuro Sustentável e
desenho da rede urbana estadual devem estudar mecanismos de
Magalhães, com distinção funcional Inclusivo”. A versão final deste
diversificação em rede daquilo que hoje se tem a partir de Luís
positiva significativa em todas as funções documento é definida pelo próprio
Eduardo Magalhães, reforçando sua especialidade, porém
com aderência agrícola. Esse fato relativiza governo do Estado da Bahia. Tal comitê
diversificando-a em um maior número de funções, ainda que no
o resultado bastante positivo de uma deve estabelecer sua própria agenda,
mesmo contexto agropecuário. A política que aqui se propõe é,
posição idealizada para ocupar a 14ª frente modus operandi e parâmetros de
pois, a de fomentar uma especialização ainda maior de Luís
aos demais estados brasileiros confirmar-se monitoramento;
Eduardo, sofisticando-a a ponto de não apenas compor uma
em 5ª.
1.2 Avaliação qualitativa e
realidade exportadora maior (junto com outras áreas do Brasil),
Grandes diferenças entre aquilo que pode monitoramento da consolidação da
mas, sim, de posicioná-la com destaque nesse conjunto. Estudos
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
o mapeamento dos vazios na cobertura da rede estadual e federal Geral no território estadual.
de ensino superior;
o estabelecimento de políticas regionais da rede estadual baiana
de ensino superior, graduação e pós-graduação, para atender a
demandas regionais específicas; e
considerando que o governo estadual não conta com ingerência
direta na decisão de universidades federais ou mesmo do
Ministério da Educação. Entretanto, é importante que
negociações sejam feitas para que instituições de ensino federal
possam ser instaladas ou ampliadas em regiões (Arcos ou
Territórios de Identidade) consideradas prioritárias para a Bahia.
Há casos, onde o papel de deputados federais ou senadores, ou
mesmo de governadores, é fundamental em decisões como essas
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
2. A Metrópole de Salvador tem destaque 2.1 Políticas para incorporação de parcelas não inseridas na Rede 2.1 Estudos de sistemas urbanos em
mediano no cenário de centralidades Urbana de Salvador deverão considerar a difícil reversão da nível nacional que indiquem possíveis
urbanas brasileiras, dividindo parcelas submissão a Recife. Certamente exige grande inversão de mudanças no desenho da rede urbana
importantes de seu território com Recife- investimentos em infraestruturas rodoviárias e/ou ferroviárias e atual e suas relações extraestaduais.
PE. eventuais políticas fiscais ou de taxas que priorizem negócios no
interior do estado;
Ocorrência prioritária para políticas
2.2 Identificação de possíveis grandes empreendimentos logísticos
públicas e seu monitoramento:
que poderiam alterar a relação de parcelas do território baiano hoje
Geral no território estadual, mas com
dependentes de redes urbanas extra estaduais. Por tais
destaque para os Arcos 4 e 5.
empreendimentos entende-se ações concretas de políticas públicas,
majoritariamente em parceria com o setor privado para efetivar o
aporte de recursos, e que contribuam para reverter o atual interesse
de parcelas territoriais da Bahia hoje mais economicamente
vinculadas com Pernambuco para centralidades no interior de seu
próprio território.
3. Observa-se um grande número de polos 3.1 Identificar e adotar políticas públicas que respondam a 3.1 Estudos específicos e de meio termo
baianos que atraem usuários/compradores demandas universais em termos de infraestrutura e de serviços (entre o atual REGIC 2018 e sua
para especialidades, como por exemplo, públicos, ainda que em sistema integrado, mas envolvendo a atualização futura) que possam sugerir
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
4. A partir da análise da existência de 4.1 Realização de ações que valorizem e consolidem ainda mais as 4.1 Discussões sobre como a
centralidades selecionadas e a inserção, ou centralidades ora observadas, no sentido de complexificá-las e de consolidação dessas centralidades
não, de cidades baianas no ranking das 30 consolidá-las, minimamente em grandes grupos, conforme abaixo: podem alterar os atributos dos seis arcos
mais centrais, tem-se: ora identificados e como podem reiterar
Feira de Santana (TI Portal do Sertão), Vitória da Conquista (TI
Sudoeste Baiano), Santo Antônio de Jesus (TI Recôncavo), Irecê ou reduzir desigualdades;
Cidades com centralidade específica
(TI Irecê) e Eunápolis (TI Costa do Descobrimento) para
para compra de vestuário e calçado: 4.2 Distinguir dentre as centralidades
comércio de varejo regional;
Feira de Santana, Vitória da Conquista,
Santo Antônio de Jesus e Irecê; Paripiranga (TI Semiárido Nordeste II), Itabuna (TI Litoral Sul) identificadas, aquelas que possam ser
Cidades com centralidade específica e Feira de Santana (TI Portal do Sertão) para deslocamento para mais ou menos alteradas a partir de
para compra de móveis e cursar ensino superior;
eletrodomésticos: Feira de Santana, políticas públicas ou de ação do capital
Itabuna (TI Litoral Sul), Santo Antônio de Jesus (TI
Santo Antônio de Jesus, Vitória da
Recôncavo), Irecê (TI Irecê) e Guanambi (TI Sertão Produtivo) privado;
Conquista, e Eunápolis;
serviços de saúde de baixa e média complexidade e Salvador (TI
Cidades com centralidade específica
Metropolitano de Salvador) para serviços de saúde de alta 4.3 Identificação e análise de
para deslocamento para cursar ensino
complexidade; 4. Porto Seguro (TI Costa do Descobrimento), indicadores que possam especificar
superior: Paripiranga, Itabuna e Feira de
Senhor do Bonfim (TI Piemonte Norte do Itapicuru), Vitória da
Santana;
Conquista (TI Sudoeste Baiano), Serrinha (TI Sisal), Itacaré (TI ainda mais tais centralidades e seus
Cidades com centralidade específica Litoral Sul), Salvador (TI Metropolitano de Salvador), Euclides principais agentes causadores;
para serviços de saúde de baixa e média da Cunha (TI Semiárido Nordeste II) para atividades culturais
complexidade: Itabuna, Santo Antônio e/ou esportivas:
de Jesus, Irecê e Guanambi; 4.4 Estudos específicos e de meio termo
Cidades com centralidade específica Luís Eduardo Magalhães (TI Bacia do Rio Grande) para (entre o atual REGIC 2018 e sua
para serviços de saúde de alta comercio e serviços de apoio à agropecuária; e
complexidade: Salvador;
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
5. Confirmação de Vitória da Conquista 5.1 Realização de estudos que confirmem as centralidades 5.1 Avaliações em início de gestão do
como polo do Arco 2, entre uma mancha de identificadas e os seus atributos que possam reiterar esse destaque governo estadual sobre as referências de
rede urbana densa e outra ainda bastante nos territórios em que se encontram. regionalização utilizadas pelas
rarefeita. secretarias;
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
6. Confirmação de Barreiras e Luís Eduardo 6.1 O perfil do Arco 3 e sobretudo de um de seus municípios 6.1 Avaliações em início de gestão do
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
7. A rede urbana da Bahia, agora mais 7.1 Consolidação de centros urbanos regionais, intermediários, 7.1 Aumento no número de polos
complexa que aquela de 2011, ainda qualificando-os por meio de infraestruturas, serviços e intermediários na rede;
demanda por polos em posições equipamentos urbanos especializados, fortalecendo a rede na sua
7.2 Diminuição das perdas territoriais;
hierárquicas intermediárias em número interface intraestadual e diminuindo as perdas interestaduais. Para
7.3 Diminuição do compartilhamento de
suficiente para dispensar a necessidade de tanto, salienta-se a importância de órgãos públicos estaduais,
influência da rede baiana com outras
grandes deslocamentos por sua população. fundamentais nesse processo;
redes estaduais.
Tal carência é traduzida, dentre outras
7.2 Desenvolvimento de estudos estratégicos, incluindo plano de
coisas, por perdas territoriais (ou seja, perda
ação, voltados à qualificação e especialização de polos
de influência de determinada porção do Ocorrência prioritária para políticas
intermediários.
território para outro(s) estado) e públicas e seu monitoramento:
compartilhamento de influência para
Geral no território estadual, mas com
estados vizinhos, enfraquecendo a rede nas
destaque para os Arcos 3, 4, 5 e 6.
suas interfaces intraestadual e interestadual.
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
8. No que tange às perdas territoriais 8.1 As Políticas públicas de desenvolvimento devem contribuir para 8.1 Recuperação da influência de
interestaduais, em análise comparativa com a consolidação de Salvador como polo regional, tanto do ponto de Salvador sobre o TI Sertão do São
o Estudo de 2011, constata-se que Salvador vista urbano, por meio da qualificação de funções, infraestruturas e Francisco;
(Arco 1 – TI Metropolitano de Salvador) serviços, quanto do ponto de vista de fortalecimento do seu
8.2 Diminuição das perdas de influência
perdeu a influência que exercia sobre potencial econômico. O intuito maior é o de resgatar a influência
de Salvador.
Aracaju, além daquela que compartilhava que exercia sobre o TI Sertão do São Francisco e fortalecer a
com Recife sobre a Região Administrativa influência que exerce sobre os demais polos, evitando novas perdas.
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
9. O arranjo entre Petrolina (PE) e Juazeiro 9.1 Analisar as ações compartilhadas entre Bahia e Pernambuco do 9.1 Diminuição das assimetrias no que
(Arco 4, TI Sertão do São Francisco) é o ponto de vista estratégico com interesse para o primeiro e tange a aspectos socioeconômicos e
único na Bahia de caráter interestadual, cuja considerando o necessário fortalecimento dos centros urbanos classificação dos centros urbanos da
dinâmica socioeconômica vem sendo intermediários, dinamizando a região e diminuindo a dependência região;
potencializada tanto em razão da que as cidades do entorno têm com Juazeiro (e Petrolina).
9.2 Incremento na dinâmica entre os
complementaridade de funções entre os
centros urbanos da região, incidindo na
dois centros urbanos quanto pela
diminuição das distâncias percorridas
continuidade da malha urbana.
em busca de serviços e equipamentos
Além do Arranjo Populacional, essas duas especializados.
cidades também conformam a Região
Administrativa Integrada de
Ocorrência prioritária para políticas
Desenvolvimento – RIDE do Polo Petrolina
públicas e seu monitoramento:
– Juazeiro, a qual divide com as Regiões
Metropolitanas de Recife e Fortaleza os destaque para o Arco 4.
fluxos de bens e serviços e comanda um
subsistema urbano onde sobressaem as
cidades de Belém do São Francisco (PE),
Salgueiro (PE), Remanso (BA), Araripina
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Quadro 3 - A Rede Urbana da Bahia e a Cultura e o Turismo: Destaques, Políticas, Diretrizes e Aspectos Gerais,
2021
Cultura e Turismo
Destaques Políticas públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
1. As manifestações culturais existentes na 1.1 Direcionar os esforços das políticas públicas de turismo, cultura 1.1 Articulação interinstitucional entre
Bahia não mobilizam pessoas, e de desenvolvimento urbano para medidas que, por um lado, os órgãos municipais, regionais e
infraestrutura complexa e serviços contribuam para o fortalecimento dos centros menores e estaduais de turismo e cultura, poder
especializados a ponto de interferir nas intermediários, e que, por outro, viabilizem a manutenção e público e iniciativa privada;
centralidades e hierarquia da rede de modo preservação do patrimônio material e imaterial inserido na sua
1.2 Maior alcance territorial,
permanente, mas, sim, sazonal ou efêmero. escala tradicional;
materializada pelos fluxos turísticos, das
Embora muitas das manifestações culturais
1.2 Estruturar e qualificar o setor turístico dos centros urbanos, por festividades e manifestações culturais;
correspondam a importantes dinâmicas
meio de programas de incentivo voltados à especialização de
1.3 Consolidação de subcentros culturais
econômicas para muitos municípios, tal
serviços e infraestrutura relacionados ao turismo e às manifestações
regionais;
importância restringe-se a festividades e
culturais, contribuindo na atração e motivação de fluxos;
períodos específicos, insuficiente para 1.4 Reforço na divulgação das agendas
1.3 Integrar as políticas de turismo dos polos, por meio de
desencadear outras atividades e funções culturais hoje praticadas pelo executivo
discussões envolvendo gestores públicos, representantes do trade
urbanas. Trata-se, como já definido em estadual e seus parceiros na organização
turístico e sociedade civil organizada;
2011, de uma rede urbana sazonal e do turismo baiano junto a mercados
flutuante, que não consegue se estabelecer 1.4 Desenvolver estudos de impacto socioeconômico e de consumidores;
e, tampouco, consolidar a relevância dos abrangência territorial dos eventos culturais contribuindo, por um 1.5 Estruturação da instância de
seus centros. Em suma, as manifestações lado, para a instrumentalização da gestão pública e governança turística e cultural integrada
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Cultura e Turismo
Destaques Políticas públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
culturais existentes no estado restringem-se desenvolvimento de estratégias voltadas à dinamização do setor na entre os centros.
a festividades realizadas em períodos rede e, por outro, garantindo a sustentabilidade das comunidades
específicos em determinadas cidades, não tradicionais.
Ocorrência prioritária para políticas
interferindo significativamente na
públicas e seu monitoramento:
conformação e dinâmica da rede urbana.
Geral no território estadual.
2. As estratégias e ações previstas nos 2.1 A política pública de turismo deve considerar direcionamentos 2.1 Alinhamento regional dos
programas de desenvolvimento turísticos regionais que possam ser articulados nos PDITS, garantindo o direcionamentos turísticos;
(vide o PDITS), não parecem ter impactado desenvolvimento local de forma integrada ao cenário estadual. Isso,
2.2 Implementação de processos e
a dinâmica regional da REDE, justamente pois, embora o Estado disponha de inúmeros desses planos,
ferramentas de gestão turística integrada
por estarem orientadas ao desenvolvimento percebe-se uma desarticulação e descontinuidade nas ações e
regional.
de uma localidade/região específica. Ou estratégias neles previstas;
seja, embora tais recomendações possam ter
2.2 Planejar objetivos e metas regionais, prospectados como
contribuído para o desenvolvimento local, Ocorrência prioritária para políticas
potenciais à progressão da rede, considerando as especificidades
elas não tiveram o alcance de influência das públicas e seu monitoramento:
locais;
relações entre as centralidades e não Geral no território estadual, mas com
2.3 Estabelecer mecanismos, estratégias e ações voltados a
incidindo, portanto, nos níveis hierárquicos destaque para os Arcos 1, 3, 4, 5 e 6.
complementariedades turísticas regionais, tendo em vista os
dos centros.
potenciais locais.
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Cultura e Turismo
Destaques Políticas públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
3. Muitas cidades com baixa ou inexistente 3.1 A Política Pública de Turismo pode contribuir para a dinâmica 3.1 Envolvimento entre gestão
concentração de funções urbanas assumem correlata às centralidades, justamente pelo possível fomento à municipal e iniciativa privada na
centralidade especificamente em dinamização local e regional a ela relacionada, incrementada, por estruturação cultural desses arcos;
decorrência de atividades culturais que exemplo, pela promoção de festividades.
3.2 Incremento no número de visitantes
oferecem em determinados períodos do
Essa estruturação, vinculada à intensificação da promoção das por arco, em função da notoriedade
ano. São estes os casos de Vitória da
festividades nessas localidades, pode favorecer a valorização do desses arcos enquanto atrativos
Conquista, Porto Seguro, Senhor do Bonfim
patrimônio material e imaterial estadual. Sobre isso, destaca-se a culturais;
e Serrinha, que respectivamente, fazem
necessidade de que tais políticas sejam pensadas de maneira a não
3.3 Maior alcance dos fluxos
parte dos Territórios de Identidade do
comprometer a qualidade de vida da população diretamente
relacionados às festividades e
Sudoeste Baiano, Costa do Descobrimento,
impactada e economicamente menos favorecida, bem como o
manifestações culturais que ocorrem
Piemonte Norte do Itapicuru e Sisal. Em
patrimônio material e imaterial local;
nesses arcos;
síntese, a relação entre as cidades baianas
3.2 Desenvolver estudos e projetos voltados à estruturação cultural,
em função das manifestações culturais 3.4 Aumento do número de programas
com a definição de objetivos, estratégias e ações de curto, médio e
conforma uma rede urbana sazonal e regionais culturais e de turismo;
longo prazo compatíveis com as especificidades e potencialidades
flutuante, que não consegue se estabelecer 3.5 Aumento do número de festividades
regionais;
e, tampouco, consolidar a relevância dos regionais, organizadas a partir de um
seus centros. Na mesma linha, os TIs Bacia 3.3 Elaborar Projeto de Dinamização dos Eventos Tradicionais, tais
circuito que favoreça os deslocamentos e
do Rio Corrente, Bacia do Polo Rio Grande, como os festejos religiosos e de São João, contemplando os integração entre as localidades.
73
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Cultura e Turismo
Destaques Políticas públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
Velho Chico, Irecê e Sertão do São impactos socioeconômicos da cadeia produtiva, contribuindo para o
Francisco, Itaparica, Semiárido Nordeste II, reposicionamento turísticos e cultural desses territórios na rede de
Ocorrência prioritária para políticas
Extremo Sul e Piemonte Norte do Itapicuru forma sustentável, não comprometendo a qualidade de vida da
públicas e seu monitoramento:
(Arcos 1, 3, 4, 5 e 6) apresentam uma baixa população diretamente impactada, bem como garantindo a
Geral no território estadual
atratividade cultural, com uma abrangência preservação do patrimônio material e imaterial local;
territorial substancialmente pontual, tal qual
3.4 Incrementar a linha do produto cultural dos TIs Bacia do
a região correspondente ao Arco 2, cuja
Paramirim, Sertão Produtivo e Sudoeste Baiano (Arco 2), e dos TIs
atração se dá quase que exclusivamente em
Bacia do Rio Grande, Bacia do Rio Corrente e Velho Chico (Arco
função das festividades que ocorrem na
3), por meio de um programa de integração entre os centros urbanos
cidade de Guanambi (TI Sertão Produtivo).
existentes nessas porções do território, salientando segmentos
estratégicos para investimentos nos respectivos polos regionais e
favorecendo o posicionamento dessas regiões no mercado regional,
estadual, nacional e internacional. Como exemplo de programa
regional, destaca-se o “Pontão de Cultura”, que estruturado pelo
extinto Ministério da Cultura, buscava articular diversos pontos de
cultura, seja por temas afins ou por região geográfica. O “Pontão de
Cultura do Jongo/Ca ambu”, e emplo desse programa, abrangeu
quinze comunidades jongueiras de toda a região Sudeste e foi
organizado pela Universidade Federal Fluminense (UFF);
74
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Cultura e Turismo
Destaques Políticas públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
3.5 Estruturar os produtos culturais relacionados ao ambiente rural,
principalmente no Arco 3, em função da sua característica
predominantemente agrícola, com o cuidado de se preservar o
patrimônio material e imaterial existente, bem como a qualidade de
vida da sua população.
4. A metrópole de Salvador (Arco 1) e seu 4.1 Especificamente em se tratando do Arco 1, identificam-se a 4.1 Aumento do número de polos
arranjo populacional desempenham papel região litorânea e a região da Chapada Diamantina como potenciais culturais intermediários;
de destaque no que tange às manifestações turísticos e culturais, cujas características e dinâmicas particulares
4.2 Distribuição do fluxo de forma mais
culturais em relação aos demais centros (de turismo de sol e praia, e de aventura, respectivamente) podem
equilibrada entre os centros;
urbanos, muito provavelmente em função ser intermediadas por aspectos relacionados ao contexto de centros
4.3 Efetivação de uma dinâmica de
da maior concentração de equipamentos, como Feira de Santana e Itaberaba. Nesse sentido, sugere-se o
circulação que articula regionalmente os
serviços, oferta de festividades e desenvolvimento de programas voltados à conformação de polos
centros em função da sua atratividade
infraestrutura correlata que dispõem culturais intermediários, considerando a espacialização da
cultural e turística específica.
durante todo o ano. Trata-se dos TIs hierarquia dos centros urbanos pelo estado;
Metropolitano de Salvador e Portal do
4.2 Estabelecer uma articulação regional entre os diferentes polos
Sertão, localizados na porção leste do Ocorrência prioritária para políticas
culturais.
Estado. A forte atração gerada por esse arco públicas e seu monitoramento:
(Arco 1) acaba influenciando em uma
destaque para o Arco 1.
menor polarização dos demais arcos.
75
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Cultura e Turismo
Destaques Políticas públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
5. As políticas, diretrizes e ações do 5.1 A Política Pública de Turismo deve considerar a 5.1 Aumento dos investimentos
PRODETUR/NE e do Plano Nacional de compatibilização das diferentes estratégicas, ações e investimentos destinados às demais regiões do Estado,
Turismo destinaram a maior parte de seus em um programa de desenvolvimento turístico na sua escala para além do litoral do Estado;
recursos financeiros à infraestrutura básica estadual, ampliando seus esforços para além das potencialidades
5.2 Distribuição mais equilibrada dos
e urbana para qualificação do litoral do localmente identificadas. Pode auxiliar, nesse sentido, a Elaboração
investimentos provenientes de planos e
Estado (Arco 1), em detrimento das demais de um Programa de Dinamização do Turismo, a fim de contribuir
programas nacionais e estaduais pelas
regiões da Bahia. para a qualificação e dinamização do setor de forma mais
regiões da Bahia;
equilibrada;
6. As regiões que concentram as 6.1 As Políticas públicas de desenvolvimento devem orientar os 6.1 Assistência e manutenção da
centralidades de hierarquias superiores são, setores econômicos, territoriais e ambientais de maneira população tradicional;
também, as que chamam mais atenção ao equilibrada, equacionando as novas relações econômicas e os
6.2 Existência de planos e políticas de
turismo e mercado imobiliário conflitos socioespaciais por elas potencializados, materializados por
uso e ocupação do solo e de
76
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Cultura e Turismo
Destaques Políticas públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
internacionais, por meio de arranjos significativas repercussões no ordenamento territorial, meio desenvolvimento sustentável que
político-institucionais, alianças estratégicas ambiente e nas comunidades diretamente impactadas; compatibilizam investimentos turístico-
entre os agentes econômicos, valorização imobiliários, habitação social e
6.2 Desenvolver planos de uso do solo e planos de desenvolvimento
da terra e novos tipos de urbanização. Se, regularização fundiária;
sustentável voltados às principais áreas receptoras dos
por um lado, isso dinamiza positivamente o
investimentos turísticos e imobiliários, como forma de ordenar os 6.3 Incentivos aos investidores nacionais
setor econômico baiano, por outro, o
resultados advindos da pressão tradicionalmente desencadeada e locais.
aumento da quantidade de estabelecimentos
pelos empreendimentos correlacionados. Tais planos devem
concentrado em áreas específicas do estado
orientar o planejamento de tais investimentos de tal forma que não
corrobora com a desigualdade da rede Ocorrência prioritária para políticas
se contribua para o enfraquecimento dos investidores nacionais e,
urbana. públicas e seu monitoramento:
sobretudo, locais;
Destaques para os Arcos 1, 3 e 5.
6.3 Planejar mecanismos de controle dos impactos sobre o acesso à
terra, tais como especulação imobiliária e segregação, sobretudo
nos principais destinos dos investimentos em ativos imobiliários;
7. A região norte do estado (Arco 4) é a que 7.1 Fortalecimento e criação de marcas e produtos para 7.1 Aumento no número de turistas na
menos se destaca na oferta de meios de reposicionamento dos destinos presentes no arco 4. Pode contribuir, região;
77
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Cultura e Turismo
Destaques Políticas públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
hospedagem, sugerindo uma menor nesse sentido, o fortalecimento do enoturismo existente na região; 7.2 Aumento no número de serviços e
qualificação da infraestrutura turística e equipamentos especializados ofertados;
7.2 Desenvolvimento ou ampliação de Planos de Marketing
contribuindo para uma menor incidência de
estratégicos e operacionais voltados tanto para a divulgação dos 7.3 Incremento na oferta hoteleira;
turistas.
atrativos quanto para o angariamento de investimentos na região do
7.4 Aumento e fortalecimento de marcas
Arco 4, principalmente de investidores nacionais e, sobretudo,
e produtos turísticos da região.
locais.
Ocorrência prioritária para políticas
públicas e seu monitoramento:
8. A participação de apenas três países 8.1 Políticas Públicas de Turismo e de Desenvolvimento devem 8.1 Aumento no número de países
(Espanha, Portugal e Suécia) nos prever estratégias voltadas à promoção e atração de investidores investidores no Estado.
investimentos prospectados no setor internacionais por meio de mecanismos que auxiliem na
turístico-imobiliário da Bahia sinaliza uma recuperação da Bahia como destino atrativo para ativos turístico-
Ocorrência prioritária para políticas
possível diminuição de interesse imobiliários, sobretudo para os países que já investiram no estado
públicas e seu monitoramento:
internacional no Estado, se comparada com anteriormente. A procura pela ampliação do número de países de
a participação verificada no Estudo de origem dos investimentos é fundamental para possíveis Geral no território estadual.
2011. compensações quando de crises econômicas nacionais;
78
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Cultura e Turismo
Destaques Políticas públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
enquanto posicionamento no mercado turístico internacional.
9. Salvador (Arco 1 – TI Metropolitano 9.1 Políticas públicas de turismo devem prever programas e 9.1 Inclusão de outras cidades baianas
Salvador) é a única cidade baiana que está projetos voltados à difusão e promoção de Salvador, objetivando a no grupo dos destinos nacionais mais
dentre os destinos nacionais mais visitados recuperação da capital baiana como destino turístico que dispõe de visitados por turistas estrangeiros;
por turistas estrangeiros, sobretudo em variadas tipologias de atrativos. Além disso, esforços também
9.2 Aumento do número de turistas
função de seus atrativos de lazer. Ao se devem ser direcionados visando a inclusão de outras localidades do
nacionais e internacionais por todo o
comparar o período compreendido entre Estado no grupo de cidades nacionais mais visitadas por turistas
território da Bahia;
2014 e 2018, no entanto, é interessante estrangeiros;
9.3 Retomada e, em um segundo
salientar que a visitação em Salvador
9.2 Elaborar um Programa de Educação Patrimonial e Promoção
momento, aumento dos índices de
diminuiu em todas as categorias turísticas
Turística que contribua para a formação de agentes multiplicadores,
visitação em Salvador.
analisadas.
com atuação junto a órgãos/agências de turismo na divulgação dos
atrativos e localidades baianas para outros estados e países;
Ocorrência prioritária para políticas
9.3 Integrar as estratégias de comunicação, distribuição e promoção
públicas e seu monitoramento:
turística para fortalecer a imagem de Salvador, ampliando e
consolidando seus produtos turísticos no mercado regional, Geral no território estadual, mas com
estadual, nacional e internacional. destaque para o Arco 1.
10. A concentração do fluxo de turistas 10.1 As Políticas Públicas devem considerar mecanismos de atração 10.1 Aumento no número de produtos
estrangeiros ao longo da costa e centro de investimentos e fluxo turístico nos Arcos 2, 4 e 6, justamente por turísticos do Estado;
79
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Cultura e Turismo
Destaques Políticas públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
baiano (Arco 1) coincide com a estes apresentarem uma baixa participação na oferta de 10.2 Aumento dos investimentos nos
concentração majoritária dos empreendimentos existentes, uma baixa representatividade nos Arcos 2, 4 e 6;
empreendimentos capitaneados por investimentos prospectados para o período entre 2020 e 2035, e
10.3 Aumento dos empreendimentos
investimentos internacionais prospectados uma baixa incidência de turistas estrangeiros;
turístico-imobiliários nos Arcos 2, 4 e 6;
para o período compreendido entre 2020 e
10.2 Desenvolver planos, programas e projetos de controle e
10.4 Efetivação dos planos, programas e
2035. Em termos de Territórios de
fiscalização dos aspectos ambientais, uso e ocupação do solo e dos
projetos de controle e fiscalização dos
Identidade, são Metropolitano de Salvador,
impactos nas comunidades diretamente impactadas pelo fluxo
aspectos ambientais, uso e ocupação do
Litoral Sul, no litoral, e Chapada
turístico e empreendimentos turístico-imobiliários, sobretudo nas
solo;
Diamantina que despontam como as regiões
principais regiões destinatárias dos investimentos;
mais atrativas para os turistas estrangeiros. 10.5 Assistência e manutenção das
10.3 Desenvolver planos e programas voltados à capacitação e
Tal constatação enfatiza a distribuição comunidades diretamente impactadas
instrumentalização da gestão municipal para lidar com os impactos
desuniforme de turistas internacionais pelo pelo fluxo turístico e empreendimentos
e pressões advindas dos fluxos e empreendimentos turístico-
território da Bahia, concentrada turístico-imobiliários.
imobiliários;
majoritariamente na costa litorânea e
diluída principalmente em direção à porção 10.4 Desenvolver estratégias de comunicação, distribuição e
Ocorrência prioritária para políticas
centro-oeste do estado (Arco 3). Além promoção turística, ampliando e consolidando as variadas tipologias
públicas e seu monitoramento:
disso, quando rebatido na rede, esse de produtos turísticos existentes nos arcos 2, 4 e 6;
contexto explicita uma de 10.5 Mobilizar e integrar ações do poder público e iniciativa Geral no território estadual, mas com
condição
desigualdade substancialmente acentuada privada do Estado, visando a consolidação dos potenciais turísticos especificidade para cada um dos Arcos
nas interfaces intra-centros e inter-centros. (2, 4 e 6).
no mercado regional, estadual, nacional e internacional dos Arcos 2,
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Cultura e Turismo
Destaques Políticas públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
4 e 6.
11. Os turistas chegam na Bahia 11.1 As Políticas Públicas de Desenvolvimento devem voltar seus 11.1 Aumento das conexões do setor
principalmente por meio do aeroporto de esforços ao incremento das infraestruturas do setor aéreo, aéreo do estado nas escalas interestadual
Salvador (Arco 1 – TI Metropolitano corroborando para a competitividade do Estado no âmbito nacional e intraestadual;
Salvador) e, em menor escala, aeroporto de e tornando-as mais robustas para o recebimento de um fluxo
11.2 Ascendência na classificação dos
Ilhéus (Arco 1 – TI Litoral Sul). Tal fluxo internacional;
aeroportos regionais;
não incide em mudanças na rede em termos
11.2 Desenvolvimento de planos e projetos de modernização e
11.3 Aumento no fluxo de passageiros, e
de malha e, tampouco, configura ou reforça
ampliação (quando for o caso) dos aeroportos existentes na Bahia,
cargas;
um determinado ponto para além da capital
incorporando os recursos e incentivos federais voltados ao setor
baiana. Ao contrário, apenas confirma – e 11.4 Aumento da capacidade dos
aéreo na escala estadual, principalmente naqueles localizados nos
fortalece - a posição mais alta da metrópole aeroportos regionais para atendimento
Arcos 3, 5 e 6, favorecendo a dinamização e o incremento de fluxos
do Estado. de aeronaves de portes maiores.
nessas regiões;
81
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Quadro 4 – A Rede Urbana da Bahia e a organização do território baiano: Destaques, Políticas, Diretrizes e
Aspectos Gerais, 2021
Organização do território baiano
Destaques Políticas Públicas Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
1. Ao se comparar as regionalizações 1.1 O cenário de uma crescente compartimentação nas 1.1 O aqui proposto Comitê de Políticas
historicamente realizadas para a Bahia, vê- regionalizações do Estado indica possível incremento nas Estratégicas Regionalizadas deverá
se uma compatibilização entre as Regiões especificidades de suas políticas territoriais. Fato positivo e que proceder análises qualitativas sobre as
Econômicas de 1991, Regiões de Influência deve ser mantido como diretriz. A distinção dessas regionalizações regionalizações de planejamento e sua
de 2011, e Regiões Imediatas do IBGE relativamente aos Territórios de Identidade não deve se constituir relação com os Territórios de Identidade
(tomadas como uma próxis das Regiões de em preocupação estratégica. Regionalizações diversas, cada qual e com as regionalizações operacionais
Influência de 2018). Diferencia-se, para fins específicos devem ser assimiladas e mesmo incentivadas das secretarias.
entretanto, de tais regionalizações, os por políticas públicas territoriais. Entre as razões para essa assertiva
Ocorrência prioritária para políticas
Territórios de Identidade, seja devido ao está a facilidade de se trabalhar informações e dados
públicas e seu monitoramento:
número de polígonos regionais que georreferenciados, em agregá-los ou desagregá-los conforme
Geral no território estadual.
considera (em maior número que as atuais interesses e necessidades diversos;
regionalizações), seja pela referência
1.2 Regionalizações devem ser periodicamente avaliadas e
adotada em termos de aspectos culturais e
eventualmente revistas. Este trabalho, por si só, implica na
de pertencimento.
assimilação da importância de políticas regionalizadas;
82
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
2. Para além das regionalizações de 2.1 A falta, de forma imperativa, de se trabalhar estrategicamente 2.1 Avaliações em início de gestão do
planejamento que antecedem a definição com um desenho único do território baiano, no caso os Territórios governo estadual sobre as referências de
dos Territórios de Identidade, há as de Identidade, sugere uma possível fragilidade na unidade das ações regionalização utilizadas pelas
regionalizações operacionais das de governo. Para o caso de políticas públicas territoriais, é secretarias;
secretarias, cada qual com suas importante, pois, não apenas a determinação de recortes
2.2 Avaliações específicas sobre o
delimitações específicas (vide acima). geográficos, mas a determinação de como e quando eles devem ser
significado de distintas sobreposições
utilizados. Entretanto, e isso é mais importante, é possível também
Ao se sobrepor todas as estruturas regionais regionais, considerando sobretudo
concluir que a importância dos Territórios de Identidade deveria ser
identificadas e em uso pelas secretarias aquelas com origem privada ou
buscada em níveis estratégicos estaduais e por secretarias cujo papel
estaduais, é possível identificar áreas de associativas.
seja o de agente articulador, como aquelas de Planejamento,
extrema homogeneidade econômica, social,
Desenvolvimento Urbano ou outras estruturas de apoio direto ao
de relações e físico-natural ou com alto
chefe do executivo. Tal conclusão deve embasar as discussões sobre Ocorrência prioritária para políticas
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Quadro 5 – A Rede Urbana da Bahia e a Economia e Meio Ambiente: Destaques, Políticas, Diretrizes e Aspectos
Gerais, 2021
Economia e Meio Ambiente
Destaques Políticas públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
1. Nas porções oeste, extremo sul e centro As políticas públicas que consideram a variável ambiental e sua 1.1 Quantidade de programas criados e
leste da Bahia, verificam-se manchas de interface com a produção econômica ou interesse social estão /ou implementados considerando as
menor vulnerabilidade ambiental, que, resumidas no Zoneamento Ecológico Econômico, instrumento legal diretrizes do ZEE/BA;
mesmo com a existência de unidades de
para o Ordenamento Territorial. Dessa forma, sugere-se diretrizes
conservação em alguns dos municípios ali 1.2 Análise quinquenal comparativa do
que o levem em consideração, tais como:
situados, sobretudo os mais próximos ao número de conflitos ambientais e
litoral, acabam por apresentar menor 1.1 Deve-se priorizar a implementação das diretrizes do ZEE/BA, impactos ambientais decorrentes da
vulnerabilidade, impulsionada, visando, além do maior aproveitamento das potencialidades naturais expansão de atividades econômicas e
provavelmente, pela menor vulnerabilidade
existentes, o desenvolvimento de atividades que venham ao produtivas por Zona e/ou TI.
hídrica e pela menor vulnerabilidade a
encontro do que se espera para cada zona;
erosão.
Os locais com menor vulnerabilidade 1.2 Elaboração e posterior implementação de programas e ações
Ocorrência prioritária para políticas
ambiental tendem a ser mais atrativos para específicas para cada diretriz do ZEE/BA, priorizando o recorte dos
públicas e seu monitoramento:
o desenvolvimento de atividades Territórios de Identidade e em consonância com as tendências de
produtivas, as quais podem exercer pressão permanência e mudança da rede apresentadas neste Estudo. Geral no território estadual.
de uso nas unidades de conservação mais
próximas.
A existência desse quadro reforça a
necessidade de planejamentos integrados e
transversais que considerem tanto as
86
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
2. O cruzamento do mapeamento das áreas A política pública de desenvolvimento urbano, no que tange as 2.1 Quantidade de Planos Diretores
de menor vulnerabilidade ambiental com questões ambientais, deve direcionar os esforços para pelo menos elaborados em consonância com as
outros fatores de ordem econômica e social, três eixos principais: diretrizes básicas recomendadas;
permite constatar, entre outras questões,
que: Prevenção de conflitos urbano-ambientais, a partir do 2.2 Quantidade de macrozoneamentos
A maioria dos municípios que planejamento territorial e do monitoramento ambiental; postados na base cartográfica estadual;
apresentam maior densidade econômica Priorização de ações de controle e monitoramento ambiental dos
2.3 Avaliação trienal dos níveis de
estão em porções de menor recursos existentes e das atividades poluidoras e potencialmente
poluidoras situadas nos municípios em ascensão; atendimento das diretrizes do ZEE/BA
vulnerabilidade ambiental,
principalmente os municípios Incentivo a expansão de atividades econômicas de maior por Zona ou por Território de
pertencentes aos TIs Metropolitano de demanda dos recursos naturais em áreas de maior capacidade e Identidade;
Salvador, Portal do Sertão, Recôncavo, resiliência ambiental, de forma a otimizar as condições naturais
2.4 Acompanhamento sistemático com
Baixo Sul (Arco 1); Bacia do Rio de suporte e provisão.
comparações trienais do consumo de
Grande (Arco 3); Extremo Sul e Costa Sugere-se para tal, as seguintes diretrizes gerais:
do Descobrimento (Arco 5). água, geração de resíduos e lançamento
Alguns dos municípios com maior 2.1 Desenvolver e implementar estratégias de sistematização do de efluentes líquidos e gasosos de
crescimento populacional, também estão planejamento integrado do uso do solo junto aos municípios, grandes empreendimentos, especial os
em porções de menor vulnerabilidade observando as restrições ambientais naturais (disponibilidade situados nos municípios em ascensão,
ambiental, principalmente os pertences hídrica, características do relevo, existência de vegetação arbórea tendo como base os instrumentos das
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
3. O cruzamento do mapeamento das áreas A política pública de desenvolvimento urbano, no que tange as 3.1 Quantidade de programas lançados
de maior vulnerabilidade ambiental com questões ambientais em regiões de maior permanência ou declínio ou implementados voltados a
outros fatores de ordem econômica e social, da rede, deve direcionar os esforços para o desenvolvimento de qualificação turística, valorização de
permite constatar, entre outras questões,
atividades capazes de articular as potencialidades locais em bens e profissionalização de atividades
que:
convergência com as limitações ambientais, especialmente quanto a agrossivopastoris;
- Muitos municípios que desceram de nível
na comparação REGIC 2007-2018 estão em disponibilidade hídrica, de solo e de área disponível para construção
3.2 Número de novos empreendimentos
áreas de média ou alta vulnerabilidade de empreendimentos e para o desenvolvimento de atividades
em operação, considerados de baixo
ambiental, principalmente os pertences aos produtivas de menor impacto. Para tanto, sugere-se as seguintes
impacto ambiental;
TIs Litoral Sul (Sul do Arco 1), Chapada diretrizes:
Diamantina (sudoeste do Arco 1), Sudoeste 3.3 Comparação quinquenal dos
Baiano (Arco 2), e Velho Chico (Leste do 3.1 Desenvolver e implementar programas de investimento na
indicadores econômicos (VAB/PIB) e
Arco 3). Em geral, os municípios nessa qualificação do turismo (de contemplação, de recreação, de
populacionais nos municípios com os
situação estão próximos aos limites dos aventura, ecológico e cultural), buscando a conexão e articulação
maiores índices de vulnerabilidade
Arcos, portanto, mais distantes dos grandes com cidades maiores.
ambiental;
centros de estruturação da rede urbana já
conformada. Desenvolver e implementar programas de identificação, divulgação,
3.4 Acompanhamento das metas de
- Muitos municípios que apresentaram articulação, valorização e profissionalização dos bens culturais e
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
4. Grande parte dos municípios que A política pública de desenvolvimento urbano, no que tange as 4.1 Obtenção do inventário de atividades
apresentaram salto hierárquico na rede questões ambientais em regiões de ascensão e mudança da rede em geradoras de emprego e renda nos
urbana estão em áreas com maior
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
4.4 Aumentar a frequência e o rigor das ações de fiscalização Geral no território estadual, mas com
ambiental nas grandes propriedades agrícolas, focando na destaque para os Arcos 1, 4 e 6.
regularização ambiental das propriedades a partir da implementação
do CAR/PRA e das demais políticas estaduais e nacionais de
licenciamento e regularização ambiental e gestão dos recursos,
condicionando outorgas e licenças com monitoramentos
sistemáticos da água, do ar, do solo e da cobertura vegetal,
conforme a natureza das atividades desenvolvidas;
5. No que se refere à economia estadual e 5.1 Implementar políticas de desenvolvimento regional compatíveis 5.1 Acompanhamento dos indicadores
sua relação com a rede urbana, os destaques com o Plano de Desenvolvimento Regional do Nordeste (PRDNE). econômicos regionais, sua relação com o
são os seguintes: Conforme a SUDENE, “o objetivo é, portanto, o fortalecimento das perfil da rede urbana e sua inserção
cidades nordestinas, sobretudo aquelas situadas na base da rede tipológica em um de seus Arcos.
a área central do Estado, com atividades
urbana, e aquelas de articulação intermediária, como tentativa à
econômicas diversificadas, ainda que
desconcentração e à interiorização do desenvolvimento regional a
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
6. A análise dos principais segmentos de 6.1 Políticas públicas voltadas para a promoção do dinamismo 6.1 Taxa de Crescimento do PIB do
atividades econômicas das regiões e econômico das regiões e municípios de forma a mitigar as estado, regiões e municípios (IBGE);
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
7. No que se refere à Rede Urbana de um 7.1 As políticas públicas de inclusão digital são de fundamental 7.1 Percentual de cobertura de
determinado território, a avaliação da importância no mundo contemporâneo, cujo paradigma técnico- domicílios com sinal de telefonia móvel
cobertura de domicílios com sinal de econômico é centrado nas tecnologias de comunicação e nos municípios brasileiros (ANATEL).
telefonia móvel nos municípios brasileiros é
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
pode-se afirmar que a inclusão digital é 7.2 Promover a inclusão digital, aumentando para 100% o Ocorrência prioritária para políticas
um novo direito à cidadania e, portanto, percentual de cobertura de domicílios com sinal de telefonia móvel
públicas e seu monitoramento:
de fundamental relevância para os
“relacionamentos internos e e ternos” nos municípios baianos. destaque para todos os Arcos, mas cada
dos grupos sociais que caracterizam os
Territórios de Identidade; e qual com suas especificidades.
a disponibilidade de canais digitais de
serviços (vendas de bens de consumo
duráveis e não duráveis; oferta de
trabalho; oferta de serviços de saúde,
educação e de serviços públicos, etc.)
pode contribuir para a maior ou menor
centralidade das cidades.
Atualmente, o direito à cidade por parte de
seus moradores também depende dessa
forma de inclusão. O direito à cidade
também significa a garantia ou a
possibilidade efetiva dos cidadãos
acessarem as redes e circuitos de
comunicação, de informação, de serviços e
de trocas, em geral.
8. Uma das funções urbanas que tende a 8.1 Políticas públicas estaduais de ampliação da rede de ensino 8.1 Diminuição de acidentes decorrentes
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Quadro 6 – A Rede Urbana da Bahia e sua demografia: Destaques, Políticas, Diretrizes e Aspectos Gerais, 2021
Demografia
Destaques Políticas Públicas Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
1. Em termos de taxa de variação da 1.1 Regiões de baixa densidade demográfica implicam em baixa 1.1 Acompanhamento de indicadores
população total (2010-2021), poucas são as demanda por serviços e infraestruturas públicas. Considerando os demográficos de meio termo (entre
parcelas da Bahia que não contam com indicadores sociais baixos observados justamente nesses TIs, essa Censos) como as estimativas anuais do
crescimento demográfico regional baixa taxa não necessariamente implica numa situação mais IBGE, ou de simulações por meio de
significativo (no comparativo do próprio confortável em termos de investimentos públicos. Políticas públicas indicadores alternativos da própria
Estado). As manchas do território baiano setoriais devem observar essa dinâmica, e atentar para a operação as secretarias de estado;
que contam com taxas reduzidas são as responsabilidade de atendimento universal, mesmo em áreas com
1.2 Elaboração de estudos que
parcelas centro-sul e sudoeste do Estado demanda reduzida em termos quantitativos;
relacionem novos cenários demográficos
(sul de Barreiras): Territórios de Identidade
1.2 Políticas setoriais, sobretudo na área da educação e saúde, e oferta de serviços e infraestruturas
Bacia do Rio Corrente, Sudeste Baiano,
devem acompanhar o impacto que tais mudanças demográficas básicas.
Baixo Sul, Piemonte do Paraguaçu, Vale do
implicam na oferta e atendimento dos serviços e infraestruturas
Jiquiriçá e Baixo Sul. De modo geral no
básicas.
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Demografia
Destaques Políticas Públicas Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
território estadual, a oferta de serviços e Ocorrência prioritária para políticas
infraestruturas públicas serão mais públicas e seu monitoramento:
pressionadas pela demanda crescente. No
Geral no território estadual.
caso dos Territórios de Identidade Bacia do
Rio Corrente, Sudeste Baiano, Baixo Sul,
Piemonte do Paraguaçu, Vale do Jiquiriçá e
Baixo Sul, a pressão é menor, mas com o
risco de reforçar escalas mínimas que
restrinjam o atendimento sem descolamento
a centros maiores.
2. A região do Matopiba (Arco 3 - TI Bacia 2.1 Políticas públicas devem prever estratégias, mecanismos e ações 2.1 Verificar a integração entre as
do Rio Grande), vem apresentando que fortaleçam os municípios baianos envolvidos no Matopiba, políticas, planos, projetos e estudos,
acentuado crescimento nas últimas décadas garantindo um maior nível de concentração de funções e serviços nacionais e estaduais, intervenientes na
sinalizado, dentre outros fatores, pelo fluxo especializados, e que atenuem as disparidades socioeconômicas região;
intenso do agronegócio que se distribui existentes;
2.2 Acompanhar a performance do PIB
pelos estados que o compõem e avança para
2.2 Implementar os direcionamentos presentes no Plano de da região;
o restante do país. Apesar da forte migração
Desenvolvimento Agropecuário para a região, instituído por meio
2.3 Acompanhar a performance do
que vem ocorrendo na região,
do Decreto Federal nº 8.477, de 6 de maio de 2015, que prevê
IDHM da região;
principalmente do Sul do país, tem-se
orientações de programas, projetos e ações relacionadas a atividades
99
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Demografia
Destaques Políticas Públicas Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
consolidado ali um processo de decréscimo agrícolas e pecuárias a serem implementados nos estados 2.4 Acompanhar a ampliação ou não da
da população rural, em grande parte envolvidos; participação da região na exportação de
atribuído ao crescimento do PIB, que tem produtos baianos;
2.3 Contribuir para a promoção e coordenação das políticas
se tornado vetor de migração para os
públicas dos estados que compõem o Matopiba, voltadas ao 2.5 Avaliar incrementos ou decréscimos
centros urbanos do interior.
desenvolvimento econômico sustentável, favorecendo a melhoria da nos índices relacionados ao
qualidade de vida da população; desenvolvimento econômico e, ao
mesmo tempo, à qualidade de vida da
2.4 Implantar instrumentos voltados à mobilidade social,
população;
promovendo a melhoria da renda, do emprego e da qualificação
profissional de produtores rurais; 2.6 Análises qualitativas de avanços ou
retrocessos de atividades econômicas
2.5 Integrar o planejamento e desenvolvimento da região com as
alternativas ao atual modelo
diretrizes da Embrapa, que visam o desenvolvimento agrícola
agroexportador;
econômico, social e ambiental do Matopiba;
2.7 Análises de mercado global que
2.6 Auxiliar nos direcionamentos e adequação do Plano Nacional de
indicam a sustentabilidade e os riscos do
Logística Portuária que, dentre outros aspectos, orienta
atual modelo.
investimentos voltados à infraestrutura e aos corredores
multimodais relacionados à produção agrícola;
2.7 Elaborar políticas e ações que possam incentivar atividades Ocorrência prioritária para políticas
complementares ou alternativas ao modelo agroexportador e que públicas e seu monitoramento:
100
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Demografia
Destaques Políticas Públicas Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
estejam comprometidas com a geração de empregos, aumento da destaque para o Arco 3.
renda da população e com interesses ambientais.
Quadro 7 – A Rede Urbana da Bahia e questões fundiárias: Destaques, Políticas, Diretrizes e Aspectos Gerais,
2021
Questões Fundiárias
Destaques Políticas Públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
1. Em termos de tamanho da propriedade 1.1 Uma média elevada no indicador de grandes propriedades pode 1.1 Estudos estratégicos sobre o futuro
rural, aquilo que mais chama a atenção é a sugerir modernização na agropecuária, conforme observado no do agronegócio frente a mudanças
concentração de grandes propriedades em Oeste, ou uma simples constituição de áreas de baixíssima dinâmica climáticas e pressões internacionais para
duas colunas norte sul: uma bastante rural. Em ambos os casos, a geração de empregos diretos é adoção de técnicas mais sustentáveis de
definida no extremo oeste e outra mais reduzida. No primeiro caso, complementarmente, já se observa um produção;
entrecortada na posição central do Estado. grau de funções urbanas correlatas altamente sofisticado, mesmo
1.2 Estudos estratégicos e de viabilidade
Com isso, tem-se como destaque nesse em nível nacional, porém, altamente concentrado num único
para consolidação das atividades de
indicador os Territórios de Identidade Bacia município: Luís Eduardo Magalhães. No segundo caso, corresponde
apoio à produção agropecuária de
do Rio Grande, Bacia do Rio Corrente, a parcelas do estado que não se inseriram em processos mais
exportação de modo competitivo
Médio Rio de Contas, Piemonte da modernos da economia;
nacional e internacionalmente. O
Diamantina. Piemonte do Paraguaçu,
101
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Questões Fundiárias
Destaques Políticas Públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
Médio Sudoeste da Bahia, Costa do 1.2 Definir parcerias entre secretarias com perfil de planejamento objetivo desse estudo é o de identificar
Descobrimento e Extremo Sul. territorial da Bahia com agências de desenvolvimento científico nichos econômicos para além da já
podem resultar em estudos estratégicos fundamentais para a confirmada centralidade na venda de
garantia dos resultados positivos encontrados a respeito desse equipamentos, insumos e serviços em
destaque relativamente ao oeste baiano; Luís Eduardo Magalhães (Arco 3). Tal
proposta implica em se buscar
1.3 Reforços institucionais por parte do Estado na manutenção de
alternativas e complementaridades que
suas instituições de pesquisa e planejamento são fundamentais para
atendam a diretrizes outras e que
que se procedam análises que dificilmente o setor privado faria, o
valorizam a geração de empregos, a
qual tradicionalmente limita-se a atuar por seus interesses
pequena agricultura, o respeito estrito a
específicos e sem relacionar com a proposta de políticas públicas
normas de conservação do Cerrado.
específicas.
2. No caso de conflitos de terras rurais na 2.1 Para o encaminhamento de políticas públicas referentes aos 2.1 Monitoramento e acompanhamento
Bahia, tem-se, somados os quantitativos de conflitos de terras rurais, sugere-se uma estrutura técnico- do cenário do conflito por terras rurais,
famílias atingidas em cada município, a operacional descentralizada, a partir dos Territórios de Identidade, minimamente, por meio de dados
102
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Questões Fundiárias
Destaques Políticas Públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
seguinte distribuição em relação aos ou seja, as cidades com mais alta hierarquia de cada um deles para (quando atualizados) da Comissão
Territórios de Identidade: um enfrentamento regionalizado. A partir disso, diferentemente dos Pastoral da Terra (CTP), do Conselho
conflitos urbanos, é fundamental a constituição de um consórcio Indigenista Missionário (CIMI) e do
uma concentração de conflitos por terras
interinstitucional que envolva diferentes instâncias de governo. Ao Instituto Nacional da Reforma Agrária
rurais em quatro grandes compartimentos:
final, encaminhamentos em nível municipal se organizam a partir (INCRA);
1) Extremo Sul, Costa do Descobrimento, e
de destaques específicos de cada um dos conflitos (diferenciados,
Baixo Sul; 2) Sertão do São Francisco; 3) 2.2 Monitoramento segundo sugestões e
minimamente, em estágio de negociação, número de famílias e
Velho Chico, Bacia do Rio Corrente, e indicadores apresentadas pelo atual
tamanho da área motivo do conflito);
Velho Chico. A distribuição de tais Zoneamento Ecológico da Bahia.
conflitos sobre as Regiões Imediatas, 2.2 Garantia da construção de políticas por meio de diretrizes que
esperadamente, são similares. De modo impliquem em equipes interdisciplinares, interinstitucionais e
Ocorrência prioritária para políticas
geral, os municípios com maior multitemáticas, inserindo no conceito de conflitos pela terra rural,
públicas e seu monitoramento:
concentração de conflitos rurais minimamente, o de trabalho escravo, sustentabilidade ambiental e o
correspondem exatamente àqueles com de direito dos povos tradicionais. A despeito de se ter mapeado as destaque para os Arcos 3, 5 e 6.
sinais já confirmados ou com tendência áreas com maior concentração de conflitos, fatos isolados
para novas centralidades, novas regiões confirmam a necessidade de atenção prioritária também de modo
homogêneas e novas redes urbanas. específico, como é o caso da região de Cerrado chamada de
Matopiba (partes de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia/TI da
Bacia do Rio Grande), conflitos em territórios indígenas em Porto
Seguro (TI Costa do Descobrimento), Prado e Mucuri (ambos no TI
Extremo Sul) e avanço do eucalipto na região de Caravelas
103
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Questões Fundiárias
Destaques Políticas Públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
(também no TI Extremo Sul).
3. Para o caso dos conflitos urbanos, a 3.1 Municípios do Arco 3 (ocupação urbana mais recente, sobre 3.1 Indicadores inseridos no próximo
partir de três tipos de irregularidades na territórios rurais de baixa densidade) e com grandes dinâmicas Censo permitirão a confirmação da
ocupação do solo (favelas, loteamentos imobiliárias demandam encaminhamento ainda não usuais para suas espacialização do problema aqui
irregulares e cortiços, conforme IBGE, estruturas de planejamento e gestão. Nestes casos, são urgentes observado e das suas particularidades;
2008) e segundo o Plano Estadual de políticas públicas de capacitação municipal. Tais políticas devem
3.2 Análises específicas da relação entre
Habitação de Interesse Social e incluir uma preocupação com a construção e uso de legislações de
conflitos fundiários e configuração da
Regularização Fundiária, da Secretaria uso do solo urbano municipal e com o encaminhamento de
rede urbana; tema pouco explorado pela
Estadual do Desenvolvimento Urbano processos de regularização fundiária e de reurbanização. Outra área
academia e no planejamento estadual;
(2015), as maiores concentrações de de destaque em termos de conflitos fundiários urbanos é a do Arco
3.3 Análises de resultado das políticas e
assentamentos irregulares aparecem na 1, constituído por agrupamento de municípios na porção mais ao sul
ações habitacionais implementadas pelo
região costeira e nos municípios mais da costa leste. Neste caso, acredita-se que a organização municipal
governo estadual;
adensados e representativos na rede urbana; seja mais consolidada que a parte oeste do estado, seja pela
ou seja, justamente naqueles que contam consolidação de suas estruturas municipais, seja pelos processos 3.4 Acompanhamento dos resultados das
com maior dinâmica econômica e maior mais antigos de suas urbanizações, seja ainda pela proximidade com diretrizes propostas no Plano Estadual
volume demográfico ou integrante de centros maiores e mais capacitados. de Habitação de Interesse Social e
aglomerações urbanas. Regularização Fundiária, da Secretaria
Evidentemente, processos de regularização não são suficientes, nem
Estadual do Desenvolvimento Urbano
Situações referentes a estruturas fundiárias tampouco, adequados para todas as situações de conflitos fundiários
(2015).
não são de fácil resolução e, portanto, urbanos; políticas habitacionais inclusivas e diversificadas são
104
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Questões Fundiárias
Destaques Políticas Públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
tendem a permanecer até mesmo por mais elementos fundamentais para o encaminhamento desse problema
de uma geração. Assim, ainda que a análise em qualquer uma das duas grandes áreas observadas;
Ocorrência prioritária para políticas
feita para esse documento se sirva de dados
3.2 Diretrizes específicas poderão ser formuladas segundo as públicas e seu monitoramento:
não atuais, acredita-se que eles são válidos
características da rede de cada um dos dois Arcos em questão, mas
destaque para os Arcos 1 e 3.
na construção de cenários gerais do Estado
igualmente no recorte dos TIs de Irecê e de Bacia do Rio Grande
e mesmo de hierarquias que demonstrem
(no Oeste) e TIs de Extremo Sul, Sudoeste Baiano, Sisal, Baixo Sul
municípios com mais e com menos
Metropolitano de Salvador, Portal do Sertão, Recôncavo e Médio
conflitos.
Sudoeste da Bahia. A sobreposição desses TIs com o Arco 3 (rede
Problemas fundiários urbanos podem ser pouco densa e baixas hierarquias) e com o Arco 1 (muito densa e
encaminhados pelas prefeituras municipais, altas hierarquias) indica políticas específicas para cada uma delas,
necessitando, entretanto, de capacitação e conforme explicitado acima;
parcerias técnicas e legais garantidas pelo
3.3 Elaboração e aplicação de programas de capacitação municipal,
governo do estado de modo regionalizado e
de modo regionalizado e em parceria com instituições acadêmicas,
com parceria de municípios com maior
de modo intersecretarial, associações de municípios e Ministério
expertise no assunto (Arco 1).
Público.
A maior concentração de potenciais
conflitos pela terra urbana (sempre do
ponto de vista de grandes aglomerações
regionais) se dá no Arco 3 e no Arco 1.
105
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Questões Fundiárias
Destaques Políticas Públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
4. Os TIs Costa do Descobrimento, Litoral 4.1 As Políticas públicas de turismo e de desenvolvimento urbano 4.1 Estudos sobre o preço da terra/
Sul, Litoral Norte e Agreste Baiano (Arco devem, por um lado, favorecer a qualificação de subpolos e/ou especulação imobiliária que possam
1) são os principais mercados imobiliários e polos emergentes, tornando-os atrativos para os investimentos resultar do processo de valorização do
polos turísticos internacionais consolidados nacionais e internacionais em ativos turístico-imobiliários; e, por turismo;
da Bahia, contribuindo tanto para a outro, fortalecer a gestão e a ação governamental de ordenamento e
4.2 Análise do possível aumento dos
concentração de empreendimentos fiscalização nos principais receptores dos investimentos, visando o
investimentos turístico-imobiliários nas
existentes quanto para o incremento da controle dos impactos sobre o preço e acesso à terra;
demais regiões do estado, para além do
desigualdade socioeconômica da rede
4.2 Desenvolver programas de fortalecimento turístico e litoral baiano.
urbana. Não obstante, o Arco 1 (TIs Costa
institucional dos TIs presentes nos Arcos 2, 3, 4, 5, e 6, atualmente
dos Coqueiros, Costa do Descobrimento e
pouco significativos para os fluxos internacionais de turistas e de
Costa do Cacau) é, também, o principal Ocorrência prioritária para políticas
ativos turístico-imobiliários;
destinatário dos investimentos nacionais e públicas e seu monitoramento:
4.3 Estabelecer mecanismos e ferramentas de controle do uso e
internacionais em ativos turístico- Geral no território estadual, com
ocupação do solo, bem como de distribuição dos investimentos
imobiliários previstos até 2035. especificidades em cada um dos Arcos.
nacionais e internacionais em empreendimentos turístico-
imobiliários.
5. Processo de estrangeirização da terra 5.1 Iniciar debate em nível estadual sobre o tema, agregando 5.1 Número de propriedades e área das
rural no Oeste (mais recente) e da já diferentes setores, para além daqueles que se beneficiam terras submetidas à estrangeirização, em
conhecida estrangeirização da terra para diretamente com a atividade em questão. séries históricas.
106
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Questões Fundiárias
Destaques Políticas Públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
turismo e lazer na costa leste da Bahia. Tais 5.2 Elaborar estudos estratégicos do significado da compra de
processos são distintos, mas ambos com terras, declarada e não declarada, por estrangeiros de grandes
impactos no valor da terra e no uso que nela parcelas no Arco 3.
se observa.
5.3 Ampliar o debate, no interior do executivo, ou a partir do
executivo, sobre os impactos da estrangeirização da terra rural e
discutir a validade de uma audiência pública sobre o tema.
6. A estrangeirização da terra rural vem 6.1 A Política Pública de Turismo deve confirmar o potencial 6.1 Existência de estudos estratégicos na
ocorrendo mais fortemente nos TIs da turístico técnico e de negócios dos TIs da Bacia do Rio Grande e área do turismo que atestem esse
Bacia do Rio Grande e Bacia do Rio Bacia do Rio Corrente (Arco 3); potencial de atração para turismo de
Corrente (Arco 3), na região do Matopiba, negócios e técnico;
6.2 Desenvolver um plano de marketing de divulgação desses
podendo gerar, de modo ainda incipiente a
atrativos turísticos, eventualmente integrado a outras regiões 6.2 Existência de iniciativas com essa
vinda de turistas a essa região. Entende-se
brasileiras com perfil similar; oferta na Bahia;
como turistas, aqui, aqueles que buscam a
6.3 Desenvolver programa de regionalização turística, favorecendo
realização de negócios ou visitas técnicas
o fortalecimento e qualificação dos atrativos turísticos técnicos e de
para processos de plantio, produção e Ocorrência prioritária para políticas
negócios, os quais se serviriam dos atuais atrativos turísticos
transporte de grãos. Vale lembrar que o públicas e seu monitoramento:
baianos já consolidados e capazes de atrair consumidores nacionais
turismo de negócios ou turismo técnico já destaque para o Arco 3.
e estrangeiros.
representa para algumas cidades brasileiras
uma importante fonte de renda, não apenas
107
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Questões Fundiárias
Destaques Políticas Públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
nas grandes cidades (vide caso de
Curitiba/PR), mas também naquelas de
pequeno e médio porte (vide cidades do
interior de Santa Catarina).
Quadro 8 – A Rede Urbana da Bahia e os Grandes Projetos Estratégicos do Estado: Destaques, Políticas, Diretrizes
e Aspectos Gerais, 2021
Grandes Projetos Estratégicos
Destaques Políticas Públicas e Diretrizes Gerais Aspectos Gerais de Monitoramento
1. Os projetos especiais podem apresentar 1.1 Incorporar em projetos e obras estruturantes, critérios de 1.1 Indicador de Infraestrutura
impactos na rede urbana baiana, na medida sustentabilidade, em quatro dimensões, conforme o conceito de
Sustentável, conforme as suas quatro
que criam ou fortalecem centralidades nas infraestrutura sustentável (BID):
cidades onde ocorrem. dimensões: Econômico-financeira,
Econômico-financeira: considera o custo-benefício do projeto,
Merecem destaques os seguintes projetos: geração de emprego e acesso aos serviços da infraestrutura; Ambiental, Social e Institucional.
Sistema Viário Oeste; Ambiental: se refere à mitigação aos desastres e às mudanças
climáticas, uso eficiente de recursos e gestão adequada dos Ocorrência prioritária para políticas
Hidrovia do São Francisco;
resíduos;
Trem Regional; públicas e seu monitoramento:
Social: considera os impactos na comunidade, combate à pobreza,
Ferrovia de Integração Oeste-Leste;
direitos humanos e trabalhistas, e preservação cultural e histórica; destaque para os Arcos 1, 2 e 4.
Projeto Baixio de Irecê; e
Porto Sul; Institucional: alinhamento com estratégias nacionais e acordos
108
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
2. Os Arranjos Produtivos Locais e Rotas de 2.1 Políticas públicas visando a criação ou consolidação de Arranjos 2.1 Produto Interno Bruto e do
Integração Nacional podem apresentar
Produtivos Locais - APL e Rotas de Integração Nacional em um ou emprego nos municípios onde se
impactos na rede urbana baiana, na medida
que criam ou fortalecem centralidades nas mais municípios contribuem para o aumento do PIB e dos níveis de localizam.
cidades onde ocorrem.
emprego regionais e tendem a reduzir as desigualdades regionais, na
medida que criam ou fortalecem centralidades;
Ocorrência prioritária para políticas
2.2 Fortalecer os APLs e as Rotas de Integração Nacional e adequar
públicas e seu monitoramento:
a infraestrutura logística pertinente;
destaque para os Arcos 1, 2, 3 e 4.
2.3 Definir, em conjunto com os Ministérios da Economia e do
Desenvolvimento Regional, normas específicas de Relatórios de
Impacto Ambiental referentes a esses Arranjos e Rotas;
3. Os projetos investimentos estratégicos, 3.1 Políticas públicas relativas ao incentivo à implantação ou 3.1 O monitoramento da implantação
investimentos em implantação ou
diversificação de empreendimentos geradores de empregos diretos e desses projetos é feito pela Sudene;
diversificação de empreendimentos
109
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Ao final, ressalta-se novamente que estas são diretrizes técnicas sugeridas pelo corpo técnico do Consórcio “Rede Urbana”, e que todas elas, na
sequência, serão discutidas e aprofundadas com o ConCidades e órgãos do Estado da Bahia.
110
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
Ao se fazer uma análise quantitativa e especializada das propostas feitas para cada um dos
seis arcos, alguns resultados valem ser discutidos.
Para a construção dessas análises tomou-se o total de propostas que dizem respeito aos arcos
especificamente, eliminando-se as propostas gerais feitas para o conjunto dos seis arcos. Com
isso, trabalhou-se aquilo que específico, apenas.
Assim, das 51 propostas dos quadros anteriores, 31 foram trabalhadas nos mapas a seguir. Os
Arco 1, 3 e 4 são aqueles que mais recebem propostas (Mapa 14). Isso não significa que
sejam porções prioritárias para políticas públicas de modo incondicional, mas, sim,
prioritárias como territórios que podem mais contundentemente serem transformados a partir
de políticas públicas que tenham a rede urbana como referência.
111
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
112
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
Se analisarmos as propostas segundo os seis principais temas tratados, Grandes Questões
Estratégicas, Cultura e Turismo, Organização do Território Baiano, Economia e Meio
Ambiente, Demografia e Questões Fundiárias, outras particularidades podem ser observadas,
evidentemente. No entanto, é importante notar que tais propostas não foram previamente
definidas e, sim, o contrário: construídas em decorrência daquilo detalhadamente analisado e
espacialmente rebatido, ao longo do trabalho. Isso significa que elas representam o que pode,
de fato, ser feito para que, com mudanças na rede, a Bahia ganhe na redução das disparidades
sociais. Para aquilo que mais interessa aqui, o fato de tais temáticas resultarem de análises, e
não estritamente de instrumentos metodológicos, significa que encaminhamentos mais
passíveis estão nesses temas específicos - e não em outros.
113
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Mapa 15 - Arcos da Rede Urbana da Bahia – Impactos por Políticas Públicas Específicas – Grandes Questões
Estratégicas
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
No caso da Cultura e Turismo (Mapa 16), esperadamente, o arco 2 é o que apresenta menor
aderência a essa temática. Sem dúvida, para os arcos 1, 3, 4, 5 e 6, há uma clara distinção
onde as políticas públicas são de incentivo e onde são de manutenção da atividade turística e
cultural. Com tal síntese, é possível fazer a seguinte explicitação gráfica:
115
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Mapa 16 - Arcos da Rede Urbana da Bahia – Impactos por Políticas Públicas Específicas – Cultura e Turismo
116
Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
No caso da Organização do Território Baiano, o cenário, também de modo esperado, não se
conta com destaques; ao contrário, todas as propostas identificadas para essa temática são
sugeridas em nível geral, para todo o estado da Bahia. Chama a atenção, ainda, que tais
propostas não sugerem a padronização das regionalizações operacionais de cada uma das
secretarias, mas, sim, valorizam o recorte dos Territórios de Identidade como referência para
planejamento e gestão.
No caso da Demografia, chama a atenção, apenas, o arco 1, onde as taxas de crescimento são
baixas, porém sobre volumes absolutos altos. Isso implica na continuidade da concentração de
funções urbanas no referido arco em relação ao restante do estado. Guarda, porém, uma
relação de centro periferia, tradicional em regiões metropolitanas, ampliando o contexto de
cidades-dormitório.
Por último, no caso dos Grandes Projetos Estratégicos, há uma concentração, pequena, nos
arcos 1, 2 e 3. Tais planos são, sabidamente, em número menor que os demais temas;
entretanto, já contam com especificidade programática e já são considerados prioritários em
diversos ambientes políticos. Esperadamente, tais projetos são previstos para ocorrer ou cortar
os arcos de ocupação tradicional, como o 1 e o 2, e o de maior dinâmica econômica, como o
arco 3.
Ao final, é possível visualizar uma síntese de quais políticas específicas são mais possíveis
segundo cada um dos seis arcos (Mapa 17).
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e recomendações de diretrizes e políticas gerais
Mapa 17 - Arcos da Rede Urbana da Bahia – Síntese de Impactos por Políticas Públicas Específicas
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Produto 04 – Sistematização da Rede Urbana Atual do Estado da Bahia: evolução e
recomendações de diretrizes e políticas gerais
4. Referências
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