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Apresentação

A solicitação de proposta RFP Nº: JOF-2731/2021 ao PROJETO BRA/16/11 –


“Projeto de Apoio à formulação e implementação do Plano de
Desenvolvimento Econômico da Bahia para um futuro sustentável e inclusivo”,
emitida no dia 07 de abril de 2021, requisitada pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e voltada para contratação de
Consultoria Nacional de serviços técnicos especializados para a atualização e
revisão do Estudo da Rede Urbana da Bahia, teve como vencedor o consórcio
URBTECTM Engenharia, Planejamento e Consultoria Ltda. VERTRAG
PLANEJAMENTO LTDA, e ENVEX Engenharia e Consultoria Ltda.,
joint venture de empresas brasileiras, denominada “Consórcio Rede Urbana”.

As Consorciadas listadas acima são empresas que atuam na prestação de


serviços de engenharia, arquitetura e urbanismo, consultoria e projetos de
planejamento e desenvolvimento urbano, desenvolvimento sustentável,
mobilidade, acessibilidade, transportes. Vale ressaltar que este contrato,
firmado em 29/07/2021, será supervisionado pelo Oficial de Projeto do PNUD
no Brasil e pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia –
SEDUR.

O presente produto, com sua composição e organização, está estruturado de


forma a atender integralmente as solicitações presentes no Termo de
Referência – TR, que orienta a revisão e atualização do Estudo da Rede Urbana
da Bahia.

Seu conteúdo versa sobre a hierarquia, classificação e regiões de influência do


estado da Bahia, contemplando os itens elencados no TR, sequencialmente
distribuídos nos seguintes capítulos: O Estudo da Rede Urbana da Bahia:
Abordagem conceitual; Enfoque Técnico e Metodológico; O Estudo da Rede
Urbana da Bahia: Hierarquia, Classificação e Regiões de Influência dos
Centros Urbanos da Bahia; O Estudo da Rede Urbana da Bahia: Vocações dos
centros urbanos; Mudanças e Permanências na Rede Urbana da Bahia;
Referências e Anexos.

O primeiro capítulo é constituído pela abordagem conceitual dos temas


trabalhados. No segundo capítulo, estão detalhados o esquema organizacional e
o recorte dos temas, variáveis, fontes e dados de análise. O capítulo seguinte
traz a classificação dos centros urbanos e faz a contextualização da Rede
Urbana da Bahia por diferentes temáticas, enquanto o Capítulo 4 diz respeito às
vocações dos centros urbanos da Bahia. Por fim, o capítulo 5 tem o intuito de
sintetizar os itens trabalhados.
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência
Equipe Técnica Principal
Augusto dos Santos Pereira
Geógrafo

Débora Follador
Arquiteta Urbanista

Mariano de Matos Macedo


Economista

Zulma das Graças Lucena Schussel


Arquiteta Urbanista

Equipe Técnica Complementar


Gustavo Taniguchi - URBTEC™
Engenheiro Civil

Manoela Fajgenbaum Feiges - URBTEC™


Arquiteta Urbanista

Clovis Ultramari - Vertrag


Arquiteto Urbanista

Guilherme Fragomeni - Vertrag


Advogado

Helder Rafael Nocko - Envex


Engenheiro Ambiental

Luciane Leiria Taniguchi - URBTEC™


Advogada

Luis Henrique Cavalcanti Fragomeni - Vertrag


Arquiteto Urbanista

Mariana Andreotti - URBTEC™


Arquiteta Urbanista

Matheus Rocha Carneiro - URBTEC™


Jornalista

Máximo Alberto S. Miquelles - URBTEC™


Engenheiro Cartógrafo

Paulo Henrique Costa – Envex


Geógrafo

Sérgio Luiz Zacarias - URBTEC™


Jornalista

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência
Equipe SEDUR
Rui Costa
Governador do Estado

Eures Ribeiro Pereira


Secretário de Desenvolvimento Urbano

Armindo Gonzales
Superintendente de Planejamento e Gestão Territorial

Gabriela Britto
Diretora de Planejamento Territorial

Técnicos
Bruno Rafael Araújo Ribeiro
Arquiteto e Urbanista

Cristianderson Lima de Luna


Arquiteto e Urbanista

Edson Nascimento dos Santos


Arquiteto e Urbanista

Laiz Silva da Cunha


Urbanista

Rafael Antônio Pedreira Gaspar de Souza


Arquiteto e Urbanista

Patrícia Duarte Silva


Arquiteta e Urbanista

Estagiários

Caique Gabriel Carvalho da Silva Santos


Estudante de Urbanismo - UNEB

Carina Santos Mercês


Estudante de Arquitetura e Urbanismo - UNIRUY

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Sumário

1. O Estudo da Rede Urbana da Bahia: Abordagem

conceitual ..................................................................................23

1.1. Centralidades.................................................................................................................. 23

1.2. Hierarquia ........................................................................................................................ 28

1.3. Classificação dos Centros Urbanos ....................................................................... 33

1.4. Região de Influência .................................................................................................... 39

2. Enfoque Técnico e Metodológico ..................................42

3. O Estudo da Rede Urbana da Bahia: Hierarquia,

Classificação e Regiões de Influência dos Centros Urbanos


da Bahia .....................................................................................58

3.1. Classificação e Contextualização dos Centros Urbanos na Bahia ........... 58

3.2. Hierarquia dos Centros Urbanos, Regiões de Influência e Gestão


Pública Estadual ............................................................................................................................ 77

3.3. Hierarquia dos Centros Urbanos, Regiões de Influência e Implicações

Ambientais..................................................................................................................................... 116

3.3.1. Metodologia para escolha das zonas mais dinâmicas .............................................116

3.3.2. Caracterização das seis zonas mais dinâmicas............................................................125

3.3.3. Cenários Tendenciais das Demais Zonas ......................................................................133

3.3.4. Leitura Síntese do ZEE/BA...................................................................................................139

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

3.4. Hierarquia dos Centros Urbanos, Regiões de Influência e Grandes


Projetos ........................................................................................................................................... 140

3.4.1. Projetos especiais e investimentos estratégicos e a rede urbana do estado da

Bahia: 140

3.4.2. Projetos de implantação ou diversificação de empreendimentos incentivados

pela SUDENE .........................................................................................................................................145

3.4.3. Arranjos produtivos locais, rotas de integração nacional e a rede urbana do

estado da Bahia ....................................................................................................................................150

3.5. Hierarquia dos Centros Urbanos, Regiões de Influência e Ensino

Superior .......................................................................................................................................... 158

3.6. Hierarquia dos Centros Urbanos, Regiões de Influência e Inserção

Digital 167

3.7. Hierarquia dos Centros Urbanos, Regiões de Influência e Informalidade

do Uso do Solo ............................................................................................................................ 173

3.8. Hierarquia dos Centros Urbanos, Regiões de Influência e Eventos


Culturais .......................................................................................................................................... 184

4. O Estudo da Rede Urbana da Bahia: Vocações dos


centros urbanos ..................................................................... 205

4.1 Atividades econômicas das regiões geográficas intermediárias: “vocações” ..207

4.2 Vulnerabilidades ambientais das regiões imediatas .................................................223

5. Mudanças e permanências na rede urbana da Bahia 233

6. Referências ..................................................................... 237

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

7. Anexos ............................................................................ 243

Anexo I - Regic (2018): hierarquia dos centros urbanos ........................................... 243

Anexo II - Lista de todos os municípios do estado da Bahia por classificação,


Rede Urbana 2011, Regic 2007 e Regic 2018 ................................................................ 245

Anexo III - Comparação da quantidade de municípios por níveis hierárquicos

definidos pelo Regic 2018 aos estabelecidos pelo estudo da Rede Urbana da

Bahia 2011 ..................................................................................................................................... 260

Anexo IV - Correspondência de pertencimento dos municípios / cidades do

estado da Bahia nas regiões geográficas imediatas e nos territórios de

identidade ...................................................................................................................................... 261

Anexo V – Mapas de fluxos por categorias (Regic 2018) que estão sendo

trabalhados nas análises do consórcio ............................................................................. 272

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Índice de Figuras

Figura 1 – Classificação dos centros urbanos da Bahia de acordo com a hierarquia do


nível de concentração de funções, segundo o Estudo da Rede Urbana da Bahia,

publicado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano no ano de 2011. ....................... 27

Figura 2 - Teste elbow para encontro do melhor número de classes, 2017.................... 31

Figura 3 - PIB per capita das regiões metropolitanas do Brasil no período entre 1970
e 2010. ....................................................................................................................................................... 38

Figura 4 - Variáveis que serão utilizadas pelo Consórcio “Rede Urbana”, em 2021, de forma
complementar ao REGIC de 2018, visando a formulação de Políticas Públicas Estaduais na
Bahia. .......................................................................................................................................................... 51

Figura 5 – Delimitação das Regiões de Influência definidas no Estudo da Rede Urbana

da Bahia, publicado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano no ano de 2011. .... 53

Figura 6 - Hierarquia dos Centros Urbanos da Bahia, conforme classificação do

Estudo da Rede Urbana da Bahia, publicado pela Secretaria de Desenvolvimento


Urbano no ano de 2011. ..................................................................................................................... 64

Figura 7 – Delimitação das Regiões Administrativas da Bahia, 1966 (divisas


aproximadas). .......................................................................................................................................... 79

Figura 8 – Delimitação das Regiões Econômicas da Bahia, 1991 (divisas aproximadas).


...................................................................................................................................................................... 80

Figura 9 - Mudanças observadas entre as Regiões Econômicas e os Territórios de


Identidade do Estado da Bahia......................................................................................................... 81

Figura 10 - Sobreposição das Regiões econômicas da Bahia (1991) e dos Territórios


de Identidade do Estado (2018). ...................................................................................................... 82

Figura 11 - Síntese das compartimentações do estado da Bahia entre 1966 e 2018. . 83

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 12 – Delimitação das Regiões de Saúde, segundo a Secretaria da Saúde do


Estado da Bahia. ..................................................................................................................................... 85

Figura 13 – Delimitação das Microrregiões de Saúde, segundo a Secretaria da Saúde


do Estado da Bahia. .............................................................................................................................. 86

Figura 14 - Regiões de Saúde por Territórios de Identidade da Bahia (2018). ............... 87

Figura 15 – Delimitação das Regiões de Recursos Hídricos da Bahia, seus postos

avançados, bases ambientais e municípios sede, segundo o Instituto do Meio


Ambiente e Recursos Hídricos. ......................................................................................................... 89

Figura 16 - Regiões de recursos hídricos (2021) sobrepostas aos Territórios de


Identidade da Bahia (2018). ............................................................................................................... 90

Figura 17 – Delimitação das Microrregiões de Saneamento Básico da Bahia, segundo


a Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, 2019. ................................................. 93

Figura 18 - Microrregiões de Saneamento Básico da Bahia , segundo a Secretaria de


Infraestrutura Hídrica e Saneamento (2019), sobrepostos aos Territórios de

Identidade da Bahia (2018). ............................................................................................................... 94

Figura 19 – Delimitação das Regiões Turísticas da Bahia, segundo a Secretaria de

Turismo, 2021. ........................................................................................................................................ 95

Figura 20 - Indicador de Homogeneidade Territorial da Gestão Pública e sua divisão

por território de identidade em escalas de 1 a 4. ....................................................................115

Figura 21 - Municípios selecionados para indicação das zonas mais dinâmicas

levando em conta seu nível hierárquico, a partir das pesquisas REGIC 2007 e 2018,

publicadas pelo IBGE em 2008 e 2020, respectivamente, e evolução populacional


(IBGE 2010 e 2021). .............................................................................................................................121

Figura 22 - Número de municípios do estado da Bahia selecionados por zona


ecológica econômica..........................................................................................................................124

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 23 - Distribuição dos campis das universidades estaduais, segundo a Secretaria


de Educação do estado da Bahia (2021), sobrepostas aos Territórios de Identidade do

estado (2018). .......................................................................................................................................163

Figura 24 - Percentual de cobertura de sinal de telefonia móvel (todas as tecnologias)

dos municípios do estado da Bahia, no ano de 2021, segundo a Agência Nacional de


Telecomunicações. ..............................................................................................................................173

Figura 25 - Total de conflitos urbanos no período 2007-2012 por Territórios de


Identidade do estado da Bahia (2018), de acordo com o Plano Estadual de Habitação

de Interesse Social e Regularização Fundiária. .........................................................................175

Figura 26 - Parcelas prioritárias para capacitação técnica para processos de legislação

urbana, regularização fundiária e reurbanização, segundo o consórcio “Rede Urbana”,


2021. .........................................................................................................................................................177

Figura 27 - Concentração de conflitos no campo, no período 2007-2012, por


Territórios de Identidade do estado da Bahia (2018), segundo dados da Comissão

Pastoral da Terra. .................................................................................................................................182

Figura 28 - Parcelas prioritárias para ações consorciadas de encaminhamento de

conflitos no campo, segundo o consórcio “Rede Urbana”, 2021. .....................................183

Figura 29 - Representatividade das hierarquias em função das manifestações culturais,


segundo a Pesquisa Regiões de Influência das Cidades (REGIC) 2018, publicada pelo IBGE, no
ano de 2020.............................................................................................................................................186

Figura 30 - Média Ponderada da atratividade das hierarquias em função das


manifestações culturais, segundo a Pesquisa Regiões de Influência das Cidades

(REGIC) 2018, publicada pelo IBGE, no ano de 2020. .............................................................187

Figura 31 – Classificação dos municípios do Estado da Bahia em função do seu índice


de atratividade para atividades culturais, segundo a Pesquisa Regiões de Influência

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

das Cidades (REGIC) 2018, publicada pelo IBGE, no ano de 2020. ...................................189

Figura 32 - Confirmação de especificidades na Rede Urbana da Bahia a partir de

destaques da produção econômica, segundo o consórcio “Rede Urbana”, 2021.......220

Figura 33 - Percentuais de área de cada Região Imediata por classes de

vulnerabilidade hídrica, considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia


(2020). ......................................................................................................................................................225

Figura 34 - Percentuais de área de cada Região Imediata por classes de


vulnerabilidade da biodiversidade, considerando o Zoneamento Ecológico Econômico

da Bahia (2020). ....................................................................................................................................226

Figura 35 - Percentuais de área de cada Região Imediata por classes de

vulnerabilidade a erosão dos solos, considerando o Zoneamento Ecológico


Econômico da Bahia (2020). ............................................................................................................227

Figura 36 - Percentuais de área de cada Região Imediata por classes de


vulnerabilidade geral, considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia

(2020). ......................................................................................................................................................228

Figura 37 - Vulnerabilidades ambientais nas regiões imediatas da Bahia, considerando

o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia (2020). .........................................................230

Índice de Mapas
Mapa 1 - Territórios de Identidade [2018] ................................................................................... 52

Mapa 2 – Regiões Geográficas Imediatas [2017] ....................................................................... 52

Mapa 3 – Regiões de Influência [2011] por Regiões Geográfica Imediatas [2017] ....... 56

Mapa 4 – Territórios de Identidade [2018] por Regiões Geográficas Imediatas [2017]

...................................................................................................................................................................... 57

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Mapa 5 - Arranjos Populacionais [2016] ....................................................................................... 62

Mapa 6 – Classificação dos Centros Urbanos da Bahia segundo o REGIC, 2018 ........... 66

Mapa 7 – Comparativo do nível hierárquico dos centros urbanos [2007 – 2018]......... 71

Mapa 8 - Deslocamentos para Ensino Superior [2018] .........................................................161

Mapa 9 – Universidades Estaduais [2021] por Regiões Geográficas Imediatas [2017]


....................................................................................................................................................................164

Mapa 10 – Municípios que possuem universidades [2021] .................................................166

Mapa 11 – Degraus de atratividade cultural [2021]................................................................193

Mapa 12 – Deslocamentos para atividades culturais [2018] ...............................................195

Mapa 13 - Territórios de Identidade [2018] por Degraus de atratividade cultural

[2021] .......................................................................................................................................................197

Mapa 14 - Degraus de Manifestações Culturais [2021] por Regiões Geográficas

Imediatas [2017] ..................................................................................................................................199

Mapa 15 – Destaques Econômicos da Bahia: Número de empregos formais nas

Regiões Geográficas Intermediárias do estado da Bahia e seus segmentos de


atividade econômica de destaque – 2019 ..................................................................................214

Mapa 16 - Densidade Econômica (PIB/km2) [2018] por vulnerabilidade ambiental dos


municípios do estado da Bahia [2020] ........................................................................................222

Índice de Quadros
Quadro 1 - Variáveis que serão utilizadas pelo Consórcio “Rede Urbana”, em 2021, de

forma complementar ao REGIC de 2018, visando a formulação de Políticas Públicas


Estaduais na Bahia. ................................................................................................................................ 43

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Quadro 2 - Arranjos Populacionais presentes no estado da Bahia, conforme o


Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2016. ................................................................. 61

Quadro 3 - Municípios dos arranjos populacionais do estado da Bahia e suas


classificações nas hierarquias urbanas definidas pelo Estudo da Rede Urbana da Bahia

(2011) e pela REGIC 2018, publicada pelo IBGE no ano de 2020. ....................................... 63

Quadro 4 - Rota atual e futura das exportações de minério de ferro de Caitité. ........143

Quadro 5 - Arranjos Produtivos Locais do estado da Bahia, de acordo com o


Ministério da Economia, 2021. .......................................................................................................152

Quadro 6 - Rotas de Interação Nacional existentes no estado da Bahia, segundo o


Ministério do Desenvolvimento Regional, 2021. .....................................................................157

Quadro 7 - Síntese dos Conflitos Urbanos do estado da Bahia, segundo o Consórcio


“Rede Urbana” 2021, organizados por Territórios de Identidade, 2018. ........................178

Quadro 8 - Relação dos PDITS existentes, ano de publicação e sua inclusão ou não na
revisão do Estudo da Rede Urbana de 2011. ............................................................................185

Quadro 9 - PDITS e suas relações com a Rede Urbana da Bahia. .....................................201

Quadro 10 - Relação entre posição hierárquica do polo da Região Geográfica

Imediata e o percentual de geração de empregos, com base na Relação Anual de


Informações Sociais – RAIS. .............................................................................................................219

Quadro 11 - Classificação da hierarquia dos centros urbanos, segundo a Pesquisa


Regiões de Influência das Cidades (REGIC) de 2018, publicada pelo IBGE no ano de

2020. .........................................................................................................................................................243

Quadro 12 – Lista de todos os municípios do estado da Bahia por classificação, de


acordo com o Estudo da Rede Urbana 2011, e pesquisas REGIC 2007 e REGIC 2018,

publicadas pelo IBGE nos anos de 2008 e 2020, respectivamente. ..................................245

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Quadro 13 – Correspondência de pertencimento dos municípios / cidades do estado


da Bahia nas regiões geográficas imediatas (2017) e nos territórios de identidade

(2018). ......................................................................................................................................................261

Índice de Tabelas
Tabela 1 - Comparativo da quantidade de cidades classificadas em cada nível
hierárquico de acordo com as pesquisas REGIC 2007 e 2018, publicadas pelo IBGE

nos anos de 2008 e 2020, respectivamente. ................................................................................ 68

Tabela 2 - Cidades que ascenderam na classificação de níveis hierárquicos de acordo


com as pesquisas REGIC 2007 e 2018, publicadas pelo IBGE nos anos de 2008 e 2020,
respectivamente. .................................................................................................................................... 68

Tabela 3 - Cidades que descenderam na classificação de níveis hierárquicos de


acordo com as pesquisas REGIC 2007 e 2018, publicadas pelo IBGE nos anos de 2008

e 2020, respectivamente. .................................................................................................................... 69

Tabela 4 - Municípios que ascenderam na classificação de níveis hierárquicos de

acordo com as pesquisas REGIC 2007 e 2018, publicadas pelo IBGE nos anos de 2008
e 2020, respectivamente, e referenciados pela inserção desses municípios na

hierarquia urbana estabelecida pelo estudo da Rede Urbana da Bahia (2011). ............ 72

Tabela 5 - Municípios que descenderam na classificação de níveis hierárquicos de


acordo com as pesquisas REGIC 2007 e 2018, publicadas pelo IBGE nos anos de 2008

e 2020, respectivamente, e referenciados pela inserção desses municípios na


hierarquia urbana estabelecida pelo estudo da Rede Urbana da Bahia (2011). ............ 73

Tabela 6 – Resumo das mudanças na classificação dos níveis hierárquicos de acordo


com as pesquisas REGIC 2007 e 2018, publicadas pelo IBGE nos anos de 2008 e 2020,

respectivamente, e organizados por Região Geográfica Imediata da Bahia (2017). .... 74

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Tabela 7 - Resumo das mudanças na classificação dos níveis hierárquicos de acordo


com as pesquisas REGIC 2007 e 2018, publicadas pelo IBGE nos anos de 2008 e 2020,

respectivamente, e organizados por Território de Identidade da Bahia (2018). ............ 75

Tabela 8 - Regionalizações dos municípios que descenderam na classificação de nível

hierárquico, de acordo com as pesquisas REGIC 2007 e 2018, publicadas pelo IBGE
nos anos de 2008 e 2020, respectivamente, e organizadas por Regiões Geográficas

Imediatas e Territórios de Identidade da Bahia. ........................................................................ 76

Tabela 9 - Índice de Homogeneidade Territorial da Gestão Pública por município e

Território de Identidade. ..................................................................................................................... 98

Tabela 10 - Indicador de Homogeneidade Territorial da Gestão Pública e sua divisão

por território de identidade em escalas de 1 a 4. ....................................................................113

Tabela 11 - Municípios selecionados pelos critérios de população, segundo o IBGE

2010 e 2021, e de mudança de hierarquia urbana, de acordo com as pesquisas REGIC


2007 e 2018, publicadas pelo IBGE em 2008 e 2020, respectivamente...........................117

Tabela 12 - Zonas dos municípios selecionados e ranqueamento das zonas mais


dinâmicas do Estado, considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia.

....................................................................................................................................................................122

Tabela 13 - Municípios selecionados no Estado que compreendem a Zona 22,

considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia. ..........................................126

Tabela 14 - Municípios selecionados no Estado que compreendem a Zona 9,

considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia. ..........................................127

Tabela 15 - Municípios selecionados no Estado que compreendem a Zona 23,


considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia. ..........................................129

Tabela 16 - Municípios selecionados no Estado que compreendem a Zona 27,


considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia. ..........................................130

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Tabela 17 - Municípios selecionados no Estado que compreendem a Zona 28,


considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia. ..........................................132

Tabela 18 - Municípios selecionados no Estado que compreendem a Zona 18,


considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia. ..........................................133

Tabela 19 - Municípios selecionados e apontamentos gerais e tendenciais das zonas


em que estão situados, considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia.

....................................................................................................................................................................134

Tabela 20 - Projetos de implantação ou diversificação de empreedimentos

incentivados pela SUDENE com geração de empregos diretos e indiretos superior a


400 empregados, no período de 2013-2020. ...........................................................................147

Tabela 21 - Número de municípios de origem dos fluxos para acesso a serviços de


ensino superior com base na pesquisa REGIC 2018, publicada pelo IBGE no ano de

2020. .........................................................................................................................................................158

Tabela 22 - Municípios do estado da Bahia com Grau de Vulnerabilidade 4, referente

ao percentual de cobertura de sinal de telefonia móvel (todas as tecnologias) 2021,


segundo a Região Geográfica Imediata de referência: 20 municípios em piores

condições de vulnerabilidade (Cobertura inferior a 39,9%).................................................168

Tabela 23 – Municípios do estado da Bahia com Grau de Vulnerabilidade 1, referente

ao percentual de cobertura de sinal de telefonia móvel (todas as tecnologias) 2021,


segundo a Região Geográfica Imediata de referência: 20 municípios em melhores

condições de vulnerabilidade (Cobertura superior a 91,2%)...............................................169

Tabela 24 - Municípios do estado da Bahia com Grau de Vulnerabilidade 4, referente


ao percentual de cobertura de sinal de telefonia móvel (todas as tecnologias) 2021,

segundo o Território de Identidade de referência: 20 municípios em piores condições


de vulnerabilidade (Cobertura inferior a 39,9%). .....................................................................171

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Tabela 25 - Municípios do estado da Bahia com Grau de Vulnerabilidade 1 referente


ao percentual de cobertura de sinal de telefonia móvel (todas as tecnologias) 2021,

segundo o Território de Identidade de referência: 20 municípios em melhores


condições de vulnerabilidade (Cobertura superior a 91,2%)...............................................172

Tabela 26 - Degraus em função do índice de Atratividade para Atividades Culturais no


Estado da Bahia, considerando a pesquisa REGIC 2018, publicada no ano de 2020. 191

Tabela 27 - Número de empregos formais nas Regiões Geográficas Intermediárias do


estado da Bahia e em seus segmentos de atividade econômica de destaque – 2019.

....................................................................................................................................................................209

Tabela 28 - Regiões Geográficas Intermediárias do estado da Bahia, segmentos de

atividade econômica de destaque e possíveis impactos na Rede Urbana. ....................215

Tabela 29: Quantificação das classes de vulnerabilidade por tipo de vulnerabilidade

contida no ZEE/BA. .............................................................................................................................223

Tabela 30: Unidade de paisagem de maior expressão nas regiões imediatas de maior

e menor fragilidade ambiental, considerando o Zoneamento Ecológico Econômico


(2020). ......................................................................................................................................................231

Tabela 31 - Comparação da quantidade de municípios por níveis hierárquicos


definidos pela pesquisa Regic 2018, publicada pelo IBGE no ano de 2020, aos

estabelecidos pelo estudo da Rede Urbana da Bahia 2011.................................................260

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Siglas
ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações
ANTAQ Agência Nacional de Transportes Aquaviários
AP Arranjo Populacional
APL Arranjos Produtivos Locais
APP Área de Proteção Permanente
Bamin Bahia Mineração S/A
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BNDESPar BNDES Participações S.A
BTS Baía de Todos os Santos
CDA Coordenação de Desenvolvimento Agrário
CETA Movimento de Trabalhadores Rurais Assentados e
Acampados da Bahia
CHESF Companhia Hidrelétrica do São Francisco
CODEVASF Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e
do Parnaíba
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
CDRU Concessão do Direito Real de Uso
CTP Comissão Pastoral da Terra
EBDA Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A
FCA Ferrovia Centro Atlântica
FI-FGTS Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço
FIOL Ferrovia de Integração Oeste-Leste
FUNASA Fundação Nacional de Saúde
GASENE Gasoduto da Integração Sudeste-Nordeste
HIS Habitação de Interesse Social

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


IFBA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira
INSS Instituto Nacional do Seguro Social
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
MDA Ministério do Desenvolvimento Agrário
MDR Ministério do Desenvolvimento Regional
ME Ministério da Economia
MP Medida Provisória
MST Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
OBAPL Observatório Brasileiro de APLs
P&D Pesquisa e Desenvolvimento
PDITS Planos de Desenvolvimento Integrados de Turismo
Sustentável
PIB Produto Interno Bruto
PLANEHAB Plano Estadual de Habitação e Interesse Social e
Regularização Fundiária
PNDR Política Nacional de Desenvolvimento Regional
PPI Programa de Parceiras de Investimentos
PBI Projeto Baixio de Irece
PT Plano de Trabalho
RAIS Relação Anual de Informações Sociais
REGIC Regiões de Influência das Cidades
RUB Rede Urbana da Bahia

20
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

SEAGRI Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e


Aquicultura
SEC Secretaria da Educação do Estado da Bahia
SECTI Secretaria De Ciência, Tecnologia e Inovação
SECULTBA Secretaria de Estado da Cultura da Bahia
SEDUR Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia
SEI Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia
SEINFRA Secretaria de Infraestrutura da Bahia
SEMA Secretaria do Meio Ambiente
SEPLAN Secretaria Do Planejamento
SESAB Secretaria da Saúde do Estado da Bahia
SETUR Secretaria de Turismo
SIHS Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento da Bahia
SUDENE Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste
SVO Sistema Viário Oeste
TAC Termo de Ajustamento de Conduta
TCU Tribunal de Contas da União
TI Território de Identidade
TR Termo de Referência
UEFS Universidade Estadual de Feira de Santana
UESB Universidade Estadual do Sudeste da Bahia
UFBA Universidade Federal da Bahia
UFRB Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
UFSB Universidade Federal do Sul da Bahia
UNEB Universidade do Estado da Bahia
USC Universidade Estadual de Santa Cruz
UTE Usina Termelétrica
21
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

VLT Veículo Leve sobre Trilhos


ZEE Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia

22
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

1. O Estudo da Rede Urbana da Bahia: Abordagem


conceitual

1.1. Centralidades

O conceito de centralidade ou localidades centrais, usado amplamente como ferramenta de


estudo sobre as redes urbanas do Brasil, surgiu em 1930, com o geógrafo alemão Walter
Christaller. Por meio da sua “Teoria dos Lugares Centrais”, o geógrafo buscava explicar a
distribuição e o tamanho das cidades, baseando-se no mercado de bens e serviços. Distintos
países passaram a basear suas análises urbanas nessa teoria, tornando-a referencial obrigatório
aos estudos de rede urbana.

No contexto das pesquisas do Regic, ajustes foram sendo incorporados à referida teoria, sem
que se rompesse o mesmo fio condutor teórico e conceitual, resultando em uma trajetória
metodológica e operacional sobre regiões funcionais e de influência das cidades que vem
sendo desenvolvida há mais de cinco décadas. A primeira pesquisa, iniciada em 1966, baseou-
se na metodologia de Michel Rochefort e buscou identificar os centros polarizadores,
dimensionar a área de influência desses centros e os fluxos que se estabeleciam, por meio de
análises de distribuição de bens e serviços de forma complementar (IPEA, 2021).

Na pesquisa de 1978, já se adotou a base conceitual que orientaria as subsequentes: a Teoria


das Localidades Centrais, de Walter Christaller. Segundo essa teoria, os lugares centrais de
uma região ou país são delimitados como núcleos centrais, responsáveis pela distribuição de
bens e serviços para a região e população do seu entorno. Quer dizer, corresponde a cidades
que detêm atividades que a tornam referência para uma população de um contexto mais amplo
que o da própria cidade. Quanto maior a quantidade de bens e serviços oferecidos e de
funções centrais presentes, maior a centralidade de uma determinada cidade (IBGE, 2020).

Conforme esclarece o IPEA (2021):

enquanto na primeira pesquisa [do REGIC], de 1966, as centralidades


e suas regiões de influência foram obtidas por funções de bens e
serviços ofertados de uma forma genérica, a partir da pesquisa de
1978, com base em Christaller, os estudos passaram a considerar a

23
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

importância dos serviços raros, sendo que as funções para a definição


da rede foram subdivididas em baixa, média e elevada complexidades
(IPEA, 2021, pg. 22).

Em 1993, a pesquisa difere-se das anteriores e posteriores em relação à nomenclatura das


classes de centros mantendo, no entanto, o alinhamento dos objetivos e procedimentos
operacionais. Trata-se, ainda, do único estudo no qual o método adotado define a centralidade
e a região de influência em uma única etapa, e tem sua essência investigativa nas redes de
relações.

A partir do ano 2000, a abordagem incorpora a Teoria dos Fluxos Centrais, de Taylor, Hoyler
e Verbrugen, passando a considerar, também, as relações estabelecidas entre as cidades como
critério de classificação. Essa teoria atribuiu ênfase às relações externas das cidades de caráter
não necessariamente hierárquico, não abandonando o entendimento sobre localidades centrais.
Conforme explicitado:

(...) a cidade continua a ter o papel de fornecer bens e serviços


polarizando sua região de entorno de maneira contígua e, de outro, faz
parte de uma rede de ligações de longa distância, que se interconecta
de forma seletiva (IBGE, 2020).

Na pesquisa de 2007, a função de gestão pública e empresarial do território passa a ser central
nas etapas de classificação, hierarquização e definição das áreas de influência dos centros
urbanos. Em 2018, consolida-se como unidade territorial de pesquisa a “Cidade”, que pode
ser composta por um único município ou por um arranjo populacional. Além de dar
continuidade à ênfase na gestão do território, foi agregada na análise a qualificação das
centralidades em função das relações de longa distância, ou aquelas para além das
hinterlândias (regiões de influência), caracterizadas pela inexistência das barreiras espaciais
clássicas como fronteiras, divisas ou relevos. Não obstante, essa pesquisa também inovou em
qualificar os municípios da faixa de fronteira terrestre brasileira com pesquisa inédita sobre as
ligações internacionais entre cidades para acesso a bens e serviços (IPEA, 2021).

Para a determinação das centralidades dos núcleos urbanos, diferentes variáveis são
analisadas, tais como, comércio e serviços, instituições financeiras, ensino superior, saúde,
internet, redes de televisão aberta e conexões aéreas, denominados fixos, enfatizados pelos

24
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

deslocamentos por eles motivados, denominados fluxos. Os fixos, situados em determinado


lugar, possibilitam ações que modificam a própria localização, e incentivam fluxos que
desencadeiam novas condições ambientais e condições sociais, redefinindo as condições
iniciais daquele espaço. Os fluxos, motivados pelos fixos, correspondem a um resultado direto
ou indireto das ações e atravessam ou se instalam nos fixos, transformando o significado e a
importância do lugar onde os fixos estão localizados.

Desta forma, não há como falar de centralidades sem considerar os fixos; e não há como
abordar os fixos, portanto, em contexto inerte aos fluxos. “Fixos e Fluxos são intercorrentes,
interdependentes” (SANTOS; SILVEIRA, 2006). É importante ressaltar, no entanto, que com
o advento da internet, além dos fluxos materiais que se consolidam entre fixos, há os fluxos
imateriais, que transpõem cruzamentos e fronteiras, então, porosos e permeáveis. Isso não
significa, no entanto, que a intensificação da globalização e respectivas experiências de
mobilidade proporcionadas, tenham incidido na depreciação da importância do lugar. Ao
contrário, os fixos e os deslocamentos físicos por eles motivados continuam sendo
determinantes à rede urbana.

Desta forma, as interações espaciais e a sua importância regional são reveladas a partir da
disponibilização de serviços e equipamentos, e os movimentos motivados por eles. Os fluxos
de pessoas e a concentração de equipamentos de gestão e serviços densificam
diferenciadamente os centros urbanos, incidindo em representatividades e graus de
importância que variam conforme seu alcance espacial.

Tal importância vai incorrer na conformação de pontos do território que influenciam regiões,
tendo em vista os serviços e equipamentos que concentram (ou seja, os fixos) e os
movimentos motivados por essa concentração (ou seja, os fluxos). Mais especificamente,
“(...) a centralidade decorre do papel de distribuição de bens e serviços para a população”
(IPEA, 2021, pg. 18).

Em alinhamento com o entendimento adotado pelo REGIC, a existência per se do fixo não é
suficiente para determinar sua relevância. Atrelada a ela, a concentração de serviços e
equipamentos deve, também, protagonizar uma importância, atribuída em função de dada
especialidade, somada à uma abrangência espacial, materializada pelos movimentos por ela
motivados. Isso, pois, os grandes deslocamentos só são justificados quando em busca de

25
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

produtos de alto valor e de consumo raro, tendencialmente concentrados em centros urbanos


de maior hierarquia.

Se, por um lado, olhar para os fixos auxilia no entendimento acerca das porções territoriais
com mais infraestrutura, a análise das relações espaciais possibilita a identificação de déficits
e potencialidades sob o ponto de vista social, econômico, de infraestrutura e equipamentos.
Assim, compreender a relação entre as cidades em um determinado território e, mais
especificamente, identificar quais cidades correspondem às centralidades do Estado, é fulcral
para o delineamento de políticas de desenvolvimento urbano e planejamento urbano-regional.

Se o nível de concentração de fixos, atrelados a uma certa complexidade, incide no


dinamismo de algumas áreas e na estagnação de outras, a implantação de novos fixos pode
contribuir para a distribuição de níveis de centralidade intermediária, contribuindo para a
diminuição de saltos hierárquicos1 presentes em uma rede urbana.

Para a determinação das centralidades, o REGIC de 2007 priorizou a função de gestão2 de


território, a partir da qual foi possível avaliar níveis de centralidade administrativa, jurídica e
econômica. Adicional a esse primeiro momento, os estudos foram complementados por
informações sobre diferentes atividades de comércio e serviços, atividade financeira, ensino
superior, serviços de saúde, internet, redes de televisão aberta, e transporte aéreo. Ao final,
foram identificados, e hierarquizados, os núcleos de gestão do território.

Com o intuito de obter um maior detalhamento acerca dos níveis de centralidade existentes na
rede urbana baiana, o Estudo de 2011 adicionou aos dados utilizados no REGIC de 2007
algumas informações. Conforme explicado no documento:

(...) optou-se por analisar algumas variáveis selecionadas, que seriam


capazes de expressar padrões espaciais de dispersão e/ou concentração
de certas atividades, contribuindo para o reforço das centralidades
apresentadas no REGIC/2007 e verificar a existência de centros

1
Por salto hierárquico compreende-se “a falta de níveis de centralidade intermediários entre um centro de menor
hierarquia e um de hierarquia superior” (SEDUR, 2011, pg. 92).
2
“Centro de gestão do território (...) é aquela cidade onde se localizam, de um lado, os diversos órgãos do Estado
e, de outro, as sedes de empresas cujas decisões afetam direta ou indiretamente um dado espaço que passa a ficar
sob o controle da cidade através das empresas nela sediadas” (CORRÊA, apud REGIC, 2007, pg. 131).
26
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

relevantes não contemplados pelo referido estudo (SEDUR, 2011, pg.


13).

Nesse sentido, a determinação dos níveis de centralidade levou em consideração não, apenas,
a quantidade das variáveis selecionadas existentes em cada cidade, mas, também, a
qualificação dessas, visando estabelecer a diferenciação entre os centros que apresentam os
mesmos tipos de fixos. Foram consideradas, para tanto, a concentração de atividades diversas
e de maior raridade, incidindo em uma detalhada diferenciação entre cidades, conforme figura
1 a seguir.

Figura 1 – Classificação dos centros urbanos da Bahia de acordo com a


hierarquia do nível de concentração de funções, segundo o Estudo da
Rede Urbana da Bahia, publicado pela Secretaria de Desenvolvimento
Urbano no ano de 2011.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEDUR (2011).

27
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

No REGIC de 2018, localidade central é conceituada como um núcleo que concentra


atividades, distribui bens e serviços para a população externa ao próprio núcleo, e polariza a
região do entorno, de onde os habitantes se deslocam para adquirir esses bens e serviços que
somente lá estão disponíveis. Logo, explicita-se o entendimento de que, quanto maior e mais
qualificada a oferta e a diversidade de bens e funções ofertadas, maior será a densidade da
rede de ligações polarizada por uma cidade e, consequentemente, a sua centralidade.

Uma vez identificada a centralidade, torna-se imediata a


hierarquização das cidades em função da oferta dos bens e serviços,
com as funções mais simples se espalhando por toda a rede urbana, as
funções de caráter médio estando restritas às cidades intermediárias e
grandes, e os produtos especializados e serviços avançados tornando-
se disponíveis somente nas grandes metrópoles (IBGE, 2020, pg.69).

Além disso, em 2007 o REGIC destacou a função de gestão do território, avaliando níveis de
centralidade do Poder Executivo e do Judiciário no nível federal e de centralidade
empresarial, bem como a presença de diferentes equipamentos e serviços – mantendo os
procedimentos metodológicos anteriormente adotados. Em 2018, a classificação das
centralidades avançou em relação ao exercício realizado em 2007 abarcando, nas análises, as
conexões de longa distância pela presença de empresas de atuação internacional e as ligações
entre cidades da faixa de fronteira terrestre brasileira e dos países da América do Sul para
acesso a bens e serviços (IPEA, 2021).

Assim, evidencia-se a manutenção dos fixos como critério para a classificação dos centros e
suas centralidades.

1.2. Hierarquia

Para estabelecimento de intervalos nas métricas das diversas variáveis escolhidas, com vistas
a formar as diferentes classes de centralidade, o estudo da Rede Urbana da Bahia 2011 usou o
modelo de otimização de quebras naturais de Jenks. Esse algoritmo, conhecido pelo nome de
seu proponente, George Frederick Jenks, é bastante consolidado e reconhecido nos meios

28
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

técnicos e científicos por sua capacidade de otimizar a divisão de uma variável numérica,
contínua ou discreta, em classes que contam com maior grau de homogeneidade.

O Professor Jenks apresentou o problema dos efeitos das classes sobre as representações
estatísticas dos fenômenos em muitos de seus artigos, especialmente em Jenks (1963). Como
consequência de suas discussões, propôs um método para a formação de classes estatísticas
que respeitassem quebras observadas nos dados (JENKS; COULSON, 1963)3.

Seu algoritmo foi desenvolvido, a princípio, para análise univariada e, sobretudo, para
elaboração de mapas estatísticos, em lugar de métodos como o uso de intervalos iguais,
desvios padrões ou quantis. Segundo o autor, seu método garantiria a formação de intervalos
com maior homogeneidade de observações intraclasse e maior heterogeneidade entre as
classes. Dada a elevada popularidade do algoritmo, diversos pacotes, softwares e extensões a
aplicações de planilhas estatísticas contam com suas implementações, usualmente de muito
fácil operacionalização.

O método Jenks é fundamentalmente iterativo, e, sucessivamente, diferentes classes são


criadas com novos intervalos. A cada iteração é calculada a média de cada classe. Em
seguida, são somados os desvios quadrados de cada observação em relação à média da sua
respectiva classe. As somas dos desvios quadrados de todas as classes são então agregadas,
formando a soma geral dos desvios médios. Decorrido um certo número de iterações, o
arranjo de valores que apresentar o mais baixo valor de soma geral de desvios médios é
escolhido.

O método não é recomendado para dados com baixa variância ou que não apresentem
descontinuidades em suas distribuições, o que não é o caso para qualquer um dos dados
utilizados no estudo da Rede Urbana da Bahia (SEDUR, 2011). Uma desvantagem do
emprego de Jenks, para sua aplicação em estudos urbano regionais, é que as classes geradas
são de tal forma dependentes da amostra, que elas não permitem comparações com outras

3
Embora a obra de Jenks seja muito influente, curiosamente esse artigo, de elevada repercussão técnica, pela
adoção em diversas aplicações, não se encontra disponível online para o grande público. Uma versão impressa se
encontra na biblioteca da University of Kansas, sendo que somente a sua primeira página pode ser observada em
https://exhibits.lib.ku.edu/items/show/7568.
29
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

unidades territoriais, como a rede urbana de outros estados, o que pode ser desejável para
análises comparativas e para o estabelecimento de estratégias de benchmark no planejamento.

A rigor, Jenks é um método para análise univariada. Assim, o estudo da Rede Urbana
(SEDUR, 2011) aplicou esse método a cada uma das variáveis selecionadas, para depois fazer
uma combinação dos resultados. Embora engenhoso e com bons resultados, o
desenvolvimento recente de ferramentas avançadas de Machine Learning permitem o uso de
outros algoritmos mais afeitos à análise multivariada, como os métodos K-médias,
agrupamento hierárquico, agrupamento de deslocamento médio, entre outros.

Assim, com o reconhecimento técnico e científico do método e a sua adequação para


identificação de classes com menor variância interna, parece bastante acertado o seu uso no
estudo da Rede Urbana 2011, ressalvado que, atualmente, outras técnicas de análise
multivariada e de agrupamento/clusterização se encontram bastante difundidas com fácil
aplicação, a partir de recursos de Machine Learning.

Número de classes utilizadas e os pesos das variáveis

No processo de classificação dos centros urbanos baianos, segundo suas centralidades, o


estudo elaborado pela SEDUR (2011) aplicou a metodologia de Jenks baseada em cinco
classes com intervalos para as diferentes variáveis, refletindo graus de concentração mínima,
baixa, média, alta e máxima. A escolha desses intervalos foi capaz de estabelecer diferentes
graus de centralidade para as cidades baianas, que se associam adequadamente tanto às bases
teóricas sobre os papéis dos diferentes centros na rede urbana, como aos estudos brasileiros
que há décadas apontam para uma grande variação de papéis urbanos.

O resultado do exercício foi bastante atinente aos diversos estudos de rede urbana elaborados
pelo IBGE desde a década de 1970, que demonstram a existência de diferentes degraus entre
os centros locais e as metrópoles. Assim, com base nos cinco níveis de concentração de
variáveis, foram identificadas sete hierarquias urbanas: metrópole, polo estadual, polo
regional, polo sub-regional, polo local, centro local e núcleo.

Há que se considerar, no entanto, que se encontram popularizadas atualmente técnicas que


permitem a aferição do resultado de diferentes números de classes em processos de

30
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

agrupamento. As ferramentas de Machine Learning difundidas permitem que sejam


observados diferentes números de classes, com vistas à otimização, pela possibilidade de
escolha daquele número que propiciar maior diferenciação dos agrupamentos observáveis.

No entanto, há que se ressalvar que, quanto maior o número de classes, menores serão as
variações intraclasses entre cada uma das observações e a média de sua respectiva classe. Essa
diminuição em algum ponto passa a ser artificial, e não corresponde a uma coerente
identificação grupos. No limite, uma amostra de 500 cidades, dividida em 500 grupos com
uma cidade cada um, terá maior otimização das medidas de diferença entre as amostras e a
média intraclasses, no caso 0.

Para se evitar esse tipo de problema, testes são aceitos como critério de identificação de qual
número de classes pode ser o mais adequado. Entre esses critérios, um que é bastante
difundido é o teste elbow. Trata-se da aposição das medidas de diferença de variação das
classes no eixo vertical de um gráfico, ordenadas aos números de classes, que devem ser
expostos no eixo horizontal. De maneira geral, o momento de inflexão da queda abrupta na
relação entre a medida de dispersão e número de classes indica o melhor número de classes a
ser considerado, como se pode observar na Figura 2.

Figura 2 - Teste elbow para encontro do melhor número de classes, 2017.

Fonte: Dangeti (2017, p. 73).

Assim, nota-se que o estudo da Rede Urbana (SEDUR, 2011) encontrou um bom número de
classes, que foi capaz de identificar sete categorias de centralidades. Recomenda-se, no
entanto, que, quando necessário o expediente de formar classes de observações, o seu número
não seja estabelecido a priori, mas que seja resultado de iterações com várias quantidades de

31
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

classes, para que a mais adequada seja escolha a partir da diminuição das medidas de
variância, conforme o teste elbow.

É importante mencionar que, com a metodologia de Jenks, aplicada, o número de classes é um


caso de hiperparâmetro (parâmetro cuja escolha é discricionariedade do analista). Por outro
lado, quando a metodologia é aplicada, os pesos de cada variável passam a conformar
parâmetros imputados pelo próprio processo iterativo. Nesse sentido, ao utilizar Jenks, os
pesos convergem para valores que são mais representativos de classes homogêneas
internamente e heterogêneas externamente. Assim sendo, avalia-se que os pesos utilizados no
estudo de 2011 parte de uma metodologia consistente.

Por outro lado, da mesma forma, as metodologias mais avançadas de Machine Learning, com
estratégias de agrupamentos, dão conta de garantir, além de números de classes mais
adequado, como ficou esclarecido acima (uso do método de elbow), valores adequados de
pesos para as variáveis.

Reitera-se, no entanto, que a metodologia do REGIC já tem ganhos analíticos importantes,


devendo-se aplicar seus resultados, de forma que esforços sejam voltados para o diagnóstico
de potencialidades e fragilidades das diferentes centralidades na rede urbana da Bahia.

Valores das classes

Quanto aos valores nas classes, da mesma forma, o estudo da Rede Urbana da Bahia
(SEDUR, 2011) foi capaz de obter limites adequados pelo uso do método de Jenks, que, como
foi dito, permite a formação de intervalos de classes com menor dispersão intraclasse e maior
dispersão extraclasse. É preciso se ressalvar que o estudo de 2011, ao se basear em
informações do REGIC 2007, não contou com informações sobre a distribuição espacial dos
órgãos públicos estaduais, informação relevante e que pode trazer grandes contribuições ao
ser considerada como variável de formação de centralidade.

No entanto, é preciso se explicitar que, caso seja necessário fazer atualizações com base nos
dados mais recentes, o uso de métodos de Machine Learning já mencionados anteriormente,
garantem igualmente essa adequação, com a vantagem de serem afeitos a análise
multivariada. O porém do uso dessas ferramentas, no entanto, é que elas não permitem fazer

32
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

um levantamento apriorísticos de quais seriam os melhores intervalos, pois é justamente pela


exposição do algoritmo aos dados que os mais adequados valores de limites de classe
emergem.

Ressalta-se, porém, que toda essa metodologia da Rede de 2011 apresenta uma grande
desvantagem, que é refazer as bases de um estudo já bastante consolidado, que é o REGIC,
tomando tempo e recursos para um esforço descritivo que poderia ser aplicado na
identificação de gargalos ao desenvolvimento urbano que demandem intervenção de políticas
públicas. Ademais, uma nova classificação de rede previne justamente que se possa utilizar
técnicas de benchmark, comparando-se as centralidades baianas àquelas de outros estados,
para o estabelecimento de metas, prazos, e medidas de monitoramento, como convém ao uso
da rede urbana como meio para formação de estratégias de desenvolvimento urbano do Estado
da Bahia.

1.3. Classificação dos Centros Urbanos

Nos estudos urbano-regionais é ponto pacífico que as diferentes regiões dos centros urbanos
podem apresentar distintos papéis. Embora possam apresentar um grande mix de funções,
certos centros urbanos se destacam como: polos de indústria de base (Volta Redonda e
Cubatão, por exemplo), polos de indústria de alta intensidade tecnológica (São José dos
Campos e seu papel no setor aeroespacial), polos de bens de consumo tradicionais (cluster
calçadista de Franca); áreas com destaque para o papel de governo e gestão do Estado
(Brasília); centros voltados para os serviços turísticos (Paraty e Bonito); hubs de negócios e
logísticos para o agronegócio e a agroindústria (Goiânia); centros de economia altamente
diversificada e de funções urbanas superiores (áreas metropolitanas como São Paulo, Rio de
Janeiro, Salvador etc.).

Os papéis desses diferentes centros dependem da sua articulação com sua rede urbana e com
sua região de influência, incluindo a hinterlândia rural, de forma que eles se tornem pontos de
arregimentação dos esforços econômicos, de concentração dos elementos simbólico-culturais
e mesmo das estruturas institucionais que fazem parte da funcionalização solidária de amplas
áreas.

33
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Quais são, como se formam e como evoluem os diferentes papéis urbano-regionais são
questões que se apresentam entre as mais fundamentais em disciplinas como a Geografia
Econômica, a Economia Espacial, Economia Urbana e Economia Regional. Para fins de
subsídio a formação de políticas públicas de desenvolvimento econômico e territorial, as
contribuições dessas disciplinas precisam ser consideradas, embora sem que se incorra em
uma revisão teórico-acadêmica, mas pela síntese de conhecimentos amplamente aceitos e com
vistas à produção de uma estratégia territorial de atuação do Estado da Bahia.

Assim, esta breve discussão será baseada em dois tópicos principais, a saber: mecanismos de
formação de diferentes papéis urbano-regionais e graus de especialização.

Mecanismos de formação de papéis urbano-regionais

Usualmente os mecanismos de formação dos papéis urbano-regionais são considerados a


partir de duas abordagens, place dependence e path dependence. As abordagens place
dependence destacam a importância da posição relativa de um centro urbano em relação a
outros centros urbanos, recursos naturais, infraestruturas, mercados consumidores etc.4

Segundo essa abordagem, inúmeros são os mecanismos que podem conferir um especial papel
urbano-regional para um determinado centro urbano, em articulação com sua rede e região de
influência. A posição de um determinado centro no entroncamento de diversas infraestruturas
torna-se uma vantagem locacional importante para a formação de grandes centros de negócio
e gestão. A localização estratégica para lançamento de artefatos bélicos ou para
monitoramento de passagem de embarcações ou aeronaves é usualmente um fator importante
para a instalação de centros militares, náuticos ou aeroespaciais. O acesso a uma grande
disponibilidade de recursos naturais pode incentivar a instalação de polos de indústria de base
(acesso a jazidas minerais ou reservas petrolíferas) ou de entrepostos agropecuários e polos da

4
Em diversos estudos clássicos, tais como Christaller (1933), Lösch (1940) e Isard (1956), o estudo dessa
posição relativa tem um caráter generalizável, de forma que as dinâmicas podem ser identificáveis por
modelagens matemático-geométricas. Em outras obras, como aquelas tributárias do trabalhos clássicos da
Geografia Tradicional Francesa, a identificação do efeito da localização sobre a formação de diferentes
competências corresponde a um esforço de observação das particularidades locais em relação ao seu contexto,
como se pode observar na rica descrição feita por Pierre Mombeig (1984) acerca do processo de formação de
diferentes centros pela expansão colonizadora dos cafeicultores paulistas sobre o interior do estado de São Paulo
e do Paraná.
34
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

agroindústria (posição relativa a largas faixas de solo agricultável). Por sua vez, a beleza
cênica é também um fator importante para a formação de centros turísticos.

Por outro lado, esse tipo de abordagem demonstrou algumas limitações em explicar as razões
pelas quais existem certas capacidades diferenciais na formação de centralidades mais
dinâmicas, uma vez que diferentes trajetórias existem, mesmo em condições muito similares
de posição relativa e contexto. Nesse sentido, nos últimos 30 anos, as explicações têm cada
vez mais se apoiado em uma abordagem de path dependence, ou seja, de dependência das
trajetórias específicas dos lugares, em face das estratégias dos diferentes atores, do ambiente
institucional e das condições tecnológicas e de produção de conhecimento disponíveis.

Segundo essa abordagem, existe um processo de fechamento (locking in) de determinadas


condições produtivas que são baseadas nas trocas de conhecimento que ocorrem nas
empresas, no mercado de trabalho, no sistema educacional, nas associações profissionais etc.,
que fazem com que haja diferentes formas de se produzir em diferentes lugares. Para os
pesquisadores que utilizam essa abordagem as condições locacionais podem ser fatores
relevantes para o surgimento de uma determinada centralidade, mas o seu desenvolvimento
depende significativamente do ambiente organizacional e institucional que é produzido
localmente (ZHU et al, 2019)5.

As abordagens path dependence, portanto, buscam compreender como as condições locais


institucionais e organizacionais permitem a formação de um sistema de trocas de informação
que levam a uma trajetória mais resiliente às mudanças na base econômica e no ambiente
tecnológico (ZHU et al, 2019). Nesse sentido, são relevantes as métricas para formação de
capacidade de aprendizado, de cooperação e de fluxo de informações.

5
Um dos casos mais emblemáticos da literatura moderna é a comparação entre San Francisco e Los Angeles
realizada por Storper et al (2015). Os autores mostram como ambas as cidades, que se encontram no mesmo
estado americano, Califórnia, contavam com indicadores econômicos e sociais muito semelhantes na década de
1970, tendo forte participação de indústrias de base tecnológica para fins militares. Desde então, no entanto, os
indicadores de San Francisco cresceram significativamente, enquanto aqueles de Los Angeles ficaram para trás.
Os autores demonstram que as condições institucionais (orientação de associações locais indicando visão de
mudanças de estratégias de base tecnológica) e organizacionais (experiências com modelos empresariais mais
horizontalizados e cooperação entre empresas e universidades) fizeram de San Francisco um dos hubs
tecnológicos globais, enquanto Los Angeles manteve uma elevada hierarquização organizacional e baixa
cooperação entre universidades e empresas.
35
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

No caso do estado da Bahia, oportunidades para compreensão dessas concentrações de fatores


podem ser realizadas a partir de um híbrido de ambas as abordagens. Assim, é possível se
observar a importância da posição geográfica relativa a recursos, infraestruturas e mercado
consumidor na formação do papel de centros urbanos, como o de Barreiras em meio à área de
expansão da produção de grãos no oeste baiano, de Itabuna e Ilhéus por conta de sua posição
em relação à área portuária estadual, das cidades litorâneas e suas condições cênicas e
amenidades, com seu papel para o turismo etc.

As razões pelas quais um determinado centro assume um determinado papel são relevantes
para o Estado da Bahia, pois o Estado é um dos principais agentes capazes de fomentar esses
diferentes papéis. São as estratégias locacionais do estado que podem fortalecer certas áreas,
ao reforçar seu acesso a infraestruturas logísticas, ao criar concentrações de serviços, como
aqueles de saúde e de educação, ao estabelecer normas para contensão de expansão sobre
áreas ambientalmente frágeis etc.

Assim, incorporar essas considerações ao planejamento estratégico estadual pode trazer


importantes repercussões para que os centros urbanos da Bahia reforcem seu papel de
produção e de difusão de melhores condições econômicas, sociais e ambientais no território
estadual.

Graus de diversificação e concentração Econômica

Desde os trabalhos de Marshall (1920) sobre os distritos industriais, um incontável número de


estudos foi realizado acerca do papel da especialização na formação de externalidades
econômicas positivas que trazem ganhos de produtividades para sistemas produtivos locais.
Essas áreas altamente especializadas, os chamados clusters, permitem que as empresas
compartilhem um ambiente de conhecimento onde ocorrem os chamados transbordamentos de
conhecimento, ou knowledge spill-over.

O ambiente de formação profissional nessas áreas se volta para a preparação de pessoal


segundo a demanda dessas empresas, o que garante acesso a pessoal altamente capacitado e
especializado. Empresas de consultoria especializada, cuja presença não se justificaria em
outro lugar, podem surgir nessas áreas, garantindo acesso a soluções de ponta. Profissionais
demitidos por uma empresa são admitidos por suas concorrentes, o que garante algum fluxo

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

de informações e de procedimentos que otimizam continuamente o arranjo produtivo,


demandando contínua inovação.

Além disso, a produção de conhecimento tácito, pelo contato com as atividades das empresas,
permite a formação de iniciativas para novos empreendimentos com vistas a solucionar
problemas comuns (spin-off companies). Não por acaso, Marshall dizia que nesses ambientes
“os mistérios dos negócios deixam de ser mistérios; mas parecem estar no ar” (MARSHALL,
1920, IV, XI, p. 14 - tradução nossa)6.

Por outro lado, existem outros tipos de ganhos que podem correr em ambientes altamente
diversificados. Em sua obra seminal, Jacobs (1969) argumenta que a cidade se desenvolve a
partir de um processo de subdivisão do trabalho. Para a autora, a geração de novos tipos de
condições de trabalho (setores, modos de produção, tecnologias etc.) é o grande vetor do
desenvolvimento humano e é possível a partir dos estímulos existentes nas aglomerações
urbanas. Proposição semelhante é observada no trabalho de Soja (2013), que trata sobre
“synekism”, ou o fator estimulante do ambiente urbano sobre a sociedade e a economia.

LÖÖF e JOHANSSON (2010) demonstram que, nas últimas décadas, os trabalhos


acadêmicos vêm apontando que os espaços metropolitanos arregimentam ambas as condições
positivas, tanto da especialização como da diversificação, de forma que eles configuram o que
se poderia chamar de cluster de clusters. Os autores demonstram, por exemplo, que empresas
que apresentam estratégias persistentes de P&D apresentam resultados positivos em qualquer
contexto. No entanto, os ganhos econômicos decorrentes são significativamente maiores para
aquelas empresas que o fazem em espaços metropolitanos.

É preciso se considerar, no entanto, que os diversos tipos de ganhos por externalidades


econômicas advindas de aglomeração, especialização ou diversificação nos centros urbanos
sofrem constrições importantes em países como o Brasil, por conta de condições
macroeconômicas cronicamente defasadas, o que é demonstrado por Lemos et al (2005).

6
The mysteries of the trade become no mysteries; but are as it were in the air (MARSHALL, 1920, IV, XI, p.
14).
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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

No Estado da Bahia, o impacto das constrições macroeconômicas sobre as condições


econômicas locais pode ser observado com o exemplo dado adiante para o Arranjo
Populacional de Salvador em comparação com outros arranjos de primeira ordem no Brasil.

Figura 3 - PIB per capita das regiões metropolitanas do Brasil no período


entre 1970 e 2010.

Fonte: Pereira (2021).


Nota: base 2018
Como se pode observar na Figura 3, o Arranjo Populacional de Salvador passou por
importante período de retração de condições de PIB per capita na década de 1980, de maneira
análoga ao ocorrido em todas as outras maiores áreas metropolitanas brasileiras. Isso indica
um efeito das condições macroeconômicas sobre a performance econômica e social dessas
áreas, uma vez que essas retrações correspondem a restrições orçamentárias que refletem nas
estratégias de capacitação dos indivíduos e, por consequência, na formação de aprendizado
para o mercado de trabalho local. Há que se pensar como, de maneira análoga, a presente crise
sanitária pode estar interferindo nas dinâmicas locais de formação de capacidade de
aprendizado.

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

1.4. Região de Influência

As Regiões de Influência são caracterizadas pelos deslocamentos e movimentação


populacional em função dos centros urbanos, avaliada a partir da intensidade dos fluxos entre
as cidades, incentivados pelas redes de interação que as conectam. Os fluxos correspondem às
dinâmicas dos deslocamentos distribuídos pelo território, motivados pelas centralidades
conformadas a partir da concentração de fixos e/ou atividades específicas e pelos diferentes
níveis de relações entre os lugares. Isso significa que, ao abrigar um conjunto de
equipamentos, serviços e atividades especializados, a cidade possui um alcance mínimo e
máximo à que a população está disposta a percorrer, conformando uma dada área de
influência.

A análise desses movimentos demonstra as relações de dependência e interdependência


existentes entre cidades de diferentes portes, traduzidas como influências das unidades
urbanas. Logo, para a definição dessas regiões é necessário mensurar e qualificar fluxos de
origem e destino das populações de forma integrada com as motivações aos deslocamentos.
Conforme sintetiza:

quanto maior a quantidade de ofertados e quanto maior a diversidade


de funções centrais presentes, maior será a centralidade de uma
cidade. Uma centralidade alta implica uma maior atração de
população para si, uma maior área de influência do centro urbano, e
uma alta hierarquia (IBGE, 2020, pg. 69).

Em outras palavras, a dimensão da região de influência de determinado centro urbano é


diretamente proporcional à centralidade que ele representa, estabelecida por meio da
intensidade dos fluxos e da distância dos percursos por ela motivados. Assim, serão gerados
fluxos mais ou menos intensos e de percurso mais ou menos longo. Por alterar suas
características físicas (tamanho, densidade e morfologia) e funcionais, as interações espaciais
determinam a inserção e o reposicionamento das cidades na hierarquia urbana (IPEA, 2021).
Cidades para as quais se direcionam uma quantidade expressiva de fluxos detêm maior
centralidade na rede urbana, pois tendencialmente concentram parte dos produtos, serviços e
atividades não existentes em outras localidades.

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Convergente com o conceituado, no Estudo da Rede Urbana da Bahia (SEDUR, 2011), a


Região de Influência de uma cidade foi delimitada a partir da abrangência espacial dos fluxos
que para a mesma se destinam, devido à sua relevância na oferta de serviços, produtos e
atividades não encontrados nas cidades de origem dos deslocamentos. Ou seja, sua
delimitação foi determinada em função da abrangência espacial dos fluxos que se destinam
para uma cidade. Para tanto, no Estudo de 2011, o critério utilizado para a delimitação das
Regiões de Influência correspondeu, justamente, aos deslocamentos verificados,
correspondentes ao movimento da população em busca de serviços, produtos e atividades
específicas - os fluxos materiais e imateriais.

Nessa mesma linha, no REGIC 2018, a noção de região de influência foi operacionalizada por
meio de vínculos estabelecidos entre centros urbanos de diferentes hierarquias,
principalmente, em função das atividades relacionadas à Gestão Pública ou à Gestão
Empresarial. As atividades relacionadas à gestão pública do território contribuem
decisivamente para a definição de centros hierárquicos superiores nas redes urbanas, pois,
suas sedes são polos de tomada de decisão que impactam o território como um todo. Sendo
assim:

as ligações de gestão do território foram estabelecidas considerando-se


as estruturas organizacionais hierárquicas dos órgãos e institutos da
gestão pública e pela relação de sedes-filiais da gestão empresarial”
(IBGE, 2020).

Nesse sentido, para se estabelecer o nível hierárquico entre as cidades e arranjos, faz-se
necessário o conhecimento das cidades que se configuram como centros de gestão do
território e das ligações entre eles, a classificação, intensidade de relacionamentos e a
dimensão da Região de Influência de cada centro, bem como as diferenciações regionais.

As ligações entre os centros podem corresponder a uma das relações conceituadas por Taylor,
dentre dois tipos possíveis: a) town-ness, significando o fato de o espaço urbano ser produto
de suas relações com a hinterlândia (alcance da área de influência da cidade), polarizando
uma região. Corresponde às relações locais, dependentes da contiguidade e da fricção da
distância. Trata-se de um atributo principalmente das cidades pequenas, cuja economia é mais
explicada pelos bens e serviços que disponibiliza do que pelas relações de longa distância; e

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

b) city-ness, representando o tipo de relação entre as cidades que não necessariamente se


comporta de maneira hierárquica. Se faz para além das hinterlândias, não possuindo um efeito
de cobertura territorial. Nesta categoria, as relações efetivam-se por meio das atividades
urbanas que realizam conexões a longa distância, ligando cidades dos mais variados tamanhos
(IBGE, 2020).

Desta forma, além de dar continuidade à ênfase na gestão do território, a publicação de 2018
agregou em sua análise a qualificação das centralidades em função das relações de longa
distância, ou aquelas para além das hinterlâncias (regiões de influência). Ou seja, a Região de
Influência, em 2018, é o resultado das relações com áreas contíguas e com aquelas a longa
distância (conectividade).

A partir de tais considerações é possível constatar que, tal qual preconiza Diniz (2011), a
visão integrada da dinâmica compreendida entre os diferentes centros urbanos e suas regiões
de influência, rebatida na configuração de dada rede urbana, consiste em fonte primária para o
planejamento de políticas públicas territoriais, sobretudo regionais.

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

2. Enfoque Técnico e Metodológico

Conforme já visto anteriormente, análises desenvolvidas em relação às fontes, dados,


variáveis e resultados presentes no Estudo da Rede Urbana da Bahia (SEDUR, 2011) indicam
que as variáveis complementares trabalhadas devem ser parcialmente revistas. O pressuposto
para as mudanças aqui adotadas refere-se, basicamente, à sua maior ou menor aderência com
políticas públicas estaduais. O segundo pressuposto importante é o entendimento de que este
trabalho não deve ter a intenção de reproduzir diagnósticos setoriais diversos, esses sempre
com maior capacidade analítica se desenvolvidos pelos próprios produtores e usuários dos
dados, informação e análise, mas, sim, de trazer subsídios que auxiliarão na definição de
recomendações e diretrizes às políticas públicas estaduais.

O estudo de 2011 havia selecionado seis conjuntos de informações para que fossem
adicionadas ao estudo do REGIC 2007, sempre no intuito de confirmar, de relativizar ou de
especificar para a Bahia questões apresentadas de modo mais geral para o território brasileiro.

Das seis variáveis (comércio, serviços, saúde, ensino superior, gestão, atividades bancárias)
presentes no Estudo de 2011, certamente, saúde, ensino superior e gestão são as que
apresentam maiores contribuições para o trabalho. Ainda assim, a validade de elas serem
incorporadas na revisão do estudo merece um escrutínio. A simulação rápida sobre o quanto
tais informações específicas poderiam alterar o cenário trazido pelo REGIC 2018 demonstrou
um resultado contributivo muito pequeno. Os avanços metodológicos e a qualidade na coleta
de dados que o REGIC 2018 contam, igualmente, para que seu uso possa ser irrestrito e sem
necessidade de complementações para se confirmar a rede urbana na Bahia.

Entretanto, se informações adicionais não são fundamentais para a reconstrução da rede


urbana e suas redes de influência no Estado da Bahia, continuam importantes para se entender
seus atributos. Ademais, são necessárias novas variáveis que ganharam força a partir dos
resultados finais do estudo de 2011, somadas a uma nova realidade social e econômica.

Assim, uma vez realizada a leitura do REGIC 2018, bem como entendidas as mudanças nos
cenários de relações urbanas a partir de 2011, passa-se agora para alguns detalhamentos que
possam qualificar tais cenários.

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Em síntese, as justificativas para a preferência por determinadas variáveis adicionadas à


leitura do REGIC 2018, podem ser visualizadas no Quadro 1 abaixo:

Quadro 1 - Variáveis que serão utilizadas pelo Consórcio “Rede Urbana”,


em 2021, de forma complementar ao REGIC de 2018, visando a
formulação de Políticas Públicas Estaduais na Bahia.

Variável adicional Justificativas

Ensino Superior Priorizado uma das variáveis que pode implicar mais diretamente na
formulação de políticas públicas. Evidentemente, outras variáveis podem
ser acrescentadas a partir dessa mesma justificativa. A decisão futura por
outras variáveis deve fazer parte de uma firme decisão em se
territorializar as diretrizes, prioridades e inversão de recursos públicos
para cada um dos demais setoriais considerados básicos na estrutura do
estado, como, por exemplo, ensino técnico, habitação, escola de governo
(capacitação de estruturas interiorizadas e / municipais), infraestrutura
urbana, dentre outros.

Gestão Pública Estadual Faz-se aqui uma leitura das regionalizações utilizadas pelas secretarias
de governo da Bahia, não com o intuito de propor mudanças ou mesmo
de unificá-las segundo um mesmo princípio norteador, mas, com o de
compreender o quanto elas se aproximam do desenho dos Territórios de
Identidade e das Regiões de Influência constituídas pelo Regic 2018 e
como as especificidades desses dois podem influenciá-las.

Base físico-natural Bases físico-naturais implicam em potencialidades e em restrições para o


avanço da ocupação urbana e das atividades econômicas. A primeira
possibilidade seria a sobreposição de informações temáticas com os
Territórios de Identidade e com as Regiões de Influência. Considerando
a importância precípua de normas legais, tal sobreposição foi feita com
diretrizes do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE).

Inserção Digital Novas ferramentas de inserção social e mesmo de alterações de realidade


são disponibilizadas de modo intrínseco nas relações sociais. Acessos a
recursos diversos são canalizados de modo crescente, via internet; a
garantia do acesso a ela e o padrão desse acesso foram considerados
importantes para identificar possíveis entraves em processos ou
tendências em cada um dos Territórios de Identidade e Regiões de
Influência.

Informalidade do uso solo Informalidades do solo, urbano ou rural, implicam em conflitos e/ou
dificuldades da utilização econômica dos recursos, com destaque para os
naturais e imobiliários.

Grandes Projetos Grandes Projetos, muitos deles polêmicos e com críticas ambientais, são
indicadores de dinâmicas sociais e econômicas complexas. De origem
majoritariamente no setor privado, ocorrem também em decorrência de
interesses diretos do setor público. A fonte principal para apreendê-los
são os Estudos de Impacto Ambiental e seus respectivos Relatórios de
Impacto Ambiental exigidos por resolução do CONAMA, com processo
de licenciamento gerenciado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Variável adicional Justificativas

Eventos Culturais Inserida por corresponder, ainda que por períodos concentrados, a
alavancagens econômicas e a importantes agregadores comunitários ou
regionais. São consideradas, para além de sua capacidade de qualificar
determinados Territórios de Identidade ou Regiões de Influência,
constituintes de Redes Urbanas Efêmeras.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021).

A seguir, uma discussão sobre as fontes de cada uma dessas variáveis:

Ensino Superior:

Ao se observar o incremento de programas de graduação no Brasil, verifica-se crescimento da


iniciativa privada; quando a ampliação se dá por meio de universidades públicas, essa se dá
com mais concentração nos campi já existentes. De modo empírico, constata-se também que a
ampliação de novos cursos não se dá por meio de um estudo das reais demandas regionais ou
locais, mas sim, de decisões internas das próprias instituições de ensino superior. Esta análise
parte do entendimento de que o verdadeiro avanço no sentido de se corrigir eventuais
discrepâncias entre necessidades e oferta advém do comprometimento do Estado em sentido
amplo, do Sistema Nacional de Educação e, no nosso caso, de iniciativas do próprio executivo
baiano. Por isso, a prioridade em se analisar a espacialização das ofertas em ensino superior
oferecidas pela Secretaria de Estado da Educação.

Em item a seguir, analisa-se a cobertura de cursos de graduação, minimamente em grandes


áreas do conhecimento para que se possa identificar vazios ou atendimentos por cursos que
correspondam ao perfil produtivo dos Territórios de Identidade e das Regiões de Influência,
sempre segundo o REGIC 2018. Essas análises não são pensadas para reforçar ou discutir
Redes de Influência, mas para organizar políticas públicas de expansão ou interiorização das
universidades estaduais da Bahia, vinculadas à Secretaria da Educação do Estado.

As informações que se trabalharão têm as seguintes fontes:

INEP, 2019. Censo da Educação Superior. Pesquisas Estatísticas e Indicadores Nacionais.


Disponível em: <https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-
indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados>.

Distribuição e cobertura das unidades de universidades estaduais e federais do estado.

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Gestão Pública Estadual:

A gestão, seja do setor privado ou do setor público, está devidamente retratada no REGIC
2018. Falta a esse estudo uma análise mais específica da estrutura da gestão pública estadual,
por meio de suas diferentes organizações regionais e setoriais. De imediato, será feita a
distinção entre regionalizações de caráter meramente operacional e setorial daquelas de
caráter mais político ou de planejamento da integralidade do estado.

As informações que se trabalharão são aquelas disponibilizadas pelas próprias secretarias


estaduais para, na sequência, serem sobrepostas às demais análises.

Informações da base físico-natural da Bahia:

O estudo de 2011 encontrou dificuldades para sobrepor suas conclusões e, até mesmo, o
desenho da rede urbana identificada com o suporte ambiental. Tais dificuldades podem ser de
caráter operacional e da escolha de variáveis de análise, mas sobretudo da fragilidade
intrínseca dessa relação. Evidentemente, a ocupação antrópica do espaço é também
configurada por limitações e potencialidades naturais, sejam elas de caráter legal ou dos
próprios atributos dessas mesmas limitações e potencialidades. Entretanto, reconhece-se que
essa relação se tornou mais tênue em tempos mais recentes devido a novas técnicas e novas
tecnologias que têm permitido avançar sobre áreas até então não interessantes para o capital
produtivo (no caso de áreas de produção agrícola) e para a ocupação urbana (no caso do
crescimento das cidades), sobretudo em se tratando de ocupações informais.

Tal relação é também mais tênue na configuração de redes a partir do momento que o
território se encontra estruturado com os nós urbanos centrais definidos. Assim, para o
conjunto de informações de caráter ambiental, o que se propõe é discuti-las a partir do
Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia - ZEE (SEMA; SEPLAN, 2020), com destaque
para as suas zonas e suas quase duas mil diretrizes.

As informações que se trabalharão dizem respeito à Caracterização das Zonas e Diretrizes


Finais após Processo Participativo, do ZEE (2020), especialmente as que apontem para
particularidades que possam reforçar ou justificar alguns dos delineamentos recentes da rede

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
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urbana baiana. Tais particularidades poderão ser encontradas tanto na caracterização, como
nas diretrizes específicas de zonas, contidas no referido documento.

Acesso e qualidade de uso da internet:

Propõe-se uma análise da integração e democratização digital dos municípios baianos e a


leitura da espacialização resultante nos recortes dos Territórios de Identidade e das Regiões de
Influência.

A principal fonte das informações relativas ao acesso e qualidade de uso da internet é a


Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), como o acesso em serviço na banda
larga fixa e a cobertura do sinal da telefonia móvel nos municípios brasileiros.

Índice de informalidade na ocupação do solo urbano e rural:

O uso informal do espaço resulta, em grande parte, de condições sociais desfavoráveis, mas
também indica sérios problemas de gestão governamental, sobretudo para o poder local: na
sua gestão e nas suas estratégias de atração do grande capital investidor. Esse cenário implica
na exigência de recursos mais vultosos no futuro para o ordenamento territorial e garantia de
serviços públicos e infraestruturas básicas. Políticas urbanas mais atuais, por exemplo,
recomendam a regularização do solo nas cidades como primeira etapa para uma melhor
distribuição do recuso fundiário entre a população, devendo até mesmo anteceder a
implantação de infraestruturas e serviços básicos. Questões fundiárias implicam diretamente
no desenho da rede urbana. Exemplifica essa assertiva a constituição de municípios
periféricos em grandes manchas interurbanas, tradicionalmente com maiores índices de
informalidade, grandes volumes demográficos, porém baixa posição hierárquica dos centros.
No caso dos conflitos no campo, tem-se dados atuais e específicos para essa análise; no caso
dos conflitos urbanos, é necessário fazer uma próxis, entendendo que onde há precariedade do
domicílio, há, potencialmente, conflitos relativos à propriedade do lote.

No caso do urbano, há também uma limitação em termos de dados atualizados. A maior base
seria, ainda, a do Censo de 2010, com informações detalhadas a respeito da situação
domiciliar. O tempo de uma década certamente aporta eventuais problemas de atualização,
porém, vale notar que aquilo que interessa a esse estudo são comparações hierárquicas, e não

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

o retrato de cada um dos municípios. Assim, buscaram-se os dados mais recentes


disponibilizados pelo próprio governo estadual, contidos no Relatório Síntese do
PLANEHAB 2010 - 2013. Esse Plano Estadual de Habitação e Interesse Social e
Regularização Fundiária foi elaborado em 2015 pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e
contou com o grupo de pesquisa GeografAR (URBA), do INCRA, e da Diretoria de
Regularização Fundiária da SEDUR/SH para espacialização dos conflitos urbanos.

No caso dos conflitos no campo na Bahia, tem-se levantamentos feitos pela Comissão
Pastoral da Terra (CTP) e pelo Instituto Nacional da Reforma Agrária (INCRA).

Grandes Projetos:

A identificação de grandes projetos – urbanos e rurais e deferentes propósitos – sugere áreas


com maior ou menor dinâmica. Sugerem, também, tendências mais recentes, nem sempre
captadas por estudos como o do REGIC 2018, seja pela data da coleta dos dados, seja pela
falta de especificidade para o caso da Bahia. Além do banco de dados da Secretaria do Meio
Ambiente da Bahia a respeito dos Relatórios de Impacto Ambiental e seus respectivos
Estudos de Impacto, a identificação de grandes projetos será feita a partir das bases de
informações de projetos incentivados pela SUDENE, das operações contratadas pelo BNDES
e das contratações realizadas pelo Banco do Nordeste. Com isso, espera-se ter informações a
respeito do avanço do mercado hoteleiro, turístico, industrial, de serviços e imobiliário, dentre
outros, com grande área para a instalação de seus fixos e elevada atração de investimentos,
diretos e indiretos.

Assim, é possível identificar variáveis que de outra maneira seria de difícil espacialização,
conforme já destacado no estudo de 2011. No momento da realização deste documento, estão
disponíveis no site do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia, vinculado à
Secretaria do Meio Ambiente, 58 grandes projetos, de diferentes características, a partir de
2011 até a presente data, para análise e obtenção de licenciamento ambiental.

As informações a serem trabalhadas são: Relatórios / Estudos de Impacto Ambiental


(Secretaria do Meio Ambiente da Bahia), projetos incentivados pela SUDENE, operações
contratadas pelo BNDES e contratações realizadas pelo Banco do Nordeste.

Outra informação a ser trabalhada é aquela referente aos Arranjos Produtivos Locais.
Segundo o Ministério da Economia (ME), “arranjos Produtivos Locais (APLs) são

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

aglomerações de empresas e empreendimentos, localizados em um mesmo território [ou


município], que apresentam especialização produtiva, algum tipo de governança e mantêm
vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores
locais, tais como: governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e
pesquisa. A presença desses arranjos - urbanos e rurais e com diferentes especializações -
sugere áreas com maior dinamismo econômico e potenciais ganhos de centralidade.
Especificamente, as informações a serem trabalhadas são: base de dados do Sistema
Observatório Brasileiro de APLs (OBAPL), conforme sistematizada em agosto de 2021. Essa
base é disponibilizada pelo Ministério da Economia. Essa base apresenta as informações
sobre os arranjos produtivos localizados em municípios do estado da Bahia.

Por último, são analisadas também as Rotas de Integração Nacional. Segundo o Ministério do
Desenvolvimento Regional (MDR), as Rotas de Integração Nacional são redes de arranjos
produtivos locais associadas a cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão
produtiva e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras priorizadas pela Política
Nacional de Desenvolvimento Regional. Segundo o MDR, essas rotas:

promovem a coordenação de ações públicas e privadas em polos


selecionados, mediante o compartilhamento de informações e o
aproveitamento de sinergias coletivas a fim de propiciar a inovação, a
diferenciação, a competitividade e a sustentabilidade dos
empreendimentos associados, contribuindo, assim, para a inclusão
produtiva e o desenvolvimento regional (MDR, 2021).

Na escala das unidades da Federação e municípios, a presença dessas Rotas sugere áreas com
maior dinamismo econômico e potenciais ganhos de centralidade.

As informações a serem trabalhadas é: base dados sobre as Rotas de Integração Nacional


disponibilizada pelo MDR. Essa base apresenta as informações sobre os arranjos produtivos
localizados em municípios do estado da Bahia.

Eventos Culturais:

Eventos culturais refletem valores e conexões sociais que, espacializados, contribuem para a
determinação de centralidades. No caso da Bahia, acredita-se que tais eventos são elementos
importantes, diretos ou indiretos, na definição dos Territórios de Identidade. Acredita-se que

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
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também impliquem, se não na constituição de Redes de Influência, na qualificação delas ou


nas suas consolidações atuais.

Justamente em função de sua importância, a análise da temática foi incorporada ao REGIC


2018. Na publicação, a investigação foi orientada pela intenção de desvelar relações urbanas
que extrapolam a concentração de objetos técnicos especializados, tais como cinemas, teatros
e museus, abarcando também festejos de diversas naturezas reconhecidos coletivamente – se
configurando, portanto, como fonte atualizada e detalhada da rede.

Além da Pesquisa de Regiões de Influência das Cidades, foram considerados como fontes
para a investigação os Planos de Desenvolvimento Integrados de Turismo Sustentável
(PDITS7), nas suas versões mais recentes, e os documentos8 disponibilizados pela SEDUR
que poderiam apresentar alguma relação com os eventos culturais. Tais documentos foram
analisados e a possível contribuição do seu conteúdo à etapa foi ponderado, conforme segue:

 “Estratégia Turística da Bahia – O Terceiro Salto 2007 | 2016”: Trata-se de um


documento de 2011, que aborda o turismo na escala estadual, não chegando nas
especificidades das centralidades e regiões de influência;

 “Livro Século XXI Consolidação do Turismo – Estratégia Turística da Bahia 2003-


2020”: Corresponde a uma das fontes utilizadas no Estudo da Rede Urbana da Bahia, de
2011. Não apresenta versão atualizada;

 “Mercados emissores de Turistas para a Bahia – 2004”: Apresenta leitura sobre turistas
que visitam a Bahia, extrapolando a dinâmica intraestadual;

 “Pesquisa de Caracterização do Turismo Receptivo no Estado da Bahia”: Apresenta


leitura sobre origem e distribuição dos turistas, perfil dos visitantes, motivação da
viagem e avaliação dos destinos, extrapolando a dinâmica intraestadual;

 “Fluxo Turístico da Bahia (2011-2016)”: Apresenta leitura sobre turistas que visitam a
Bahia, extrapolando a dinâmica intraestadual;

7
Foram analisados os PDITS disponíveis no site da Secretaria de Turismo (SETUR, 2021).
8
Os documentos disponibilizados pela SEDUR estão elencados no Quadro 1, do Plano de Trabalho – P1.
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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
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Considerando o objetivo desta etapa de trabalho, que se restringe à contextualização da rede


no que tange à hierarquia, centralidades e regiões de influência, esses documentos foram
excluídos como fontes de análise, já que oferecem informações que correspondem à
caracterização multiescalar da Rede Urbana da Bahia, objeto da Etapa9 III, da revisão do
Estudo.

Assim, estabeleceu-se como fontes de análise o REGIC 2018 (IBGE, 2020) e os PDITS.
Optou-se por não se trabalhar com dados sobre fixos pela dificuldade de se obter informações
de modo padronizado para todos os municípios (para além das estruturas culturais do governo
estadual). Igualmente difícil é o aspecto qualitativo, e mesmo de funcionamento, de cada uma
dessas estruturas.

As informações que se trabalharão são: dados sobre os deslocamentos entre os municípios


baianos em função das manifestações culturais.

Em síntese, essa parte do estudo da Rede Urbana da Bahia pode ser entendida da seguinte
maneira, conforme figura 4, a seguir.

9
Para maiores informações sobre as etapas de trabalho e conteúdo correspondentes, verificar o Plano de
Trabalho.
50
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 4 - Variáveis que serão utilizadas pelo Consórcio “Rede Urbana”,


em 2021, de forma complementar ao REGIC de 2018, visando a
formulação de Políticas Públicas Estaduais na Bahia.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021).

Por último, ainda como aspecto metodológico norteador dos trabalhos, apresenta-se aqui os
dois referencias de regiões sobre as quais tais variáveis serão trabalhadas. A primeira, por
razões gerenciais já consolidadas pelo poder executivo da Bahia, são os 27 Territórios de
Identidade, apresentados no mapa 1. A segunda, pelo interesse maior do presente trabalho que
é o de se considerar as relações hierárquicas urbanas e suas Regiões de Influência.

51
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 1 - Territórios de Identidade [2018]

52
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Vale ressaltar, que no estudo de 2011, as regiões de influência foram definidas conforme
figura 5, abaixo.

Figura 5 – Delimitação das Regiões de Influência definidas no Estudo da


Rede Urbana da Bahia, publicado pela Secretaria de Desenvolvimento
Urbano no ano de 2011.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEDUR (2011).

No entanto, diferentemente desse recorte definido em 2011 e dos Territórios de Identidade, os


quais resultam de um conjunto de municípios, as Regiões de Influência das cidades, conforme
definido pelo REGIC 2018, é de difícil definição por polígonos fechados. De fato:

Na pesquisa REGIC, a noção de região de influência realiza-se por


vínculos estabelecidos entre centros urbanos de hierarquia menor
direcionando-se àqueles com hierarquia superior. Dessa forma, a
região de influência possui feição espacial reticular, ou seja, em
formato de rede constituída por um conjunto de unidades urbanas que

53
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

realizam ligações entre si. Ao contrário da abordagem mais recorrente


de região, tomada como uma zona contígua, em geral sem
superposições entre regiões vizinhas, a região reticular considerada na
REGIC não necessariamente é contígua, e, dependendo da escala,
apresenta superposições e duplas subordinações de Cidades (IBGE,
2020).

Assim, adaptações foram necessárias. Considerando a similaridade dos contornos das


chamadas Regiões Geográficas Imediatas (mapa 2), com as regiões de influência definidas no
Estudo de 2011, e com aquele que poderia resultar da síntese dos fluxos do REGIC 2018,
definiu-se aquilo que aqui chamamos de Rede de Influência Imediata. Para a delimitação das
Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias

[…] têm como restrição os limites das Unidades da Federação […]


possuem um balizamento, em termos de números mínimo e máximo
de municípios na composição de cada uma das escalas (Imediata e
Intermediária), ou seja: a noção de uma
homogeneidade/proporcionalidade territorial e municipal, criando
regiões com a mesma hierarquia, porém com extensões territoriais e
quantitativos de municípios bastante diversos (IBGE, 2017, s/n).

Com base nisso, o mapa 3 explicita a semelhança entre as Regiões Geográficas Imediatas e as
regiões de influência determinadas no Estudo de 2011. Na sequência também é mostrada a
relação entre as Regiões Imediatas e os Territórios de Identidade, citados anteriormente
(Mapa 4).

Portanto, a partir da definição metodológica acima, assumiu-se, adaptadamente, as Regiões


Imediatas para definição dos contornos político-administrativos das Redes de Influência de
2018. Tal definição, entretanto, é operacional, tomada como facilitadora para o manuseio de
informações e dados. Tem-se como pressuposto que as “bordas” de qualquer recorte regional
sempre será submetido a relativizações, constituindo manchas de sobreposição ou de menor
homogeneidade.

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 2 - Regiões Geográfica Imediatas [2017]

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 3 – Regiões de Influência [2011] por Regiões Geográfica Imediatas [2017]

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 4 – Territórios de Identidade [2018] por Regiões Geográficas Imediatas [2017]

57
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

3. O Estudo da Rede Urbana da Bahia: Hierarquia,


Classificação e Regiões de Influência dos Centros Urbanos

da Bahia

Este capítulo dedica-se à contextualização da Rede Urbana da Bahia, por meio de análises
sobre a hierarquia, classificação e regiões de influência dos seus Centros Urbanos. Além
disso, são desenvolvidas análises comparativas entre os resultados das pesquisas relativas às
Regiões de Influência das Cidades, realizadas pelo IBGE, em 2007 e 2018, e do Estudo da
Rede Urbana da Bahia, de 2011.

Em termos sequenciais, primeiramente discorre-se sobre a classificação e contextualização


geral dos centros urbanos da Bahia. Em seguida, a hierarquia e as regiões de influência dos
centros urbanos são apresentadas, à luz dos aspectos temáticos explicitados no item 2.
Enfoque Técnico e Metodológico, deste documento: Gestão Pública Estadual, Implicações
Ambientais, Grandes Projetos, Ensino Superior, Inserção Digital, Informalidade do Uso do
Solo e Eventos Culturais.

3.1. Classificação e Contextualização dos Centros Urbanos na Bahia

Conforme esclarecido no P1 e reforçado nos primeiros capítulos deste documento, a presente


revisão do Estudo da Rede Urbana da Bahia tem como fonte primária o conteúdo divulgado
no REGIC 2018. A partir dos dados presentes na publicação, são desenvolvidas análises que
articulam os dados e informações disponíveis e resultam em subsídios que embasarão as
subsequentes recomendações e diretrizes às políticas públicas estaduais.

Logo, a classificação dos centros urbanos assumida nesta revisão é aquela presente na
publicação do IBGE. O REGIC classifica10 as relações entre as hierarquias dos centros
urbanos e identifica as respectivas regiões de influência, conformadas por meio das dinâmicas

10
Para um maior aprofundamento acerca da metodologia empregada na classificação presente no REGIC 2018,
sugere-se a leitura do capítulo “Metodologia e Operacionalização”, da publicação.
58
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

estabelecidas em função de diferentes variáveis, tais como, comércio e serviços, instituições


financeiras, ensino superior, saúde, internet, redes de televisão aberta e conexões aéreas.
Dependendo da intensidade e distância dos fluxos motivados, da disponibilidade e qualidade
dos serviços e equipamentos ofertados e da importância da gestão pública e empresarial (que
são integradas na gestão do território), os centros urbanos assumem diferentes níveis de
complexidade na rede – e, portanto, diferentes classificações.

Mais detalhadamente, a pesquisa do IBGE:

(...) define a hierarquia dos centros urbanos brasileiros e delimita as


regiões de influência a eles associados. É nessa pesquisa em que se
identificam, por exemplo, as metrópoles e capitais regionais
brasileiras e qual o alcance espacial da influência delas. A
identificação da hierarquia urbana e das áreas de influência é realizada
por meio da classificação dos centros urbanos que possuem
determinados equipamentos e serviços e que atraem populações de
outras localidades. A oferta diferenciada de bens e serviços entre as
cidades faz com que populações se desloquem a centros urbanos bem
equipados para adquirirem serviços de saúde e educação ou buscar um
aeroporto, por exemplo (IBGE, 2020).

Nesse contexto,

As cidades brasileiras foram classificadas, hierarquicamente, a partir


das funções de gestão que exercem sobre outras Cidades,
considerando tanto seu papel de comando em atividades empresariais
quanto de gestão pública, e, ainda, em função da sua atratividade para
suprir bens e serviços para outras Cidades. O alcance desse comando e
atratividade no território corresponde à delimitação de sua área de
influência, ou seja, quais Cidades estão subordinadas a cada
centralidade (IBGE, 2020).

Essas centralidades são organizadas conforme cinco níveis da hierarquia dos centros urbanos:
Metrópole; Capital Regional (A, B e C); Centros Sub-regionais (A e B); Centros de Zona (A e
B); e Centros Locais. As Metrópoles são os elos finais da rede urbana, o que significa que

59
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

todos os centros urbanos do país se direcionam à uma delas, direta ou indiretamente. As


capitais regionais correspondem a centros urbanos que concentram atividades de gestão; os
centros sub-regionais configuram cidades de menor porte, concentrando atividades menos
complexas; os centros de zona apresentam menores níveis de atividades; e, por fim, os centros
locais são cidades que exercem influência restrita aos seus limites territoriais, apresentando
baixa concentração e complexidade inferior de atividades. As características desses níveis de
hierarquia podem ser observadas, de forma mais detalhadas, no Anexo I. As regiões de
influência são identificadas pela ligação das Cidades de menor para as de maior hierarquia
urbana. “O elo final de cada rede são as Metrópoles, para onde convergem as vinculações de
todas as Cidades presentes no Território Nacional”.

Diferentemente do REGIC 2007, segundo o qual a unidade funcional era a Cidade, na


publicação de 2018 a unidade funcional Cidade é dada, quando for o caso, por um arranjo
populacional. Quer dizer, o REGIC mais recente assume que a unidade urbana de análise,
além da Cidade, é também o conjunto formado por Municípios e Arranjos Populacionais –
quando esta for a realidade de dada porção territorial.

Isto se deve ao fato de que a unidade funcional Cidade, objeto do


REGIC [de 2018], pode vir a ser composta não apenas por um, mas
por vários Municípios que são indissociáveis como unidade urbana.
Trata-se de Municípios conurbados ou que possuem forte movimento
pendular para estudo e trabalho, com tamanha integração que justifica
considerá-los como um único nó da rede urbana (IBGE, 2020).

Segundo o IBGE (2016) um arranjo populacional é o:

agrupamento de dois ou mais municípios onde há uma forte integração


populacional devido aos movimentos pendulares para trabalho ou
estudo, ou devido à contiguidade entre as manchas urbanizadas
principais. A escolha dos critérios que formam um arranjo
populacional está baseada na noção de existência de relacionamentos
cotidianos por grande parte da população entre dois ou mais
municípios. Os relacionamentos existem devido a fatores, tais como:
crescimento de uma cidade (os casos mais comuns são os

60
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

metropolitanos, onde a capital costuma atrair população do entorno);


emancipação de um município; processos históricos de formação;
localização de indústrias (onde uma fábrica em um pequeno município
demanda população dos municípios vizinhos); entre outros (IBGE,
2016).

Esses arranjos apresentam alto grau de integração entre os municípios componentes, em


particular com o núcleo, possuindo grande tamanho populacional e podendo ter manchas de
urbanização que resultam da expansão de uma ou mais cidades, formando conurbações com
formas variadas (IBGE, 2016).

Os arranjos populacionais identificados no estado da Bahia podem ser observados no Quadro


2 e no mapa 5.

Quadro 2 - Arranjos Populacionais presentes no estado da Bahia,


conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2016.
Brejões - Nova Itarana/BA Santa Maria da Vitória/BA
Brejões (BA) Santa Maria da Vitória (BA)
Nova Itarana (BA) São Félix do Coribe (BA)
Cachoeira - Muritiba - Governador Mangabeira/BA Ubaitaba - Aurelino Leal/BA
Cachoeira (BA) Aurelino Leal (BA)
Governador Mangabeira (BA) Ubaitaba (BA)
Muritiba (BA) Vera Cruz - Itaparica/BA
São Félix (BA) Itaparica (BA)
Conceição do Almeida - Sapeaçu/BA Vera Cruz (BA)
Conceição do Almeida (BA)
Sapeaçu (BA)
Petrolina/PE - Juazeiro/BA
Juazeiro (BA)
Petrolina (PE)
Salvador/BA (10 municípios)
Camaçari (BA)
Candeias (BA)
Dias d´Ávila (BA)
Lauro de Freitas (BA)
Madre de Deus (BA)
Mata de São João (BA)
Salvador (BA)
São Francisco do Conde (BA)
São Sebastião do Passé (BA)
Simões Filho (BA)

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em IBGE (2016).

61
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 5 - Arranjos Populacionais [2016]

62
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

O Quadro 3 apresenta os municípios desses arranjos populacionais e suas classificações nas


hierarquias urbanas definidas pelo Estudo da Rede Urbana da Bahia (SEDUR, 2011) e pela
REGIC 2018 (IBGE, 2020).

É importante destacar que no quadro e nas tabelas a seguir, para os municípios integrantes de
Arranjos Populacionais (AP), que não receberam essa classificação no REGIC 2007, atribuiu-
se o mesmo nível do município núcleo do AP, conforme definido no REGIC 2018.

Quadro 3 - Municípios dos arranjos populacionais do estado da Bahia e


suas classificações nas hierarquias urbanas definidas pelo Estudo da Rede
Urbana da Bahia (2011) e pela REGIC 2018, publicada pelo IBGE no ano
de 2020.

Município Arranjo Populacional RUB 2011 REGIC 2018*


Brejões AP de Brejões - Nova Itarana/BA Núcleo Centro Local
Nova Itarana AP de Brejões - Nova Itarana/BA Núcleo Centro Local
AP de Cachoeira - Muritiba -
Cachoeira Centro Local Centro Local
Governador Mangabeira/BA
AP de Cachoeira - Muritiba -
Governador Mangabeira Núcleo Centro Local
Governador Mangabeira/BA
AP de Cachoeira - Muritiba -
Muritiba Núcleo Centro Local
Governador Mangabeira/BA
AP de Cachoeira - Muritiba -
São Félix Núcleo Centro Local
Governador Mangabeira/BA
AP de Conceição do Almeida -
Conceição do Almeida Núcleo Centro Local
Sapeaçu/BA
AP de Conceição do Almeida -
Sapeaçu Núcleo Centro Local
Sapeaçu/BA
Capital Regional
Juazeiro AP de Petrolina/PE - Juazeiro/BA Polo Regional
C
Camaçari AP de Salvador/BA Polo Sub-regional
Candeias AP de Salvador/BA Polo Local
Dias d'Ávila AP de Salvador/BA Centro Local
Lauro de Freitas AP de Salvador/BA Polo Sub-regional
Madre de Deus AP de Salvador/BA Núcleo
Metrópole*
Mata de São João AP de Salvador/BA Núcleo
Salvador AP de Salvador/BA Metrópole
São Francisco do Conde AP de Salvador/BA Núcleo
São Sebastião do Passé AP de Salvador/BA Núcleo
Simões Filho AP de Salvador/BA Polo Local
Santa Maria da Vitória AP de Santa Maria da Vitória/BA Centro Local Centro de Zona A
São Félix do Coribe AP de Santa Maria da Vitória/BA Núcleo Centro de Zona A
Aurelino Leal AP de Ubaitaba - Aurelino Leal/BA Núcleo Centro Local
Ubaitaba AP de Ubaitaba - Aurelino Leal/BA Núcleo Centro Local

63
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Itaparica AP de Vera Cruz - Itaparica/BA Núcleo Centro Local


Vera Cruz AP de Vera Cruz - Itaparica/BA Núcleo Centro Local
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEDUR (2011) e IBGE (2020).

*Nota: Vale ressaltar que os munícipios classificados como metrópole fazem parte do
Arranjo Populacional de Salvador. Dessa forma, a todos os municípios desse arranjo
foram atribuídos o mesmo nível hierárquico de Salvador, núcleo do Arranjo.

Em termos comparativos, o Estudo Rede Urbana da Bahia (RUB, 2011) definiu a seguinte
hierarquia urbana: Metrópole, Polo Estadual, Polo Regional, Polo Sub-regional, Polo Local,
Centro Local e Núcleo, conforme Figura 6.

Figura 6 - Hierarquia dos Centros Urbanos da Bahia, conforme


classificação do Estudo da Rede Urbana da Bahia, publicado pela
Secretaria de Desenvolvimento Urbano no ano de 2011.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEDUR (2011).

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

A aderência da hierarquia apresentada em 2011 à presente no REGIC (2018) (Mapa 6, que


segue) é expressiva. Conforme pode ser observado abaixo, as classes mais altas dos centros
urbanos da Bahia estão majoritariamente localizadas no arco norte-leste-sul do Estado.

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 6 – Classificação dos Centros Urbanos da Bahia segundo o REGIC, 2018

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Em termos comparativos, tal qual apresentado na Tabela 1, os Núcleos definidos pelo Estudo
da Rede Urbana (SEDUR, 2011) correspondem a Centros Locais, conforme estabelecido pelo
REGIC mais recente. Em 2018, vários desses Núcleos se agregaram como Metrópole, em
decorrência da unidade funcional Cidade ser os arranjos populacionais. A lista de todos os
municípios do estado da Bahia por classificação RUB 2011, REGIC 2007 e REGIC 2018
encontra-se no Anexo II. O Anexo III apresenta uma comparação da quantidade de
municípios por níveis hierárquicos definidos pelo REGIC 2018 em relação aos estabelecidos
pelo Estudo da Rede Urbana da Bahia 2011.

As Tabelas 1, 2 e 3 e o mapa 7 apresentam as principais mudanças que podem ser observadas


na estrutura das Regiões de Influência das Cidades (rede urbana) do estado da Bahia,
conforme definidas pelo IBGE, em 2007 e 2018. Cidades não nominadas nessas tabelas
mantiveram, entre esses anos, os seus níveis na hierarquia dessa rede. Outras 41 cidades,
conforme especificadas nas Tabelas 2 e 3, mudaram de nível hierárquico.

Como pode ser observado na Tabela 1, ocorreu, em geral, entre 2007 e 2018, uma progressão
da rede urbana do estado da Bahia, com um maior adensamento de cidades nos níveis
superiores da hierarquia urbana. O processo de mudanças na rede urbana, no qual cidades
ganham ou perdem níveis hierárquicos ou centralidade, responde à especificidade da dinâmica
econômica, social e espacial observada, entre esses anos, na economia e na sociedade baianas.

Dezenove cidades que, em 2007 eram Centros Locais, o último nível da hierarquia urbana,
ascenderam para níveis superiores.

Entre 2007 e 2018, 2 (duas) cidades se tornaram Centros Sub-regionais A: Porto Seguro,
anteriormente um Centro de Zona A, portanto, “ganhando” 2 (dois) níveis na hierarquia
urbana; e Senhor do Bonfim que, em 2007, era um Centro Sub-regional B, ascendendo 1 (um)
nível nessa hierarquia.

Outras 7 (sete) cidades assumiram, em 2018, a condição de Centro Sub-regional B: Luiz


Eduardo Magalhães, um Centro Local, em 2007, portanto “ganhando” 3 (três) níveis na
hierarquia urbana; Euclides da Cunha (Centro de Zona B, em 2007); e Conceição do Coité,
Ipiaú, Itamaraju, Itapetinga e Serrinha (Centros de Zona A, em 2007).

No entanto, é importante destacar uma cidade, de tradição na Bahia, que, em 2007, era
classificada como Capital Regional B, perdeu, em 2018, posição na hierarquia urbana. Esse é

67
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

o caso de Ilhéus que, nesse ano, se tornou uma Capital Regional C, perdendo 1 (um) nível na
hierarquia urbana. Outros municípios que perderam posição entre 2007 e 2018 foram:
Jacobina, Centro Sub-regional A em 2007, decrescendo para Centro Sub-regional B em 2018;
Camacan, Macaúbas e Xique-Xique, Centros de Zona A em 2007 para Centros de Zona B em
2018; e Barra, Boquira, Ibicaraí, Nazaré, Poções e Serra Dourada, Centros de Zona B em
2007, tornaram a Centros Locais em 2018. A Tabela 1 apresenta os números finais da
comparação por nível de hierarquia.

Tabela 1 - Comparativo da quantidade de cidades classificadas em cada


nível hierárquico de acordo com as pesquisas REGIC 2007 e 2018,
publicadas pelo IBGE nos anos de 2008 e 2020, respectivamente.

Níveis Hierárquicos REGIC 2007* REGIC 2018 Diferença no número de municípios


1C Metrópole (Salvador) 10 10 0
2A Capital Regional A 0 0 0
2B Capital Regional B 4 3 -1
2C Capital Regional C 2 4 2
3A Centro Sub-regional A 7 9 2
3B Centro Sub-regional B 9 14 5
4A Centro de Zona A 13 10 -3
4B Centro de Zona B 20 28 8
5 Centro Local 352 339 -13
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em IBGE (2008; 2020).

Tabela 2 - Cidades que ascenderam na classificação de níveis


hierárquicos de acordo com as pesquisas REGIC 2007 e 2018, publicadas
pelo IBGE nos anos de 2008 e 2020, respectivamente.
Ganhos de níveis
hierárquicos na
Município REGIC 2007 REGIC 2018
REGIC
2018/2007
Luiz Eduardo Magalhães Centro Local Centro Sub-regional B 3
Campo Formoso Centro Local Centro de Zona A 2
Eunápolis Centro Sub-regional B Capital Regional C 2
Ipirá Centro Local Centro de Zona A 2
Mucuri Centro Local Centro de Zona A 2
Porto Seguro Centro de Zona A Centro Sub-regional A 2
Santo Amaro Centro Local Centro de Zona A 2
Euclides da Cunha Centro de Zona B Centro Sub-regional B 2

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Ganhos de níveis
hierárquicos na
Município REGIC 2007 REGIC 2018
REGIC
2018/2007
Andaraí Centro Local Centro de Zona B 1
Barra da Estiva Centro Local Centro de Zona B 1
Capim Grosso Centro de Zona B Centro de Zona A 1
Castro Alves Centro Local Centro de Zona B 1
Cícero Dantas Centro de Zona B Centro de Zona A 1
Ipupiara Centro Local Centro de Zona B 1
Conceição do Coité Centro de Zona A Centro Sub-regional B 1
Ipiaú Centro de Zona A Centro Sub-regional B 1
Itamaraju Centro de Zona A Centro Sub-regional B 1
Itororó Centro Local Centro de Zona B 1
Jeremoabo Centro Local Centro de Zona B 1
Maracás Centro Local Centro de Zona B 1
Morro do Chapéu Centro Local Centro de Zona B 1
Queimadas Centro Local Centro de Zona B 1
Remanso Centro Local Centro de Zona B 1
Ruy Barbosa Centro Local Centro de Zona B 1
Santa Inês Centro Local Centro de Zona B 1
Senhor do Bonfim Centro Sub-regional B Centro Sub-regional A 1
Itapetinga Centro de Zona A Centro Sub-regional B 1
Tanque Novo Centro Local Centro de Zona B 1
Utinga Centro Local Centro de Zona B 1
Serrinha Centro de Zona A Centro Sub-regional B 1
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em IBGE (2008; 2020).

Tabela 3 - Cidades que descenderam na classificação de níveis


hierárquicos de acordo com as pesquisas REGIC 2007 e 2018, publicadas
pelo IBGE nos anos de 2008 e 2020, respectivamente.
Perdas de níveis
hierárquicos na
Município REGIC 2007 REGIC 2018
REGIC
2018/2007
Jacobina Centro Sub-regional A Centro Sub-regional B -1
Barra Centro de Zona B Centro Local -1
Boquira Centro de Zona B Centro Local -1
Camacã Centro de Zona A Centro de Zona B -1
Ibicaraí Centro de Zona B Centro Local -1
Ilhéus Capital Regional B Capital Regional C -1
Macaúbas Centro de Zona A Centro de Zona B -1

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Nazaré Centro de Zona B Centro Local -1


Poções Centro de Zona B Centro Local -1
Serra Dourada Centro de Zona B Centro Local -1
Xique-Xique Centro de Zona A Centro de Zona B -1
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em IBGE (2008; 2020).

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 7 – Comparativo do nível hierárquico dos centros urbanos [2007 – 2018]

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

As mudanças de níveis hierárquicos das cidades baianas entre os REGIC de 2007 e 2018
podem ser comparadas com a inserção dessas cidades na hierarquia urbana estabelecida pelo
estudo RUB (SEDUR, 2011) – Tabelas 4 e 5.

Tabela 4 - Municípios que ascenderam na classificação de níveis


hierárquicos de acordo com as pesquisas REGIC 2007 e 2018, publicadas
pelo IBGE nos anos de 2008 e 2020, respectivamente, e referenciados
pela inserção desses municípios na hierarquia urbana estabelecida pelo
estudo da Rede Urbana da Bahia (2011).
REGIC
Município RUB 2011 REGIC 2007 REGIC 2018
2007-2018
Luiz Eduardo
Polo Local Centro Local Centro Sub-regional B 3
Magalhães
Campo Formoso Centro Local Centro Local Centro de Zona A 2
Polo Sub-
Eunápolis Centro Sub-regional B Capital Regional C 2
regional
Ipirá Centro Local Centro Local Centro de Zona A 2
Mucuri Núcleo Centro Local Centro de Zona A 2
Porto Seguro Polo Local Centro de Zona A Centro Sub-regional A 2
Santo Amaro Centro Local Centro Local Centro de Zona A 2
Euclides da Cunha Núcleo Centro de Zona B Centro Sub-regional B 2
Andaraí Núcleo Centro Local Centro de Zona B 1
Barra da Estiva Núcleo Centro Local Centro de Zona B 1
Capim Grosso Núcleo Centro de Zona B Centro de Zona A 1
Castro Alves Núcleo Centro Local Centro de Zona B 1
Cícero Dantas Núcleo Centro de Zona B Centro de Zona A 1
Ipupiara Núcleo Centro Local Centro de Zona B 1
Conceição do Coité Centro Local Centro de Zona A Centro Sub-regional B 1
Ipiaú Centro Local Centro de Zona A Centro Sub-regional B 1
Itamaraju Polo Local Centro de Zona A Centro Sub-regional B 1
Itororó Núcleo Centro Local Centro de Zona B 1
Jeremoabo Núcleo Centro Local Centro de Zona B 1
Maracás Núcleo Centro Local Centro de Zona B 1
Morro do Chapéu Núcleo Centro Local Centro de Zona B 1
Queimadas Núcleo Centro Local Centro de Zona B 1
Remanso Núcleo Centro Local Centro de Zona B 1
Ruy Barbosa Núcleo Centro Local Centro de Zona B 1
Santa Inês Núcleo Centro Local Centro de Zona B 1
Senhor do Bonfim Polo Local Centro Sub-regional B Centro Sub-regional A 1
Itapetinga Polo Local Centro de Zona A Centro Sub-regional B 1
Tanque Novo Núcleo Centro Local Centro de Zona B 1
Utinga Núcleo Centro Local Centro de Zona B 1
Serrinha Centro Local Centro de Zona A Centro Sub-regional B 1
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base no IBGE (2008; 2020) e SEDUR

72
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

(2011).

Tabela 5 - Municípios que descenderam na classificação de níveis


hierárquicos de acordo com as pesquisas REGIC 2007 e 2018, publicadas
pelo IBGE nos anos de 2008 e 2020, respectivamente, e referenciados
pela inserção desses municípios na hierarquia urbana estabelecida pelo
estudo da Rede Urbana da Bahia (2011).
REGIC
Município RUB 2011 REGIC 2007 REGIC 2018
2007-2018
Jacobina Polo Local Centro Sub-regional A Centro Sub-regional B -1
Barra Núcleo Centro de Zona B Centro Local -1
Boquira Núcleo Centro de Zona B Centro Local -1
Camacan Núcleo Centro de Zona A Centro de Zona B -1
Ibicaraí Centro Local Centro de Zona B Centro Local -1
Ilhéus Polo Regional Capital Regional B Capital Regional C -1
Macaúbas Núcleo Centro de Zona A Centro de Zona B -1
Nazaré Núcleo Centro de Zona B Centro Local -1
Poções Núcleo Centro de Zona B Centro Local -1
Serra Dourada Núcleo Centro de Zona B Centro Local -1
Xique-Xique Núcleo Centro de Zona A Centro de Zona B -1
Fonte: Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em IBGE (2008; 2020) e
SEDUR (2011).

As Tabelas 6 e 7 apresentam um resumo das mudanças nos níveis hierárquicos (REGIC 2018
– 2007) por Região Geográfica Imediata e Territórios de Identidade. A correspondência de
pertencimento dos municípios / cidades do estado das Bahia nas Regiões Geográficas
Imediatas e nos Territórios de Identidade pode ser observada no Anexo IV.

As Regiões Geográficas Imediatas, conforme definidas pelo IBGE (2017)

têm na rede urbana o seu principal elemento de referência. Essas


regiões são estruturas a partir de centros urbanos próximos para a
satisfação das necessidades imediatas das populações, tais como:
compras de bens de consumo duráveis e não duráveis; busca de
trabalho; procura por serviços de saúde e educação; e prestação de
serviços públicos, como postos de atendimento do Instituto Nacional

73
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

do Seguro Social – INSS, do Ministério do Trabalho e de serviços


judiciários, entre outros [fluxos e fixos].

Os Territórios de Identidade, definidos pela SEPLAN/Bahia, são conceituados como espaços


físicos, geograficamente definidos, geralmente contínuos, caracterizados, conforme já exposto
anteriormente no capítulo 2, por critérios multidimensionais. Dessa maneira, dados esses
conceitos, é possível afirmar que as Regiões Geográficas Imediatas possuem aderência
metodológica aos estudos relativos à estruturação da rede urbana (REGIC), enquanto os
Territórios de Identidade constituem referência relevantes para os processos de definição e
implementação de políticas públicas.

As Regiões Geográficas Imediatas que apresentam cidades que perderam posição na


hierarquia urbana, conforme revelado pelas pesquisas REGIC (2007) e REGIC (2018), foram
as seguintes: Xique-Xique – Barra, Jacobina, Ilhéus – Itabuna, Vitória da Conquista, Bom
Jesus da Lapa, Barreiras, Nazaré – Maragogipe e Camacan. Exceto as regiões de Ilhéus –
Itabuna, Bom Jesus da Lapa, Nazaré – Maragogipe e Camacan, todas as demais regiões
contam com cidades que ganharam níveis hierárquicos na rede urbana.

Tabela 6 – Resumo das mudanças na classificação dos níveis hierárquicos


de acordo com as pesquisas REGIC 2007 e 2018, publicadas pelo IBGE
nos anos de 2008 e 2020, respectivamente, e organizados por Região
Geográfica Imediata da Bahia (2017).
Quantidade de cidades que mudaram de níveis hierárquicos por Região
Região Geográfica Geográfica Imediata
Imediata Perdeu 1 Ganhou 1 Ganhou 2 Ganhou 3
Total
posição posição posições posições
Itaberaba 3 3
Xique-Xique – Barra 2 1 3
Jequié 2 2
Itapetinga 2 2
Teixeira de Freitas 1 1 2
Eunápolis - Porto
2 2
Seguro
Jacobina 1 1 2
Ilhéus – Itabuna 2 2
Senhor do Bonfim 1 1 2
Vitória da Conquista 1 1 2
Conceição do Coité 2 2

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Quantidade de cidades que mudaram de níveis hierárquicos por Região


Região Geográfica Geográfica Imediata
Imediata Perdeu 1 Ganhou 1 Ganhou 2 Ganhou 3
Total
posição posição posições posições
Bom Jesus da Lapa 2 2
Barreiras 1 1 2
Salvador 1 1
Cruz das Almas 1 1
Serrinha 1 1
Cícero Dantas 1 1
Nazaré - Maragogipe 1 1
Feira de Santana 1 1
Camacan 1 1
Guanambi 1 1
Ipiaú 1 1
Jeremoabo 1 1
Euclides da Cunha 1 1
Juazeiro 1 1
Irecê 1 1
Total Geral 11 22 7 1 41
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em IBGE (2008; 2020).

De forma semelhante, os Territórios de Identidade que apresentam cidades que decresceram


na posição da hierarquia urbana, conforme revelado pelas REGIC (2007) e REGIC (2018),
foram os seguintes: Litoral Sul, Recôncavo, Recôncavo, Bacia do Parnamirim, Irecê,
Piemonte da Diamantina, Bacia do Rio Corrente, Sudoeste Baiano e Velho Chico. Exceto os
territórios Litoral Sul, Bacia do Paramirim, Piemonte da Diamantina, Bacia do Rio Corrente,
Sudoeste Baiano e Velho Chico, os demais territórios contam com cidades que ganharam
níveis hierárquicos na rede urbana.

Tabela 7 - Resumo das mudanças na classificação dos níveis hierárquicos


de acordo com as pesquisas REGIC 2007 e 2018, publicadas pelo IBGE
nos anos de 2008 e 2020, respectivamente, e organizados por Território
de Identidade da Bahia (2018).
Quantidade cidades que mudaram de níveis hierárquicos cidades por
Territórios de Território de Identidade
Identidade Perdeu 1 Ganhou 1 Ganhou 2 Ganhou 3
Total
posição posição posições posições
Chapada Diamantina 4 4
Litoral Sul 3 3

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Quantidade cidades que mudaram de níveis hierárquicos cidades por


Territórios de Território de Identidade
Identidade Perdeu 1 Ganhou 1 Ganhou 2 Ganhou 3
Total
posição posição posições posições
Sisal 3 3
Recôncavo 1 1 1 3
Semiárido Nordeste II 2 1 3
Piemonte Norte do
1 1 2
Itapicuru
Bacia do Jacuípe 1 1 2
Costa do Descobrimento 2 2
Bacia do Paramirim 2 2
Extremo Sul 1 1 2
Vale do Jiquiriçá 2 2
Irecê 1 1 2
Médio Sudoeste da Bahia 2 2
Piemonte do Paraguaçu 1 1
Piemonte da Diamantina 1 1
Bacia do Rio Corrente 1 1
Médio Rio de Contas 1 1
Sudoeste Baiano 1 1
Bacia do Rio Grande 1 1
Velho Chico 1 1
Sertão do São Francisco 1 1
Sertão Produtivo 1 1
Total Geral 11 22 7 1 41
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em IBGE (2008; 2020).

Tabela 8 - Regionalizações dos municípios que descenderam na


classificação de nível hierárquico, de acordo com as pesquisas REGIC
2007 e 2018, publicadas pelo IBGE nos anos de 2008 e 2020,
respectivamente, e organizadas por Regiões Geográficas Imediatas e
Territórios de Identidade da Bahia.
Município 2007 - 2018 Território de Identidade Região Geográfica Imediata
Boquira -1 Bacia do Paramirim Bom Jesus da Lapa
Macaúbas -1 Bacia do Paramirim Bom Jesus da Lapa
Serra Dourada -1 Bacia do Rio Corrente Barreiras
Xique-Xique -1 Irecê Xique-Xique – Barra
Camacan -1 Litoral Sul Camacan
Ibicaraí -1 Litoral Sul Ilhéus – Itabuna
Ilhéus -1 Litoral Sul Ilhéus – Itabuna
Jacobina -1 Piemonte da Diamantina Jacobina
Nazaré -1 Recôncavo Nazaré – Maragogipe

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Poções -1 Sudoeste Baiano Vitória da Conquista


Barra -1 Velho Chico Xique-Xique – Barra
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em IBGE (2008; 2020) e SEPLAN
(2018).

3.2. Hierarquia dos Centros Urbanos, Regiões de Influência e Gestão


Pública Estadual

No que tange ao Planejamento Estadual, as regionalizações baianas mais recentes e, portanto,


próximas - naquilo que se refere aos recortes subterritoriais - dos Territórios de Identidade são
as chamadas Regiões Administrativas (total de 22), de 1966, e as Regiões Econômicas (total
de 16), de 1990, essas já pensadas à luz de polarizações urbanas e áreas de influências. Em
2014, adota-se o princípio dos Territórios de Identidade, com origem metodológica nos
chamados Territórios de Cidadania propostos anteriormente pelo governo federal, e definidos
por leituras técnicas, mas também por intenso processo participativo. Tais territórios são
constituídos a partir das seguintes bases: culturais, geoambientais, político-institucionais,
econômicas, e, como síntese dessas dimensões, o sentimento de pertencimento:

os indivíduos pensam em si mesmos como membros de uma


coletividade na qual seus símbolos, em múltiplos aspectos, estão
atrelados àquele espaço geográfico, ou seja, há um sentimento e
crença de pertencerem àquele território, o que justifica chamar de
Território de Identidade (Bahia, sem data, p. 6).

Em todas as três regionalizações (Regiões Econômicas, Regiões Administrativas e Territórios


de Identidade), tem-se o apoio de suas definições e aplicações em documentos legais, o que,
em tese, contribuiria para sua aceitação formal e prática pelo panejamento do executivo
estadual Exemplificamos:

[…]

Art. 9º - Fica o território do Estado dividido em 21 (vinte e uma)


Regiões Administrativas na forma do Anexo I desta lei, com sede nas
cidades classificadas no Anexo II.

77
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Art. 10 - O Poder Executivo, na medida em que se tornar conveniente,


promoverá a descentralização geográfica das atividades de
administração específica das Secretarias de Estado no nível de
execução ou prestação de serviços, a fim de que estas passem a
integrar Centros Executivos Regionais localizados nas sedes das
Regiões Administrativas referidas no artigo anterior. […] (Bahia, Lei
nº 2.321 de 11 de abril de 1966).

Art. 1º - Esta Lei estabelece os princípios, as diretrizes e os objetivos


da Política de Desenvolvimento Territorial do Estado da Bahia, bem
como os seus espaços de participação social e de relação entre as
representações dos segmentos da sociedade civil e os Poderes
Públicos federal, estadual e municipal.

§ 1º - Para fins desta Lei, entende-se por Território de Identidade a


unidade de planejamento de políticas públicas do Estado da Bahia,
constituído por agrupamentos identitários municipais, geralmente
contíguos, formado de acordo com critérios sociais, culturais,
econômicos e geográficos, reconhecido pela sua população como o
espaço historicamente construído ao qual pertencem, com identidade
que amplia as possibilidades de coesão social e territorial, conforme
disposto no Plano Plurianual do Estado da Bahia. (Bahia, Lei nº
13.214 de 29 de dezembro de 2014).

78
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 7 – Delimitação das Regiões Administrativas da Bahia, 1966


(divisas aproximadas).

Fonte: Bahia (1966).

79
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 8 – Delimitação das Regiões Econômicas da Bahia, 1991 (divisas


aproximadas).

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em Bahia (1991).

Como esperado, existe uma semelhança entre essas duas regionalizações e os atuais
Territórios de Identidade. O que ocorre de modo recorrente é uma dificuldade metodológica
em se definir as vinculações mais fortes dos municípios das extremidades de cada uma das
regiões e regionalizações: se há uma consistência maior nos polos, nos extremos sempre
haverá alterações mais frequentes, justamente pelo fato das relações serem mais esgarçadas.

80
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

As mudanças entre 1966 e 1991 são visivelmente pequenas; de fato, os compartimentos


regionais se assemelham bastante. Tal fato pode resultar 1) de uma reduzida dinâmica
econômica e mesmo de poucas alterações na hierarquia dos centros urbanos que organizam
essas regiões, e 2) de uma possível manutenção de princípios e objetivos usados como
critérios para a definição delas. Entretanto, ao se sobrepor a regionalização em vigor (para
fins de planejamento estratégico do estado, ou seja, as Regiões Econômicas da Bahia) e os
Territórios de Identidade, tem-se as seguintes mudanças:

Figura 9 - Mudanças observadas entre as Regiões Econômicas e os


Territórios de Identidade do Estado da Bahia.

Fonte: SEI/SEPLAN (2008).

81
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 10 - Sobreposição das Regiões econômicas da Bahia (1991) e dos


Territórios de Identidade do Estado (2018).

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em Bahia (1991) e SEPLAN (2018).

De imediato, o que se observa é uma compartimentação crescente em toda a costa leste do


Estado da Bahia, observada na regionalização feita pelo trabalho “Região Econômica” e
também na composição dos Territórios de Identidade desde aquele denominado Extremo Sul,
até o de Itaparica, no Norte. A grande permanência no período analisado é a faixa que se
identifica do oeste ao norte do Estado. Tal faixa, a despeito de contar com regionalizações que
pouco se alteraram ao longo do tempo, tem se imposto como, ainda que parcialmente, como
dinâmica, apresentando novas centralidades e sugerindo regiões adicionais. Essa é a leitura

82
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

que se tem ao comparar as Regiões de Influência de 2011 e aquelas que seriam as de 2018. Da
chamada faixa de permanência Oeste-Norte, apenas o Norte permanece com seu recorte e
extensão originais.

Ao se comparar todas as regionalizações, vê-se a semelhança generalizada entre as Regiões


Econômicas de 1991, Regiões de Influência de 2011, e Regiões Imediatas (aqui tomadas
como uma próxis das Regiões de Influência de 2018). Diferencia-se, portanto, de tais
regionalizações, os Territórios de Identidade, seja devido ao número de polígonos regionais
que considera, seja pela referência adotada em termos de aspectos culturais e de
pertencimento. A distinção central, todavia, resulta do fato de as regionalizações anteriores
resultarem de considerações a respeito de centralidades econômicas e os Territórios de
Identidade resultarem de um conjunto maior de variáveis analíticas.

Figura 11 - Síntese das compartimentações do estado da Bahia entre


1966 e 2018.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021).

No período entre 1966 e 1991, havia uma compartimentação da Costa Leste, de norte a sul da
Bahia, relativa compartimentação das regiões centrais e, ainda, uma permanência no Arco
Oeste-norte. Entre 2011 e 2018, observou-se uma permanência com mesmo recorte e mesma
centralidade da grande parcela Oeste. Mais recentemente, a partir de 2018, denotam-se sinais
de consolidação dos recortes regionais. Em tese, essa é uma tendência positiva, de ocupação
do território, iniciando agora um processo de mudanças qualitativas e de consolidação.

Regionalizações Operacionais do Executivo Estadual

Para além das duas regionalizações que antecedem a definição dos Territórios de Identidade,
há as regionalizações operacionais das secretarias. Neste caso, tem-se como válidos os

83
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

parâmetros de regionalização advindos de suas atividades cotidianas e muito específicas. Tais


regionalizações têm objetivo, razões e histórias muito diferentes daquelas que seriam
consideradas estratégicas numa visão de governo, como é o caso dos Territórios de
Identidade. As secretarias que contam explicitamente com as regionalizações operacionais
são: Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), Secretaria Estadual do Meio Ambiente
da Bahia (SEMA), Secretaria de Estado da Cultura da Bahia (SecultBA), Secretaria de
Educação da Bahia (SEC), Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária,
Pesca e Aquicultura (SEAGRI) e Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (SETUR).

Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB)

Em 201211, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) estabeleceu 28 Regiões de


Saúde, respeitando os seguintes critérios: capacidade de o município polo ser um Município
Referência na área da saúde, raio de atuação máximo, população superior a 35 mil habitantes,
número de leitos ofertados para o SUS capazes de atender a quatro especialidades básicas
(clínica geral, pediatria, obstetrícia e ginecologia), e sede de Diretoria Regional de Saúde
(DIRES). Essas 28 regiões de saúde são aglutinadas em nove macrorregiões.

11
Houve proposta de mudança pela SESAB em 2020, mas no site da secretaria ainda permanece disponibilizada
a versão utilizada no trabalho. Conforme disponível em:
<http://www1.saude.ba.gov.br/mapa_bahia/indexch.asp>. Acesso em: set. 2021.
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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 12 – Delimitação das Regiões de Saúde, segundo a Secretaria da


Saúde do Estado da Bahia.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SESAB (2021).

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 13 – Delimitação das Microrregiões de Saúde, segundo a


Secretaria da Saúde do Estado da Bahia.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SESAB (2021).

Observa-se então que a rede da SESAB segue parâmetros bastante específicos, de forma que
tal sobreposição dificilmente possibilitaria semelhanças comparativas entre esses dois
recortes. Além disso, e ainda mais importante, tal disparidade não constitui problema
podendo, inclusive, significar uma positiva sujeição a demandas da sociedade. Mesmo a

86
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

aglutinação das suas 28 regiões em macrorregiões não permite que se observe semelhanças de
recortes entre elas, os Territórios de Identidade e as Regiões de Influência.

Figura 14 - Regiões de Saúde por Territórios de Identidade da Bahia


(2018).

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SESAB (2021).

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Secretaria Estadual do Meio Ambiente da Bahia (SEMA)

A Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (SEMA), por meio de seu Instituto do Meio
Ambiente e dos Recursos Hídricos (INEMA), está assim regionalizada: Barreiras (UR Oeste),
Eunápolis (UR Extremo Sul), Feira de Santana (UR Portal do Sertão), Itabuna (UR Sul),
Juazeiro (UR Sertão do São Francisco), Santa Maria da Vitória (UR Rio Corrente), Seabra
(UR Chapada Diamantina), Senhor do Bonfim (UR Piemonte da Diamantina), e Vitória da
Conquista (UR Sudoeste). Complementarmente, tem-se os seguintes Postos Avançados:
Alagoinhas; Caetité; Guanambi; Ilhéus; Itaberaba; Jequié; Paulo Afonso; e Teixeira de
Freitas.

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 15 – Delimitação das Regiões de Recursos Hídricos da Bahia, seus


postos avançados, bases ambientais e municípios sede, segundo o
Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em INEMA (2021).

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 16 - Regiões de recursos hídricos (2021) sobrepostas aos


Territórios de Identidade da Bahia (2018).

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em INEMA (2021).

Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura


(SEAGRI)

A Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura


(SEAGRI) segue a divisão de Territórios de Identidades da Bahia, respeitando seus nomes e
composição.

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Secretaria de Estado da Cultura da Bahia (SecultBA)

A Secretaria de Estado da Cultura da Bahia (SecultBA) respeita o recorte sugerido pelos


Territórios de Identidade com forte aderência na lógica cultural do Estado. Assim, sua
administração reconhece os 27 Territórios de Identidade, demarcados por critérios ambientais,
econômicos e culturais, entre outros, além de observar as populações como grupos sociais
relativamente distintos, os quais indicam identidade, coesão social, cultural e territorial. Deste
modo, a SecultBA assumiu a Política de Territorialização da Cultura, em todas as suas
instâncias, em atenção à diversidade de manifestações culturais de cada um dos Territórios de
Identidade.

Secretaria de Educação da Bahia (SEC)

A Secretaria da Educação da Bahia (SEC) possui 27 Núcleos Territoriais de Educação. Tais


Núcleos representam a Secretaria na administração regional e acompanham os Territórios de
Identidade da Bahia. Entretanto, a estrutura para o ensino superior no Estado segue
territorialização levemente distinta, sempre revelando aspectos específicos desse setor e
sujeição a outras demandas e oportunidades. Considerando as quatro universidades estaduais
que se tem a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), com 22 campus, a Universidade
Estadual de Feira de Santana (UEFS), a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
com três campus, e a Universidade Estadual de Santa Cruz (USC), com um campus,
atendendo a dois municípios.

Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento da Bahia (SIHS)

A Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento da Bahia (SIHS) reconhece os Territórios


de Identidade como unidade regional, porém, leva também em consideração suas
Microrregiões de Saneamento Básico, reconhecendo a importância da localização dos seus
Sistemas Integrados de Abastecimento de Água (SIAA), critério determinante para a
formação dos blocos de municípios, para fins de prestação dos serviços públicos de
saneamento básico. Assim, foram criadas 19 SIAA, seguindo diretrizes conforme Decreto

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
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Estadual nº 19.337, de 14/11/2019. Entretanto, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento


S.A., prestadora estadual dos serviços de abastecimento de água em 368 municípios baianos,
ficou demonstrado que muitos SIAA perpassam mais de um município, às vezes em
Territórios de Identidade distintos, não sendo viável para o planejamento e ampliação dos
serviços de oferta de água, a fragmentação deles.

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 17 – Delimitação das Microrregiões de Saneamento Básico da


Bahia, segundo a Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento,
2019.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SIHS (2021).

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 18 - Microrregiões de Saneamento Básico da Bahia , segundo a


Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (2019), sobrepostos
aos Territórios de Identidade da Bahia (2018).

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SIHS (2021).

Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (SETUR)

A Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (SETUR) divide a Bahia em 13 regiões


turísticas: Baía de Todos os Santos, Caminhos do Jiquiriçá, Caminhos do Sudoeste, Caminhos
do Sertão, Caminhos do Oeste, Costa dos Coqueiros, Costa do Cacau, Costa do
Descobrimento, Costa das Baleias, Chapada Diamantina, Lagos do São Francisco e Caminhos

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

do Oeste e Salvador. Tal regionalização corresponde, esperadamente, aos maiores recursos e


produtos turísticos no Estado. De imediato, conclui-se pela não similaridade com outras
regiões do estado, sejam as das demais secretarias, seja com os Territórios de Identidade, seja
ainda com as Regiões de Influência apresentadas no REGIC 2018.

Figura 19 – Delimitação das Regiões Turísticas da Bahia, segundo a


Secretaria de Turismo, 2021.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SETUR (2021).

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Conclusões

O caso da Secretaria de Turismo confirma o cenário que já se tinha como pressuposto. Mesmo
para o caso das que explicitam seu reconhecimento pelos Territórios de Identidade, a
organização e funcionamento delas segue demandas e perfis regionais específicos. No caso
das Regiões de Influência, as quais, evidentemente, não contam com respaldo legal para que
sejam consideradas, há evidências de que os polos regionais adotados pelas diferentes
secretarias respeitem a maior hierarquia das cidades.

Para as secretarias de Administração; Administração Penitenciária; Ciência e Tecnologia;


Comunicação; Desenvolvimento Econômico; Desenvolvimento Rural; Desenvolvimento
Urbano; Fazenda; Igualdade Racial; Infraestrutura; Justiça, Direitos Humanos e
Desenvolvimento Social; Mulheres; Planejamento; Relações Institucionais; Segurança;
Trabalho, e Emprego e Esporte não foram encontradas informações específicas sobre suas
eventuais regionalizações. A não explicitação, ainda que elas existam na prática cotidiana
delas, sugere uma reduzida preocupação com recortes territoriais no planejamento e operação
delas.

Outra conclusão que se pode ter ao analisar as estruturas regionais das secretarias é que resta a
confirmar o real significado de “considerar os Territórios de Identidade” para fins de
planejamento de suas ações, assim como a própria implementação dessas ações. De fato, nem
sempre, há uma estrutura física ou operacional que coloque em prática tal reconhecimento.
Disso resulta uma possível fragilidade da proposta de se trabalhar com esses territórios.
Entretanto, e isso é mais importante, é possível também concluir que a importância dos
Territórios de Identidade deveria ser buscada em níveis estratégicos estaduais e por secretarias
cujo papel seja o de agente articulador, como aquelas de Planejamento, Desenvolvimento
Urbano ou outras estruturas de apoio direto ao chefe do executivo. Tal conclusão deve
embasar as discussões sobre o uso efetivo dos Territórios de Identidade e mesmo dos
resultados e proposições do presente estudo.

Ao se sobrepor todas as estruturas regionais identificadas e em uso pelas secretarias estaduais,


é possível sugerir a existência de 1. grandes Áreas de Extrema Homogeneidade (econômica,
social, de relações e físico-natural) e/ou 2. com Alto Grau de Articulação Macrorregional,
confirmando relações e complementações intermunicipais.

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

A Tabela 9 a seguir permite a identificação de tais áreas, a partir das seguintes combinações:
Regionais da Saúde, Regionais de Recursos Hídricos, Regionais de Saneamento e Centros de
Ensino Superior por instituições de ensino estadual. No caso desse último, a opção se justifica
pelo fato de as Regionais da Educação corresponderem aos próprios Territórios de Identidade;
por isso a opção de se trabalhar com as sedes dos campis universitários estaduais, apenas.

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Tabela 9 - Índice de Homogeneidade Territorial da Gestão Pública por município e Território de Identidade.
REGIÃO DE REGIÃO DE REGIÃO DE
REGIÃO DE INDICADOR DO
TI MUNICÍPIO RECURSOS SANEAMENTO ENSINO TOTAL
SAÚDE (S) MUNICÍPIO
HÍDRICOS (A) (SAN) SUPERIOR (E)
América Dourada S2 A3 SAN7 x 3
Barra do Mendes S2 A3 SAN7 x 3
Barro Alto S2 A3 SAN7 x 3
Cafarnaum S2 A3 SAN7 x 3
Canarana S2 A3 SAN7 x 3
Central S2 A3 SAN7 x 3
Gentio do Ouro S2 A3 SAN7 x 3
Ibipeba S2 A3 SAN7 x 3
Ibititá S2 A3 SAN7 x 3
Irecê

Ipupiara S3 A3 SAN7 x 2
61
1

Irecê S2 A3 SAN7 E1 4
Itaguaçu da Bahia S2 A3 SAN7 x 3
João Dourado S2 A3 SAN7 x 3
Jussara S2 A3 SAN7 x 3
Lapão S2 A3 SAN7 x 3
Mulungu do Morro S2 A3 SAN7 x 3
Presidente Dutra S2 A3 SAN7 x 3
São Gabriel S2 A3 SAN7 x 3
Uibaí S2 A3 SAN7 x 3
Xique-Xique S2 A3 SAN7 E1 4
Barra S3 A3 SAN4 x 2
Bom Jesus da Lapa S3 A5 SAN4 E1 4
Brotas de Macaúbas S3 A3 SAN4 x 2
Velho Chico

Carinhanha S7 A5 SAN4 x 1
Feira da Mata S3 A5 SAN4 x 3
30
2

Ibotirama S3 A4 SAN4 x 2
Igaporã S7 A8 SAN1 x 0
Malhada S7 A8 SAN1 x 0
Matina S7 A8 SAN1 x 0
Morpará S3 A3 SAN4 x 2

98
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

REGIÃO DE REGIÃO DE REGIÃO DE


REGIÃO DE INDICADOR DO
TI MUNICÍPIO RECURSOS SANEAMENTO ENSINO TOTAL
SAÚDE (S) MUNICÍPIO
HÍDRICOS (A) (SAN) SUPERIOR (E)
Muquém do São
S3 A4 SAN4 x 2
Francisco
Oliveira do Brejinhos S3 A3 SAN4 x 2
Paratinga S3 A5 SAN4 x 3
Riacho de Santana S7 A8 SAN4 x 1
Serra do Ramalho S3 A5 SAN4 x 3
Sítio do Mato S3 A5 SAN4 x 3
Abaíra S4 A3 SAN5 x 3
Andaraí S4 A3 SAN5 x 3
Barra da Estiva S7 A8 SAN5 x 2
Boninal S4 A3 SAN5 x 3
Bonito S4 A3 SAN5 x 3
Ibicoara S7 A3 SAN5 x 2
Ibitiara S4 A3 SAN5 x 3
Iramaia S8 A8 SAN4 x 0
Iraquara S4 A3 SAN7 x 2
Chapada Diamantina

Itaeté S4 A3 SAN5 x 3
Jussiape S7 A3 SAN5 x 2
Lençóis S4 A3 SAN5 x 3
Marcionílio Souza S4 A3 SAN5 x 3 62
3

Morro do Chapéu S2 A3 SAN5 x 2


Mucugê S4 A3 SAN5 x 3
Nova Redenção S4 A3 SAN5 x 3
Novo Horizonte S4 A3 SAN5 x 3
Palmeiras S4 A3 SAN5 x 3
Piatã S7 A3 SAN5 x 2
Rio de Contas S4 A3 SAN5 x 3
Seabra S4 A3 SAN5 E1 3
Souto Soares S4 A3 SAN7 x 2
Utinga S4 A3 SAN5 x 3
Wagner
S4 A3 SAN5 x 3

99
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

REGIÃO DE REGIÃO DE REGIÃO DE


REGIÃO DE INDICADOR DO
TI MUNICÍPIO RECURSOS SANEAMENTO ENSINO TOTAL
SAÚDE (S) MUNICÍPIO
HÍDRICOS (A) (SAN) SUPERIOR (E)
Araci
S4 A2 SAN16 x 2

Barrocas S4 A6 SAN16 x 3
Biritinga S4 A6 SAN16 x 3
Candeal S4 A6 x x 2
Cansanção S4 A2 SAN16 x 2
Conceição do Coité S4 A6 SAN16 E1 3
Ichu S4 A6 SAN16 x 3
Itiúba S1 A2 SAN14 x 0
Lamarão S4 A6 SAN16 x 3
Sisal

52
4

Monte Santo S4 A6 SAN16 x 3


Nordestina S4 A2 SAN16 x 2
Queimadas S4 A2 SAN16 x 2
Quijingue S4 A2 SAN16 x 2
Retirolândia S4 A6 SAN16 x 3
Santaluz S4 A6 SAN16 x 3
São Domingos S4 A6 SAN16 x 3
Serrinha S4 A6 SAN16 E1 4
Teofilândia S4 A6 SAN16 x 3
Tucano S4 A6 SAN16 x 3
Valente S4 A6 SAN16 x 3
Almadina S8 A9 SAN9 x 3
Arataca S8 A9 SAN9 x 3
Aurelino Leal S8 A9 SAN9 x 3
Litoral Sul

Barro Preto S8 A9 SAN9 x 3


Buerarema S8 A9 SAN9 x 3
79
5

Camacan S8 A9 SAN9 x 3
Canavieiras S8 A9 SAN9 x 3
Coaraci S8 A9 SAN9 x 3
Floresta Azul S8 A9 SAN10 x 2
Ibicaraí S8 A9 SAN9 x 3

100
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

REGIÃO DE REGIÃO DE REGIÃO DE


REGIÃO DE INDICADOR DO
TI MUNICÍPIO RECURSOS SANEAMENTO ENSINO TOTAL
SAÚDE (S) MUNICÍPIO
HÍDRICOS (A) (SAN) SUPERIOR (E)
Ilhéus S8 A9 SAN9 E4 4
Itabuna S8 A9 SAN9 E4 4
Itacaré S8 A9 SAN9 x 3
Itaju do Colônia S8 A9 SAN9 x 3
Itajuípe S8 A9 SAN9 x 3
Itapé S8 A9 SAN9 x 3
Itapitanga S8 A9 SAN9 x 3
Jussari S8 A9 SAN9 x 3
Maraú S8 A9 SAN9 x 3
Mascote S8 A9 SAN9 x 3
Pau Brasil S8 A9 SAN9 x 3
Santa Luzia S8 A9 SAN9 x 3
São José da Vitória S8 A9 SAN9 x 3
Ubaitaba S8 A9 SAN9 x 3
Una S8 A9 SAN9 x 3
Uruçuca S8 A9 SAN9 x 3
Aratuípe S8 A6 SAN9 x 2
Cairu S8 A9 SAN9 x 3
Camamu S8 A9 SAN9 x 3
Gandu S8 A8 SAN9 x 2
Ibirapitanga S8 A9 SAN9 x 3
Igrapiúna S8 A9 SAN9 x 3
Baixo Sul

Ituberá S8 A9 SAN9 x 3
Jaguaripe S8 A7 SAN9 x 2 39
6

Nilo Peçanha S8 A9 SAN9 x 3


Piraí do Norte S8 A9 SAN9 x 3
Presidente Tancredo
S6 A8 SAN9 x 1
Neves
Taperoá S8 A9 SAN9 x 3
Teolândia S8 A8 SAN9 x 2
Valença S8 A9 SAN9 E1 4

101
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

REGIÃO DE REGIÃO DE REGIÃO DE


REGIÃO DE INDICADOR DO
TI MUNICÍPIO RECURSOS SANEAMENTO ENSINO TOTAL
SAÚDE (S) MUNICÍPIO
HÍDRICOS (A) (SAN) SUPERIOR (E)
Wenceslau Guimarães
S8 A8 SAN9 x 2
Alcobaça
S9 A10 SAN6 x 3

Caravelas S9 A10 SAN6 x 3


Ibirapuã S9 A10 SAN6 x 3
Itamaraju S9 A10 SAN6 x 3
Extremo Sul

Itanhém S9 A10 SAN6 x 3


Jucuruçu S9 A10 SAN6 x 3 40
7

Lajedão S9 A10 SAN6 x 3


Medeiros Neto S9 A10 SAN6 x 3
Mucuri S9 A10 SAN6 x 3
Nova Viçosa S9 A10 SAN6 x 3
Prado S9 A10 SAN6 x 3
Teixeira de Freitas S9 A10 SAN6 E1 4
Vereda S9 A10 SAN6 x 3
Caatiba S7 A8 SAN10 x 3
Firmino Alves S7 A9 SAN10 x 2
Médio Sudoeste da Bahia

Ibicuí S7 A9 SAN10 x 2
Iguaí S7 A8 SAN17 x 2
Itambé S7 A8 SAN10 x 3
Itapetinga S7 A8 SAN10 E3 4
Itarantim S7 A10 SAN10 x 2 32
8

Itororó S7 A9 SAN10 x 2
Macarani S7 A8 SAN10 x 3
Maiquinique S7 A8 SAN10 x 3
Nova Canaã S7 A8 SAN10 x 3
Potiraguá S7 A10 SAN10 x 2
Santa Cruz da Vitória S8 A9 SAN10 x 1
Jiqui
Vale

Amargosa S6 A6 SAN13 x 0
riçá
do

43
9

Brejões S8 A6 SAN17 x 2

102
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

REGIÃO DE REGIÃO DE REGIÃO DE


REGIÃO DE INDICADOR DO
TI MUNICÍPIO RECURSOS SANEAMENTO ENSINO TOTAL
SAÚDE (S) MUNICÍPIO
HÍDRICOS (A) (SAN) SUPERIOR (E)
Cravolândia S8 A8 SAN17 x 3
Elísio Medrado S6 A6 SAN13 x 0
Irajuba S8 A8 SAN17 x 3
Itaquara S8 A8 SAN17 x 3
Itiruçu S8 A8 SAN17 x 3
Jaguaquara S8 A8 SAN17 x 3
Jiquiriçá S6 A8 SAN17 x 2
Lafayette Coutinho S8 A8 SAN17 x 3
Laje S6 A8 SAN17 x 2
Lajedo do Tabocal S8 A8 SAN17 x 3
Maracás S8 A8 SAN17 x 3
Milagres S6 A6 SAN13 x 0
Mutuípe S6 A8 SAN17 x 2
Nova Itarana S8 A6 SAN17 x 2
Planaltino S8 A8 SAN17 x 3
Santa Inês S8 A8 SAN17 x 3
São Miguel das Matas S6 A6 SAN17 x 1
Ubaíra S6 A8 SAN17 x 2
Campo Alegre de
S1 A1 SAN14 x 3
Lourdes
Sertão do São Francisco

Canudos S1 A1 SAN14 x 3
Casa Nova S1 A1 SAN14 x 3
Curaçá S1 A1 SAN14 x 3
10

Juazeiro S1 A1 SAN14 E1 4 31
Pilão Arcado S1 A1 SAN14 x 3
Remanso S1 A1 SAN14 x 3
Sento Sé S1 A1 SAN14 x 3
Sobradinho S1 A1 SAN14 x 3
Uauá S1 A1 SAN14 x 3
Grande

Angical S3 A4 SAN3 x 3
do Rio
Bacia
11

Baianópolis S3 A4 SAN3 x 3 42
Barreiras S3 A4 SAN3 E1 4

103
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

REGIÃO DE REGIÃO DE REGIÃO DE


REGIÃO DE INDICADOR DO
TI MUNICÍPIO RECURSOS SANEAMENTO ENSINO TOTAL
SAÚDE (S) MUNICÍPIO
HÍDRICOS (A) (SAN) SUPERIOR (E)
Buritirama S3 A4 SAN3 x 3
Catolandia S3 A4 SAN3 x 3
Cotegipe S3 A4 SAN3 x 3
Cristópolis S3 A4 SAN3 x 3
Formosa Do Rio Preto S3 A4 SAN3 x 3
Luís Eduardo
S3 A4 SAN3 x 3
Magalhães
Mansidão S3 A4 SAN3 x 3
Riachão Das Neves S3 A4 SAN3 x 3
Santa Rita De Cássia S3 A4 SAN3 x 3
São Desiderio S3 A4 SAN3 x 3
Wanderley S3 A4 SAN4 x 2
Boquira S7 A5 SAN2 x 2
Bacia do Paramirim

Botuporã S7 A8 SAN2 x 3
Caturama S7 A8 SAN2 x 3
Érico Cardoso S7 A8 SAN2 x 3
12

22
Ibipitanga S7 A8 SAN2 x 3
Macaúbas S7 A5 SAN2 x 2
Paramirim S7 A8 SAN2 x 3
Rio do Pires S7 A8 SAN2 x 3
Brumado S7 A8 SAN1 x 3
Caculé S7 A8 SAN1 x 3
Caetité S7 A8 SAN1 E1 4
Sertão Produtivo

Candiba S7 A8 SAN1 x 3
Contendas do Sincorá S7 A8 SAN1 x 3
13

Dom Basílio S7 A8 SAN1 x 3 61


Guanambi S7 A8 SAN1 E1 4
Ibiassucê S7 A8 SAN1 x 3
Ituaçu S7 A8 SAN1 x 3
Iuiú S7 A8 SAN1 x 3
Lagoa Real S7 A8 SAN1 x 3

104
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

REGIÃO DE REGIÃO DE REGIÃO DE


REGIÃO DE INDICADOR DO
TI MUNICÍPIO RECURSOS SANEAMENTO ENSINO TOTAL
SAÚDE (S) MUNICÍPIO
HÍDRICOS (A) (SAN) SUPERIOR (E)
Livramento de Nossa
S7 A8 SAN1 x 3
Senhora
Malhada de Pedras S7 A8 SAN1 x 3
Palmas de Monte Alto S7 A8 SAN1 x 3
Pindaí S7 A8 SAN1 x 3
Rio do Antônio S7 A8 SAN1 x 3
Sebastião Laranjeiras S7 A8 SAN1 x 3
Tanhaçu S7 A8 SAN1 x 3
Tanque Novo S7 A8 SAN2 x 2
Urandi S7 A8 SAN1 x 3
Boa Vista do Tupim S4 A6 SAN11 x 3
Iaçu S4 A6 SAN11 x 3
Ibiquera S4 A6 SAN5 x 2
Piemonte do Paraguaçu

Itaberaba S4 A6 SAN11 E1 4
Itatim S6 A6 SAN13 x 1
Lajedinho S4 A6 SAN11 x 3
14

Macajuba S4 A6 SAN11 x 3 30
Mundo Novo S4 A6 SAN11 x 3
Piritiba S2 A2 SAN11 x 1
Rafael Jambeiro S4 A6 SAN13 x 2
Ruy Barbosa S4 A6 SAN11 x 3
Santa Terezinha S6 A6 SAN13 x 1
Tapiramutá S2 A2 SAN11 x 1
Baixa Grande S4 A6 SAN11 x 2
Capela do Alto Alegre S4 A6 SAN16 x 3
Bacia do Jacuípe

Capim Grosso S2 A2 SAN16 x 1


Gavião S4 A6 SAN16 x 3
15

Ipirá S4 A6 SAN16 x 3 35
Mairi S2 A6 SAN16 x 2
Nova Fátima S4 A6 SAN16 x 3
Pé de Serra S4 A6 SAN16 x 3
Pintadas S4 A6 SAN16 x 3

105
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

REGIÃO DE REGIÃO DE REGIÃO DE


REGIÃO DE INDICADOR DO
TI MUNICÍPIO RECURSOS SANEAMENTO ENSINO TOTAL
SAÚDE (S) MUNICÍPIO
HÍDRICOS (A) (SAN) SUPERIOR (E)
Quixabeira S2 A2 SAN16 x 1
Riachão do Jacuípe S4 A6 SAN16 x 3
São José do Jacuípe S2 A6 SAN16 x 2
Serra Preta S4 A6 x x 3
Várzea da Roça S2 A6 SAN16 x 2
Várzea do Poço S2 A2 SAN16 x 1
Piemonte da Diamantina

Caém S2 A2 SAN12 x 3
Jacobina S2 A2 SAN12 E1 4
Miguel Calmon S2 A2 SAN11 x 2
Mirangaba S2 A2 SAN12 x 3
16

Ourolândia S2 A2 SAN12 x 3 27
Saúde S2 A2 SAN12 x 3
Serrolândia S2 A2 SAN12 x 3
Umburanas S2 A2 SAN12 x 3
Várzea Nova S2 A2 SAN12 x 3
Adustina S5 A1 SAN15 x 3
Antas S5 A1 SAN15 x 3
Banzaê S5 A1 SAN15 x 3
Cícero Dantas S5 A1 SAN15 x 3
Cipó S5 A1 SAN15 x 3
Semiárido Nordeste II

Coronel João Sá S5 A1 SAN15 x 3


Euclides da Cunha S4 A2 SAN16 E1 3
Fátima S5 A1 SAN15 x 3
17

Heliópolis S5 A1 SAN15 x 3 50
Jeremoabo S1 A1 SAN15 x 2
Nova Soure S5 A1 SAN15 x 3
Novo Triunfo S5 A1 SAN15 x 3
Paripiranga S5 A1 SAN15 x 3
Pedro Alexandre S1 A1 SAN15 x 2
Ribeira do Amparo S5 A1 SAN15 x 3
Ribeira do Pombal S5 A1 SAN16 x 2
Santa Brígida S1 A1 SAN15 x 2

106
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

REGIÃO DE REGIÃO DE REGIÃO DE


REGIÃO DE INDICADOR DO
TI MUNICÍPIO RECURSOS SANEAMENTO ENSINO TOTAL
SAÚDE (S) MUNICÍPIO
HÍDRICOS (A) (SAN) SUPERIOR (E)
Sítio do Quinto S5 A1 SAN15 x 3
Acajutiba S5 A6 SAN8 x 3
Alagoinhas S5 A6 SAN8 E1 4
Aporá S5 A6 SAN8 x 3
Araçás S5 A6 SAN8 x 3
Aramari S5 A6 SAN8 x 3
Litoral Norte e Agreste Baiano

Cardeal da Silva S5 A7 SAN8 x 2


Catu S6 A6 SAN8 x 2
Conde S5 A7 SAN8 x 2
Crisópolis S5 A6 SAN8 x 3
Entre Rios S5 A7 SAN8 x 2
18

53
Esplanada S5 A7 SAN8 x 2
Inhambupe S5 A6 SAN8 x 3
Itanagra S5 A7 SAN8 x 2
Itapicuru S5 A6 SAN8 x 3
Jandaíra S5 A7 SAN8 x 2
Olindina S5 A6 SAN8 x 3
Ouriçangas S5 A6 SAN8 x 3
Pedrão S4 A6 SAN8 x 2
Rio Real S5 A6 SAN8 x 3
Sátiro Dias S5 A6 SAN8 x 3
Água Fria S4 A6 SAN19 x 3
Amélia Rodrigues S4 A6 SAN19 x 3
Anguera S4 A6 SAN19 x 3
Portal do Sertão

Antônio Cardoso S4 A6 SAN19 x 3


Conceição da Feira S4 A6 SAN19 x 3
19

Conceição do Jacuípe S4 A6 SAN19 x 3 50


Coração de Maria S4 A6 SAN19 x 3
Feira de Santana S4 A6 x E1 4
Ipecaetá S4 A6 SAN19 x 3
Irará S4 A6 SAN19 x 3
Santa Bárbara S4 A6 SAN19 x 3

107
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

REGIÃO DE REGIÃO DE REGIÃO DE


REGIÃO DE INDICADOR DO
TI MUNICÍPIO RECURSOS SANEAMENTO ENSINO TOTAL
SAÚDE (S) MUNICÍPIO
HÍDRICOS (A) (SAN) SUPERIOR (E)
Santanópolis S4 A6 SAN19 x 3
Santo Estêvão S4 A6 SAN19 x 3
São Gonçalo dos
S6 A6 SAN19 x 2
Campos
Tanquinho S4 A6 SAN19 x 3
Teodoro Sampaio S4 A6 SAN19 x 3
Terra Nova S6 A6 SAN19 x 2
Anagé
S7 A8 SAN18 x 3
Aracatu S7 A8 SAN18 x 3
Barra do Choça S7 A8 SAN18 x 3
Belo Campo S7 A8 SAN18 x 3
Bom Jesus da Serra S7 A8 SAN18 x 3
Caetanos S7 A8 SAN18 x 3
Cândido Sales S7 A8 SAN18 x 3
Caraíbas S7 A8 SAN18 x 3
Condeúba S7 A8 SAN18 x 3
Sudoeste Baiano

Cordeiros S7 A8 SAN18 x 3
Encruzilhada S7 A8 SAN18 x 3
20

Guajeru S7 A8 SAN1 x 2 72
Jacaraci S7 A8 SAN18 x 3
Licínio de Almeida S7 A8 SAN18 x 3
Maetinga S7 A8 SAN18 x 3
Mirante S7 A8 SAN18 x 3
Mortugaba S7 A8 SAN18 x 3
Piripá S7 A8 SAN18 x 3
Planalto S7 A8 SAN18 x 3
Poções S7 A8 SAN18 x 3
Presidente Jânio
S7 A8 SAN18 x 3
Quadros
Ribeirão do Largo S7 A8 SAN18 x 3
Tremedal S7 A8 SAN18 x 3

108
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

REGIÃO DE REGIÃO DE REGIÃO DE


REGIÃO DE INDICADOR DO
TI MUNICÍPIO RECURSOS SANEAMENTO ENSINO TOTAL
SAÚDE (S) MUNICÍPIO
HÍDRICOS (A) (SAN) SUPERIOR (E)
Vitória da Conquista S7 A8 SAN18 E1 4
Cabaceiras do
S6 A6 SAN13 x 3
Paraguaçu
Cachoeira S6 A7 SAN13 x 2
Castro Alves S6 A6 SAN13 x 3
Conceição do Almeida S6 A6 SAN13 x 3
Cruz das Almas S6 A6 SAN13 x 3
Dom Macedo Costa S6 A6 SAN13 x 3
Governador Mangabeira S6 A6 SAN13 x 3
Recôncavo

Maragogipe S6 A7 SAN13 x 2
Muniz Ferreira S6 A6 SAN13 x 3
21

51
Muritiba S6 A6 SAN13 x 3
Nazaré S6 A6 SAN13 x 3
Salinas da Margarida S6 A7 SAN13 x 2
Santo Amaro S6 A7 SAN13 x 2
Santo Antônio de Jesus S6 A6 SAN13 E1 4
São Felipe S6 A7 SAN13 x 2
São Félix S6 A7 SAN13 x 2
Sapeaçu S6 A6 SAN13 x 3
Saubara S6 A7 SAN13 x 2
Varzedo S6 A6 SAN13 x 3
Aiquara S8 A8 SAN17 x 3
Apuarema S8 A8 SAN17 x 3
Médio Rio de Contas

Barra do Rocha S8 A8 SAN17 x 3


Boa Nova S8 A8 SAN17 x 3
Dário Meira S8 A8 SAN17 x 3
22

Gongogi S8 A8 SAN17 x 3 49
Ibirataia S8 A8 SAN17 x 3
Ipiaú S8 A8 SAN17 E1 4
Itagi S8 A8 SAN17 x 3
Itagibá S8 A8 SAN17 x 3
Itamari S8 A8 SAN17 x 3

109
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

REGIÃO DE REGIÃO DE REGIÃO DE


REGIÃO DE INDICADOR DO
TI MUNICÍPIO RECURSOS SANEAMENTO ENSINO TOTAL
SAÚDE (S) MUNICÍPIO
HÍDRICOS (A) (SAN) SUPERIOR (E)
Jequié S8 A8 SAN17 E3 4
Jitaúna S8 A8 SAN17 x 3
Manoel Vitorino S8 A8 SAN17 x 3
Nova Ibiá S8 A8 SAN17 x 3
Ubatã S8 A8 SAN9 x 2
Brejolandia S3 A4 SAN4 x 2
Canápolis S3 A5 SAN4 x 3
Bacia do Rio Corrente

Cocos S3 A5 SAN4 x 3
Coribe S3 A5 SAN4 x 3
Correntina S3 A5 SAN4 x 3
23

Jaborandi S3 A5 SAN4 x 3 30
Santa Maria da Vitória S3 A5 SAN4 x 3
Santana S3 A5 SAN4 x 3
São Felix Do Coribe S3 A5 SAN4 x 3
Serra Dourada S3 A4 SAN4 x 2
Tabocas do Brejo Velho S3 A4 SAN4 x 2
Abaré S1 A1 SAN15 x 3
Chorrochó S1 A1 SAN15 x 3
Itaparica

Glória S1 A1 SAN15 x 3
24

19
Macururé S1 A1 SAN15 x 3
Paulo Afonso S1 A1 SAN15 E1 4
Rodelas S1 A1 SAN15 x 3
Andorinha S1 A2 SAN14 x 3
Piemonte Norte do

Antônio Gonçalves S1 A2 SAN14 x 3


Caldeirão Grande S2 A2 SAN14 x 2
Itapicuru

Campo Formoso S1 A2 SAN14 x 3


25

Filadélfia S1 A2 SAN14 x 3 26
Jaguarari S1 A2 SAN14 x 3
Pindobaçu S1 A2 SAN12 x 2
Ponto Novo S1 A2 SAN14 x 3
Senhor do Bonfim S1 A2 SAN14 E1 4
an

ad
po

Sa
26

de

or
ro
M

lit
et

lv

Camaçari S6 A7 x E1 3 28
o

110
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

REGIÃO DE REGIÃO DE REGIÃO DE


REGIÃO DE INDICADOR DO
TI MUNICÍPIO RECURSOS SANEAMENTO ENSINO TOTAL
SAÚDE (S) MUNICÍPIO
HÍDRICOS (A) (SAN) SUPERIOR (E)
Candeias S6 A7 SAN13 x 2
Dias D'Ávila S6 A7 SAN8 x 2
Itaparica S6 A7 x x 2
Lauro de Freitas S6 A7 x x 2
Madre de Deus S6 A7 x x 2
Mata de São João S6 A7 x x 2
Pojuca S6 A7 x x 2
Salvador S6 A7 x E1 3
São Francisco do Conde S6 A7 x x 2
São Sebastião do Passé S6 A7 x x 2
Simões Filho S6 A7 x x 2
Vera Cruz S6 A7 x x 2
Belmonte S9 A10 SAN6 x 3
C. Descobrimento

Eunápolis S9 A10 SAN6 E1 4


Guaratinga S9 A10 SAN6 x 3
27

Itabela S9 A10 SAN6 x 3 25


Itagimirim S9 A10 SAN6 x 3
Itapebi S9 A10 SAN6 x 3
Porto Seguro S9 A10 SAN6 x 3
Legenda:

111
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021).

112
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

O princípio para a determinação do Indicador de Homogeneidade ou de Articulação


Macrorregional do município é feito a partir de sua inclusão, ou não, nas regionais que mais
se replicam no interior do Território de Identidade (ou de Regiões Imediatas). Em outras
palavras: o mais alto indicador de homogeneidade ou de articulação é confirmado pela maior
recorrência de um município nos recortes analisados, e identificada pela sobreposição
cartográfica.

A somatória de cada um dos graus para cada uma das regionais trabalhadas determina seu
indicador final. Para o caso do Indicador de Homogeneidade de cada um dos Territórios de
Identidade (ou de Regiões Imediatas) para a variável da gestão pública, esse é obtido com a
somatória dos graus municipais e também a partir da menor ou maior diversidade regionais no
seu interior. A tabela 10 e a figura 20, a seguir, apresentam a soma dos valores de cada
Território de Identidade a partir dos indicadores de homogeneidade identificados em cada
município; a partir desses valores – colocados em ordem decrescente – foram estabelecidas
gradações nas posições 4 (mais homogêneo), 3, 2, e 1 (menos homogêneo).

Tabela 10 - Indicador de Homogeneidade Territorial da Gestão Pública e


sua divisão por território de identidade em escalas de 1 a 4.
INDICADOR FINAL DE
TERRITÓRIO DE IDENTIDADE ESCALA
HOMOGENEIDADE
5 Litoral Sul 79
20 Sudoeste Baiano 72
3 Chapada Diamantina 62
4
1 Irecê 61
13 Sertão Produtivo 61
18 Litoral Norte e Agreste Baiano 53
4 Sisal 52
21 Recôncavo 51
17 Semiárido Nordeste II 50
19 Portal do Sertão 50 3
22 Médio Rio de Contas 49
9 Vale do Jiquiriçá 43
11 Bacia do Rio Grande 42
7 Extremo Sul 40
6 Baixo Sul 39
15 Bacia do Jacuípe 35 2
8 Médio Sudoeste da Bahia 32
10 Sertão do São Francisco 31
2 Velho Chico 30
1
14 Piemonte do Paraguaçu 30

113
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

INDICADOR FINAL DE
TERRITÓRIO DE IDENTIDADE ESCALA
HOMOGENEIDADE
23 Bacia do Rio Corrente 30
26 Metropolitano de Salvador 28
16 Piemonte da Diamantina 27
25 Piemonte Norte do Itapicuru 26
27 Costa do Descobrimento 25
12 Bacia do Paramirim 22
24 Itaparica 19
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021).

114
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 20 - Indicador de Homogeneidade Territorial da Gestão Pública e


sua divisão por território de identidade em escalas de 1 a 4.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021).

115
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

3.3. Hierarquia dos Centros Urbanos, Regiões de Influência e


Implicações Ambientais

Esse item tem por objetivo fazer uma breve análise sobre as mudanças hierárquicas dos
municípios baianos, a partir da identificação dos recortes mais dinâmicos do Zoneamento
Ecológico Econômico da Bahia (ZEE/BA) e suas determinações ambientais e econômicas.

O ZEE/BA é um instrumento estratégico de planejamento e ordenamento territorial, que tem


como finalidade orientar o planejamento, a gestão, as atividades e as decisões do poder
público e dos setores econômicos e sociais, considerando as potencialidades e limitações dos
meios físico, biótico e socioeconômico, com vistas ao alcance do desenvolvimento
sustentável e da promoção do bem estar da população (SEMA; SEPLAN, 2021).

O recorte de análise do ZEE são as zonas, definidas a partir da integração de espaços


territoriais com características semelhantes, como solo, clima, hidrografia, ecossistemas, uso
da terra e atividades produtivas que possuem expressão territorial. Ao todo, foram delimitadas
36 zonas em todo o Estado da Bahia, cada qual descritas quanto suas características, cenários
tendenciais, diretrizes e objetivos.

No entanto, por ser um recorte que considerou diversos aspectos enfatizando os de natureza
ambiental, muitas zonas acabaram tendo descrições e diretrizes (inclusive específicas)
bastante semelhantes entre si, principalmente entre aquelas com maior proximidade
geográfica, dificultando uma análise mais clara e objetiva sobre as especificidades e vocações
econômicas de cada zona.

Diante do exposto, optou-se por selecionar as zonas mais dinâmicas do Estado, a partir de
critérios capazes de indicar possíveis mudanças em termos de contingente populacional e de
centralidade dos municípios nos últimos dez anos, em especial aqueles que sofreram mudança
de hierarquia na rede urbana baiana. A seguir, apresenta-se a metodologia para a escolha das
zonas e suas características tendenciais.

3.3.1. Metodologia para escolha das zonas mais dinâmicas

Para buscar a identificação dos recortes mais dinâmicos e suas determinações ambientais e
econômicas segundo o ZEE/BA, optou-se pela seleção de um grupo de municípios que
atendessem um dos dois critérios a seguir:
116
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

1. Municípios que mudaram de hierarquia na comparação dos estudos da REGIC (2007-


2018): critério estabelecido pela equipe técnica do Consórcio como norteador para as
análises de todos os temas, haja vista que a mudança do nível hierárquico indica
redução ou ampliação da centralidade dos municípios e de seus fluxos intermunicipais
para diversas finalidades;

2. Municípios que apresentam decréscimo ou crescimento populacional em percentuais


igual ou maior que 25% durante o período de 2010 (Censo Demográfico) a 2021
(Estimativa Populacional do IBGE): critério adicional utilizado para identificar
possíveis mudanças locais não capturadas pelos estudos da REGIC e para embasar
comparações entre os documentos utilizados.

A Tabela 11 apresenta os municípios selecionados conforme os critérios supracitados e a


Figura 21 apresentam a espacialização dos mesmos.

Tabela 11 - Municípios selecionados pelos critérios de população,


segundo o IBGE 2010 e 2021, e de mudança de hierarquia urbana, de
acordo com as pesquisas REGIC 2007 e 2018, publicadas pelo IBGE em
2008 e 2020, respectivamente.
População População Variação Nível REGIC Nível REGIC REGIC
Município
2010 2021 2010-2021 2007 2018 2007-2021
Centro de Zona
Andaraí 13.960 13.122 -6,0% Centro Local 1
B
Centro de Zona
Barra 49.325 54.225 9,9% Centro Local -1
B
Barra da Centro de Zona
21.187 20.198 -4,7% Centro Local 1
Estiva B
Centro de Zona
Boquira 22.037 21.486 -2,5% Centro Local -1
B

Caatiba 11.420 6.232 -45,4% Centro Local Centro Local 0

Centro de Zona Centro de Zona


Camacã 31.472 32.023 1,8% -1
A B

Camaçari 242.970 309.208 27,3% Metrópole Metrópole 0

Campo Centro de Zona


66.616 71.754 7,7% Centro Local 2
Formoso A
Centro de Zona Centro de Zona
Capim Grosso 26.577 31.055 16,8% 1
B A

117
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

População População Variação Nível REGIC Nível REGIC REGIC


Município
2010 2021 2010-2021 2007 2018 2007-2021
Centro de Zona
Castro Alves 25.408 26.369 3,8% Centro Local 1
B

Catolândia 2.612 3.619 38,6% Centro Local Centro Local 0

Centro de Zona Centro de Zona


Cícero Dantas 32.300 32.636 1,0% 1
B A
Conceição do Centro de Zona Centro Sub-
62.040 67.394 8,6% 1
Coité A regional B

Dias d'Ávila 66.440 83.705 26,0% Metrópole Metrópole 0

Encruzilhada 23.766 15.914 -33,0% Centro Local Centro Local 0

Euclides da Centro de Zona Centro Sub-


56.289 61.112 8,6% 2
Cunha B regional B
Centro Sub- Capital
Eunápolis 100.196 115.360 15,1% 2
regional B Regional C

Guajeru 10.412 6.371 -38,8% Centro Local Centro Local 0

Centro de Zona
Ibicaraí 24.272 21.083 -13,1% Centro Local -1
B
Capital Capital
Ilhéus 184.236 157.639 -14,4% -1
Regional B Regional C
Centro de Zona Centro Sub-
Ipiaú 44.390 45.969 3,6% 1
A regional B
Centro de Zona
Ipirá 59.343 59.281 -0,1% Centro Local 2
A
Centro de Zona
Ipupiara 9.285 9.954 7,2% Centro Local 1
B

Iramaia 11.990 7.874 -34,3% Centro Local Centro Local 0

Centro de Zona Centro Sub-


Itamaraju 63.069 64.423 2,1% 1
A regional B
Centro de Zona Centro Sub-
Itapetinga 68.273 77.408 13,4% 1
A regional B
Centro de Zona
Itororó 19.914 20.394 2,4% Centro Local 1
B
Centro Sub- Centro Sub-
Jacobina 79.247 80.749 1,9% -1
regional A regional B
Centro de Zona
Jeremoabo 37.680 40.832 8,4% Centro Local 1
B

Jitaúna 14.115 10.470 -25,8% Centro Local Centro Local 0

118
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

População População Variação Nível REGIC Nível REGIC REGIC


Município
2010 2021 2010-2021 2007 2018 2007-2021

Jussiape 8.031 5.777 -28,1% Centro Local Centro Local 0

Luia Eduardo Centro Sub-


60.105 92.671 54,2% Centro Local 3
Magalães regional B
Centro de Zona Centro de Zona
Macaúbas 47.051 50.481 7,3% -1
A B

Maetinga 7.038 2.386 -66,1% Centro Local Centro Local 0

Centro de Zona
Maracás 24.613 19.973 -18,9% Centro Local 1
B
Morro do Centro de Zona
35.164 35.466 0,9% Centro Local 1
Chapéu B
Centro de Zona
Mucuri 36.026 42.729 18,6% Centro Local 2
A
Centro de Zona
Nazaré 27.274 28.661 5,1% Centro Local -1
B
Centro de Zona
Poções 44.701 46.885 4,9% Centro Local -1
B
Centro de Zona Centro Sub-
Porto Seguro 126.929 152.529 20,2% 2
A regional A

Potiraguá 9.810 6.623 -32,5% Centro Local Centro Local 0

Centro de Zona
Queimadas 24.602 25.428 3,4% Centro Local 1
B
Centro de Zona
Remanso 38.957 41.324 6,1% Centro Local 1
B
Ribeirão do
8.602 4.896 -43,1% Centro Local Centro Local 0
Largo
Centro de Zona
Ruy Barbosa 29.887 30.900 3,4% Centro Local 1
B
Centro de Zona
Santa Inês 10.363 10.583 2,1% Centro Local 1
B
Centro de Zona
Santo Amaro 57.800 60.190 4,1% Centro Local 2
A

São Desidério 27.659 34.764 25,7% Centro Local Centro Local 0

Senhor do Centro Sub- Centro Sub-


74.419 79.813 7,2% 1
Bonfim regional B regional A
Centro de Zona
Serra Dourada 18.112 17.261 -4,7% Centro Local -1
B
Centro de Zona Centro Sub-
Serrinha 76.762 81.693 6,4% 1
A regional B

119
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

População População Variação Nível REGIC Nível REGIC REGIC


Município
2010 2021 2010-2021 2007 2018 2007-2021

Sítio do Quinto 12.592 9.431 -25,1% Centro Local Centro Local 0

Centro de Zona
Tanque Novo 16.128 17.518 8,6% Centro Local 1
B
Centro de Zona
Utinga 18.173 19.330 6,4% Centro Local 1
B
Centro de Zona Centro de Zona
Xique-Xique 45.536 46.562 2,3% -1
A B
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em IBGE (2008; 2010; 2020; 2021).

120
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 21 - Municípios selecionados para indicação das zonas mais


dinâmicas levando em conta seu nível hierárquico, a partir das pesquisas
REGIC 2007 e 2018, publicadas pelo IBGE em 2008 e 2020,
respectivamente, e evolução populacional (IBGE 2010 e 2021).

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em IBGE (2008; 2010; 2020; 2021).

Em seguida, buscou-se a identificação das zonas as quais os municípios selecionados estão


inseridos. Nessa etapa, verificou-se que vários municípios estão situados em mais de uma
zona, dificultando o processo de identificação das zonas e a correlação dessas com outros
estudos de caracterização regional, como os Territórios de Identidade, as Regiões de

121
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Influência e as Regiões Geográficas Imediatas, por exemplo. Desse modo, buscou-se listar
para cada município selecionado, quais as duas zonas com maior participação no território
municipal, quantificando em seguida, quais as zonas mais recorrentes dentro do conjunto
selecionado. A Tabela 12 apresenta o resultado do procedimento: atribuição das duas
principais zonas de cada município e ranqueamento das zonas considerando a quantidade de
aparições.

Tabela 12 - Zonas dos municípios selecionados e ranqueamento das


zonas mais dinâmicas do Estado, considerando o Zoneamento Ecológico
Econômico da Bahia.
Município Zonas Município Zonas Ranking Zona Aparições
Andaraí 9 Luiz Eduardo Magalhães 1 1º 22 8
Barra 6 7 Macaúbas 9 8 2º 9 6
Barra da Estiva 11 Maetinga 12 13 3º 23 5
Boquira 8 9 Maracás 21 20 4º 27 5
Caatiba 22 Morro do Chapéu 15 5º 28 5
Camacã 27 Mucuri 36 28 6º 18 4
Camaçari 33 35 Nazaré 26 7º 7 3
Campo Formoso 18 7 Poções 13 22 8º 12 3
Capim Grosso 19 Porto Seguro 36 28 9º 13 3
Castro Alves 24 25 Potiraguá 22 10º 20 3
Catolândia 2 Queimadas 23 11º 24 3
Cícero Dantas 32 Remanso 6 12º 32 3
Conceição do
23 Ribeirão do Largo 22 20 13º 33 3
Coité
Dias d'Ávila 33 Ruy Barbosa 18 14º 36 3
Encruzilhada 13 22 Santa Inês 20 15º 2 2
Euclides da
23 32 Santo Amaro 33 25 16º 3 2
Cunha
Eunápolis 28 São Desidério 2 3 17º 6 2
Guajeru 22 13 Senhor do Bonfim 23 18 18º 8 2
Ibicaraí 22 27 Serra Dourada 3 5 19º 15 2
Ilhéus 36 28 Serrinha 23 24 20º 16 2
Ipiaú 27 Sítio do Quinto 32 31 21º 19 2
Ipirá 24 Tanque Novo 9 22º 25 2
Ipupiara 9 Utinga 16 15 23º 31 2
Iramaia 16 12 Xique-Xique 7 24º 1 1
Itamaraju 29 28 25º 5 1
Itapetinga 22 26º 11 1
Itororó 27 27º 21 1
Jacobina 18 19 28º 26 1
Jeremoabo 30 31 29º 29 1
Jitaúna 27 30º 30 1
Jussiape 9 31º 35 1
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEMA; SEPLAN (2020).

122
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Como visto, as Zonas 22 (Patamar e Depressão dos Rios Colônia e Pardo), 9 (Chapada
Diamantina e Serra do Espinhaço), 23 (Depressão Sertaneja da Região de Santa Luz), 27
(Planaltos e Serras Pré-Litorâneas), 28 (Tabuleiro Costeiro do Litoral Sul) e 18 (Borda
Oriental da Chapada) foram recorrentes, ou seja, apareceram em mais de três dos municípios
selecionados e por isso serão aqui caracterizadas. O maior enfoque para essas seis zonas tem
por objetivo identificar possíveis condicionantes responsáveis pelo crescimento ou redução da
importância das cidades e seus respectivos contingentes populacionais. Para as demais zonas,
será apresentada uma breve descrição considerando, majoritariamente, o cenário tendencial
previsto pelo ZEE/BA em cada zona. A Figura 22 apresenta a quantificação dos municípios
selecionados por Zona.

123
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 22 - Número de municípios do estado da Bahia selecionados por


zona ecológica econômica.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEMA; SEPLAN (2020).

124
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

3.3.2. Caracterização das seis zonas mais dinâmicas

Zona 22 (Patamar e Depressão dos Rios Colônia e Pardo)

A Zona 22 está situada no sul da Bahia e compreende os seguintes territórios de identidade:


Médio Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, Litoral Sul e Costa do Descobrimento. Trata-
se de uma região com baixa cobertura vegetal remanescente, elevada vulnerabilidade da
biodiversidade e alta vulnerabilidade hídrica. Possui como potencialidades a produção de
etanol, o desenvolvimento do turismo (negócios, lazer, cultural e ecológico) e a extração de
minerais como grafita, gemas, calcários e dolomitos.

Em termos de produção econômica, destaca-se na indústria, a produção de tênis, alimentos e


bebidas; e na agricultura, o cultivo de banana, cacau, café e madeira em tora para papel e
celulose. Como atividades em expansão aponta-se a fruticultura, a expansão da pecuária e a
expansão da produção de cana de açúcar. O ZEE/BA, lista três projetos estruturantes que
perpassam pela Zona 22: Linha de Transmissão Funil-Itapebi, UTE de Itapebi e Concessão da
BR-101 BA.

Como resultado da metodologia aplicada, verifica-se que na Zona 22 aparecem municípios


que estão perdendo população, principalmente os pertencentes aos TIs Médio Sudoeste
Baiano e Sudoeste Baiano. Na comparação dos estudos da REGIC, Ibicaraí decresceu de
Centro de Zona B para Centro Local, Poções decresceu de Centro de Zona B para Centro
Local, e Itapetinga ascendeu de Centro de Zona A para Centro Sub-regional B. Dentre os
municípios selecionados situados nesta zona, Itapetinga e Poções foram os únicos a
apresentarem crescimento populacional. No caso de Itapetinga, os dados completos do ZEE
destacam a alta taxa de população economicamente ativa do município (48,9%), considerada
uma das maiores do Estado. A Tabela 13 a seguir aponta os municípios selecionados

125
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Tabela 13 - Municípios selecionados no Estado que compreendem a


Zona 22, considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia.
Variação Variação
Zonas População Território de Identidade
Município Pop. 2010- REGIC 2007-
ZEE/BA 2021 (TI)
2021 2018
Caatiba 22 6.232 -45,4% 0 Médio Sudoeste da Bahia
Encruzilhada 13 22 15.914 -33,0% 0 Sudoeste Baiano
Guajeru 22 13 6.371 -38,8% 0 Sudoeste Baiano
Ibicaraí 22 27 21.083 -13,1% -1 Litoral Sul
Itapetinga 22 77.408 13,4% 1 Médio Sudoeste da Bahia
Poções 13 22 46.885 4,9% -1 Sudoeste Baiano
Potiraguá 22 6.623 -32,5% 0 Médio Sudoeste da Bahia
Ribeirão do Largo 22 20 4.896 -43,1% 0 Sudoeste Baiano
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEMA; SEPLAN (2020), IBGE
(2008; 2010; 2020; 2021) e SEPLAN (2018).

Zona 9 (Chapada Diamantina e Serra do Espinhaço)

A Zona 9 está situada no centro da Bahia e compreende os seguintes territórios de identidade:


Chapada Diamantina, Velho Chico, Irecê, Bacia do Paramirim, Sertão Produtivo e Vitória da
Conquista. Trata-se de uma região com muito alta cobertura vegetal remanescente, elevada
vulnerabilidade da biodiversidade, muito alta vulnerabilidade hídrica e ampla presença de
cavernas, sítios arqueológicos e comunidades tradicionais. Possui como potencialidades a
produção de etanol, energia solar, energia eólica, o desenvolvimento do turismo (lazer,
cultural, esporte e ecológico) e a extração de minerais como barita, manganês, chumbo, prata,
zinco, gemas, argilas e diamante.

Em termos de produção econômica, destaca-se na indústria, a produção de alimentos, bebidas,


têxteis e extração de mineiras não metálicos; e na agricultura, o cultivo de batata, café, cana
de açúcar manga, maracujá e tomate. Como atividades em expansão aponta-se a ampliação da
produção mineral, da geração de energia eólica, da atividade turística e da produção de café,
alho e cebola. O ZEE/BA, aponta os seguintes empreendimentos como projetos estruturantes
que perpassam pela Zona 9: Instalação de Parques Eólicos, Projeto Pedra de Ferro, FIOL,
Três Linhas de Transmissão, Subestação de Igaporã, Subestação de Pindaí, Implantação e
revitalização dos perímetros irrigados de Estreito e Rio de Contas e Concessão da FCA.

126
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

A cena tendencial é de expansão desordenada das áreas urbanas, aumento de conflitos


fundiários, elevação do preço da terra e geração de emprego e renda com as atividades de
geração de energia eólica, fortalecendo as atividades de comércio e serviços nos maiores
centros da Zona. A pressão dada pela expansão da atividade minerária deverá ampliar as
possibilidades de conflitos sociais e ambientais. A implantação de empreendimentos
industriais, infraestrutura e de mineração sem critérios de proteção visual, sobretudo em zonas
de interesse turístico pode comprometer a qualidade/expressão paisagística, inibindo a
atividade turística. (FIEB, 2020). Tal constatação realça a preocupação com as possíveis
alterações da paisagem em locais turísticos, dos quais, o conjunto de elementos que
configuram a beleza cênica como atrativo turístico, pode ser ofuscado, conflitado,
comprometido ou mesmo substituído pelas estruturas construtivas típicas dos grandes
empreendimentos industriais, minerários ou de infraestrutura, tal como pontes, plantas
industriais, manchas de solo exposto, etc.

Como resultado da metodologia aplicada, verifica-se que na Zona 9 aparece três municípios
com ganho de população e três municípios com perda de população, com destaque para
Jussiapé, onde a queda foi de 28%. Na comparação dos estudos da REGIC, Boquira decresceu
de Centro de Zona B para Centro Local, Macaúbas decresceu de Centro de Zona B para
Centro de Zona A, e Andaraí, Ipupiara e Tanque Novo ascenderam de Centro Local para
Centro de Zona B. A Tabela 14 a seguir aponta os municípios das Zona 9 e as características
relacionadas a presente análise.

Tabela 14 - Municípios selecionados no Estado que compreendem a


Zona 9, considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia.
Variação Variação
Zonas População Território de Identidade
Município Pop. 2010- REGIC 2007-
ZEE/BA 2021 (TI)
2021 2018
Andaraí 9 13.122 -6,0% 1 Chapada Diamantina
Boquira 8 9 21.486 -2,5% -1 Bacia do Paramirim
Ipupiara 9 9.954 7,2% 1 Irecê
Jussiape 9 5.777 -28,1% 0 Chapada Diamantina
Macaúbas 9 8 50.481 7,3% -1 Bacia do Paramirim
Tanque Novo 9 17.518 8,6% 1 Sertão Produtivo
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEMA; SEPLAN (2020), IBGE
(2008; 2010; 2020; 2021) e SEPLAN (2018).

127
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Zona 23 (Depressão Sertaneja da Região de Santa Luz)

A Zona 23 está situada no nordeste da Bahia e compreende majoritariamente os seguintes


territórios de identidade: Sisal, Sertão do São Francisco e Piemonte Norte do Itapicuru. Trata-
se de uma região com alta cobertura vegetal remanescente, elevada vulnerabilidade da
biodiversidade, muito alta vulnerabilidade hídrica e ampla presença de comunidades
tradicionais como Pescadores, Quilombolas e Fundos de Pasto. Possui como potencialidades a
geração de energia solar e as reservas de petróleo, gás natural não convencional, diamante,
ouro e cromita.

Em termos de produção econômica, destaca-se na indústria, a química, os têxteis, os calçados


e os minerais não metálicos; e na agricultura, o cultivo de banana, feijão, mandioca, melancia
e sisal. Como atividades em expansão aponta-se a ampliação da produção mineral, da geração
de energia eólica, da atividade turística e da produção de café, alho e cebola. O ZEE/BA, lista
três projetos estruturantes que perpassam pela Zona 23: Projeto Águas do Sertão,
Transposição do Rio São Francisco - Eixo Sul e Concessão da FCA (Salvador-Juazeiro). A
cena tendencial é de pressão da mineração com possibilidades de criar ou ampliar conflitos
sociais e ambientais.

Como resultado da metodologia aplicada, verifica-se que na Zona 23 todos os municípios


selecionados apresentaram crescimento populacional, o que refletiu no aumento de níveis
hierárquicos na comparação dos estudos da REGIC: Euclides da Cunha ascendeu de Centro
de Zona B para Centro Sub-regional B; Serrinha e Conceição do Coité ascenderam de Centro
de Zona A para Centro Sub-regional B; Senhor do Bomfim ascendeu de Centro Sub-regional
B para Centro Sub-regional A; e Queimadas ascendeu de Centro Local para Centro de Zona
B. A Tabela 15 a seguir aponta os municípios das Zona 9 e as características relacionadas a
presente análise.

128
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Tabela 15 - Municípios selecionados no Estado que compreendem a


Zona 23, considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia.
Variação Variação
Zonas População Território de Identidade
Município Pop. 2010- REGIC 2007-
ZEE/BA 2021 (TI)
2021 2018
Conceição do Coité 23 67.394 8,6% 1 Sisal
Euclides da Cunha 23 32 61.112 8,6% 2 Semiárido Nordeste II
Queimadas 23 25.428 3,4% 1 Sisal
Piemonte Norte do
Senhor do Bonfim 23 18 79.813 7,2% 1
Itapicuru
Serrinha 23 24 81.693 6,4% 1 Sisal
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEMA; SEPLAN (2020), IBGE
(2008; 2010; 2020; 2021) e SEPLAN (2018).

Zona 27 (Planaltos e Serras Pré-Litorâneas)

A Zona 27 está situada no centro-sul da Bahia, sendo majoritariamente composta pelos


seguintes territórios de identidade: Litoral Sul, Médio Sudoeste da Bahia e Médio Rio das
Contas e Baixo Sul. Trata-se de uma região com alta cobertura vegetal remanescente, elevada
vulnerabilidade da biodiversidade, alta vulnerabilidade hídrica e ampla presença de
comunidades tradicionais, sistemas agroflorestais, cacau e paisagem. Possui como
potencialidades a produção de dendê para biodiesel, o desenvolvimento do turismo (lazer,
cultural e ecológico) e a extração de minerais como barita, níquel e gemas.

Em termos de produção econômica, destaca-se na indústria, a produção de borracha, couros,


têxteis, fumo, alimentos e bebidas; e na agricultura, o cultivo de banana, borracha, cacau e
café. Como atividades em expansão aponta-se o crescimento da agroindústria, das atividades
e serviços industriais, da fruticultura e das atividades cacaueiras. O ZEE/BA, aponta os
seguintes projetos como estruturantes que perpassam pela Zona 27: FIOL, Linha de
Transmissão Funil – Itapebi, Concessão da BR-101, Aeroporto de Ilhéus e GASENE.

A cena tendencial é de fortalecimento das funções urbanas do Eixo Itabuna-Ilhéus em função


dos novos investimentos previstos na infraestrutura de transportes (Porto Sul/BA e FIOL),
trazendo consigo processos de expansão urbana e de atração de fluxos migratórios, bem
como, o risco de expansão desordenada das áreas urbanas, intensificação da atividade
industrial e maior participação no PIB estadual e alterações no uso e ocupação do solo,
principalmente nas áreas de implantação e do entorno do novo porto. O complexo Porto Sul–
129
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

FIOL tende a gerar impactos significativos, especialmente sobre a biodiversidade e na


qualidade das águas, supressão de vegetação e remodelagem do relevo, que ocasionam
redução de habitats, seccionamento de corredores de fauna, pressão sobre a biodiversidade e
assoreamento das águas. Aponta-se ainda, que a expansão das atividades produtivas pode
gerar conflitos fundiários e sociais.

Como resultado da metodologia aplicada, verifica-se que na Zona 27 três dos cinco
municípios selecionados registraram um tímido crescimento populacional entre 2010 e 2021.
Já o município de Jitaúna registrou uma perda de mais de 25% de sua população neste
período. Na comparação dos estudos da REGIC, Camacã decresceu de Centro de Zona A para
Centro de Zona B, Ibicaraí decresceu de Centro de Zona B para Centro Local, Ipiaú ascendeu
de Centro de Zona A para Centro Sub-regional B, e Itororó ascendeu de Centro Local para
Centro de Zona B. A Tabela 16 a seguir aponta os municípios das Zona 27 e as características
relacionadas a presente análise.

Tabela 16 - Municípios selecionados no Estado que compreendem a


Zona 27, considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia.
Variação Variação
Zonas População Território de Identidade
Município Pop. 2010- REGIC 2007-
ZEE/BA 2021 (TI)
2021 2018
Camacã 27 32.023 1,8% -1 Litoral Sul
Ibicaraí 22 27 21.083 -13,1% -1 Litoral Sul
Ipiaú 27 45.969 3,6% 1 Médio Rio de Contas
Itororó 27 20.394 2,4% 1 Médio Sudoeste da Bahia
Jitaúna 27 10.470 -25,8% 0 Médio Rio de Contas
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEMA; SEPLAN (2020), IBGE
(2008; 2010; 2020; 2021) e SEPLAN (2018).

Zona 28 (Tabuleiro Costeiro do Litoral Sul)

A Zona 28 está situada no extremo sul da Bahia e compreende os seguintes territórios de


identidade: Extremo Sul, Costa do Descobrimento e Litoral Sul. Trata-se de uma região com
baixa cobertura vegetal remanescente, elevada vulnerabilidade da biodiversidade, moderada
vulnerabilidade hídrica e presença significativa de sítios arqueológicos, pescadores,
quilombolas e atividades de silvicultura, cana de açúcar e pasto. Possui como potencialidades
a geração de energia hidrelétrica, produção de etanol para biodiesel, biomassa energética,

130
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

energia eólica o desenvolvimento do turismo (lazer, cultural e ecológico) e a extração de


minerais como barita, níquel e gemas.

Em termos de produção econômica, destaca-se na indústria, a produção de borracha, couros,


têxteis, fumo, alimentos e bebidas; e na agricultura, o cultivo de banana, borracha, cacau e
café. Como atividades em expansão aponta-se o crescimento da agroindústria, das atividades
e serviços industriais, da fruticultura e das atividades cacaueiras. O ZEE/BA, aponta os
seguintes projetos como estruturantes que perpassam pela Zona 23: FIOL, Linha de
Transmissão Funil – Itapebi, Concessão da BR-101, Aeroporto de Ilhéus e GASENE.

A cena tendencial é de fortalecimento das funções urbanas do Eixo Itabuna-Ilhéus em função


dos novos investimentos previstos na infraestrutura de transportes (Porto Sul/BA e FIOL),
trazendo consigo processos de expansão urbana e de atração de fluxos migratórios, bem
como, o risco de expansão desordenada das áreas urbanas, intensificação da atividade
industrial e maior participação no PIB estadual e alterações no uso e ocupação do solo,
principalmente nas áreas de implantação e do entorno do novo porto. Aponta-se que a
expansão das atividades produtivas pode gerar conflitos fundiários e sociais.

Como resultado da metodologia aplicada, verifica-se que na Zona 28 todos os municípios


apresentaram crescimento populacional entre 2010 e 2021. Exceção de Ilhéus, que apresentou
queda de 14,4% da população. Na comparação dos estudos da REGIC, Ilhéus decresceu de
Capital Regional B para Capital Regional C; Itamaraju ascendeu de Centro de Zona A para
Centro Sub-regional B; Porto Seguro ascendeu de Centro de Zona A para Centro Sub-regional
A; Mucuri ascendeu de Centro Local para Centro de Zona A; e Eunápolis ascendeu de Centro
Sub-regional B para Capital Regional C. A Tabela 17 a seguir aponta os municípios das Zona
28 e as características relacionadas a presente análise.

131
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Tabela 17 - Municípios selecionados no Estado que compreendem a


Zona 28, considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia.
Variação Variação
Zonas População Território de Identidade
Município Pop. 2010- REGIC 2007-
ZEE/BA 2021 (TI)
2021 2018
Eunápolis 28 115.360 15,1% 2 Costa do Descobrimento
Ilhéus 36 28 157.639 -14,4% -1 Litoral Sul
Itamaraju 29 28 64.423 2,1% 1 Extremo Sul
Mucuri 36 28 42.729 18,6% 2 Extremo Sul
Porto Seguro 36 28 152.529 20,2% 2 Costa do Descobrimento
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEMA; SEPLAN (2020), IBGE
(2008; 2010; 2020; 2021) e SEPLAN (2018).

Zona 18 (Borda Oriental da Chapada)

A Zona 18 está situada no centro norte da Bahia e compreende os seguintes territórios de


identidade: Piemonte do Paraguaçu, Piemonte da Diamantina, Piemonte Norte do Itapicuru,
Bacia do Jacuípe e Chapada Diamantina. Trata-se de uma região com alta cobertura vegetal
remanescente, elevada vulnerabilidade da biodiversidade, muito alta vulnerabilidade hídrica e
presença de sítios arqueológicos, comunidades tradicionais, pastagens e culturas temporárias.
Possui como potencialidades a geração de energia eólica, o desenvolvimento do turismo
(esporte, ecológico e cultural) e a extração de minerais como barita, ouro, calcário, dolomitos,
areia, esmeralda, cromita e gemas.

Em termos de produção econômica, destaca-se na indústria, a produção de madeira, mobílias,


calçados, alimentos e bebidas; e na agricultura, o cultivo de abacaxi, banana, feijão e sisal.
Como atividades em expansão indica-se o crescimento da produção mineral. O ZEE/BA,
aponta os seguintes projetos como estruturantes que perpassam pela Zona 18: Concessão da
FCA (Salvador-Juazeiro); Concessão da BR-101 BA; Sistema Adutor de Jacobina e
Aeródromo de Jacobina.

A cena tendencial é que as atividades de mineração se encaminhem a contribuir com a


desagregação socioprodutiva e organizacional das comunidades pré-existentes, gerando uma
série de prejuízos nas condições e qualidade de vida destas populações. Por outro lado, há
uma tendência do setor em potencializar a geração de emprego e renda.

132
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Como resultado da metodologia aplicada, verifica-se que na Zona 18 todos os municípios


selecionados apresentaram tímido crescimento populacional entre 2010 e 2021. Já na
comparação dos estudos da REGIC, Jacobina decresceu de Centro Sub-regional A para
Centro Sub-regional B; Campo Formoso ascendeu de Centro Local para Centro de Zona A;
Rui Barbosa ascendeu de Centro Local para Centro de Zona B; Senhor do Bonfim ascendeu
de Centro Local para Centro de Zona A. A Tabela 18 a seguir aponta os municípios das Zona
18 e as características relacionadas a presente análise.

Tabela 18 - Municípios selecionados no Estado que compreendem a


Zona 18, considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia.
Variação Variação
Zonas População Território de Identidade
Município Pop. 2010- REGIC 2007-
ZEE/BA 2021 (TI)
2021 2018
Piemonte Norte do
Campo Formoso 18 7 71.754 7,7% 2
Itapicuru
Jacobina 18 19 80.749 1,9% -1 Piemonte da Diamantina
Ruy Barbosa 18 30.900 3,4% 1 Piemonte do Paraguaçu
Piemonte Norte do
Senhor do Bonfim 23 18 79.813 7,2% 1
Itapicuru
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEMA; SEPLAN (2020), IBGE
(2008; 2010; 2020; 2021) e SEPLAN (2018).

3.3.3. Cenários Tendenciais das Demais Zonas

Uma vez descritas as principais características das seis zonas mais dinâmicas do Estado da
Bahia e suas possíveis implicações ambientais e econômicas, a Tabela 19 apresenta um breve
panorama das demais zonas contempladas pelos municípios selecionados, enfocando os
cenários previstos no ZEE/BA para cada uma delas. Ressalta-se que as indicações dos
cenários tendenciais são transcrições diretas e indiretas do próprio ZEE/BA e podem não
corresponder ao apontado pelas variáveis que norteiam a presente análise.

Nesse sentido, mesmo que algumas zonas indiquem direções contrárias ao verificado
pontualmente em algum município, o exercício comparativo entre as bases utilizadas pode ser
de grande valia para inferir possíveis implicações não captadas no ZEE ou nos estudos do
IBGE. Essas e outras questões serão identificadas em etapas posteriores do presente estudo.

133
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Tabela 19 - Municípios selecionados e apontamentos gerais e tendenciais das zonas em que estão situados,
considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia.
Variação Variação Território de
Zonas População APONTAMENTOS DO ZEE/BA: Cenário Tendencial para a(s)
Município Pop. 2010- REGIC Identidade
ZEE/BA 2021 Zona(s)
2021 2007-2018 (TI)
O eixo Luiz Eduardo Magalhães – Barreiras consolida-se como
estruturador das funções urbanas na região e poderá absorver
incrementos populacionais de pessoas vindas de outras cidades da região
Luiz Eduardo Bacia do Rio
1 92,671 54.18% 3 com maior carência de infraestrutura;
Magalhães Grande
Risco de expansão desordenada da atividade agrícola e das áreas urbanas,
com possibilidade de conflitos entre o agronegócio e a utilização dos
recursos hídricos;
Bacia do Rio A manutenção da pressão para a abertura de novas áreas visando
São Desidério 2 3 34,764 25.69% 0 incrementar a produção de carne e grãos para exportação tem dado lugar
Grande
a um progressivo esgotamento dos recursos naturais da região e
possibilidade de processos localizados de desertificação;
Há potencial para expansão da silvicultura e exploração de petróleo e gás
mineral, que poderá fortalecer a infraestrutura energética da zona;
Bacia do Rio Os projetos de infraestrutura tendem a movimentar a economia e
Catolândia 2 3,619 38.55% 0
Grande aumentar a competitividade das empresas, principalmente, no setor
energético;
O escoamento da produção agrícola via FIOL oferecerá melhores
condições de competitividade à economia
Grande parte dos municípios que possuem sede nesta zona, também estão
compreendidos pelas zonas 2 e 3, portanto, são altamente impactados
pelo crescimento do eixo Luiz Eduardo Guimarães-Barreiras;
A expansão e o fortalecimento das atividades logísticas articularão os
Bacia do Rio fluxos econômicos da região com reflexos sobre a geração de empregos e
Serra Dourada 3 5 17,261 -4.70% -1
Corrente renda;
Serra Dourada está próxima de uma área de alta relevância para
biodiversidade, conta com poucas opções de acesso rodoviário e possui
indicadores insuficientes de qualidade de vida e condição econômica;
Há tendência de crescimento da pecuária (caprinos) na região.
Sertão do São A Zona 7 e principalmente a Zona 6 possuem cidades localizadas no
Remanso 6 41,324 6.08% 1
Francisco entorno do Rio São Francisco e do Lago de Sobradinho;

134
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Variação Variação Território de


Zonas População APONTAMENTOS DO ZEE/BA: Cenário Tendencial para a(s)
Município Pop. 2010- REGIC Identidade
ZEE/BA 2021 Zona(s)
2021 2007-2018 (TI)
Na Zona 6 há uma grande mancha de unidade de conservação, que
Barra 6 7 54,225 9.93% -1 Velho Chico
tenderá ao fortalecimento da agricultura familiar e maiores limitações de
espaço disponível para o desenvolvimento das monoculturas;
Os investimentos na requalificação logística da região deverão melhorar
a integração da região;
Xique-Xique 7 46,562 2.25% -1 Irecê A recuperação da navegabilidade do rio São Francisco pode torná-lo em
um novo eixo de turístico, com navegação de Bom Jesus da Lapa até
Juazeiro e Paulo Afonso.

A Zona 11 é uma zona estreita e com baixa existência de conexões


horizontais entre suas cidades;
Predomina nesta zona, as culturas temporárias, em especial o café e
policulturas;
A pressão da agricultura, motivada por projetos de irrigação, tende a
Chapada gerar conflitos sociais com comunidades tradicionais e conflitos
Barra da Estiva 11 20,198 -4.67% 1
Diamantina ambientais entre o agronegócio e demais usuários de recursos hídricos;
A projeção do balanço da cobertura florestal na região destaca as perdas
significativas relacionadas ao cultivo de café e do cultivo de batata. Essas
áreas são intercaladas a fragmentos de vegetação natural cuja
biodiversidade é extremamente vulnerável, demandando grande atenção
no planejamento dessas áreas.
As Zonas 12 e 13 tendem a concentrar fluxos em suas principais cidades
Vitória da Conquista e Brumado, as quais devem receber o fluxo
populacional de cidades menos estruturadas como Maetinga;
Para essa região está previsto o fortalecimento da mineração e a
Sudoeste expansão das atividades agrícolas e silvícolas;
Maetinga 12 13 2,386 -66.10% 0
Baiano Brumado tem se destacado principalmente pela produção da fruticultura
irrigada que apresenta vetores de expansão para o sudoeste;
Tal cenário aponta para possibilidades de conflitos sociais e ambientais,
risco de expansão desordenada das atividades versus capacidade de
suporte ambiental.
Chapada As Zonas 15 e 16 possuem como características o turismo, as atividades
Morro do Chapéu 15 35,466 0.86% 1
Diamantina minerárias e o cultivo de banana, café, mamona, sisal, morango e vinhos;

135
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Variação Variação Território de


Zonas População APONTAMENTOS DO ZEE/BA: Cenário Tendencial para a(s)
Município Pop. 2010- REGIC Identidade
ZEE/BA 2021 Zona(s)
2021 2007-2018 (TI)
Chapada Morro do Chapéu faz parte do Distrito diamantífero da Chapada da
Iramaia 16 12 7,874 -34.33% 0
Diamantina Diamantina, da Zona Turística da Chapada da Diamantina e abriga o
Parque Eólico de Morro do Chapéu;
Iramaia tem sua Sede Municipal afastada dos principais eixos de conexão
Chapada e deslocamento do interior baiano;
Utinga 16 15 19,330 6.37% 1
Diamantina O cenário previsto é que a expressiva participação das atividades
primárias na região, tendam a manter os municípios bastante vulneráveis
socialmente e economicamente.
A Zona 19 possui elevada vulnerabilidade da biodiversidade, muito alta
vulnerabilidade hídrica e baixa a moderada vulnerabilidade a erosão.
Na região destacam-se os cultivos de banana, feijão, mandioca e sisal,
além das atividades minerárias;
Bacia do Como tendência, aponta-se a intensificação da produção de sisal, da
Capim Grosso 19 31,055 16.85% 1
Jacuípe produção mineral e da fruticultura;
A consolidação e ampliação de cultivos irrigados tendem a pressionar
ainda mais as áreas que apresentam deficiência hídrica;
Capim Grosso possui um entroncamento rodoviário ligando diferentes
regiões do Estado.
Vale do Estas zonas (20 e 21), caracterizadas pelo cultivo de frutíferas e pela
Santa Inês 20 10,583 2.12% 1
Jiquiriçá presença da indústria química e dos têxteis tende a concentrar e fortalecer
as atividades de serviços em Jequié;
A pressão da mineração e da silvicultura amplia a possibilidade de
conflitos sociais e ambientais;
Vale do
Maracás 21 20 19,973 -18.85% 1 Tendência de crescente de aridização, com perda de solos, assoreamento
Jiquiriçá
de cursos d’água e redução da biodiversidade, onde predominam solos
com alta vulnerabilidade à erosão nas áreas de relevo acidentado no
Planalto de Jequié.
Bacia do Fortalecimento da Centralidade Urbana de Feira de Santana, Santo
Ipirá 24 59,281 -0.10% 2
Jacuípe Antônio de Jesus e Cruz das Almas, impulsionando a expansão urbana e
das atividades industriais e de serviços. Há riscos de expansão
desordenada das áreas urbanas dos grandes centros;
Castro Alves 24 25 26,369 3.78% 1 Recôncavo A implantação do Sistema Viário do Oeste proporcionará uma melhor
acessibilidade à região, abrindo oportunidades de desenvolvimento;
O esvaziamento da zona rural e das atividades agropecuárias tende a

136
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Variação Variação Território de


Zonas População APONTAMENTOS DO ZEE/BA: Cenário Tendencial para a(s)
Município Pop. 2010- REGIC Identidade
ZEE/BA 2021 Zona(s)
2021 2007-2018 (TI)
diminuir a pressão sobre a vegetação remanescente, havendo
oportunidade para reflorestamento de áreas antes destinadas ao uso
agropecuário;
Nas zonas rurais, a expansão da pecuária extensiva e a maior demanda de
água, tendem a pressionar ainda mais áreas que apresentam deficiência
hídrica. Esta tendência, também exerce pressão sobre os fragmentos
remanescentes do bioma Caatinga, já intensamente degradado e de
recuperação lenta.
Fortalecimento da atividade industrial, expansão urbana e risco de
expansão desordenada das áreas urbanas das principais cidades da Zona
26, como Valença.
Os investimentos realizados na porção sul da BTS, SVO, o Estaleiro
Enseada e Polo Industrial em São Roque, bem como Porto Sul-FIOL
podem reestruturar economicamente a região, trazendo oportunidades de
trabalho, negócios e serviços, contribuindo para diminuir o alto grau de
Nazaré 26 28,661 5.09% -1 Recôncavo
vulnerabilidade social dos municípios envolvidos;
A implantação do Estaleiro e a perspectiva da implantação do Polo
Industrial em São Roque do Paraguaçu reforça a tendência de baía
industrial, conflitante com o conceito de baía natureza e cultura;
Os investimentos previstos na infraestrutura de transporte (Porto Sul/BA
e FIOL) podem impactar e provocar alterações no uso e ocupação do
solo e na biodiversidade dessa zona.
A Zona 30 é uma região que tem como cenário previsto a ocorrência de
extensas áreas com risco de seca, associados a outros fatores naturais,
que exigirão rigoroso controle e manejo dos recursos hídricos;
Há uma tendência crescente de aridização e desertificação, com perda de
solos, assoreamento de cursos d’água e redução da biodiversidade;
Semiárido
Jeremoabo 30 31 40,832 8.37% 1 Predominam solos com alta vulnerabilidade à erosão, que contribuem
Nordeste II
para o processo de degradação, especialmente na circunvizinhança do
município de Canudos;
No ZEE/BA, não consta possíveis atividades em expansão para essa
zona.

137
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Variação Variação Território de


Zonas População APONTAMENTOS DO ZEE/BA: Cenário Tendencial para a(s)
Município Pop. 2010- REGIC Identidade
ZEE/BA 2021 Zona(s)
2021 2007-2018 (TI)
Semiárido O cenário previsto é a consolidação de Alagoinhas como centro urbano,
Sítio do Quinto 32 31 9,431 -25.10% 0
Nordeste II industrial e de serviços;
A expansão das atividades de petróleo e gás tende a gerar emprego e
renda com reflexos nas atividades de comércio e serviços;
As terras situadas sobre o aquífero Tucano se caracterizam por sua
Semiárido
Cícero Dantas 32 32,636 1.04% 1 disponibilidade hídrica subterrânea muito alta, favorecida por uma baixa
Nordeste II
vulnerabilidade à contaminação;
A pressão da silvicultura amplia a possibilidade de conflitos sociais,
fundiários e ambientais.
Santo Amaro 33 25 60,190 4.13% 2 Recôncavo Há uma tendência para a expansão urbana, intensificação da atividade
Metropolitano imobiliária, industrial e de comércio e serviços;
Dias d'Ávila 33 83,705 25.99% 0 A exploração de campos maduros por pequenas empresas independentes,
de Salvador
permitirá o crescimento da produção de petróleo e gás, a incorporação de
novas reservas com baixo risco, a criação de empregos e a expansão do
fornecimento de bens e serviços nos locais de operação, permitindo o
Metropolitano adensamento e a capilarização da cadeia produtiva de petróleo e gás na
Camaçari 33 35 309,208 27.26% 0 Bahia;
de Salvador
O crescimento e falta de controle do uso e ocupação do solo no entorno
dos mananciais tendem a comprometer a qualidade das águas superficiais
e subterrâneas dos principais mananciais de abastecimento de água.
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em IBGE (2008;2020), SEPLAN (2018) e SEMA; SEPLAN (2020).

138
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

3.3.4. Leitura Síntese do ZEE/BA.

A leitura dos recortes mais dinâmicos do ZEE/BA evidencia que, embora todas as zonas
possuam potencialidades teoricamente capazes de alavancar o desenvolvimento econômico e
a consequente melhoria das condições e da qualidade de vida da população baiana, a
transformação das vocações regionais em oportunidades concretas vem sendo capitaneada
pela proximidade com as cidades mais bem estruturadas, muitas vezes associadas a uma
pretérita e conformada oferta de infraestrutura logística (malha rodoviária).

Por conseguinte, na medida em que ocorre a consolidação das oportunidades regionais,


presume-se duas possíveis tendências delineadas, dentre outros aspectos, pela própria
natureza da potencialidade explorada: uma é a propagação do “desenvolvimento” para os
municípios mais próximos, desde que estes ofereçam condições favoráveis a expansão da
potencialidade em questão. Como exemplo, pode-se citar o desenvolvimento do agronegócio
e da agricultura irrigada no oeste baiano. Outra tendência, oposta, é a consolidação dos
centros mais bem estruturados, a ponto destes, atraírem contingentes populacionais dos
pequenos núcleos e centros locais próximos e carentes de oportunidade. Como exemplo, cita-
se pequenos municípios pertencentes a Região Imediata de Vitória da Conquista.

Em ambas as tendências, o ZEE enfatiza os conflitos esperados. Na primeira, aponta-se


possíveis implicações ambientais como o aumento do conflito e da disputa pela água, maior
vulnerabilidade da biodiversidade e o conflito com comunidades tradicionais. Na segunda,
aponta-se a expansão desordenada de cidades e maior propensão de conflitos sociais,
fundiários e urbano-ambientais, como o comprometimento de mananciais de abastecimento.

Como forma de minimizar tais questões, o ZEE/BA apresenta uma série de diretrizes, que
apesar de serem genéricas e semelhantes entre algumas zonas, podem ser detalhadas por ações
específicas capazes de implementar políticas setoriais regulamentadas conforme a necessidade
e as características de cada região.

Diante do exposto, conclui-se que o ZEE/BA não parece ser capaz de condicionar novos
delineamentos da rede urbana baiana, até porque a rede é constituída e delineada por outros
elementos que não somente dizem respeito às vocações ambientais e econômicas, mas sim,
pode e deve atuar como instrumento norteador para ponderar os interesses e conflitos em cada

139
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

região da Bahia, contribuindo para a redução das desigualdades regionais e pela busca de
maior aderência aos desafios trazidos pelo paradigma atual do desenvolvimento sustentável.

3.4. Hierarquia dos Centros Urbanos, Regiões de Influência e Grandes


Projetos

Os projetos especiais, investimentos estratégicos, investimentos em implantação ou


diversificação de empreendimentos incentivados pela SUDENE, arranjos produtivos locais e
rotas de integração nacional que estão sendo implementados, estruturados ou consolidados
podem apresentar impactos na rede urbana baiana, na medida que criam ou fortalecem
centralidades nas cidades onde ocorrem.

3.4.1. Projetos especiais e investimentos estratégicos e a rede urbana do estado


da Bahia:

Considera-se como estratégicos aqueles investimentos que, pela natureza e porte, tendem a
gerar expressivos impactos nas regiões onde se localizam. Segundo a SEPLAN:

intervenções em infraestrutura, ações de fomento ao comércio e


atração de novas indústrias, inclusive com o beneficiamento das
cadeias produtivas, fazem parte do planejamento estratégico do
governo estadual para o desenvolvimento distribuído de forma
equilibrada por todo o território baiano. No âmbito do transporte e
logística, a Bahia tem projetos e obras estruturantes, como a Ferrovia
de Integração Oeste-Leste (Fiol), Porto Sul, Hidrovia do São
Francisco e o Sistema Viário Oeste (SVO) (SEPLAN, 2021a).

Desta forma, na sequência serão apresentados os projetos do Sistema Viário Oeste,


Hidrografia do São Francisco, Trem Regional, Ferrovia de Integração Oeste-Leste, Porto Sul,
Baixio de Irecê e Enseada do Paraguaçu.

1. Sistema Viário Oeste (SVO): Esse sistema “engloba a ponte Salvador-Ilha de


Itaparica, criará um novo vetor de desenvolvimento no estado, impactando 4,4 milhões
de habitantes de 45 municípios da Bahia. Com a criação da ponte Salvador- Ilha de

140
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Itaparica e demais intervenções viárias presentes no projeto, a Ilha (Itaparica e Vera


Cruz), o Recôncavo Sul e o Baixo Sul terão seu crescimento socioeconômico
estimulado.”;

2. Hidrovia do São Francisco: Com “1.371 quilômetros de extensão, indo de Pirapora


(MG) a Juazeiro (BA), a Hidrovia do São Francisco é fundamental na formação do
corredor logístico multimodal de transportes, integrando as regiões produtoras e os
mercados regionais, nacionais e internacionais.” Uma das prioridades desse projeto “é,
ao longo de um trecho de 573 quilômetros, entre os municípios de Ibotirama/Muquém
do São Francisco e Juazeiro/Petrolina, promover a recuperação e modernização da
navegação comercial neste segmento hidroviário, considerado técnica e
economicamente o mais importante da hidrovia”;

3. Trem regional: Esse projeto “é resultado de um trabalho desenvolvido pela Escola


Polítécnica da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O estudo, já aprovado pelo
Ministério dos Transportes, concluiu pela viabilidade do projeto. O trem regional
contempla a ligação Conceição de Feira (Feira de Santana)-Salvador-Alagoinhas. Faz
parte desse projeto o trem metropolitano, que interligará os municípios da Região
Metropolitana com uma malha ferroviária para o transporte de passageiros, que terá
aproximadamente 140 quilômetros de extensão, formada com a integração entre o metrô
(linhas 1 e 2), o trem do subúrbio (futuro Veículo Leve sobre Trilhos – VLT) e o trem
metropolitano, o qual atravessa os municípios de Simões Filho, Dias D´Ávila, Candeias
e Camaçari. O trem metropolitano será viabilizado com a realização de ajustes na malha
ferroviária, hoje usada pela Ferrovia Centro Atlântica (FCA) exclusivamente para o
transporte de cargas.”;

4. Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL): Este empreendimento foi qualificado na


1ª Reunião do Conselho do Programa de Parceiras de Investimentos - PPI, com base no
Decreto nº 8.916/2016. Esse Decreto dispõe sobre a qualificação de empreendimentos
públicos federais de transportes para implantação de investimentos por meio de novas
parcerias com o setor privado. A FIOL (EF-334) tem extensão de 1.527 quilômetros,
entre Ilhéus/BA e Figueirópolis/TO. O empreendimento está dividido em três trechos:

 Trecho I: Ilhéus/BA - Caetité/BA, com extensão de 537 km, dos quais mais de 73,6%

141
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

de execução física da obra (jul/2019). Este é o trecho que foi qualificado para
subconcessão;

 Trecho II: Caetité/BA - Barreiras/BA, com extensão de 485 km, dos quais cerca de 36%
das obras estão executadas (jul/2019);

 Trecho III: Barreiras/BA - Figueirópolis/TO, com extensão aproximada de 505 km, em


fase de estudos e projetos.

O investimento total atual previsto para as obras dos trechos 1 e 2 da FIOL (Ilhéus/BA -
Caetité/BA e Caetité/BA - Barreiras/BA) é da ordem de R$ 6,4 bilhões.

A FIOL constitui-se em importante corredor de escoamento de minério do sul do estado da


Bahia (Caetité e Tanhaçu) e de grãos do oeste baiano – Quadro 412. Há ainda a
possibilidade de integração futura com a Ferrovia Norte-Sul, indo ao encontro do objetivo de
integração das malhas ferroviárias e melhora das condições logísticas do país. O escoamento
das cargas será feito por meio dos terminais do Complexo Portuário Porto Sul.

As obras do empreendimento, atualmente a cargo da VALEC, apresentam avanço físico de


mais de 73,6%. Várias obras-de-arte encontram-se concluídas ou em execução, incluindo
pontes, viadutos e o túnel de Jequié, destacando-se a ponte sobre o Rio São Francisco, no
Trecho II, com 2,9 km de extensão, a maior ponte ferroviária da América Latina (PPI, 2021).

A FIOL tende a ampliar a centralidade dos municípios localizados no “eixo” Oeste-Leste


(Luiz Eduardo Magalhães / Barreiras/ Caetité / Brumado / Ilhéus). Como consequência de um
possível aumento de sua centralidade, Caetité possui fortes tendências a aglomerar-se a
Guanambi, a 39 km de distância.

12
A FIOL poderá abarcar outros segmentos da indústria extrativa mineral da Bahia: a exploração de Vanádio em
Maracás, a 129 m de Tanhaçu; e de níquel em Itagibá.
142
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Quadro 4 - Rota atual e futura das exportações de minério de ferro de


Caitité.

A empresa Bamin (Bahia Mineração S/A) começou a operar a Mina Pedra de Ferro, em Caetité, na Bahia, em
janeiro de 2021, e as primeiras exportações estão em curso. Até o final de 2021, estão previstos pelo menos 11
carregamentos para o mercado consumidor da Europa e da Ásia, num total de aproximadamente 490 mil
toneladas. A partir da Mina Pedra de Ferro, em Caetité, o escoamento do minério é realizado por via
rodoviária até o Terminal Licínio de Almeida, de onde será transportado por trens da Ferrovia Centro-
Atlântica (FCA). O trajeto ferroviário segue até o Terminal Petim, no município de Castro Alves. Neste local
ocorre o transbordo da carga, passando do modal ferroviário para o rodoviário, onde seguirá via caminhões até
o Terminal Enseada (Maragogipe). O transporte está a cargo da VLI, [uma holding que tem como sócios a
Vale, Mitsui, Brookfield, FI-FGTS e BNDESPar], que opera a FCA, no modal ferroviário e rodoviário. A
operação do terminal de transbordo iniciou-se dentro da faixa de domínio da FCA, mas para a continuidade da
operação um terminal de transbordo está em construção em Castro Alves, próximo à estação ferroviária de
Petim. O trecho rodoviário até o porto de escoamento é de aproximadamente 100 quilômetros. O sistema de
transportes que está sendo utilizado pela BAMIN será substituído nos próximos anos por um processo de
logística de maior capacidade e eficiência. Para exportar o minério de ferro a empresa usará a FIOL, que está
em construção entre Caetité e Ilhéus. Com 537 quilômetros, este é o Trecho 1 da ferrovia e foi arrematado
pela Bamin em leilão realizado pelo Governo Federal em abril, na B3 (Bolsa de Valores), em São Paulo.
O investimento comprometido é de R$ 3,3 bilhões. O Porto Sul está em construção em Ilhéus. Como
parte da logística integrada, em parceria com o governo do estado da Bahia, a Bamin está construindo o
Porto Sul, em Ilhéus. A expectativa é de que em cinco anos o terminal portuário, com capacidade para até 42
milhões de toneladas anuais, já esteja em operação.

Fonte: Portos e Navios. Bamin realiza as primeiras exportações de minério de ferro (21/07/2021). Disponível no sítio:
https://www.portosenavios.com.br/noticias/portos-e-logistica/bamin-realiza-as-primeiras-exportacoes-de-minerio-de-ferro.

5. Porto Sul: O Porto Sul é um investimento realizado pelo Governo do Estado e pela
Bahia Mineração (Bamin), com recursos de R$ 2,5 bilhões. Localizado na região de
Aritágua, município de Ilhéus, com retro área de 1.224 ha, ponte de acesso marítimo e
píer com quebra-mar a 3.500 metros da costa. As obras iniciais, que representam o
sistema viário interno com ligação a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), devem ser concluídas
em abril de 2022. O objetivo do empreendimento é o de viabilizar o escoamento da
produção de minério de ferro produzido na região de Caetité, através do Porto Sul (ver
Quadro 4). Está previsto também o transporte de granéis agrícolas, granéis líquidos e
carga geral. Segundo a SEPLAN (2021b), o conjunto logístico da Fiol com o Porto Sul
é um dos mais importantes investimentos em infraestrutura de integração econômica
feita na Bahia nas últimas décadas.

143
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Segundo a SEINFRA (2021) foi concluída a “primeira obra (...) entre as que antecedem
a construção do Porto Sul, a ponte sobre o Rio Almada, em Ilhéus, (...). O conjunto das
intervenções iniciais está 40% concluído. A ponte se junta a outras obras em andamento
- 13 quilômetros de vias, rotatórias, desvios e trabalhos de sinalização, além de ações
socioambientais. As obras estão sendo realizadas pela Bamin, empresa que está à frente
do complexo de desenvolvimento que envolve a Mina Pedra de Ferro, o Porto Sul e o
trecho 01 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), entre os municípios de Ilhéus e
Caetité. A ponte sobre o Rio Almada conecta a BA-001 à futura área industrial do Porto
Sul.” A BA-001 está sendo requalificada da BA001,”de Nazaré até Ilhéus, passando por
Valença, Itacaré e entrando no chamado litoral norte de Ilhéus.

6. Projeto Baixio de Ir (PBI): Localizado na região do Médio São Francisco, nos


municípios de Xique-Xique e Itaguaçu da Bahia, o Projeto de Irrigação Baixio de Irecê
abrange 105 mil hectares, sendo 48 mil de área irrigável. A região tem grande
disponibilidade hídrica para irrigação, solos mecanizáveis e forte tradição agrícola. O
acesso à área do projeto se dá pela Rodovia BA-052, que liga Xique-Xique a Feira de
Santana, onde se conecta à malha rodoviária para o Porto de Aratu e Salvador.

O PBI foi qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) por meio do


Decreto nº 10.355/2020 e será o primeiro projeto público de irrigação a ser concedido à
iniciativa privada. A estruturação da concessão foi feita pela Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), PPI e
Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR).

O projeto a ser licitado prevê a Concessão do Direito Real de Uso (CDRU) de 50.531
hectares, sendo 31.500 hectares de área irrigável. A futura concessionária ficará
responsável por implantação, operação e manutenção da infraestrutura de irrigação que
atenderá a área concedida por 35 anos. A ocupação das áreas irrigáveis com produção
agrícola também será responsabilidade da concessionária, que poderá optar por realizá-
la por meios próprios ou via subconcessão.

O governo federal investiu cerca de R$ 1 bilhão na aquisição e na regularização


fundiária da área do Baixio de Irecê e na implantação de 42 quilômetros de canal,
estação de bombeamento, adutoras, estação de pressurização e infraestrutura de

144
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

suprimento energético, entre outras estruturas, além além da aquisição e na


regularização fundiária da área. Estima-se a necessidade de investimento de R$ 700
milhões adicionais na infraestrutura de atendimento das etapas 3 a 9.

A área está dividida em nove etapas. A primeira delas está em fase de ocupação e a
produção tem início previsto para 2021, com culturas de grãos como milho, feijão e
soja. A etapa 2 deve ter contratos de financiamento assinados ainda em julho. As etapas
1 e 2 têm, juntas, cerca de 16 mil hectares irrigados. Em julho de 2021, o TCU aprovou
concessão das etapas 3 a 9 do Projeto. Com a aprovação, os próximos passos serão a
publicação do edital, previsto para agosto, e a realização do leilão, previsto para
novembro deste ano (CODEVASF, 2021).

7. : O complexo naval, industrial e logístico Enseada,


localizado no Município de Maragogipe, obteve, em julho de 2021, licença definitiva
para operar como porto no escoamento de minério de ferro, ampliando os negócios para
além do setor naval e industrial. Essa licença, emitida pela ANTAQ, é válida por 25
anos e prevê que o Complexo Enseada armazene e movimente granéis minerais
(minério de ferro), cargas gerais e equipamentos de grandes dimensões, a exemplo de
torres e pás eólicas, além de ampliar a área do terminal portuário para 740 mil metros
quadrados, transformando esse complexo (Terminal de Uso Privado) em um dos
maiores portos em operação do Nordeste.

3.4.2. Projetos de implantação ou diversificação de empreendimentos


incentivados pela SUDENE

Projetos de implantação ou diversificação de empreendimentos incentivados pela SUDENE e


geradores de um número expressivo de empregos diretos e indiretos são relevantes para a
análise na medida que implicam em impactos na rede urbana baiana, na medida que criam ou
fortalecem centralidades nas cidades ou regiões onde ocorrem.

145
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

A Tabela 20 apresenta projetos dessa natureza observados no estado da Bahia no período


2013-2020.13 Foram considerados somente os 37 projetos de implantação ou diversificação
com geração de empregos diretos e indiretos superiores a 400 empregos.

Merecem destaques, os projetos enquadrados em municípios em outras Regiões Geográficas


Imediatas que não a de Salvador (Barreiras, Alagoinhas, Feira de Santana, Seabra, Jequié,
Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, Conceição do Coité, Juazeiro e Ilhéus - Itabuna) e
em atividades econômicas, em geral, de bens de consumo não duráveis:

 Luís Eduardo Magalhães, Alagoinhas, Feira de Santana, Juazeiro e Ilhéus-Itabuna:


alimentos e bebidas;

 Jequié, Cruz da Almas, Camaçari, Santo Antônio de Jeus, Santaluz e Esplanada:


calçados, têxtil e vestuário;

 Feira de Santana: celulose e papel;

 Santo Antônio de Jesus: minerais não-metálicos; e

 Iraquara: petroquímicos; e

 Mucugê: agricultura irrigada.

Como pode ser observado na Tabela 20, uma parcela expressiva dos projetos de implantação
ou diversificação de empreendimentos incentivados pela SUDENE e geradores de um número
expressivo de empregos diretos e indiretos se concentra em municípios na Região Geográfica
Imediata de Salvador, em particular em Camaçari (13 projetos), principalmente na indústria
química, petroquímica e de material plástico.

13
A base de dados sobre projetos incentivados pela SUDENE repassada à SEDUR se refere somente ao período
2013-2020.
146
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Tabela 20 - Projetos de implantação ou diversificação de empreedimentos incentivados pela SUDENE com


geração de empregos diretos e indiretos superior a 400 empregados, no período de 2013-2020.
Data da Total dos Empregos Diretos
Tipo Projeto Município Região Imediata Enquadramento
Aprovação Investimentos e Indiretos
Luís Eduardo
Implantação Barreiras 13/05/2014 6.524.822,48 1.380 Indústria de transformação - Alimentos e bebidas.
Magalhães
Diversificação Alagoinhas Alagoinhas 23/10/2014 8.309.978,94 1.219 Indústria de transformação - Alimentos e bebidas

Diversificação Feira de Santana Feira de Santana 28/11/2017 5.968.000,00 961 Indústria de transformação - Alimentos

Implantação Camaçari Salvador 30/07/2014 164.900.000,00 954 Indústria de transformação - Petroquímicos

Diversificação Feira de Santana Feira de Santana 29/12/2016 1.500.000,00 801 Indústria de Transformação - Alimentos

Implantação Salvador Salvador 28/12/2015 376.839,08 799 Indústria de transformação - Metalurgia

Ampliação Jequié Jequié 28/12/2015 331.666,79 798 Indústria de Transformação - Artigos de Vestuário

Diversificação Cruz das Almas Cruz das Almas 27/12/2017 2.820.000,00 781 Indústria de Transformação - Calçados

Implantação Feira de Santana Feira de Santana 23/12/2015 24.000.000,00 767 Indústria de Transformação - Celulose e Papel

Implantação Candeias Salvador 21/10/2014 45.436.061,32 750 Indústria de transformação - Químicos

Implantação Camaçari Salvador 21/12/2015 487.520.318,00 722 Indústria de transformação - Químicos


Indústria de transformação
Implantação Camaçari Salvador 17/12/2014 85.000.000,00 710
- Eletroeletrônico - Veículos
Luís Eduardo
Implantação Barreiras 13/05/2014 11.625.208,04 709 Industria de transformação - Alimentos e bebidas
Magalhães
Diversificação Feira de Santana Feira de Santana 23/09/2020 2.321.439,95 691 Indústria de Transformação - Alimentos

Diversificação Feira de Santana Feira de Santana 17/12/2014 89.023.217,00 681 Indústria de Transformação - Alimentos

Diversificação Feira de Santana Feira de Santana 22/04/2021 31.555.310,72 673 Indústria de Transformação - Bebidas

147
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Data da Total dos Empregos Diretos


Tipo Projeto Município Região Imediata Enquadramento
Aprovação Investimentos e Indiretos
Diversificação Mucugê Seabra 07/11/2017 2.500.000,00 648 Agricultura Irrigada

Diversificação Camaçari Salvador 30/07/2014 92.183.322,00 634 Indústria de transformação - Celulose e papel

Implantação Camaçari Salvador 15/10/2013 100.000.000,00 616 Indústria de transformação - Artigos do vestuário

Implantação Camaçari Salvador 13/02/2014 92.183.322,00 616 Indústria de transformação - Celulose e papel
Indústria de Transformação - Químicos e
Ampliação Camaçari Salvador 29/12/2016 131.411.178,40 616
petroquímicos
Ampliação Camaçari Salvador 17/12/2014 11.075.355,15 587 Indústria de transformação - Materiais plásticos
Indústria de transformação, - Materiais plásticos e
Diversificação Camaçari Salvador 20/09/2013 10.463.690,00 587
minerais não metálicos
Diversificação Camaçari Salvador 17/12/2014 2.823.965,97 587 Indústria de Transformação - Materiais Plásticos

Implantação Alagoinhas Alagoinhas 17/12/2014 1.139.735.087,00 544 Indústria de Transformação - Bebidas


Indústria de transformação - Químicos e
Ampliação Camaçari Salvador 17/12/2014 190.268.535,82 533
petroquímicos.
Santo Antônio de
Implantação Santo Antônio de Jesus 16/06/2016 8.230.179,15 500 Indústria de transformação - Minerais Não Metálicos
Jesus
Santo Antônio de
Implantação Santo Antônio de Jesus 06/04/2016 3.750.000,00 470 Indústria de Transformação - Calçados
Jesus
Implantação Santaluz Conceição do Coité 25/04/2016 3.800.000,00 466 Indústria de Transformação - Calçados

Ampliação Iraquara Seabra 28/12/2018 8.294.768,89 446 Indústria de transformação - Petroquímicos

Implantação Juazeiro Juazeiro 28/12/2018 12.377.325,00 435 Industria de transformação - Alimentos.

Diversificação Itabuna Ilhéus – Itabuna 15/10/2013 15.150.000,00 420 Indústria de transformação - bebidas

Implantação Esplanada Alagoinhas 26/11/2019 8.044.079,83 413 Indústria de transformação - Têxtil


Indústria de Transformação - Fabricação de
Implantação Camaçari Salvador 28/12/2018 20.987.455,90 402
equipamentos

148
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Data da Total dos Empregos Diretos


Tipo Projeto Município Região Imediata Enquadramento
Aprovação Investimentos e Indiretos
Implantação Camaçari Salvador 04/12/2015 48.000.000,00 401 Indústria de transformação - Metalurgia

Fonte: SUDENE (2021).

149
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

3.4.3. Arranjos produtivos locais, rotas de integração nacional e a rede urbana


do estado da Bahia

O Arranjos Produtivos Locais (APLs) são:

aglomerações de empresas e empreendimentos, localizados em um


mesmo território, que apresentam especialização produtiva, algum
tipo de governança e mantêm vínculos de articulação, interação,
cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, tais
como: governo, associações empresariais, instituições de crédito,
ensino e pesquisa (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020).

A existência desses arranjos em um ou mais municípios podem apresentar impactos na rede


urbana baiana, na medida que criam ou fortalecem centralidades nas cidades ou regiões onde
ocorrem.

O Quadro 5 apresenta os 20 principais APLs existentes no estado da Bahia, definidos pelo


número de empresas (ou produtores) de cada arranjo, conforme sistematização realizada pelo
Ministério da Economia em agosto de 2021. Apresenta também as cidades polos desses
arranjos e os municípios que os compõem, de acordo com o Observatório Brasileiro APL
(2021).

Segundo o Ministério de Desenvolvimento Regional:

as Rotas são redes de arranjos produtivos locais associadas a cadeias


produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão produtiva e o
desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras priorizadas pela
PNDR (Política Nacional de Desenvolvimento Regional). As rotas
promovem a coordenação de ações públicas e privadas em polos
selecionados, mediante o compartilhamento de informações e o
aproveitamento de sinergias coletivas a fim de propiciar a inovação, a
diferenciação, a competitividade e a sustentabilidade dos
empreendimentos associados, contribuindo, assim, para a inclusão
produtiva e o desenvolvimento regional (MDR, 2021).

150
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

O Quadro 6 apresenta as Rotas de Integração Nacional existentes no estado da Bahia, o nome


dos Polos e a sua área de abrangência.

151
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Quadro 5 - Arranjos Produtivos Locais do estado da Bahia, de acordo com o Ministério da Economia, 2021.
Número de
Cidade
Nome do APL Setor Produtivo Empresas (ou Produtos e Serviços Municípios que compõem o APL
Polo
Produtores)
Comercialização da
Hortaliças; produtos in natura; verduras; café; corte de
Agricultura Familiar e Alimentício 3112 Serrinha Serrinha
cabra e leite de cabra.
Economia Solidária
Andorinha; Campo Formoso;
Central de
Canudos; Capim Grosso; Casa
Comercialização das Agricultura; Carne de caprino; chocolate; geleia; cerveja; flocão;
2034 Juazeiro Nova; Curaçá; Itiúba; Jaguarari;
Cooperativas da Agropecuária ovo; mel.
Juazeiro; Monte Santos; Sobradinho;
Caatinga
Tucano; Uauá
Doces cremosos; geléias; compotas; bebidas alcoólicas
Agropecuária Familiar (cachaças e cervejas artesanais); bebidas não
de Canudos Uauá e Fruticultura 1472 alcoólicas; temperos; condimentos; bebidas lácteas; Uauá Canudos; Curaçá; Uauá
Curaçá queijos e hortifrúti.
Especialização: Umbu e maracujá da caatinga.
Comercialização de produtos agrícolas como cacau,
borracha, guaraná. Temparcerias com a Natovale para Camamu; Igrapiúna; Ilhéus; Ituberá;
Agricultura Familiar do a produção de palmito, contrato de processamento, Nilo Peçanha; Tancredo Neves;
Agricultura 1200 Ituberá
Baixo Sul frutiba para a industrilização do garpa com açaí; Taperoá; Una; Valença; Wenceslau
Graciosa Agroindústria para processamento de polpas; Guimarães
e Cometa açaí para produção de açai.
Abaíra; América Dourada; Andaraí;
Barra da Estiva; Barra do Mendes;
Barro Alto; Boninal; Bonito; Caém;
Cafarnaum; Canarana; Capim
Grosso; Central; Gentio do Ouro;
Produção, Aquisição e Aquisição dos grãos dos cooperados e
Ibicoara; Ibipeba; Ibitiara; Ibititá;
Serviço do Estado da Agricultura 780 comercializamos para as empresas esmagadoras. Irecê
Ipupiara; Iraquara; Irecê; Itaeté;
Bahia Produzimos semente de mamona.
Itaguaçu da Bahia; Jacobina; João
Dourado; Jussara; Jussiape; Lapão;
Lençóis; Marcionílio Souza; Miguel
Calmon; Mirangaba; Morro do
Chapéu; Mucugê; Mulungu do

152
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Número de
Cidade
Nome do APL Setor Produtivo Empresas (ou Produtos e Serviços Municípios que compõem o APL
Polo
Produtores)
Morro; Nova Redenção; Novo
Horizonte; Ourolândia; Palmeiras;
Piatã; Presidente Dutra; Rio de
Contas; São Gabriel; Saúde; Seabra;
Serrolândia; Souto Soares; Uibaí;
Umburanas; Utinga; Várzea Nova;
Wagner; Xique-Xique
Araci; Conceição da Feira;
Conceição do Coité; Feira de
Santana; Iritinga; Lamarão; Nova
Conta com mulheres produtoras de artesanato de palha,
Rede de Produtoras da Agricultura Feira de Fátima; Quinjengue; Retirolândia;
700 quintais produtivos, frutas, hortifrúti, produtoras de
Bahia Familiar Santana Riachão do Jacuípe; Santa Luz;
sequilhos, bejú, farinhas, entres outros.
Santanópolis; São Gonçalo dos
Campos; Serrinha; Teofilândia;
Tucano; Valente
Assistência técnica aos cooperados, transformando a
Produção de Palmito Camamu;Igrapiúna; Ituberá; Milo
Agricultura 658 matéria-prima em produto. Trabalhamos: palmito, Igrapiúna
do Baixo Sul da Bahia Peçanha
cacau e guaraná.
Flocão de mlho não traangênico, creme de milho;
Agropecuária Mista da América Dourada; Barra do Mendes;
Agropecuária 600 canjica amarela; xerém; mingau de milho e Irecê
Região De Irecê Barro Alto; Cafarnaum; Irecê
multicereais; canjiquinha pré-pronta.
Candeias; Itaparica; Madre de Deus;
Pesca Artesanal e
Pescados da Baía de Maragogipe; Salinas da Margarida;
Aquicultura 400 Pescados e mariscos. Vera Cruz
Todos os Santos Salvador; São Francisco do Conde;
Comunitária
Saubara; Vera Cruz
Barra do Choças; Encruzilhada
Cafeicultura de Barra Produção de café industrializado e cru, além de Barra do
Cafeicultura 324 Bahia; Planalto; Porções; Porto
do Choça e Região hortifrútigranjeiros. Choças
Seguro
A primeira cadeia é de frutas (desde o processo de
reflorestamento) como umbu, cajá, acerola, manga, Baixa Grande; Capela; Ipirá; Mari;
Ser do Sertão Agropecuária 294 abacaxi, goiaba, caju e seriguela. A segunda cadeia é a Pintadas Nova Fátima; Pintadas; Várzea da
de leite, entretanto, não produzimos, porém realizamos Roça
o acompanhamento de assistência técnica aos

153
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Número de
Cidade
Nome do APL Setor Produtivo Empresas (ou Produtos e Serviços Municípios que compõem o APL
Polo
Produtores)
produtores e na entrega do produto. A terceira cadeia é
a de hortaliças, com o acompanhamento de assistência
técnica aos produtores e vendas dos produtos. Já a
quarta cadeia é a do cordeiro, em parceria com uma
cooperativa de abate de caprinos. Presta assistência
técnica aos produtores e realiza as vendas dos
produtos.
Produção da Região do
Capim
Piemonte da Licuri 225 Beneficiamento do Licuri. Capim Grosso; São Jose do Jacuipe
Grosso
Diamantina
Leite pasteurizado; iogurtes (ameixa, abacaxi, café,
Produção Agropecuária Várzea Jacobina; Miguel Calmon; Piritiba;
Agropecuária 218 coco, licuri, morango, umbú e salada de frutas); queijo
de Giló e Região Nova Tapiramuta; Várzea Nova
(mussarela e coalho); manteiga com sal.
Apicultura; Produtos
Apicolas e Derivados e
Produtos da Anagé; Caculé; Condeuba; Jacaraci;
Licínio de
Agricultura Familiar e Mel 211 Produtos da agricultura familiar (hortifruti e mel). Licínio de Almeida; Mortugaba;
Almeida
Economia Solidaria da Pindaí; Urandí
Região do Rio Gavião
e Serra Geral
Barro Preto; Buerarema; Caatiba;
Agricultura Familiar e
Processamento do cacau ao chocolate em barra de 80 e Coaraci; Floresta Azul; Gandu;
Economia Solidaria da Agropecuária
204 20 gramas, nas porcentagens 70% 60% 50% 35%, nibs Itabuna Ibicarai; Itabuna; Itaroro; Santa Cruz
Bacia do Rio Salgado e Cacau; Chocolate
de cacau; mel de cacau e geleias de cacau. da Viotria; Santa Luzia; Ubaitaba;
Adjacentes
Urucuca
Produção Agropecuária Fruticultura;
Mel; mandioca e seus derivados; polpas de frutas; Miguel Miguel Calmon; Morro do Chapel;
de Lagoa de Dentro e Apicultura; 187
produtos hortifrúti. Calmon Várzea Nova
Região da Serra Mandiocultura
Produção dos
Derivados de
Polvilho doce; farinha de mandioca; farinha de bejú; Belos Campos; Condeúba; Jacaraci;
Mandioca; Todos os Mandiocultura 160 Condeúba
aipim; goma; biscoito voador. Licínio de Almeida
Produtos da
Agricultura Familiar e

154
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Número de
Cidade
Nome do APL Setor Produtivo Empresas (ou Produtos e Serviços Municípios que compõem o APL
Polo
Produtores)
Economia Solidaria da
Região do Rio Gavião
e Serra Geral
América Dourada; Barra Do
Mendes; Barro Alto ; Canarana ;
Agroecologia - Central; Ibipeba; Ibititá; Irecê;
Agricultura 150 Horticultura, tomate, cebola, feijão Irece
Território Irecê Itaguaçu da Bahia; João Dourado;
Jussara; Lapão; Presidente Dutra;
São Gabriel; Uibaí; e Xique-Xique
Venda de acerola in natura (orgânica e convencional) e
Agroindustrial Vale do
Polpa de Frutas 120 processamento de polpa de frutas (acerola - orgânica e Sobradinho Sobradinho
Paraíso
convencional; manga e goiaba).
A cooperativa é a maior produtora de abacaxi pérola in
Produção e natura do estado da Bahia. Possuímos duas
Fruticultura 115 Itaberaba Itaberaba
Agroindustrialização agroindústrias, onde desidratamos o abacaxi e também
trabalhamos com manga, banana e jaca.
Polo têxtil composto por 22 galpões e 24 empresas de
produção localizadas no bairro do Uruguai, região
Condomínio Bahia Metropolitana de Salvador, e abarca 14 bairros do
Têxtil o entorno. Através da Resolução nº 01/2018, publicada
Reconhecimento Têxtil 24 no D.O.E. de 06/03/2018, o Coordenador do Núcleo Salvador Salvador
Estadual como APL Estadual de Arranjos e Sistemas Produtivos e
(Empresa)* Inovativos Locais - NEASPIL, concedeu à Empresa
Reconhecimento Estadual como APL e o MDIC
concedeu o Reconhecimento Federal.
Núcleo de Bens e serviços Associação de empresas fornecedoras de bens e
Desenvolvimento e industriais para serviços industriais para diversos setores, em especial
Promocao do APL de diversos setores, para o setor de Petróleo, Gás e Naval, Construção
bens e servicos em especial para o Civil, Química e Petroquímica da Região
Regiao Metropolitana de Salvador e
indunstriais da Regiao setor de Petróleo, 45 Metropolitana de Salvador e Recôncavo. É formado Salvador
Recôncavo baiano
Metropolitana de Gás e Naval, por empresas integradas e reconhecidas que atuam por
Salvador e Recôncavo Construção Civil, meio de parcerias estratégicas entre os atores do APL..
baiano (APL Química e Através da Resolução nº 02/2018 publicada no D.O.E.
PROIND)* Petroquímica de 06/03/2018, o Coordenador do Núcleo Estadual de

155
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Número de
Cidade
Nome do APL Setor Produtivo Empresas (ou Produtos e Serviços Municípios que compõem o APL
Polo
Produtores)
Arranjos e Sistemas Produtivos e Inovativos Locais -
NEASPIL, concedeu ao PROIND o Reconhecimento
Estadual como APL e o MDIC concedeu o
Reconhecimento Federal.
Fonte: Ministério da Economia (2021); NEASPIL.

(*) Esses Arranjos Produtivos Locais foram reconhecidos pelo Coordenador do Núcleo Estadual de Arranjos e Sistemas Produtivos e
Inovativos Locais - NEASPIL (Governo Estadual da Bahia). Os demais foram especificados pelo Ministérios da Economia, em agosto
de 2021.

156
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Quadro 6 - Rotas de Interação Nacional existentes no estado da Bahia, segundo o Ministério do


Desenvolvimento Regional, 2021.

Rota Nome dos Polos Área de Abrangência do Polo (Municípios)

Arataca, Aratuípe, Coaraci, Cruz das Almas, Ibicaraí, Ibirapitanga, Igrapiúna, Ilhéus,
Biodiversidade Polo Aroeirinha Mata Atlântica Itabuna, Itacaré, Itanhem, Ituberá, Jussari, Nilo Peçanha, Santa Luzia, Santo Antonio de
Jesus, Taperoá, Uruçuca, Valença

Almadina, Arataca, Aurelino Leal, Barro Preto, Buerarema, Camacan, Canavieiras,


Coaraci, Floresta Azul, Ibicaraí, Ilhéus (cidade polo), Itabuna, Itacaré, Itaju do Colônia,
Cacau Polo Litoral Sul da Bahia
Itajuípe, Itapé, Itapitanga, Jussari, Maraú, Mascote, Pau Brasil, Santa Luzia, São José da
Vitória, Ubaitaba, Una, Uruçuca

Baixa Grande, Capela do Alto Alegre, Capim Grosso, Gavião, Ipirá, Mairi, Nova Fátima,
Cordeiro Polo Bacia do Jacuípe Pé de Serra, Pintadas, Quixabeira, Riachão do Jacuípe, São José do Jacuípe, Serra Preta,
Serrolândia, Várzea da Roça, Várzea do Poço

América Dourada, Irecê, Itaguaçu da Bahia, Jussara, Lapão, Presidente Dutra, São
Cordeiro Polo Chapada do Jacaré
Gabriel, Xique-Xique

Barra da Estiva, Boa Nova, Caetanos, Contendas do Sincorá, Iramaia, Jequié, Manoel
Cordeiro Polo Rio das Contas
Vitorino, Maracás, Mirante, Tanhaçu

Campo Alegre de Lourdes, Campo Formoso, Canudos, Casa Nova, Curaçá, Jaguarari,
Cordeiro Polo Sertão Norte Baiano
Juazeiro, Pilão Arcado, Remanso, Senhor do Bonfim, Sento Sé, Sobradinho, Uauá

Fonte: MDR (2021).

157
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

3.5. Hierarquia dos Centros Urbanos, Regiões de Influência e Ensino


Superior

Serviços de ensino superior constituem funções urbanas que tendem a gerar centralidade para
as cidades onde se localizam. Em vista disso, a Tabela 21 apresenta o número de cidades de
origem dos fluxos para acesso a serviços de ensino superior.

Dessa forma, pode ser observado, no estado da Bahia, que essa intensidade é maior nas
cidades que compõem o Arranjo Populacional de Salvador (83); em Vitória da Conquista
(61), Feira de Santana (49), Itabuna (37), Paripiranga (34), Barreiras (24), Guanambi (22),
Jequié (21), Paulo Afonso (16), Alagoinhas (15) e Teixeira de Freitas (15).

Com exceção da cidade de Paripiranga, um centro local14 localizado na Região Geográfica


Imediata de Cicero Dantas e no Território de Identidade Semiárido Nordeste II, as demais se
situam em níveis mais elevados na hierarquia urbana (Metrópole, Capital Regional B, Capital
Regional C e Centros Sub-regionais A).15

O Mapa 8, apresenta os deslocamentos para o ensino superior no contexto das Regiões de


Influência das Cidades do estado da Bahia, classificados em três níveis, de acordo com o
REGIC 2018.

Tabela 21 - Número de municípios de origem dos fluxos para acesso a


serviços de ensino superior com base na pesquisa REGIC 2018, publicada
pelo IBGE no ano de 2020.
Nível da hierarquia na Número de municípios de
Destino
Rede Urbana origem
Arranjo Populacional de Salvador/BA Metrópole 83
Vitória da Conquista Capital Regional B 61

14
O número de instituições de ensino superior em Paripiranga é muito expressivo. A listagem dessas instituições
encontra-se disponível em: https://querobolsa.com.br/faculdades-e-universidades/bahia--paripiranga/todas.
15
Na REGIC (2018), as cidades brasileiras foram classificadas, hierarquicamente, a partir das funções de gestão
que exercem sobre outras Cidades, considerando tanto seu papel de comando em atividades empresariais quanto
de gestão pública, e, ainda, em função da sua atratividade para suprir bens e serviços para outras Cidades. O
alcance desse comando e atratividade no território corresponde à delimitação de sua área de influência, ou seja,
quais cidades estão subordinadas a cada centralidade, conforme cinco níveis da hierarquia dos centros urbanos:
Metrópole; Capital Regional (A, B e C); Centros Sub-regionais (A e B); Centros de Zona (A e B); e Centros
Locais.
158
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Nível da hierarquia na Número de municípios de


Destino
Rede Urbana origem
Feira de Santana Capital Regional B 49
Itabuna Capital Regional B 37
Paripiranga Centro Local 34
Barreiras Capital Regional C 24
Guanambi Centro Sub-Regional A 22
Jequié Centro Sub-Regional A 21
Paulo Afonso Centro Sub-Regional A 16
Alagoinhas Centro Sub-Regional A 15
Teixeira de Freitas Centro Sub-Regional A 15
Santo Antônio de Jesus Centro Sub-Regional A 14
Irecê Centro Sub-Regional A 13
Jacobina Centro Sub-Regional B 13
Arranjo Populacional de Petrolina/PE -
Juazeiro/BA Capital Regional C 11
Itaberaba Centro Sub-Regional B 10
Valença Centro Sub-Regional B 9
Cruz das Almas Centro Sub-Regional B 8
Eunápolis Capital Regional C 8
Arranjo Populacional de Cachoeira -
Muritiba - Governador Mangabeira/BA Centro Local 7
Arranjo Populacional de Santa Maria da
Vitória/BA Centro de Zona A 7
Ilhéus Capital Regional C 7
Itapetinga Centro Sub-Regional B 7
Seabra Centro de Zona A 7
Senhor do Bonfim Centro Sub-Regional A 7
Amargosa Centro de Zona B 4
Capim Grosso Centro de Zona A 4
Montes Claros Capital Regional B 4
Belém do São Francisco Centro Local 3
Bom Jesus da Lapa Centro Sub-Regional B 3
Caetité Centro de Zona A 3
Ribeira do Pombal Centro Sub-Regional B 3
Serrinha Centro Sub-Regional B 3
Brumado Centro Sub-Regional B 2
Conceição do Coité Centro Sub-Regional B 2
Esplanada Centro Local 2
Estância Centro Sub-Regional B 2

159
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Nível da hierarquia na Número de municípios de


Destino
Rede Urbana origem
Porto Seguro Centro Sub-Regional A 2
Santaluz Centro Local 2
Cocos Centro Local 1
Corrente Centro de Zona A 1
Ibotirama Centro de Zona B 1
Ipiaú Centro Sub-Regional B 1
Itamaraju Centro Sub-Regional B 1
Lagarto Centro Sub-Regional B 1
Livramento de Nossa Senhora Centro de Zona B 1
Luís Eduardo Magalhães Centro Sub-Regional B 1
Macaúbas Centro de Zona B 1
Remanso Centro de Zona B 1
Rio Real Centro de Zona B 1
Ruy Barbosa Centro de Zona B 1
Santa Inês Centro de Zona B 1
Utinga Centro de Zona B 1
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em IBGE (2020).

160
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 8 - Deslocamentos para Ensino Superior [2018]

161
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

A presença de campi de instituições estaduais e federais de ensino superior constitui um fator


de centralidade das cidades em que se localizam.

São quatro as universidades estaduais da Bahia. A UNEB (Universidade do Estado da Bahia)


possui campi espalhados em 22 municípios, sendo eles: Salvador, Alagoinhas, Juazeiro,
Jacobina, Santo Antônio de Jesus, Caetité, Senhor do Bonfim, Paulo Afonso, Barreiras,
Teixeira de Freitas, Serrinha, Guanambi, Itaberaba, Conceição do Coité, Valença, Irecê, Bom
Jesus da Lapa, Eunápolis, Camaçari, Ipiú, Euclides da Cunha, Seabra e Xique-Xique. A
UEFS possui campus apenas no município de Feira de Santana. A UESB (Universidade
Estadual do Sudeste da Bahia) tem campi nos municípios de Vitória da Conquista, Jequié e
Itapetinga. Por fim, a USC (Universidade Estadual de Santa Cruz) tem seu campus localizado
entre os municípios de Ilhéus e Itabuna.

A distribuição dessas universidades por Regiões Geográficas Imediatas e Territórios de


Identidade pode ser observada na figura 23 e no mapa 9, a seguir.

162
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 23 - Distribuição dos campis das universidades estaduais, segundo


a Secretaria de Educação do estado da Bahia (2021), sobrepostas aos
Territórios de Identidade do estado (2018).

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEC (2021).

163
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 9 – Universidades Estaduais [2021] por Regiões Geográficas Imediatas [2017]

164
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Além das universidades estaduais, importantes instituições federais de ensino superior


encontram-se presentes no estado da Bahia:

 Universidade Federal da Bahia com unidades em Salvador, Camaçari (campus) e


Vitória da Conquista (UFBA, 2021);

 Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), com unidades acadêmicas em


Barreiras, Barra, Bom Jesus da Lapa, Luís Eduardo Magalhães e Santa Maria da Vitória
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2021)

 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), com unidades acadêmicas em


Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, Feira de Santana, Nazaré, Amargosa,
Cachoeira e Santo Amaro;

 Universidade Federal do Sul da Bahia em Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas


(UFSB, 2021); e

 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), com 22


campi (Salvador, Barreiras, Brumado, Camaçari, Eunápolis, Euclides da Cunha, Feira
de Santana, Ilhéus, Irecê, Jacobina, Jequié, Juazeiro, Lauro de Freitas, Paulo Afonso,
Porto Seguro, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, Seabra, Simões Filho, Ubaitaba,
Valença e Vitória da Conquista; 01 Núcleo Avançado (Salinas da Margarida); 02 (dois)
campi em fase de implantação, localizados em Jaguaquara e Campo Formoso; 05
Centros de referência, também em construção, localizados nas cidades de Itatim, Casa
Nova, São Desidério, Camacã e Monte Santo; e 01 Polo de Inovação Salvador, cuja
unidade fica no Parque Tecnológico da Bahia (Paralela, em Salvador) (IFBA, 2021).

Dessa forma, o Mapa 10 a seguir, apresenta os municípios que possuem instituições de


ensino superior, sejam elas estaduais ou federais, por regiões imediatas.

165
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 10 – Municípios que possuem universidades [2021]

166
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

3.6. Hierarquia dos Centros Urbanos, Regiões de Influência e Inserção


Digital

No âmbito da avaliação do Estudo da Rede Urbana da Bahia (2011), a análise da cobertura de


domicílios com sinal de telefonia móvel nos municípios brasileiros é relevante sobre 2 dois
aspectos: a) pode-se afirmar que a inclusão digital é um novo direito à cidadania e, portanto,
de fundamental relevância para os “relacionamentos internos e externos” dos grupos sociais
que caracterizam os Territórios de Identidade; e b) a disponibilidade de canais digitais de
serviços (vendas de bens de consumo duráveis e não duráveis; oferta de trabalho; oferta de
serviços de saúde, educação e de serviços públicos, etc.) podem contribuir para a maior ou
menor centralidade das cidades e a estrutura de suas Regiões Geográficas.

Considerando dados da ANATEL (2021), a seguir serão apresentados os percentuais de


domicílios cobertos com sinal de telefonia móvel por município, Regiões Geográficas e
Territórios de Identidade do estado da Bahia (todas as tecnologias), segundo o Grau de
Vulnerabilidade, visto que os conceitos de exclusão e vulnerabilidade social são noções que
introduzem novos recursos interpretativos sobre os processos de desenvolvimento social, para
além de sua dimensão monetária (IPEA, 2015).

Nesse caso, esses graus foram definidos pelos seguintes cortes: abaixo ou acima da média
total do percentual de cobertura (66,6%); sendo o grau 1 (até 39,9%), grau 2 (até 66,6%) Grau
3 (até 91,2%) e Grau 4, com cobertura de sinal superior à 91,2%.

Dessa forma, as Tabelas 22 e 23 apresentam municípios do estado da Bahia com Graus de


Vulnerabilidade 4 e 1 referentes ao percentual de cobertura de sinal de telefonia móvel, tendo
as Regiões Geográficas Imediatas como referência: 20 municípios em piores e melhores
condições de vulnerabilidade.

167
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Tabela 22 - Municípios do estado da Bahia com Grau de Vulnerabilidade


4, referente ao percentual de cobertura de sinal de telefonia móvel
(todas as tecnologias) 2021, segundo a Região Geográfica Imediata de
referência: 20 municípios em piores condições de vulnerabilidade
(Cobertura inferior a 39,9%).

% Domicílios
Município Domicílios Região Geográfica Imediata
cobertos

Muquém de São Francisco 19,3 2.635 Xique-Xique – Barra

Ibitiara 19,9 4.212 Seabra

Monte Santo 20,4 14.487 Euclides da Cunha

Vereda 22,2 2.087 Teixeira de Freitas

Baianópolis 24,8 3.822 Barreiras

Jucuruçu 25,0 3.004 Teixeira de Freitas

Oliveira dos Brejinhos 26,2 6.120 Xique-Xique – Barra

Mirante 27,0 2.786 Vitória da Conquista

Novo Horizonte 27,9 3.051 Seabra

Tremedal 28,3 4.831 Vitória da Conquista

Caetanos 29,4 3.211 Vitória da Conquista

Brotas de Macaúbas 30,0 3.199 Xique-Xique – Barra

Jacaraci 30,8 3.681 Guanambi

Rio do Antônio 30,9 4.012 Guanambi

Rio de Contas 31,0 3.721 Brumado

Itaguaçu da Bahia 31,5 3.529 Irecê

Jussiape 31,5 2.382 Brumado

Anagé 31,8 7.239 Vitória da Conquista

Mirangaba 32,2 4.655 Jacobina

Ribeira do Amparo 32,5 3.933 Ribeira do Pombal

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em ANATEL (2021); IBGE (2017).

168
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Tabela 23 – Municípios do estado da Bahia com Grau de Vulnerabilidade


1, referente ao percentual de cobertura de sinal de telefonia móvel
(todas as tecnologias) 2021, segundo a Região Geográfica Imediata de
referência: 20 municípios em melhores condições de vulnerabilidade
(Cobertura superior a 91,2%).

% Domicílios
Município Domicílios Região Geográfica Imediata
cobertos

Itaparica 100,0 6.341 Nazaré – Maragogipe

Lauro de Freitas 100,0 49.435 Salvador

Salvador 100,0 858.887 Salvador

Madre de Deus 99,9 5.172 Salvador

Muritiba 99,9 8.318 Cruz das Almas

Simões Filho 99,9 35.000 Salvador

Candeias 99,8 24.892 Salvador

Irecê 99,7 19.622 Irecê

Salinas da Margarida 99,5 3.833 Nazaré – Maragogipe

Saubara 99,4 3.538 Salvador

Cruz das Almas 99,2 17.226 Cruz das Almas

Conceição do Jacuípe 98,8 8.892 Feira de Santana

Dias d'Ávila 98,7 19.888 Salvador

Camaçari 98,5 73.991 Salvador

Itabuna 98,4 63.020 Ilhéus – Itabuna

Dom Macedo Costa 97,9 1.179 Santo Antônio de Jesus

Itapetinga 97,4 19.294 Itapetinga

Feira de Santana 97,3 162.864 Feira de Santana

Luís Eduardo Magalhães 97,2 17.769 Barreiras

Terra Nova 97,1 3.606 Salvador

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em ANATEL (2021); IBGE (2017).

169
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

As Tabelas 24 e 25 apresentam municípios do estado da Bahia com Graus de Vulnerabilidade


4 e 1 referentes ao percentual de cobertura de sinal de telefonia móvel, segundo Territórios
de Identidade referência: 20 municípios em piores e melhores condições de vulnerabilidade.

170
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Tabela 24 - Municípios do estado da Bahia com Grau de Vulnerabilidade


4, referente ao percentual de cobertura de sinal de telefonia móvel
(todas as tecnologias) 2021, segundo o Território de Identidade de
referência: 20 municípios em piores condições de vulnerabilidade
(Cobertura inferior a 39,9%).

% Domicílios
Município Domicílios Territórios de Identidade
cobertos

Muquém de São Francisco 19,3 2.635 Velho Chico

Ibitiara 19,9 4.212 Chapada Diamantina

Monte Santo 20,4 14.487 Sisal

Vereda 22,2 2.087 Extremo Sul

Baianópolis 24,8 3.822 Bacia do Rio Grande

Jucuruçu 25,0 3.004 Extremo Sul

Oliveira dos Brejinhos 26,2 6.120 Velho Chico

Mirante 27,0 2.786 Sudoeste Baiano

Novo Horizonte 27,9 3.051 Chapada Diamantina

Tremedal 28,3 4.831 Sudoeste Baiano

Caetanos 29,4 3.211 Sudoeste Baiano

Brotas de Macaúbas 30,0 3.199 Velho Chico

Jacaraci 30,8 3.681 Sudoeste Baiano

Rio do Antônio 30,9 4.012 Sertão Produtivo

Rio de Contas 31,0 3.721 Chapada Diamantina

Itaguaçu da Bahia 31,5 3.529 Irecê

Jussiape 31,5 2.382 Chapada Diamantina

Anagé 31,8 7.239 Sudoeste Baiano

Mirangaba 32,2 4.655 Piemonte da Diamantina

Ribeira do Amparo 32,5 3.933 Semiárido Nordeste II

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em ANATEL (2021); SEPLAN (2018).

171
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Tabela 25 - Municípios do estado da Bahia com Grau de Vulnerabilidade


1 referente ao percentual de cobertura de sinal de telefonia móvel (todas
as tecnologias) 2021, segundo o Território de Identidade de referência:
20 municípios em melhores condições de vulnerabilidade (Cobertura
superior a 91,2%).

% Domicílios
Município Domicílios Territórios de Identidade
cobertos

Tanquinho 83,1 2.222 Portal do Sertão

Santanópolis 83,1 2.480 Portal do Sertão

Itagi 83,2 3.691 Médio Rio de Contas

Ubaitaba 83,3 6.015 Litoral Sul

Itaju do Colônia 83,4 2.171 Litoral Sul

Itamari 83,6 2.387 Médio Rio de Contas

Barrocas 83,9 3.871 Sisal

Brejões 84,2 3.950 Vale do Jiquiriçá

Uibaí 84,2 4.199 Irecê

Ouriçangas 84,4 2.417 Litoral Norte e Agreste Baiano

Wagner 84,5 2.461 Chapada Diamantina

Cairu 84,6 4.724 Baixo Sul

Jacobina 85,1 24.883 Piemonte da Diamantina

Elísio Medrado 85,2 2.558 Vale do Jiquiriçá

Tapiramutá 85,4 3.999 Piemonte do Paraguaçu

Santo Amaro 85,5 16.997 Recôncavo

Floresta Azul 85,6 3.030 Litoral Sul

Almadina 85,9 1.961 Litoral Sul

Guanambi 86,1 22.288 Sertão Produtivo

Itatim 86,2 4.172 Piemonte do Paraguaçu

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em ANATEL (2021); SEPLAN (2018).

172
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Nesse contexto, os percentuais de cobertura de sinal de telefonia móvel (todas as tecnologias)


de municípios do estado da Bahia podem ser observados na Figura 24. Os percentuais são
menos elevados quanto mais azul for a tonalidade da cor do município e, piores, quanto mais
essa cor tende ao vermelho. Em geral, os percentuais de cobertura são mais elevados nos
municípios situados no Litoral ou na Região Oeste do estado.

Figura 24 - Percentual de cobertura de sinal de telefonia móvel (todas as


tecnologias) dos municípios do estado da Bahia, no ano de 2021,
segundo a Agência Nacional de Telecomunicações.

Fonte: ANATEL (2021).

3.7. Hierarquia dos Centros Urbanos, Regiões de Influência e


Informalidade do Uso do Solo

Conforme já anunciado neste documento, os conflitos fundiários são analisados em duas


vertentes: os rurais e os urbanos. Se, para o caso dos conflitos no campo, tem-se dados
precisos e atualizados, para o caso dos conflitos urbanos, deve-se fazer uma aproximação, a

173
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

partir de três tipos de irregularidades na ocupação do solo: assentamentos conhecidos como


favelas, loteamentos irregulares e cortiços, ainda existentes em municípios baianos.

Segundo o PLANEHAB (SEDUR, 2015), as maiores concentrações de assentamentos


irregulares aparecem na região costeira e nos municípios mais adensados e representativos na
rede urbana; ou seja, justamente naqueles que contam com maior dinâmica econômica e
maior volume demográfico ou integrante de aglomerações urbanas.

Vale lembrar que situações referentes a estruturas fundiárias não são de fácil resolução e,
portanto, tendem a permanecer até mesmo por mais de uma geração. Assim, dados do Censo
de 2010 ainda podem ser considerados para a construção de cenários gerais do Estado e
mesmo de hierarquias que demonstrem municípios com mais e com menos conflitos.

Para o caso dos conflitos urbanos, usou-se os dados mais recentes disponibilizados pelo
próprio governo estadual, contidos no Relatório Síntese do PLANEHAB 2010 – 2013, ou
seja, o Plano Estadual de Habitação e Interesse Social e Regularização Fundiária, elaborado
em 2015 pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano.

Para dimensionar o impacto dos conflitos urbanos em cada Território de Identidade, foram
agregados dados de seus respectivos municípios, somando-se o número de famílias
envolvidas em diferentes questões fundiárias (conforme qualitativo no quadro 7 a seguir), e a
partir de informações obtidas por meio do PLANEHAB (SEDUR, 2015).

174
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 25 - Total de conflitos urbanos no período 2007-2012 por


Territórios de Identidade do estado da Bahia (2018), de acordo com o
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social e Regularização
Fundiária.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEDUR (2015).

Na sobreposição dos conflitos urbanos sobre as Regiões de Influência de 2011 com a sua
simulação para 2018 (por meio das Regiões Geográficas Imediatas), chama atenção que as
grandes parcelas do território baiano que contaram com novas centralidades, enriquecendo,
positivamente, degraus hierárquicos no sistema urbano estadual, são aquelas com menor
número de conflitos urbanos ou com nível relativamente baixo.

As grandes parcelas aqui mencionadas são aquelas constituídas pelo bloco de Regiões de
Influência 2018 (ou Regiões Geográficas Imediatas, 2017) de: Barreiras, Xique-Xique, Irecê,
Santa Maria da Vitória, Bom Jesus da Lapa e Guanambi.

175
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Considerando que justamente nessas parcelas, ou melhor, em suas áreas urbanas, ocorram
maiores dinâmicas imobiliárias que demandam encaminhamentos técnico-administrativos
ainda não usuais para suas estruturas municipais, conclui-se que são urgentes políticas
públicas de capacitação municipal. Tais políticas devem incluir uma preocupação com a
construção e uso de legislações de uso do solo urbano municipal e com o encaminhamento de
processos de regularização fundiária e de reurbanização. Visto isso, se tais ações são
necessárias, elas não são suficientes; sabidamente, a questão fundiária urbana é complexa,
exige recursos diversos, sobretudo financeiros e sociais para seu bom encaminhamento.

Uma outra grande parcela, constituída por agrupamento de municípios, que também contam
com concentração de conflitos urbanos é aquela localizada na porção mais ao sul da costa
leste. Neste caso, é necessário que se leve em consideração uma eventual organização
municipal menos consolidada nos municípios de criação mais recente, seja pelo mais recene
processo de estruturação administrativa municipal, seja pelos processos mais recentes de suas
urbanizações, seja ainda pela distância de centros maiores e mais capacitados.

176
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 26 - Parcelas prioritárias para capacitação técnica para processos


de legislação urbana, regularização fundiária e reurbanização, segundo o
consórcio “Rede Urbana”, 2021.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEDUR (2011) e IBGE (2017).

Em termos de tipologia dos conflitos urbanos, conforme observados no documento


PLANEHAB (SEDUR, 2015), tem-se os municípios assim distribuídos por Territórios de
Identidade e por Regiões Geográficas Imediatas:

177
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Quadro 7 - Síntese dos Conflitos Urbanos do estado da Bahia, segundo o


Consórcio “Rede Urbana” 2021, organizados por Territórios de
Identidade, 2018.

TERRITÓRIO DE IDENTIDADE QUESTÕES RECORRENTES

TI 1 – Irecê Irregularidades fundiárias diversas

Formação de loteamentos irregulares

Necessidade de regularização fundiária de antigos projetos

Falta de aplicação dos instrumentos de regularização fundiária

Atuação do Ministério público e Defensoria Pública

TI 2 – Velho Chico Necessidade de mais capacitação do Município

Necessidade de fortalecimento da sociedade civil

Existência de Conselhos atuantes (habitação, saúde, educação etc)


que podem contribuir no encaminhamento dos conflitos

Existência de articulação de órgãos que trabalham com a questão


fundiária (cartórios, CDA, SEDUR, Defensoria Pública e Ministério
Público)

Falta de processos de regularização fundiária

Concentração de terras por fazendeiros e ausência de regularização


TI 3 – Chapada Diamantina
fundiária, êxodo rural

Cartórios ineficazes ou Inexistentes

Necessidade de maior conhecimento e aplicação da legislação para


regularização fundiária, assistência técnica, atitude política (gestor),
levantamento das propriedades públicas e privadas (Banco de Terras)
TI 4 – Sisal
Existência de acampamentos MST, CETA, FATRES/reforma agrária,
acompanhamento social

Assentamentos do INCRA com infraestrutura precária

Alto índice de habitações irregulares

Inadequação habitacional

TI 5 – Litoral Sul Existência de terrenos aforados

Ocupações em áreas de proteção ambiental

Necessidade de incremento dos processos de regularização fundiária

178
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

TERRITÓRIO DE IDENTIDADE QUESTÕES RECORRENTES

Dificuldade de acesso à terra regularizada

Falta de recursos para HIS


TI 6 – Baixo Sul
Ocupações irregulares (APPs, margens de rodovias, próximo a redes
elétricas, áreas de risco)

Falta de prioridade para regularização fundiária em áreas urbanas

TI 7 – Extremo Sul Falta de prioridade para questão de regularização fundiária nas


comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas, ribeirinhos,
pescadores, agricultura familiar e habitação rural)

Necessidade de fortalecimento da Defensoria Pública.


TI 8 – Médio Sudoeste da Bahia
Necessidade de efetivação dos instrumentos de acesso à terra no
Estatuto das Cidades

Desarticulação das políticas públicas

Necessidade de ampliação da assistência técnica através de concurso


TI 9 – Vale do Jiquiriçá público para SEAGRI (EBDA) e INCRA

Necessidade de MPs firmarem TACs para regularização e


qualificação dos assentamentos

Necessidade de regularização fundiária rural e urbana – imóveis sem


titulação – em todo o território do Sertão do São Francisco

Empreendimentos construídos pela CHESF sem titulação para os


beneficiários

TI 10 – Sertão do São Francisco Existência de ocupação em terras devolutas, sem destinação, de modo
generalizado no território

Falta de regularização fundiária das comunidades tradicionais


(pescadores, fundo de pasto, indígenas, quilombolas etc.)

Parcelamentos irregulares em Juazeiro

Necessidade de aplicação do Estatuto das Cidades


TI 11 – Bacia do Rio Grande
Necessidade de fortalecimento institucional (MDA, Defensoria
Pública, CDA)

TI 12 – Bacia do Paramirim Necessidade de regularização fundiária urbana e rural

Necessidade de regularização fundiária através de programas efetivos


TI 13 – Sertão Produtivo pela SEDUR

Necessidade de um fortalecimento da Defensoria Pública nos

179
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

TERRITÓRIO DE IDENTIDADE QUESTÕES RECORRENTES


territórios

Efetivação dos instrumentos de acesso à terra no Estatuto das


Cidades

TI 14 – Piemonte do Paraguaçu Sem destaques

Regularização fundiária de interesse social urbano com atuação da


SEDUR, e rural através da CDA/SEAGRI

Elaboração e atualização dos cadastros multifinalitários, com


lançamento dos loteamentos existentes em base georreferenciada
TI 15 – Bacia do Jacuípe
Aplicação dos planos diretores e dos instrumentos urbanísticos do
Estatuto das Cidades

Celeridade dos processos iniciados e não concluídos pela


CDA/SEAGRI

TI 16 – Piemonte da Diamantina Problemas com a regularização fundiária

TI 17 – Semiárido Nordeste II Sem destaques

TI18 – Litoral Norte e Agreste


Regularização fundiária urbana e rural
Baiano

Regularização fundiária para o cumprimento da função social da


propriedade
TI 19 – Portal do Sertão
Agilizar e desburocratizar a regularização fundiária

Melhorar quadros técnicos

Regularização fundiária
TI 20 – Vitória da Conquista
Mapeamento de terras públicas e ações jurídicas para legalização das
áreas

Proliferação de favelas

Inadequação habitacional, principalmente na zona rural

TI 21 – Recôncavo Carência de saneamento básico

Ocupação ao longo da “Linha Viva” da CHESF

Crítica ao padrão sanitário FUNASA na provisão de seus serviços

TI 22 – Médio Rio de Contas Sem destaque

TI 23 – Bacia do Rio Corrente Ameaças do agronegócio aos pequenos produtores rurais

180
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

TERRITÓRIO DE IDENTIDADE QUESTÕES RECORRENTES

Fortalecer e apoiar a agricultura familiar

Implantação de Assistência Técnica de Extensão Rural

Regularização fundiária urbana e rural

Implantar CDA no Território de Identidade e ampliar atendimento

TI 24 – Itaparica Áreas de propriedade da CHESF

Necessidade de regularizações fundiárias em todos os territórios


TI 25 – Piemonte Norte do Itapicuru
urbanos.

Necessidade de regularização fundiária em todos os territórios


urbanos.

TI 26 – Metropolitano de Salvador Construção de equipamentos de lazer e comunitários

Implantação de serviços públicos nos empreendimentos habitacionais


(na época, o Programa Minha casa Minha Vida)

TI 27 – Costa do Descobrimento Sem destaques

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEDUR (2015) e SEPLAN (2018).

No caso dos conflitos no campo na Bahia, tem-se levantamentos feitos pela Comissão
Pastoral da Terra (CTP) e pelo Instituto Nacional da Reforma Agrária (INCRA). Para que
fosse possível um comparativo temporal entre os conflitos na área rural com aqueles
anteriormente apresentados da área urbana, foi estabelecido o mesmo recorte temporal para
contagem das ocorrências, isto é, de 2007 a 2012. Ao final, foram somados os quantitativos
de famílias atingidas em cada município, permitindo a seguinte distribuição em relação aos
Territórios de Identidade:

181
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 27 - Concentração de conflitos no campo, no período 2007-2012,


por Territórios de Identidade do estado da Bahia (2018), segundo dados
da Comissão Pastoral da Terra.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em Relatórios da Comissão


Pastoral da Terra, 2007 – 2012.

A figura acima com os Territórios de Identidade, confirma uma concentração de conflitos no


campo em quatro grandes compartimentos: 1) Extremo Sul, Costa do Descobrimento, e Baixo
Sul; 2) Sertão do São Francisco; 3) Velho Chico, Bacia do rio Corrente, e Velho Chico. A
distribuição de tais conflitos sobre as Regiões Imediatas, como esperado, são similares. De
modo geral, os municípios com maior concentração de conflitos no campo correspondem
exatamente àqueles com sinais já confirmados ou com tendência para novas centralidades,
novas regiões homogêneas e novas redes urbanas.

182
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 28 - Parcelas prioritárias para ações consorciadas de


encaminhamento de conflitos no campo, segundo o consórcio “Rede
Urbana”, 2021.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEDUR (2011) e IBGE (2017).
Para o encaminhamento de políticas públicas referentes aos conflitos no campo, é possível
sugerir uma estrutura descentralizada, a partir dos recortes dos Territórios de Identidade e/ou
Regiões Imediatas, e organizada nas cidades com mais alta hierarquia de cada um deles para
um enfrentamento regionalizado. A partir disso, diferentemente dos conflitos urbanos, o
consórcio interinstitucional e também com governos federal e municipais é fundamental. Ao
final, encaminhamentos em nível municipal se organizam a partir de questões específicas de
cada um dos conflitos (diferenciados, minimamente, em estágio de negociação, número de
famílias e tamanho da área motivo do conflito).

183
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

3.8. Hierarquia dos Centros Urbanos, Regiões de Influência e Eventos


Culturais

As atividades culturais e eventos correlacionados possuem forte caráter espontâneo,


respondendo a motivações variadas e com diferentes expressões territoriais. Internas à rede
urbana, tais atividades corroboram com a expressividade de determinadas cidades que nem
sempre coincidem com centralidades encontradas em função de outros temas. Nesse sentido,
algumas localidades se sobressaem em relação a outras, não apenas em função da
concentração de funções tipicamente urbanas, mas em função de aspectos qualitativos que as
tornam atrativas dentro da rede.

O Estado da Bahia apresenta importantes manifestações culturais e redes de apoio correlatas


que influenciam diretamente na estruturação da rede urbana, com destaque para as festas
populares e relacionadas à religião/religiosidade. Para a investigação sobre a distribuição
espacial e a estruturação da rede urbana, o Estudo de 2011 complementou a análise por meio
de duas variáveis: as festas de São João e as festividades religiosas. Isso, pois, no REGIC
2007, o aspecto cultural foi analisado restritivamente à prestação de serviços e concentração
de fixos relacionados ao tema, desconsiderando dinâmicas que influenciam diretamente na
conformação e/ou manutenção de centralidades. Ao fim, foram identificadas cidades que
exercem atração e influência regional, sobretudo em função dessas duas tipologias de eventos.

Com o intuito de se investigar os reflexos das manifestações culturais na rede urbana da Bahia
desde 2011, comparou-se às analises contidas no estudo de 2011 e as informações presentes
no REGIC 2018 e nos PDITS mais recentes, conforme anunciado no Plano de Trabalho, e
justificado no item 02. Enfoque Técnico e Metodológico, deste documento.

No REGIC 2018, as análises voltadas à identificação da importância das atividades culturais


na rede ampliaram o escopo de análise para além da concentração de equipamentos de cultura,
tais como cinemas, teatros e museus, considerando, também, os deslocamentos em função das
festividades de reconhecimento compartilhado coletivamente. A publicação apresenta
resultados advindos de análises atualizadas e bastante detalhadas, capazes de traçar os
principais centros culturalmente atrativos no Estado e sua contribuição na rede.

184
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Com relação aos PDITS disponíveis, agregou-se à análise apenas aqueles posteriores à 2011 –
data do estudo da rede urbana que está sendo revisado. Por corresponderem a planos que
versam sobre análises e ações que envolvem, além do turismo, manifestações culturais,
buscou-se investigar quais elementos trabalhados por esses instrumentos podem ter
contribuído, de alguma forma, para a maior ou menor centralidade das cidades identificada
pelo REGIC 2018. São eles (Quadro 8, a seguir):

Quadro 8 - Relação dos PDITS existentes, ano de publicação e sua


inclusão ou não na revisão do Estudo da Rede Urbana de 2011.
PDITS ANO CONSIDERADO NA ANÁLISE
Baía de Todos os Santos 2012 Sim
Costa do Descobrimento 2002 Não
Salvador e Entorno 2003 Não
Litoral Sul 2004 Não
Costa das Baleias 2004 Não
Chapada Diamantina 2004 Não
Costa do Dendê 2015 Sim
Costa do Cacau 2015 Sim
Costa dos Coqueiros 2015 Sim
Camaçari 2019 Sim
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2011), com base em SETUR (2021).
Para avaliar a atratividade que as cidades e respectivas hierarquias apresentam em relação às
manifestações culturais, o REGIC 2018 desenvolveu o que foi denominado na publicação de
“Índice de Atratividade16”. A partir das informações correlatas à esse índice, foi possível
identificar a atratividade que cada hierarquia representa à rede urbana da Bahia (Figura 29,
abaixo).

16
Conforme explicita o IBGE (2020, pg. 73), “índice [de atração] foi calculado a partir da população residente
nos Municípios entrevistados e o percentual dos destinos: , onde
IA é o Índice de Atração da Cidade J; Pa é a população da Cidade A; e %a→j é o percentual atribuído pela
Cidade A ao destino j. Por exemplo, as Cidades A e B, cada uma com 100 mil habitantes, mencionam a J como
destino com, respectivamente, 50% e 10%. O Índice de Atração da Cidade J será a soma de (100 mil x 0,5) e
(100 mil x 0,1), resultando em 60 mil. Esse valor não corresponde ao número de pessoas que efetivamente se
deslocam à Cidade J, mas oferece um parâmetro comparativo da atração entre diferentes Cidades”
185
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 29 - Representatividade das hierarquias em função das


manifestações culturais, segundo a Pesquisa Regiões de Influência das
Cidades (REGIC) 2018, publicada pelo IBGE, no ano de 2020.

3000000

2500000

2000000

1500000

1000000

500000

0
Metrópole Capital Capital Centro de Centro de Centro Centro Centro Local
Regional B Regional C Zona A Zona B Subregional Subregional
A B

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em IBGE (2020).

Tal qual esperado, a metrópole de Salvador e seu arranjo populacional desempenham papel
sobressaliente em relação aos demais níveis hierárquicos, muito provavelmente em função da
maior concentração de equipamentos, serviços, oferta de festividades e infraestrutura correlata
que dispõem durante todo o ano. O acesso à localidade fácil é possível por meio de variados
modais e infraestruturas correlacionadas, e a rede de apoio existente viabiliza acentuada
receptividade. Em seguida, é interessante perceber que os centros correspondentes à Capital
Regional B, Centro Subregional A e Centro Local apresentam, praticamente, a mesma
representatividade, sugerindo um expressivo deslocamento entre cidades dentre as quais não
há, necessariamente, uma concentração de equipamentos de gestão ou serviços especializados,
mas que se justifica em função da distribuição dos eventos pelo território. Muitos destes
municípios possuem característica predominantemente rural, com baixa ou inexistente
concentração de funções urbanas, mas assumem centralidade especificamente em função de

186
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

atividades culturais que oferecem. Posteriormente, observa-se um protagonismo dos centros


classificados como Centro Subregional B e Capital Regional C, seguidos do Centro de Zona
B e Centro de Zona A.

Essa distribuição, cuja composição envolve hierarquias altas e baixas em um mesmo nível de
representatividade, sugere um certo protagonismo que não necessariamente se vincula, como
mencionado, à concentração de equipamentos e serviços especializados, mas que se justifica
pela oferta de temas específicos – neste caso, o das manifestações culturais. Tratam-se de
realizações que resultam do envolvimento entre prefeituras, iniciativas privadas e governo do
Estado, assumindo uma abrangência territorial que incide diretamente na conformação e
organização da rede.

A partir de uma análise ponderada, tem-se aquilo que está ilustrado na Figura 30, a seguir:

Figura 30 - Média Ponderada da atratividade das hierarquias em função


das manifestações culturais, segundo a Pesquisa Regiões de Influência
das Cidades (REGIC) 2018, publicada pelo IBGE, no ano de 2020.
3000000

2500000

2000000

1500000

1000000

500000

0
Metrópole Capital Capital Centro de Centro de Centro Centro Centro Local
Regional B Regional C Zona A Zona B Subregional A Subregional B

Índice ponderado

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em IBGE (2020).

Conforme informado no gráfico acima, Salvador e seu arranjo populacional, somados à


Capital Regional B, permanecem protagonistas como principais destinos em busca de eventos
culturais. Capital Regional C e Centro Subregional A passam a compartilhar o mesmo nível

187
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

de representatividade, substancialmente inferior àquele observado na média geral da rede, mas


que, ainda assim, merecem destaque em função da atratividade que correspondem. Centro
Subregional B, Centro de Zona A e Centro de Zona B configuram com uma
representatividade bastante baixa, seguidos do Centro Local, sugerindo deslocamentos
bastante próximos às suas localidades.

Traduzindo tais destaques em termos de municípios, é possível estabelecer sete degraus 17 de


atratividade para manifestações culturais, conforme ilustrado na Figura 31, a seguir:

17
A categorização dos sete degraus se deu a partir do índice de Atratividade do REGIC 2018 (IBGE, 2020).
Cada degrau compreende um intervalo do índice, conforme segue: 1º degrau: índice de 2.340.282; 2º degrau:
índice de 791.647; 3º degrau: índice de 549.847; 4º degrau: índice de 385.514 à 326.415; 5º degrau: índice de
271.409 à 217.805; 6º degrau: índice de 182.761 à 102.467; 7º degrau: a partir de 93.625.
188
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 31 – Classificação dos municípios do Estado da Bahia em função


do seu índice de atratividade para atividades culturais, segundo a
Pesquisa Regiões de Influência das Cidades (REGIC) 2018, publicada pelo
IBGE, no ano de 2020.

Fonte: Consórcio da “Rede Urbana” (2011), com base em IBGE (2020).

Essa leitura explicita a representatividade dos diferentes centros urbanos (e,


consequentemente, das hierarquias) na rede, dada a atratividade que possuem especificamente
em função de atividades culturais. Salvador ocupa o primeiro degrau, com um índice de
atração de deslocamentos três vezes maior que aquele do segundo degrau, compatível à
atratividade que se atribui a uma Metrópole, tal qual ela é. Em seguida, Vitória da Conquista e
Feira de Santana, ambas Capitais Regionais B, ocupam, sozinhas, o segundo e terceiro

189
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

degraus, respectivamente. Ilhéus, Capital Regional C, e Irecê, Centro Subregional A, dividem


o quarto degrau. No quinto degrau, estão Barreiras (Capital Regional C), Itabuna (Capital
Regional B), Santo Antônio de Jesus, Porto Seguro e Senhor do Bonfim (as três, Centro
Subregional A). Ocupam o sexto lugar Guanambi, Serrinha, Teixeira de Freitas, Juazeiro,
Alagoinhas, Ribeira do Pombal, Jacobina e Cruz das Almas, correspondendo a hierarquias
que variam entre Capital Regional C, Centro Subregional A e Centro Subregional B.

A partir do sétimo degrau, a atratividade é significantemente menor e gradativamente inferior,


com pouca representatividade em termos de rede. Dentre os Centros de Zona, destaca-se
Amargosa; e, dentre os Centros Locais, ressalta-se Lençóis, Ibicuí e Itacaré.

Os seis primeiros degraus, índice de atratividade, hierarquia e municípios correspondentes


estão sistematizados na Tabela 26, a seguir:

190
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Tabela 26 - Degraus em função do índice de Atratividade para Atividades


Culturais no Estado da Bahia, considerando a pesquisa REGIC 2018,
publicada no ano de 2020.
Degrau em função do seu
Índice de
Município Hierarquia índice de Atratividade –
Atratividade
Atividades Culturais
Salvador Metrópole 2.340.282 1
Vitória da Conquista Capital Regional B 791.647 2
Feira de Santana Capital Regional B 549.847 3
Ilhéus Capital Regional C 385.514
4
Irecê Centro Subregional A 326.415
Barreiras Capital Regional C 271.409
Santo Antônio de Jesus Centro Subregional A 269.413
Itabuna Capital Regional B 263.540 5
Porto Seguro Centro Subregional A 220.523
Senhor do Bonfim Centro Subregional A 217.805
Guanambi Centro Subregional A 182.761
Serrinha Centro Subregional B 174.137
Teixeira de Freitas Centro Subregional A 166.711
Juazeiro Capital Regional C 148.482
6
Alagoinhas Centro Subregional A 126.694
Ribeira do Pombal Centro Subregional B 112.689
Jacobina Centro Subregional B 108.088
Cruz das Almas Centro Subregional B 102.467
Demais municípios ... A partir de 93.625 7
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em IBGE (2020).

Analisando-se os índices de atratividade, é possível constatar que existem saltos entre os


municípios, incidindo em um gradiente de diminuição brusca entre os níveis, principalmente
entre os quatro primeiros degraus. Ao espacializar esses índices no território (Mapa 11, a
seguir), é nítida a distribuição convergente para o arco Norte-Nordeste-Leste-Sudeste-Sul do
Estado. Os degraus mais altos localizam-se nas extremidades da faixa litorânea, sinalizando a
região mais atraente para a temática.

Na porção Norte/Nordeste, há um predomínio dos centros correspondentes ao sexto degrau, à


exceção de Senhor do Bonfim, pertencente ao quinto degrau, traduzindo uma baixa

191
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

atratividade cultural. À Leste, concentram-se as centralidades com maior índice de


atratividade, agrupadas nos primeiro, terceiro e sexto degraus. À Sudeste, os quarto e quinto
degraus, juntos, conformam pontualmente uma área de destaque que, embora não seja tão
atraente quanto aquela observada à Leste, é superior ao conglomerado existente ao Norte e ao
Sul. No extremo Sul do Estado, estão aglutinados os centros pertencentes ao quinto e sexto
degraus. Vitória da Conquista, localizada isoladamente no segundo degrau, e Guanambi,
sexto degrau, fazem a transição entre as porções Sul-Sudoeste-Oeste do território baiano. À
Oeste, Barreiras se sobressai sozinha, pertencente ao quinto degrau. No Centro do Estado,
observa-se uma mancha surpreendentemente homogênea, dominada pelo sétimo degrau,
pontualmente interrompida pelo quarto degrau de Irecê e sexto degrau de Jacobina.

Vitória da Conquista, Porto Seguro, Senhor do Bonfim e Serrinha destacam-se, dentre os


municípios identificados, como aqueles que apresentam atração para atividades culturais
muito superior à exercida para os demais temas analisados no REGIC 2018 (como esportes,
compras, serviços etc.).

192
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 11 – Degraus de atratividade cultural [2021]

193
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Tais análises sugerem que, embora existam relevantes centralidades e relações hierárquicas
entre cidades de menor porte, as conexões em busca de atividades culturais são catalisadas,
predominantemente, pelos centros de hierarquia superior. Prova disso são as cidades de
hierarquia intermediária identificadas como centralidades em função da sua relevância
cultural (como os centros sub-regionais destacados), cuja localização se dá, majoritariamente,
próxima aos centros hierárquicos mais altos. A proximidade às capitais regionais e ao arranjo
populacional da Metrópole contribui, portanto, para o estabelecimento de tais centralidades, e
explica a baixa expressão dos Centros Locais no conjunto. Por, na maioria dos casos, estarem
distantes dos níveis hierárquicos superiores, esses centros tornam-se acessíveis e/ou atrativos
apenas para um contexto próximo à sua inserção territorial, conforme ilustrado no Mapa 12 a
seguir. Esse entendimento também converge para o fato de que os fluxos de maior intensidade
e de percursos mais longos são, justamente, os relacionados com as centralidades de
hierarquia superior.

Outro aspecto importante a ser destacado a partir das informações contidas no Mapa 12 é o de
que, embora a área central do Estado corresponda ao sétimo degrau de atratividade, a maior
parte dos fluxos presentes na rede transitam por ela, sugerindo um predomínio de tráfego de
passagem. Por outro lado, o arco conformado pelas extremidades Oeste-Noroeste-Norte quase
não apresenta fluxos, além daqueles estabelecidos estritamente entre os Centro Locais,
correspondendo a deslocamentos que se dão em função de eventos e atividades de
importância apenas local ou microrregional.

194
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 12 – Deslocamentos para atividades culturais [2018]

195
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Ao confrontar essa distribuição com a delimitação dos Territórios de Identidade - TIs verifica-
se que, os mais expressivos em função da motivação temática analisada, são Metropolitano de
Salvador e Portal do Sertão. Juntos, à Leste, estes dois TIs concentram o primeiro e terceiro
degraus de atratividade cultural. Em seguida, os TIs do Litoral Sul e Costa do Descobrimento,
ao Sudeste/Sul, conformam a segunda região mais expressiva, em função do quinto degrau
que concentram. O TI do Sudoeste Baiano e Sertão Produtivo protagonizam, na região
Sudoeste, uma representatividade correspondente ao segundo e sexto degraus,
respectivamente. Na região Oeste, o TI de Bacia do Rio Grande exerce, sozinho, uma
atratividade correspondente ao quinto degrau. Na região central do Estado, destaca-se o TI de
Irecê que, localizado no quarto degrau de atratividade, interrompe a homogênea mancha de
TIs correspondentes ao sétimo degrau. Por fim, ao Norte, verifica-se um predomínio de sexto
degrau, uniformizado pelos TIs Sertão do São Francisco, Piemonte da Diamantina, TI
Semiárido Nordeste II e Sisal, pontualmente interrompido pelo quinto degrau do TI de
Piemonte Norte do Itapicuru (Mapa 13, a seguir).

196
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 13 - Territórios de Identidade [2018] por Degraus de atratividade cultural [2021]

197
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Sobrepostos com as Regiões Imediatas do Estado (Mapa 14), verifica-se uma


representatividade cultural mais intensa nas Regiões Imediatas de Salvador e Feira de
Santana. Juntas, essas regiões exercem influência sobre as regiões imediatas do seu entorno,
como Nazaré-Maragogipe e Cruz das Almas, se estendendo até regiões imediatas mais
distantes, como Jacobina, Irecê, Xique-xique-Barra, Barreiras e Teixeira de Freitas. Tratam-se
de regiões imediatas capitaneadas por Capitais Regionais e Centros Subregionais,
concentrando uma maior complexidade e qualificação de equipamentos e serviços.

A Região Imediata de Ilhéus-Itabuna apresenta uma influência menor, que se estende até a
Região Imediata de Ipiaú e Jequiê, localizadas no seu entorno. Já a Região de Vitória da
Conquista expande a sua influência para além das regiões vizinhas, prolongando-se até a
Região Imediata de Seabra, no centro do Estado.

As regiões de Barreiras, à Oeste, e de Juazeiro, ao Norte, exercem, sozinhas, uma influência


significantemente inferior, mas, ainda assim, de destaque dentre as demais. A primeira,
influencia as regiões imediatas de Santa Maria da Vitória e Xique-Xique-Barra. A segunda,
restringe-se à sua própria região, limitando-se à influência que exerce apenas entre os
diferentes níveis hierárquicos (mais precisamente entre a Capital Regional C, de Juazeiro, e
centro local). Na região central da Bahia, verifica-se um predomínio de regiões com baixa
atratividade cultural, coincidindo com a localização da maioria dos centros locais do Estado.

198
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 14 - Degraus de Manifestações Culturais [2021] por Regiões Geográficas Imediatas [2017]

199
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Em análise comparativa com o Estudo da Rede Urbana anterior percebe-se que, a maior
parte dos municípios identificados com índice de atratividade relevante em função das
festividades, em 2011, compõem o sétimo grau de importância no REGIC 2018. São
exceções os municípios de Ilhéus, Barreiras, Santo Antônio de Jesus, Porto Seguro,
Senhor do Bonfim, Serrinha, Juazeiro e Cruz das Almas, distribuídos entre os seis
primeiros degraus de importância cultural dentro da rede.

Com relação aos PDITS e suas possíveis contribuições para a rede verificou-se que,
dentre os planos recentes (conforme Quadro 8, anteriormente apresentado), apenas o
PDITS Baía de Todos os Santos e o PDITS Costa do Cacau abarcam alguns dos
municípios compreendidos entre os seis primeiros degraus de atratividade (Quadro 9, a
seguir).

200
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Quadro 9 - PDITS e suas relações com a Rede Urbana da Bahia.

PDTIS ANO Municípios Considerações, a Hierarquia, Degrau, no Territórios Estratégias que podem incidir
partir do Estudo no REGIC REGIC de diretamente sobre a Rede Urbana da
*Município classificado dentre
da Rede Urbana 2018 2018 Identidade Bahia
os seis primeiros degraus de
- 2011
atratividade
Baía de 2012 Salvador*, Aratuípe, - No Estudo de Metrópole, Salvador – Utilizou o - Planos de Marketing voltados à
Todos os Cachoeira, Candeias, Itaparica, 2011, Itaparica Centro de 1º degrau; conceito dos promoção e posicionamento dos destinos;
Santos Jaguaripe, Madre de Deus, apresentou Zona A e Demais – 7º Territórios
- Apoio às unidades de gestão turística no
Maragojipe, Muniz Ferreira, relevância quanto Centro Local Degrau de
nível estadual;
Muritiba, Nazaré, Salinas da às festividades de Identidade
Margarida, Santo Amaro, São São João; e para - Reabilitação e recuperação de estradas e
Félix, São Francisco do Cachoeira, além selecionar as rodovias de acesso;
Conde, Saubara e Vera Cruz das festas de São áreas de
- Construção de portos, atracadouros e
João, também se intervenção;
destacou em estruturas afins;
função das - Melhoria e/ou construção de terminais de
festividades passageiros;
religiosas;
- Construção e melhoria de aeroportos
estaduais;
- Gestão, recuperação e manutenção dos
elementos ambientais;
Costa do 2015 Cairu, Camamu, Igrapiúna, - No Estudo de Valença: 7º Degrau Não faz - Planos de Marketing voltados à
Dendê Ituberá, Maraú, Nilo 2011, nenhum Centro menção aos promoção e posicionamento dos destinos;
desses municípios Subregional Territórios
Peçanha, Presidente Tancredo - Projeto de fortalecimento dos eventos
apareceu como B; Demais: de
Neves, Taperoá e Valença culturais;
destaque em Centro Local Identidade
função de - Fortalecimento da Gestão Estadual do
festividades. Turismo;
- Melhoria e/ou construção de terminais
hidroviários, rodomarítimos, de
passageiros, atracadouros;

201
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

PDTIS ANO Municípios Considerações, a Hierarquia, Degrau, no Territórios Estratégias que podem incidir
partir do Estudo no REGIC REGIC de diretamente sobre a Rede Urbana da
*Município classificado dentre
da Rede Urbana 2018 2018 Identidade Bahia
os seis primeiros degraus de
- 2011
atratividade
- Melhoria dos acessos viários e
hidroviários aos municípios;
- Implantação da Estrada Parque BA/001;
Costa do 2015 Canavieiras, - No Estudo de Ilhéus: Capital Ilhéus: 4º Não faz - Construção do Aeroporto Internacional
Cacau 2011, apenas Regional C; Degrau; menção aos da Costa do Cacau;
Ilhéus*, Itabuna*, Itacaré, Pau
Ilhéus apareceu Itabuna: Itabuna: 5º Territórios
Brasil, Santa Luzia, Una e - Melhoria dos acessos viários e
com acentuada Capital Degrau; de
Uruçuca hidroviários aos municípios;
relevância em Regional B; Identidade
Demais: 7º
função das - Estruturação da Estrada Parque Uruçuca
Demais: Degrau
festividades de – Serra Grande;
Centro Local
São João;
- Planos de Marketing voltados à
promoção e posicionamento dos destinos;
- Rodovia BA 001;
- Construção de Ecovia na estrada BA 001;
- Construção de terminais de passageiros,
hidroviários;
- Projeto de Fortalecimento dos eventos
culturais;

Costa dos 2015 Camaçari, Conde, Entre Rios, - No Estudo de Camaçari, 7º Degrau Não faz - Melhoria dos acessos aos municípios;
Coqueiros Esplanada, Itanagra, Jandaíra, 2011, nenhum Lauro de menção aos
- Fortalecimento das manifestações
Lauro de Freitas e Mata de desses municípios Freitas e Mata Territórios
artísticas e culturais;
São João apareceu como de São João: de
destaque em Arranjo Identidade - Fortalecimento dos eventos culturais;
função de Populacional

202
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

PDTIS ANO Municípios Considerações, a Hierarquia, Degrau, no Territórios Estratégias que podem incidir
partir do Estudo no REGIC REGIC de diretamente sobre a Rede Urbana da
*Município classificado dentre
da Rede Urbana 2018 2018 Identidade Bahia
os seis primeiros degraus de
- 2011
atratividade
festividades. de Salvador;
- Planos de Marketing voltados à
Demais: promoção e posicionamento dos destinos;
Centro Local
- Fortalecimento da instância regional de
turismo;
- Construção de marinas, atracadouros;
- Fortalecimento da Gestão Estadual do
Turismo;
Camaçari 2019 Camaçari - No Estudo de Arranjo 7º Degrau Não faz - Projetos de cooperação com a Secretaria
2011, Camaçari Populacional menção aos de Estado do Turismo;
não apareceu de Salvador Territórios
- Implantar sistema de gestão ambiental,
como destaque em de
em pareceria com a Secretaria de
função de Identidade
Desenvolvimento Urbano e Meio
festividades.
Ambiente – SEDUR;
- Criar produtos integrados ao potencial
turístico da região;
- Criar um day tour em Camaçari para
atrais hóspedes dos resorts da região e
viajantes corporativos do Polo Industrial;

Fonte: Consórcio da “Rede Urbana” (2011), baseado em SETUR, 2021.

203
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Se, por um lado, os PDITS apresentam estratégias que podem contribuir para a qualificação
dos centros urbanos e, portanto, para a ascensão dos municípios na hierarquia, os casos
apresentados não convergem com essa expectativa. Dos municípios pertencentes aos seis
primeiros degraus do índice de atratividade em função de atividades culturais, e que mudaram
de posição hierárquica entre 2011 e REGIC 2018, apenas Ilhéus é compreendido por um
PDITS recente (ou seja, após 2011) – e trata-se de um dos municípios que diminuiu de
hierarquia. Junto dele, estão Porto Seguro, Jacobina e Serrinha, que descenderam, ao menos,
um nível na posição hierárquica. Já Alagoinhas e Senhor do Bonfim ascenderam na
hierarquia, passando de Centro Subregional B para Centro Subregional A. Por não fazerem
parte do grupo de municípios beneficiados por PDITS recente, atribui-se tal ascendência a
setores que não estão diretamente relacionados com as tipologias de estratégicas
tradicionalmente previstas nesse tipo de instrumento de planejamento.

Os achados presentes neste item sugerem que as manifestações culturais, embora importantes
no contexto baiano, não mobilizam pessoas, infraestrutura complexa e serviços especializados
a ponto de interferir nas centralidades e hierarquia da rede. Muitas das festividades, inclusive,
têm sua essência sustentada nos modos de vida tradicionais, característicos de cidades
menores – e que perderiam sua atratividade, portanto, se realizadas em um centro maior.

Logo, embora muitas das manifestações culturais correspondam a importantes dinâmicas


econômica para muitos municípios, tal importância restringe-se a festividades e períodos
específicos, insuficiente para desencadear outras formas de desenvolvimento. Trata-se, como
já definido em 2011, de uma rede urbana sazonal e flutuante, que não consegue se estabelecer
e, tampouco, consolidar a relevância dos seus centros. Nesse sentido, pontua-se como
fundamental que a política pública de desenvolvimento territorial direcione seus esforços em
medidas que, por um lado, contribuam para o fortalecimento dos centros menores, mas, por
outro, viabilizem a manutenção e preservação do patrimônio imaterial inserido na sua escala
tradicional.

204
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

4. O Estudo da Rede Urbana da Bahia: Vocações dos centros


urbanos

A referência da classificação dos centros urbanos do Estudo da Rede Urbana da Bahia (2021)
é a pesquisa Regiões de Influência das Cidades - REGIC 2018 (IBGE, 2020), atualmente a
principal referência metodológica e de informações para análises sobre a rede urbana
brasileira.

O tópico “3.1 Classificação e Contextualização dos Centros Urbanos na Bahia” do capítulo


“3. O Estudo da Rede Urbana da Bahia: Hierarquia, Classificação e Regiões de Influência dos
Centros Urbanos da Bahia” desse relatório apresenta as principais as características
metodológicas dessa pesquisa e as mudanças que podem ser observadas na estrutura das
Regiões de Influência das Cidades / Rede Urbana do estado da Bahia, conforme definidas
pelo IBGE, em 2007 e 2018.

Com síntese desse tópico, foi possível constatar que, em geral, entre 2007 e 2018, ocorreu
uma progressão da rede urbana do estado da Bahia, com um maior adensamento de cidades
nos níveis superiores da hierarquia urbana. Dezenove cidades que, em 2007 eram Centros
Locais, o último nível da hierarquia urbana, ascenderam, em 2018, para níveis superiores. No
período, 2 (duas) cidades se tornaram Centros Sub-regionais A: Porto Seguro, anteriormente
um Centro de Zona A, portanto, “ganhando” 2 (dois) níveis na hierarquia urbana; e Senhor do
Bonfim que, em 2007, era um Centro Sub-regional B, ascendendo 1 (um) nível nessa
hierarquia. Outras 7 (sete) cidades assumiram, em 2018, a condição de Centro Sub-regional
B: Luiz Eduardo Magalhães, um Centro Local, em 2007, portanto “ganhando” 3 (três) níveis
na hierarquia urbana; Euclides da Cunha (Centro de Zona B, em 2007); e Conceição do Coité,
Ipiaú, Itamaraju, Itapetinga e Serrinha (Centros de Zona A, em 2007).

E importante destacar uma cidade, de tradição na Bahia, que, em 2007, era classificada como
Capital Regional B, perdeu, em 2018, posição na hierarquia urbana. Esse é o caso de Ilhéus
que, nesse ano, se tornou uma Capital Regional C, perdendo 1 (um) nível na hierarquia
urbana. Outros municípios que perderam posição entre 2007 e 2018 foram: Jacobina, Centro
Sub-regional A em 2007, caindo para Centro Sub-regional B em 2018; Camacan, Macaúbas e
Xique-Xique, Centros de Zona A em 2007 para Centros de Zona B em 2018; e Barra,

205
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Boquira, Ibicaraí, Nazaré, Poções e Serra Dourada, Centros de Zona B em 2007, tornaram a
Centros Locais em 2018.

Visando entender as especificidades da classificação dos centros urbanos do estado da Bahia,


de forma referenciada pela REGIC (2018), este capítulo identifica as vocações regionais da
rede urbana da Bahia, tendo como opção teórico-metodológica o recurso a dois campos de
análises: o econômico e o ambiental.

Essa escolha se faz por vários motivos. Primeiramente, há uma disponibilidade, atualidade e
acuracidade maior desses dados que eventualmente de outros que se escolha trabalhar. Dados
da economia, pelo modo como são gerados, explicam esses atributos. Outra justificativa
importante é a capacidade de síntese que se considera que eles tenham. Estariam aí, nos dados
econômicos, ainda que indiretamente, elementos que também revelam aspectos sociais, de
inclusão, de exclusão, de sujeição a interesses exógenos e mesmo de capacidade da máquina
estatal em gerenciar recursos ou de implementar políticas públicas. O entendimento da
questão ambiental, cada vez mais, atrela-se à preocupação conservacionista, porém, ainda
qualifica a atividade produtiva quando tomado como insumo. Por incidir diretamente nas
possibilidades de uso, os aspectos ambientais, sobretudo no que tange às vulnerabilidades que
apresentam, são um dos campos de análise de extrema relevância para o entendimento de
redes urbanas.

Especificamente para o caso do estudo dessas redes, os dados econômicos e ambientais


configuram grandes recortes geográficos de modo mais claro que os culturais, de turismo, de
oferta de serviços e infraestruturas públicas, de transações financeiras, de comunicação etc.;
todos eles, em parte, encontram-se subsumidos nos dados econômicos e ambientais. Merece
ser destacado que, dentre as múltiplas escalas pelas quais são definidos os Territórios de
Identidade encontram-se a Geoambiental e a Econômica.18

Conforme será evidenciado nas conclusões deste capítulo, os compartimentos resultantes da


análise desses dois campos (econômico e o ambiental) demonstram aderências bastantes
grandes com os subcompartimentos da rede urbana da Bahia, servindo assim como referência

18
As demais escalas que caracterizam os Territórios de Identidade são a Cultural e a Político-institucional.
Conforme BAHIA (S/d.).

206
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

para a parte final do estudo dessa rede, que é a proposição de políticas públicas,
estabelecimento de diretrizes e sugestão de modos de acompanhamento e/ou monitoramento.

4.1 Atividades econômicas das regiões geográficas intermediárias: “vocações”

A análise dos principais segmentos de atividades econômicas das Regiões Geográficas


Intermediárias e de seus municípios é relevante para entender a tessitura da Rede Urbana do
estado da Bahia. Essas atividades, ou seja, a produção de bens e serviços, podem ser
entendidas, em grande parte, como funções urbanas das cidades, permitindo, assim, entender
melhor as centralidades que apresentam e suportam a sua inserção na hierarquia da Rede
Urbana. Segundo o IBGE:

as Regiões Geográficas Intermediárias organizam o território,


articulando as Regiões Geográficas Imediatas por meio de um polo de
hierarquia superior diferenciado a partir dos fluxos de gestão privado e
público e da existência de funções urbanas de maior complexidade
(IBGE, 2017).

O IBGE, por questões metodológicas, quando estima o PIB dos municípios, discrimina as
estruturas setoriais de suas economias de forma agregada, com base em estimativas do Valor
Adicionado Bruto da “Agropecuária”, da “Indústria”, dos “Serviços (exclusive
Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social)” e da “Administração,
defesa, educação e saúde públicas e seguridade social”. A esse nível de agregação não se
consegue avaliar, de forma mais detalhada, a estrutura de suas atividades econômicas.

Nesse contexto e com o objetivo de entender a estrutura produtiva na escala municipal, a


alternativa metodológica de uso corrente é o recurso às informações da Relação Anual de
Informações Sociais (RAIS).19 A partir de 2006, a RAIS vem sistematizando as informações

19
São relacionadas pela RAIS, os seguintes vínculos de emprego, observados em 31 de dezembro do anos de
referência: empregados contratados por empregadores, pessoa física ou jurídica, sob o regime da CLT, por prazo
indeterminado ou determinado, inclusive a título de experiência; servidores da administração pública direta ou
indireta, federal, estadual ou municipal, bem como das fundações supervisionadas; trabalhadores avulsos
(aqueles que prestam serviços de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a
intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de
1993, ou do sindicato da categoria); empregados de cartórios extrajudiciais; trabalhadores temporários, regidos
207
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0 e não mais pela
CNAE 1.0.

Análises das informações da RAIS devem ser feitas considerando que essa base de dados não
cobre as ocupações informais. Consideram-se como informais, os assalariados sem carteira
assinada, os trabalhadores por conta própria e empregadores sem contribuição previdenciária
e os trabalhadores familiares não remunerados.

Apesar de não captar as ocupações informais, as informações da RAIS, por se restringirem


aos vínculos de empregos formais, são relevantes para a análise da economia de qualquer
município, região ou estado brasileiro, pois, desta forma, revela, em geral, as atividades
econômicas de maior vigor, produtividade ou competividade local / regional, dado que, no
Brasil, o custo ou encargos da formalização das relações de trabalho são expressivamente
elevados. A expressividade do emprego formal na atividade agropecuária brasileira,
observada em vários municípios brasileiros e baianos, é um indicativo da crescente
modernização tecnológica e de gestão dessa atividade (GARCIA, 2014).

Nesse contexto, as informações da RAIS foram sistematizadas, para cada município e regiões
geográficas, em nível de grupos de atividades econômicas (285 grupos).20 Como pode ser
observado no Tabela 27 e no Mapa 15, nessa escala de análise foram especificados os grupos
de maior destaque na estrutura de seus municípios, definidos pela importância relativa da
quantidade de empregos formais que apresentam, e vinculados às divisões “Agricultura,
pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura”, “Indústrias extrativas”, “Indústrias de

pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974; trabalhadores com Contrato de Trabalho por Prazo Determinado,
regido pela Lei nº 9.601, de 21 de janeiro de 1998; diretores sem vínculo empregatício, para os quais o
estabelecimento/entidade tenha optado pelo recolhimento do FGTS (Circular CEF nº 46, de 29 de março de
1995); servidores públicos não-efetivos (demissíveis ad nutum ou admitidos por meio de legislação especial,
não-regidos pela CLT); trabalhadores regidos pelo Estatuto do Trabalhador Rural (Lei nº 5.889, de 8 de junho de
1973); aprendiz (maior de 14 anos e menor de 24 anos), contratado nos termos do art. 428 da CLT,
regulamentado pelo Decreto nº 5.598, de 1º de dezembro de 2005; trabalhadores com Contrato de Trabalho por
Tempo Determinado, regido pela Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, com a redação dada pela Lei nº 9.849,
de 26 de outubro de 1999; trabalhadores com Contrato de Trabalho por Prazo Determinado, regido por Lei
Estadual; trabalhadores com Contrato de Trabalho por Prazo Determinado, regido por Lei Municipal; servidores
e trabalhadores licenciados; servidores públicos cedidos e requisitados; e dirigentes sindicais (MINISTÉRIO DA
ECONOMIA, 2020).
20
A CNAE 2.0 apresenta a seguinte estrutura: 1º nível - 21 Seções; 2º nível - 87 Divisões; 3°nível - 285 Grupos;
4º nível - 673 Classes; e 5º nível - 1301 Subclasses.

208
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

transformação; e “Eletricidade e gás”. Não foram destacados os grupos “Administração do


estado e da política econômica e social” e os de serviços em geral (atividades comerciais etc.)
sempre relevantes na estrutura produtiva de todos os municípios, exceto os grupos “Educação
Superior” e “Atividades de atendimento hospitalar”, relevantes na determinação da
centralidade das cidades onde os seus volumes de emprego formal são expressivos.

Tabela 27 - Número de empregos formais nas Regiões Geográficas


Intermediárias do estado da Bahia e em seus segmentos de atividade
econômica de destaque – 2019.

Regiões Geográficas
Participação
Intermediárias e a
Número de no Total de
inserção do
Empregos Empregos Destaques
município polo na
Formais Formais da
Rede Urbana
Bahia (%)
(REGIC 2018)

Agronegócios: produção de lavouras temporárias


(São Desidério, Barreiras, Formoso do Rio Preto,
Jaborandi, Luís Eduardo Guimarães, Correntina e
Cocos) e permanentes (Barreiras, São Félix do
Coribe, Luís Eduardo Guimarães e Riachão das
Neves); atividades de apoio à agricultura e à
Barreiras (Capital pecuária (Luís Eduardo Guimarães e Correntina);
98.885 4,4
Regional C) abate e fabricação de produtos de carne (Luís
Eduardo Guimarães e Barreiras); e fabricação de
óleos e gorduras vegetais e animais (Luís Eduardo
Guimarães e Barreiras).
Educação Superior (Barreiras)
Atividades de atendimento hospitalar (Barreiras)

Agricultura: produção de lavouras permanentes


Irecê (Centro Sub- (Bonito e Ibipeba).
41.546 1,9
regional A) Fabricação de produtos cerâmicos (Oliveira dos
Brejinhos e Xique-Xique)

Agricultura: produção de lavouras permanentes


(Juazeiro, Casa Nova e Andorinha); refino de
3,8 açúcar (Juazeiro)
Juazeiro (Capital
85.873
Regional C) Extração de minerais metálicos não-ferrosos
(Jaguarari e Andorinha)
Atividades de atendimento hospitalar (Juazeiro)

Agricultura: produção de lavouras temporárias


Paulo Afonso (Centro (Ribeira o Amparo) e permanentes (Abaré).
55.295 2,5
Sub-regional A) Preservação do pescado e fabricação de
produtos do pescado (Paulo Afonso).

209
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Regiões Geográficas
Participação
Intermediárias e a
Número de no Total de
inserção do
Empregos Empregos Destaques
município polo na
Formais Formais da
Rede Urbana
Bahia (%)
(REGIC 2018)
Geração, transmissão e distribuição de energia
elétrica (Paulo Afonso)
Educação Superior (Paripiranga e Paulo Afonso)
Atividades de atendimento hospitalar (Paulo
Afonso e Euclides da Cunha)

Agronegócios: pecuária (Conceição da Feira e


Feira de Santana); produção de lavouras
temporárias (Mucugê); abate e fabricação de
produtos de carne (São Gonçalo dos Campos, Feira
de Santana e Conceição da Feira).
Extração de minerais metálicos não-ferrosos
(Jacobina e Barrocas);
Extração de pedra, areia e argila (Feira de
Santana, Conceição do Jacuípe, Jacobina e
Serrinha).
Indústria de Transformação: fabricação de
calçados (Santo Estevão, Itaberaba, Ipirá e Ruy
Barbosa); fabricação de artigos para viagem e de
Feira de Santana artefatos diversos de couro (Ipirá); fabricação de
265.837 11,9
(Capital Regional B) eletrodomésticos (Conceição do Jacuípe e Feira de
Santana); fabricação de produtos de borracha (Feira
de Santana); fabricação de produtos de material
plástico (Feira de Santana); fabricação de outros
produtos alimentícios (Feira de Santana);
preparação e fiação de fibras têxteis (Conceição do
Coité); fabricação de embalagens de papel,
cartolina, papel-cartão e papelão ondulado (Feira de
Santana); fabricação de produtos diversos de papel,
cartolina, papel-cartão e papelão ondulado (Feira de
Santana).
Educação Superior (Feira de Santana).
Atividades de atendimento hospitalar (Feira de
Santana)

Agronegócios: produção de lavouras permanentes


(Sátiro Dias); pecuária (Salvador e Entre Rios);
atividades de apoio à produção florestal
(Alagoinha); abate e fabricação de produtos de
carne (Simões Filho, Lauro Freitas, Alagoinhas e
Salvador (Metrópole) 1.069.990 47,9
Salvador); laticínios (Salvador e Alagoinhas).
Extração de petróleo e gás natural (Salvador).
Atividades de apoio à extração de petróleo e gás
natural (Catu, Pojuca e Alagoinha).

210
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Regiões Geográficas
Participação
Intermediárias e a
Número de no Total de
inserção do
Empregos Empregos Destaques
município polo na
Formais Formais da
Rede Urbana
Bahia (%)
(REGIC 2018)
Indústria de Transformação: fabricação de outros
produtos alimentícios (Salvador e Simões Filho);
fabricação de produtos de material plástico
(Camaçari, Simões Filho, Salvador e Lauro
Freitas);
fabricação de automóveis, camionetas e utilitários
(Camaçari)*; fabricação de peças e acessórios para
veículos automotores (Camaçari)*; fabricação de
produtos químicos orgânicos (Camaçari);
Fabricação de resinas e elastômeros (Camaçari);
confecção de artigos do vestuário e acessórios
(Salvador); fabricação de estruturas metálicas e
obras de caldeiraria pesada (Camaçari e Salvador);
fabricação de móveis (Salvador); fabricação de
bebidas não alcoólicas (Dias d'Ávila, Salvador e
Simões Filho); moagem, fabricação de produtos
amiláceos e de alimentos para animais (Salvador);
fabricação de bebidas alcoólicas (Alagoinhas e
Camaçari); fabricação de produtos químicos
inorgânicos (Camaçari e Candeias); fabricação de
produtos derivados do petróleo (Santo Amaro);
Educação Superior (Salvador e Lauro Freitas).
Atividades de atendimento hospitalar (Salvador,
Lauro Freitas, Camaçari e Alagoinhas).
(*) Em 2021, a Ford fechou as suas instalações em
Camaçari.

Agropecuária: produção de lavouras temporárias


(Governador Mangabeira) e permanentes
(Igrapiúna e Ituberá); pecuária (Santo Antônia de
Jesus, Valença e Castro Alves).
Aquicultura (Valença).
Indústria de Transformação: fabricação de
Santo Antônio de calçados (Cruz das Almas, Armagosa, Conceição
Jesus (Centro Sub- 107.895 4,8 do Almeida, Santo Antônio de Jesus, Castro Alves,
regional A) Sapeaçu e Presidente Tancredo Neves); fabricação
de móveis (Santo Antônia de Jesus e Cruz das
Almas); fabricação de outros produtos alimentícios
(Santo Antônio de Jesus); fabricação de produtos
farmacêuticos (Santo Antônio de Jesus); abate e
fabricação de produtos de carne (Santo Antônio de
Jesus e Varzedo); tecelagem, exceto malha
(Valença); curtimento e outras preparações de
couro (Cachoeira); fabricação de produtos de

211
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Regiões Geográficas
Participação
Intermediárias e a
Número de no Total de
inserção do
Empregos Empregos Destaques
município polo na
Formais Formais da
Rede Urbana
Bahia (%)
(REGIC 2018)
material plástico (Santo Antônio de Jesus).
Educação superior: (Cruz das Almas e Cachoeira,
Governador Mangabeira e Santo Antônio de Jesus).
Atividades de atendimento hospitalar: Matuípe e
Valença.

Agronegócios: produção de lavouras permanentes


(Barra do Choça, Vitória da Conquista, Gandu,
Ibirataia e Livramento de Nossa Senhora) e
temporárias (Ibicoara); pecuária (Vitória da
Conquista, Itapetinga, Itambé, Itarantim, Itagibá,
Macarani e Jequié); abate e fabricação de produtos
de carne (Itapetinga e Vitória da Conquista);
laticínios (Itarantim, Itapetinga e Vitória da
Conquista).
Extração de pedra, areia e argila (Paramirim e
Vitória da Conquista).
Indútria de Transformação: fabricação de
calçados (Itapetinga, Jequié, Vitória da Conquista,
Itarantim e Itororó); confecção de artigos do
Vitória da Conquista
212.351 9,5 vestuário e acessórios (Vitória aa Conquista,
(Capital Regional B)
Condeúba e Jequié); fabricação de outros produtos
alimentícios (Vitória da Conquista e Jequié);
fabricação de produtos de material plástico (Vitória
da Conquista e Jequié); fabricação de produtos
cerâmicos (Livramento de Nossa Senhora, Malhada
de Pedras e Paramirim); fabricação de conservas de
frutas, legumes e outros vegetais (Ipiaú e Ibirataia);
fabricação de artefatos de concreto, cimento,
fibrocimento, gesso e materiais semelhantes
(Vitória da Conquista); fabricação de sabões,
detergentes, produtos de limpeza, cosméticos,
produtos de perfumaria e de higiene pessoal
(Vitória da Conquista); fabricação de estruturas
metálicas e obras de caldeiraria pesada (Brumado e
Vitória da Conquista).

Agropecuária: produção de lavouras permanentes


(Bom Jeus da Lapa e Serra do Ramalho) e
temporárias (Serra do Ramalho e Malhada);
pecuária (Guanambi e Malhada).
Guanambi (Centro
55.520 2,5
Sub-regional A) Indústria de Transformação: fabricação de
produtos cerâmicos (Caetité, Calculé, Guanambi e
Ibiassucê).
Educação superior (Guanambi).

212
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Regiões Geográficas
Participação
Intermediárias e a
Número de no Total de
inserção do
Empregos Empregos Destaques
município polo na
Formais Formais da
Rede Urbana
Bahia (%)
(REGIC 2018)

Agronegócios: produção de lavouras permanentes


(Itamaraju, Eunápolis, Ilhéus, Porto Seguro, Itabela
e Una) e temporárias (Mucuri e Ibirapuã); pecuária
(Itamaraju, Eunápolis, Teixeira de Freitas, Prado,
Guaratinga, Medeiros Neto e Itabuna); atividades
de apoio à agricultura e à pecuária (Itabuna,
Teixeira de Freitas, Nova Viçosa e Mucuri); abate e
fabricação de produtos de carne (Eunápolis,
Teixeira de Freitas e Prado); Laticínios (Ibirapuã).
Produção florestal - florestas plantadas (Teixeira
de Freitas, Eunápolis e Nova Viçosa).
Atividades de apoio à produção florestal
(Eunápolis e Nova Viçosa).
Ilhéus-Itabuna Indústria de Transformação: fabricação de outros
(Capital Regional C / 238.384 10,7 produtos alimentícios (Ilhéus e Itabuna); fabricação
Capital Regional B) de artigos de malharia e tricotagem (Itabunae
Itajuípe); fabricação de celulose e outras pastas para
a fabricação de papel (Mucuri e Eunápolis);
fabricação de biocombustíveis (Medeiros Neto,
Santa Cruz de Cabrália e Ibirapuã); fabricação de
calçados (Firmínio Alves, Camacan e Ibicuí).
Hotéis e similares (Porto Seguro, Ilhéus, Itacaré,
Una, Maraú, Prado e Santa Cruz Cabrália).
Educação superior (Ilhéus e Itabuna).
Outras atividades de ensino (Itabuna, Porto
Seguro, Ilhéus e Eunápolis).
Atividades de atendimento hospitalar (Ilhéus e
Itabuna).

Estado da Bahia 2.232.576 100,0

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em Relação Anual de Informações

Sociais - RAIS.

Como pode ser constatado na Tabela acima, quanto maior o número de empregos formais de
uma Região Geográfica Intermediária, maior tende a ser o nível hierárquico do seu município
polo.

213
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 15 – Destaques Econômicos da Bahia: Número de empregos formais nas Regiões Geográficas
Intermediárias do estado da Bahia e seus segmentos de atividade econômica de destaque – 2019

214
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Nesse contexto, a Tabela 28 apresenta os possíveis impactos na Rede Urbana das Regiões
Geográficas Intermediárias do estado da Bahia decorrentes das características de suas
estruturas produtivas e tecno-econômicas de seus principais segmentos de atividade
econômica.

Tabela 28 - Regiões Geográficas Intermediárias do estado da Bahia,


segmentos de atividade econômica de destaque e possíveis impactos na
Rede Urbana.
Regiões Geográficas
Participação
Intermediárias e a
no Total de
inserção do
Empregos Destaques Possíveis Impactos na Rede
município polo na
Formais da
Rede Urbana
Bahia (%)
(REGIC 2018)
Agronegócios se organizam em grandes
propriedades e em rede pouco densa.
Estruturas funcionais de educação e
- Agronegócios atendimento hospitalar podem significar
uma alta posição hierárquica, mas pode
- Educação Superior
Barreiras (Capital também indicar grandes distâncias a serem
4,4 - Atividades de
Regional C) percorridas para o atendimento por seus
atendimento serviços e infraestruturas. Esse cenário
hospitalar contribui para confirmar a configuração de
um arco específico (vide Produto 3) da rede
baiana com essas características.
Baixa geração relativa de empregos.
Poucas conexões de rede com seu polo
Salvador ou com área vizinha de intensa
- Agricultura produção agropecuária. Atividades
Irecê (Centro Sub- econômicas que não sugerem fortemente
1,9 - Fabricação de
regional A) nenhuma mudança na estrutura da sua rede
produtos cerâmicos
(isolada, pouco densa, de baixa hierarquia).
Muito baixa geração relativa de empregos.
Atividades agrícolas e de extração mineral
não sugerem mudanças imediatas na rede
urbana que constroem ou que utilizam para
sua implantação.
- Agricultura Tais atividades dependem de grandes
- Extração de estruturas, com difícil e demorada
3,8 minerais metálicos implantação. Isso significa que atuais laços
Juazeiro (Capital
não-ferrosos econômicos e de complementariedade, se
Regional C)
- Atividades de não receberem atenção estratégica das
atendimento políticas públicas da Bahia, seguirão
hospitalar ocorrendo na malha da rede pernambucana.
O destaque para atividades hospitalares, do
mesmo modo que aquilo observado em
Barreiras, não significa necessariamente um
polo de alto desenvolvimento, mas sim, um

215
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Regiões Geográficas
Participação
Intermediárias e a
no Total de
inserção do
Empregos Destaques Possíveis Impactos na Rede
município polo na
Formais da
Rede Urbana
Bahia (%)
(REGIC 2018)
destaque meio a uma região polarizada com
baixa oferta desses serviços e
infraestruturas.
Baixa geração relativa de empregos.

Atividades agrícolas, pescado e aquelas


relacionadas à energia hidroelétrica não
sugerem mudanças imediatas na rede urbana
- Agricultura que constroem ou que utilizam para sua
- Preservação do implantação.
pescado e fabricação O destaque para atividades hospitalares, do
de produtos do mesmo modo que aquilo observado em
pescado Barreiras e Juazeiro, não significa
- Geração, necessariamente um polo de alto
Paulo Afonso (Centro desenvolvimento, mas sim, um destaque
2,5 transmissão e
Sub-regional A) meio a uma região polarizada com baixa
distribuição de
energia elétrica oferta desses serviços e infraestruturas.
- Educação Superior O isolamento desse polo em relação ao
- Atividades de restante da Rede Urbana da Bahia o
atendimento qualifica para a constituição de um
hospitalar compartimento específico (vide Produto 3,
onde Paulo Afonso seria o polo do chamado
Arco 6 da Rede Urbana da Bahia).
Muito baixa geração relativa de empregos.
Atividades diversas que confirmam uma
- Agronegócios forte consolidação de Feira de Santana como
- Extração de polo e uma rede complexa em termos de
minerais metálicos diferentes níveis hierárquicos, proximidades
não-ferrosos geográficas entre seus nós e
- Extração de pedra, complementariedades funcionais.
Feira de Santana areia e argila Similarmente a Vitória da Conquista, não
11,9 conta com elevado destaque para atividades
(Capital Regional B) - Indústria de
Transformação do setor terciário.
- Educação Superior Sua proximidade de Salvador, com forte
poder de atração, não sugere sua
- Atividades de constituição como um compartimento
atendimento específico na Rede Urbana da Bahia.
hospitalar
Alta geração relativa de empregos.

216
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Regiões Geográficas
Participação
Intermediárias e a
no Total de
inserção do
Empregos Destaques Possíveis Impactos na Rede
município polo na
Formais da
Rede Urbana
Bahia (%)
(REGIC 2018)
Agronegócios
Extração de petróleo Atividades diversas que confirmam uma
e gás natural forte consolidação de Feira de Santana como
polo e uma rede complexa em termos de
Atividades de apoio à diferentes níveis hierárquicos, proximidades
extração de petróleo e geográficas entre seus nós e
gás natural complementariedades funcionais.
Salvador (Metrópole) 47,9
Indústria de Essa especificidade, sem dúvida, configura
Transformação Salvador como um compartimento
Educação Superior específico na Rede Urbana da Bahia (vide
Atividades de descrição do Arco 1, no Produto 3).
atendimento Altíssima geração relativa de empregos.
hospitalar
Atividades do setor primário e secundário
que não indicam mudanças na posicao e no
Agropecuária destaque deste polo na rede urbana da Bahia.
Aquicultura Considerando sua localização com uma
Indústria de multiplicidade de polos em alta densidade,
Santo Antônio de
Transformação as atividades de educação superior e
Jesus (Centro Sub- 4,8
Educação superior hospitalar que lhe fazem destaque indicam
regional A)
uma complexidade funcional e não apenas o
Atividades de
provimento desse serviço meio a uma rede
atendimento
pouco densa (como é o caso observado em
hospitalar
Barreiras, Juazeiro, Paulo Afonso.
Baixa geração de empregos.
Atividades diversas que confirmam uma
forte consolidação de Feira de Santana como
polo e uma rede complexa em termos de
diferentes níveis hierárquicos, proximidades
geográficas entre seus nós e
complementariedades funcionais.
Agronegócios Similarmente a Feira de Santana, não conta
Extração de pedra, com elevado destaque para atividades do
Vitória da Conquista setor terciário.
9,5 areia e argila
(Capital Regional B)
Indútria de Sua distância geográfica de Salvador e forte
Transformação concentração de funções de destaque,
sugerem sua constituição como
compartimento específico na Rede Urbana
da Bahia (vide Produto 3, onde Vitória da
Conquista constitui aquilo que se chama de
Arco 2 da Rede Urbana da Bahia).
Alta geração relativa de empregos

217
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Regiões Geográficas
Participação
Intermediárias e a
no Total de
inserção do
Empregos Destaques Possíveis Impactos na Rede
município polo na
Formais da
Rede Urbana
Bahia (%)
(REGIC 2018)
Destaque para atividades econômicas que
não distingue tal região na rede urbana da
Bahia de modo específico e que confirma
sua integração e dependência de Vitória da
Conquista. De fato, mesmo no interior da
rede polarizada por esse último, não se
Agropecuária
observam especificidades. Tal fato não
Guanambi (Centro Indústria de sugere sua constituuição como um
2,5
Sub-regional A) Transformação compartimento específico na Rede Urbana
Educação superior da Bahia.
O destaque para a atividade de educação
superior pode indicar uma complexidade
funcional e não apenas o provimento desse
serviço meio a uma rede pouco densa.
Muito baixa geração relativa de empregos.
Agronegócios
Produção florestal -
florestas plantadas
Atividades de apoio à Claramente conectado com Salvador, o polo
produção florestal de Ilheus-Itabuna não conta com distinção
Indústria de em termos de atividades econômicas
Ilhéus-Itabuna Transformação destacadas na rede urbana do Estado. Tal
(Capital Regional C / 10,7 fato confirma sua inserção naquilo que
Capital Regional B) Hotéis e similares
chamamos de Arco 1 (vide Produto 3),
Educação superior
aquele polarizado por Salvador.
Outras atividades de
Alta geração de empregos.
ensino
Atividades de
atendimento
hospitalar
Fonte: Consócio “Rede Urbana” (2021), com base na Relação Anual de Informações
Sociais – RAIS.

O Quadro 10 apresenta a relação entre posição hierárquica do polo da Região Geográfica


Imediata e o percentual de geração de empregos.

218
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Quadro 10 - Relação entre posição hierárquica do polo da Região


Geográfica Imediata e o percentual de geração de empregos, com base
na Relação Anual de Informações Sociais – RAIS.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021).

Ao se analisar a geração de empregos segundo hierarquia na rede urbana, podem ser


observados os seguintes resultados:

De modo geral, a relação entre uma posição hierárquica na rede urbana e a maior geração
relativa no número de empregos é proporcional entre os casos analisados. Do total de dez
Regiões Geográficas Intermediárias, duas delas (Juazeiro e Irecê) apresentam resultados para
pior, e outras duas (Santo Antônio de Jesus e Guanambi) para melhor. Nos dois casos em que
se tem um menor percentual de empregos que o esperado, confirmam uma centralidade
funcional constituída pelo vazio de suas áreas dependentes; ou seja, a centralidade se
confirma por uma rede pouco densa e, no geral, com baixa oferta de funções urbanas de
complexidades médias ou superiores. O saldo positivo na geração de empregos em Santo
Anto Antônio de Jesus e Guanambi se explicam pela forte integração e proximidade deles
com seus polos superiores e com mais intensa atividade econômica: Salvador no primeiro
caso, e Vitória da Conquista, no segundo.

219
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Por último, a análise das informações referentes a destaques econômicos (atividades e geração
de empregos) em conjunto com a posição hierárquica dos polos das regiões administrativas,
conforme pode ser observado na Figura 32, permite confirmar a singularidade de alguns
compartimentos e a adesão de outros a eles.

Figura 32 - Confirmação de especificidades na Rede Urbana da Bahia a


partir de destaques da produção econômica, segundo o consórcio “Rede
Urbana”, 2021.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021).


Essa caracterização das atividades econômicas de destaque nas Regiões Geográficas
Intermediárias e seus municípios é convergente com a “caracterização das seis zonas mais
dinâmicas e suas determinações ambientais e econômicas segundo o ZEE/BA”, realizada no
tópico 3.3 desse relatório. Nesse sentido, o Mapa 16 apresenta a Densidade Econômica

220
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

(PIB/km2)21 dos municípios das diferentes regiões do estado da Bahia, em 2018,22 vis-à-vis a
vulnerabilidade ambiental que apresentam, tema que será mais bem detalhado no subitem
seguinte (4.2).

Pode ser observado que a densidade econômica de seus principais municípios, relativamente
elevada, e a natureza das atividades econômicas de destaque das Regiões Geográficas
Intermediárias de Barreiras e Salvador ocorrem em áreas de baixa vulnerabilidade ambiental.

O mesmo fato ocorre em grande parte do sul da Região Intermediária de Ilhéus e Itabuna. Nas
regiões de Juazeiro e Paulo Afonso, a densidade econômica relativamente elevada de seus
principais municípios estão, em geral, associadas a áreas de alta vulnerabilidade ambiental.
Na região de Irecê, áreas de média vulnerabilidade.

21
O conceito de Densidade Econômica dos municípios, definido pela razão entre o valor do Produto Interno
Bruto (PIB) e a área municipal vem sendo utilizado pelo IBGE.
22
Último ano para o qual a informação encontra-se disponível.
221
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Mapa 16 - Densidade Econômica (PIB/km2) [2018] por vulnerabilidade ambiental dos municípios do estado da
Bahia [2020]

222
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

4.2 Vulnerabilidades ambientais das regiões imediatas

Além das vocações econômicas, este capítulo apresenta os níveis de vulnerabilidade


ambiental de cada região imediata, obtidos a partir do cruzamento de três camadas de
vulnerabilidade contidas no ZEE/BA: vulnerabilidade hídrica, vulnerabilidade da
biodiversidade e vulnerabilidade do solo aos processos erosivos.

Cada uma das vulnerabilidades foi classificada pelo ZEE/BA em até oito níveis, indo de
“muito baixa” para os locais menos vulneráveis e “muito alta” para os locais mais
vulneráveis. A Tabela 29 apresenta os quantitativos de área ocupada por cada uma das classes
para as três vulnerabilidades supracitadas em todo o Estado da Bahia. Além disso, a tabela
apresenta valores escalonados de 0 a 1, atribuídos pelo presente estudo com vistas a
possibilitar a posterior soma das vulnerabilidades.

Tabela 29: Quantificação das classes de vulnerabilidade por tipo de


vulnerabilidade contida no ZEE/BA.
Tipos de Vulnerabilidade Erosão Hídrica Biodiversidade
Classes ZEE/BA Valor km² % BA km² % BA km² % BA
8 Muito Alta 1,000 10.090,6 2% 305.322,1 54% 21.900,4 4%
7 Alta a Muito Alta 0,875 61.493,6 11% - 0% 29.284,9 5%
6 Alta 0,750 105.787,3 19% 59.927,4 11% 54.699,9 10%
5 Moderada a Alta 0,625 115.768,4 20% - 0% 62.460,1 11%
4 Moderada 0,500 140.660,0 25% 38.553,1 7% 43.423,6 8%
3 Baixa a Moderada 0,375 90.782,7 16% - 0% 31.310,1 6%
2 Baixa 0,250 35.424,3 6% 60.511,4 11% 20.747,0 4%
1 Muito Baixa 0,125 - 0% 101.689,0 18% 1.969,2 0%
0 Sem Classificação 0,000 6.127,7 1% - 0% 300.207,8 53%
Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEMA; SEPLAN (2020).

Os gráficos das figuras a seguir apresentam os percentuais de área de cada região imediata por
classe de vulnerabilidade. A Figura 33 mostra que diversas regiões imediatas possuem mais
de 90% de suas áreas com muito alta vulnerabilidade hídrica, cuja homogeneidade é fruto do
mapeamento dessa vulnerabilidade, que é o mais genérico dentre os três aqui abordados. A
Figura 34 mostra que as regiões imediatas de Valença, Jeremoabo, Irecê, Juazeiro e Camacan
possuem mais de 30% de suas áreas com alta, alta a muito alta e muito alta vulnerabilidade a
biodiversidade. A Figura 35 mostra que as regiões de Ipiaú, Paulo Afonso, Jequié, Santo
Antônio de Jesus, Seabra e Ilhéus-Itabuna possuem mais de 50% de suas áreas classificadas

223
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

com vulnerabilidade muito alta, alta a muito alta e alta a erosão. Por fim, a Figura 36, é
resultado da soma das três vulnerabilidades, onde constata-se que as regiões com maior
percentual de áreas com alta vulnerabilidade total são: Paulo Afonso, Juazeiro e Jeremoabo.

224
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 33 - Percentuais de área de cada Região Imediata por classes de


vulnerabilidade hídrica, considerando o Zoneamento Ecológico
Econômico da Bahia (2020).
Muito Alta Alta Moderada Baixa Muito Baixa Sem Classificação

Alagoinhas
Barreiras
Bom Jesus da Lapa
Brumado
Camacan
Cícero Dantas
Conceição do Coité
Cruz das Almas
Euclides da Cunha
Eunápolis - Porto Seguro
Feira de Santana
Guanambi
Ilhéus – Itabuna
Ipiaú
Irecê
Itaberaba
Itapetinga
Jacobina
Jequié
Jeremoabo
Juazeiro
Nazaré – Maragogipe
Paulo Afonso
Ribeira do Pombal
Salvador
Santa Maria da Vitoria
Santo Antônio de Jesus
Seabra
Senhor do Bonfim
Serrinha
Teixeira de Freitas
Valença
Vitória da Conquista
Xique-Xique – Barra

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEMA; SEPLAN (2020).

225
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 34 - Percentuais de área de cada Região Imediata por classes de


vulnerabilidade da biodiversidade, considerando o Zoneamento
Ecológico Econômico da Bahia (2020).

Muito Alta Alta a Muito Alta Alta Moderada a Alta Moderada Baixa a Moderada Baixa Muito Baixa Sem Classificação

Alagoinhas
Barreiras
Bom Jesus da Lapa
Brumado
Camacan
Cícero Dantas
Conceição do Coité
Cruz das Almas
Euclides da Cunha
Eunápolis - Porto Seguro
Feira de Santana
Guanambi
Ilhéus – Itabuna
Ipiaú
Irecê
Itaberaba
Itapetinga
Jacobina
Jequié
Jeremoabo
Juazeiro
Nazaré – Maragogipe
Paulo Afonso
Ribeira do Pombal
Salvador
Santa Maria da Vitoria
Santo Antônio de Jesus
Seabra
Senhor do Bonfim
Serrinha
Teixeira de Freitas
Valença
Vitória da Conquista
Xique-Xique – Barra

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEMA; SEPLAN (2020).
226
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 35 - Percentuais de área de cada Região Imediata por classes de


vulnerabilidade a erosão dos solos, considerando o Zoneamento
Ecológico Econômico da Bahia (2020).
Muito Alta Alta a Muito Alta Alta Moderada a Alta Moderada Baixa a Moderada Baixa Sem Classificação

Alagoinhas
Barreiras
Bom Jesus da Lapa
Brumado
Camacan
Cícero Dantas
Conceição do Coité
Cruz das Almas
Euclides da Cunha
Eunápolis - Porto Seguro
Feira de Santana
Guanambi
Ilhéus – Itabuna
Ipiaú
Irecê
Itaberaba
Itapetinga
Jacobina
Jequié
Jeremoabo
Juazeiro
Nazaré – Maragogipe
Paulo Afonso
Ribeira do Pombal
Salvador
Santa Maria da Vitoria
Santo Antônio de Jesus
Seabra
Senhor do Bonfim
Serrinha
Teixeira de Freitas
Valença
Vitória da Conquista
Xique-Xique – Barra

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEMA; SEPLAN (2020).

227
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 36 - Percentuais de área de cada Região Imediata por classes de


vulnerabilidade geral, considerando o Zoneamento Ecológico Econômico
da Bahia (2020).

Alta Média Baixa

Alagoinhas 6% 50% 44%


Barreiras 1% 52% 47%
Bom Jesus da Lapa 22% 73% 5%
Brumado 28% 72% 0%
Camacan 8% 72% 21%
Cícero Dantas 12% 58% 29%
Conceição do Coité 15% 85% 0%
Cruz das Almas 12% 49% 40%
Euclides da Cunha 36% 64% 0%
Eunápolis - Porto Seguro 6% 41% 54%
Feira de Santana 22% 65% 12%
Guanambi 22% 75% 3%
Ilhéus – Itabuna 15% 75% 11%
Ipiaú 25% 75% 0%
Irecê 37% 63% 0%
Itaberaba 30% 70% 0%
Itapetinga 3% 82% 15%
Jacobina 29% 71% 0%
Jequié 28% 72% 0%
Jeremoabo 48% 51% 0%
Juazeiro 61% 39% 0%
Nazaré – Maragogipe 12% 71% 17%
Paulo Afonso 69% 31% 0%
Ribeira do Pombal 15% 83% 2%
Salvador 1% 55% 43%
Santa Maria da Vitoria 2% 64% 34%
Santo Antônio de Jesus 7% 83% 10%
Seabra 37% 63% 0%
Senhor do Bonfim 39% 61% 0%
Serrinha 3% 97% 0%
Teixeira de Freitas 6% 25% 68%
Valença 31% 38% 30%
Vitória da Conquista 26% 74% 1%
Xique-Xique – Barra 36% 58% 6%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEMA; SEPLAN (2020).

228
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

As classes de vulnerabilidade de cada tema foram somadas, cujos resultados foram


classificados em “Alta” para valores =>2, “Média” para valores >=1 e “Baixa” para valores
<1.

Em convergência com a leitura dos gráficos, a Figura 37 espacializa as vulnerabilidades,


possibilitando a análise espacial das vulnerabilidades em todo o Estado da Bahia.

229
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Figura 37 - Vulnerabilidades ambientais nas regiões imediatas da Bahia,


considerando o Zoneamento Ecológico Econômico da Bahia (2020).

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEMA; SEPLAN (2020).

Complementando a análise, verificou-se o que o ZEE/BA aponta para os extremos desse


mapeamento. De um lado, Paulo Afonso, Juazeiro, Jeremoabo, Senhor do Bonfim e Irecê
como regiões imediatas com maior percentual de áreas classificadas como de alta
vulnerabilidade ambiental, e de outro, Irecê, Salvador, Alagoinhas, Barreiras, Eunápolis-Porto

230
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Seguro e Teixeira de Freitas como regiões com maior percentual de áreas classificadas como
de baixa vulnerabilidade ambiental. A Tabela 30 apresenta a unidade de paisagem de maior
participação em cada uma dessas regiões.

Tabela 30: Unidade de paisagem de maior expressão nas regiões


imediatas de maior e menor fragilidade ambiental, considerando o
Zoneamento Ecológico Econômico (2020).
Região Imediata Unidade de paisagem % da Região

Regiões Imediatas com mais áreas classificadas como Alta Vulnerabilidade Ambiental

Caatinga sobre neossolos rasos, pedregosos e de textura média e


Paulo Afonso 29,50
argilosa

Juazeiro Caatinga e vegetação secundária e atividades agropastoris 15,28

Área de tensão ecológica, contato Cerrado-Caatinga Arbórea


Jeremoabo 21,48
Aberta

Senhor do Bonfim Caatinga Arbórea e Arbustiva 12,75

Culturas temporárias (feijão, milho, mamona e sorgo) irrigada ou


Irecê 32,53
não e policultura

Regiões Imediatas com mais áreas classificadas como Baixa Vulnerabilidade Ambiental

Salvador Pastagem plantada e/ou natural associada à policultura 14,03

Pastagem associada ao cultivo de coco–da-baía, mandioca e dendê,


Alagoinhas 10,91
intercalada com vegetação secundária com piaçava
Uso agrícola de grãos predominante de soja, algodão e milho
Barreiras 19,45
irrigados e mecanizados
Eunápolis-Porto
Pastagem e policultura 14,45
Seguro

Teixeira de Freitas Silvicultura de eucalipto 23,56

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021), com base em SEMA; SEPLAN (2020).

Diante do exposto, constata-se a partir deste breve recorte de análise, que de modo geral, as
regiões imediatas com maior vulnerabilidade são justamente aquelas que abrigam unidades de
paisagem formadas por elementos naturais como as áreas de vegetação nativa da caatinga e
seus ecossistemas. Já as regiões imediatas de menor vulnerabilidade apresentam unidades de
paisagem formadas por elementos antrópicos, como as atividades agrícolas, silvícolas e da
pecuária.

231
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Além disso, é possível constatar que os compartimentos resultantes da análise desses dois
campos de análises (econômico e o ambiental) demonstram aderências bastantes grandes com
os subcompartimentos da rede urbana da Bahia, servindo assim como referência para a parte
final do estudo dessa rede, que é a proposição de políticas públicas, estabelecimento de
diretrizes e sugestão de modos de acompanhamento e/ou monitoramento.

232
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

5. Mudanças e permanências na rede urbana da Bahia

O Estudo Rede Urbana da Bahia (SEDUR, 2011) definiu a seguinte hierarquia urbana:
Metrópole, Polo Estadual, Polo Regional, Polo Sub-regional, Polo Local, Centro Local e
Núcleo. A aderência dessa hierarquia ao REGIC 2018 é expressiva, visto que nesta pesquisa,
os Núcleos definidos pelo Estudo da Rede Urbana (2011) correspondem a Centros Locais.
Vale ressaltar que, em 2018, a noção de cidade ou centro urbano utilizada passou a ser
operacionalizada por meio de unidades territoriais definidas no estudo Arranjos Populacionais
e Concentrações Urbanas do Brasil. Consonante a isso, vários desses Núcleos determinados
pelo Estudo de 2011 se agregaram como Metrópole, em decorrência da unidade funcional
Cidade do último REGIC ser os arranjos populacionais.

Entre 2007 e 2018, ocorreu uma progressão da Rede Urbana do estado da Bahia, com um
maior adensamento de cidades nos níveis superiores da hierarquia urbana. O processo de
mudanças na rede urbana, no qual cidades ganham ou perdem níveis hierárquicos ou
centralidade, responde à especificidade da dinâmica econômica, social e espacial observada,
entre esses anos, na economia e na sociedade baianas.

Destaca-se que dezenove cidades classificadas como Centros Locais em 2007, último nível da
hierarquia urbana, ascenderam para níveis superiores no último REGIC. Além disso, Porto
Seguro e Senhor do Bonfim se tornaram Centros Sub-regionais A.

Da mesma forma, Euclides da Cunha (Centro de Zona B), Conceição do Coité, Ipiaú,
Itamaraju, Itapetinga e Serrinha (Centros de Zona A), e Luiz Eduardo Magalhães, Centro
Local em 2007, tornaram-se Centros Sub-regionais B em 2018, com destaque ao último
município citado, o qual obteve um ganho de três níveis na hierarquia urbana nestes últimos
anos.

Enquanto isso, Ilhéus, anteriormente classificada como Capital Regional B, tornou-se uma
Capital Regional C, decrescendo um nível na hierarquia urbana. Jacobina, Camacan,
Macaúbas, Xique-Xique, Barra, Boquira, Ibicaraí, Nazaré, Poções e Serra Dourada também
decresceram de posição entre 2007 e 2018.

No entanto, apesar dessas quedas, a progressão da Rede é visível em diferentes referenciais


espaciais: Território de Identidade ou Regiões Geográficas Imediatas. Dados esses conceitos,

233
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

é possível afirmar que as Regiões Geográficas Imediatas possuem aderência metodológica aos
estudos relativos à estruturação da rede urbana (REGIC), enquanto os Territórios de
Identidade constituem referência relevante para os processos de definição e implementação de
políticas públicas.

Nesse contexto, os projetos especiais, investimentos estratégicos, arranjos produtivos locais e


rotas de integração nacional que estão sendo implementados, estruturados ou consolidados
podem apresentar impactos na rede urbana baiana, na medida que criam ou fortalecem
centralidades nas cidades onde ocorrem.

No âmbito do transporte e logística, a Bahia tem projetos e obras estruturantes, como a


Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), Porto Sul, Hidrovia do São Francisco e o Sistema
Viário Oeste (SVO)”. Merece também destaque o Projeto Baixio de Irecê (PBI) e o Estaleiro
Enseada do Paraguaçu.

Além disso, a existência de Arranjos Produtivos Locais - APL e Rotas de Integração Nacional
em um ou mais municípios podem apresentar impactos na rede urbana baiana, pois criam ou
fortalecem centralidades nas cidades ou regiões onde ocorrem, na medida que apresentam
articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais
(governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa). O estado da
Bahia conta com 20 APLs e 6 Rotas de Integração que envolvem dezenas de municípios.

Nas condições atuais de desenvolvimento das Tecnologias de Comunicação e Informação, a


análise da cobertura de domicílios com sinal de telefonia móvel nos municípios do estado da
Bahia é relevante sobre 2 dois aspectos: a) pode-se afirmar que a inclusão digital é um novo
direito à cidadania e, portanto, de fundamental relevância para os “relacionamentos internos e
externos” dos grupos sociais que caracterizam os Territórios de Identidade; e b) a
disponibilidade de canais digital de serviços (vendas de bens de consumo duráveis e não
duráveis; oferta de trabalho; oferta de serviços de saúde, educação e de serviços públicos, etc.)
podem contribuir para a maior ou menor centralidade das cidades e a estrutura de suas
Regiões Geográficas.

É possível constatar que a cobertura de domicílios com sinal de telefonia móvel nos
municípios do estado da Bahia é muito heterogênea, com uma parcela expressiva dos
municípios e de seus domicílios apresentando um elevado Grau de Vulnerabilidade referente

234
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

ao percentual dessa cobertura. Em geral, os percentuais de cobertura são mais elevados nos
municípios situados no Litoral ou na Região Oeste do estado.’

É importante destacar que os serviços de ensino superior constituem funções urbanas que são
capazes de gerar centralidade para as cidades onde estão localizados. A intensidade dos
destinos de fluxos para acesso a serviços de ensino superior, definida pelo número de cidades
de origem desses fluxos, é maior nas cidades que compõem o Arranjo Populacional de
Salvador (83); em Vitória da Conquista (61), Feira de Santana (49), Itabuna (37), Paripiranga
(34), Barreiras (24), Guanambi (22), Jequié (21), Paulo Afonso (16), Alagoinhas (15) e
Teixeira de Freitas (15).

No que tange o tema da cultura, as análises realizadas demonstraram que a dinâmica cultural
consolidada ao longo desses anos não contribuiu para alterações significativas na rede. As
localidades identificadas como culturalmente atrativas, no Estudo de 2011, pertencem ao
sétimo degrau, no REGIC 2018, demonstrando uma baixa interferência interna à rede.
Somada à essa permanência, observou-se que as estratégias e ações previstas nos PDTIS não
parecem ter impactado a dinâmica regional, contribuindo, talvez, para o desenvolvimento
local, mas não incidindo nos níveis hierárquicos dos centros.

Embora tais atividades sejam representativas no Estado da Bahia, a maior parte da


atratividade correspondente localiza-se, justamente, nos níveis hierárquicos mais altos. Tal
constatação sugere que as centralidades atribuídas às hierarquias inferiores se conformam em
razão de uma rede urbana sazonal e flutuante, de influência proporcional à classificação
hierárquica do seu centro. Nesse sentido, ainda que os centros de zona e os centros locais
despontem em função das atividades culturais que oferecem, sua importância permanece de
reconhecimento local ou microrregional, não interferindo na estruturação e dinâmica da rede.

Em termos espaciais, constata-se um protagonismo da atratividade cultural da porção Leste do


Estado, capitaneado pela Metrópole de Salvador e pela Capital Regional B – Feira de Santana,
que se distribui linearmente para as porções Centro-Oeste e Centro-norte da Bahia. Esse
destaque é gradativamente assumido pela região Sudeste/Sudoeste, em função das Capitais
Regionais B de Vitória da Conquista e Itabuna e, junto desta última, a Capital Regional C de
Ilhéus. Na porção Oeste, observa-se uma atratividade da Capital Regional C de Barreiras que
atinge distâncias menores, se comparada às centralidades já citadas, mas que ainda se estende

235
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

por uma escala microrregional. Já no Norte do Estado, a Capital Regional C de Juazeiro se


classifica como culturalmente atrativa, mas com uma abrangência territorial substancialmente
pontual.

Em convergência, a leitura do ZEE expressa a importância das cidades com maior nível
hierárquico regional, pois a simples oferta de atrativos por si só, não é capaz de reconfigurar a
rede urbana consolidada. Aliás, as novas centralidades influenciadas pela exploração de
potencialidades ambientais e econômicas locais, parecem se utilizar justamente da
infraestrutura logística já provida para atender, em outrora, uma cidade maior já consolidada.
Ademais, a atração de investimentos capazes de transformar as potencialidades em
oportunidades de desenvolvimento, tem revelado duas tendências nas cidades baianas,
moldadas, dentre outros aspectos pela natureza do recurso explorado: uma de consolidação de
centros urbanos mais estruturados com consequente redução da população de núcleos e
centros locais próximos de baixa oferta de infraestrutura; e outra, de propagação das
oportunidades para municípios próximos, desde que esses ofereçam condições favoráveis para
a expansão do recurso explorado.

Por fim, os desenhos de regionalização operacional das Secretarias de Estado que explicitam
esse entendimento em suas atuações no território demonstram, a um tempo, a confirmação das
maiores centralidades como “organizadores” de suas atuações, e a adoção de desenhos
regionais que resultam de especificidades setoriais. Conclui-se também pela relativa utilização
dos Territórios de Identidade como recorte em uso pelas diferentes secretarias de estado. De
fato, mesmo algumas secretarias que explicitam a adoção de tais Territórios não confirmam
sua real adoção na prática. Entretanto, esse cenário não deve ser entendido como um
problema em si. Ao contrário, indicam que os Territórios de Identidade podem e devem ser
entendidos como referências para diagnósticos setoriais diversos e não necessária ou
obrigatoriamente nas suas gestões.

236
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

6. Referências

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

7. Anexos

Anexo I - Regic (2018): hierarquia dos centros urbanos

Quadro 11 - Classificação da hierarquia dos centros urbanos, segundo a Pesquisa Regiões de Influência das
Cidades (REGIC) de 2018, publicada pelo IBGE no ano de 2020.
Níveis Hierárquicos Características
Metrópoles São os 15 principais centros urbanos, dos quais todas as Cidades existentes no País recebem
influência direta, seja de uma ou mais Metrópoles simultaneamente. A região de influência
dessas centralidades é ampla e cobre toda a extensão territorial do País, com áreas de
sobreposição em determinados contatos: Grande Metrópole Nacional (Arranjo Populacional
Da Grande São Paulo/SP); Metrópole Nacional (Arranjos Populacionais de Brasília/DF e Rio de
Janeiro/RJ); Metrópole - os Arranjos Populacionais de Belém/ PA, Belo Horizonte/MG,
Campinas/SP, Curitiba/PR, Florianópolis/SC, Fortaleza/CE, Goiânia/GO, Porto Alegre/RS,
Recife/PE, Salvador/BA, Vitória/ES e o Município de Manaus (AM)
Capitais Regionais São os centros urbanos com alta concentração de atividades de gestão, mas com alcance
menor em termos de região de influência em comparação com as Metrópoles.
Capital Regional A Composto por nove Cidades, em geral Capitais Estaduais das Regiões Nordeste e Centro-
Oeste com exceção do Arranjo Populacional de Ribeirão Preto/SP. Apresentam contingente
populacional próximo entre si, variando de 800 mil a 1,4 milhão de habitantes em 2018.
Todas se relacionam diretamente a Metrópoles (2A).
Capital Regional B Reúne 24 Cidades, geralmente, centralidades de referência no interior dos Estados, exceto
pelas Capitais Estaduais Palmas/TO e Porto Velho (RO). Caracterizam-se por possuírem, em
média, 530 mil habitantes, apenas com o Arranjo Populacional de São José dos Campos/SP
em um patamar populacional superior (1,6 milhão de habitantes em 2018). São numerosas na
Região Sul, onde se localizam 10 das 24 Capitais Regionais dessa categoria (2B);
Capital Regional C Possui 64 Cidades, dentre elas três Capitais Estaduais: os Municípios de Boa Vista (RR), Rio
Branco (AC) e o Arranjo Populacional de Macapá/AP, todas pertencentes à Região Norte. As
demais Cidades localizam-se, principalmente, na Região Sudeste, onde 30 das 64 Capitais
Regionais C se encontram. A média nacional de população das Cidades dessa categoria é de
300 mil habitantes em 2018, sendo maior na Região Sudeste (360 mil) e menor na Região Sul

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Níveis Hierárquicos Características


(200 mil) - 2C.
Centros Sub-Regionais Neste terceiro nível hierárquico, as 352 Cidades possuem atividades de gestão menos
complexas (todas são nível 3 na classificação de gestão do território), com áreas de influência
de menor extensão que as das Capitais Regionais. São também Cidades de menor porte
populacional, com média nacional de 85 mil habitantes, maiores na Região Sudeste (100 mil)
e menores nas Regiões Sul e Centro-Oeste (75 mil).
Centro Sub-Regional A Composto por 96 Cidades presentes em maior número nas Regiões Sudeste, Sul e Nordeste, e
média populacional de 120 mil habitantes; e
Centro Sub-Regional B Formado por 256 Cidades com grande participação das Regiões Sudeste e Nordeste,
apresenta média nacional de 70 mil habitantes, maiores no Sudeste (85 mil) e menores no Sul
(55 mil).
Centros de Zona Cidades classificadas no quarto nível da hierarquia urbana caracterizam-se por menores níveis
de atividades de gestão, polarizando um número inferior de Cidades vizinhas em virtude da
atração direta da população por comércio e serviços baseada nas relações de proximidade.
São 398 Cidades com média populacional de 30 mil habitantes, subdivididas em dois
conjuntos: Centros de Zona A e B.
Centro de Zona A Formado por 147 Cidades com cerca de 40 mil pessoas, mais populosas na Região Norte
(média de 60 mil habitantes) e menos populosas nas Regiões Sul e Centro-Oeste (ambas com
média de pouco mais de 30 mil pessoas). Em termos de gestão do território, foram
classificadas, em sua maioria, nos níveis 3 e 4
Centro de Zona B Este subnível soma 251 Cidades, todas classificadas nos níveis 4 e 5 de gestão territorial. São
de menor porte populacional que os Centros de Zona A (média inferior a 25 mil habitantes),
igualmente mais populosas na Região Norte (35 mil, em média) e menos populosas na Região
Sul (onde perfazem 15 mil habitantes). Os Centros de Zona B são mais numerosos na Região
Nordeste, onde localizam-se 100 das 251 Cidades nesta classificação.
Centros Locais O último nível hierárquico define-se pelas Cidades que exercem influência restrita aos seus
próprios limites territoriais, podendo atrair alguma população moradora de outras Cidades
para temas específicos, mas não sendo destino principal de nenhuma outra Cidade.
Simultaneamente, os Centros Locais apresentam fraca centralidade em suas atividades
empresariais e de gestão pública, geralmente tendo outros centros urbanos de maior
hierarquia como referência para atividades cotidianas de compras e serviços de sua
população, bem como acesso a atividades do poder público e dinâmica empresarial. São a
maioria das Cidades do País, totalizando 4 037 centros urbanos - o equivalente a 82,4% das
unidades urbanas analisadas na presente pesquisa.
Fonte: IBGE (2020).
244
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Anexo II - Lista de todos os municípios do estado da Bahia por classificação, Rede Urbana 2011, Regic 2007 e
Regic 2018

Quadro 12 – Lista de todos os municípios do estado da Bahia por classificação, de acordo com o Estudo da Rede
Urbana 2011, e pesquisas REGIC 2007 e REGIC 2018, publicadas pelo IBGE nos anos de 2008 e 2020,
respectivamente.

Município RUB 2011 REGIC 2007* REGIC 2018*


Abaíra Núcleo Centro Local Centro Local
Abaré Núcleo Centro Local Centro Local
Acajutiba Núcleo Centro Local Centro Local
Adustina Núcleo Centro Local Centro Local
Água Fria Núcleo Centro Local Centro Local
Aiquara Núcleo Centro Local Centro Local
Alagoinhas Polo Sub-regional Centro Sub-regional B Centro Sub-regional B
Alcobaça Núcleo Centro Local Centro Local
Almadina Núcleo Centro Local Centro Local
Amargosa Centro Local Centro de Zona B Centro de Zona B
Amélia Rodrigues Núcleo Centro Local Centro Local
América Dourada Núcleo Centro Local Centro Local
Anagé Núcleo Centro Local Centro Local
Andaraí Núcleo Centro Local Centro de Zona B
Andorinha Núcleo Centro Local Centro Local
Angical Núcleo Centro Local Centro Local
Anguera Núcleo Centro Local Centro Local
Antas Núcleo Centro Local Centro Local
Antônio Cardoso Núcleo Centro Local Centro Local
Antônio Gonçalves Núcleo Centro Local Centro Local

245
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Município RUB 2011 REGIC 2007* REGIC 2018*


Aporá Núcleo Centro Local Centro Local
Apuarema Núcleo Centro Local Centro Local
Araçás Núcleo Centro Local Centro Local
Aracatu Núcleo Centro Local Centro Local
Araci Núcleo Centro Local Centro Local
Aramari Núcleo Centro Local Centro Local
Arataca Núcleo Centro Local Centro Local
Aratuípe Núcleo Centro Local Centro Local
Aurelino Leal Núcleo Centro Local Centro Local
Baianópolis Núcleo Centro Local Centro Local
Baixa Grande Núcleo Centro Local Centro Local
Banzaê Núcleo Centro Local Centro Local
Barra Núcleo Centro de Zona B Centro Local
Barra da Estiva Núcleo Centro Local Centro de Zona B
Barra do Choça Núcleo Centro Local Centro Local
Barra do Mendes Núcleo Centro Local Centro Local
Barra do Rocha Núcleo Centro Local Centro Local
Barreiras Polo Regional Capital Regional C Capital Regional C
Barro Alto Núcleo Centro Local Centro Local
Barro Preto Núcleo Centro Local Centro Local
Barrocas Núcleo Centro Local Centro Local
Belmonte Núcleo Centro Local Centro Local
Belo Campo Núcleo Centro Local Centro Local
Biritinga Núcleo Centro Local Centro Local
Boa Nova Núcleo Centro Local Centro Local
Boa Vista do Tupim Núcleo Centro Local Centro Local
Bom Jesus da Lapa Centro Local Centro Sub-regional B Centro Sub-regional B
Bom Jesus da Serra Núcleo Centro Local Centro Local
Boninal Núcleo Centro Local Centro Local
Bonito Núcleo Centro Local Centro Local

246
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Município RUB 2011 REGIC 2007* REGIC 2018*


Boquira Núcleo Centro de Zona B Centro Local
Botuporã Núcleo Centro Local Centro Local
Brejões Núcleo Centro Local Centro Local
Brejolândia Núcleo Centro Local Centro Local
Brotas de Macaúbas Núcleo Centro Local Centro Local
Brumado Polo Local Centro Sub-regional B Centro Sub-regional B
Buerarema Núcleo Centro Local Centro Local
Buritirama Núcleo Centro Local Centro Local
Caatiba Núcleo Centro Local Centro Local
Cabaceiras do Paraguaçu Núcleo Centro Local Centro Local
Cachoeira Centro Local Centro Local Centro Local
Caculé Núcleo Centro de Zona B Centro de Zona B
Caém Núcleo Centro Local Centro Local
Caetanos Núcleo Centro Local Centro Local
Caetité Núcleo Centro de Zona A Centro de Zona A
Cafarnaum Núcleo Centro Local Centro Local
Cairu Núcleo Centro Local Centro Local
Caldeirão Grande Núcleo Centro Local Centro Local
Camacã Núcleo Centro de Zona A Centro de Zona B
Camaçari** Polo Sub-regional Metrópole Metrópole
Camamu Núcleo Centro Local Centro Local
Campo Alegre de Lourdes Núcleo Centro Local Centro Local
Campo Formoso Centro Local Centro Local Centro de Zona A
Canápolis Núcleo Centro Local Centro Local
Canarana Núcleo Centro Local Centro Local
Canavieiras Núcleo Centro Local Centro Local
Candeal Núcleo Centro Local Centro Local
Candeias** Polo Local Metrópole Metrópole
Candiba Núcleo Centro Local Centro Local
Cândido Sales Núcleo Centro Local Centro Local

247
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Município RUB 2011 REGIC 2007* REGIC 2018*


Cansanção Núcleo Centro Local Centro Local
Canudos Núcleo Centro Local Centro Local
Capela do Alto Alegre Núcleo Centro Local Centro Local
Capim Grosso Núcleo Centro de Zona B Centro de Zona A
Caraíbas Núcleo Centro Local Centro Local
Caravelas Núcleo Centro Local Centro Local
Cardeal da Silva Núcleo Centro Local Centro Local
Carinhanha Núcleo Centro Local Centro Local
Casa Nova Núcleo Centro Local Centro Local
Castro Alves Núcleo Centro Local Centro de Zona B
Catolândia Núcleo Centro Local Centro Local
Catu Núcleo Centro Local Centro Local
Caturama Núcleo Centro Local Centro Local
Central Núcleo Centro Local Centro Local
Chorrochó Núcleo Centro Local Centro Local
Cícero Dantas Núcleo Centro de Zona B Centro de Zona A
Cipó Núcleo Centro Local Centro Local
Coaraci Núcleo Centro Local Centro Local
Cocos Núcleo Centro Local Centro Local
Conceição da Feira Núcleo Centro Local Centro Local
Conceição do Almeida Núcleo Centro Local Centro Local
Conceição do Coité Centro Local Centro de Zona A Centro Sub-regional B
Conceição do Jacuípe Núcleo Centro Local Centro Local
Conde Núcleo Centro Local Centro Local
Condeúba Núcleo Centro Local Centro Local
Contendas do Sincorá Núcleo Centro Local Centro Local
Coração de Maria Núcleo Centro Local Centro Local
Cordeiros Núcleo Centro Local Centro Local
Coribe Núcleo Centro Local Centro Local
Coronel João Sá Núcleo Centro Local Centro Local

248
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Município RUB 2011 REGIC 2007* REGIC 2018*


Correntina Núcleo Centro Local Centro Local
Cotegipe Núcleo Centro Local Centro Local
Cravolândia Núcleo Centro Local Centro Local
Crisópolis Núcleo Centro Local Centro Local
Cristópolis Núcleo Centro Local Centro Local
Cruz das Almas Polo Sub-regional Centro Sub-regional B Centro Sub-regional B
Curaçá Núcleo Centro Local Centro Local
Dário Meira Núcleo Centro Local Centro Local
Dias d'Ávila** Centro Local Metrópole Metrópole
Dom Basílio Núcleo Centro Local Centro Local
Dom Macedo Costa Núcleo Centro Local Centro Local
Elísio Medrado Núcleo Centro Local Centro Local
Encruzilhada Núcleo Centro Local Centro Local
Entre Rios Núcleo Centro Local Centro Local
Érico Cardoso Núcleo Centro Local Centro Local
Esplanada Núcleo Centro Local Centro Local
Euclides da Cunha Núcleo Centro de Zona B Centro Sub-regional B
Eunápolis Polo Sub-regional Centro Sub-regional B Capital Regional C
Fátima Núcleo Centro Local Centro Local
Feira da Mata Núcleo Centro Local Centro Local
Feira de Santana Polo Estadual Capital Regional B Capital Regional B
Filadélfia Núcleo Centro Local Centro Local
Firmino Alves Núcleo Centro Local Centro Local
Floresta Azul Núcleo Centro Local Centro Local
Formosa do Rio Preto Núcleo Centro Local Centro Local
Gandu Núcleo Centro de Zona B Centro de Zona B
Gavião Núcleo Centro Local Centro Local
Gentio do Ouro Núcleo Centro Local Centro Local
Glória Núcleo Centro Local Centro Local
Gongogi Núcleo Centro Local Centro Local

249
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Município RUB 2011 REGIC 2007* REGIC 2018*


Governador Mangabeira Núcleo Centro Local Centro Local
Guajeru Núcleo Centro Local Centro Local
Guanambi Polo Local Centro Sub-regional A Centro Sub-regional A
Guaratinga Núcleo Centro Local Centro Local
Heliópolis Núcleo Centro Local Centro Local
Iaçu Núcleo Centro Local Centro Local
Ibiassucê Núcleo Centro Local Centro Local
Ibicaraí Centro Local Centro de Zona B Centro Local
Ibicoara Núcleo Centro Local Centro Local
Ibicuí Núcleo Centro Local Centro Local
Ibipeba Núcleo Centro Local Centro Local
Ibipitanga Núcleo Centro Local Centro Local
Ibiquera Núcleo Centro Local Centro Local
Ibirapitanga Núcleo Centro Local Centro Local
Ibirapoã Núcleo Centro Local Centro Local
Ibirataia Núcleo Centro Local Centro Local
Ibitiara Núcleo Centro Local Centro Local
Ibititá Núcleo Centro Local Centro Local
Ibotirama Núcleo Centro de Zona B Centro de Zona B
Ichu Núcleo Centro Local Centro Local
Igaporã Núcleo Centro Local Centro Local
Igrapiúna Núcleo Centro Local Centro Local
Iguaí Núcleo Centro Local Centro Local
Ilhéus Polo Regional Capital Regional B Capital Regional C
Inhambupe Núcleo Centro Local Centro Local
Ipecaetá Núcleo Centro Local Centro Local
Ipiaú Centro Local Centro de Zona A Centro Sub-regional B
Ipirá Centro Local Centro Local Centro de Zona A
Ipupiara Núcleo Centro Local Centro de Zona B
Irajuba Núcleo Centro Local Centro Local

250
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Município RUB 2011 REGIC 2007* REGIC 2018*


Iramaia Núcleo Centro Local Centro Local
Iraquara Núcleo Centro Local Centro Local
Irará Núcleo Centro Local Centro Local
Irecê Polo Sub-regional Centro Sub-regional A Centro Sub-regional A
Itabela Núcleo Centro Local Centro Local
Itaberaba Centro Local Centro Sub-regional B Centro Sub-regional B
Itabuna Polo Regional Capital Regional B Capital Regional B
Itacaré Núcleo Centro Local Centro Local
Itaetê Núcleo Centro Local Centro Local
Itagi Núcleo Centro Local Centro Local
Itagibá Núcleo Centro Local Centro Local
Itagimirim Núcleo Centro Local Centro Local
Itaguaçu da Bahia Núcleo Centro Local Centro Local
Itaju do Colônia Núcleo Centro Local Centro Local
Itajuípe Núcleo Centro Local Centro Local
Itamaraju Polo Local Centro de Zona A Centro Sub-regional B
Itamari Núcleo Centro Local Centro Local
Itambé Núcleo Centro Local Centro Local
Itanagra Núcleo Centro Local Centro Local
Itanhém Núcleo Centro Local Centro Local
Itaparica Núcleo Centro Local Centro Local
Itapé Núcleo Centro Local Centro Local
Itapebi Núcleo Centro Local Centro Local
Itapetinga Polo Local Centro de Zona A Centro Sub-regional B
Itapicuru Núcleo Centro Local Centro Local
Itapitanga Núcleo Centro Local Centro Local
Itaquara Núcleo Centro Local Centro Local
Itarantim Núcleo Centro Local Centro Local
Itatim Núcleo Centro Local Centro Local
Itiruçu Núcleo Centro Local Centro Local

251
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Município RUB 2011 REGIC 2007* REGIC 2018*


Itiúba Núcleo Centro Local Centro Local
Itororó Núcleo Centro Local Centro de Zona B
Ituaçu Núcleo Centro Local Centro Local
Ituberá Núcleo Centro Local Centro Local
Iuiú Núcleo Centro Local Centro Local
Jaborandi Núcleo Centro Local Centro Local
Jacaraci Núcleo Centro Local Centro Local
Jacobina Polo Local Centro Sub-regional A Centro Sub-regional B
Jaguaquara Núcleo Centro de Zona B Centro de Zona B
Jaguarari Núcleo Centro Local Centro Local
Jaguaripe Núcleo Centro Local Centro Local
Jandaíra Núcleo Centro Local Centro Local
Jequié Polo Sub-regional Centro Sub-regional A Centro Sub-regional A
Jeremoabo Núcleo Centro Local Centro de Zona B
Jiquiriçá Núcleo Centro Local Centro Local
Jitaúna Núcleo Centro Local Centro Local
João Dourado Núcleo Centro Local Centro Local
Juazeiro Polo Regional Capital Regional C Capital Regional C
Jucuruçu Núcleo Centro Local Centro Local
Jussara Núcleo Centro Local Centro Local
Jussari Núcleo Centro Local Centro Local
Jussiape Núcleo Centro Local Centro Local
Lafayete Coutinho Núcleo Centro Local Centro Local
Lagedo do Tabocal Núcleo Centro Local Centro Local
Lagoa Real Núcleo Centro Local Centro Local
Laje Núcleo Centro Local Centro Local
Lajedão Núcleo Centro Local Centro Local
Lajedinho Núcleo Centro Local Centro Local
Lamarão Núcleo Centro Local Centro Local
Lapão Núcleo Centro Local Centro Local

252
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Município RUB 2011 REGIC 2007* REGIC 2018*


Lauro de Freitas** Polo Sub-regional Metrópole Metrópole
Lençóis Núcleo Centro Local Centro Local
Licínio de Almeida Núcleo Centro Local Centro Local
Livramento de Nossa Senhora Núcleo Centro de Zona B Centro de Zona B
Luia Eduardo Magalães Polo Local Centro Local Centro Sub-regional B
Macajuba Núcleo Centro Local Centro Local
Macarani Núcleo Centro Local Centro Local
Macaúbas Núcleo Centro de Zona A Centro de Zona B
Macururé Núcleo Centro Local Centro Local
Madre de Deus** Núcleo Metrópole Metrópole
Maetinga Núcleo Centro Local Centro Local
Maiquinique Núcleo Centro Local Centro Local
Mairi Núcleo Centro Local Centro Local
Malhada Núcleo Centro Local Centro Local
Malhada de Pedras Núcleo Centro Local Centro Local
Manoel Vitorino Núcleo Centro Local Centro Local
Mansidão Núcleo Centro Local Centro Local
Maracás Núcleo Centro Local Centro de Zona B
Maragogipe Núcleo Centro Local Centro Local
Maraú Núcleo Centro Local Centro Local
Marcionílio Souza Núcleo Centro Local Centro Local
Mascote Núcleo Centro Local Centro Local
Mata de São João** Núcleo Metrópole Metrópole
Matina Núcleo Centro Local Centro Local
Medeiros Neto Núcleo Centro Local Centro Local
Miguel Calmon Núcleo Centro Local Centro Local
Milagres Núcleo Centro Local Centro Local
Mirangaba Núcleo Centro Local Centro Local
Mirante Núcleo Centro Local Centro Local
Monte Santo Núcleo Centro Local Centro Local

253
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Município RUB 2011 REGIC 2007* REGIC 2018*


Morpará Núcleo Centro Local Centro Local
Morro do Chapéu Núcleo Centro Local Centro de Zona B
Mortugaba Núcleo Centro Local Centro Local
Mucugê Núcleo Centro Local Centro Local
Mucuri Núcleo Centro Local Centro de Zona A
Mulungu do Morro Núcleo Centro Local Centro Local
Mundo Novo Núcleo Centro Local Centro Local
Muniz Ferreira Núcleo Centro Local Centro Local
Muquém do São Francisco Núcleo Centro Local Centro Local
Muritiba Núcleo Centro Local Centro Local
Mutuípe Núcleo Centro Local Centro Local
Nazaré Núcleo Centro de Zona B Centro Local
Nilo Peçanha Núcleo Centro Local Centro Local
Nordestina Núcleo Centro Local Centro Local
Nova Canaã Núcleo Centro Local Centro Local
Nova Fátima Núcleo Centro Local Centro Local
Nova Ibiá Núcleo Centro Local Centro Local
Nova Itarana Núcleo Centro Local Centro Local
Nova Redenção Núcleo Centro Local Centro Local
Nova Soure Núcleo Centro Local Centro Local
Nova Viçosa Núcleo Centro Local Centro Local
Novo Horizonte Núcleo Centro Local Centro Local
Novo Triunfo Núcleo Centro Local Centro Local
Olindina Núcleo Centro Local Centro Local
Oliveira dos Brejinhos Núcleo Centro Local Centro Local
Ouriçangas Núcleo Centro Local Centro Local
Ourolândia Núcleo Centro Local Centro Local
Palmas de Monte Alto Núcleo Centro Local Centro Local
Palmeiras Núcleo Centro Local Centro Local
Paramirim Núcleo Centro de Zona B Centro de Zona B

254
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Município RUB 2011 REGIC 2007* REGIC 2018*


Paratinga Núcleo Centro Local Centro Local
Paripiranga Núcleo Centro Local Centro Local
Pau Brasil Núcleo Centro Local Centro Local
Paulo Afonso Polo Sub-regional Centro Sub-regional A Centro Sub-regional A
Pé de Serra Núcleo Centro Local Centro Local
Pedrão Núcleo Centro Local Centro Local
Pedro Alexandre Núcleo Centro Local Centro Local
Piatã Núcleo Centro Local Centro Local
Pilão Arcado Núcleo Centro Local Centro Local
Pindaí Núcleo Centro Local Centro Local
Pindobaçu Núcleo Centro Local Centro Local
Pintadas Núcleo Centro Local Centro Local
Piraí do Norte Núcleo Centro Local Centro Local
Piripá Núcleo Centro Local Centro Local
Piritiba Núcleo Centro Local Centro Local
Planaltino Núcleo Centro Local Centro Local
Planalto Núcleo Centro Local Centro Local
Poções Núcleo Centro de Zona B Centro Local
Pojuca Núcleo Centro Local Centro Local
Ponto Novo Núcleo Centro Local Centro Local
Porto Seguro Polo Local Centro de Zona A Centro Sub-regional A
Potiraguá Núcleo Centro Local Centro Local
Prado Núcleo Centro Local Centro Local
Presidente Dutra Núcleo Centro Local Centro Local
Presidente Jânio Quadros Núcleo Centro Local Centro Local
Presidente Tancredo Neves Núcleo Centro Local Centro Local
Queimadas Núcleo Centro Local Centro de Zona B
Quijingue Núcleo Centro Local Centro Local
Quixabeira Núcleo Centro Local Centro Local
Rafael Jambeiro Núcleo Centro Local Centro Local

255
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Município RUB 2011 REGIC 2007* REGIC 2018*


Remanso Núcleo Centro Local Centro de Zona B
Retirolândia Núcleo Centro Local Centro Local
Riachão das Neves Núcleo Centro Local Centro Local
Riachão do Jacuípe Núcleo Centro de Zona B Centro de Zona B
Riacho de Santana Núcleo Centro Local Centro Local
Ribeira do Amparo Núcleo Centro Local Centro Local
Ribeira do Pombal Centro Local Centro Sub-regional B Centro Sub-regional B
Ribeirão do Largo Núcleo Centro Local Centro Local
Rio de Contas Núcleo Centro Local Centro Local
Rio do Antônio Núcleo Centro Local Centro Local
Rio do Pires Núcleo Centro Local Centro Local
Rio Real Núcleo Centro de Zona B Centro de Zona B
Rodelas Núcleo Centro Local Centro Local
Ruy Barbosa Núcleo Centro Local Centro de Zona B
Salinas da Margarida Núcleo Centro Local Centro Local
Salvador** Metrópole Metrópole Metrópole
Santa Bárbara Núcleo Centro Local Centro Local
Santa Brígida Núcleo Centro Local Centro Local
Santa Cruz Cabrália Núcleo Centro Local Centro Local
Santa Cruz da Vitória Núcleo Centro Local Centro Local
Santa Inês Núcleo Centro Local Centro de Zona B
Santa Luzia Núcleo Centro Local Centro Local
Santa Maria da Vitória Centro Local Centro de Zona A Centro de Zona A
Santa Rita de Cássia Núcleo Centro Local Centro Local
Santa Terezinha Núcleo Centro Local Centro Local
Santaluz Núcleo Centro Local Centro Local
Santana Núcleo Centro de Zona B Centro de Zona B
Santanópolis Núcleo Centro Local Centro Local
Santo Amaro Centro Local Centro Local Centro de Zona A
Santo Antônio de Jesus Polo Sub-regional Centro Sub-regional A Centro Sub-regional A

256
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Município RUB 2011 REGIC 2007* REGIC 2018*


Santo Estêvão Núcleo Centro Local Centro Local
São Desidério Núcleo Centro Local Centro Local
São Domingos Núcleo Centro Local Centro Local
São Felipe Núcleo Centro Local Centro Local
São Félix Núcleo Centro Local Centro Local
São Félix do Coribe Núcleo Centro de Zona A Centro de Zona A
São Francisco do Conde** Núcleo Metrópole Metrópole
São Gabriel Núcleo Centro Local Centro Local
São Gonçalo dos Campos Núcleo Centro Local Centro Local
São José da Vitória Núcleo Centro Local Centro Local
São José do Jacuípe Núcleo Centro Local Centro Local
São Miguel das Matas Núcleo Centro Local Centro Local
São Sebastião do Passé** Núcleo Metrópole Metrópole
Sapeaçu Núcleo Centro Local Centro Local
Sátiro Dias Núcleo Centro Local Centro Local
Saubara Núcleo Centro Local Centro Local
Saúde Núcleo Centro Local Centro Local
Seabra Centro Local Centro de Zona A Centro de Zona A
Sebastião Laranjeiras Núcleo Centro Local Centro Local
Senhor do Bonfim Polo Local Centro Sub-regional B Centro Sub-regional A
Sento Sé Núcleo Centro Local Centro Local
Serra do Ramalho Núcleo Centro Local Centro Local
Serra Dourada Núcleo Centro de Zona B Centro Local
Serra Preta Núcleo Centro Local Centro Local
Serrinha Centro Local Centro de Zona A Centro Sub-regional B
Serrolândia Núcleo Centro Local Centro Local
Simões Filho** Polo Local Metrópole Metrópole
Sítio do Mato Núcleo Centro Local Centro Local
Sítio do Quinto Núcleo Centro Local Centro Local
Sobradinho Núcleo Centro Local Centro Local

257
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Município RUB 2011 REGIC 2007* REGIC 2018*


Souto Soares Núcleo Centro Local Centro Local
Tabocas do Brejo Velho Núcleo Centro Local Centro Local
Tanhaçu Núcleo Centro Local Centro Local
Tanque Novo Núcleo Centro Local Centro de Zona B
Tanquinho Núcleo Centro Local Centro Local
Taperoá Núcleo Centro Local Centro Local
Tapiramutá Núcleo Centro Local Centro Local
Teixeira de Freitas Polo Sub-regional Centro Sub-regional A Centro Sub-regional A
Teodoro Sampaio Núcleo Centro Local Centro Local
Teofilândia Núcleo Centro Local Centro Local
Teolândia Núcleo Centro Local Centro Local
Terra Nova Núcleo Centro Local Centro Local
Tremedal Núcleo Centro Local Centro Local
Tucano Núcleo Centro Local Centro Local
Uauá Núcleo Centro Local Centro Local
Ubaíra Núcleo Centro Local Centro Local
Ubaitaba Núcleo Centro Local Centro Local
Ubatã Núcleo Centro Local Centro Local
Uibaí Núcleo Centro Local Centro Local
Umburanas Núcleo Centro Local Centro Local
uma Núcleo Centro Local Centro Local
Urandi Núcleo Centro Local Centro Local
Uruçuca Núcleo Centro Local Centro Local
Utinga Núcleo Centro Local Centro de Zona B
Valença Polo Local Centro Sub-regional B Centro Sub-regional B
Valente Núcleo Centro de Zona B Centro de Zona B
Várzea da Roça Núcleo Centro Local Centro Local
Várzea do Poço Núcleo Centro Local Centro Local
Várzea Nova Núcleo Centro Local Centro Local
Varzedo Núcleo Centro Local Centro Local

258
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

Município RUB 2011 REGIC 2007* REGIC 2018*


Vera Cruz Núcleo Centro Local Centro Local
Vereda Núcleo Centro Local Centro Local
Vitória da Conquista Polo Regional Capital Regional B Capital Regional B
Wagner Núcleo Centro Local Centro Local
Wanderley Núcleo Centro Local Centro Local
Wenceslau Guimarães Núcleo Centro Local Centro Local
Xique-Xique Núcleo Centro de Zona A Centro de Zona B
* Para os municípios integrantes de Arranjos Populacionais (AP), que não receberam essa classificação no REGIC 2007, atribuiu-se o
mesmo nível do município núcleo do AP, conforme definido no REGIC 2018.

** Vale ressaltar que os munícipios classificados como metrópole fazem parte do Arranjo Populacional de Salvador. Dessa forma, a
todos os municípios desse arranjo foram atribuídos o mesmo nível hierárquico de Salvador, núcleo do Arranjo.

Fonte: IBGE (2008; 2020) e SEDUR (2011).

259
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Anexo III - Comparação da quantidade de municípios por níveis


hierárquicos definidos pelo Regic 2018 aos estabelecidos pelo estudo da
Rede Urbana da Bahia 2011

Tabela 31 - Comparação da quantidade de municípios por níveis


hierárquicos definidos pela pesquisa Regic 2018, publicada pelo IBGE no
ano de 2020, aos estabelecidos pelo estudo da Rede Urbana da Bahia
2011.
Polo Polo Polo Sub- Centro
REGIC 2018* Metrópole Polo Local Núcleo
Estadual Regional regional Local

Metrópole** 1 2 2 1 4

Capital Regional C 3 1

Capital Regional B 1 2

Centro Sub-
5 3
regional A
Centro Sub-
2 6 6 1
regional B

Centro de Zona A 5 5

Centro de Zona B 1 27

Centro Local 2 337

Para os municípios integrantes de Arranjos Populacionais (AP), que não receberam


essa classificação no REGIC (2007), atribuiu-se o mesmo nível do município núcleo do
AP, conforme definido no REGIC (2018).

**Vale ressaltar que os munícipios classificados como metrópole fazem parte do


Arranjo Populacional de Salvador. Dessa forma, a todos os municípios desse arranjo
foram atribuídos o mesmo nível hierárquico de Salvador, núcleo do Arranjo.

Fonte: Consórcio “Rede Urbana” (2021).

260
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Anexo IV - Correspondência de pertencimento dos municípios / cidades


do estado da Bahia nas regiões geográficas imediatas e nos territórios de
identidade

Quadro 13 – Correspondência de pertencimento dos municípios /


cidades do estado da Bahia nas regiões geográficas imediatas (2017) e
nos territórios de identidade (2018).
Região Geográfica
Município Território de Identidade
Imediata
Acajutiba Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Alagoinhas Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Aporá Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Araças Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Aramari Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Cardeal da Silva Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Conde Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Crisópolis Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Entre Rios Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Esplanada Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Inhambupe Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Itapicuru Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Jandaíra Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Pedrão Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Rio Real Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Sátiro Dias Alagoinhas Litoral Norte e Agreste Baiano
Teodoro Sampaio Alagoinhas Portal do Sertão
Angical Barreiras Bacia do Rio Grande
Baianópolis Barreiras Bacia do Rio Grande
Barreiras Barreiras Bacia do Rio Grande
Brejolândia Barreiras Bacia do Rio Corrente
Catolândia Barreiras Bacia do Rio Grande
Cotegipe Barreiras Bacia do Rio Grande
Cristópolis Barreiras Bacia do Rio Grande
Formosa do Rio Preto Barreiras Bacia do Rio Grande
Luís Eduardo Magalhães Barreiras Bacia do Rio Grande
Mansidão Barreiras Bacia do Rio Grande
Riachão das Neves Barreiras Bacia do Rio Grande
Santa Rita de Cássia Barreiras Bacia do Rio Grande

261
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Região Geográfica
Município Território de Identidade
Imediata
Santana Barreiras Bacia do Rio Corrente
São Desidério Barreiras Bacia do Rio Grande
Serra Dourada Barreiras Bacia do Rio Corrente
Tabocas do Brejo Velho Barreiras Bacia do Rio Corrente
Wanderley Barreiras Bacia do Rio Grande
Bom Jesus da Lapa Bom Jesus da Lapa Velho Chico
Boquira Bom Jesus da Lapa Bacia do Paramirim
Ibipitanga Bom Jesus da Lapa Bacia do Paramirim
Macaúbas Bom Jesus da Lapa Bacia do Paramirim
Paratinga Bom Jesus da Lapa Velho Chico
Serra do Ramalho Bom Jesus da Lapa Velho Chico
Sítio do Mato Bom Jesus da Lapa Velho Chico
Abaíra Brumado Chapada Diamantina
Aracatu Brumado Sudoeste Baiano
Brumado Brumado Sertão Produtivo
Caturama Brumado Bacia do Paramirim
Dom Basílio Brumado Sertão Produtivo
Érico Cardoso Brumado Bacia do Paramirim
Jussiape Brumado Chapada Diamantina
Livramento de Nossa Senhora Brumado Sertão Produtivo
Malhada de Pedras Brumado Sertão Produtivo
Paramirim Brumado Bacia do Paramirim
Rio de Contas Brumado Chapada Diamantina
Rio do Pires Brumado Bacia do Paramirim
Arataca Camacan Litoral Sul
Camacan Camacan Litoral Sul
Canavieiras Camacan Litoral Sul
Jussari Camacan Litoral Sul
Mascote Camacan Litoral Sul
Pau Brasil Camacan Litoral Sul
Santa Luzia Camacan Litoral Sul
uma Camacan Litoral Sul
Adustina Cícero Dantas Semiárido Nordeste II
Antas Cícero Dantas Semiárido Nordeste II
Cícero Dantas Cícero Dantas Semiárido Nordeste II
Fátima Cícero Dantas Semiárido Nordeste II
Heliópolis Cícero Dantas Semiárido Nordeste II
Paripiranga Cícero Dantas Semiárido Nordeste II

262
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Região Geográfica
Município Território de Identidade
Imediata
Conceição do Coité Conceição do Coité Sisal
Nordestina Conceição do Coité Sisal
Queimadas Conceição do Coité Sisal
Retirolândia Conceição do Coité Sisal
Santaluz Conceição do Coité Sisal
São Domingos Conceição do Coité Sisal
Valente Conceição do Coité Sisal
Cabaceiras do Paraguaçu Cruz das Almas Recôncavo
Cachoeira Cruz das Almas Recôncavo
Castro Alves Cruz das Almas Recôncavo
Conceição do Almeida Cruz das Almas Recôncavo
Cruz das Almas Cruz das Almas Recôncavo
Governador Mangabeira Cruz das Almas Recôncavo
Itatim Cruz das Almas Piemonte do Paraguaçu
Muritiba Cruz das Almas Recôncavo
Santa Teresinha Cruz das Almas Piemonte do Paraguaçu
São Felipe Cruz das Almas Recôncavo
São Félix Cruz das Almas Recôncavo
Sapeaçu Cruz das Almas Recôncavo
Cansanção Euclides da Cunha Sisal
Canudos Euclides da Cunha Sertão do São Francisco
Euclides da Cunha Euclides da Cunha Semiárido Nordeste II
Monte Santo Euclides da Cunha Sisal
Quijingue Euclides da Cunha Sisal
Belmonte Eunápolis - Porto Seguro Costa do Descobrimento
Eunápolis Eunápolis - Porto Seguro Costa do Descobrimento
Guaratinga Eunápolis - Porto Seguro Costa do Descobrimento
Itabela Eunápolis - Porto Seguro Costa do Descobrimento
Itagimirim Eunápolis - Porto Seguro Costa do Descobrimento
Itapebi Eunápolis - Porto Seguro Costa do Descobrimento
Porto Seguro Eunápolis - Porto Seguro Costa do Descobrimento
Santa Cruz Cabrália Eunápolis - Porto Seguro Costa do Descobrimento
Água Fria Feira de Santana Portal do Sertão
Amélia Rodrigues Feira de Santana Portal do Sertão
Anguera Feira de Santana Portal do Sertão
Antônio Cardoso Feira de Santana Portal do Sertão
Baixa Grande Feira de Santana Bacia do Jacuípe
Candeal Feira de Santana Sisal

263
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Região Geográfica
Município Território de Identidade
Imediata
Capela do Alto Alegre Feira de Santana Bacia do Jacuípe
Conceição da Feira Feira de Santana Portal do Sertão
Conceição do Jacuípe Feira de Santana Portal do Sertão
Coração de Maria Feira de Santana Portal do Sertão
Feira de Santana Feira de Santana Portal do Sertão
Gavião Feira de Santana Bacia do Jacuípe
Ichu Feira de Santana Sisal
Ipecaetá Feira de Santana Portal do Sertão
Ipirá Feira de Santana Bacia do Jacuípe
Irará Feira de Santana Portal do Sertão
Lamarão Feira de Santana Sisal
Macajuba Feira de Santana Piemonte do Paraguaçu
Mairi Feira de Santana Bacia do Jacuípe
Mundo Novo Feira de Santana Piemonte do Paraguaçu
Nova Fátima Feira de Santana Bacia do Jacuípe
Ouriçangas Feira de Santana Litoral Norte e Agreste Baiano
Pé de Serra Feira de Santana Bacia do Jacuípe
Pintadas Feira de Santana Bacia do Jacuípe
Rafael Jambeiro Feira de Santana Piemonte do Paraguaçu
Riachão do Jacuípe Feira de Santana Bacia do Jacuípe
Santa Bárbara Feira de Santana Portal do Sertão
Santanópolis Feira de Santana Portal do Sertão
Santo Estêvão Feira de Santana Portal do Sertão
São Gonçalo dos Campos Feira de Santana Portal do Sertão
Serra Preta Feira de Santana Bacia do Jacuípe
Tanquinho Feira de Santana Portal do Sertão
Várzea da Roça Feira de Santana Bacia do Jacuípe
Botuporã Guanambi Bacia do Paramirim
Caculé Guanambi Sertão Produtivo
Caetité Guanambi Sertão Produtivo
Candiba Guanambi Sertão Produtivo
Carinhanha Guanambi Velho Chico
Feira da Mata Guanambi Velho Chico
Guajeru Guanambi Sudoeste Baiano
Guanambi Guanambi Sertão Produtivo
Ibiassucê Guanambi Sertão Produtivo
Igaporã Guanambi Velho Chico
Iuiú Guanambi Sertão Produtivo

264
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Região Geográfica
Município Território de Identidade
Imediata
Jacaraci Guanambi Sudoeste Baiano
Lagoa Real Guanambi Sertão Produtivo
Licínio de Almeida Guanambi Sudoeste Baiano
Malhada Guanambi Velho Chico
Matina Guanambi Velho Chico
Mortugaba Guanambi Sudoeste Baiano
Palmas de Monte Alto Guanambi Sertão Produtivo
Pindaí Guanambi Sertão Produtivo
Riacho de Santana Guanambi Velho Chico
Rio do Antônio Guanambi Sertão Produtivo
Sebastião Laranjeiras Guanambi Sertão Produtivo
Tanque Novo Guanambi Sertão Produtivo
Urandi Guanambi Sertão Produtivo
Almadina Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Aurelino Leal Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Barro Preto Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Buerarema Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Coaraci Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Firmino Alves Ilhéus – Itabuna Médio Sudoeste da Bahia
Floresta Azul Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Ibicaraí Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Ibicuí Ilhéus – Itabuna Médio Sudoeste da Bahia
Ibirapitanga Ilhéus – Itabuna Baixo Sul
Ilhéus Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Itabuna Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Itacaré Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Itaju do Colônia Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Itajuípe Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Itapé Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Itapitanga Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Maraú Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Santa Cruz da Vitória Ilhéus – Itabuna Médio Sudoeste da Bahia
São José da Vitória Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Ubaitaba Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Uruçuca Ilhéus – Itabuna Litoral Sul
Barra do Rocha Ipiaú Médio Rio de Contas
Dário Meira Ipiaú Médio Rio de Contas
Gandu Ipiaú Baixo Sul

265
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Região Geográfica
Município Território de Identidade
Imediata
Gongogi Ipiaú Médio Rio de Contas
Ibirataia Ipiaú Médio Rio de Contas
Ipiaú Ipiaú Médio Rio de Contas
Itagibá Ipiaú Médio Rio de Contas
Itamari Ipiaú Médio Rio de Contas
Nova Ibiá Ipiaú Médio Rio de Contas
Piraí do Norte Ipiaú Baixo Sul
Teolândia Ipiaú Baixo Sul
Ubatã Ipiaú Médio Rio de Contas
Wenceslau Guimarães Ipiaú Baixo Sul
América Dourada Irecê Irecê
Barra do Mendes Irecê Irecê
Barro Alto Irecê Irecê
Bonito Irecê Chapada Diamantina
Cafarnaum Irecê Irecê
Canarana Irecê Irecê
Central Irecê Irecê
Ibipeba Irecê Irecê
Ibititá Irecê Irecê
Irecê Irecê Irecê
Itaguaçu da Bahia Irecê Irecê
João Dourado Irecê Irecê
Jussara Irecê Irecê
Lapão Irecê Irecê
Morro do Chapéu Irecê Chapada Diamantina
Mulungu do Morro Irecê Irecê
Presidente Dutra Irecê Irecê
São Gabriel Irecê Irecê
Uibaí Irecê Irecê
Andaraí Itaberaba Chapada Diamantina
Boa Vista do Tupim Itaberaba Piemonte do Paraguaçu
Iaçu Itaberaba Piemonte do Paraguaçu
Ibiquera Itaberaba Piemonte do Paraguaçu
Itaberaba Itaberaba Piemonte do Paraguaçu
Itaeté Itaberaba Chapada Diamantina
Lajedinho Itaberaba Piemonte do Paraguaçu
Marcionílio Souza Itaberaba Chapada Diamantina
Nova Redenção Itaberaba Chapada Diamantina

266
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Região Geográfica
Município Território de Identidade
Imediata
Ruy Barbosa Itaberaba Piemonte do Paraguaçu
Utinga Itaberaba Chapada Diamantina
Wagner Itaberaba Chapada Diamantina
Itapetinga Itapetinga Médio Sudoeste da Bahia
Itarantim Itapetinga Médio Sudoeste da Bahia
Itororó Itapetinga Médio Sudoeste da Bahia
Macarani Itapetinga Médio Sudoeste da Bahia
Maiquinique Itapetinga Médio Sudoeste da Bahia
Potiraguá Itapetinga Médio Sudoeste da Bahia
Caém Jacobina Piemonte da Diamantina
Caldeirão Grande Jacobina Piemonte Norte do Itapicuru
Capim Grosso Jacobina Bacia do Jacuípe
Jacobina Jacobina Piemonte da Diamantina
Miguel Calmon Jacobina Piemonte da Diamantina
Mirangaba Jacobina Piemonte da Diamantina
Ourolândia Jacobina Piemonte da Diamantina
Piritiba Jacobina Piemonte do Paraguaçu
Quixabeira Jacobina Bacia do Jacuípe
São José do Jacuípe Jacobina Bacia do Jacuípe
Saúde Jacobina Piemonte da Diamantina
Serrolândia Jacobina Piemonte da Diamantina
Tapiramutá Jacobina Piemonte do Paraguaçu
Umburanas Jacobina Piemonte da Diamantina
Várzea do Poço Jacobina Bacia do Jacuípe
Várzea Nova Jacobina Piemonte da Diamantina
Aiquara Jequié Médio Rio de Contas
Apuarema Jequié Médio Rio de Contas
Cravolândia Jequié Vale do Jiquiriçá
Irajuba Jequié Vale do Jiquiriçá
Itagi Jequié Médio Rio de Contas
Itaquara Jequié Vale do Jiquiriçá
Itiruçu Jequié Vale do Jiquiriçá
Jaguaquara Jequié Vale do Jiquiriçá
Jequié Jequié Médio Rio de Contas
Jitaúna Jequié Médio Rio de Contas
Lafaiete Coutinho Jequié Vale do Jiquiriçá
Lajedo do Tabocal Jequié Vale do Jiquiriçá
Manoel Vitorino Jequié Médio Rio de Contas

267
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Região Geográfica
Município Território de Identidade
Imediata
Maracás Jequié Vale do Jiquiriçá
Planaltino Jequié Vale do Jiquiriçá
Santa Inês Jequié Vale do Jiquiriçá
Coronel João Sá Jeremoabo Semiárido Nordeste II
Jeremoabo Jeremoabo Semiárido Nordeste II
Novo Triunfo Jeremoabo Semiárido Nordeste II
Pedro Alexandre Jeremoabo Semiárido Nordeste II
Sítio do Quinto Jeremoabo Semiárido Nordeste II
Campo Alegre de Lourdes Juazeiro Sertão do São Francisco
Casa Nova Juazeiro Sertão do São Francisco
Curaçá Juazeiro Sertão do São Francisco
Juazeiro Juazeiro Sertão do São Francisco
Pilão Arcado Juazeiro Sertão do São Francisco
Remanso Juazeiro Sertão do São Francisco
Sento Sé Juazeiro Sertão do São Francisco
Sobradinho Juazeiro Sertão do São Francisco
Uauá Juazeiro Sertão do São Francisco
Aratuípe Nazaré – Maragogipe Baixo Sul
Itaparica Nazaré – Maragogipe Metropolitano de Salvador
Jaguaripe Nazaré – Maragogipe Baixo Sul
Maragogipe Nazaré – Maragogipe Recôncavo
Nazaré Nazaré – Maragogipe Recôncavo
Salinas da Margarida Nazaré – Maragogipe Recôncavo
Vera Cruz Nazaré – Maragogipe Metropolitano de Salvador
Abaré Paulo Afonso Itaparica
Chorrochó Paulo Afonso Itaparica
Glória Paulo Afonso Itaparica
Macururé Paulo Afonso Itaparica
Paulo Afonso Paulo Afonso Itaparica
Rodelas Paulo Afonso Itaparica
Santa Brígida Paulo Afonso Semiárido Nordeste II
Banzaê Ribeira do Pombal Semiárido Nordeste II
Cipó Ribeira do Pombal Semiárido Nordeste II
Nova Soure Ribeira do Pombal Semiárido Nordeste II
Olindina Ribeira do Pombal Litoral Norte e Agreste Baiano
Ribeira do Amparo Ribeira do Pombal Semiárido Nordeste II
Ribeira do Pombal Ribeira do Pombal Semiárido Nordeste II
Tucano Ribeira do Pombal Sisal

268
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Região Geográfica
Município Território de Identidade
Imediata
Camaçari Salvador Metropolitano de Salvador
Candeias Salvador Metropolitano de Salvador
Catu Salvador Litoral Norte e Agreste Baiano
Dias d'Ávila Salvador Metropolitano de Salvador
Itanagra Salvador Litoral Norte e Agreste Baiano
Lauro de Freitas Salvador Metropolitano de Salvador
Madre de Deus Salvador Metropolitano de Salvador
Mata de São João Salvador Metropolitano de Salvador
Pojuca Salvador Metropolitano de Salvador
Salvador Salvador Metropolitano de Salvador
Santo Amaro Salvador Recôncavo
São Francisco do Conde Salvador Metropolitano de Salvador
São Sebastião do Passé Salvador Metropolitano de Salvador
Saubara Salvador Recôncavo
Simões Filho Salvador Metropolitano de Salvador
Terra Nova Salvador Portal do Sertão
Canápolis Santa Maria da Vitoria Bacia do Rio Corrente
Cocos Santa Maria da Vitoria Bacia do Rio Corrente
Coribe Santa Maria da Vitoria Bacia do Rio Corrente
Correntina Santa Maria da Vitoria Bacia do Rio Corrente
Jaborandi Santa Maria da Vitoria Bacia do Rio Corrente
Santa Maria da Vitória Santa Maria da Vitoria Bacia do Rio Corrente
São Félix do Coribe Santa Maria da Vitoria Bacia do Rio Corrente
Amargosa Santo Antônio de Jesus Vale do Jiquiriçá
Brejões Santo Antônio de Jesus Vale do Jiquiriçá
Dom Macedo Costa Santo Antônio de Jesus Recôncavo
Elísio Medrado Santo Antônio de Jesus Vale do Jiquiriçá
Jiquiriçá Santo Antônio de Jesus Vale do Jiquiriçá
Laje Santo Antônio de Jesus Vale do Jiquiriçá
Milagres Santo Antônio de Jesus Vale do Jiquiriçá
Muniz Ferreira Santo Antônio de Jesus Recôncavo
Mutuípe Santo Antônio de Jesus Vale do Jiquiriçá
Nova Itarana Santo Antônio de Jesus Vale do Jiquiriçá
Santo Antônio de Jesus Santo Antônio de Jesus Recôncavo
São Miguel das Matas Santo Antônio de Jesus Vale do Jiquiriçá
Ubaíra Santo Antônio de Jesus Vale do Jiquiriçá
Varzedo Santo Antônio de Jesus Recôncavo
Boninal Seabra Chapada Diamantina

269
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Região Geográfica
Município Território de Identidade
Imediata
Ibitiara Seabra Chapada Diamantina
Iraquara Seabra Chapada Diamantina
Lençóis Seabra Chapada Diamantina
Mucugê Seabra Chapada Diamantina
Novo Horizonte Seabra Chapada Diamantina
Palmeiras Seabra Chapada Diamantina
Piatã Seabra Chapada Diamantina
Seabra Seabra Chapada Diamantina
Souto Soares Seabra Chapada Diamantina
Andorinha Senhor do Bonfim Piemonte Norte do Itapicuru
Antônio Gonçalves Senhor do Bonfim Piemonte Norte do Itapicuru
Campo Formoso Senhor do Bonfim Piemonte Norte do Itapicuru
Filadélfia Senhor do Bonfim Piemonte Norte do Itapicuru
Itiúba Senhor do Bonfim Sisal
Jaguarari Senhor do Bonfim Piemonte Norte do Itapicuru
Pindobaçu Senhor do Bonfim Piemonte Norte do Itapicuru
Ponto Novo Senhor do Bonfim Piemonte Norte do Itapicuru
Senhor do Bonfim Senhor do Bonfim Piemonte Norte do Itapicuru
Araci Serrinha Sisal
Barrocas Serrinha Sisal
Biritinga Serrinha Sisal
Serrinha Serrinha Sisal
Teofilândia Serrinha Sisal
Alcobaça Teixeira de Freitas Extremo Sul
Caravelas Teixeira de Freitas Extremo Sul
Ibirapuã Teixeira de Freitas Extremo Sul
Itamaraju Teixeira de Freitas Extremo Sul
Itanhém Teixeira de Freitas Extremo Sul
Jucuruçu Teixeira de Freitas Extremo Sul
Lajedão Teixeira de Freitas Extremo Sul
Medeiros Neto Teixeira de Freitas Extremo Sul
Mucuri Teixeira de Freitas Extremo Sul
Nova Viçosa Teixeira de Freitas Extremo Sul
Prado Teixeira de Freitas Extremo Sul
Teixeira de Freitas Teixeira de Freitas Extremo Sul
Vereda Teixeira de Freitas Extremo Sul
Cairu Valença Baixo Sul
Camamu Valença Baixo Sul

270
Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Região Geográfica
Município Território de Identidade
Imediata
Igrapiúna Valença Baixo Sul
Ituberá Valença Baixo Sul
Nilo Peçanha Valença Baixo Sul
Presidente Tancredo Neves Valença Baixo Sul
Taperoá Valença Baixo Sul
Valença Valença Baixo Sul
Anagé Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Barra da Estiva Vitória da Conquista Chapada Diamantina
Barra do Choça Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Belo Campo Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Boa Nova Vitória da Conquista Médio Rio de Contas
Bom Jesus da Serra Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Caatiba Vitória da Conquista Médio Sudoeste da Bahia
Caetanos Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Cândido Sales Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Caraíbas Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Condeúba Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Contendas do Sincorá Vitória da Conquista Sertão Produtivo
Cordeiros Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Encruzilhada Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Ibicoara Vitória da Conquista Chapada Diamantina
Iguaí Vitória da Conquista Médio Sudoeste da Bahia
Iramaia Vitória da Conquista Chapada Diamantina
Itambé Vitória da Conquista Médio Sudoeste da Bahia
Ituaçu Vitória da Conquista Sertão Produtivo
Maetinga Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Mirante Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Nova Canaã Vitória da Conquista Médio Sudoeste da Bahia
Piripá Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Planalto Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Poções Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Presidente Jânio Quadros Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Ribeirão do Largo Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Tanhaçu Vitória da Conquista Sertão Produtivo
Tremedal Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Vitória da Conquista Vitória da Conquista Sudoeste Baiano
Barra Xique-Xique – Barra Velho Chico
Brotas de Macaúbas Xique-Xique – Barra Velho Chico

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de
influência

Região Geográfica
Município Território de Identidade
Imediata
Buritirama Xique-Xique – Barra Bacia do Rio Grande
Gentio do Ouro Xique-Xique – Barra Irecê
Ibotirama Xique-Xique – Barra Velho Chico
Ipupiara Xique-Xique – Barra Irecê
Morpará Xique-Xique – Barra Velho Chico
Muquém de São Francisco Xique-Xique – Barra Velho Chico
Oliveira dos Brejinhos Xique-Xique – Barra Velho Chico
Xique-Xique Xique-Xique – Barra Irecê
Fonte: IBGE (2017) e SEPLAN (2018).

Anexo V – Mapas de fluxos por categorias (Regic 2018) que estão sendo
trabalhados nas análises do consórcio

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

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Produto 02 – A Rede Urbana do Estado da Bahia: hierarquia, classificação e regiões de influência

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