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Campus Marabá

Instituto de Geociências e Engenharias


Faculdade de Engenharia Elétrica

O Desenho Técnico

Professor: Valdez Aragão de Almeida Filho

Marabá, 2024
Roteiro da aula

1. Introdução
2. A comunicação gráfica de ideias
3. Desenho técnico e desenho artístico
4. A geometria descritiva e o desenho técnico
5. O desenho técnico: modos de representação
6. As normas associadas ao desenho técnico
7. O desenho técnico nas várias fases de projeto
8. O desenho técnico assistido por computador
9. Referências Bibliográficas
1. Introdução

➢ O desenho é por vezes menosprezado como uma


área dentro da engenharia;

➢ De fato, o desenho é uma ferramenta


imprescindível para o nosso dia-a-dia, quer sejamos
engenheiros, arquitetos, jornalistas, futebolistas ou
médicos;

➢ A representação gráfica e o desenho em geral


satisfazem aplicações muito diversas e estão
presentes em praticamente toda atividade humana;
1. Introdução

➢ Constitui-se na mais antiga forma de registro e


comunicação de informação;

➢ A representação gráfica é a atitude subjacente


que permite o registro de toda a simbologia
gráfica que possibilita a comunicação;

➢ Existe uma frase popular que resume muito bem


a vantagem da comunicação pelo desenho: “Um
desenho vale mais que mil palavras”;
1. Introdução

➢ As imagens como que substituem o objeto a


que se refere, e o seu impacto ultrapassa
qualquer tentativa de definição verbal ou
escrita;
2. A comunicação gráfica de
ideias

➢ A comunicação gráfica é tão antiga quanto o


homem e tem, ao longo dos tempos, um
desenvolvimento paralelo ao desenvolvimento
da tecnologia;

➢ Desde a antiguidade o homem se comunica e se


expressa usando simbologias várias;

➢ A Figura 1 ilustra a evolução do desenho entre


duas épocas;
2. A comunicação gráfica de
ideias

Figura 1. Evolução do desenho. (Fonte: Apostila Desenho Técnico Telecurso


2000)
2. A comunicação gráfica de
ideias

➢ O desenho técnico é um tipo particular de


desenho, que obedece a regras bem
definidas;

➢ Serve para comunicar uma ideia ou um


conceito de modo único, sem ambiguidades
nem significados múltiplos;
3. Desenho técnico e desenho
artístico

➢ Um determinado objeto pode ser escrito de


muitas maneiras: por exemplo, através do
seu nome ou de um desenho, que pode ser
um desenho livre, de caráter mais ou menos
artístico, ou um desenho técnico;

➢ Como se fará então a distinção?


3. Desenho técnico e desenho
artístico

➢ Pode-se fazer uma distinção através do


próprio objetivo da descrição;

➢ Se for destinada apenas a transmitir uma


imagem, sem grande ênfase na quantificação
das dimensões do objeto, então pode-se
estar perante um desenho livre de caráter
artístico ou não;
3. Desenho técnico e desenho
artístico
➢ Se a descrição for destinada a explicitar com
rigor a forma e as dimensões do objeto
representado, então estar-se-á perante um
desenho técnico;

➢ A Figura 2 ilustra um desenho puramente


artístico;

➢ A Figura 3 ilustra a distinção entre uma


representação artística e uma representação
técnica;
3. Desenho técnico e desenho
artístico

Figura 2. Exemplo típico de um desenho artístico. (Fonte: Desenho Técnico


Moderno, 4ª edição)
3. Desenho técnico e desenho
artístico

Figura 3. Exemplo de um objeto cuja distinção entre a representação artística


e a representação técnica não é tão óbvia.. (Fonte: Desenho Técnico
Moderno, 4ª edição)
4. A geometria descritiva e o
desenho técnico
➢ O desenho técnico, tal como nós o entendemos hoje, foi
desenvolvido graças ao matemático francês Gaspar Monge
(1746-1818);

➢ Os métodos de representação gráfica que existiam até


aquela época não possibilitavam transmitir a ideia dos
objetos de forma completa, correta e precisa;

➢ Monge criou um método que permite representar, com


precisão, os objetos que tem três dimensões
(comprimento, largura e altura) em superfícies planas,
que tem apenas duas dimensões (comprimento e largura);
4. A geometria descritiva e o
desenho técnico

➢ Esse método, que passou a ser conhecido como


método mongeano, é usado na geometria
descritiva;

➢ Os princípios da geometria descritiva


constituem a base do desenho técnico;

➢ A Figura 4 ilustra a representação de um objeto


de acordo com os princípios da geometria
descritiva;
4. A geometria descritiva e o
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desenho técnico

Figura 4. Representação de um objeto de acordo com os princípios da


geometria descritiva. (Fonte: Apostila Desenho Técnico Telecurso 2000)
5. O desenho técnico: modos
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de representação
➢ O desenho técnico pode assumir diversos modos
de representação, mas deve manter sempre o
rigor e a objetividade que o caracterizam;

➢ Os modos mais usados em Desenho Técnico são


as representações em vistas e em perspectiva;

➢ Estas duas formas de representação, sendo


ambas de extrema importância na descrição de
um objeto, contêm particularidades que as
recomendam em situações diferentes;
5. O desenho técnico: modos
de representação

➢ A representação vulgarmente designada por


perspectiva é usada quando se quer ter uma
visão espacial, rápida, de determinado
objeto;

➢ O desenho assemelha-se, de fato, a uma


fotografia do objeto desenhado, não sendo
necessária nenhuma capacidade especial
para a sua interpretação;
5. O desenho técnico: modos
de representação

➢ A informação que ele consegue transmitir é


menor que na representação em vistas
múltiplas, mas pode ser importante, por
exemplo, em esquemas de montagem ou em
catálogos de publicidade;

➢ A Figura 5 mostra a visualização em


perspectiva do objeto;
5. O desenho técnico: modos
de representação

Figura 5. Representação em perspectiva de um objeto. (Fonte: Desenho


Técnico Moderno, 4ª edição)
5. O desenho técnico: modos
de representação

➢ A representação em vistas múltiplas de um


objeto é um dos tipos de representação mais
usados em Engenharia e se baseia no
conceito de projeção ortogonal;

➢ A quantidade de informação que pode estar


contida num desenho deste tipo é muito
grande;
5. O desenho técnico: modos
de representação

➢ Obedece a determinadas normas e


convenções de representação que, quando
assimiladas, permitem visualizar
imediatamente o objeto representado;

➢ A Figura 6 mostra o objeto da Figura 5


rigorosa e inequivocamente definido pelas
suas vistas múltiplas;
5. O desenho técnico: modos
de representação

Figura 6. Representação em vistas múltiplas de um objeto. (Fonte: Desenho


Técnico Moderno, 4ª edição)
6. As normas associadas ao
desenho técnico
➢ Para que o desenho técnico seja universalmente
entendido sem ambiguidades, é necessário que
obedeça a determinadas regras e convenções;

➢ Para uniformizar o desenho, existem as normas


de desenho técnico;

➢ Uma norma de desenho técnico não é mais do


que um conjunto de regras ou recomendações a
seguir quando da execução ou da leitura de um
desenho técnico;
6. As normas associadas ao
desenho técnico

➢ Existem vários organismos, nacionais e


internacionais, que produzem normas sobre
os mais variados assuntos, entre os quais, o
desenho técnico;

➢ No nível europeu, as normas de maior


aceitação e aplicação, são as Euro-normas
(EN), semelhantes, em geral, às normas ISO
(International Organization for
Standardization);
6. As normas associadas ao
desenho técnico

➢ No continente americano, as normas ANSI


(American National Standards Institute) são
as normas de aplicação quase exclusiva;

➢ No nível de cada país, existem também


organismos ligados à normalização;

➢ A regulamentação no Brasil é feita pela ABNT


- Associação Brasileira de Normas Técnicas;
6. As normas associadas ao
desenho técnico
➢ Dentre as principais normas ABNT para desenho técnico, podemos citar:
➢ NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico
➢ NBR 10068 – Folha de desenho layout e dimensões
➢ NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico
➢ NBR 13142 – Dobramento de cópias
➢ NBR 8402 – Execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos
➢ NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos
➢ NBR 8196 – Emprego de escalas
➢ NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho
técnico
➢ NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico
➢ NBR 8404 – Indicação do estado de superfície em desenhos técnicos
➢ NBR 6158 – Sistema de tolerâncias e ajustes
➢ NBR 8993 – Representação convencional de partes roscadas em desenho técnico
➢ NBR 6402 – Execução de desenhos técnicos de máquinas e estruturas metálicas
7. O desenho técnico nas
várias fases de projeto

➢ O desenrolar de um projeto tem várias fases


bem definidas, no decorrer das quais as várias
áreas de Engenharia desempenham um papel
específico;

➢ O desenho técnico é uma ferramenta usada em


todas as fases do projeto;

➢ A Figura 7 mostra as fases em que é comum


considerar no decorrer do projeto;
7. O desenho técnico nas
várias fases de projeto

Figura 7. Várias fases de um projeto. (Fonte: Desenho Técnico Moderno, 4ª


edição)
7. O desenho técnico nas
várias fases de projeto

➢ Todos os projetos passam, implícita ou


explicitamente, por estas fases, quer seja o
projeto de uma lata de refrigerante, quer
seja o projeto de um automóvel;
8. O desenho técnico assistido
por computador
➢ A utilização cada vez mais generalizada de
sistemas de CAD como auxílio à concepção e
projeto nos vários domínios da Engenharia e do
Design Industrial tem constituído um impulso
sem precedentes no desenvolvimento industrial,
da educação e da investigação;

➢ De um modo sucinto, um sistema CAD consiste


em software que apresenta um conjunto de
comandos específicos para operações de
desenho e sua manipulação;
8. O desenho técnico assistido
por computador

➢ Os sistemas CAD podem, hoje em dia,


abranger as várias fases de projeto e, em
alguns casos, também de produção.
9. Referências Bibliográficas

➢ SILVA, A., RIBEIRO, C. T., DIAS, J., SOUSA, L.: Desenho


Técnico Moderno, 4ª edição. Editora LTC, 2014.

➢ LEAKE, J. M.: Manual de Desenho Técnico para


Engenharia – Desenho, Modelagem e Visualização, 2ª
edição. Editora LTC, 2017.

➢ Apostila completa de desenho técnico. Telecurso 2000.

➢ Apostila de desenho técnico. UFPR.

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