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o espiro racional

Composta por textos escritos na década de 1970, Microfísica do poder foi elaborado por Foucault
na perspectiva de construir resistências específicas aos variados dispositivos do poder.

Microfísica do poder é uma coletânea de artigos, cursos, entrevistas e debates, em que Foucault
analisa questões relacionadas à medicina, à psiquiatria, à geografia, à economia, mas também ao
hospital, à prisão, à justiça, ao Estado, ao papel do intelectual, à sexualidade etc. Esses textos têm
como tema central o poder nas sociedades modernas: sua configuração, sua difusão no corpo
social, seu exercício em instituições, sua relação com a produção da verdade, as resistências que
suscita. Além disso, eles explicam o método genealógico elaborado por Foucault para analisar como
e por que os saberes se constituem a partir de práticas políticas e econômicas.
Há três novidades principais nos textos desta coletânea: primeiro, rejeitar a identificação entre
poder e aparelho de Estado, dando importância à rede de poderes moleculares que se expande por
toda a sociedade; segundo, caracterizar o poder não apenas como repressivo, mas também como
disciplinar, normalizador; terceiro, analisar o saber como peça de um dispositivo político que o
produz e é intensificado por ele.
Ao escrever esses textos, acreditando na eficácia das resistências específicas aos variados
dispositivos do poder, Foucault desejou se insurgir contra a dominação burguesa que os próprios
saberes sobre o homem ajudaram a criar e aperfeiçoar. Não será essa uma das razões do sucesso
deste livro?
Um compilado de analises gerais do grande filósofo Michel Foucault, Microfísica do poder reúne a
partir de diversas peças cientificas análises e contextos essenciais para entender as dinâmicas de
poder na sociedade e todas as suas nuances.
Onde há poder, ele se exerce. Ninguém é, propriamente falando, seu titular; e, no entanto, ele
sempre se exerce em determinada direção, com uns de um lado e outros do outro; não se sabe ao
certo quem o detém; mas se sabe quem não o possui. – Michel Foucault

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