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- VENTILAÇÃO MECANICA:

Curso: turma v

Prof. Leandro azeredo


- Como iniciar
h.s.j.a / itaperuna -Como manter
- Como retirar/desmamar
2022
CONCEITOS
Método Invasivo de Suporte Ventilatório
Anti-fisiológico
Substitui Total ou Parcialmente a Resp. Espontânea

Finalidades

Repouso muscular
Correção troca gasosa
Recuperação volumes pulmonares
Proteção microestrutura pulmonar

II CBVM, 2000
Indicação primariamente clínica:
Evidente aumento WOB
FR > 35 e SaO2 < 90
Sinais de fadiga muscular respiratória

Indicação gasométrica:
paO2 < 60, paCO2 > 50 e pH < 7.25
ELEIÇÃO DOS PARÂMETROS PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
VENTILATÓRIOS INICIAIS
INICIAIS NA COVID-19
 VC = 400 Ml
1. VT = 06-08 ml/Kg

2. Fluxo = 40-60 l/min  Fluxo inspiratório = 50 L/min


3. FR = 12-20 rpm  FR = 25 rpm
4. VM < 10 l/min
 PEEP = 10 cmH2O.
5. PEEP = 05 cmH2O

6. FiO2 = 1.0
 FiO2 inicial = 100%.
7. P. pico < 40 cmH2O

8. P. platô < 30 cmH2O  Baixar essa FiO2 até 60%.


9. I : E = 1:2  Alvo da oximetria = 90 a 95%
10. Sensibilidade = cmH20 ou L/min
Manter os demais parâmetros
Invasive
Mechanical
Ventilation for
Covid-19–
Related
Respiratory
Failure.

DA Berlin et al. N Engl J Med 2020;383:2451-2460.


Para se obter o peso predito (6 ml/Kg) recomenda-se o uso
das seguintes fórmulas:

Homens :
50 + 0,91 x (altura em cm – 152,4)

Mulheres:
45,5 + 0,91 x (altura em cm - 152,4)
EXAMES DE IMAGEM PARA ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA

DA Berlin et al. N Engl J Med 2020;383:2451-2460.


CARACTERÍSTICAS DO CICLO VENTILATÓRIO

- Critérios de Disparo
Tempo, fluxo ou A – Disparo na inspiração
pressão
- Critérios de Limite e Controle
B - controle
Volume ou pressão

- Critério de Ciclagem
Volume, fluxo, tempo ou pressão Cjclagem
início da expiração
VENTILAÇÃO CONTROLADA

• Volume Minuto depende da FR e VC do ventilador

• Nenhum esforço respiratório do paciente estará


presente

•Indicações: - pacientes sem drive


- pacientes em coma profundo
- pacientes sedados e/ou curarizados
- pacientes que necessitam reduzir consumo de O2
VENTILAÇÃO ASSISTIDA

•Volume Minuto dependerá da FR do paciente e VC do


ventilador.

• O disparo, deverá ser acionado pelo paciente.

• O trabalho respiratório será realizado pelo paciente e


influenciado pelo VC e Fluxo inspiratório predeterminados.

• Indicações: - pacientes que já conseguem realizar esforço respiratório.


- pacientes que possuem drive respiratório.
- pacientes que não necessitam sedação e/ou curarização.
VENTILAÇÃO ASSISTO-CONTROLADA

• Permite ventilar no modo assistido ou controlado.


(Ex1.: ACMV – VC 0.55 l, Fluxo 60 l/m, Pi 22, Pp 20 e FR 15/15 rpm)
(Ex2.: ACMV – VC 420 ml, Fluxo 1.0 ml/s , Pi 42, Pp 35 e FR 18/38 rpm)

• Indicação: instabilidade drive respiratório ou sedação residual.

• Mecanismo de disparo: a tempo ( Ttot = 60 seg / FR ) ou pressão/ fluxo.

O trabalho respiratório será realizado pelo paciente


e influenciado pela PIVC e Fluxo inspiratório predeterminados
no modo assistido, e pelo ventilador, no modo controlado.
ELEIÇÃO DOS MODOS VENTILATÓRIOS
II CBVM, 2000 e III CBVM, 2007

BASICOS

A - MODOS CONTROLADOS
CMV - ACMV
VCV e PCV

B - MODOS ESPONTÂNEOS
PSV
SIMV
PEEP / CPAP
PSV +SIMV +CPAP
VENTILAÇÃO CONTROLADA A VOLUME (VCV)

Modo presente nos Garantia de VC e Taxa Pressões resultantes


ventiladores à partir de fluxo insp pré- do VT e Fluxo Insp
de 2ª e 3ª geração .
. fixada.

Indicado para FR, TI e I:E Possui mecanismo


monitoração da dependerá do drive de disparo duplo
mecânica respiratória
e do fluxo
invasiva.
inspiratório
CICLO VENTILATÓRIO - VCV

A - Disparada
Tempo, fluxo ou pressão

B - Limitada e Controlada
Volume

C - Ciclada

Volume
VENTILAÇÃO CONTROLADA A VOLUME
(VCV)

VANTAGENS DESVANTAGENS
o Gerar elevadas pressões.
o Método mais disponível.
o Curva de fluxo quadrada.
o Garantia de volume.
o Evita hipoventilação e
o Na forma assistida pode não
atelectasias. atender a demanda
ventilatória do paciente.
o Mal tolerado nos pacientes
que apresentam piora da
mecânica e aumento súbito
do trabalho respiratório.
o Maior efeito hemodinâmico.
X
VENTILAÇÃO CONTROLADA A PRESSÃO
(PCV)

Modo presente nos Garantia do controle VC e Fluxo


ventiladores de 3ª Inspiratório não pré-
da Pi e do Tempo
geração fixados
. Inpiratório .

Indicado para FR e ReIação I:E Possui mecanismo


prevenção de altas
dependerá do drive de disparo duplo
pressões em VCV
do paciente
CICLO VENTILATÓRIO EM PCV

- Disparada
Tempo, fluxo ou pressão

- Limitada e Controlada
pressão

- Ciclada
Tempo
VENTILAÇÃO CONTROLADA A
PRESSÃO (PCV)

VANTAGENS DESVANTAGENS

• Método alternativo a VCV • Pode apresentar


• Evita ventilar com pressões instabilidade na garantia de
elevadas volume
• Previne risco de volutrauma
• Com alteração da mecânica,
• Taxa de fluxo e volume não pode levar a hipoventilação e
pré-fixada atelectasia

• Bem tolerado nos pacientes • Necessita de maior


com redução da complacência monitorização e controle
e elevação da resistência ventilatório
• Pode compensar pequenas
fugas aéreas
• Menor efeito hemodinâmico.
PCV COM VENTILAÇÃO COM RELAÇÃO INVERTIDA
VRI

• Pode ser indicadas para pacientes com SDRA e hipoxemicos

• FiO2 > 50 % e PEEP ideal com PaO2 < 60 mm Hg

• Possibilita aumento T.I ˃ T.Ex podendo melhorar a troca gasosa

• Leva a Auto-PEEP intencional

• Nos pacientes com hipoxemia grave pode-se usar relações I:E de


até 3:1

• Resultados não promissores, aumento da Paw e PaCO2


PCV - VRI

T.I

T.Ex

- aprisionamento ar
- auto-PEEP
VANTAGENS PCV - IRV:

- Recrutamento alveolar  melhora da oxigenação


- Fluxo decrescente com pausa após inspiração

- Aumento da Pmaw

- Evita colapso alveolar

- Melhora a distribuição do gás inspirado

- Pode ajudar na redução da FiO2

- Redução no shunt pulmonar

Nichols D et al. Crit Care Clin 2007; 23: 183-199


VENTILAÇÃO COM PRESSÃO DE SUPORTE (PSV)

• Método espontâneo

• Inicia com liberação de fluxo alto e


decrescente
FLUXO DECRESCENTE

• Mantém uma pressão constante

PRESSÃO CONTINUA
VENTILAÇÃO COM PRESSÃO DE SUPORTE (P S V)

MECANISMO DE AÇÃO

- Assiste a musculatura inspiratória


- Diminui trabalho inspiratório
- Reduz a frequência respiratória
- Previne a fadiga / fraqueza
- Menor pressão média das vias aéreas
VENTILAÇÃO COM PRESSÃO DE SUPORTE (P S V)

• Assiste ao esforço inspiratório com uma pressão pré-determinada e constante.

• Garantia:
Pressão Inspiratória

• Não Garante, mas influencia:


VC, Fr, fluxo, T.i e T.ex

Parâmetros dependentes da mecânica respiratória


CICLO VENTILATÓRIO EM PSV

- Disparada
fluxo ou pressão

- Limitada e Controlada
pressão

- Ciclada
fluxo

Blog terapia intensiva, 2008.


VENTILAÇÃO COM PRESSÃO DE SUPORTE (PSV)

Indicações:

1) modo ventilatório: PSV max (VT = 6-8 ml/kg)

2) método de desmame: - 85 % PSV max


- VC = 5-7 ml/Kg
- FR < 30-35 rpm
COMO MÉTODO DESMAME
ou TESTE RESPIRAÇÃO ESPONTANEA - TRE

E.W Ely et al. N Engl J Med, 335 (1996).


I - TRE:
II - Inicia-se:
Preconizad 18 (±2)
o para uso cmH2O
no ínício
P <0,001

III - Reduz-se: IV- Retira-se:


2 a 4 cmH2O PSV < 08
por período cmH2O
de tempo V - Utiliza-se
Associado
ao CPAP Análise de Kaplan-Meier após um teste de triagem bem-sucedida.
AJUSTES FINOS DA PSV
A - Inpiratory Rise Time or Pressure Slope
B - Sensibilidade Expiratória

A B

Respir Care 2013;58(3):465–473.

Sassoon. Respiratory Care,


PSV e Volume Corrente
A - Sem suporte pressórico - SP
B - SP menor que C
C – SP nas vias aéreas
Desvantagens da PSV
Catherine SH Sassoon Respir Care 2011;56:39-51

• Instabilidade do Drive Respiratório

• Piora da Mecânica Respiratória

• Fuga aérea e/ou Raw pode aumentar TI

• Dificultando a ciclagem

• Apneia por redução do estímulo hipercápnico

• Pode prolongar o suporte ventilatório


PRVC – Ventilação Pressão-Regulada com Volume
Controlado

 Modo ventilatório que combina PCV e VCV

 Disparo: tempo (controlado) ou pelo pac (assistido)


 Controle: pressão
 Ciclado: tempo

 Regula automaticamente a PC
a cada ciclo respiratório

 Objetiva manter o VT constante


Análise Gráfica: VCV, PCV e PSV

Marx: Rosen's Emergency Medicine, 7th ed.2009.


PROPORTIONAL ASSIST VENTILATION
VENTILAÇÃO PROPORCIONAL ASSISTIDA
(PAV)

 Método assistido de ventilação


 Ajusta automaticamente pressão nas vias aéreas
 Mensura a elastância e a Raw
 Garante oferta de fluxo e volume
 Necessita ajustar FA (flow assist) e VA (volume assist)
PAV

 No modo PAV todas as variáveis ​estão controladas pelo


paciente.

 Caso ajustado 50% da PAV, o ventilador irá fornecer 50% da


pressão calculada, o restante será realizado pelo paciente.

Younes M. Am Rev Respir Dis 145; 114-20: 1992


Sinderby C. Clin Chest Med 2008;29(2):329-342.
Kacmarek RM Respiratory Care: 56: 140-152; 2011
 A assistência varia diretamente com o esforço do
paciente.

 O término do ciclo do ventilador é sincronizado


automaticamente com o término do esforço do paciente.

 Em ventilação com suporte pressórico (PSV), a


assistência é a mesma independente do esforço do
paciente.

Grasso S, Am J Respir Crit Care Med 2000; 161:819-26.


Ranieri VM, J Appl Physiol 1996; 81:426- 36.
REDUÇÃO DA WOB
 A PAV resultou em uma redução significante na p muscular em
todos os estudos onde foi testada.

 Normalmente o trabalho muscular reduz de 30-45% com


assistência de 50%.

 Em 55-70% com 80% de assistência.

Navalesi P. Am J Respir Crit Care Med; 154:1330-8; 1996


Serra A,. Thorax 57:50-4; 2002;
Younes M. Theory. Am Ver Respir Dis ; 145:114-20; 1992.
40% 80%

Younes M. Am Rev Respir Dis 145; 114-20: 1992


Micro platô

Fluxo zero
Desvantagens e Limitações da PAV

 Efeito “runaway” (fluxo assistido inadequado)

 Acurácia e estabilidade da EL e RL
 Fuga aérea (EL e RL super estimadas)

 Ausência de sensibilidade expiratória?

 Pode ser restrito em paciente sedados?


 Síndromes que cursam paralisia diafragmática
 Não pode compensar os efeitos da PEEP intrínseca
Airway Pressure Relise Ventilation
Ventilação com Liberação de Pressão
(APRV)

 Definição: ventilação com dois níveis de pressão ou com dois níveis de CPAP
 Obrigatório: P.hight e tempo de P.hight > P.low e tempo P.low
 Características:
 inversão da Relação I:E

 Liberação da pressão determina a expiração com VT e do CO2

 FR = 60 / T.total

 Diferencia da PCV por permitir respirações espontâneas na Inspiração, na Expiração e


possibilitar utilizar PROTOCOLO DE TCAV – Ventilação Adaptativa Controlada a Tempo.
CICLO VENTILATÓRIO

Disparada a pressão, fluxo ou tempo.

Limitada e Controlada a pressão.

Ciclada a tempo.
APRV: indicações

 Persistência hipoxemia arterial / SARA


 Risco elevado de volutrauma
 Depressão cardíaca e instabilidade hemodinâmica
 Desmame
APRV: contra-indicações

 Aumento da resistência das vias aéreas


 Aumento do tempo expiratório

P.S.:

- o sucesso depende da rápida elevação da pressão nas vias


aéreas
BIVENT
 Modalidade de ventilação a pressão

 Disparada: tempo, pressão ou fluxo


 Controlada: pressão
 Ciclada: tempo

 P.S.: É uma forma de PCV. Difere da APRV pois o Ti ≤ Tex.


PERMITE PSV ASSOCIAD A PRESSÃO ALTA - Indicada para reduzir
assincronias.
Obrigado !

WhatsApp: 21. 9.9979.1287

@drleandroazeredo

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