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Fiscalidade
2019
INSTITUTO SUPERIOR MONITOR
FISCALIDADE
Ficha Técnica:
Título: Fiscalidade – Imposto Sobre o Valor Acrescentado e Imposto Sobre Rendimento
de Pessoas Colectivas – IVA/IRPC
Autor: Hermínio Chitlango
Revisor: Emílio Muchanga
Execução gráfica e paginação: Instituto Superior Monitor
2ª Edição: 2019
Readaptação por Instituto Superior Monitor: Junho de 2019
© Instituto Superior Monitor
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou
por qualquer processo, electrónico, mecânico ou fotográfico, incluindo fotocópia ou gravação,
sem autorização prévia e escrita do Instituto Superior Monitor. Exceptua-se a transcrição de
pequenos textos ou passagens para apresentação ou crítica do livro. Esta excepção não deve de
modo nenhum ser interpretada como sendo extensiva à transcrição de textos em recolhas
antológicas ou similares, de onde resulte prejuízo para o interesse pela obra. Os transgressores
são passíveis de procedimento judicial.
Cada unidade corresponde a cerca de 5 semanas de estudo. No final de cada unidade de
estudo irá encontrar um teste de avaliação que deverá ser respondido e enviado para o ISM
pelas seguintes vias: correio, entregue presencialmente na sede ou nos centros de recurso ou
digitalizado e enviado para o email: testes@ismonitor.ac.mz. Os testes devem ser enviados
ao fim de cada 5 semanas de estudo por forma a garantir o conhecimento atempado dos
resultados obtidos no mesmo. Não entregue os 3 testes ao mesmo tempo, pois assim não
estará a par da sua progressão e dos seus erros e melhorias que deve levar a cabo para ter
sucesso.
PRECISA DE AJUDA
No caso de dúvidas sobre os conteúdos desta unidade, por favor contacte o respectivo tutor.
O número do tutor será disponibilizado pela sua Faculdade, podendo também consultar os
contactos e horários do tutor através do site: https://www.ismonitor.ac.mz/ ou através da
página facebook: https://www.facebook.com/ismonitor/.
Uma vez que é um estudante universitário, as suas técnicas de aprendizagem deverão ser
distintas das que utilizava durante o ensino secundário, em regime presencial.
Nesta licenciatura, o aluno deverá assumir uma maior autonomia, isto é, uma maior
capacidade de gestão responsável do seu tempo.
Por este motivo, importa que construa um programa de estudos realista e que o cumpra
rigorosamente, seleccionando horários e locais tranquilos para estudar.
TRABALHOS
Depois de estudar cada capítulo desta unidade o estudante deve resolver todos os exercícios
de aplicação como forma de consolidação das matérias nela vertidas. Os exercícios de
aplicação não serão submetidos ao Instituto Superior Monitor.
DURAÇÃO
Tempo para leitura da unidade: 23 horas
Tempo para trabalhaos de pesquisa 11 horas
Tempo para a realização de exercícios práticos: 14 horas
Tempo para a realização de avaliação: 2 horas
TÉCNICAS DE ESTUDO
Por você ser um estudante universitário as suas técnicas de aprendizagem serão diferentes
das que usava nos tempos da escola secundária e na presença de um professor.
Neste curso você terá uma grande autonomia, isto é, RESPONSABILIDADE. Acima de
tudo, você fará uma gestão responsável do seu tempo.
Faça um programa de estudos realista e cumpra-o rigorosamente. Escolha horas e locais
tranquilos para os seus estudos.
Faça uso dos demais recursos referenciados na unidade e mobilize a sua motivação
profissional e/ou pessoal para adequar as suas actividades de estudo a outras
responsabilidades profissionais, sociais e pessoais. Partilhe as suas aprendizagens com os
outros.
É boa prática submeter os testes de cada disciplina de forma gradual, isso possibilitará-te a
avaliação do seu aproveitamento pedagógico, isto é, é sempre melhor conhecer a nota do
primeiro teste antes de submeter o segundo para em casos de insucesso saber redobrar o
esforço que lhe fará obter uma nota melhor. Contudo entregando todos os testes ao mesmo
tempo já anula a possibilidade de acompanhar o desempenho académico.
RESULTADO DE APRENDIZAGEM
ÍNDICE
PRECISA DE AJUDA .................................................................................................................... 3
TRABALHOS ................................................................................................................................. 4
DURAÇÃO ..................................................................................................................................... 4
TÉCNICAS DE ESTUDO .............................................................................................................. 4
RESULTADO DE APRENDIZAGEM .......................................................................................... 5
ESTRUTURA DA UNIDADE III ................................................................................................ 7
IVA – IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO ...................................................... 7
1. CONCEITO E CARACTERIZAÇÃO ........................................................................................ 7
1.1. INCIDÊNCIA PESSOAL .................................................................................... 7
1.2. INCIDÊNCIA REAL ........................................................................................... 9
1.3. LOCALIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES .............................................................. 11
1.4. FACTO GERADOR E EXIGIBILIDADE DO IMPOSTO ............................... 13
1.5. ISENÇÕES ......................................................................................................... 14
1.6. Princípios Gerais de Tributação ......................................................................... 17
1.7. Obrigações acessórias......................................................................................... 22
1.8. Regimes especiais............................................................................................... 25
1.9. Processo de Pedido de Reembolso do IVA ........................................................ 28
2. IRPC – IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DE PESSOAS
COLECTIVAS 41
CONCEITO ............................................................................................................................. 41
2.1. INCIDÊNCIA ........................................................................................................................ 41
2.1.1. RESIDENTES .................................................................................................................... 42
2.1.2. NÃO RESIDENTES ....................................................................................................... 43
2.2. INCIDÊNCIA OBJECTIVA .................................................................................................. 43
2.2.1. RESIDENTES ................................................................................................................. 44
2.2.2. NÃO RESIDENTES ....................................................................................................... 44
2.3. PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO.......................................................................... 46
2.3.1. O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE, EXCEPÇÕES .......................................... 46
2.4. FACTO GERADOR DO IMPOSTO ................................................................. 46
2.5. ISENÇÕES ......................................................................................................... 47
2.6. Princípios Gerais de Triubutação ....................................................................... 47
2.6.1. APURAMENTO DE LUCRO TRIBUTÁVEL – ALGUNS ASPECTOS ........ 49
LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO ......................................................................................... 58
2.7. O PAGAMENTO DO IMPOSTO ...................................................................... 58
2.10. Obrigações acessórias......................................................................................... 63
1. CONCEITO E CARACTERIZAÇÃO
CONCEITO
O IVA é um imposto indirecto que recai sobre o consumo, aplicável de um modo geral e
uniforme em todo o circuito económico ocorrido no território nacional.
Além das operações com estas características estão também sujeitas a IVA as
importações de bens;
Os pressupostos acabados de enunciar, traduzem-se, ainda que referidos de forma muito
reduzida, na incidência real e pessoal do imposto, bem como no seu elemento de conexão
territorial. É, pois, cada um destes elementos que passaremos a analisar.
não o vir a ser, no segundo caso, quando as actividades elencadas no art.º 3º sejam
exercidas de forma não significativa.
Abaixo se encontra uma estrutura da incidência pessoal do IVA:
Base
Tributável
A incidência real traduz-se nos factos sujeitos ao imposto e que, como já se viu, são
desde logo as transmissões de bens e as prestações de serviços.
a) Transmissão de bens
Define-se transmissão de bens como acto ou contrato que faz operar a transferência
onerosa de bens corpóreos, sendo assimilados a bens corpóreos a energia, o gás, o
calor, o frio e realidade similares.
Nota-se que não se impõe que o transmitente seja o verdadeiro proprietário do bem
transferido. Ao contrário, basta que aquele actue como o faria um proprietário, isto é,
pela forma correspondente ao exercício do direito de propriedade.
Assim, há lugar a uma transmissão para efeitos de IVA mesmo que o transmitente
seja um mero detentor dos bens, bem como nos casos de transmissões forçadas (venda
judicial ou administrativa, por exemplo)
Transmissões ficcionadas
c) Importações de bens
É considerada importação a entrada em território nacional de bens originários ou
precedentes de países terceiros.
Operações
Tributáveis
Transmissão de Prestação de
Bens Importações
Serviços
- Onerosas
- Efectuadas em território nacional
- Efectuadas por um sujeito passivo
agindo como tal
Assim:
A prestação de serviços relacionados com um imóvel situado fora do território
nacional, incluindo os que tenham por objecto preparar ou coordenar a execução
de trabalhos imobiliários e as prestações de peritos e agentes imobiliários:
Trabalhos efectuados sobre bens móveis corpóreos e peritagens a eles referentes,
executados total ou essencialmente fora do território nacional.
Prestações de serviços de carácter artístico, cientifico, desportivo, recreativo, de
ensino e similares, compreendendo as dos organizadores destas actividades e as
prestações de serviços que lhes sejam acessórias, que tenham lugar no território
nacional;
O transporte, pela distância percorida fora do território nacional.
Por outro lado, as prestações de serviços a seguir referidas, cujo prestador não seja
localizado em Moçambique, são aqui tributados se o adquirente for um sujeito passivo
do IVA com sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional (art.º6
nº 7):
Cessão ou autorização para a utilização de direitos de autor, licenças, marcas de
fabrico e de comércio e outros direitos análogos;
Serviços de publicidade;
Serviços de telecomunicações;
Serviços de consultores, engenheiros, advogados, economistas e contabilistas,
gabinestes de estudos em todos os domínios, compreendendo os de organização,
investigação e desenvolvimento;
Tratamento de dados e fornecimento de informações;
Operação bancária, financeiras de seguro e resseguro;
Colocação de pessoal à disposição;
Serviços de intermediários que intervenham em nome e por conta de outrem no
fornecimento das prestações de serviços;
Obrigação de não exercer, mesmo a título parcial uma actividade, uma actividade
profissional ou de um direito mencionado (Art.6, n.º7 h) i)
Locação de bens móveis corpóreos, com excepção dos meios de transporte;
Contudo, as mesmas prestações de serviços não serão tributadas em Moçambique,
mesmo que o prestador aqui seja localizado, sempre que o adquirente seja uma pessoa
estabelecida ou domiciliada no estrangeiro (Artº. 6º nº 8).
a) Regra geral
A regra geral (Artº. 7º, nº 1) é de natureza material e traduz-se em o imposto ser devido
e exigível no momento em que os bens são postos à disposição do adquirente, quando
se realizam as prestações de serviços ou, quando ocorrem importações, no momento em
que for numerado o DU – Documentos Único.
Esta regra geral cede, no entanto, nos casos em que os bens sejam entregues antes de se
produzirem os efeitos translativos de um contrato (salvo nos contratos de locação-venda
e de compra e venda com reserva de propriedade), sendo o imposto devido e exigível
apenas quando esses efeitos se verificarem (art.º 7º, nº7).
A mesma regra comporta ainda outras propriedades que importa considerar. Assim:
Instalação ou montagem de bens (art.º 7º, nº 2). O imposto é devido e exigível
quando a instalação ou montagem estiver concluída;
Transmissão de bens e prestação de serviços de carácter continuado com
pagamentos fraccionados (art.º 7º, nº 3). O imposto é devido e exigível em relação
a cada pagamento;
Afectação ou utilização de bens ou serviços da empresa a uso próprio do seu
titular, do pessoal, ou a fins alheios a actividade para que foram adquiridos (art.º
7º, nº 4). O imposto é devido e exigível no momento em que as afectações de bens
ou as prestações de serviços tiverem lugar;
Transmissões de bens entre comitente e comissário (art.º 7º, nº 5). O imposto é
devido e exigível no momento em que o comissário os puser a disposição de seu
adquirente;
Não devolução das mercadorias enviadas à consignação (art.º 7, nº 6).
O imposto torna-se, pois, exigível no momento da emissão da factura, se o prazo for
respeitado ou, no termo desse prazo caso contrário. Porém, no caso de pagamentos
antecipados, o imposto é devido pelo montante efectivamente pago. (Vide o Capítulo
sobre Obrigações Acessórias – Obrigação de emissão de emissão de facturas).
1.5. ISENÇÕES
VALOR TRIBUTÁVEL
Refira-se ainda que em alguns casos o valor tributável não incide sobre o total do
montante da factura, como se depreende em algumas alíneas do Art.15, n.º2
Transmissão de energia, cujo preço é fixado por Autoridade Pública, o IVA
incide sobre 62% do total da factura (alinea j);
Prestações de serviços de obras públicas em construção e reabilitação de
estradas, ponte e infraestruturas de abastecimento de água, no valor tributável
deduz 60% do mesmo, ou seja, o IVA incide sobre 40% do valor da factura;
(alinea i);
Valor tributável na importação de bens (art.º 16º)
O valor tributável dos bens importados é o seu valor aduaneiro, adicionado, desde
que não contenham os elementos abaixo indicados, de acordo com o n.º1:
Obrigações declarativas
b) Declarações periódicas
Declarações de imposto (alinea c) do n.º1 do Artº. 25º)
Devem ser apresentadas nos seguintes termos:
Sujeitos passivos do regime normal mensal – até ao último dia útil do mês
seguinte àquele a que respeitem as operações;
Estas declarações devem ser entregues mesmo que, num determinado mês
o sujeito passivo não efectue operações tributáveis.
legitimar esse direito. Em caso, de extravio do original deve emitir-se novas facturas
com anulação da anterior, referindo expressamente esse facto de modo a que o
imposto não seja liquidado de novo nem origine novo direito a dedução.
REQUSITOS DE VALIDADE DAS FACTURAS
Data da emissão
Cliente da factura
Quantidade, descrição e
preço antes do IVA.
Dom Gráficas - Av. Das Estrelas, Maputo/200004324 Aut No:234/MPF/0234 Liv.24X34556 a 50000
b) Facturas globais
É permitido o sistema de facturação global, referente a um mês ou períodos inferiores,
desde que seja feita comunicação prévia a DGI e por cada transacção seja emitida
guia ou nota de remessa e do conjunto dos dois documentos resultem todos os
elementos exigíveis para a factura.
O processamento da factura global não pode ultrapassar cinco dias úteis após o termo
do período a que respeitam.
De acordo com o Artº. 37, os SP que pratiquem uma só operação tributável deverão
apresentar a Declaração de Operações Isoladas e Facturação Indevida – Modelo E,
na repartição de finanças competente até ao fim do mês seguinte ao da conclusão da
operação.
Extrai-se do Código do IRPS no n.º4 do Artº.8º que considera-se rendimentos
provenientes de actos isolados os que não resultem de uma pratica previsível ou
reiterada.
Alteração de enquadramento
Em determinados casos os requisitos acima enunciados deixam de verificar-se
obrigando ao reenquadramento dos sujeitos passivos. Esta obrigatoriedade verifica-
se, nomeadamente:
Quando o SP passe a ter contabilidade organizada;
Quando o SP inicie operações de importação ou exportação. Nestes dois
casos, deverá entregar na repartição de finanças competente uma declaração
de alterações, produzindo efeitos a partir de 01 de Janeiro do ano civil
seguinte.
Quando o volume de negócios ultrapassar os limites acima referidos, a
declaração de alteração deve ser apresentada no mês de Janeiro do ano
seguinte;
Refira-se finalmente que os sujeitos enquadrados neste regime, quando emitirem
facturas deverão sempre apôr-lhes a menção: “IVA – Regime de Isenção” (Artº 39º).
Dedução do Imposto
De acordo com o n.º 1 do Artº.6º, o imposto só é dedutível no momento do pagamento
efectivo do preço e deve ser efectuada na declaração do período em que se tiver
verificado a emissão dos recibos de pagamento.
Emissão de facturas
As facturas emitidas devem ser numeradas seguidamente numa série especial
convenientemente referenciada, e conter a menção “IVA exigivel e dedutível no
pagamento”
O reembolso é, assim, a restituição pelo Estado do crédito do IVA quando num dado
período, o valor do imposto suportado e dedutível, supera o imposto liquidado.
Visto que o reembolso pressupõe que o Estado devolva ao sujeito passivo o IVA por
este suportado nas suas aquisições, foram estabelecidas regras rigorosas para o
exercício deste direito uma vez que o Estado pretende assegurar, de entre outros, que
o crédito apresentado pelo sujeito passivo é correcto.
Resulta assim, que a organização dos processos de pedido de reembolso é uma etapa
importante, como também o é o correcto arquivo dos documentos de suporte do qual
emergiu o direito à dedução uma vez que a Administração Tributária poderá
desencadear acções de fiscalização para validar o reembolso solicitado.
Falta de disponibilização pelo sujeito passivo dos elementos que permitam aferir
da legitimidade do reembolso;
Dedução do imposto efectuada na declaração referente a períodos anteriores ao
pedido de reembolso;
Imposto dedutível constante de facturas emitidas por sujeito passivo com NUIT
inexistente, inválido, ou que tenha suspenso ou cessado a sua actividade no
período a que se refere o reembolso;
Imposto deduzido em facturas não emitidas na forma legal;
IVA apuramento = A (Valor das Vendas x 17%) – B (Valor das aquisições x17%)
Como se pode verificar neste exemplo, cada sujeito passivo interveniente no circuito realizou
as seguintes operações:
liquidou o IVA nas vendas;
exerceu o direito à dedução do IVA suportado (o 1º na importação e os restantes nas
aquisições);
apurou o montante do IVA a entregar ao Estado pela diferença entre o IVA liquidado e o IVA
deduzido, e
No final do circuito, o somatório dos montantes entregues ao Estado pelos vários sujeitos
passivos intervenientes é igual ao imposto liquidado pelo último interveniente e suportado
pelo consumidor final.
Outras informações
Durante o mês de Março a farmácia comprou a vista 1 computador por 30.000,00 Mts +
IVA
Pedidos:
a) Preencha o modelo A do mês de Março
Republica de Moçambique
Ministério do Plano e Finanças 01 Número Único de Identificação Tributária 1. Peíodo 0 3 2 0 1 8
(Mês) (Ano)
DIREÇÃO NAICIONAL DE IMPOST OS E AUDIT ORIA 1. 4 0 0 0 0 0 0 0 0
2. Código de Actividade Económica: 2. Entrega dentro do prazo
5. Localidade: Maputo 7 6.
Telefone:
Telefone: 21 326
7. 987
Fax: 7 Fax: 21 326 988
04 INEXISTÊNCIA DE OPERAÇÕES
Se no período a que se refere esta declaração respeita não realizou operações activas nem passivas, assinale e passe para o quadro 08
TIPO DE OPERAÇÕES BASE TRIBUTÁVEL IMPOSTO A FAVOR DO SUJEITO PASSIVO IMPOSTO A FAVOR DO ESTADO
Valor da Autoliquidação
Somas
11 3.900.000,00 12 226.735,80 13 238.000,00
(01 + 03 + 04) (05 + 06 + 07 + 08 + 09) (02 + 10)
Valor antes da utilização do excesso a
reportar e de outros créditos respeitantes
a períodos anteriores. Se o valor inscrito no campo 13 é superior ao do campo 12 inscreva no campo 14 a diferença (13 - 12)
14 11.264,20
15
Se o valor inscrito no campo 12 é superior ao do campo 13 inscreva no campo 15 a diferença (12 - 13)
UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS DE PERÍODOS ANTERIORES: Importante: Só podem inscrever-se valores nos campos 16 e 17 se esta decalaração for apresentada dentro do prazo legal
06 IMPOSTO A ENTREGAR AO ESTADO (Só se deve preencher este quadro se tiver sido preenchido o campo 14 do quadro 05)
Importâncioa a pagar_______________________________________________________________________________________________________________________________
Onze Mil Duzentos e Sessenta e Quatro Meticais e Vinte Centavos
07 IMPOSTO A RECUPERAR
21
● Se esta declaração for apresentada fora do prazo legal, o preenchimento deverá terminar no quadro 05
● Os pedidos de reembolso, devem observar as disposições legais aplicáveis (artigo 20º CIVA)
(*) O valor inscrito no número 2 do quadro 07, não deve voltar a ser inscrito no campo 16 do quadro 05 da próxima declaração sem que haja comunicação da Administração fiscal nesse sentido
Republica de Moçambique
Ministério do Plano e Finanças 01 Número Único de Identificação Tributária 1. Peíodo 0 3 2 0 1 8
(Mês) (Ano)
DIREÇÃO NAICIONAL DE IMPOST OS E AUDIT ORIA 1. 4 0 0 0 0 0 0 0 0
2. Código de Actividade Económica: 2. Entrega dentro do prazo
5. Localidade: Maputo 7 6.
Telefone:
Telefone: 21 326
7. 987
Fax: 7 Fax: 21 326 988
04 INEXISTÊNCIA DE OPERAÇÕES
Se no período a que se refere esta declaração respeita não realizou operações activas nem passivas, assinale e passe para o quadro 08
TIPO DE OPERAÇÕES BASE TRIBUTÁVEL IMPOSTO A FAVOR DO SUJEITO PASSIVO IMPOSTO A FAVOR DO ESTADO
Valor da Autoliquidação
Somas
11 3.900.000,00 12 226.735,80 13 238.000,00
(01 + 03 + 04) (05 + 06 + 07 + 08 + 09) (02 + 10)
Valor antes da utilização do excesso a
reportar e de outros créditos respeitantes
a períodos anteriores. Se o valor inscrito no campo 13 é superior ao do campo 12 inscreva no campo 14 a diferença (13 - 12)
14 11.264,20
15
Se o valor inscrito no campo 12 é superior ao do campo 13 inscreva no campo 15 a diferença (12 - 13)
UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS DE PERÍODOS ANTERIORES: Importante: Só podem inscrever-se valores nos campos 16 e 17 se esta decalaração for apresentada dentro do prazo legal
06 IMPOSTO A ENTREGAR AO ESTADO (Só se deve preencher este quadro se tiver sido preenchido o campo 14 do quadro 05)
Importâncioa a pagar_______________________________________________________________________________________________________________________________
Três Mil e Setecentos e Sessenta e Quatro e Vinte Centavos
07 IMPOSTO A RECUPERAR
21 7.500,00
2. PEDIDO DE REEMBOLSO (*) 20
● Se esta declaração for apresentada fora do prazo legal, o preenchimento deverá terminar no quadro 05
● Os pedidos de reembolso, devem observar as disposições legais aplicáveis (artigo 20º CIVA)
(*) O valor inscrito no número 2 do quadro 07, não deve voltar a ser inscrito no campo 16 do quadro 05 da próxima declaração sem que haja comunicação da Administração fiscal nesse sentido
Nota Explicativa:. Se não existir crédito pelo imposto o valor registado no campo 14
mostra que o imposto é a favor do estado, isto é, IVA a pagar (Passivo para a empresa) Se
o valor for registado no campo 15 o imposto é a favor da empresa, isto é, IVA a recuperar
(Activo para a empresa)
CAMPO 18: Indicar o montante resultante da diferença entre o valor do campo 14, e os campos 16 e 17.
CAMPO 19: Indicar os juros calculados nos termos do artigo 37 do CIR, conjugado com os artigos 22 e 74 do
Código
IVA.
QUADRO 07:
CAMPO 21: Indicar o montante resultante da soma dos valores dos campos 15, 16 e 17.
CAMPO 22: Indicar o montante do crédito que transita para o período seguinte que será inscrito no campo 16
da próxima
declaração. No caso de solicitar reembolso indicar o montante solicitado no campo 23.
2. A empresa XYZ com Sede na Avenida Guerra Popular com NUIT 400464870 dedica-se a
compra e venda de diversos tipos de mercadorias, algumas isentas de IVA, no mês de
Fevereiro de 2017 apresentou as seguinte informação:
Informação Adicional
Emitiu-se nota de crédito n°00483 sobre a factura 000486 – XYZ pelo valor total de
23 400,00;
Nas facturas emitidas por XYZ algumas não foram tributadas pelo valor total
facturado devido a certas isenções.
A factura da HOME CENTER é referente a aquisição do imobilizado.
Pede-se
a) Preenchimento do Modelo A
Republica de Moçambique
Ministério do Plano e Finanças 01 Número Único de Identificação Tributária 1. Peíodo 0 2 2 0 1 7
(Mês) (Ano)
DIREÇÃO NAICIONAL DE IMPOST OS E AUDIT ORIA 1. 4 1 0 0 1 0 0 2 0
2. Código de Actividade Económica: 2. Entrega dentro do prazo
2. Rua, Praça, Avenida: Av. Samora Machel 3 Número: 545 4 Andar: 4° P iso
5. Localidade: Gaza 7 6.
Telefone:
Telefone: 21 326
7. 800
Fax: 7 Fax: 21 326 278
04 INEXISTÊNCIA DE OPERAÇÕES
Se no período a que se refere esta declaração respeita não realizou operações activas nem passivas, assinale e passe para o quadro 08
TIPO DE OPERAÇÕES BASE TRIBUTÁVEL IMPOSTO A FAVOR DO SUJEITO PASSIVO IMPOSTO A FAVOR DO ESTADO
Valor da Autoliquidação
Somas
11 642.300,00 12 49.298,30 13 88.111,00
(01 + 03 + 04) (05 + 06 + 07 + 08 + 09) (02 + 10)
Valor antes da utilização do excesso a
reportar e de outros créditos respeitantes
a períodos anteriores. Se o valor inscrito no campo 13 é superior ao do campo 12 inscreva no campo 14 a diferença (13 - 12)
14 38.812,70
15
Se o valor inscrito no campo 12 é superior ao do campo 13 inscreva no campo 15 a diferença (12 - 13)
UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS DE PERÍODOS ANTERIORES: Importante: Só podem inscrever-se valores nos campos 16 e 17 se esta decalaração for apresentada dentro do prazo legal
06 IMPOSTO A ENTREGAR AO ESTADO (Só se deve preencher este quadro se tiver sido preenchido o campo 14 do quadro 05)
Importâncioa a pagar_______________________________________________________________________________________________________________________________
Trinta e oito mil oitocentos e doze mil e setenta centavos
07 IMPOSTO A RECUPERAR
21
● Se esta declaração for apresentada fora do prazo legal, o preenchimento deverá terminar no quadro 05
● Os pedidos de reembolso, devem observar as disposições legais aplicáveis (artigo 20º CIVA)
(*) O valor inscrito no número 2 do quadro 07, não deve voltar a ser inscrito no campo 16 do quadro 05 da próxima declaração sem que haja comunicação da Administração fiscal nesse sentido
Obs: Nas facturas 000487 e 000488 descobriu-se que o IVA não foi calculado com base no
valor declarado de venda. Isto é, 17 000,00 Mts tem como base de incidência 100 000,00 Mts
e como base de incidência 96 000,00 Mts. Neste caso são vendas isentas a diferença do
valores sem IVA com as bases de incidência usadas.
200 000,00 + 120 000,00 – 100 000.00 – 96 000,00 = 124 000,00
Nota:
Todas as operações estão sujeitas a IVA a taxa normal de 17%
Pretende-se:
a) Mapa de Fornecedores e de Clientes
b) Preenchimento do Modelo A
c) Qual é o prazo da entrega do modelo?
Mapa de Compras
Fornecedor Subtotal IVA dedutível Valor Total
Factura n° 230 do fornecedor X 200.000,00 34.000,00 234.000,00
V.D n° 52 de ABC S.A 420.000,00 71.400,00 491.400,00
Factura do fornecedor P 690.000,00 117.300,00 807.300,00
Factura 020223 de FIPAG 6.000,00 765,00 6.765,00
Factura 9403302 da EDM 5.000,00 527,00 5.527,00
Total 1.321.000,00 223.992,00 1.544.992,00
Mapa de Vendas
Clientes Subtotal IVA Liquidado Valor Total
Factura n° 1324 s/ cliente Tânia Eventos Lda 625.000,00 106.250,00 731.250,00
N/V. D n° 5879 à igreja Católica 810.000,00 137.700,00 947.700,00
Factura a Peter Bar 1.080.000,00 183.600,00 1.263.600,00
Total 2.515.000,00 427.550,00 2.942.550,00
Republica de Moçambique
Ministério do Plano e Finanças 01 Número Único de Identificação Tributária 1. Peíodo 0 6 2 0 1 8
(Mês) (Ano)
DIREÇÃO NAICIONAL DE IMPOST OS E AUDIT ORIA 1. 4 0 0 0 0 0 0 0 0
2. Código de Actividade Económica: 2. Entrega dentro do prazo
5. Localidade: Maputo 7 6.
Telefone:
Telefone: 21 000
7. 987
Fax: 7 Fax: 21 200 988
04 INEXISTÊNCIA DE OPERAÇÕES
Se no período a que se refere esta declaração respeita não realizou operações activas nem passivas, assinale e passe para o quadro 08
TIPO DE OPERAÇÕES BASE TRIBUTÁVEL IMPOSTO A FAVOR DO SUJEITO PASSIVO IMPOSTO A FAVOR DO ESTADO
06 IMPOSTO A ENTREGAR AO ESTADO (Só se deve preencher este quadro se tiver sido preenchido o campo 14 do quadro 05)
Importâncioa a pagar_______________________________________________________________________________________________________________________________
Duzentos e seis mil e sessenta e cinco meticais e cinquenta centavos
07 IMPOSTO A RECUPERAR
21
● Se esta declaração for apresentada fora do prazo legal, o preenchimento deverá terminar no quadro 05
● Os pedidos de reembolso, devem observar as disposições legais aplicáveis (artigo 20º CIVA)
(*) O valor inscrito no número 2 do quadro 07, não deve voltar a ser inscrito no campo 16 do quadro 05 da próxima declaração sem que haja comunicação da Administração fiscal nesse sentido
3c) Conforme o n° 1 do artigo 32° CIVA conjugado com alínea c do n° 1 do artigo 25° do
mesmo código, os sujeitos passivos são obrigados a entregar mensalmente, junto da entidade
competente, a declaração, até ao último dia do mês seguinte àquela a que respeitem as
operações nela abrangidas.
EXERCÍCIOS
4. Em 05 de Maio de 2010 constituiu-se a Ferragem Yaka Munti Lda. Vocacionada a
venda de diversos tipos de material de construção, iniciou a sua actividade com os
elementos patrimoniais abaixo. Um dos seus fornecedores é a empresa Construa S.A.
Edifício 200.000,00
Bancos 300.000,00
Dia 25 N/ recibo nr. 001 pelo pagamento do valor da factura nr. 0002 e nota de crédito
nr. 002 pelo desconto concedido de 5% pela antecipação do pagamento.
Dia 27 Factura da construa sobre fornecimento de 10 carrinhas de mão @ 1.000,00 + IVA
de 17%
Dia 28 Nota de crédito da construa pela devolução de 2 Carrinhas de mão.
Pede-se:
a) Mapa Fornecedores e Clientes
b) Preenchimento do Modelo A
CONCEITO
O IRPC é um imposto directo que incide sobre os rendimentos obtidos pelos sujeitos
passivos num determinado período de tributação, independentemente, da sua fonte ou
origem e mesmo que provenientes de actos ilícitos.
É um imposto estadual, directo, real, periódico, sobre o rendimento global e
proporcional.
o Estadual ou Nacional: porque o credor da obrigação é o Estado;
o Directo: porque tributa manifestações directas, imediatas da riqueza;
o Real: porque diferentemente do IRPS, não releva os aspectos intrinsecamente
pessoais do sujeito passivo;
o Periódico: porque a obrigação do imposto ocorre tendencialmente com uma
periodicidade regular, em regra anualmente;
o Rendimento global: todo o rendimento da pessoa colectiva é sujeito a um único
imposto;
o Proporcional: sendo que a taxa é fixa, o imposto aumenta proporcionalmente à
matéria colectável.
2.1. INCIDÊNCIA
PRESSUPOSTOS DO IRPC
O artigo n.º 1 do CIRPC estabelece os seguintes pressupostos da respectiva obrigação
tributária:
o Os titulares de rendimentos sejam sujeitos passivos, nos termos do
CIRPC – pressuposto subjectivo;
o Obtenção de rendimentos – pressuposto objectivo;
o Período de tributação – pressuposto temporal.
Face a este cenário, não basta a verificação de um só destes pressupostos para que
nasça a obrigação de imposto, carecendo, antes, que se conjuguem em simultâneo.
INCIDÊNCIA SUBJECTIVA
Tal como resulta da sua denominação, o IRPC abrange, em primeira linha, o universo
das pessoas colectivas, sejam elas públicas ou privadas.
A determinação do pressuposto subjectivo do IRPC encontra-se no artigo 2º do
respectivo código, e nele podemos encontrar três diferentes categorias de sujeitos
passivos.
Em primeiro lugar, temos o universo das pessoas colectivas, sendo que além das
expressamente previstas, podem ter enquadramento no conceito de demais pessoas
colectivas de direito público ou privado com sede ou direcção efectiva em território
Moçambicano, as seguintes entidades:
a) Autarquias locais, institutos públicos, associações públicas e privadas e
fundações.
Alem destas pessoas colectivas com sede e direcção efectiva em território
Moçambicano, o âmbito da sujeição pessoal a este imposto é alargado de
modo a abranger:
b) Os entes de facto, ou seja, entidades que embora desprovidos de personalidade
jurídica, geram rendimentos não sujeitos directamente nas pessoas, singulares ou
colectivas, que compõem essa entidade.
Incluem-se neste conceito, pelo nº 2 do artigo 2º, e de forma não taxativa, as heranças
jacentes, as sociedades com processo de constituição irregular, as associações e
sociedade civis sem personalidade jurídica.
Por outro lado, dada a delimitação imposta neste artigo – não sujeição a imposto das
pessoas que formam o ente de facto -, não ficam abrangidos pelo âmbito deste artigo
e por isso não são sujeitos passivos de IRPC, por exemplo, as heranças indivisas e o
consórcio.
Por último, o âmbito da incidência subjectiva de IRPC, comporta as entidades com
ou sem personalidade jurídica, não residentes, que obtenham rendimentos em
território Moçambicano, não sujeitos a IRPS.
Apesar desta repartição tripartida, aquela que se mostra realmente importante é a que
divide os sujeitos passivos em residente e não residente. Na verdade, é esta divisão
que vai ser o ponto de partida para delimitar a extensão dos rendimentos auferidos
que vai ser sujeita a IRPC.
2.1.1. RESIDENTES
Os residentes em território Moçambicano são tributados pela totalidade dos seus
rendimentos incluindo os obtidos fora desse território.
qualidade dos sujeitos passivos, ou seja, importa distinguir os residentes dos não
residentes. Depois, dentro de cada categoria de sujeitos, haverá que apurar o modo
como o rendimento é obtido.
Assim, enquanto os residentes são divididos em função da actividade exercida, os não
residentes distinguem-se consoante possuam, ou não, em território Moçambicano, um
estabelecimento estável.
2.2.1. RESIDENTES
Em função deste critério, os residentes:
a) Que exerçam a título principal uma actividade, de natureza industrial,
comercial ou agrícola, são tributados pelo lucro.
De referir que se considera que as sociedades comerciais ou civis sob a forma
comercial, as cooperativas e as empresas públicas, exercem sempre a título principal
qualquer daquelas actividades, dai, serem sempre tributadas pelo lucro.
b) Que não exerçam a título principal daquelas actividades são tributados pelo
rendimento global.
O rendimento aqui apurado corresponde a soma algébrica dos rendimentos das
diversas categorias consideradas para efeitos de IRPC. Não, são, assim tributadas
isoladamente os rendimentos obtidos e pressupõe-se a existência de rendimentos
positivos e negativos.
Resumindo:
Base
Tributável
Residentes
em Não residentes em
Moçambique Moçambique
Que não
Que exercem a exercem a
título principal título Com
actividades principal Sem estabelecimento
estabelecimento
comerciais, actividades estável em estável em território
industriais ou comerciais, território moçambicano
agrícolas industriais ou moçambicano
agrícolas
Conceitos:
Lucro: consiste na diferença entre os valores do património líquido no fim e no inicio
do período de tributação, com as correcções do código.
Estabelecimento estável:
- Qualquer instalação fixa ou representação permanente através da qual seja exercida,
total ou parcialmente, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola,
incluindo a prestação de serviços.
- Exercício de empregados por não residentes, em território Moçambicano, através de
empregados ou de outro pessoal contratado para esse efeito, período seguido ou
interpolado, inferior a 180 dias, compreendido num intervalo de doze meses.
2.5. ISENÇÕES
NO CIRPC
ISENÇÕES MISTAS
É a isenção concedida aos rendimentos de actividade culturais, recreativas e
desportivas, nos termos e condições previstos no artigo 11º do CIRPC.
REGRAS GERAIS
Uma vez determinados os pressupostos da incidência do IRPC, importará apurar as
regras que quantificam a matéria colectável sujeita a imposto. Para tal, é conveniente
ter presente a distinção a que se faz referência, entre por um lado residentes e não
residentes e por outro lado a efectuada dentro de cada uma destas categorias.
Admite o nº 2 do artigo 44º que possam ser considerados como custos para efeitos de
determinação do lucro tributável os encargos gerais de administração que, na
impossibilidade de serem imputados de acordo com utilização pelo estabelecimento
estável dos bens e serviços a que respeitam, são repartidos de acordo com um dos
critérios previstos no nº3 do mesmo artigo: volume de negócios, custos directos e
imobilizado corpóreo.
CORRECÇÕES
Por outro lado, o apuramento do resultado liquido, tal como resulta da contabilidade
do sujeito passivo poderá igualmente ser objecto de correcções, tanto ao nível dos
proveitos como dos custos.
AOS PROVEITOS
Em primeiro lugar, e no que respeita aos proveitos, haverá que atender ao regime
especial das mais-valias, previsto no artigo 37º do CIRPC.
Assim, se por um lado se estabelece no artigo 20º, como regra que as mais-valias
realizadas se consideram proveitos ou ganhos, susceptíveis, portanto de influenciar o
lucro tributável, enquanto componente positiva, estipula-se, no artigo 39º que não
concorre para lucro tributável a diferença positiva entre as mais-valias e as menos-
valias realizadas mediante a transmissão onerosa de elementos do activo imobilizado
corpóreo ou em consequências de indemnizações por sinistros ocorridos nesses
elementos.
Para que tal ocorra, torna-se necessário que o valor de realização correspondente à
totalidade dos referidos elementos seja reinvestido na aquisição, fabricação ou
construção de elementos do activo imobilizado corpóreo até ao fim do terceiro
exercício seguinte ao da realização. Se o reinvestimento não se concretizar será
corrigido o IRPC relativo ao terceiro exercício posterior ao da realização, nos termos
do nº 5 do artigo 39º.
AOS CUSTOS
Também os custos têm regime próprio que poderá conduzir a alterações do resultado
líquido apurado na contabilidade.
Nos termos daquele regime constitui regra geral, prevista no artigo 22º, que só se
consideram encargos dedutíveis os que comprovadamente forem indispensáveis para
a realização dos proveitos ou para a manutenção da fonte produtora, procedendo a
uma enumeração não taxativa dos custos que preenchem esses requisitos. De qualquer
modo, o nº 2 do Artigo 23º estabelece que nunca serão aceites como custos as
despesas ilícitas, nomeadamente as que decorrem de comportamentos que indiciem a
violação da legislação penal Moçambicana, mesmo que ocorridos fora do alcance
territorial da sua aplicação.
Algumas categorias dos custos, previstos no nº1 do artigo 22º, são objecto de
tratamento especial nos artigos subsequentes, no sentido de sujeitar a sua aceitação a
outros condicionalismos, por exemplo, limites ao seu montante.
b) Provisões
A constituição de provisões visa a consideração como custo de um exercício de
encargos de ocorrência incerta, não só no que respeita à data da sua concretização
como também quanto ao seu montante. No artigo 28º estabelecem-se as seguintes
provisões admitidas em IRPC:
o As que tiverem por fim a cobertura de créditos de cobrança duvidosa, calculados
em função da soma dos créditos resultantes da actividade normal da empresa
existentes no fim do exercício, pela aplicação da taxa de 1.5%, com um limite
acumulados de 6%;
o As que se destinarem a cobrir as perdas de valores que sofrem as existências,
dentro do limite das perdas efectivamente observadas;
o As que se destinarem a acorrer a obrigações e encargos derivados de processos
judiciais em curso por factos que determinariam a inclusão daqueles entre os
custos da empresa;
o As que de harmonia com a disciplina imposta pelo Banco de Moçambique,
tiverem sido constituídas pelas empresas sujeitas a sua supervisão, bem como as
que, de harmonia com a disciplina imposta pela Inspecção Geral de Seguros de
Moçambique, tiverem sido constituídas pelas empresas de seguro submetidas à
sua supervisão, incluindo as provisões técnicas legalmente estabelecidas;
c) Créditos incobráveis
Os créditos incobráveis só são aceites como custo do exercício na medida em que tal
resulte de processo de execução, falência ou insolvência.
e) Mecenato:
O regime do mecenato até agora previsto no que respeita ao IRPC, nos artigos 34º.
Assim e desde logo, segundo este artigo que apenas tem relevância fiscal os donativos
em dinheiro ou em espécie concedidos pelo contribuinte.
Os donativos concedidos ao Estado e as autarquias locais, ou a qualquer, são
considerados custos ou perdas do exercício na sua totalidade.
No âmbito do mecenato prevê-se que sejam considerados custos ou perdas do
exercício, até ao limite de 5% da matéria colectável do exercício anterior se os
donativos forem concedidos a associações, entidades públicas ou privadas sem
objectivos de proselitismo confessional ou partidário, desenvolvem, sem fins
lucrativos, acções no âmbito da Lei nº4/94, de 13 de Setembro.
1
Aqueles que são atribuídos a generalidade dos trabalhadores.
FFaacctu
tura
raddaass aa cclie
liennte
tess NNããoo fa
facctu
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CCuussto
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rte qquuee nnããoo eexxcceeddee ooss PPaarte
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limite
itess
lim
limite
itess le
leggaais
is -- AArt.4
rt.4,d
,d)) CCIR
IRPPSS le
leggaais
is -- AArt
rt 44,d
,d)) CCIR
IRPPSS
l) Outras restrições:
o Benefícios Especiais:
Benefícios fiscais;
Crédito de imposto por dupla tributação internacional;
Crédito de imposto por dupla tributação económica.
REGRA GERAL
A matéria colectável é determinada com base na declaração do contribuinte sem
prejuízo de posterior controlo pela administração fiscal. Assim, havendo declaração,
a actuação da administração fiscal será sempre a posterior, dado o sistema de
autoliquidação vigente em sede de IRPC.
NA AUSÊNCIA DE DECLARAÇÃO
Compete a Administração Tributária a determinação da matéria colectável.
LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO
CÁLCULO DO IMPOSTO
A Sociedade ABC em 2017 teve lucro fiscal de 1 000 000,00 Mts e tem exercício económico
igual ao ano civil.
a) Qual deve ser o pagamento por conta em 2018?
b) Quais são os meses do seu pagamento?
c) Suponha que tenha um exercício económico que inicie em 01 de Abril e termine no
dia 31 de Março do ano seguinte, quais são os meses do seu pagamento?
a) Fórmula
PPC = (Matéria colectável*80%*32%) /3
Resolução
PPC = (1 000 000,00 *0,8*0,32)/3
PPC = 85 333,33
b) Os pagamentos Por Conta (PPC) são sempre feitos no 5°, 7° e 9° mês, portanto
os meses de pagamento seriam: Maio, Julho e Setembro.
c) Conforme vimos a posição dos meses de pagamento, neste caso seriam Agosto,
Outubro e Dezembro.
Nota: O pagamento por conta é adiantamento do IRPC do ano corrente é por isso que a pós
declaração do imposto (M22) a empresa pode ter IRPC a recuperar se o adiantamento for
superior ao imposto apurado do ano em análise ou IRPC a pagar se o adiantamento for
inferior ao imposto apurado ou mesmo Zero se o adiantamento for igual ao imposto apurado.
Ficam dispensados de proceder a pagamentos por conta, nos termos do artigo 73º, os
contribuintes cujo imposto do exercício de referência para o respectivo cálculo for
inferior a 100.00MT.
Os pagamentos por conta são calculados com base no imposto liquidado
relativamente ao exercício imediatamente anterior à aquele em se devem efectuar
esses pagamentos, líquido da dedução relativa a retenções na fonte. Os pagamentos
Caso Prático 1
Resolução
Cálculo 1
5 800 000,00 * 0,5% = 29 000,00
Como é inferior ao limite mínimo considera-se tal limite, ou seja, 30 000,00 Mts
Cálculo 2
Montante de PEC a efectuar
Fórmula
PEC = Limite inferior de PEC – Pagamento por Conta
PEC = 30 000,00 Mts – 15 000,00 Mts = 15 000,00 Mts
Caso Prático 2
1. A Sociedade Beta Lda foi criada em 2014
Volume de Negócio (valor das vendas e dos serviços prestados geradores
de rendimentos sujeitos e não isentos) : 3 300 000,00 Mts
Neste ano o resultado fiscal foi de 0,00
a) Apure o Pagamento Especial por Conta em 2014
b) Apure o Pagamento Especial por Conta em 2015
Resolução
a) Não há PEC pois sendo 1° ano não há base para o seu cálculo.
b) Cálculo 1
3 300 000,00 * 0,5% = 16 500,00 Mts
PEC = 30 000,00 Mts
PEC = 30 000,00/3 = 10.000,00 Mts
Uma vez o valor calculado ser inferior ao limite inferior, então considera-se limite inferior
de 30 000,00 Mts, visto que nem se pode ter o valor do pagamento por conta com base na
informação do ano anterior uma vez o resultado ter sido zero.
Caso Prático 3
A Sociedade Beta Lda obteve em 2019
Volume de Negócio (valor das vendas e dos serviços prestados geradores
de rendimentos sujeitos e não isentos) : 22 000 000,00 Mts
Pagamentos por conta calculados efectuados 30 000,00 Mts
b) Calcular o Pagamento Especial por Conta (PEC) em 2020
Resolução
Cálculo 1
22 000 000,00 * 0,5% = 110 000,00
Cálculo 2
PEC = 100 000,00 – 30 000,00 = 70 000,00 Mts
PEC = 70 000,00/3 = 23 333,33 Mts
Como no cálculo 1 o valor é superior ao limite máximo, a base de cálculo usada no cálculo
de PEC é o limite máximo.
Sempre que sejam pagos rendimentos a entidades residentes em países com os quais
Moçambique tenha celebrado convenção destinada a eliminar a dupla tributação,
devem ser aplicadas as taxas ai previstas. Apenas assim será se a taxa prevista na lei
interna for mais baixa do que a prevista na convenção.
o Moçambique celebrou estes acordos com alguns países a saber: Maurícias,
Portugal, Itália, EAU e RSA)
o
País
Rendimento
Maurícias Portugal Itália EUA RSA
Lucros 0% 0% 0% 0% 0%
Royalties 5% 10% 10% 5% 5%
Dividendos 8% 10% 15% 0% 15%
Juros 8% 10% 10% 0% 8%
À mesma obrigação, de acordo com o nº4 do artigo 39º do CIRPC, ficam sujeitos os
não residentes que obtenham rendimentos não imputáveis a um estabelecimento
estável, não tribulados por retenção na fonte a título definitivo.
A respectiva declaração periódica de rendimentos deve ser apresentada, nos seguintes
prazos:
o Relativamente a rendimentos derivados de imóveis, em que a retenção na fonte
tem a natureza de pagamentos por conta, até ao último dia útil do mês de Maio do
ano seguinte aquele a que respeitam os rendimentos, ou até ao último dia útil do
prazo de 30 dias a contar da data em que tiver cessado a obtenção de rendimentos.
o Relativamente a ganhos resultantes da transmissão onerosa de imóveis e ganhos
resultantes da transmissão onerosa de partes representativas do capital de
entidades com sede ou direcção efectiva em território Moçambicano, em que não
lugar a retenção na fonte, até ao último dia útil do prazo de trintas dias a contar
da data da transmissão.
Os sujeitos passivos que, optem por um período de tributação diferente do ano civil,
devem apresentar a respectiva declaração de rendimentos até ao ultimo dia útil do 5º
mês posterior a data do termo desse período.
Poderá ser apresentada uma declaração de substituição fora do prazo e pago o imposto
em falta quando tenha sido liquidado imposto inferior ao devido ou declarado
prejuízo fiscal superior ao efectivo.
OUTRAS OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÕES CONTABILÍSTICAS E DE ESCRITURAÇÃO
Nos termos do artigo 75º, os residentes que exerçam a título principal uma actividade
da natureza comercial, industrial ou agrícola, bem como os não residentes que
possuam estabelecimento estável, são obrigados a dispor de contabilidade organizada
nos termos da lei comercial e fiscal de modo a permitir o controlo do lucro tributável.
Por outro lado, na execução da contabilidade todos os lançamentos devem estar
apoiados em documentos justificativos, datados e susceptíveis de serem apresentados
sempre que necessários e as operações devem ser registada cronologicamente, sem
DOSSIER FISCAL
Os sujeitos passivos de IRPC, com excepção dos isentos nos termos do artigo 9º do
respectivo código, são obrigados manter em boa ordem, durante o prazo de 10 anos,
um processo de documentação fiscal relativo a cada exercício anual de informação
contabilística com os elementos contabilísticos e fiscais.
A empresa XYZ LDA. com sede em Maputo na Av. Josina Machel n° 508, Nuit 400300200 estando
no regime geral de IRPC apresentou em 31/12/2017 o seguinte balancete rectificado:
Informação adicional
o As ajudas de custo contratualizadas pelo uso da viatura não foram tributadas em sede
de IRPS
o Nas despesas referentes aos outros serviços 10% apresentam comprovativos sem
NUIT do fornecedor
o A amortização dos activos intangíveis apurou-se com base no valor atribuído ao
terreno da empresa
o A matéria colectável de 2016 foi de 100.000,00 Mts e no ano corrente a empresa
efectuou o pagamento por conta.
Pedidos:
a) Apure o resultado contabilístico ou preencha o modelo 20A1
b) Preencha o modelo 22
Resolução
a
Preenchimento do modelo 22
8 - A P UR A M EN T O D O LUC R O T R IB UT Á VEL
R ESULT A D O D O EXER C Í C IO 201 247.495,00
Variações patrimoniais positivas não refletidas no resultado líquido (art 21do CIRPC) 202
Variações patrimoniais negativas não refletidas no resultado líquido (art 24 do CIRPC) 203
RESULTADOS APÓS VARIAÇÕES PATRIM ONIAIS (Campos 201+202-203) 204 247.495,00
M atéria colectável imputada por sociedades transparentes (art.6) di CIRPC) 205
Reintegrações e amortizações não aceites como custo (art.31do CIRPC) 206 7.000,00
Despesas ilícitas, prémios de seguros e contribuições (nº 1a) e (nº 2 art. 23 do IRPC) 207
Diferenças de câmbio não realizadas (art.22 c) 208 3.500,00
Provisões não dedutíveis ou para além dos limites legais (arts. 33 a 35 do IRPC) 209
Realizações de utilidade social não enquadráveis (arts. 37 a 40 do IRPC) 210
Donativos não previstos ou além dos limites legais (art. 41do IRPC) 211
IRPC (art. 43 nº1alínea a) do IRPC) 212
Imposto e encargos da responsabilidade de outrém (art 43 nº 1b) do CIRPC) 213
M ultas, coimas, juros compensatórios e demais encargos pela prática de infracções (art 43 nº1c) 214 2.630,00
Indeminizações por eventos seguráveis (art. 43 nº1d) do CIRPC) 215
50% das ajudas de custos e de compensação pela utilização de viat. do trabalhador (art. 43 nº1h) 216 6.375,00
A CRESCER
Despesas com a publicidade para além dos limites legais (art. 36 n° 1 n) 217 32.957,50
80% das despesas de representação art. 43 nº1f) do CIRPC) 218 32.000,00
Despesas confidenciais e/ou não documentadas (art. 43 nº1g) do IRPC) 219 8.000,00
Importâncias devidas pelo aluguer de viaturas sem condutor (art. 43 nº4 h) 220
Combustível consumidos em excesso ou em viaturas que não se prove pertencerem à empresa (art.43 nº1i)
do IRPC 221
50% dos encargos com viatura ligeiras de passageiros (art.43 nº4) do IRPC 222
M enos-valias contabilísticas 223
M ais-valias fiscais 224
Correcções nos casos de crédito de imposto (art.62 nº1do CIRPC) 225
Correcções relativas a exercícios anteriores 226
227
228
229
230
231
SOM A (C ampo s 204 a 232) 232 339.957,50
Reposição de provisões tributadas 233
M ais-valias Contabilísticas 234
M enos-valias fiscais 235
Restituição de impostos não dedutíveis e excesso de estimativa para impostos 236
Dupla tributação ecnómica de lucros distribuidos (art.47 do IRPC) 237
A DEDUZIR
P R EJUIZ OS P A R A EF EIT OS F ISC A IS (Se 250 > 230) a transpo rtar para o campo 260, 270
e/ o u 280 do quadro 9 251
LUC R O T R IB UT Á VEL (Se 230 ≥ 250) A transpo rtar para o campo 261, 271 e/ o u 281 quadro 9
252 337.457,50
5 - REGIME DE ESCRITURAÇÃO
X Co ntabilidade Organizada Simplificado de Escrituração
10 - CÁLCULO DE IMPOSTO
Impo sto à taxa no rmal Campo 269 o u 290 do quadro 9 x 32% 300 107.986,40
Impo sto à taxa Reduzida Campo 269 o u 290 do quadro 9 x___% 301
C O LE C T A ( 3 0 0 + 3 0 1) 302 107.986,40
Dupla tributação eco nó mica 303
Dupla tributação internacio nal 304
B enefício s fiscais 305
P agamento especial po r co nta 306
307
T O T A L D A S D E D UÇÕ E S ( 3 0 3 + 3 0 4 + ... + 3 0 7 ) 308 0,00
IR P C LIQ UID A D O ( 3 0 2 - 3 0 8 ) ≥ 0 S E ( 3 0 2 - 3 0 8 ) < 0 ins c re v a "0 " ( ze ro ) 309 107.986,40
Retençõ es na Fo nte 310
P agamento s po r co nta 311 25.600,00
312
IR P C A P A G A R S e ( 3 0 9 - 3 10 - 3 11 - 3 12 ) > 0 313 82.386,40
IR P C A R E C UP E R A R S e ( 3 0 9 - 3 10 - 3 11 - 3 12 ) < 0 314
IRP C de exercício s anterio res 315
Juro s Co mpensató rio s 316
Juro s de M o ra 317
318
T O T A L A P A G A R [ ( 3 13 o u 3 14 ) + 3 15 + 3 16 + 3 17 + 3 18 ] > 0 319 82.386,40
T O T A L A R E C UP E R A R ( - 3 14 + 3 15 + 3 16 + 3 17 + 3 18 ) < 0 320
11 - OBSERVAÇÕES 13 - USO EXCLUSIVO DOS SERVIÇOS
Nota Explicativa: Caro Estudante importa referir que no preenchimento deste modelo a
última página é a primeira no modelo físico e a primeira página é a do meio. No
preenchimento do modelo 22-existem elementos que é necessário analisar o balancete para
o preenchimento de modelo 22.
No campo 206 lançou o valor não aceite conforme alinea b do artigo 27° CIRPC
No campo 208 o valor de diferença de câmbio desfavoráveis não realizadas não são aceites
fiscalmente por isso que são acréscidas no apuramento do lucro tributável.
No campo 214 o valor da multas que se verifica no balancete não são aceites conforme alinea
c do n° 1 do artigo 36° CIRPC.
No campo 216 o valor de ajudas de custos que não forem tributadas em sede do IRPS não
são aceites em 50% do seu valor por 12.750,00*0,5 = 6.375,00 Mts
No campo 217 o valor da publicidade que exceeder 1% do volume de vendas não são aceites
conforme alinea n do n° 1 do artigo 36° do CIRPC. Cálculos 1.704.250, 00*0, 01- 50.000,00
= 32.957,50
No campo 219 considera-se despesas não documentadas porque sem Nuit não são válidos.
80.000,00*0,1 = 8.000,00
No campo 300 calcula-se 32% da matéria colectável que são 337.457,5*0,32 = 107.986,40
Pede-se:
a) O preenchimento do modelo 22
b) Qual é a data da entrega deste modelo nas finanças?
5 - REGIME DE ESCRITURAÇÃO
X Co ntabilidade Organizada Simplificado de Escrituração
10 - CÁLCULO DE IMPOSTO
Impo sto à taxa no rmal Campo 269 o u 290 do quadro 9 x 32% 300
Impo sto à taxa Reduzida Campo 269 o u 290 do quadro 9 x___% 301
C O LE C T A ( 3 0 0 + 3 0 1) 302 0,00
Dupla tributação eco nó mica 303
Dupla tributação internacio nal 304
B enefício s fiscais 305
P agamento especial po r co nta 306
307
T O T A L D A S D E D UÇÕ E S ( 3 0 3 + 3 0 4 + ... + 3 0 7 ) 308 0,00
IR P C LIQ UID A D O ( 3 0 2 - 3 0 8 ) ≥ 0 S E ( 3 0 2 - 3 0 8 ) < 0 ins c re v a "0 " ( ze ro ) 309 0,00
Retençõ es na Fo nte 310
P agamento s po r co nta 311
312
IR P C A P A G A R S e ( 3 0 9 - 3 10 - 3 11 - 3 12 ) > 0 313
IR P C A R E C UP E R A R S e ( 3 0 9 - 3 10 - 3 11 - 3 12 ) < 0 314
IRP C de exercício s anterio res 315
Juro s Co mpensató rio s 316
Juro s de M o ra 317
318
T O T A L A P A G A R [ ( 3 13 o u 3 14 ) + 3 15 + 3 16 + 3 17 + 3 18 ] > 0 319
T O T A L A R E C UP E R A R ( - 3 14 + 3 15 + 3 16 + 3 17 + 3 18 ) < 0 320
11 - OBSERVAÇÕES 13 - USO EXCLUSIVO DOS SERVIÇOS
2b) Resposta: O modelo 22 deve ser submetido nas Finanças entre 1 de Janeiro a 31 de Maio
do ano seguinte se adoptar o ano cívil.
EXERCÍCIOS
2. A ABC S.A tem como resultado do exercício 100.000,00 Mts sendo que nas despesas
do período contabilizou-se a amortização da viatura ligeira em 200.000,00 Mts a
razão da taxa de amortização de 20% e sabe-se que no ano anterior teve prejuízo de
20.000,00 Mts.
a) Qual é o valor de aquisição da viatura?
b) Qual é o valor do lucro tributável e da matéria colectável?
c) Calcule o IRPC a pagar.
d) Se no lugar de prejuízo do ano anterior a matéria colectável fosse um valor
positivo de 50.000,00 Mts dando lugar ao pagamento por conta qual seria o valor
do IRPC do ano em curso.
3. A empresa XYZ LDA. com sede em Maputo na Av. Josina Machel n° 508, Nuit
400300200 estando no regime geral de IRPC apresentou em 31/12/2017 o seguinte
balancete rectificado:
Movimentos Acumulados Saldos
Descrição
Débito Crédito Devedor Credor
11 Caixa 1.589.000,00 1.415.500,00 173.500,00
12 Bancos 2.425.300,00 1.725.270,00 700.030,00
22 Mercadorias 1.986.750,00 1.420.750,00 566.000,00
32 Activos Tangíveis 342.500,00 342.500,00
33 Activos Intangíveis 100.000,00 100.000,00
38 Amortizações 73.000,00 73.000,00
41 Clientes 2.283.750,00 2.175.000,00 108.750,00
42 Fornecedores 2.199.460,00 2.779.500,00 580.040,00
44 Estado 18.870,00 18.870,00
46 Outros Credores 22.375,00 485.000,00 462.625,00
49 Acréscimos e diferimentos 31.500,00 31.500,00
51 Capital 660.000,00 660.000,00
61 Custo dos inventários 1.000.000,00 1.000.000,00
62 Gastos com o pessoal 200.000,00 200.000,00
622 Remuneração dos Trabalhadores 175.000,00 175.000,00
623 Encargos sobre remunerações 12.250,00 12.250,00
625 Ajudas de custo 12.750,00 12.750,00
63. Fornec. e Serv. de Terceiros 241.250,00 241.250,00
63211 Água 10.000,00 10.000,00
Informações Adicionais
Os ganhos com investimento de capital foram objecto de tributação em sede de IRPS
como rendimentos da terceira categoria
Os donativos patentes no balancete não foram canalizados ao Estado nem às suas
autarquias
Nas despesas referentes aos outros serviços 15% apresentam comprovativos sem
NUIT do fornecedor
As ajudas de custos foram objecto de tributação em sede de IRPS.
A empresa foi constituida em 2016 e teve prejuízo de 150.000,00 Mts
Pede-se:
a) O apuramento ou demonstração do resultado contabilístico
b) O preenchimento do modelo 22.