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OS DESAFIOS DA ADOÇÃO TARDIA E SOLO

Clodoaldo Monteiro Uchôa*


Antônio Rogério Paulo de Sousa**

RESUMO
O presente artigo tem como objetivo apresentar os desafios da adoção tardia e solo a partir da experiência vivida
pelo autor. Iniciarei com uma breve descrição conceitual do processo de adoção no Brasil e logo após relatarei
como se deu o processo de adoção em uma cidade do litoral leste do Ceará, no município de Cascavel. Um
processo de adoção não se faz sozinho, pois estamos falando de uma nova família, o bem mais importante de
qualquer ser humano, principalmente para uma criança. Dentre as principais dificuldades relatadas durante esse
processo, ressaltam-se o comportamento, dificuldades com regras e autoridade, a adaptação familiar, na escola e
seu modo de vida. Concluo esse relato expressando minha gratidão a todos que me apoiaram: família, amigos,
órgãos judiciais, ONG Acalanto e os profissionais do abrigo institucional, mas principalmente a meu filho, que
me permitiu ser seu pai. Precisamos ainda quebrar os preconceitos, as barreiras sanguíneas, partir da
convivência, do vínculo e do amor para se constituir uma família.

Palavras-chave: Adoção tardia. Desafios. Família. Pai solo. Vínculo.

THE CHALLENGES OF LATE AND SOIL ADOPTION

ABSTRACT

This article aims to present the challenges of late and solo adoption based on the experience lived by the author.
I will start with a brief conceptual description of the adoption process in Brazil and shortly after I will report
how the adoption process took place in a city on the east coast of Ceará, in the municipality of Cascavel. An
adoption process is not done alone, as we are talking about a new family, the most important asset of any human
being, especially for a child. Among the main difficulties reported during this process, behavior, difficulties with
rules and authority, family adaptation at school and their way of life stand out. I conclude this report by
expressing my gratitude to everyone who supported me: family, friends, judicial bodies, NGO Acalanto and the
professionals of the institutional shelter, but mainly to my son, who allowed me to be his father. We still need to
break down prejudices, blood barriers and start living together, bonding and loving in order to form a family.

Keywords: Late adoption. Challenges. Family. Solo father. Bond.

* Pedagogo. Especialista em Geografia-Educação Ambiental. Graduando em Geografia. Atuou como


Coordenador de Meio Ambiente do Município de Cascavel e Superintendente do Consórcio Intermunicipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. E-mail: clodoaldocascavel@gmail.com

** Psicólogo. Psicoterapeuta. Especializando em Saúde Mental. Atuou como Psicólogo Social em Acolhimento
Institucional. Membro da Coordenação Científica do Programa Cirandas (UFC). E-mail:
rogeriopaulopsi@gmail.com
INTRODUÇÃO

No Brasil, é grande o número de crianças e adolescentes que estão em situação de


acolhimento institucional. Muitas delas permanecem aguardando resoluções na justiça para a
reinserção no seio familiar de origem, enquanto outras fazem parte do Cadastro Nacional de
Adoção (CNA). Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o tempo de
acolhimento de uma criança em instituição deve ser excepcional e transitório, priorizando o
convívio familiar (Lei n. 8.069, 1990).

A referida lei sofreu alteração a partir da nova lei da adoção ( lei 13509/2017) que
dispõe sobre adoção e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que estabeleceu o prazo
máximo de permanência da criança e do adolescente em acolhimento institucional não se
prolongará por mais de 1anos e meio, ou seja, dezoito meses e que prazo final para se
concluir um processo de adoção deverá ser 120 (cento e vinte) dias, porém essa não é ainda a
realidade vivenciada no Brasil.

Na maioria dos casos, em consequência da demora na tentativa de reinserção


familiar, o processo de destituição do poder familiar da família de origem se torna cada vez
mais distante, com isso a criança quando está disponível para adoção já está com idade
avançada. Diante do exposto, a lista de espera para adoção são de crianças maiores de dois
anos, configurando as chamadas "adoções tardias" (VARGAS, 1998/2013).

De acordo com Camargo (2005) a adoção tardia é quando ocorre com crianças com
idade superior a dois anos. Após os três anos de idade, a adoção torna-se mais difícil, onde
grande parte das crianças mais velhas é adotada por estrangeiros ou permanecem em
instituições até completar maior idade.

Dessa forma, o presente texto propõe apresentar uma experiência exitosa no desafio
de adotar tardiamente e solo uma criança do sexo masculino, com nove anos de idade no ano
de 2018. Relatarei como se deu esse processo e das pessoas e instituições que fizeram parte
dele, o que culminou na constituição de minha família nada tradicional.

Destacarei também os desafios enfrentados desde a decisão por adotar uma criança
até o momento de nossa convivência atual, em meio uma sociedade que tem um modelo
ideal de família implantado.
O CAMINHO PERCORRIDO NA ADOÇÃO

O início da minha trajetória na adoção oficialmente se iniciou no Fórum da Comarca


do Município de Cascavel/CE, fui o primeiro da fila a partir do protocolo dado no dia 17 de
maio de 2017, semana que o Município estava aderindo o Cadastro Nacional de Adoção
(CNA). Meu nome é Clodoaldo Monteiro Uchôa, Pedagogo, Geógrafo, Educador
Ambiental, 43 anos, solteiro, residente no Distrito de Jacarecoara no Município de Cascavel,
Litoral Leste do Estado do Ceará.

Porém meu processo de Adoção iniciou-se bem antes, foi bastante influenciado pela
experiência que vivi durante os quatro anos que atuei como Presidente do Conselho de
Direito da Criança e do Adolescente de Cascavel. Minha vontade de adotar vem desde
quando era um jovem estudante do Ensino Fundamental, que se fortaleceu a partir do
conhecimento e aprofundamento do tema, da legislação, bem como do discernimento sobre
os mitos e verdades sobre adoção de crianças e adolescentes.

Ao longo dos anos o desejo e a vontade de se tornar pai e poder constituir uma família
foi se consolidando. Assim, sem nenhum tipo de receio por ser solteiro, por decisão própria
fui realizando um planejamento de vida e tomei a decisão de solicitar junto ao Fórum de
Cascavel no dia 17 de maio de 2017 o pedido de habilitação para adoção e após todas as
etapas vencidas o pedido de Adoção na 3ª Vara da Infância e Adolescência em Fortaleza/CE.
Momento de intensa ansiedade e espera diante da burocracia que se passa na Justiça
brasileira, entendo e apoio a rigidez do processo de adoção, diante de tantos exemplos de
abusos e maus-tratos a criança e adolescente no país, decidi também me preparar ao
psicologicamente, iniciei um processo terapêutico que me auxiliou bastante e foi de grande
aprendizado e autoconhecimento.

Nas conversas com minha Psicóloga ela me perguntava se realmente eu estava


preparado para as grandes mudanças que iriam acontecer na minha vida, já que eu tinha um
histórico de vida de muitos estudos, trabalho, viagens a trabalho e de gostar bastante de lazer.
Ela sempre reforçava a importância dessa decisão, que eu não poderia retroceder, pois falava-
se de uma vida, de um filho. Nada foi capaz de me fazer desistir do meu sonho e de constituir
minha família, estava disposto a passar por todo o processo burocrático e me vincular a uma
criança, mesmo que ela já tivesse uma história de vida anteriormente, não me importei do
fato de não ser um bebê.
O PROCESSO PSICOSSOCIAL E JURÍDICO DA ADOÇÃO

Após o protocolo realizado em março de 2017, passou-se todo o restante do ano e


nenhuma informação da Vara da Infância de Cascavel, porém com a contribuição do
Ministério Público em tentar agilizar o processo, em fevereiro de 2018 recebi a citação do
Fórum que em março do mesmo ano seria meu curso no Município de Russas(CE). Realizei o
curso e protocolei no Fórum de Cascavel o certificado. No dia 06 de junho de 2018 fui
chamado novamente para a audiência sendo o primeiro da fila em Cascavel, precisei ali
definir o perfil e no mesmo momento apareceu o nome daquele que se tornaria o meu filho,
idade e local que estava acolhido, e foi perguntado se eu queria conhecer a criança, no mesmo
ato falei que sim.

Com ajuda da Organização Não Governamental (ONG) Acalanto, através do setor


jurídico foi realizada a visita a 3ª Vara da Infância no Fórum Clóvis Beviláqua em Fortaleza,
sendo já marcada a visita ao Acolhimento Institucional para o dia 27 de julho de 2018. Visita
realizada com muita emoção, ansiedade e apreensão, porque estaria nascendo ali meu filho já
grande, com 8 anos e 11 meses, há três dias do seu aniversário de 9 anos que aconteceria no
dia 30 de julho.

Conhecer o João Pedro não foi fácil, ele teve um comportamento esperado para o
momento, ficou curioso e acredito que muito ansioso também, no entanto um pouco retraído.
Momento em que percebi o quanto necessitaria do apoio nesta construção de vínculo. Diante
disso percebo a importância de toda equipe do Abrigo e da participação de todos os
profissionais envolvidos no processo. Tivemos muito diálogo e daquele dia já sai com o
cronograma de visita já acertado para segunda, quarta e sexta-feira pela manhã.

Os desafios da adoção tardia e solo vai muito mais do que ter sair de casa seis horas
da manhã, pegar ônibus, às vezes ir de carro fretado, voltar às pressas para poder trabalhar em
Cascavel e ainda voltar novamente a Fortaleza a noite para estudar na Universidade.
Necessitei me vincular a uma criança que já tinha seus medos e traumas, tinha uma história já
vivenciada, porém contei com ajuda da equipe de psicologia do abrigo que foi fundamental
nesse processo, as conversas e orientações do psicólogo da instituição me ajudaram bastante.

Tive a oportunidade de participar e colaborar com a construção da história atual do


meu filho, ele estava participando de um projeto de extensão chamado “Fazendo Minha
História”, vinculado ao Laboratório de Relações Interpessoais (L’ABRI) da Universidade
Federal do Ceará. O Projeto acompanhava, sistematicamente, a construção, pelas crianças, de
um álbum com a sua história de vida, possibilitando o resgate, a preservação e a projeção
dessa história, viabilizando um trabalho de desenvolvimento e rematrização de vínculos. Os
encontros eram facilitados por monitor capacitado e supervisionado. Foi muito significativo
participar desse momento com meu filho, pois assim já o considerava.

A equipe psicossocial e pedagógica da instituição não mediu esforços para que eu


pudesse ter o máximo de tempo possível com meu filho, para que os vínculos pudessem ser
fortalecidos. Visitei a escola dele, ele participou de um evento em que fui homenageado,
participei de eventos no abrigo, enfim, meu filho pulou várias etapas. Não quis fazer passeios
em Fortaleza, ficou indo passar os finais de semana e feriados em Cascavel e retornava na
segunda-feira. Ele me conheceu como padrinho, depois ele passou para tio e só depois como
pai, mas foi muito acolhido pela minha família, amigos e amigas. O fato de residir em um
sítio próximo a praia foi muito importante para mostrar a tranquilidade e as possibilidades de
lazer e muitas brincadeiras nesse contexto novo para ele.

Quando chegou em novembro estávamos cansados e o vínculo já muito fortalecido,


meu filho já criando diversas indisciplinas no abrigo e na escola, a equipe psicossocial
resolveu solicitar à Justiça a guarda definitiva, que foi concedida. Da convivência das férias
escolares de dezembro até hoje meu filho continua comigo. Realizei logo sua matrícula na
nova escola, e todos os procedimentos necessários foram realizados até o dia 30 de novembro
de 2018, último dia dele no abrigo. Em 2019 ocorreu a audiência final com muito sucesso e
todo o processo foi julgado favorável com a Certidão de Nascimento nova e com o novo
sobrenome.

A REALIDADE DA ADOÇÃO TARDIA E SOLO

Os primeiros dias do meu filho em sua nova casa não foi fácil, ele não conseguia
assistir um filme, sempre repetia as mesmas cenas, um comportamento muito ativo, dormia
muito tarde e acordava muito cedo. Me fez várias perguntas, principalmente sobre família,
porque eu morava em outra casa e meus pais em outra se era uma família?. Foi um desafio
confiar, demonstrava não acreditar em nada, encontrei na honestidade e na verdade a única
alternativa para trabalhar sua confiança em mim, até hoje ele ainda têm dificuldades em
acreditar e sempre questiona, necessita de uma prova sobre o assunto falado.
Na questão de alimentação meu filho escondia tudo debaixo dos armários, dentro de
gavetas e não tinha controle em nada do que ele fosse se alimentar. Diante disso, foi
trabalhado o cardápio escrito por ele em forma de cartaz fixado na parede da cozinha e não
tive muitas dificuldades no ato das refeições. Fui ensinando, pedindo participação dele,
fazendo bolo de chocolate, vitaminas e outras comidas preferidas dele. Hoje ele já faz o
próprio lanche, faz sanduíche, tapioca, vitamina, sucos de goiaba e laranja. Mas possui um
desejo muito intenso ainda por doces, sorvetes e salgados, sendo prioridades de todas as
crianças.

Iniciou seus estudos no Centro Educacional Municipal, escola da Rede Pública


Municipal de Cascavel, escola que conhecia toda a equipe de profissionais, que contribuiu
muito para esse primeiro momento. Foi um ano de muitos desafios, todos os dias acordava às
cinco e meia da manhã para pegar o transporte e entrava na escola sete horas, sempre fui
deixar e buscar as onze horas, ele teve uma ótima adaptação. Aconteceram alguns registros de
reclamações, sendo todos aceitáveis e dando oportunidades de correção. Teve um
comportamento bem peculiar, brigando e jogando os materiais escolar , porém logo percebi
que era o mês da audiência final do processo de adoção, ele mesmo comentou que fez tudo
isso para a juíza agilizar o processo dele e a mudança do nome, quando saiu da sala da Juíza
com o novo sobrenome não falou mais no sobrenome antigo.

No ano de 2020 ele mesmo decidiu e pediu, e já era de meu interesse, para estudar
no Colégio Cascavelense - CC uma escola privada de grande porte na Cidade de Cascavel,
tendo uma excelente adaptação. Muito empolgado com a rotina não tem nenhuma dificuldade
de acordar no horário, nunca deixou de ir para escola, infelizmente chegou a pandemia e teve
que interromper as aulas e passou o restante do ano estudando on-line com lives e vídeos.
Conseguiu aprovação escolar e em 2021 continua na mesma escola.

No tocante a saúde mental e convivência possui muitas oscilações, meu filho tem
muita ansiedade para qualquer tipo de ocasião, já deixo para falar de última hora na maioria
das vezes. Se irrita com bastante facilidade, tendo dificuldades com frustrações, porém
melhorou bastante, antes tinha muita birra,chorava, gritava, batia as pernas e braços quando
não queria fazer algo, não presenciei mais esses comportamentos. Trabalhei muito os
conceitos, sentimentos, palavras de motivação e otimismo. Ainda no acolhimento
institucional começou acompanhamento psicológico individual, continuou depois da adoção,
mas no momento não está indo devido a pandemia e questões outras. Porém vez por outra
converso com o psicólogo que o acompanhou, e ainda acompanha mesmo de forma indireta,
o processo de adoção dele.

Temos sempre os momentos de conversa, mas tem dias que ele não quer conversar,
principalmente quando faz algo de errado. Gosta muito dos banho de piscina, praia, rio, das
galinhas, ovelhas, gatos e vacas, que ele tem uma paixão sem explicação. Foram os animais
que me possibilitaram trabalhar a responsabilidade, o cuidado, o carinho e a empatia, tem
funcionado bastante e percebo meu filho muito mais feliz e aliviado.

Devido às grandes mudanças devido a pandemia de COVID-19 atualmente moramos


com minha mãe e ele está muito contente com essa decisão, ele tem uma relação muito
harmoniosa com a avó. Infelizmente teve o falecimento do avô no início da pandemia e ele
sentiu muito e até hoje desenha a família e colocando o avô no céu, foi muita luta para
explicar mais mudanças nas nossas vidas.

As grandes dificuldades e desafios do meu filho se destacam na obediência, no


cumprimento de regras, na mudança de humor fácil, percebido em suas expressões faciais,
sempre quer resolver as coisas sozinho, sem querer ouvir ninguém, pergunta de forma
constante quem manda, isso não somente em casa, mas é percebido por depoimentos de
outras pessoas que convivem com ele. Porém nossa relação tem conseguido vencer os
diversos desafios, sejam nas questões cognitivas, pedagógicas ou emocionais. A minha
formação de professor, o vínculo e o amor tem facilitado o desenvolvimento da nossa
família.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Escrever esse trabalho me permitiu ver os resultados alcançados até aqui com o meu
filho, mas me fez refletir também o quanto é importante prestar a atenção em cada etapa do
processo da adoção e da história de vida das crianças e adolescentes, principalmente quando
se tratar de uma adoção tardia, porque essa criança chegará a sua nova família com uma
experiência de vida. Uma história perpassada muitas vezes pelo medo, abusos, traumas,
vários hábitos e costumes. Contudo, tenho percebido nessa minha experiência solo que é
possível traçar uma nova história de afeto, carinho e amor a partir da atenção, da honestidade,
da compreensão e também da desconstrução dos mitos, dos medos, dos preconceitos. Temos
a cada dia nos tornado pai e filho, grandes amigos, parceiros para viver uma nova história.
Um aspecto importante que quero mencionar em relação aos desafios da adoção tardia
é como encarei o meu processo, como respeitei o tempo e lidei com suas consequências. A
paciência foi de extrema importância. Necessitei entender o tempo do meu filho, busquei
ajuda em livros, artigos, palestras e com outros pais adotivos. Quando decidi adotar uma
criança de nove anos de idade, sozinho, precisei encarar que ele tinha traumas das
negligências sofridas na família biológica, tinha uma irmã mais nova adotada no mesmo
abrigo. Porém depois de um tempo percebo também um garoto feliz, com seu próprio quarto,
desenvolvendo sua nova identidade, seu caráter, sua personalidade, tendo acesso a plano de
saúde, educação de qualidade, morando em um sítio pertinho da praia, tendo uma família.

Concluo esse relato com um sentimento de gratidão a todo apoio recebido dos meus
amigos, família, órgãos judiciais e da ONG Acalanto, com toda estrutura de profissionais e
detentora de informações verdadeiras e realistas diante do processo de adoção. Gratidão aos
profissionais do abrigo institucional, uma equipe fundamental no processo de vinculação.
Ressalto que o processo de adoção não se faz sozinho, pois estamos falando de uma nova
família, o bem mais muito importante de qualquer ser humano, uma família que contribua
para ela se torne um adulto saudável, com um futuro de muita dignidade.

Precisamos ainda no Brasil quebrar os preconceitos, as barreiras sanguíneas e partir


da convivência, do vínculo e do amor para se constituir uma família.

REFERÊNCIAS

CAMARGO, Mário Lázaro. Adoção tardia: representações sociais de famílias adotivas e


postulantes à adoção (mitos, medos e expectativas). Dissertação (Mestrado em Psicologia) –
Faculdade de Ciências e Letras de Assis. Universidade Estadual Paulista. Assis, 2005.

CAMARGO, Mário Lázaro. A adoção tardia no Brasil: desafios e perspectivas para o


cuidado com crianças e adolescentes.. In: SIMPOSIO INTERNACIONAL DO
ADOLESCENTE, 2., 2005, São Paulo.

Lei nº 12.010, de 3 de agosto de 2009. (2009, 3 ago.). Dispõe sobre adoção; altera as Leis nos
8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. Acessado em 26 de
fevereiro de 2021.

Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. (1990, 13 jul.). Dispõe o Estatuto da Criança e do


Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF: Casa Civil, Subchefia para assuntos
jurídicos. Acessado em 26 de fevereiro de 2021.

Vargas, M. M. (2013). Adoção tardia: Da família sonhada à família possível (2. ed.). São
Paulo, SP: Casa do Psicólogo. (Original publicado em 1998)

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