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FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO ESCOLA DA CIDADE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU


ARQUITETURA, EDUCAÇÃO E SOCIEDADE

Julia Gollino

OBJETO:
A implementação de metodologias ativas em cursos profissionalizantes na área de Arquitetura.

OBJETIVO GERAL:
Demonstrar as fragilidades da implementação de metodologias ativas em cursos, embora de
caráter profissionalizante, de Arquitetura e Design de Interiores no Brasil.

OBJETIVO ESPECÍFICO:

o Expor o conceito de metodologia ativa segundo os principais estudiosos da área da Educação;

o Apontar o crescimento do número de cursos de caráter profissionalizante na área de Arquitetura


e Design de Interiores no Brasil, problematizando as justificativas desse “fenômeno”;

o Demonstrar as fragilidades e potencialidades de um ensino técnico na área de Arquitetura;

o Apresentar o modo como a metodologia ativa é implementada em cursos de caráter


profissionalizante na área de Arquitetura e Design de Interiores no Brasil, por meio de análises de
matrizes curriculares e propostas pedagógicas;

o Questionar a relativização (ou a ausência) de disciplinas teóricas como Estética, História da Arte
e História da Arquitetura em cursos de caráter profissionalizante na área de Arquitetura e Design
de Interiores no Brasil, por meio de análises de matrizes curriculares e propostas pedagógicas;

o Ressaltar a importância de disciplinas teóricas como Estética, História da Arte e História da


Arquitetura em cursos de caráter profissionalizante na área de Arquitetura e Design de Interiores
no Brasil, para a necessária construção de um juízo do gosto;

o Relacionar o movimento crescente de implementação de metodologias ativas à relativização (ou


a ausência) de disciplinas teóricas como Estética, História da Arte e História da Arquitetura em
cursos de caráter profissionalizante na área de Arquitetura e Design de Interiores no Brasil;

o Problematizar as consequências de um ensino, ainda que de caráter profissionalizante,


inteiramente (desde o início) voltado ao mercado.
PROBLEMA/QUESTÃO: A necessária revisão do ensino de Arquitetura levando em conta o
caráter subjetivo que particulariza a área.

o Todo curso admite um ensino profissionalizante? O curso de arquitetura admite?


o Há vantagens e desvantagens da metodologia ativa?
o Privilegiar a prática (com intenção puramente mercadológica) não torna a atuação do arquiteto
e/ou do designer de interiores operacional e acaba por relativizar seu âmbito estético/subjetivo?
o Por outro lado, cursos devem formar profissionais para o mercado de trabalho
(desconsiderando a qualidade do profissional?)
o Podemos dizer que Educação Estética é a chave para manter o caráter subjetivo (precioso) da
Arquitetura?
o Podemos dizer que a Estética, enquanto disciplina, também admite metodologia ativa?

JUSTIFICATIVA:
A discussão se faz atual, pois se coloca em um contexto controverso de implementação de cursos
de Arquitetura e Design de Interiores no formato EAD. De um ponto de vista prático, a temática
também se mostra pertinente, pois permite a revisão de propostas pedagógicas já consolidadas.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO:

• BENÉVOLO, Leonardo. "O Contributo da história para o ensino do arquiteto". In A cidade e


o arquiteto. São Paulo, Martins Fontes, p. 123-137.

• CARARO, J. F. J.; BEHRENS, M. A. Metodologia ativa de aprendizagem fundamentada no


pensamento complexo: uma vivência no curso de Arquitetura e Urbanismo. In: Projetar –
Arquitetura e cidade: Privilégios, conflitos e possibilidades, 9, 2019, Curitiba.

• DIESEL, Aline; BALDEZ, Alda Leila Santos; MARTINS, Silvana Neumann. Os princípios das
metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista Thema, Pelotas, v. 14, n. 1,
p. 268-288, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.15536

• FERREIRA, Robinava; MOROSINI, Marília. Metodologias ativas: as evidências da formação


continuada de docentes no ensino superior. Revista Docência do Ensino Superior, Belo
Horizonte, v. 9, p. 1-19, 2019. DOI: https://doi.org/10.35699/2237-5864.2019.2543.

• FREIRE, Paulo. “Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Pratica Educativa”. São


Paulo, Paz Terra, 2015.

• FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 71. ed. RJ/São Paulo: Paz e Terra, 2019. GARCIA, A. C.;
DORSA, A. C.; OLIVEIRA, E. M.; CASTILHO, M. A. Educação profissional no Brasil: Origem e
trajetória. Vozes dos Vales, Minas Gerais, ano VII, n.13, 2018. Disponível em:
http://site.ufvjm.edu.br/revistamultidisciplinar/files/2018/05/Edilene1502.pdf. Acesso em:
03 fev. 2022.
• HOFFMANN, A. T.; JACQUES, J. J.; SILVA, T. L. K.; SILVA, R. P. Revisão sistemática da literatura:
metodologias ativas de ensino-aprendizagem e sua utilização nos cursos de design,
engenharia e arquitetura. Design em pesquisa, v.3, cap. 2, Porto Alegre, 2020. Disponível
em:www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/212659/001116679.pdf?. Acesso em: 05
fev. 2022.

• HOOKS, Bell. “Ensinando a Transgredir. A educação como prática libertadora”. São Paulo,
WMF Martins Fontes, 2017.

• LAPONTE, Luciana Gruppelli. Tudo isso que chamamos de formação estética: ressonâncias
para a docência. In: Revista Brasileira de Educação, v. 22, n. 69, abr/jun, 2017.

• PAIVA, M. R. F.; PARENTE, J. R. F.; BRANDÃO, I. R.; QUEIROZ, A. H. B. Metodologias ativas de


ensino-aprendizagem: Revisão integrativa. Samare, Sobral, v.15, n.02, p.145-153, 2016.
Disponível em: https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1049. Acesso em: 05
fev. 2022.

• PERISSÉ, Gabriel. Estética e Educação. – Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.

• RANCIERE, Jaques. “O Mestre Ignorante: Cinco lições sobre a Emancipação Intelectual. São
Paulo, Autentica, 2007.

• ROCHA-PEIXOTO, Gustavo. A Estratégia da Aranha. Rio de janeiro. Editora Rio Books, 2013.

• SCHON, Donald A. “Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a


aprendizagem”. Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 2000.

• SYKES, A. Krista (org). O campo ampliado da arquitetura: antologia teórica (1993-2009). São
Paulo: Cosac Naify, 2013. TSCHUMI, Bernard. Cheng, Irene. The State of rchitecture at the
Beginning of the 21st Century. New York, the Monacelli Press, 2003.

• VALENTE, José Armando; ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; GERALDINI, Alexandra
Fogli Serpa. Metodologias ativas: das concepções às práticas em distintos níveis de ensino.
Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 17, n. 52, p. 455-478, 2017. DOI:
http://dx.doi.org/10.7213/1981-416X.17.052.DS07

• VIEIRA, T. S. O uso de metodologias ativas na pós-graduação lato sensu como uma tendência
em educação. Revista de Ensino em Artes, Moda e Design, v.4, n.1, 2020. Disponível em:
http://portal.amelica.org/ameli/jatsRepo/255/2552489014/index.html. Acesso em: 02 fev.
2022.
MATERIAIS E PROCEDIMENTOS:

• Livros
• Artigos
• Propostas pedagógicas disponíveis para consulta online - interpretação
• Matrizes curriculares disponíveis para consulta online - interpretação

METODOLOGIA/ SUMÁRIO:

1. INTRODUÇÃO

2. DESENVOLVIMENTO
1. O Conceito de Metodologia Ativa Comentado [JSG1]: Segundo quais autores?

2. Cursos Profissionalizantes na Área de Arquitetura e Design de Interiores no Brasil apenas estudiosos da área da educação?
Comentado [JSG2]: Índices que apontam um
2.1 As fragilidades e potencialidades de Cursos Profissionalizantes na Área de crescimento?
Arquitetura e Design de Interiores no Brasil
O que está se falando sobre isso?

2.2 A implementação de metodologias ativas em cursos profissionalizantes na área de Comentado [JSG3]: Índices que apontam um
crescimento?
Arquitetura e Design de Interiores no Brasil
O que está se falando sobre isso?
2.2.1 Análise de matrizes curriculares e propostas pedagógicas

3. Estética enquanto disciplina Comentado [JSG4]: Importância da estética enquanto


disciplina.
4. Problemáticas em torno de um ensino inteiramente voltado ao mercado
Consequências de como vem sendo relativizada.

Relacionar a implementação de metodologia ativa à ausência


3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ou relativização das disciplinas de estética.

4. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
DÚVIDAS | ORIENTAÇÃO . 09/03/23 Comentado [JSG5]: A metodologia ativa prioriza a pratica
no curso de arquitetura e, consequentemente, fortalece a
• Seria melhor manter um recorte menor e, portanto, abrir mão do ensino relativização que já existe (de acordo com uma análise de
matrizes curriculares) em relação às disciplinas de caráter
profissionalizante? teórico no curso – esse quadro corrobora com o fomento de
cursos de arquitetura EAD, que em 2019 foram proibidos
pelo CAU, mas que ainda suscitam discussões –
• Há um curso de arquitetura que, de fato, tenha a metodologia ativa implementada e a principalmente após a pandemia (momento no qual foram
exponha enquanto estratégia interessante de abordagem, em suas matrizes irrefutáveis as alterações no formato de ensino). Nota-se que,
curriculares ou propostas pedagógicas? apesar de exaustivamente tratado, o assunto não está
esgotado, pois nenhuma determinação oficial foi anunciada
em relação à regulamentação do ensino à distância, deixando
• É certo afirmar que a implementação de metodologias ativas se volta apenas para espaço para especulações e contestações.
conteúdo/ disciplinas práticas (como projeto)?

• Há metodologia ativa no ensino profissionalizante?

• Há metodologia ativa no ensino à distância (EAD)?

• É preciso admitir as potencialidades das metodologias ativas para apontar suas


fragilidades?

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