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Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
1 INTRODUÇÃO
1
E-mail: claudineialanga@gmail.com
Quando a referida análise volta-se para a área de Letras e Literatura,
direcionando o foco para os objetivos finais da formação de habilidades analíticas,
reflexivas e comunicativas, entende-se que é preciso dispor de um ensino que forme
cidadãos críticos, capazes de gozar do direito de expressão, seja de forma oral, escrita
ou corporal, sendo imprescindível, por questões práticas e históricas, evidenciar o
ensino da escrita (SILVA, 2015).
Colocada a escrita como objeto de interesse, abre-se espaço para a reflexão
acerca de como a escola vem desenvolvendo este domínio e como pode ser melhor
significado aos discentes, considerando que integra o domínio da leitura e análise
crítica do discurso.
Deste modo, determinando, entre outras práticas, a produção textual como
contribuinte para a formação do domínio da produção textual e capacidade
argumentativa, é suscitada a indagação: Qual é a importância efetiva do domínio da
produção textual e como pode ser melhor desenvolvida nas salas de aula?
Espera-se, com o desenvolvimento do estudo, a obtenção de um maior
entendimento acerca do processo de ensino de Letras e Literatura a partir das
produções textuais, sendo possível destacar os benefícios da prática e compreender os
aspectos carentes de atenção docente.
A pesquisa traz de forma sucinta como o ensino da referida área, através da
escrita, tem sido realizado no Ensino Fundamental. Também traz quais os seus pontos
positivos, assim como suas dificuldades práticas, demonstrando para quem se
interessar a ler o que se tem feito, quais as dificuldades encontradas, bem como as
possibilidades ao ensinar a partir desta ferramenta pedagógica.
Para o desenvolvimento da investigação, foi realizada uma análise bibliográfica
com foco qualitativo, delimitada temporalmente nos trabalhos publicados na última
década, relacionados ao ensino de Letras e Literatura a partir da produção textual de
diferentes tipos de textos.
O trabalho foi estruturado a fim de possibilitar uma sequência lógica de
referencial teórico e respectiva discussão, com uma contextualização inicial do emprego
de produções textuais no ensino da disciplina de Língua Portuguesa do Ensino
Fundamental II, seguida pelo destaque dos pontos de interesse e dificuldades na
execução desse tipo de atividade, concluindo com o trato das possibilidades de trabalho
das produções textuais a partir da ótica de um ensino motivador.
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Colocada a produção textual como foco da investigação, cabe destacar que sua
discussão relaciona a leitura, pois Teluski (2013, p.11) suscita que “A leitura e a escrita
consistem em atividades bastante intrínsecas, pelo fato de serem práticas
complementares”.
Assim, tratar dos pontos de interesse e dificuldades em trabalhar a produção
textual em sala de aula, também é observar questões relacionadas à adesão da leitura.
Segundo Silva (2015) e Teluski (2013), tratar isso é algo imprescindível para que ocorra
o desenvolvimento e ampliação da consciência do indivíduo, podendo, como positiva
consequência, mudar a realidade ao qual está inserido.
Deste desenvolvimento, a escola também contribui para a emancipação
intelectual e social do aluno, a partir do desenvolvimento de situações que despertem
no estudante as habilidades práticas de estudante leitor e produtor de texto
(FRANCISCO, COSTA e GOMES, 2017).
Com a análise dos referidos pontos de interesse, cabe ainda analisar as
diferentes dificuldades enfrentadas pelos docentes e estudantes quando propõe-se
desenvolver produções textuais como ferramenta didática nas aulas de Língua
Portuguesa.
Atentando-se à carga horária das aulas em questão, Calkins (1989, p. 36)
destaca que:
A abordagem ao processo de escrita requer um ritmo e estrutura de sala de
aula radicalmente diferentes daqueles utilizados em nossas escolas. Se
desejamos que os estudantes se tornem profundamente investidos em sua
escrita, se desejamos que esbocem e revisem, compartilhando seus textos com
os outros, enquanto escrevem, estas crianças necessitam de tempo.
Francisco, Costa e Gomes (2017, p. 963) elencam a “[...] superlotação das salas,
escassez de recursos tecnológicos, falta de material de apoio e o baixo índice de
letramento dos alunos, por consequência, o desinteresse”.
Desse ponto, que limita o exercício da produção textual em sala de aula, Teluski
(2013) especifica a pouca habilidade para a leitura, que representa um processo que
principia a produção textual.
Jaschefsky (2019, p. 40), por sua vez, ao refletir os motivos que podem dificultar
o processo de leitura e escrita, que relacionam-se ao baixo letramento, como sintoma
ou causa, destaca que “[...] a maioria dos alunos acredita ser importante escrever, mas
considera as tarefas de escrita tediosas, principalmente devido ao propósito de
escrever nas atividades em livros didáticos ser de natureza irrealista ou não autêntica”.
Deste modo, observa-se além de questões relacionadas à carga horária e pontos
estruturais do letramento, há substancialmente um descompasso entre demandas
curriculares e metodologias que despertem o interesse.
Ademais, como reflexo de um processo de ensino unilateral, também há
destaque para o receio em debater e desenvolver ideias contrárias. Segundo Henrique
(2018, p. 277), “[...] precisamos salientar as ações referentes à promoção do exercício
da argumentação. Para tanto, consideramos dois dados: a apresentação da
possibilidade de o aluno contra-argumentar e a instauração do diálogo”.
De forma sucinta, analisando as principais dificuldades enfrentadas pelos alunos,
Jaschefsky (2019, 115) sintetiza os seguintes pontos:
a) não ter o que dizer devido à falta de atividade prévia sobre o tema;
b) não saber para quem, para quê e como dizer por não haver definição do
gênero do texto a ser produzido;
c) não cumprir as etapas de planejamento, revisão e reescrita do texto por
realizar a atividade apenas extraclasse, sem acompanhamento em cada uma
das etapas;
d) não dedicar o tempo e o esforço necessários para a escrita do texto;
e) não receber uma avaliação processual do texto.
3.2 PROPOSTAS METODOLÓGICAS E PONTOS NORTEADORES
Destes subsídios, Castro et al. (2020), expressa que a motivação deve ser um
dos principais pontos de partida, evidenciando que na prática, é interessante que seja
atribuído sentido aos conteúdos teóricos que tenham a escrita predominante,
direcionando a atenção à realidade de que ela perpassa toda a sociedade e represente
um marco histórico.
Além disso:
Ademais, considerando o amparo material, Silva (2015) evidencia que para que
os estudantes tenham acesso aos elementos lógicos da produção textual, a escola
deve possuir bons livros de leitura, possibilitando o desenvolvimento de reflexões e
senso crítico, conseguindo posteriormente desenvolver sua produção textual a partir da
seleção, organização e adequação de ideias.
4 DISCUSSÕES
Dos diferentes pontos explicitados, relacionando o trabalho das produções
textuais na sala de aula, bem como as metodologias empregadas durante esse
processo, ao considerar as diferentes mudanças ocorridas no decorrer da história da
educação, pode-se entender que há sempre uma relação direta com a demanda social
contemporânea a discussão.
Neste sentido, agrupando as funções destacadas por Henrique (2018), Silva
(2015) e Francisco, Costa e Gomes (2017), o objetivo central do desenvolvimento da
escrita deve direcionar-se ao domínio da expressão de ideias e argumentação.
Deste princípio norteador, cabe ressaltar ainda que apesar de ser presado um
aspecto mais social e intelectual, o desenvolvimento da criatividade e apreço pela
produção escrita, como uma arte, também deve ser trabalhado, uma vez que a
imposição didática e letramento academicista funcione como um dos limitantes desta
discussão, ao desmotivar os estudantes.
Como visto, Mendonça (2013) salienta que essa discussão é desenvolvida há
tempos, assim, pode-se entender que não será findada com a definição de
direcionamentos metodológicos e análise crítica dos pontos que dificultam tal prática de
ensino, por outro lado, tal entendimento proporciona um direcionamento mais assertivo
nas salas de aula do Ensino Fundamental.
Da análise das dificuldades, por tratar-se de um sistema que agrupa três
principais variáveis: aluno, professor e escola, expressas por Henrique (2018) e
Jaschefsky (2019), pode-se compreender que no fator docente, intimamente ligado à
metodologia a ser desenvolvida na sala de aula, a formação continuada representa algo
importante, isto é, faz-se necessária a busca por atualização de repertório teórico
acerca do ensino e suporte para a escrita, assim como incentivo à leitura, destacada
por Teluski (2013) e outros autores como um domínio indissociável do escritor.
Ao fator discente, além de precisar ser incentivado a ser um leitor ativo, através
de processos de motivação, mostra-se necessário o desenvolvimento de um perfil
crítico, sem medo de apresentar seus pensamentos, mesmo que divergentes dos
demais estudantes e docentes.
Em suma, ao fator escolar, cabe dar suporte aos atores do processo de ensino e
aprendizagem propondo horários e momentos focados para a prática em questão,
como eventos de escrita, bem como facilitar acesso a repertórios literários, sejam
virtuais ou físicos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS