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PARTE CINCO: ECONOMIA DE TRANSIÇÃO PARA UM SISTEMA INDUSTRIAL NO SÉCULO XX

XXX. A CRISE DA ECONOMIA CAFEEIRA

● Imigração era feita basicamente através do Estado de São Paulo (descentralização);

● Muito e fácil crédito;

● Grande crescimento na oferta de café brasileiro (75% da produção mundial);

● Contração artificial da oferta;

● Queda dos preços na última década do século XIX;

● Estoques se avolumaram;

● Convênio de Taubaté -> valorização artificial do café;

● -> Governo compraria excedentes;

● -> Financiamentos de empréstimos estrangeiros;

● -> Novo imposto;

● -> Desencorajamento de expansão das plantações existentes;

● Pressões de vários grupos, devido à socialização de perdas;

● Falta de alternativas ao café – aumento da produtividade (grande vantagem relativa);

● Crise Mundial derrubou de vez o valor do café (1929);

● Desequilíbrio estrutural entre oferta e procura;

● Pressão inflacionária;

● Crise = fim de reservas metálicas e fuga de capitais.

XXXI. OS MECANISMOS DE DEFESA E A CRISE DE 1929

● Socialização de perdas;

● Depreciação cambial;

● Retenção de estoque, expansão do crédito;

● Procura inelástica do café no mercado internacional;

● Programa de fomento da renda nacional e manutenção do emprego;

● Brasil superou a crise já em 1933 (EUA o fizeram apenas em 1934, parcialmente).

XXXII. DESLOCAMENTO DO CENTRO DINÂMICO

● Desequilíbrio externo -> elevação do preço de artigos importados;


● Diminuição das importações;

● Situação inédita: preponderância do setor ligado ao mercado interno no processo de

formação de capital;

● Migração de capital para outros setores;

● Indústria e agricultura superam rapidamente os efeitos da crise;

● Atividades ligadas ao mercado interno recebiam novos investimentos, aproveitamento mais

intenso da capacidade instalada;

● Compra de equipamentos de segunda mão de empresas quebradas pela crise no exterior;

● Crescimento da procura por bens de capital;

● Capacidade de importação não se recuperou nos anos 30;

● Crescimento de 50% na produção industrial entre 1929 e 1937;

● Substituição de importações;

● Produtores para o setor interno x exportadores.

XXXIII. O DESEQULÍBRIO EXTERNO E SUA PROPAGAÇÃO

● Barateamento de produtos de produção interna;

● Taxa cambial ganhou mais importância;

● Valorização cambial = problemas de competitividade do setor industrial.

● Pressão por rebaixamento da taxa cambial graças a sucessivos saldos positivos na balança

de pagamentos;

● Na Segunda Guerra, houve fixação da taxa cambial;

● Capacidade produtiva e exportações em crescimento;

● Redução de renda per capita de 10% entre 1937 e 1942;

● Dificuldades de transporte para importação e exportação;

● “Sobreesforço de guerra”;

● Aumento de despesas militares, diminuição de subsídios;

● Baixa geral da produtividade;

● Começo da Guerra: desemprego, capacidade produtiva não utilizada em diversos países;


● Inflação;

● Favorecimento aos exportadores;

● Preços das importações crescem com menor rapidez;

● Revalorização da moeda brasileira.

XXXIV. REAJUSTAMENTO DO COEFICIENTE DE IMPORTAÇÕES

● Volta ao nível de gastos em importações de 1929;

● Controles seletivos de importações. Intensificação do processo de industrialização do país;

● Redução relativa de manufaturas acabadas de consumo, em benefício de bens de capital e

matérias-primas;

● Intensificação do processo de crescimento do pós-guerra;

● Baixa relativa de preços devida ao aumento da produtividade beneficiou a população em

geral;

● Desvalorização cambial seria péssima para a indústria, mas boa para importadores e

exportadores. Seria recuperado o equilíbrio oferta-procura de produtos importados;

● Houve também crescimento do mercado e isso ajudou;

● Não houve uma simples transferência do setor exportador para o setor interno;

● Setor industrial era o maior absorvedor de divisas geradas.

XXXV. OS DOIS LADOS DO PROCESSO INFLACIONÁRIO

● Aumento da eficácia marginal das inversões nas indústrias;

● Declínio do crescimento à partir de 1953;

● Inflação neutra -> sem efeitos reais;

● Guerra da Coreia -> pressão inflacionária;

● Mecanismo de ampliação dos desequilíbrios provenientes do exterior – setor primário.

XXXVI. PERSPECTIVA DOS PRÓXIMOS DECÊNIOS

● Transferência do centro dinâmico para o mercado interno (acerto parcial);

● Modificação do papel do comércio exterior (acerto);

● Argentina: grande crescimento entre 1900 e 1929 continuaria (errou feio);

● Sul torna-se um mercado mais importante para o Nordeste que o exterior (acerto parcial);
● Fluxo de mão-de-obra do lugar menos produtivo (Nordeste) para o mais produtivo

(Sudeste) (acertou na mosca);

● Monocultura prejudica a produtividade do Nordeste (sim, a variação ajudou no crescimento

da produtividade da região);

● População brasileira em 2000 seria de 225 milhões (errou, devido à diminuição do número

de filhos por mulher, principalmente).

fonte:
http://e-internacionalista.com.br/2013/06/16/formacao-economica-do-brasil-celso-furtado-ficham
ento/

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