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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ

ROGÉRIO DE SOUZA DOS SANTOS

RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO “REGIONALIZAÇÕES BRASILEIRAS:


ANTIGOS LEGADOS E NOVOS DESAFIOS” DE ROGÉRIO HAESBARRT

Belém/PA

2023
O artigo "Regionalizações brasileiras: antigos legados e novos desafios" de
Rogério Haesbaert é uma crítica à regionalização brasileira a partir de questões
trazidas por antigas regionalizações e dos desafios contemporâneos para sua
realização. São consideradas tanto as tendências de continuidade quanto as
de ruptura, seja em termos analíticos quanto da realidade empírica. O artigo é
apresentado de modo crítico e profundo, as divisões regionais do território
nacional e as regionalizações mais recentes, considerando a relação entre
continuidade e descontinuidade. Que se propõe a discutir as diferentes formas
de regionalização no Brasil, abordando tanto os aspectos históricos quanto os
desafios contemporâneos enfrentados nesse processo. Embora a obra traga
contribuições relevantes para a compreensão da realidade regional brasileira,
algumas questões merecem ser discutidas.

Um ponto positivo do artigo é a abordagem abrangente adotada pelo autor.


Haesbaert examina os diversos elementos que influenciam a construção das
regionalizações no país, como aspectos históricos, culturais, socioeconômicos
e políticos. Ele também explora as diferentes teorias e metodologias utilizadas
para entender a diversidade regional, fornecendo uma base teórica sólida para
o estudo.

Além disso, o autor apresenta uma análise crítica dos legados das
regionalizações brasileiras. Ele destaca como as divisões regionais
estabelecidas ao longo do tempo refletem não apenas características
geográficas, mas também interesses políticos e econômicos. Essa reflexão é
importante para compreendermos as desigualdades regionais existentes no
país e como elas são perpetuadas por meio dessas divisões.

Rogério Haesbaert através dessa apresentação de algumas propostas de


regionalização trás lições que podem ser relidas com bases em transformações
recentes nas últimas duas ou três décadas.

Outro aspecto que poderia ser mais explorado são os desafios enfrentados
pelas regionalizações no Brasil. Embora o autor mencione alguns desses
desafios, como a dificuldade de superar estereótipos regionais e a
complexidade das relações de poder, esses temas poderiam ser aprofundados.
Uma análise mais crítica dos obstáculos enfrentados pela regionalização
brasileira seria enriquecedora e poderia contribuir para um entendimento mais
completo da temática.

No geral, é uma obra relevante para quem busca compreender as dinâmicas


regionais no Brasil. Apesar das limitações mencionadas, o artigo oferece uma
visão panorâmica do tema, apresentando uma análise crítica dos processos
históricos e das questões contemporâneas envolvidas nas regionalizações.
Recomenda-se a leitura dessa obra para aqueles interessados em aprofundar
seus conhecimentos sobre a geografia regional brasileira.

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