Você está na página 1de 8

Disciplina: Equipamentos e Acessórios

Professora Sandra

Mamografia e Mamógrafos

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais freqüente no mundo e o mais comum entre as mulheres. A

cada ano, cerca de 24% dos casos novos de câncer em mulheres são de mama. Segundo o Instituto Nacional do

Câncer (INCa), somente para o ano de 2020 foram 66.280 no Brasil.

Um dos exames mais recomendados e eficazes para a detecção precoce do câncer de mama é a mamografia. No

Brasil, o Ministério da Saúde recomenda pelo menos um exame mamográfico a cada dois anos, para mulheres de

50 a 69 anos e o exame anual das mamas, para mulheres de 40 a 49 anos. Para mulheres de grupos populacionais

considerados de risco elevado para câncer de mama (com história familiar de câncer de mama em parentes de

primeiro grau) recomenda-se o exame clínico da mama e a mamografia, anualmente, a partir dos 35 anos. Porém

O Colégio Brasileiro de Radiologia preconiza o exame de mamografia anualmente devido aos altos índices de

câncer de mama no Brasil. Os benefícios da mamografia quanto a uma descoberta precoce e tratamento do

câncer mamário são muito significativos, sendo muito maiores do que o desconforto que algumas mulheres

sentem quando a mama é comprimida durante o exame, pois promove o aumento das opções terapêuticas, da

probabilidade de sucesso do tratamento e da sobrevida.

O objetivo da mamografia é produzir imagens detalhadas com alta resolução espacial da estrutura interna da

mama para possibilitar bons resultados diagnósticos. A diferença radiográfica entre o tecido normal e o tecido

doente é extremamente tênue; portanto, a alta qualidade do exame é indispensável para alcançar uma resolução

de alto contraste que permita essa diferenciação. A utilização de parâmetros inadequados de operação do

equipamento de raios X tem influência direta na qualidade da informação diagnóstica e na dose recebida pelo

paciente.

Outro componente importante que deve ser considerado na obtenção da mamografia é o detector de registro da

imagem. Atualmente, existem dois tipos: os detectores analógicos (filme-écran) que caracterizam a mamografia

convencional, e os detectores digitais que caracterizam a mamografia digital.

Do início da mamografia convencional até os dias de hoje, houve melhoras significativas no modo de aquisição da

imagem mamográfica com a utilização de combinações adequadas de filme-écran, processamento químico dos

filmes, escolha otimizada da qualidade do feixe de radiação (tensão, filtração, e anodo), grades difusoras e etc.

Para obtenção da mamografia convencional são recomendadas a utilização de filmes de alto contraste, valores

baixos de tensão, a fim propiciar maior contraste entre as estruturas mamárias, e valores mais altos de

corrente (mA). A utilização de valores mais altos de corrente e mais baixos de tensão propiciam

a obtenção de uma imagem mamográfica com qualidade, entretanto, associa à técnica valores mais altos de dose.
MAMÓGRAFOS

As radiografias da mama são realizadas através de aparelhos denominados mamógrafos. Os mamógrafos

apresentam recursos semelhantes aos apresentados pelos aparelhos de raios-x convencionais, mas possuem toda

a tecnologia direcionada para a geração de imagens específicas do tecido mamário.

O tubo de raios-x

Os mamógrafos possuem tubos de raios-x que geram um feixe diferente dos tubos utilizados nos aparelhos

convencionais de raios-x. Isso porque se busca a geração de um feixe como maior poder de penetração devido as

características para a radiopacidade do tecido mamário.

O tecido mamário é composto de tecidos moles, glandular, fibroso e adiposo, portanto, não apresenta grande

radiopacidade. Sendo assim, os tubos de raios-x deve oferecer um feixe cujo espectro seja ótimo para promover

o contraste entre os diversos tipos de morfologia da mama, permitindo gerar imagem diagnóstica adequada para

o laudo clínico.

Painel de comando

O equipamento possui um painel de comando, assim como nos aparelhos de raios-x que permite ao executor do

exame selecionar os parâmetros técnicos de acordo com as características do exame que deseja realizar.
Sistema Compressor

Todos os aparelhos de mamografia possuem um dispositivo de compressão usado para comprimir a mama

chamado de célula ou placa de compressão feita de material acrílico transparente.


A compressão promove uma uniformidade na espessura da mama, diminuindo a produção da imagem espalhada que

interfere principalmente no registro de pequenas estruturas.

A compressão é controlada pelo técnico e dever ser adequada. A aplicação deve ser lenta e firme, permitindo

que a paciente tenha tempo para se ajustar à sensação de desconforto, possibilitando ao técnico administrar a

compressão adequada, pois uma pequena compressão na mama, irá gerar uma imagem de baixa qualidade.

É importante manter contato visual com a paciente durante a aplicação da compressão para que se possa avaliar

o nível de desconforto. Na maioria das vezes, o técnico deve transmitir encorajamento a fim de alcançar os

resultados desejados. Uma compressão bem feita gera imagem que apresenta menos assimetria geométrica,

aumento do contraste, maior homogeneidade na distribuição dos tons de cinza e principalmente menor dose de

radiação sobre o paciente.

A mama é um tecido de baixa densidade, e é necessário que ela seja comprimida para melhorar a visualização de

suas estruturas através da imagem radiográfica.

Mamas mais volumosas, quando comprimidas, apresentam uma superfície de contato maior com a placa

compressora e necessitam de uma força de compressão maior para permitir a geração de uma boa imagem

diagnóstica.

A finalidade do compressor é promover a imobilização da mama durante a geração da imagem, evitando

interferência de artefatos na imagem gerados devido a movimentação do paciente,

O sistema compressor pode ser automático, com ajustes finos feitos de forma manual.

As placas utilizadas são: placa utilizada no exame padrão; uma placa para compressão localizada e uma placa com

abertura para possibilitar a punção e coleta de material no interior da mama.

O aumento da qualidade da imagem em função da compressão da mama está diretamente associada à espessura

final da mama.

Assim, quanto mais comprimida a mama, melhor a qualidade da imagem. No entanto, não se pode esquecer o

desconforto provocado pela compressão.

A Compressão aplicada adequadamente é um dos componentes críticos na produção de uma mamografia de alta

qualidade.

A mamografia é considerada um exame padrão ouro no combate ao câncer de mama. Com a passar dos anos houve

um avanço tecnológico na radiologia, criando novas perspectivas na melhora da qualidade da imagem, sendo

desenvolvida a radiografia computadorizada (CR) e a radiologia digital (DR) A mamografia não poderia ficar de

fora, pois melhorando a qualidade da imagem é possível visualizar as estruturas com melhor contraste.
]

Você também pode gostar