Você está na página 1de 12

10 BONS MOTIVOS PARA

VOCÊ NÃO FAZER


MAMOGRAFIA – parte 5
Dra. Lucy Kerr – 10/09/2013
https://lucykerr.wordpress.com/category/ultrassonografia/10-razoes-para-voce-nao-fazer-mamografia/

Concluímos aqui nossas explicações sobre os perigos da


mamografia e sua incapacidade reduzir a mortalidade pelo câncer
de mama segundo dados científicos disponíveis em várias
fontes, inclusive o site do INC-USA (Instituto Nacional do
Câncer – EUA) atualizado em 5 abril de 2013 e que vertemos
para linguajar menos técnico. Anexo ao final as fontes
bibliográficas para os interessados. Repetindo:
• A exposição anual à radiação propicia o surgimento do câncer
mamário (denominado de câncer radiogênico). Se te disseram
que esse perigo é desprezível, te enganaram. Veja abaixo a
exposição esclarecedora.
• A compressão demasiada do tecido mamário durante o exame
contribui para que o câncer se espalhe pelo restante do corpo,
caso esteja presente na ocasião do exame.
• Atraso no diagnóstico do câncer que está presente, mas não é
detectado pela mamografia, o que é denominado de falso-
negativo.
• As chances de cura reduzem quando há atraso no diagnóstico
e tratamento do câncer de mama devido a uma mamografia falso-
negativa (piora o prognóstico).
• Um terço de todos os casos de câncer de mama surge no
intervalo entre as mamografias.
• Não ter, mas ser diagnosticada como tendo câncer, o que é
denominado de falso-positivo.
• Diagnóstico é exagerado e o tratamento excessivo, um
problema grave e comumente ignorado pelas mulheres.
• Baixo controle de qualidade.
• A mamografia não reduz a mortalidade por câncer de mama,
deixando de realizar justamente o propósito pelo qual ela foi
introduzida no diagnóstico médico.
• É um exame superado por outros mais modernos e eficientes,
particularmente a ULTRASSONOGRAFIA de alta resolução com
Doppler colorido e a ELASTOGRAFIA (3 métodos em um único
procedimento) e a RESSONÂNCIA MAGNÉTICA.
CONHECENDO EM DETALHES O NONO E DÉCIMO MOTIVOS
9. A mamografia não reduz a mortalidade por câncer de mama,
deixando de realizar justamente o propósito pelo qual ela foi
introduzida no diagnóstico médico. A despeito de ser propalado há
muito tempo que a mamografia realizada periodicamente reduz a
mortalidade por câncer de mama, esse fato jamais foi realmente
comprovado. Na realidade, a vasta maioria dos cânceres não é
afetada pela detecção precoce e há uma forte evidência
favorecendo que a principal variável que determina a probabilidade
de sobrevivência da mulher com câncer de mama é o
determinismo biológico do tumor, uma combinação de
virulência do tipo específico do tumor e a resposta do hospedeiro
ao desenvolvimento dele, que seria mais importante do que a
detecção precoce. Os que clamam a favor da mamografia
baseiam-se em 8 grandes séries internacionais, abrangendo cerca
de 500.000 mulheres, estudos randomizados teoricamente
controlados e muito bem realizados. Mas quando esses estudos
foram analisados em profundidade, apenas 66.000 mulheres
menopausadas foram adequadamente estudadas e randomizadas
para permitirem análises estatísticas válidas. E, nesse grupo de
mulheres, nenhuma evidência foi encontrada que demonstrasse
que o rastreamento periódico com a mamografia diminuísse a
incidência de câncer de mama. E os autores concluem que não há
justificativa para submeter às mulheres ao rastreamentos
mamográficos periódicos. Outras conclusões deste estudo foram
apresentadas no encontro de 6 de maio d e 2001 May 6, 2001 do
National Breast Cancer Coalition in Washington, D.C. e publicadas
em julho de 2001 no relatório do Nordic Cochrane Centre. E se
mulheres continuarem a irradiar com a mamografia as delicadas
células ductais e lobulares da mama, muito suscetíveis a
devolverem mutações cancerígenas sob o efeito da radiação gama,
para rastrear do câncer de mama, certamente irão aumentar a
incidência e a mortalidade do câncer de mama. De lá para cá, só
formam adicionados mais estudos comprovando estas conclusões.
Mesmo presumindo que na população das mulheres
menopausadas, nas quais a mamografia é de boa qualidade, se
possa reduzir a mortalidade em 25%, nesse grupo, a incidência é
de 4% ao ano, ou seja, somente uma mulher em cada 100 irá se
beneficiar da mamografia, enquanto que 99.75% (99 mulheres para
cada 100) serão prejudicadas por ela e não terão nenhum benefício
a relatar 18.

10. É um exame superado por outros mais modernos e


eficientes, particularmente a ULTRASSONOGRAFIA de alta
resolução com Doppler colorido e a ELASTOGRAFIA (3
métodos em um único procedimento) e a RESSONÂNCIA
MAGNÉTICA. Atualmente o melhor método, desde que utilizado
com o protocolo completo, é o três em um: US, Doppler e a
Elastografia:
• O exame ultrassonográfico: utiliza o princípio acústico para
demonstrar a morfologia dos órgãos e tecidos, o que é possível
devido cada um ter uma densidade e impedância acústica
diferente. Assim os tumores de mama podem ser diferenciados dos
tecidos normais que a constituem, mensurados e analisados
quanto as suas demais características morfológicas, o que é o
ponto forte do método.
• O exame Doppler: avalia o tipo de vascularização da mama e dos
nódulos mamários, utilizando para esse fim o princípio Doppler,
totalmente diferente do princípio acústico e que é capaz de “ver” o
que está em movimento, como o sangue. Os padrões de
vascularização do tecido normal da mama e do câncer são
diferentes, o que facilita a identificação do tumor.Mas existem
tumores malignos nas mamas, especialmente nas idosas, onde o
crescimento tumoral é mais lento, nas quais o padrão de
vascularização pode ser “benigno”.
• A Elastografia: utiliza o princípio da elasticidade para analisar os
tecidos, observando a variação da elasticidade tecidual à
compressão dinâmica (diferença entre comprimento inicial e final):
quanto menor a variação entre comprimento inicial e final do tecido,
mais rígido ou menos elástico ele é. A elastografia consegue
detectar as doenças porque elas afetam a dureza dos tecidos, da
mesma forma que palpamos as lesões no exame físico. As
mudanças da elasticidade nos tecidos do corpo humano é parte da
história da medicina, sendo a base do exame físico ou palpação.
Muitos tumores são detectados pelos médicos durante a palpação
porque são duros e estão aderidos aos tecidos ao seu redor.
No câncer de mama e de próstata os tumores são duros e fixos,
enquanto que o tecido mamário e prostático normais são mais
moles e flexíveis. Essa informação nenhum outro método
diagnóstico por imagem pode oferecer. Ela é exclusiva da
elastografia. A principal utilidade da elastografia da mama
atualmente é a diferenciação dos nódulos benignos e malignos,
dependendo da ultrassonografia para mostrar a anatomia da região
e identificar o nódulo a ser examinado, para em seguida enviar o
estímulo compressivo que mostrará qual é a dureza que apresenta.

Se o tecido tumoral é isoecóico (isto é, tem a mesma ecotextura do


que o tecido ao seu redor) ele não será identificável à
ultrassonografia em escala cinza, mas ele pode ser mais duro e,
desta forma, visto na elastografia. Nós publicamos um caso de
câncer de mama em 2011, no qual o tumor somente foi detectado
na elastografia.

Essa é a grande vantagem de utilizarmos mais do que um


método. Quando um deles falha, o outro não. E o tumor será
efetivamente detectado e diagnosticado por um ou mais dos 3
métodos. Três exames em um só procedimento é muito superior a
realizar apenas a mamografia, com todos os problemas que pesam
contra ela e que acabamos de analisar.
Por tudo que foi explicado e comprovado cientificamente podemos
concluir que a mamografia é pior fazê-la do que não fazê-la. Um
dos grandes problemas da mulher brasileira é não estar sendo
convenientemente esclarecida sobre a incapacidade da
mamografia protegê-la do câncer de mama e poder até provocá-lo,
além de poder ser causa de diagnósticos excessivos e tratamentos
exagerados. Será possível que as pessoas que deveriam advertir
sobre o mau desempenho da mamografia têm interesse em manter
o método em uso? Há alguma outra explicação plausível? Os que
souberem me informem e publicarei em seguida no meu Blog,
mantendo o princípio de fidelidade à verdade. A mentira não tem
fôlego para se manter indefinidamente e este artigo tem a função
de esclarecer com a verdade. O caso mostrado a seguir é bem
ilustrativo do valor dos 3 métodos em um só procedimento, quando
foi detectado uma lesão sólida na mama esquerda que foi
classificada pelo US como dúbia, pelo estudo Doppler como de
padrão benigno, mas a elastografia revelou padrão maligno e a
paciente foi operada com sucesso a tempo. A acuidade aumenta
quando utilizamos mais de um método para interrogar a lesão. E
com a vantagem dos 3 métodos serem absolutamente inócuos.
Ganha o médico e ganha a paciente.

Fig. 1 A,B – Estudo Ultrassonográfico da mama. Ausência de


nódulo às 12 horas mama esquerda no exame realizado em
06/02/2018 (à esquerda) e surge lesão sólida mal delimitada, hipo
e hiperecogênica em rastreamento de rotina em 31/05/2013 (à
direita), medindo 10.0×10.0x7.2mm e contendo focos de
calcificação ao redor de 0.2-0.9mm. A lesão foi classificada pelo
US como BIRADS 4 (dúbia).
Fig. 2 A,B – Estudo Doppler mama. O nódulo sólido das 12
horas mama esquerda é hipovascularizado. Há raros vasos de
pequeno calibre internamente (à esquerda) com velocidade
sistólica máxima de 10.9cm/s. Parênquima ao redor (à direita) é
normovascularizado e a velocidade do sangue é normal (VSM =
9.8cm/s). A lesão foi classificada pelo Doppler como BIRADS 3
(benigna).
Fig. 3- Estudo Elastográfico da mama. Nódulo às 12 horas
mama esquerda é duro (sinal de malignidade) e maior no
elastograma que na US (sinal de malignidade. A lesão foi
classificada pela Elastografia como BIRADS 5 (maligna) e indicado
biópsia. A biópsia confirmou malignidade e a paciente foi operada.
O anatomopatológico da peça cirúrgica revelou tratar-se de
carcinoma ductal invasivo, grau 2 histológico (Nottingham) e grau 2
nuclear. Linfonodos sentinelas livres de neoplasia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Associated Press. FDA approves use of pad in breast exam. New York Times,
December 25, 1995, p. 9Y.

2. Baines, C. J. Efficacy and opinions about breast self-examination. In Advanced Therapy


of Breast Disease, edited by S. E. Singletary and G. L. Robb, pp. 9- 14. B. C. Decker,
Hamilton, Ont., 2000.

3. Baines, C. J., and Dayan, R. A tangled web: Factors likely to affect the efficacy of
screening mammography. J. Natl. Cancer Inst. 91( 10): 833- 838, 1999.

4. Baines, C. J., Miller, A. B., and Bassett, A. A. Physical examination: Its role as a single
screening modality in the Canadian National Breast Screening Study. Cancer 63: 1816-
1822, 1989.

5. Baum, M. Epidemiology versus scaremongering: The case for humane interpretation of


statistics and breast cancer. Breast J. 6( 5): 331- 334, 2000.

6. Bertell, R. Breast cancer and mammography. Mothering, Summer 1992, pp. 49- 52.

7. Black WC, Welch HG: Advances in diagnostic imaging and overestimations of disease
prevalence and the benefits of therapy. N Engl J Med 328 (17): 1237-43, 1993. [PUBMED
Abstract]

8. Black, W. C. Overdiagnosis: An under-recognized cause of confusion and harm in


cancer screening. J. Natl. Cancer Inst. 92( 16): 1280- 1282, 2000.

9. Brewer NT, Salz T, Lillie SE: Systematic review: the long-term effects of false-positive
mammograms. Ann Intern Med 146 (7): 502-10, 2007. [PUBMED Abstract]

10. Bridges, B. A., and Arlett, C. F. Risk of breast cancer in ataxia-telangiectasia. N. Engl.
J. Med. 326( 20): 1357, 1992.
11. Buist DSM, Porter P L, Lehman C, Taplin SH, White E. Factors Contributing to
Mammography Failure in Women Aged 40–49 Years. Journal of the National Cancer
Institute, Vol. 96, No. 19, October 6, 2004

12. Burman ML, Taplin SH, Herta DF, et al.: Effect of false-positive mammograms on
interval breast cancer screening in a health maintenance organization. Ann Intern Med 131
(1): 1-6, 1999. [PUBMED Abstract]

13. Christiansen CL, Wang F, Barton MB, et al.: Predicting the cumulative risk of false-
positive mammograms. J Natl Cancer Inst 92 (20): 1657-66, 2000. [PUBMED Abstract]

14. Davis, D. L., and Love, S. J. Mammography screening. JAMA 271( 2): 152- 153, 1994.

15. Duffy SW, Lynge E, Jonsson H, et al.: Complexities in the estimation of overdiagnosis
in breast cancer screening. Br J Cancer 99 (7): 1176-8, 2008. [PUBMED Abstract]

16. Elmore JG, Barton MB, Moceri VM, et al.: Ten-year risk of false positive screening
mammograms and clinical breast examinations. N Engl J Med 338 (16): 1089-96, 1998.
[PUBMED Abstract]

17. Epstein, S. S. American Cancer Society: The world’s wealthiest «non-profit» institution.
Int. J. Health Serv. 29(3): 565-578, 1999.

18. Epstein, S. S., and Gross, L. The high stakes of cancer prevention. Tikkun 15( 6): 33-
39, 2000.

19. Epstein, S. S., Steinman, D., and LeVert, S. The Breast Cancer Prevention Program,
Ed. 2. Macmillan, New York, 1998.

20. Feig SA, Ehrlich SM: Estimation of radiation risk from screening mammography: recent
trends and comparison with expected benefits. Radiology 174 (3 Pt 1): 638-47, 1990.
[PUBMED Abstract]

21. Feuer EJ, Wun LM: How much of the recent rise in breast cancer incidence can be
explained by increases in mammography utilization? A dynamic population model
approach. Am J Epidemiol 136 (12): 1423-36, 1992. [PUBMED Abstract]

22. Freitas R 2nd, Fiori WF, Ramos FJ, et al.: [Discomfort and pain during mammography].
Rev Assoc Med Bras 52 (5): 333-6, 2006 Sep-Oct. [PUBMED Abstract]

23. Gehrke, A. Breast self-examination: A mixed message. J. Natl. Cancer Inst. 92( 14):
1120- 1121, 2000.
24. Gofman, J. W. Preventing Breast Cancer: The Story of a Major Proven Preventable
Cause of this Disease. Committee for Nuclear Responsibility, San Francisco, 1995.

25. Gøtzsche PC, Jørgensen KJ, Maehlen J, et al.: Estimation of lead time and
overdiagnosis in breast cancer screening. Br J Cancer 100 (1): 219; author reply 220,
2009. [PUBMED Abstract]

26. Gøtzsche PC, Nielsen M: Screening for breast cancer with mammography. Cochrane
Database Syst Rev (4): CD001877, 2006. [PUBMED Abstract]

27. Gotzsche, P. C., and Olsen, O. Overdiagnosis in publicly organised mammography


screening programmes: systematic review of incidence trends. BMJ. 2009; 339.

28. Gotzsche, P. C., and Olsen, O. Is screening for breast cancer with mammography
justifiable? Lancet 355: 129- 134, 2000.

29. Gram IT, Lund E, Slenker SE: Quality of life following a false positive mammogram. Br
J Cancer 62 (6): 1018-22, 1990. [PUBMED Abstract]

30. Greenlee, R. T. Cancer Statistics, 2001. CA Cancer J. Clin. 51( 1): 15- 36, 2001.

31. Hall, D. C., et al. Improved detection of human breast lesions following experimental
training. Cancer 46( 2): 408- 414, 1980.

32. Helzlsouer KJ, Harris EL, Parshad R, et al.: Familial clustering of breast cancer:
possible interaction between DNA repair proficiency and radiation exposure in the
development of breast cancer. Int J Cancer 64 (1): 14-7, 1995. [PUBMED Abstract]

33. Hemminki K, Rawal R, Bermejo JL: Mammographic screening is dramatically changing


age-incidence data for breast cancer. J Clin Oncol 22 (22): 4652-3, 2004. [PUBMED
Abstract]

34. John, L. Digital imaging: A marketing triumph. Breast Cancer Action Newsletter, No. 62,
November-December 2000.

35. Johnson A, Shekhdar J: Breast cancer incidence: what do the figures mean? J Eval
Clin Pract 11 (1): 27-31, 2005. [PUBMED Abstract]

36. Jonsson H, Johansson R, Lenner P: Increased incidence of invasive breast cancer


after the introduction of service screening with mammography in Sweden. Int J Cancer 117
(5): 842-7, 2005. [PUBMED Abstract]
37. Kerlikowske K, Grady D, Barclay J, et al.: Positive predictive value of screening
mammography by age and family history of breast cancer. JAMA 270 (20): 2444-50, 1993.
[PUBMED Abstract]

38. Kopans DB: Mammography and radiation risk. In: Janower ML, Linton OW, eds.:
Radiation Risk: a Primer. Reston, Va: American College of Radiology, 1996, pp 21-22.

39. Kuroishi, T., et al. Effectiveness of mass screening for breast cancer in Japan. Breast
Cancer 7( 1): 1- 8, 2000.

40. Laya, M. B. Effect of estrogen replacement therapy on the specificity and sensitivity of
screening mammography. J. Natl. Cancer Inst. 88( 10): 643- 649, 1996.

41. Leight, S. B., et al. The effect of structured training on breast self-examination search
behaviors as measured using biomedical instrumentation. Nurs. Res. 49( 5): 283- 289,
2000.

42. Lerman C, Trock B, Rimer BK, et al.: Psychological side effects of breast cancer
screening. Health Psychol 10 (4): 259-67, 1991. [PUBMED Abstract]

43. Lerner, B. H. Public health then and now: Great expectations: Historical perspectives
on genetic breast cancer testing. Am. J. Public Health 89( 6): 938- 944, 1999.

44. Lewis, T. Women’s health is no longer a man’s world. New York Times, February 7,
2001, p. 1.

45. Miller, A. B. The role of screening in the fight against breast cancer. World Health
Forum 13: 277- 285, 1992.

46. Miller, A. B., Baines, C. J., and Wall, C. Correspondence. J. Natl. Cancer Inst. 93( 5):
396, 2001.

47. Miller, A. B., et al. Canadian National Breast Screening Study-2: 13-year results of a
randomized trial in women aged 50- 59 years. J. Natl. Cancer Inst. 92( 18): 1490- 1499,
2000.

48. Mittra, I. Breast screening: The case for physical examination without mammography.
Lancet 343( 8893): 342- 344, 1994.

49. Napoli, M. Overdiagnosis and overtreatment: The hidden pitfalls of cancer screening.
Am. J. Nurs., 2001.
50. Napoli, M. What do women want to know. J. Natl. Cancer Inst. Monogr. 22: 11- 13,
1997.

51. National Academy of Sciences- National Research Council, Advisory Committee.


Biological Effects of Ionizing Radiation (BEIR). Washington, D. C., 1972.

52. National Institutes of Health Consensus Development Conference Statement. Breast


cancer screening for women ages 40- 49, January 21- 23, 1997. J. Natl. Cancer Inst.
Monogr. 22: 7- 18, 1997.

53. Orel SG, Kay N, Reynolds C, et al.: BI-RADS categorization as a predictor of


malignancy. Radiology 211 (3): 845-50, 1999

54. Pisano ED, Earp J, Schell M, et al.: Screening behavior of women after a false-positive
mammogram. Radiology 208 (1): 245-9, 1998. [PUBMED Abstract]

55. Quigley, D. T. Some neglected points in the pathology of breast cancer, and treatment
of breast cancer. Radiology, May 1928, pp. 338- 346.

56. Rosen EL, Baker JA, Soo MS: Malignant lesions initially subjected to short-term
mammographic follow-up. Radiology 223 (1): 221-8, 2002. [PUBMED Abstract]

57. Ross, W. S. Crusade: The Official History of the American Cancer Society, p. 96. Arbor
House, New York, 1987.

58. Site do INH – National Institutes of Health – USA, breast cancer screening, atualizado
em maio 2013.

59. Skrabanek, P. Shadows over screening mammography. Clin. Radiol. 40: 4- 5, 1989.

60. Smigel, K. Perception of risk heightens stress of breast cancer. J. Natl. Cancer Inst.
85( 7): 525- 526, 1993.

61. Stoutjesdijk MJ, Boetes C, Jager GJ, Beex L, Bult P, Hendriks JH, et al. Magnetic
resonance imaging and mammography in women with a hereditary risk of breast cancer. J
Natl Cancer Inst 2001;93:1095–102.

62. Suleiman OH, Spelic DC, McCrohan JL, et al.: Mammography in the 1990s: the United
States and Canada. Radiology 210 (2): 345-51, 1999. [PUBMED Abstract]

63. Swift M, Morrell D, Massey RB, et al.: Incidence of cancer in 161 families affected by
ataxia-telangiectasia. N Engl J Med 325 (26): 1831-6, 1991. [PUBMED Abstract]
64. Swift, M. Ionizing radiation, breast cancer, and ataxia-telangiectasia. J. Natl. Cancer
Inst. 86( 21): 1571- 1572, 1994.

65. Tarkan, L. An update that matters? Mammography’s next step is assessed. New York
Times, January 2, 2001, p. D5.

66. Thomas, D. B., et al. Randomized trial of breast self-examination in Shanghai:


Methodology and preliminary results. J. Natl. Cancer Inst. 89: 355- 365, 1997.

67. Vogel, V. G. Screening younger women at risk for breast cancer. J. Natl. Cancer Inst.
Monogr. 16: 55- 60, 1994.

68. Watmough, D. J., and Quan, K. M. X-ray mammography and breast compression.
Lancet 340: 122, 1992.

69. Welch HG, Black WC: Using autopsy series to estimate the disease “reservoir” for
ductal carcinoma in situ of the breast: how much more breast cancer can we find? Ann
Intern Med 127 (11): 1023-8, 1997. [PUBMED Abstract]

70. Welch HG, Fisher ES: Diagnostic testing following screening mammography in the
elderly. J Natl Cancer Inst 90 (18): 1389-92, 1998. [PUBMED Abstract]

71. Wendie A. Berg et al (ACRIN 6666 Investigators). Combined Screening With


Ultrasound and Mammography vs Mammography Alone in Women at Elevated Risk of
Breast Cancer. JAMA. 2008;299(18):2151-2163.

72. White E, Lee CY, Kristal AR: Evaluation of the increase in breast cancer incidence in
relation to mammography use. J Natl Cancer Inst 82 (19): 1546-52, 1990. [PUBMED
Abstract]

73. Worden, J. K., et al. A community-wide program in breast self-examination. Prev. Med.
19: 254- 269, 1990.

74. Zackrisson S, Andersson I, Janzon L, et al.: Rate of over-diagnosis of breast cancer 15


years after end of Malmö mammographic screening trial: follow-up study. BMJ 332 (7543):
689-92, 2006. [PUBMED Abstract]

75. Zahl PH, Strand BH, Maehlen J: Incidence of breast cancer in Norway and Sweden
during introduction of nationwide screening: prospective cohort study. BMJ 328 (7445):
921-4, 2004. [PUBMED Abstract]

Você também pode gostar