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10 BONS MOTIVOS PARA

VOCÊ NÃO FAZER


MAMOGRAFIA – PARTE 1

Uma série de estudos apontam para a incapacidade da


mamografia em reduzir a mortalidade pelo câncer de mama e
para os perigos da mamografia, decorrentes de vários fatores.
As informações que se seguem são um resumo dos dados
científicos disponíveis em várias fontes, inclusive o site do
INC- USA (Instituto Nacional do Câncer – EUA) atualizado em
5 abril de 2013* e vertidas para linguajar menos técnico pela
Dra. Lucy Kerr**

1. A exposição anual à radiação propicia o surgimento do câncer


mamário (denominado de câncer radiogênico). Se te disseram que
esse perigo é desprezível, te enganaram. Veja abaixo a exposição
esclarecedora.
2. A compressão demasiada do tecido mamário durante o exame
contribui para que o câncer se espalhe pelo restante do corpo,
caso esteja presente na ocasião do exame.
3. Atraso no diagnóstico do câncer que está presente, mas não é
detectado pela mamografia, o que é denominado de falso-negativo.
4. As chances de cura reduzem quando há atraso no diagnóstico e
tratamento do câncer de mama devido a uma mamografia falso-
negativa (piora o prognóstico).
5. Um terço de todos os casos de câncer de mama surge no intervalo
entre as mamografias.
6. Não ter, mas ser diagnosticada como tendo câncer, o que é
denominado de falso-positivo.
7. Diagnóstico é exagerado e o tratamento excessivo, um problema
grave e comumente ignorado pelas mulheres.
8. Baixo controle de qualidade.
9. A mamografia não reduz a mortalidade por câncer de mama,
deixando de realizar justamente o propósito pelo qual ela foi
introduzida no diagnóstico médico.
10.É um exame superado por outros mais modernos e eficientes,
particularmente a ULTRASSONOGRAFIA de alta resolução com
Doppler colorido e a ELASTOGRAFIA (3 métodos em um único
procedimento) e a RESSONÂNCIA MAGNÉTICA.
CONHECENDO EM DETALHES OS DOIS PRIMEIROS MOTIVOS

1. A exposição anual à radiação propicia o surgimento do câncer


mamário (denominado de câncer radiogênico. Há mais de 60 anos
se sabe que exposição a radiações é um dos mais potentes fatores
de risco para o câncer de mama e tanto mais grave quanto mais
jovem a mulher e quanto maiores seus fatores de risco. Quem
não se lembra dos estudos que comprovaram a elevada incidência
de câncer de mama entre as mulheres internadas em Campos de
Jordão para tratamento da tuberculose, que eram submetidas a
radiografias de Tórax frequentes (e obviamente das mamas
também, pois não da para separá-la do restante da caixa torácica).
Após décadas de uso imprudente de um método cancerígeno para
rastrear o câncer de mama, estamos vendo surgir uma sequência
de estudos, alguns atuais e outro nem tanto, que estão reavivando
nossa memória e nos fazendo recordar os perigos da mamografia
pela óbvia exposição à radiação.

Cada mamografia anual (emite radiação ionizante) contribui para o


desenvolvimento de câncer de mama, que não surge de imediato,
mas após cerca de 10 anos de exposição. E seus efeitos são
cumulativos, ou seja, jamais os danos aos tecidos desaparecem
com o passar do tempo e cada exposição à radiação se soma com
a anterior. Quanto mais jovem o indivíduo quando exposto à
radiação, maior os danos teciduais.

Se o indivíduo se submete a muitas radiografias na infância e


adolescência (estudos radiológicos para escoliose, por exemplo)
eleva-se o risco para o câncer de mama em aproximadamente
70%. As meninas têm risco maior, pois o tecido mamário está
imaturo e elas posteriormente sofrerão o estímulo dos estrógenos,
hormônio que é poderoso multiplicador das células das mamas e,
nesse processo de intensa replicação de ductos e lóbulos
mamários, poderá degenerar em câncer aquelas células, cujo DNA
foi alterado pela radiação prévia.

E quanto maior a carga de radiação a qual a mulher for exposta,


maior o risco de contrair o câncer de mama. As garotas, que foram
expostas à radiação de Hiroshima dobraram o risco dessa
enfermidade.

Ao contrário do que se acreditava anteriormente, a radiação da


mamografia não é trivial. A mamografia possui risco cumulativo da
radiação para iniciar e promover o câncer de mama 1- 3. Uma
mamografia equivale a radiação de radiografia de tórax simples,
equivalente a 1/ 1,000 de um rad (dose de radiação absorvida).
A pratica rotineira de fazer 4 incidências por cada mama equivale a
exposição 1,000 vezes maior, pois a dose de exposição será de 1
rad focado em cada mama e não dispersa em todo o tórax2. Desta
forma, uma mulher na pré-menopausa, submentendo-se a uma
mamografia por ano, em 10 anos consecutivos terá recebido um
total de 10 rads para cada mama. Como já foi enfatizado há 3
décadas atrás, a mama da mulher no período reprodutor é
altamente sensível a radiação ionizante e cada rad de exposição
aumenta o risco de câncer de mama em 1%, resultando em risco
cumulativo de 10% em 10 anos durante o período de 10 anos que
antecede a menopausa, geralmente dos 40 aos 50 anos4; o risco é
ainda maior para o rastreamento de base realizado em mulheres
mais jovens, para as quais não há qualquer evidência de relevância
no futuro.

Além disso, o risco de câncer de mama advindo da mamografia


aumenta até 4 vezes para aqueles 1 a 2% de mulheres que são
portadoras do gene A-T (ataxia-telangiectasia), que são muito
susceptíveis aos efeitos cancerígenos da radiação5; segundo
alguns autores, estes casos são responsáveis por até 20% de
todos os cânceres de mama detectados anualmente nos EUA6.
As mamas são constituídas de tecido extremamente sensível às
radiações e que podem modificar sua morfologia normal para uma
de padrão canceroso sob o efeito das radiações ionizantes. Isso
ocorre devido a radiação provocar lesões nos cromossomas que
estão no interior das células que produzem o leite (células
lobulares) ou conduzem o leite até o mamilo (células ductais).

Cada dose de irradiação, ainda que pequena, gera certa


quantidade de dano nos genes. Algumas enzimas reparadoras
atuam beneficamente para restaurar a normalidade da maioria das
estruturas lesadas, mas alguns setores das células permanecem
permanentemente lesados e, com as doses subseqüentes de raios
X, mais danos se acumulam. Após 10 anos submetendo-se a uma
mamografia anual, a mulher irá acumular danos irreversíveis no
seu patrimônio genético e aumentará o risco de ter o câncer
radiogênico (desencadeado pela radiação).

Segundo pesquisa publicada no periódico British Medical Journal


em 2012, a exposição à radiação pode elevar em até cinco vezes
as chances de mulheres jovens desenvolverem a Doença, quando
são portadoras de uma mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 —
responsáveis por controlar a supressão dos cânceres de mama e
de ovário.

A pesquisa, do Instituto do Câncer da Holanda analisou, entre 2006


e 2009, 1.993 mulheres que tinham mutações nos genes BRCA1/2
e que moravam na Holanda, França e Grã-Bretanha. Todas tinham
18 anos ou mais e foram questionadas sobre a exposição: se
haviam feito raio-X ou mamografia, as idades da primeira e da
última exposições, número de exposições antes dos 20 anos, entre
os 20 e os 29 anos e dos 30 aos 39 anos. Descobriu-se, então, que
43% (848) das mulheres foram diagnosticadas com câncer de
mama, sendo que 48% (926) relataram nunca ter feito um raio-x e
33% (637) uma mamografia. A idade média da primeira mamografia
foi de 29 anos. Um histórico de qualquer exposição a exames de
radiação no tórax entre os 20 e 29 anos aumentou os riscos para o
câncer em 43%, e qualquer exposição antes dos 20 anos
aumentou os riscos em 62%.
Para cada 100 portadoras de mutações no gene BRCA1/2 com 30
anos, nove irão desenvolver câncer de mama aos 40 anos. O
número de casos teria sido cinco vezes maior se todas tivessem
feito mamografia antes dos 30 anos. O estudo é mais uma forte
evidência de que a radiação acumulada a cada exame de
mamografia causa alterações no patrimônio genético e, quanto
maior o dano aos cromossomas, mais agressivo é o tumor e,
conseqüentemente, mais mortal a doença.

Estudos prévios já haviam estabelecido que mulheres com


mutação nos genes BRCA1/2 podem ter uma maior sensibilidade à
radiação. Isso porque esses genes estão diretamente envolvidos
no processo de reparo de quebras no DNA. Essa quebra pode
ocorrer como uma consequência da exposição à radiação.
Diante desses resultados a conclusão é óbvia: para aquelas
mulheres com mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 a
mamografia é proibida e as técnicas de imagens sem radiação,
como a ressonância magnética e a ultrassonografia de alta
resolução com Doppler e elastografia são as melhores opções.
Recordando que a ressonância magnética emprega contraste, o
gadolínio, que pode ser muito tóxico para algumas pessoas e gerar
nódulos pelo corpo e nos órgãos internos por motivos ainda
desconhecidos.

2. A compressão demasiada do tecido mamário durante o exame é


prejudicial se houver um câncer já crescendo na mama. Desde
1928 foi demonstrado que o câncer da mama deveria ser
manipulado com muito cuidado para evitar a disseminação das
células cancerosas. No entanto, a mamografia é realizada com
uma compressão muito forte e dolorosa das mamas, especialmente
em mulheres antes da menopausa, o que pode propiciar a ruptura
de pequenos vasos ao redor do tumor que eventualmente está
presente e disseminá-lo pela corrente sanguínea, contribuindo para
que o câncer se espalhe pelo restante do corpo 8.

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