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TRABALHO MOMOGRAFIA CÂNCER DE MAMA

Câncer de mama triplo-negativo

Aluna: Larissa das Dores Lage soares Sette

Professora: Karine Leal

Disciplina: Mamografia

Radio 23

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Índice

1. Introdução
2. Informações básicas sobre tipos de cânceres de mama
3. O que é Câncer de mama triplo-negativo
4. Sinais e sintomas

5. Diagnóstico.

6. Quem está suscetível a ter o câncer de mama triplo-negativo?


7. Por que o triplo-negativo é considerado o câncer mais agressivo dos 4
subtipos
8. Pesquisas e avanços
9. Informações atuais da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica Sobre o
Câncer de Mama triplo negativo (2019 em diante)
10. Conclusão
11. Imagens e Desenhos
12. Bibliografia
Introdução:

O Câncer de mama triplo negativo é um subtipo de câncer de mama que acontece em


uma a duas mulheres em cada 10.

Existem vários tratamentos específicos para a doença.

Neste trabalho abordarei todas as informações necessárias, para que mulheres, assim
como eu, possam se conscientizar, estarem atentas, sobre a importância de um
diagnóstico precoce. A saúde nosso maior patrimônio.

Principalmente quando se trata de câncer de mama, um tipo de câncer que mais mata
mulheres no mundo, se descoberto no inicio as chances de cura são maiores.

Mais que um trabalho, meu objetivo é contribuir efetivamente, esclarecendo,


informando, alertando sobre “O câncer de mama triplo Negativo”, responsável por 10 a
15% dos cânceres de mama, comum em mulheres com menos de 40 anos de idade, afro-
brasileiras ou com mutação BRCA1*.

Este tipo de câncer defere de outros, pois cresce é se dissemina mais rapidamente, tem
opções limitadas de tratamento e pior prognóstico.

O câncer de mama triplo negativo pode apresentar os mesmos sintomas e sinais, que
outros tipos de câncer de mama.
Informações básicas sobre tipos de cânceres de mama:

O câncer de mama invasivo (ou infiltrante) é aquele que se disseminou pelo tecido
mamário adjacente. Os tipos mais comuns são o carcinoma ductal invasivo e
carcinoma lobular invasivo. O carcinoma ductal invasivo representa entre 70 a 80% de
todos os cânceres de mama.

Os tipo de câncer de mama são:


Carcinoma ductal in situ. O carcinoma ductal in situ, também chamado de câncer não
invasivo, representa 20% dos casos de câncer de mama. ...
Câncer de mama invasivo. ...
Câncer de mama triplo negativo. ...
Câncer de mama inflamatório. ...
Doença de Paget. ...
Angiossarcoma. ...
Tumor Filoide.

Os estágios do câncer de mama são classificados de 0 a 4, sendo o estágio 0


indicativo de um câncer não invasivo ou in situ e o estágio 4 a forma metastática da
doença. Além disso, o estadiamento do câncer de mama também é influenciado pelo
grau, presença de marcadores tumorais e fatores de proliferação.

O espectro de anormalidades proliferativas nos lóbulos e ductos da mama inclui


hiperplasia, hiperplasia atípica, carcinoma in situ e carcinoma invasivo. Dentre esses
últimos, o carcinoma ductal infiltrante é o tipo histológico mais comum e compreende
entre 80 e 90% do total de casos.

Observação :

Neste trabalho vamos falar sobre um tipo de câncer de mama.

Câncer de Mama Triplo Negativo.

O que é Câncer de mama triplo-negativo:

O câncer de mama é uma patologia que se manifesta de diferentes maneiras em cada


mulher. Além disso, existem quatro subcategorias para o câncer de mama: os luminais
A e B, o câncer HER2 positivo e o triplo-negativo. Ao receber o diagnóstico de câncer
triplo-negativo, muitas pacientes ainda não conseguem entender muito bem do que se
trata, pois há certa dificuldade de explicar esse assunto para leigos, visto que o assunto é
relativamente novo. Somente a partir de 2005, foi possível identificar essa categoria e
apesar de pesquisas e iniciativas extensivas sobre o assunto, pouco se sabe sobre a
origem desse tipo de tumor.
O triplo-negativo representa uma parcela significativa nos diagnósticos de câncer de
mama: cerca de 15% de todos os casos de câncer de mamas identificadas tratam-se de
tumores triplo-negativo. A forma como o câncer é identificado na análise histoquímica é
que dá origem ao nome: caso seja identificada a ausência dos três receptores que
classificam câncer de mama (HER2; estrogênio e progesterona) na célula examinada,
trata-se de um câncer de mama triplo-negativo.

O termo Câncer de mama triplo negativo refere-se ao fato de que às células


cancerígenas não tem receptores de estrogênio ou progesterona é não produzem a
proteína HER2.

Mesmo assim, os tumores triplo-negativos não são homogêneos e podem apresentar


características de tumores com melhor prognóstico, como os tumores medulares, ou de
comportamento mais agressivo, como os que se originam na camada de células basais
(camada mais profunda da epiderme, onde ocorre intensa divisão celular) dos ductos
mamários.

Além disso, alguns tipos de tumores triplo-negativo são considerados os tumores de


mama mais agressivos entre os subtipos de câncer de mama. Ele ainda não dispõe de
uma terapia-alvo, ou seja, não foi possível desenvolver um tratamento específico e
direcionado para esse tipo de câncer. Uma vez negativo para os três tipos de receptores,
a doença acaba não respondendo a tratamentos hormonais (negativo para estrogênio e
progesterona) e também não responde aos tratamentos com drogas específicas para o
receptor HER2, limitando-se às estratégias mais gerais de tratamento.

No momento, a cirurgia tem sido o tratamento para esse tipo de câncer, desde que a
doença seja localizada. A radioterapia pode ser usada como tratamento complementar
nesse caso. A quimioterapia também é considerada uma das melhores alternativas no
momento para o tratamento do triplo-negativo, pois consegue atacar as células que se
dividem rapidamente. Nesse caso, tanto a quimio quanto a radioterapia podem?
Anteceder a cirurgia com o objetivo de diminuir o tumor e facilitar o procedimento
cirúrgico na hora da remoção de possíveis vestígios do câncer na mama.

Sinais e sintomas:

O câncer de mama triplo negativo pode apresentar os mesmos sinais e sintomas que
outros tipos de câncer de mama.

Retrações de pele e do mamilo que deixam a mama com aspecto de casca de laranja;


saída de secreção aquosa ou sanguinolenta pelo mamilo, chegando até a sujar o sutiã;
vermelhidão da pele da mama; pequenos nódulos palpáveis nas axilas e/ou pescoço.

Diagnóstico do câncer de mama triplo negativo:

A mamografia é o principal método para diagnóstico do câncer de mama, sendo capaz


de detectar os primeiros sinais radiológicos da doença.
No caso o diagnóstico do câncer de mama triplo-negativo (assim como o de outros
subtipos de câncer de mama) é feito pela biópsia, em que se retira pequena parte do
nódulo mamário para uma análise mais detalhada, em laboratório e patologia.

A partir desse estudo, há dois tipos de laudo, o anatomopatológico e o


imunoistoquímico.

Quem está suscetível a ter o câncer de mama triplo-negativo?

De maneira geral, qualquer pessoa está suscetível a ter esse tipo de patologia, no entanto
pesquisas apontam que o triplo-negativo se manifesta mais frequentemente em mulheres
com idade menor que 40 anos. Ele também acomete mulheres hispânicas/latinas;
mulheres afro-americanas e mulheres que apresentam mutações nos genes
BRCA1/BRCA2 em um índice maior que os demais grupos. Ambos os genes (BRCA1
e BRCA2) têm uma função protetora no organismo contra o aparecimento de cânceres.
Quando há mutação nesses genes, a capacidade protetora é perdida, aumentando as
chances de aparecimento de tumores malignos. Segundo o Dr. Ricardo Caponero,
presidente Conselho Técnico-Científico da FEMAMA, por serem genes transmitidos
aos descendentes, alguns tipos de tumores triplos?-negativos estão associados a essas
mutações genéticas, uma vez que os genes BRCA1/BRCA2 são responsáveis por uma
parcela das neoplasias de mama que tem ligação com a hereditariedade. Nesse caso a
doença costuma acontecer em mulheres mais jovens e com história familiar para câncer
de mama ou ovário.

Por que o triplo-negativo é considerado o câncer mais agressivo dos 4 subtipos?

Além de não se saber ao certo a origem do tumor, o que dificulta a busca por
tratamentos-alvo, o triplo-negativo acelera o crescimento das células (o que faz com que
ele apareça em um mês, por exemplo) produzindo metástases, ou seja, atingindo outros
órgãos em um menor espaço de tempo se comparado aos outros tipos de câncer de
mama. Somado a esses fatores, as chances de recidiva (reaparecer) são altas.

Segundo o Dr. Gilberto Amorim, integrante do Conselho Técnico-Científico da


FEMAMA, “até mesmo o grupo de triplo-negativo não se trata de um único tipo de
doença”. Os tipos de triplo-negativo podem ser distintos entre si. Alguns tumores na
mama podem não expressar HER2 e nem hormônios e não são tão agressivos quanto o
clássico triplo-negativo. Isso dá espaço para mais questionamentos e dúvidas entre os
profissionais de saúde, uma vez que o triplo-negativo é, resumidamente, um bloco de
doenças caracterizado pela ausência dos biomarcadores. E por mais que hajam
características em comum os cânceres desse tipo, são na realidade doenças distintas
ainda em fase de pesquisas sobre a patologia e avanços médicos para tratamentos-alvo.

Pesquisas e avanços:

Muito se tem pesquisado sobre alternativas de tratamento para o câncer de mama triplo-
negativo. Igualmente pode-se falar da patologia em si. Os inibidores PARP foram
apresentados como uma proposta promissora para o tratamento desse câncer. Segundo
pesquisas, ouso dos inibidores de PARP concomitante com a quimioterapia pode
melhorar a sobrevivência do paciente.

A título de esclarecimento, PARP* é uma enzima envolvida na reparação do DNA.


Uma vez que os inibidores de PARP entram em ação, as células se tornam menos
resistentes aos efeitos da quimioterapia. De todos os inibidores, o que mais tem se
desenvolvido atualmente é o BSI-201. Esse inibidor mostrou uma força potente frente
aos tumores malignos e possuem a capacidade de inibição da atividade PARP de forma
duradoura e os pacientes que fizeram uso do BSI-201 apresentaram tolerância ao
medicamento.

As pesquisas ainda são recentes em termos desses medicamentos e serão necessários


mais testes e estudos até que se consigam confirmar resultados mais efetivos.
Atualmente, pesquisas sobre o BSI-201, especificamente, encontram-se na Fase II dos
ensaios clínicos. Isso significa que o medicamento já foi testado em pacientes com essa
patologia a fim de se avaliar a segurança no uso desse medicamento. Apesar de recentes
e prematuros, os resultados prévios da pesquisa já dão aos pacientes uma face positiva
em termos de tratamentos alternativos para o câncer triplo-negativo.

Informações atuais da Sociedade Brasileira de Oncologia Sobre o Câncer de Mama


triplo negativo com relação a tipos de tratamento.

Posicionamento da SBOC sobre câncer de mama metastático triplo-negativo:


finalmente um avanço importante no tratamento:

Câncer de mama triplo-negativo é relativamente raro e constitui o subtipo mais grave


dos cânceres de mama. Embora diversos quimioterápicos tradicionais possam ter algum
grau de atividade contra a doença metastática, o controle é pouco duradouro e a
expectativa de vida das pacientes é menor que dois anos. Neste contexto bastante
sombrio e sem avanços significativos nas últimas décadas, foi apresentado no
Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO Congress 2018) o IMpassion
130, primeiro estudo de fase 3 a documentar benefício significativo de imunoterapia em
câncer de mama metastático. Em face da importância do resultado, o estudo foi
simultaneamente publicado na mais renomada revista científica médica, o New England
Journal of Medicine. Posteriormente novos dados desse estudo (biomarcadores e
sobrevida global) foram apresentados no tradicional Simpósio de Câncer de Mama de
San Antonio, em dezembro, nos EUA, confirmando o benefício da imunoterapia.

O estudo IMpassion 130 randomizou mulheres com câncer de mama metastático triplo-
negativo na primeira linha para receberem tratamento com nab-paclitaxel e placebo ou o
mesmo nab-paclitaxel acrescido de atezolizumabe, um imunoterápico moderno. Foram
planejadas análises para o grupo total das 451 pacientes de cada braço de tratamento,
assim como uma análise exclusivamente para as 185 pacientes de cada braço de
tratamento cujos tumores tinham a presença de PD- L1 nos linfócitos que infiltram o
tumor. PD-L1 é o alvo da imunoterapia (atezolizumabe) e sua presença tem sido
relacionada a maior benefício da imunoterapia em diversos tipos de câncer.

Os resultados do estudo mostraram que, avaliando a população como um todo, havia um


controle mais duradouro da doença no grupo tratado com atezolizumabe associado ao
nab-paclitaxel, embora a diferença na duração do controle tenha sido modesta. Já na
análise das pacientes com PD-L1 positivo (cerca de 40% do total), o benefício em
termos de controle da doença foi maior, com uma redução do risco de progressão de
38% (o que significou um ganho de 2,5 meses no controle da doença) em favor da
utilização do atezolizumabe. O resultado mais impressionante e animador, no entanto,
foi a redução de 38% no risco de morte (representando um ganho de 10 meses em
termos de sobrevida global, 25 contra 15,5 meses favorecendo a imunoterapia) no grupo
que recebeu atezolizumabe. A toxicidade do tratamento foi leve em ambos os grupos de
tratamento (com ou sem imunoterapia).

No contexto de uma doença extremamente grave e praticamente órfã de novas


opções de tratamento nas últimas décadas, em função da disponibilidade de ambas as
medicações em nosso País (embora aprovadas para outros tipos de tumores) e,
principalmente, em face do benefício significativo que este tratamento pode
proporcionar às pacientes, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) vê
fundamentos científicos sólidos para solicitar celeridade na aprovação pelas
autoridades regulatórias brasileiras da combinação de nab-paclitaxel e atezolizumabe
para o tratamento de pacientes com câncer de mama triplo-negativo metastático,
ainda mais agora com a aprovação desta combinação terapêutica pela agência norte-
americana de medicamentos, o FDA, ocorrida no dia 08 de Março de 2019.
Importante ressaltar a necessidade de assegurar o controle de qualidade na
identificação das pacientes triplo-negativo, e também de garantir o acesso e o
treinamento dos patologistas para a correta testagem da expressão de PD-L1, pois em
tempos de medicina de precisão e de custos elevados do tratamento ontológico a
correta identificação garante a medicação certa para a paciente certa.
Imagens anexadas:

Esse tipo de tumor não apresenta receptor de estrógeno, receptor de progesterona nem
receptor HER-2
Cancro da Mama triplo-negativo 
Conclusão:

Esse tipo de câncer pode ser mais agressivo e tem um crescimento mais rápido.

Além disso, acomete mulheres mais jovens.

É importante saber o tipo de câncer para definir o tratamento que será feito.

Pacientes com câncer de mama triplo negativo não poderão ser tratadas, por exemplo,
com a terapia hormonal porque o tumor não vai responder ao hormônio.

O tratamento poderá ser feito com cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

Como em todo tipo de câncer, o diagnóstico precoce é importante para um bom


prognóstico.

Assim como todo câncer de mama os sintomas


Bibliografia:

https://femama.org.br/site/noticias-recentes/entenda-o-que-e-o-cancer-de-mama-triplo-
negativo/?gclid=Cj0KCQiAic6eBhCoARIsANlox86gmqc_8yppFey_lOhN5FicF1--
JaV_FZn-9GgINDtIgxbj-MxCCI0aAlpzEALw_wcB

https://leforte.com.br/especialidades/cancer-de-mama-triplo-negativo-representa-15-
dos-diagnosticos-da-doenca/

https://sboc.org.br/noticias/item/1485-posicionamento-da-sboc-sobre-cancer-de-mama-
metastatico-triplo-negativo-finalmente-um-avanco-importante-no-tratamento

https://jovempan.com.br/opiniao-jovem-pan/consultores/fernando-maluf/tumor-triplo-
negativo-e-o-mais-agressivo-de-cancer-de-mama.html

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