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1 PRINCÍPIOS GERAIS DE PREVENÇÃO

Em 1989 foi publicada pela Comissão Europeia a Diretiva 89/391/CEE, de 12 de


Junho - designada por Diretiva Quadro -, a qual teve por objeto a execução de
medidas destinadas a promover no espaço europeu a melhoria da segurança e
saúde dos trabalhadores.

Nela se incluíram nove princípios gerais – atribuídos às entidades empregadoras


- relativos à prevenção dos riscos profissionais e à proteção da segurança e da
saúde, à eliminação dos fatores de risco e de acidente, à informação, à
consulta, à participação, de acordo com as legislações e/ou práticas nacionais, à
formação dos trabalhadores e seus representantes, assim como, linhas mestras
a observar com vista à sua aplicação no terreno.

Esta diretiva foi transposta para o direito interno português através do Decreto-
Lei n.º 441/91, de 14 de Novembro, alterado posteriormente pelo Decreto-Lei
n.º 133/99, de 21 de Abril. Mais tarde os Princípios Gerais da Prevenção, foram
assumidos pela Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro, que revoga os diplomas
atrás referidos.

Obrigações gerais do empregador


Primeiro Evitar os riscos;

Segundo Planificar a prevenção como um sistema coerente que integre a


evolução técnica, a organização do trabalho, as condições de
trabalho, as relações sociais e a influência dos fatores ambientais;

Terceiro Identificação dos riscos previsíveis em todas as atividades da


empresa, estabelecimento ou serviço, na conceção ou construção de
instalações, de locais e processos de trabalho, assim como na
seleção de equipamentos, substâncias e produtos, com vista à
eliminação dos mesmos ou, quando esta seja inviável, à redução dos
seus efeitos

Quarto Integração da avaliação dos riscos para a segurança e a saúde do


trabalhador no conjunto das atividades da empresa, estabelecimento
ou serviço, devendo adotar as medidas adequadas de proteção

Quinto Combate aos riscos na origem, por forma a eliminar ou reduzir a


exposição e aumentar os níveis de proteção

Sexto Assegurar, nos locais de trabalho, que as exposições aos agentes


químicos, físicos e biológicos e aos fatores de risco psicossociais
não constituem risco para a segurança e saúde do trabalhador

Sétimo Adaptação do trabalho ao homem, especialmente no que se refere à


conceção dos postos de trabalho, à escolha de equipamentos de
trabalho e aos métodos de trabalho e produção, com vista a,
nomeadamente, atenuar o trabalho monótono e o trabalho
repetitivo e reduzir os riscos psicossociais

Oitavo Adaptação ao estado de evolução da técnica, bem como a novas


formas de organização do trabalho;

Substituição do que é perigoso pelo que é isento de perigo ou


menos perigoso;
j

Nono Priorização das medidas de proteção coletiva em relação às


medidas de proteção individual;

Elaboração e divulgação de instruções compreensíveis e adequadas


à atividade desenvolvida pelo trabalhador.
Tabela 1 - Os 9 Princípios Gerais de Prevenção de acordo com a Directiva 89/391/CEE

Quadro 1 -

2 Coordenação de Segurança
No artigo 3º, do Decreto-Lei nº 273/2003, de 29 de Outubro, introduz-se a
figura de Coordenador de Segurança e Saúde para duas fases:

 Coordenador de Segurança em Projecto;

 Coordenador de Segurança em Obra.

De acordo com o estabelecido no nº1, do artigo 9º, do Decreto-Lei nº


273/2003, de 29 de Outubro, no caso do projecto ser elaborado por mais que
uma pessoa, singular ou colectiva, ou que os trabalhos envolvam riscos
especiais previstos no artigo 7º do mesmo Decreto-Lei, ou que esteja prevista a
intervenção na execução da obra de duas ou mais empresas, o Dono de Obra
deverá nomear o Coordenador do Projecto de Segurança.

Conforme a alínea b) do nº 1 do artigo 3º do Decreto-Lei n.º 273/2003, de 29 de


Outubro o coordenador de segurança em projecto entende-se da seguinte
forma:

pessoa singular ou colectiva que executa, durante a elaboração do


projecto, as tarefas de coordenação em matéria de segurança e saúde
previstas no presente diploma, podendo também participar na preparação
do processo de negociação da empreitada e de outros actos preparatórios
da execução da obra, na parte respeitante à segurança e saúde no
trabalho.
Na presente empreitada a coordenação de segurança em fase de projeto será
garantida por:

Nome: Arqtª Margarida Alexandra Gonçalves Palito, inscrita na OA nº 15898

Morada: Rua do Festroia Bloco A – 3Dtº, 2910-859, Setúbal.

Contacto telefónico: 969224713

Email: margaridapalito@gmail.com

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