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O D r . Francisco Machado Villa, Consultor chado Villa “Noturno” , “Limbo” e outras obras
Jurídico do Departamento das Municipalidades poéticas e de ficção que enriqueceram a litera
do R io Grande do Sul e membro do Conselho de tura-do R io Grande do Sul. Como integrante do
Energia Elétrica do mesmo Estado, alia à invul Conselho Deliberativo da A . B . M . , há anos con
gar cultura um excepcional ezpírito público. Ba tribui, desinteressada e positivamente, com sua
charel em direito, com extensa íôlha de serviços oração, seus escritos e, também, com a impressão
prestados com o advogado e juiz no interior gaú sempre favorável que sua personalidade comu
cho, o autor do presente artigo dedicou seus es nica, para imprimir cunho prático às diretrizes
forços à causa dos municípios brasileiros através municipalistas do país. É, por conseguinte, com
do estudo do Direito M unicipal. Como síntese de prazer que a Revista do Serviço Público divulga,
seu pensamento nes?a esfera particular, escreveu
neste número, um dos muitos artigos de autori
a magistral obra que é uma das fontes de doutrina
e história do movimento que hoje arregimenta dade tão com petente na matéria, o que faz com
tôdas as unidades de govêrno local do Brasil: “O especial permissão do Boletim do Departamento
município no regime constitucional vigente” . Como das Prefeituras Municipais, do Rio Grande do Sul,
expoente da inteligência, escreveu ainda o Dr. M a - . que o publicou em primeira mão.
Adicional escrevia o Visconde do rugu • los, de difícil arrecadação, mais próprios para avo
Assembléias provinciais compete pe o a o lumarem a escrituração e para dar ocasião a vexa
nal legislar sôbre a polícia e e c o n o m i a t0g mes do que para auxiliarem as Assembléias no
legislar sôbre a fixação das despesas ^ P desempenho de importantíssimas atribuições que
municipais; sôbre a criação e supressão o acabavam de ser-lhes entregues” . (5 )
Pregos municipais. As Câmaras municipais sa
meras pupilas. O ato adicional descentralizo Se assim era em relação às Províncias, que
Poder-Geral completamente, com razão, o que era se viam forçadas a aumentar os seus impostos
puramente provincial sôbre muitos pontos. en exageradamente e a criar outros,, inconstitucionais,
tralizou, porém, vigorosa e completamente nas s não raro, para se poderem manter, o que não di
sembléias provinciais o que era puramente mu zer quanto aos Municípios, que deviam viver dc
nicipal. Não temos nas Províncias verdadeiras que as Assembléias Legislativas provinciais hou
municipalidades. Foram entregues amarradas as vessem por bem decretar para atenderem às des
Assembléias provinciais” . (■ • •) ‘‘Tem-se quen o pesas locais?
remendar o sistema da lei de 1 de outu ro e
1828, filha da inexperiência de seu tempo, sistema
municipal completamente desvirtuado pelo ato (3 ) VISCONDE DO URUGUAI — Estudos Práticos TO-
adicional. Na minha opinião o que existe hoje não fore a Administração das Províncias no Brasil, 1865, to
mo I, págs. V I I Í - I X .
admite remendos. Exige completa reforma. E
(4 ) T a v a r e s B a sto s — A Província, e d . de 1937,
págs. 1 5 0 -1 5 1 .
(2 ) Veiga F ilh o — Manual das Ciências das Fi (5 ) V isc o n d e do U r u g u a i — Op. e v, cits. pá
gina 2 4 2 .
nanças, 1917, 3.a ed ., págs.174-175.
104 REVISTA DO SERVIÇO PÚBLICO ----- OUTUBRO DE 1953
A tal ponto chegara a confusão, a desordem tiva da União, dos Estados e Municípios, com
tributária, que houve quem sugerisse, em face da certas limitações quanto à matéria tributada ou
impraticabilidade da distribuição das rendas es não por leis federais, a Carta Federal de 1891,
tabelecida pela Lei n.° 99, de 1835, um novo sis além de discriminar os impostos privativos da
tema, consistente na concessão franca dos impos União, adotou, no seu art. 12, a competência tri
tos adicionais às Províncias e aos Municípios pois butária cumulativa da União e dos Estados per
“criando-se o impôsto geral com adicionais pro mitindo a essas entidades a criação de outros tri
vinciais, feita pelos mesmos agentes a arrecada butos não incluídos na competência privativa de
ção, além da vantagem de menor dispêndio goza uma delas.
riam os contribuintes de maior facilidade no pa Êsse regime não deu os resultados esperados,
gamento, constituindo isso alívio na imposi como se sabe, porquanto a desordem fiscal conti
ção” . (6 ) nuou, sobretudo devido à circunstância de que,
3. A Constituição republicana de 1891, que julgando-se prejudicados, e com alguma razão,
instituiu um sistema de discriminação de rendas na partilha das rendas públicas, os Estados, ale
um tanto mais preciso e razoável, não deu, entre gando falta de recurso para a sua manutenção,
tanto, à autonomia do Município uma conceitua- passaram a exorbitar da competência tributária
ção mais adequada ao regime federativo que se traçada, instituindo impostos muitas vêzes incons
inaugurava, pois não garantiu a essa entidade lo titucicnaic.
cal, especificadamente, uma competência tributá Increpavam alguns, justamente, como fonte
ria própria, com independência da vontade dos da anarquia fiscal, o princípio da imposição cumu
Estados, a respeito. lativa, permitida no art. 12, do citado diploma
Contudo, forçoso é admitir que a primeira básico. A propósito, vale lembrar que, ainda na
Carta republicana, como não podia deixar de ser, Constituinte republicana de 1890-1891, Júlio de
concedeu maior poder aos Municípios, em com Castilhos, secundado por Assis Brasil, Homero Ba
paração com o que lhes era atribuído no regime tista e outros, condenava o sistema de competên
centralizador do tempo do Império, obrigando os cia tributária cumulativa, dizendo que o art. 12
Estados a se constituírem de forma a respeitar a do projeto erradamente consagrava o princípio
autonomia dos Municípios em tudo o que se rela-' dos impostos duplos lançados pela União e pelos
cionasse com o seu peculiar interêsse.' Estados, princípio êsse que por tanto tempo —
acrescentava — trouxe anarquizada a vida eco
Pertenciam aos Municípios os tributos que
nômica e financeira do país sob o detestável re
lhes fôssem deferidos pelas Constituições ou por
gime do Império e viria a produzir a mesma anar
leis) dos Estados, mas cabia às entidades, munici
quia funesta sob a República. (8 )
pais, é certo, a competência para os decretar, com
liberdade de ação. embora com as limitações que Em vista dessa situação, sentia-se a necessi
explícita ou implicitamente decorressem das Cons dade de se realizar uma alteração fundamental
tituições e das leis federais ou estaduais. no critério de distribuição das rendas, pelo esta
belecimento de um regime de discriminação tri
Era a realização pelo menos parcial do que
butária mais satisfatório e mais consentâneo com
já aspiravam, nesse assunto, na época imperial.
o sistema federativo. Na vigência da Carta de
Se ao contrário do que escreve A g e n o r d e R o u r e
1891, foi proposta a sugestão de uma reforma tri
não era essa, todavia, a autonomia municipal de
butária, baseada num plano consistente em se en
sejável, pelo menos significava mais uma franquia
tregarem à União os impostos indiretos, aos Es
concedida aos Municípios. Essa franquia — de
tados os impostos diretos e aos Municípios os im
cretação dos seus impostos, ao lado da arrecada
postos locais ou que afetassem a sua economia in
ção e aplicação próprias das rendas deixadas aos
terna. Tal plano, inspirado, conforme então se
Municípios pelas Constituições estaduais — já vi
disse, no sistema adotado com êxito na Prússia
nha figurando nos programas dos partidos, depois
em 1898, como se sabe, não foi aceito. Nem, por
da Abdicação, e por ela se batiam os partidos pro
outro lado, se operou qualquer modificação im
gressista e liberal, a partir de 1862, bem como o
portante em matéria tributária, até à vigência da
partido republicano fundado em 1870 e o partido
Constituição Federal de 1934.
republicano paulista, o qual, segundo refere A g e
n o r d e R o u r e , nas bases constitucionais de 1873, 4. Foi êsse diploma básico de 1934 que,
art. 42, advogava para os conselhos municipais no seu art. 13, fixando os elementos fundamentais
a prerrogativa de fixar a despesa municipal e a de mínimos da autonomia municipal, enumerou co
decretar impostos para a satisfação da mesma. mo um dos dados essenciais dessa autonomia, a
(7) serem respeitados pelos Estados no seu poder de
Consagrando, no tocante à distribuição das organizar os Municípios, a competência tributária
rendas, o sistema que sç baseia na livre inicia- (art. 13, 11), que se exercia originàriamente so
bre os tributos especificados (art. 13, § 2.°, e res
pectivos incisos) .
(6 ) Opinião do Conselheiro F r a n c is c o B e l is ár io ,
em relatório de 1886 e 1887, apud V eiga F il h o , op. ci
tada, pág. 176, nota 3. (8 ) A naij da Constituinte Republicana de 1889 —
(7 ) A g enor de R o u r e — A Constituinte Republi 1891, vol. 11, pág. 150 — V . A g e no r de R o u r e , op. c lt.,
cana, 1920, v o l. 11, pág. 219. vol. 1, págs. 9 e segts.
ADM INISTRAÇÃO LOCAL 105
Foi uma inovação de base no regime de dis Por sua vez, o art. 29 enumera os impostos
tribuição de rendas, entre nós., e também na con- da competência privativa dos Municípios e o ar
ceituação constitucional da autonomia municipal. tigo 30 declara quais os tributos, comuns que a
A esta instituição era dada, pela primeira vez, em União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni
nossa história constitucional, um conteúdo orgâ cípios podem cobrar.
nico, não mais repousando a mesma sôbre o vago De outra parte, o art. 21 estabelece a com
conceito do peculiar interêsse, mas se apoiando em petência tributária concorrente da União e dos
um suporte econômico-financeiro, sem o qual a Estados, permitindo a essas entidades a decreta
autonomia dos Municípios se esmaeceria e ficaria ção de outros tributos além dos que lhes são atri
na dependência de que os Estados, ao organiza buídos pela Constituição, com prevalência do im
rem as suas entidades locais, resolvessem adotai . posto federal sôbre o estadual idêntico.
Já agora, a área da competência tributaria O problema se cifra em saber se, diante do
dos Municípios não ficaria submetida totalmente critério firmado pela Carta Federal, em matéria
à vontade dos Estados. Deviam êstes respeitar
tributária, podem os Municípios decretar outros
a discriminação dos tributos estabelecidos, a qual,
tributos além dos expressamente enumerados nos
sem embargo de não constituir, já então, o melhor
artigos 29 e 30.
critério, pelo menos representava um ponto de
partida aceitável no momento. 7. Entendem, alguns que atento o conceito
de autonomia municipal, vigente em nosso regime
constitucional desde o diploma básico federal de
II 1934, com a interrupção verificada na vigência
5. A partir da Constituição Federal de da Carta de 1937, não se pode recusar aos Muni
1934, reconheceu-se no Município, efetivamente cípios a* faculdade de decretar outros impostos,
de modo mais preciso, o caráter de unidade fe além dos que lhes são privativos, porquanto, a par
derada, de “subdivisão de soberania , correspon tir da referida Constituição de 1934, a competên
dendo a uma ordem de competência definida, cia assegurada aos Municípios para legislar sôbre
quase equivalente, em substância, a dos Estados- os assuntos de seu interêsse, não é mais uma com
petência delegada, mas, sim, originária em relação
membros, posição essa do Município que adqui
aos pressupostos constitucionais que dão base à
riu contornos mais acentuados por efeito do ar
autonomia municipal,
tigo 28 da Constituição de 1946.
Realmente, dados os elementos essenciais que Aliás, diga-se de passagem, que, ainda no re
Configuram constitucionalmente a autonomia do gime da Constituição de 1891, era admitida essa
Município, não seria lícito negar semelhante con- faculdade impositiva residual dos Municípios, en
ceituação dessa entidade local, em nosso direito tendendo alguns que essas entidades locais podiam
constitucional positivo. Desde a Constituição de criar os impcstos não pertencentes à União, den
1934, a autonomia municipal revestiu-se, efetiva tro, porém, das limitações estabelecidas, porven
mente, de maior amplitude e relêvo, assentando tura. nas Constituições dos Estados. (9 )
em elementos nitidamente discriminados, e ape Entretanto, outros autores negam semelhante
nas se tendo modificado no regime de centraliza ampliação da competência dos Municípios em ma
ção da Constituição de 1937., especialmente quan téria de decretação de tributos, observando que
to a um traco fundamental da autonomia, qual se depreende dos próprios têrmos do art. 21 da
seja a eletividade dos órgãos da administração lo Constituição Federal essa vedação posta aos M u
cal, uma vez que por fôrça do art. 29 o Prefeito nicípios de criarem outros tributos além dos espe
era de nomeação do govêrno do Estado. cificados no art. 29 e dos constantes do art. 3G
Não resta dúvida que, no sistema do atual do mesmo diploma constitucional, não tendo im
Estatuto básico federal, o conceito de autonomia portância decisiva, assim, a questão de saber se
municipal se encheu de um conteúdo que melhor a competência dos Municípios, quanto aos pres
corresponde à idéia de uma organização federa supostos da autonomia municipal fixados na Cons
tiva, de cunho mais genuinamente democrático, tituição, é, por sua natureza, delegada ou origi
sem embargo de não haver atingido a Carta Su nária .
prema o extremo que era de esperar, relativa 8 . Esta última corrente, que é a dominante,
mente à discriminação das rendas e à definição exprime a nosso ver o ponto de vista mais com
dos encargos atribuídos aos Municípios, bem co patível com o critério adotado pela Constituição
mo no tocante à organização municipal. Federal sôbre a competência tributária.
Será interessante examinar, em breves têr-
Na verdade, não interessa em nada discutir
mos, a compreensão da competência tributaria dos
sôbre se é delegada ou originária a competência
Municípios, em face dêsse conceito de autonomia
dos Municípios, quanto aos pressupostos consti
municipal.
tucionais da autonomia municipal, porque tal
6. Pelo art. 28, II, da Carta Federal, vê-se
questão não tem a influência necessária para al
que um dos pressupostos da autonomia do Muni
terar os dados fundamentais do problema. Êste
cípio é a cdministração própria no que concerne
ao seu peculiar interêsse e, especialmente, à de
cretação e arrecadação dos tributos de sua com (9) ALCIDES C ru z - - Direito Administrativo Brasi
petência e à aplicação das suas rendas (al. a ) . leiro, 1914, p ág. 154.
106 R EVISTA DO SERVIÇO PÚBLICO ----- OUTUBRO DE 1953
se exercitar no campo dos impostos concorrentes, criarem no uso dessa competência, embora a exis
porquanto, “se os Estados pudessem transferir os tência da cláusula de prevalência a favor da
impostos de sua competência privativa aos Muni União.
cípios, poderiam ficar pela pressão das circunstân D o mesmo modo, entendemos que o segundo
cias, por injunções políticas, sem cs tributos que a ponto de vista não possui melhor fundamento.
Constituição lhes reservara e, destarte, estaria anu E ’ inaceitável, de fato, que sob a ação de circuns
lado o escopo constitucional de garantir receita tâncias ou injunções políticas, possam os Estados
própria a cada um dos entes da federação” . (18) transferir impostos privativos até ao ponto de fi
Sem descer a um exame minucioso dêsses carem despojados de receita própria necessária à
dois modos de ver, não será difícil verificar que sua administração. Custa crer que a tal extremo
nenhum dêles possui condições para prevalecer, possam chegar os legisladores estaduais, mesmo
dado que a Constituição não oferece base a qual sob a pressão de fatores políticos poderosos, as
quer uma dessas interpretações. Efetivamente, a sim como seria inconcebível que os contribuintes
Constituição atual não contém, como não continha federais, na partilha das rendas públicas, aqui
a anterior, no seu regime de discriminação tribu nhoassem os Estados com um volume de tributos
tária, qualquer princípio que estabeleça restrições tão grande que privassem a União de meios para
aos Estados, no tocante à transferência de impos a manutenção de seus serviços. Mas, se acaso
tos aos Municípios, a não ser, está visto, as que ocorresse ta! hipótese absurda, sempre haveria re
decorram do sistema de competências tributárias curso tendente à anulação do ato constituinte ou
privativas, em virtude do qual, por exemplo, não legislativo considerado prejudicial aos interêsses
podem os Estados decretar os impostos privativos do Estado, provocando-se a ação equilibradora do
dos Municípios, mesmo que êstes o consintam. Judiciário,- e indo-se até à intervenção federal, se'
nem transferir, é óbvio, a essas entidades os im aquela política distributiva levasse o Estado à in-
postos reservados à União. Nesta questão, tudo solvabilidade.
dependerá da orientação que os Estados adota 13. Finalmente, cumpre assinalar que o
rem, na sua política de distribuição de impostos, Estado não pode estabelecer um regime de privi
seja na sua Constituição ou em lei ordinária, com légio, no tocante à transferência de impostcis. Quer
base na mesma, respeitadas as normas da Carta
dizer, não lhe seria lícito tratar os Municípios de
Federal sôbre o assunto. modo desigual, transferindo impostos a uns, com
Sem dúvida, não nos parece que possa influir exclusão de outros, salvo na ocorrência de circuns
no critério da transferência de impostos o argu tâncias ou condições especiais, justificativas de tal
mento de que os Estados podem ficar privados procedimento e que excluam a idéia de privilégio.
de impôsto concorrente, quando a União instituir
Também não pode o Estado impor aos M u
imposto idêntico, e assim não .lhes ser facultado
disporem livremente de dito impôsto. No uso da nicípios qualquer restrição na decretação ou na
competência tributária concorrente, aos Estados é utilização dos impostos transferidos pois, uma vez
reconhecido o direito de decretar todos os impos que se verifique a transferência, os Municípios
tos que não pertençam a um plano tributário pri adquirem quanto aos impostos transferidos a mes
vativo. O que caracteriza, justamente como se ma liberdade de ação que possuem em relação aos
disse antes, êsse tipo de competência, é a legiti impostos que lhes são privativos, caso os impostos
midade da instituição do impôsto por qualquer dos lhes sejam transferidos sem condição, pelo Esta
entes que detenha tal competência. E daí pode do, tanto no que diz respeito ao seu quantum, à
rem aos Estados, em nosso entender, transferir aos sua repercussão e ao seu modo de lançamento e
Municípios como jmpostos seus, os impostos que cobrança. Se a transferência fôr feita sob condi
ção, porém, o Estado pode estabelecer normas sô
bre a cobrança dos impostos transferidos, às quais
(1 8 ) A . G o n ç a l v e s d e O l i v e i r a , “Revista de D i
reito Administrativo” , v o l. III, janeiro de 1946, pág. 130. deverão os Municípios obedecer.