A maior empresa de destilados do mundo, a empresa Russa Liquoroff
anuncia que entrará no mercado brasileiro, lançando em maio de 2021 a sua famosa marca de vodka “Carmin”, só que na versão de aguardente de cana de açúcar, na mesma garrafa octangular usada em todo o mundo, com rótulo roxo e estrelas verdes, sendo que esse produto responde hoje por 26% das suas vendas mundiais de bebidas.
A Liquoroff é uma empresa com mais de 9 rótulos de bebidas das mais
diversas. Sua segunda principal bebida, a vodca “Sputin” (incolor e que corresponde a 22% de suas vendas e também embalada em garrafas octagonais com outro desenho de rótulo bem moderno e diferente do rótulo da Carmin) não é vendida no mercado Brasileiro, por conta de certas barreiras comerciais protecionistas, e a Liquoroff acaba de desenvolver uma linha de vodcas temperadas e coloridas (limão, maracujá, pimenta, uva e hortelã) com a marca Sputin, que vem sendo comercializada desde o início de 2021, e é um sucesso mundo afora e deverá aumentar o “market share” da Liquoroff ainda mais. Em 2020 as vendas globais da Liquoroff atingiram o valor US$ 5.8 Bilhões.
A empresa brasileira 81 Bebidas recebeu nos idos de 2017 uma licença da
Liquoroff para fabricar e utilizar garrafas octogonais, na sua linha “premium” de cachaças, a qual previa que teria que pagar “royalties” de US$ 0.20 por garrafa produzida à Liquoroff, mas como nunca se utilizou dessa licença não tinha feito até hoje nenhum pagamento de “royalties”. Nessa licença não se tratou de ser estabelecida uma produção mínima anual e a licença é válida até 2027.
A 81 Bebidas lançou, no mês passado, no mercado brasileiro um produto
chamado “Cachaçim di Carmim”, aumentando a sua linha de produtos vindos dos “Alambiques Mineiros” e explorando o fato dessa bebida ser produzida em sua fábrica de Carmo de Minas, utilizando justamente uma garrafa octogonal, com um rótulo azul escuro cheio de esmeraldas verdes. A 81 Bebidas comercializa mais outras 4 outras marcas (“81 Premium, “81 Estrada Real”, “81 Ice Sugar Cane Shot” e “Cachacim de Extremin”, todas em garrafas redondas), com “market share” proporcionais e bem semelhantes no mercado Brasileiro, do qual detém 35% do mesmo, O faturamento anual da empresa no ano de 2019, foi de R$ 850 MM, sendo que a sua exportação de bebidas representa 8% de seu faturamento.
Em 15 minutos começará a reunião dos executivos das duas empresas, uma
vez que a Liquoroff já notificou extrajudicialmente, e por meio de advogados locais, a 81 Bebidas para que deixasse de usar a garrafa octogonal, bem como para que mudasse o nome do produto e o rótulo da aguardente “Cachaçim di Carmim”, para não confundi-lo com os utilizados na marca “Carmin”.
A questão do prazo de validade da licença concedida para a fabricação de
garrafas de formato octangular é muito polêmica e se não for feito um acordo, as partes irão levar o caso aos Tribunais Brasileiros, com a demora e os custos que isso implica de lado a lado até que haja um vencedor ou haja uma decisão final transitada em julgado nas cortes brasileiras. Obs.: TAXA DE CÂMBIO a ser usada no exercício será de US$1.00 = R$ 5,00. Caso Prático – A Guerra das Cachaças
Informações Confidenciais para a equipe Russa da LIQUOROFF:
Seu Grupo deverá traçar uma ou mais estratégias e é composto de:
- Uma pessoa que cuidará de falar apenas (Líder); - Outro anotará tudo o que será falado pelos Líderes (Sumarizador ou Resumidor) - Outro observará as reações de seu Líder e dos Brasileiros, anotando-as (Observador) - Qualquer um poderá pedir pausas para o grupo conversar e retomar as negociações (e cada grupo poderá pedir até 2 pausas de 5 minutos cada. A Liquoroff tem interesse em não só penetrar no mercado Brasileiro com os seus principais produtos (com as marcas “Carmin” e “Sputin” e está enfrentando dificuldades burocráticas, barreiras econômicas e políticas, pois o Governo Brasileiro protege demasiadamente as empresas locais), mas também tem muito interesse em vender produtos à base de cachaça na Rússia, Ucrânia, Estônia e Eslovênia, num primeiro momento, e depois na China, EUA, Japão e Malásia.
A Liquoroff sabe que o custo de produção de garrafas octogonais no Brasil
é mais econômico hoje, que o de suas fábricas nos EUA, Rússia, Inglaterra e França (lá os custos por garrafa variam de US$ 2.40 a US$ 2.95 por garrafa), que concentram 80% da produção dessas garrafas octagonais, e que um investimento da ordem de pelo menos R$ 6.6 Milhões seria necessário para que a Liquoroff pudesse produzir pelo menos metade do que almeja vender no Brasil, com suas marcas “Carmin” e “Sputin (em especial as novas vodcas temperadas e coloridas lançadas neste ano) A Liquoroff pode facilmente colocar pedidos mundiais, em 2018 ainda para mais 72 Milhões de Garrafas/ Ano, e isso só de garrafas octagonais.
No Brasil a ideia é comercializar o produto final a um preço de atacado em
torno de R$ 25,00 por garrafa, e de varejo a R$ 35,00 a garrafa. A Liquoroff para entrar no Brasil, disponibilizou uma verba de marketing da ordem de R$ 2,5 Milhões, mas tem dúvida se o resultado de conquista do mercado será obtido, em curto prazo, apenas com esse montante.
Se a 81 Bebidas seguir comercializando a “Cachaçim de Carmim”, isto
certamente atrapalhará as vendas da “Carmim” de modo que é importante que, por algum meio, a 81 Bebidas decida-se por não seguir produzindo esse produto para não atrapalhar os planos da Liquoroff no mercado brasileiro.
Tente obter um acordo onde a 81 Bebidas deixe de fabricar a “Carmim” e
ainda aceite entregar para a Liquoroff mais R$ 2,5 Milhões para reforço de campanha de marketing no Brasil e/ou no exterior, e R$ 1,25 Milhões para que não seja acionada na justiça brasileira; recompondo os gastos da Liquoroff e até aqui com advogados, na notificação, no levantamento de dados, e de uma possível busca e apreensão dos produtos “plagiados”; ou, então, ajuste, alternativamente, algo que contemple o recebimento desses mesmos valores, de outra forma Não deixe de ser criativo e pensar alternativas e opções para todos os envolvidos na negociação, a partir da exploração dos interesses comuns e os que sejam apenas seus.
O Pavilhão Alemão, também conhecido como Pavilhão de Barcelona, __foi projetado por Ludwig Mies van der Rohe para a Exposição Internacional de Barcelona de 1929. O edifício é considerado um marco importante da (1)