Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
pp p- --
Artigo 19
Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade
Económica Europeia e, nomeadamente, o seu artigo Definições
1189 A,
Para efeitos da presente directiva, entende-se por:
a ) Navio: qualquer embarcação que arvore pavilhão de
Tendo em conta a proposta da Comissão ( I ) , elaborada um Estado-membro ou registado sob a plena jurisdição
após consulta ao Comité consultivo para a segurança, a de um Estado-membro, susceptível de navegar no mar
higiene e a protecção da saúde no local de trabalho, ou que pratique a pesca de estuário, de propriedade
pública ou privada, excluindo:
Em cooperação com o Parlamento Europeu (2), - a navegação fluvial,
- os navios de guerra,
Tendo em conta o parecer do Comité Económico e - os barcos de recreio explorados com fins não
Social ( 3 ) , comerciais e não tripulados por profissionais
mente a bordo uma dotação médica qualitativamen- No entanto, quando numa linha regular a travessia
te pelo menos conforme com as secções I e I1 d o tiver uma duração prevista inferior a duas horas, os
anexo I1 para a categoria de navios em que está antídotos poderão ser limitados aos que devam ser
classificado; administrados em caso de extrema urgência num prazo
que não exceda a duração normal da travessia;
b) As quantidades de medicamentos e de material
médico a embarcar sejam determinadas em função 3. O conteúdo da dotação médica, no que respeita aos
das características da viagem - nomeadamente: antídotos, deverá ser registado num documento de
escalas, destino, duração -, do ou dos tipo(s) de controlo que respeita, pelo menos, o quadro geral
trabalho(s) a efectuar durante essa viagem, das enunciado nas secções A, B e C, pontos 11.3 do anexo
características da carga e do número de trabalhado- IV.
res;
C) O conteúdo da dotação médica no que se refere aos
medicamentos e ao material médico seja registado Artigo 4?
numa ficha de controlo d o tipo da que figura no Responsabilidades
anexo IV, secções A, B e C, pontos 11.1 e 11.2;
2. a) Qualquer navio que arvore o seu pavilhão ou regis- Cada Estado-membro tomará as medidas necessárias para
tado sob a sua plena jurisdição tenha, para cada que:
lancha e embarcação de salvamento, uma caixa-far- 1. a) O fornecimento e a renovação da dotação médica
mácia estanque, cujo conteúdo seja pelo menos de qualquer navio que arvore o seu pavilhão ou
idêntico A dotação médica prevista nas secções I e 11 registado sob a sua plena jurisdição se faça sob a
do anexo II para os navios da categoria C; responsabilidade exclusiva do armador, sem que daí
b) O conteúdo dessas caixas-farmácia seja igualmente resulte qualquer encargo financeiro para os traba-
registado na ficha de controlo prevista na alínea 1 lhadores;
c); b) A gestão da dotação médica seja colocada sob a
responsabilidade do comandante do navio; sem
3. Qualquer navio de capacidade superior a 500 toneladas prejuízo dessa responsabilidade, este poderá delegar
brutas que arvore o seu pavilhão ou registado sob a sua a utilização e a manutenção da dotação médica num
plena jurisdição, cuja tripulação compreenda 15 traba- ou em vários trabalhadores especialmente designa-
lhadores ou mais e que efectue uma viagem de duraçãio dos para o efeito em função da sua competência;
superior a três dias tenha um local que permita a
administração de cuidados médicos em condições mate- 2. A dotação médica seja mantida em bom estado, com-
riais e de higiene satisfatbrias; pletada e/ ou renovada logo que possível e, em qualquer
circunstância, como elemento prioritário nas operações
4. Qualquer navio que arvore o seu pavilhão ou registado normais de reabastecimento;
scrb a sua plena jurisdição, cuja tripulação compreenda
100 trabalhadores ou mais e que efectue um trajecto 3. Em caso de urgência médica, verificada pelo coman-
internacional de mais de três dias tenha um médico a dante após ter obtido, na medida do possível, um
bordo que tenha a cargo a assistência médica aos parecer médico, os medicamentos, o material médico e
trabalhadores. os antídotos necessários que não existam a bordo sejam
obtidos o mais rapidamente possível.
Artigo 39 Artigo 59
Cada Estado-membro tomará as medidas necessárias para Cada Estado-membro tomará as medidas necessárias para
que: que:
1. A dotação médica seja acompanhada de um ou vários
1. Qualquer navio que arvore o seu pavilhão ou registado
guias de utilização que indiquem o modo de emprego
sob a sua plena jurisdição, que transporte uma ou mais pelo menos dos antidotos referidos na secção 111 do
das matérias perigosas referidas no anexo 111 tenha a anexo 11;
bordo, na dotação médica, pelo menos os antidotos
previstos na secção 111 d o anexo 11; 2. Todas as pessoas que receberem uma formação profis-
sional marítima e se destinarem a trabalhar a bordo de
2. Qualquer navio de transbordo que arvore o seu pavil- um navio possuam uma formação de base sobre as
hão ou registado sob a sua plena jurisdição e cujas medidas de assistência médica e de socorro a tomar
condições de exploração nem sempre permitam conhe- imediatamente em caso de acidente ou de urgência
cer, com um prazo ou pré-aviso suficiente, a natureza médica vital;
das matérias perigosas transportadas tenha a bordo, na
dotação médica, os antídotos previstos na secção 111 do 3. O comandante e o ou os trabalhadores nos quais, nos
anexo 11. termos da alínea l b ) d o artigo 49, tenha sido delegada
Jornal Oficial das Comunidades Europeias
3. Os Estados-membros enviarão à Comissão, de cinco presente directiva, tendo em conta o disposto nos noS 1, 2 e
em cinco anos, um relatório sobre a aplicação prática das 3.
disposições da presente directiva e, nomeadamente, do nQ 5
do artigo 29, com indicação d o parecer dos parceiros
Artigo I O?
sociais.
O s Estados-membros são os destinatários da presente
A Comissão informará o Parlamento Europeu, o Conselho, directiva.
o Comité Económico e Social e o Comité consultivo para a
segurança, a higiene e a protecção da saúde no local de
trabalho. Feito em Bruxelas, em 31 de Março de 1992.
Pelo Conselho
4. A Comissão apresentará, pelo menos de cinco em cinco
O Presidente
anos, ao Parlamento Europeu, ao Conselho e ao Comité
Económico e Social um relatório sobre a aplicação da Vitor MARTINS
ANEXO I
CATEGORIAS DE NAVIOS
B. Navio que pratique a navegação ou a pesca marítimas em zonas limitadas a menos de 150 milhas marítimas
d o porto mais próximo com equipamento médico adequado ( I ) .
C. Navio que pratique a navegação portuária, barcos e embarcações que permaneçam nas imediações da costa
ou não disponham de outros compartimentos para além do d o timoneiro.
(I) A categoria B alargada aos navios que pratiquem a navegação ou a pesca marítimas em zonas limitadas a menos de 175
milhas marítimas d o porto mais próximo com equipamento médico adequado e que se mantenham no raio de acçào de uma
evacuação sanithria por helicóptero.
Para tanto, cada Estado-membro comunicará info'mações actualizadas sobre as zonas e as condições em que os servi(os de
evacuação sanirhria por helic6ptrro estejam sistematicamente assegurados:
a ) Aos ourros Estados-membros e a Comissão;
b) Aos comandantes das navios que arvorem o seu pavilhão ou estejam registada sob a sua jurisdição plena, a o \ quais a
presente nota de rodapé diga respeito ou possa dizer respeito, d a forma mais adequada, nomeadamente por intçrmedio'
dos centros de radioconsulta, dos centros de coordenação dos salvamentos ou das estações costeiras de ridio.
30. 4. 92 Jornal Oficial das Comunidades Europeias NQL 113/23
-- -- --
ANEXO I1
I. MEDICAMENTOS
Categorias de novios
1. Cardiovasculares
a ) Analépticos, cardio-circulatórios - Simpaticomiméticos
b) Antiangionosos
C ) Diuréticos
3. AnaIgésicos e anti-espasmbdicos
a) Analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios
b) Analgésicos fortes
c) Espasmolíticos
5. Anti-alérgicos e anti-anafiáticos
a) Anti-histamínicos H1
b) Glicocorticóides injeaáveis
Categorias de navios
A B C
7. Medicamentos anti-infecciosos
a) Antibióticos (pelo menos duas famílias) X X
b) Sulfamidas antibaaerianas X X
d) Antiparisitários X X
e) Anti-infecciosos intestinais X X
- Pomada antibiótica X X
- Colirio anestésico X X
e) Anestésicos locais:
- Anestésico local através de arrefecimento X
1. Material de reanimação
- Aparelho de reanimação manual
- Aparelho de oxigenoterapia com descompressor que permite utili-
zar o oxigénio industrial de bordo, ou reservatório de oxigénio
- Aspirador mecânico para desobstrução das vias aéreas superiores
- Cânula para reanimação boca-a-boca
3. Instrumentos
- Bisturis descartáveis
- Caixa de instrumentos em aço inóxidhvel
- Tesouras
- Pinças de dissecção
- Hemóstatos
- Porta-agulhas
- Navalhas descarthveis
rir. ANT~DOTOS
1. Medicamentos
- Gerais
- Cardiovasculares
- Sistema gastro-intestinal
- Sistema nervoso
- Sistema respiratbrio
- Anti-infecciosos
- Uso externo
2. Material mkdico
- Material para oxigenoterapia (incluido o material para a sua manutenção)
Observação
Com vista a aplicação pormenorizada da presente secção 111, os Estados-membros podem consultar o Guia de
cuidados médicos de urgência a ministrar em caso de acidente devido a mercadorias perigosas (GSMU),
incluído no Código marítimo internacional das mercadorias perigosas da OMI (edição consolidada de 1990).
A eventual adaptação da presente secção 111 por aplicação do artigo 80 pode tomar em consideração,
designadamente, a ou as actualizações do GSMU.
30. 4. 92 Jornal Oficial das Comunidades Europeias
--
A N E X O I11
MATÉRIAS PERIGOSAS
[Alínea e ) d o artigo 19, nQ 1 d o artigo 3Q]
As matérias constantes d o presente anexo devem ser tomadas em consideração seja qual for o estado em que
forem embarcadas, mesmo que constituam detritos ou resíduos de carga.
- Matérias e objectos explosivos;
- Gases comprimidos, liquefeitos o u dissolvidos sob pressão;
- Substâncias liquidas inflamáveis;
- Substâncias sólidas inflamáveis;
- Substâncias sujeitas a combustão espontânea;
- Substâncias que, em contacto com a água, libertem gases inflamáveis;
- Substâncias comburentes;
- Peróxidos orgânicos;
- Substâncias tóxicas;
- Substâncias infecciosas;
- Substâncias radioactivas;
- Substâncias corrosivas;
- Substâncias perigosas diversas, isto é, todas as outras substâncias que já tenham demonstrado ou que
possam vir a demonstrar que apresentam carácter perigoso pelo que as disposições d o artigo 3Q Ihes
deveriam ser aplicáveis.
Observação
Com vista h aplicação pormenorizada do presente anexo, os Estados-membros podem seguir o Código
marítimo internacional das mercadorias perigosas da O M I (edição consolidada de 1990).
A eventual adaptação d o presente anexo por aplicação d o artigo 89 pode tomar em consideração, designada-
mente, a ou as actualizações d o Código marítimo internacional das mercadorias perigosas da OMI.
N9 L 113/28 Jornal Oficial das Comunidades Europeias 30. 4. 92
A N E X O IV
Observações
Quantidades (nomeada-
Quantidades
efectivamente mente:
requeridas
a bordo eventual data
de validade)
1. MEDICAMENTOS
1.1. Cardiovasculares
a) Analépticos, cardio-circulatórios - Simpaticomiméticos o o O
b) Antiangionosos O o O
C) Diuréticos O O O
d ) Anti-hemorrágicos, incluindo tónicos uterinos (se houver
mulheres a bordo) O O O
O O O
Quantidades
requeridas
e) Anestksicos locais:
-Anestésico local através de arrefecimento
- Anestksico local injectável por via subcutânea
- Mistura anestksica e anti-skptica dentária
2. MATERIAL MÉDICO
- Gaze gorda
2.3. Instrumentos
- Bisturis descartáveis
- Caixa de instrumentos em aço inóxidável
- Tesouras
- Pinças de dissecção
- Hemóstatos
- Porta-agulhas
- Navalhas descartáveis
3. ANT~DOTOS
3.1. Gerais
3.2. Cardiovasculares
3.3. Sistema gastro-intestinal
3.4. Sistema nervoso
3.5. Sistema respiratório
3.6. Anti-infecciosos
3.7. Uso externo
3.8. Outros
3.9. Aparelho de oxigenoterapia
Localedata: ....................................................................
Assinatura do comandante: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Visto da pessoa ou autoridade competente: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
NQ L 113/32 Jornal Oficial das Comunidades Europeias
I. Identificação do navio
Nome: ......................................................................
Pavilhão: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Portodeorigem: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Quantidades
requeridas
1. MEDICAMENTOS
1.1. Cardiovasculares
a ) Analépticos, cardio-circulat6rios - Simpaticorniméticos
b) Antiangionosos
c) Diuréticos
d ) Anti-hernorrágicos incluindo t6nicos uterinos (se houver
mulheres a bordo)
c) Anriparasitários
d) Anti-infecciosos intestinais
e) Vacinas e gamaglobulinas antitetânicas
2. MATERIAL MÉDICO
Observaçks
Quantidades (nomeada-
Quantidades
efectivamente mente:
requeridas
a bordo eventual data
de validade)
2.3. Instrumentos
- Caixa de instrumentos em aço inóxidável o o o
- Tesouras o o o
- Pinças de dissecção o o o
- Hemóstatos o o o
2.4. Material de exame e de vigilância médica
- Abaixa-línguas descartáveis o o o
- Fichas médicas de evacuação o o o
- Estetoscópio o o o
- Esfigmomanómetro aneróide o o o
- Termómetro médico vulgar o o o
- Termómetro que permita medir a hipotermia o o o
2.5. Material de injecção, de perfusão, de punção e de sondagem
- Seringas e agulhas descartáveis o o o
2.6. Material de imobilizaçiio e de contenção
- Tala maleável para os dedos o o o
- Tala maleável para o antebraço e a mão o o o
- Talas insufláveis o o o
- Tala para a coxa o o o
- Colar cervical para imobilização d o pescoço o o o
3. ANT~DOTOS
Gerais o o o
Cardiovasculares o o o
Sistema gastro-intestinal o o o
Sistema nervoso o o o
Sistema respiratório O o o
Anti-infecciosos o o o
Uso externo o o o
Outros o o o
Aparelho de oxigenoterapia o o o
Localedata: ....................................................................
Assinatura do comandante: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Visto da pessoa ou autoridade competente: ..............................................
30. 4. 92 Jornal Oficial das Comunidades Europeias NQ L 113/35
- -
I. Identificação do navio
Nome: ......................................................................
Pavilhão: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Portodeorigem: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1. MEDICAMENTOS
1.1. Cardiovasculares
a) Antiangionosos
b) Anti-hemorrágicos, incluindo tónicos uterinos (se houver
mulheres a bordo)
2. MATERIAL MEDICO
3.1. Gerais
3.2. Cardiovasculares
3.3. Sistema gastro-intestinal
Jornal Oficial das Comunidades Europeias
-- -- -.
Localedata: .....................................................................
Assinatura do comandante: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Visto da pessoa ou autoridade competente: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ANEXO V
11. Esta formação deverá ter em conta os programas definidos pelos mais recentes textos internacionais
geralmente reconhecidos.