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O texto explora a relação entre respiração e técnica de apoio, destacando duas fases da respiração: inspiração

e expiração. Enquanto em repouso a inspiração dura cerca de quatro segundos e a expiração dois segundos,
no canto essa relação se inverte para uma eficiência adequada. Na fonação, a expiração se torna a fase ativa,
ao contrário da respiração em repouso. Isso requer um dispêndio maior de energia para manter uma
expiração prolongada, possivelmente explicando parte da fadiga vocal durante a fala ou canto prolongado.

Existem três formas de respiração que podem inspirar, mas apenas uma é ideal para o canto, descrita como
segue:

1. Respiração nasoclavicular: Neste tipo de respiração, o ar é inalado pelo nariz e apenas a parte
superior do tórax é usada. Embora o ar inalado seja filtrado e aquecido nas fossas nasais, essa
respiração tende a ser mais superficial e pode ser ruidosa.
2. Respiração buco-abdominal: Esta ocorre em situações como susto, admiração, medo, conversas
ansiosas, entre outras. Nesse caso, a região abdominal se expande melhor com um maior volume de
ar inalado, mas pode resultar em ressecamento da cavidade oral e maior possibilidade de inalar ar
não filtrado e resfriado.
3. Respiração buconasal, intercostal abdominal: Esta é a respiração ideal para os cantores. Nela, o ar
é recolhido, parcialmente filtrado e aquecido. Ambas as partes do tórax, inferior e superior, são
expandidas e elevadas, resultando em uma absorção eficiente de ar, além de ser silenciosa.

Um exemplo de respiração buconasal é o bocejo.

O canto ocorre durante a expiração. As principais formas de expiração são:

1. Expiração com pressão abdominal para dentro: O diafragma retorna à posição de repouso, as
vísceras se reacomodam e o tórax se contrai. Exemplos incluem suspiro, espirro e tosse.
2. Expiração com pressão abdominal para fora: O diafragma e o tórax mantêm-se tonificados,
enquanto a laringe se contrai. Exemplos incluem evacuação forçada e levantamento de peso.
3. Expiração de sustentação: Esta é uma combinação das formas anteriores. O tórax permanece
expandido, enquanto o abdome trabalha conforme necessário. Se a frase cantada não demanda
esforço, o abdome permanece em expansão. No entanto, se a frase requer um salto ascendente,
variação de dinâmica ou articulação, os músculos do abdome contraem-se. A questão da expiração é
frequentemente debatida e há diferentes pontos de vista sobre ela. A clareza sobre esta questão é
essencial para o aprendizado do canto, sendo os conceitos de "appoggio" e sustentação fundamentais.

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