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Projeto de Pesquisa – Monografia PECEGE

Projeto de Pesquisa e Planejamento de Atividades

Aluno: Luiz Fernando Duarte de Moraes Data início curso:


_07/10/2019____
Orientador: Renata Maria Marè Gogliano Data depósito:
__/__/____
Curso: MBA Gestão de Projetos Modalidade: Distância Turma: 192

1 Título do projeto (parcial)


Oportunidades da restauração de ecossistemas para a inserção internacional da pesquisa
agropecuária brasileira

2 Introdução

Em um mundo onde a globalização e os avanços nas tecnologias de informação


possibilitam um ambiente de alta capilaridade na comunicação, o desenvolvimento da
estratégia internacional em uma instituição traz vantagem competitiva e possibilita uma maior
agilidade na busca de soluções de inovação. Desenvolver uma estratégia em uma instituição
ou empresa é definir, de forma ampla, quais são seus objetivos e quais são as políticas para
o alcance desses objetivos, é importante para saber como chegar aonde se deseja (Porter,
1985).
A definição das estratégias é um processo feito em etapas, e tem início na percepção
e avaliação das mudanças ambientais (internas e externas) e na definição do posicionamento
estratégico, a fim de se determinar qual o foco que deve orientar a implantação da estratégia.
Estudos sugerem que há várias categorias principais de estratégias internacionais, e todas
possuem algum tipo de lacuna de conhecimento que dificulta sua implantação (Xu et al.,
2021).
Para instituições envolvidas com pesquisas, a internacionalização da produção
científica se baseia em três aspectos: difusão, colaboração e impacto internacional (Santin et
al., 2016). A cooperação internacional significa uma possibilidade de intercâmbio de
conhecimento que agrega valor às descobertas, e aumenta sua visibilidade e sua importância
social e eventualmente econômica. Na definição da estratégia, análise do ambiente externo é
reconhecer oportunidades de cooperação, e o intercâmbio de conhecimento pressupõe um
equilíbrio entre o ensino (transferência) e o aprendizado (Kristjanson et al., 2009).
Nas instituições de pesquisa as estratégias estão associadas a portfólios de
programas e projetos de pesquisa, e o ideal é que a internacionalização esteja associada à
gestão dessas instâncias. Como estudo de caso para identificar como a estratégia
internacional pode contribuir com a missão de uma empresa, propõe-se aqui um estudo de
caso envolvendo uma Empresa Brasileira de Pesquisa, doravante denominada, no presente
trabalho, EBP.
A EBP é vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA),
compondo o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA). A EBP é reconhecida como
a principal empresa de pesquisa agropecuária no país, tendo construído, ao longo de sua
trajetória, sólidas colaborações internacionais. A existência da empresa possibilitou a
superação de grandes gargalos na produção de alimentos e na construção de um modelo
mais sustentável de produção agropecuária, que se constituem em ativos importantes para o
fortalecimento de cooperações internacionais, contribuindo com o Estado brasileiro na
transferência de tecnologias para outros países e no acompanhamento dos acordos e
compromissos internacionais assumidos pelo país (Embrapa, 2020).
Um dos temas mais importantes atualmente, associado à sustentabilidade ambiental
no uso da terra, é a restauração de ecossistemas. A degradação ambiental atingiu níveis tão
alarmantes, prejudicando os esforços de conservação da biodiversidade e a provisão de
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serviços ecossistêmicos, que a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou a década de
2021-2030 como a Década da Restauração de Ecossistemas da ONU. Enquanto a
degradação ambiental já afeta negativamente o bem-estar de mais de 3 bilhões de pessoas
no planeta, estimativas sugerem que a restauração centenas de milhões de hectares de terras
degradadas até 2030 pode promover amplos benefícios econômicos e ambientais até 20301.
Ações de restauração de ecossistemas podem contribuir com várias agendas, como a que
dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e Convenção sobre a Biodiversidade
(CBD), ambas da ONU, e ainda com os temas da Economia Regenerativa e da Intensificação
Sustentável.
A restauração ecológica (ou de ecossistemas) é compreendida como o processo de
auxílio ao restabelecimento de um ecossistema que foi degradado, danificado ou destruído.
As ações nesse processo buscam retornar um ecossistema à sua trajetória histórica, a partir
da adoção de um ecossistema de referência (SER, 2004). Ou seja, a restauração visa ao
restabelecimento dos processos ecológicos sem se preocupar em retornar o ecossistema
degradado à sua condição original, e reúne também aspectos culturais e técnicos (Moraes et
al., 2010; Engel & Parrotta, 2008).
O entendimento de que a restauração deve incorporar valores econômicos e sociais
aos valores ecológicos possibilita que a restauração seja debatida no âmbito da paisagem e
seja inserida nos debates para o desenvolvimento de um modelo de produção agropecuária
mais sustentável. De acordo com a Sociedade Internacional para Restauração Ecológica
(SER) um dos seis conceitos-chave que fundamentam as melhores práticas para a
restauração recomenda envolver ativamente todos os atores envolvidos desde o início do
projeto, o que se constitui na base para o sucesso da restauração em longo prazo (McDonald
et al., 2016).
O diagnóstico correto dos fatores de degradação é fundamental para o
estabelecimento das ações e dos indicadores que vão auxiliar no monitoramento da
restauração. Tanto o diagnóstico quanto a proposição de ações devem considerar cientistas,
técnicos e atores locais, para que benefícios ecológicos, econômicos e sociais sejam
alcançados (Jones et al., 2018). Para o alcance dessa ampla gama de benefícios,
restauradores sugerem que o conceito de serviço ecossistêmico deve ser incorporado à
ciência, à prática e às políticas públicas da restauração ecológica, e mesmo orientando o
planejamento do uso da terra, incluindo sistemas de produção multifuncionais, que atendam
a produção de alimentos e promovam a oferta de serviços ecossistêmicos (Tolvanen &
Aronson, 2016).
A possibilidade de benefícios a partir da restauração dos ecossistemas, como a
conservação da biodiversidade a mitigação dos efeitos negativos do aquecimento global, tem
exigido uma constante adaptação dos conceitos e objetivos da restauração ecológica nos
últimos 30 anos, priorizando abordagens interdisciplinares para a solução dos problemas
causados pela degradação ambiental (Perring et al., 2015). Além da incorporação à prática
da restauração de avanços no conhecimento estabelecidos por teorias ecológicas clássicas,
muitas técnicas usadas na restauração foram desenvolvidas ou aprimoradas na atividade
agropecuária, como as adotadas no controle de plantas invasoras ou no plantio de plantas
fixadoras de nitrogênio atmosférico pela associação com bactérias fixadoras (Perring et al.,
2015; Moraes et al., 2010).
No entanto, para que a restauração seja adotada em larga escala e possa trazer os
benefícios esperados, é necessário definir claramente o escopo da restauração ecológica,
diferenciando-a das chamadas boas práticas agrícolas (Woodworth, 2017). Definições
incertas e uma má comunicação desses conceitos pode prejudicar o planejamento dos
projetos e confundir os atores interessados, falhando em explorar esse grande potencial da
restauração.
Os acordos assumidos pelo Brasil para a restauração em larga escala (as metas de
Aichi, estipuladas na Convenção de Diversidade Biológica, a Iniciativa 20×20 e o Bonn

1
Em https://agropos.com.br/2019/03/onu-institui-decada-da-restauracao-de-ecossistemas/;
acesso em fevereiro de 2021.
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Challenge) podem inspirar a adoção de um novo modelo econômico para o Brasil, em que
uma economia de baixo carbono pode atrair mais recursos e gerar mais lucros (Barros et al.,
2020). O que está sendo chamado de Retomada Verde da economia é uma oportunidade de
integrar políticas públicas importantes no campo do desenvolvimento rural sustentável, como
o Plano ABC e o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg). Para uma
empresa de pesquisas como a EBP, um setor de relações internacionais atuante pode
identificar como a gestão de projetos da empresa pode se organizar para acessar recursos
internacionais, disponibilizados por órgãos de expressão global, que possam financiar
pesquisas agropecuárias e ambientais.
A gestão das atividades de cooperação internacional da EBP é dividida em três
subáreas: Cooperação Científica, Cooperação Técnica e Políticas Globais (Nascimento &
Castro, 2020). Essas subáreas representam ferramentas distintas na atuação estratégica
internacional da empresa, contribuindo tanto para o compartilhamento do conhecimento e das
tecnologias geradas pelas suas pesquisas, quanto para a capacitação e o aprendizado de
seus pesquisadores. A cooperação técnica atua no sentido de atender demandas do estado
brasileiro, e é financiada por recursos da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do
Ministério de Relações Exteriores (MRE), e de parceiros internacionais. A cooperação
científica é financiada por recursos orçamentários destinados à EBP, investidos na elaboração
de projetos chamados estruturantes e que tem em laboratórios implantados no exterior sua
principal estratégia de atuação. As restrições orçamentárias podem assim ter afetado a
cooperação internacional na EBP, e parcerias pública-privadas sofrem restrições para serem
implementadas (Spielman & Grebmer, 2006).
Em permanente renovação, atendendo à constante atualização do estado da arte na
agropecuária e na área ambiental, a gestão de projetos de pesquisa na EBP é orientada pelo
macroprocesso de inovação tecnológica (conjunto de processos com atividades que são
estabelecidas a partir de demandas tecnológicas, que por sua vez subsidiam o planejamento
e execução de projetos, cujas soluções devem ser validadas e transferidas para a sociedade),
mas esse foco de inovação não atingiu ainda as atividades de cooperação internacional.
A inovação pode ser decomposta em quatro camadas: incremental (inovação dos
processos), tecnológica (que visa a ativos tecnológicos no futuro), estratégica (visando a
cenários futuros) e disruptiva (que propõe mudanças culturais para a empresa). A adoção da
inovação na gestão de eventuais mudanças demanda, inicialmente, um diagnóstico da cultura
organizacional, e como a construção de estratégias dialoga com essa cultura. É fundamental
uma avaliação do alinhamento organizacional, em função da liderança, da cultura e do
planejamento estratégico.
A bem estabelecida gestão de projetos tem, dessa forma, que ser contemplada no
exercício de gestão de mudanças. Na gestão de mudança, a ferramenta conhecida como
Competing Value Framework (CVF) mostra o risco de assumir extremos, como na oposição
entre modelos organizacionais de sistemas abertos e o de processos internos. O CFV é uma
ferramenta útil para se avaliar a estrutura organizacional, no nível de processos e de
lideranças, por exemplo (Yu, 2009). É uma ferramenta interessante para ser usado para
construir um alinhamento organizacional.
Finalmente, esse debate todo tem que considerar um cenário de constantes
mudanças. Redes de pesquisa recomendam que a inovação seja orientada por uma visão de
futuro sustentável, apoiada na experimentação e aprendizagem, propondo renovação em
políticas, processos de inovação, modelos de parceria e de governança (Holanda-Júnior et
al., 2020). Um entendimento moderno da agricultura defende que o segmento, em nível
internacional, deve ser visto como parte de um grande conjunto de sistemas interligados que
incluem clima, saúde, ecologia e mercados, entre outros, promovendo a migração de uma
intensificação baseada em alto consumo de energia para uma intensificação agroecológica
(Nelson, 2020), desde que superados os desafios de governança e de capacitação (Kamanda
et al., 2017). A pesquisa internacional em agricultura pode trazer grandes contribuições à
elaboração de políticas públicas e a proposição de soluções orientadas ao desenvolvimento
rural sustentável (Ripoll et al., 2017).
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Dessa forma, vale questionar quais são as características da inovação que devem
compor e orientar o delineamento da estratégia internacional na EBP, da capacitação de
pesquisadores à transferência de conhecimento e tecnologia para outros países. A empresa
precisa ter bem definidos quais são os objetivos no seu esforço de cooperação internacional,
e como esses objetivos podem alinhar a pesquisa agropecuária com os desafios para a
restauração de ecossistemas, tema que deve ser aliado dos desafios impostos ao setor
agropecuário.
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3 Objetivo

O objetivo deste estudo é discutir a importância da definição da estratégia internacional para


a pesquisa agropecuária visando ao aproveitamento das oportunidades oferecidas pela
agenda global da restauração de ecossistemas e das agendas associadas, tomando como
estudo de caso a experiência da EBP. Para tal, será avaliado como o histórico de ações de
cooperação internacional e sua carteira de projetos de pesquisa podem subsidiar a definição
clara da estratégia internacional, e que contribua para o alcance dos compromissos baseados
na restauração de ecossistemas assumidos pelo Brasil, e para o alcance dos objetivos e
metas estratégicas da empresa propostos para o período de 2020-2030.

4 Procedimentos metodológicos

O presente estudo se caracteriza por uma pesquisa qualitativa e descritiva, consistindo


em um estudo de caso envolvendo uma empresa de pesquisa agropecuária, com um esforço
concentrado em pesquisa documental (Gerhardt & Silveira, 2009).
Essa pesquisa pode ser dividida, de uma forma geral, em duas etapas:
a) Diagnóstico da empresa
Essa é a etapa que concentrará a pesquisa documental, em que serão aplicadas
ferramentas de diagnóstico (PDCA e Canvas) visando à proposição de valor para a
cooperação internacional em restauração de ecossistemas na EBP; será utilizada a
ferramenta SWOT, para caracterização dos ambientes interno e externo e seus efeitos
sobre a definição da estratégia; e o método do Competing Value Framework (CVF), a
fim de avaliar a cultura organizacional na EBP e avaliar o risco de assumir riscos
extremos (oposição entre sistemas abertos e os processos internos) na definição da
estratégia internacional;
Na aplicação da ferramenta SWOT, a análise do ambiente interno em nível estratégico,
esta etapa buscará analisar o mapa estratégico da empresa, a fim de identificar como
os objetivos e metas estratégicos presentes em seu plano diretor podem contribuir
com os desafios impostos ao setor agropecuário visando à restauração de
ecossistemas. Simultaneamente, será feita uma busca no sistema de gestão de
projeto da EPB para analisar como o tema da restauração ecológica vem sendo
abordado em suas pesquisas. Também serão identificados desafios de inovação
abrigados pelos portfólios temáticos da empresa, criados para contribuir com a gestão
dos projetos de pesquisa (conhecimento em nível tácito).
Na análise do ambiente externo serão identificadas as demandas do marco legal
brasileiro sobre o setor agropecuário e o meio ambiente. Também serão identificadas
agendas globais que tenham alguma interface com a restauração de ecossistemas e
descritos os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil;
âmbitos tático e estratégico;
b) Proposição do modelo estratégico para cooperação internacional
Nessa etapa será utilizado o modelo AVAC (Activities and Capabilities; Values;
Appropriability e Change) para definição do modelo estratégico; e serão aplicadas
técnicas de gestão de mudanças e de inovação (Canvas e flexm4i) como exercício
para a definição de recomendações de ação ao programa de cooperação internacional
da EBP.
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5 Resultados preliminares
5.1 Mapa estratégico da EBP
A fim de organizar a entrega de produtos e resultados para a sociedade, e levando em conta
grandes tendências pelas quais o setor agropecuário vem passando (Embrapa, 2020), a EPB
criou um mapa estratégico com os valores que orientaram a definição dos objetivos
estratégicos da empresa (Figura 1). Dentre os impactos desejados pelas suas pesquisas está
justamente a busca pela sustentabilidade na agricultura.

Figura 1. Mapa estratégico da EBP, criado a partir da avaliação das megatendências que têm
afetado o setor agropecuário no Brasil.

5.2 A restauração ecológica nas pesquisas da EPB

Para entender como os conceitos e temas associados à adequação ambiental e restauração


ecológica têm sido abordados nos projetos executados na Embrapa (em todos os biomas), foi
realizada uma busca no sistema QUAESTA. Para essa busca foram utilizadas as seguintes
palavras-chave: Adequação Ambiental; Restauração Ecológica* (RA, RE, RF, RAD);
"Restauração Ecológica" and "Adequação Ambiental"; Recuperação de Áreas Degradadas;
Restauração Ambiental e Restauração Florestal. Também foram buscados projetos que
abordassem os principais sistemas produtivos que incluem a inserção de árvores na
propriedade rural, Sistemas Agroflorestais e Sistemas Silvipastoris. Os termos foram
buscados no Título, Resumo ou Objetivos dos projetos.
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A busca identificou 76 projetos, sendo que 18 compartilham mais de dois temas (Tabela 1).
Dos temas em torno da restauração o termo mais utilizado é Recuperação de Áreas
Degradadas (30 projetos). O termo restauração aparece de variadas formas (Restauração
Ecológica, Restauração Florestal, Restauração Ambiental e mesmo nos projetos de
Recuperação de Áreas Degradadas), em 20 projetos; em 10 desses projetos o termo
restauração aparece nos seus objetivos.

Tabela 1. Resumo das buscas na base Quaesta de projetos envolvendo termos associados a
ações de restauração ecológica e adequação ambiental. Fonte:
www.embrapa.br/quaesta.
Palavra-chave (termo de busca) No. de projetos
"Restauração Ecológica" e "Adequação Ambiental" 8
Adequação Ambiental 6
Recuperação de Áreas Degradadas 16
Restauração Ambiental 3
Restauração Ecológica* (RA, RE, RF, RAD) 20
Restauração Florestal 5
Sistemas Agroflorestais 30
Sistemas Silvipastoris 6

Dos temas abrigados pelo Arranjo Sustrural, 30 projetos são referentes a sistemas
agroflorestais, e seis a sistemas silvipastoris, sugerindo o grande potencial de abordagem
desses sistemas na proposição de ações visando à restauração florestal e à adequação
ambiental de propriedades rurais. Os sistemas agroflorestais têm sido vistos, pela legislação
brasileira inclusive, como um dos métodos de recomposição de áreas para cumprimento das
demandas legais por proprietários rurais.
Um outro detalhe que deve ser evidenciado é o baixo número de projetos que adotam o termo
Restauração Ambiental, sugerindo que esse não é o termo mais adequado para o
estabelecimento de objetivos na elaboração de projetos. Para facilitar enfim que as pesquisas
agropecuárias na EPB tenham interlocução com os desafios da restauração de ecossistemas,
há uma aparente necessidade de consolidar os conceitos e princípios adotados para a
restauração ecológica (McDonald et al., 2019).
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6 Resultados esperados

➢ Realização do diagnóstico da estrutura organizacional da EBP;


➢ Identificação das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças às ações de
cooperação internacional na EBP;
➢ Identificação dos desafios de inovação abrigados pelos portfólios que podem contribuir
com as lacunas de conhecimento e tecnológicas da restauração de ecossistemas;
➢ Canvas elaborado para demonstrar como a cooperação internacional (capacidade,
expertise ou conhecimento acumulado) na EBP pode colaborar com a agenda da
restauração de ecossistemas e agendas associadas.
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7 Atividades programadas e Cronograma

Meses
Atividades planejadas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Definição do tema X
Revisão de literatura X X X X X X X
Entrega do projeto de pesquisa X
Caracterização dos ambientes
interno e externo que têm interface
X X X X
com a restauração de ecossistemas
nos projetos de pesquisa na EBP
Identificação das forças, fraquezas,
oportunidades e ameaças às ações
X X
de cooperação internacional na
EBP
Elaboração de canvas para a
formulação estratégica para
demonstrar como a Cooperação
internacional (capacidade,
expertise ou conhecimento X X
acumulado) na EBP pode colaborar
com agendas internacionais, no
contexto da restauração de
ecossistemas
Entrega dos Resultados
X
Preliminares
Entrega da monografia X
Entrega da apresentação da defesa X
Defesa da monografia X
Projeto de pesquisa; Resultados preliminares; entrega da monografia; Entrega da apresentação da defesa
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