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º

4
ano

Anos Iniciais
do Ensino
Fundamental
Caroline Minorelli
Charles Chiba
Manual do professor

Manual do professor

Caroline Minorelli
Bacharela e licenciada em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Especialista em História e Teorias da Arte: Modernidade e Pós-Modernidade pela
UEL-PR.
Atuou como professora da rede pública no Ensino Fundamental
e no Ensino Médio no estado do Paraná.
Autora de livros didáticos para o Ensino Fundamental.

Charles Chiba
Bacharel e licenciado em História pela UEL-PR.
Especialista em História Social e Ensino de História pela UEL-PR.
Atuou como professor da rede particular no Ensino Fundamental
e no Ensino Médio no estado do Paraná.
Autor de livros didáticos para o Ensino Fundamental.

1a edição
São Paulo, 2021

4º ano

Anos Iniciais
do Ensino
Fundamenta
l
Direção editorial: Lauri Cericato
Gestão de projeto editorial: Heloisa Pimentel
Projeto e produção editorial: Scriba Soluções Editoriais
Edição: Ana Flávia Dias Zammataro
Assistência editorial: Natalia Figueiredo Cirino
de Moura Colaboração técnico-pedagógica:
Kaliandra Fadel
Arte: Tamires Azevedo (coord.), Ana Rosa de Oliveira,
Carlos Ferreira e Leticia Bula (diagramação)
Projeto gráfico: Dayane Barbieri e Marcela Pialarissi
Ícones do projeto: aiaikawa, AJE, bonchan, Bowonpat
Sakaew, Camilo Torres, diy13, elena farutina, Eshma,
femclip, giedre vaitekune, Golden Shrimp, Ilona Belous,
Jivka Vesnina, Katjabakurova, khalus, khuruzero,
kuz_kuz, Macrovector, Melica, Mega Pixel, rasskazov,
StudioSmart, Vladimka production, YamabikaY, zenstock.
Imagens licenciadas pela Shutterstock.
Capa: Gabriela Heberle
Iconografia: Tulio S. E. Pinto
Tratamento de imagens: Johannes de Paulo
Preparação e revisão de texto: Joyce
Graciele Freitas e Nicolas Hiromi Takahashi

Todos os direitos reservados por Saraiva


Educação S.A. Avenida Paulista, 901, 4o andar
Jardins – São Paulo – SP – CEP 01310-200
Tel.: 4003-3061
www.edocente.com.br
saceditorasaraiva@somoseducacao.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na

Dados Internacionais de Catalogação na


Publicação (CIP)

Publicação (CIP)

Minorelli, Caroline
Vida Criança : História : 4º ano / Caroline Minorelli,
Charles Chiba. -- 1. ed. –- São Paulo : Saraiva Educação
S.A., 2021.
(Vida Criança)

Bibliografia
ISBN 978-65-5766-093-5 (Livro do estudante)
ISBN 978-65-5766-094-2 (Manual do professor)

1. História (Ensino fundamental) - Anos iniciais I.


Título II. Chiba, Charles
21-2743 CRB-8/7057
CDD 372.89
Angélica Ilacqua -

Angélica Ilacqua - Bibliotecária - CRB-8/7057

2021
Código da obra CL 820786
CAE 775509 (AL) / 775415 (PR)
1a edição

1a impressão
De acordo com a BNCC.

Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens
presentes nesta obra didática. Colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais
irregularidades ou omissões de créditos e consequente correção nas próximas edições. As
imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de
material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para ns
didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

Impressão e acabamento
II
SEÇÃO INTRODUTÓRIA

APRESENTAÇÃO
Caro professor,

Este Manual do professor foi organizado e produzido para orientá-lo no uso da coleção e auxiliá-lo no dia a dia em
sala de aula, colaborando para sua prática docente.
Ele apresenta subsídios teórico-metodológicos para o enriquecimento do seu trabalho, com comentários
pedagógicos e textos produzidos por profissionais de diversas áreas do conhecimento, de modo a apoiar os processos
de planejamento, organização e se quenciamento de conteúdos, além de propor encaminhamentos para acompanhar e
avaliar a aprendizagem dos alunos.
Esperamos que esta coleção o auxilie em seu trabalho e contribua para a formação dos alunos de maneira efetiva,
tornando-os aptos a exercer a cidadania de forma crítica e atuante na sociedade.
Tenha um ótimo ano letivo!

SUMÁRIO
no ensino de História
A coleção e a BNCC
..............................................IV As Competências ...........................................V As Competências
específi cas de Ciências Humanas ...........V As
gerais da BNCC .................................... IV As
Competências específi cas de História
Competências da BNCC ..........................VI
A coleção e a PNA ........................34
................................................VI Literacia e
Concluindo a Unidade 2
alfabetização ...................................................VI ............................83 • A
Literacia familiar .............................................................
Iniciando a Unidade 3
VII Numeracia e Matemática básica ...............................83 • B
.................................... VIII Relação entre os
Unidade 3 • TRABALHO E CULTURA
componentes curriculares .................... VIII
NO BRASIL ...........................................................84
Avaliação
............................................................VIII Fichas de Concluindo a Unidade 3
.......................... 123 • A
acompanhamento das aprendizagens .............. IX O
ensino de História nos anos
Iniciando a Unidade 4
iniciais do Ensino Fundamental ........................... ............................. 123 • B
IX Por que estudar História? Unidade 4 • TRADIÇÕES CULTURAIS
..................................................X Fundamentos NO BRASIL .........................................................
teórico-metodológicos .................. XI A construção
do conhecimento histórico .........................XI Os conceitos Concluindo a Unidade 4
124 .......................... 172
fundamentais de História ........................... XII Para
conhecer • Dicas para o professor ............XIV
•A
Plano de desenvolvimento anual • 4o ano
..........XIV Conhecendo a coleção ano
....................................... XIX Estrutura do Livro do A BNCC no 4o ................................... 172 • B
estudante .....................................XIX Estrutura do Manual Ponto de chegada .............................................
do professor ..................................XIX
173 Referências bibliográficas comentadas
Início da reprodução ............ 175
do Livro do estudante Referências bibliográficas
comentadas do Manual do professor
.....................1 Apresentação ........ 176 •
........................................................3 Sumário A
.................................................................4 Ponto II
de partida ..................................................6 I
Atividades permanentes
.............................7 • A III
A coleção e a
Iniciando a Unidade 1
.................................7 • B BNCC
Para a organização do trabalho e a promoção do ensino
Unidade 1 • UMA HISTÓRIA EM CONSTRUÇÃO
explícito e sistemático dos conteúdos, esta coleção firmou-se
........8 na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a qual
estabelece as normas que organi zam e orientam as
Concluindo a Unidade 1 habilidades e competências que integram as apren dizagens
.............................33 • A essenciais a serem desenvolvidas pelos alunos ao longo da
Educação Básica, neste caso, os anos iniciais do Ensino
Fundamental.
Iniciando a Unidade 2
...............................33 • B Assim, elas contribuem também com a indicação de atitudes
e de valores fundamentais para a formação cidadã, em
Unidade 2 • CONHECER O OUTRO conformidade com a LDB.
Veja no quadro a seguir a lista com as dez Competências
gerais da BNCC.
As Competências gerais da BNCC
Competências gerais da BNCC
A BNCC, alicerçada nos princípios éticos, políticos e estéticos
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente reco mendados nas Diretrizes Curriculares Nacionais, adota dez
Desse modo, cada volume desta coleção foi organizado de Competên cias gerais que perpassam todos os componentes
maneira a 1 curriculares e se in ter-relacionam no decorrer da Educação
contemplar as habilidades relacionadas ao respectivo objeto de Básica, contribuindo para a
conhe cimento proposto na BNCC (você encontrará a descrição construção dos conhecimentos e para o desenvolvimento das
desses ele mentos na página 172 • B deste manual). Essas habilida des de cada componente.
relações podem ser
construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e
explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção IV
de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
IV
identificadas nas abordagens dos conteúdos, nas questões ao Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à
longo do desenvolvimento das unidades, nas seções e nas abordagem própria das ciências, incluindo a
atividades, e estão destacadas neste Manual do professor, investigação, a reflexão, a análise crítica, a
auxiliando no desenvolvi mento das habilidades ao longo da imaginação e a criatividade, para
prática docente. Além disso, foram incluídos conhecimentos 2
complementares em relação aos objetos de conhecimento investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
indicados para cada ano, pois são pré-requisitos para formular e resolver problemas e criar soluções
(inclusive tecnológicas) com base nos
desenvolver algumas das habilidades.
conhecimentos das diferentes áreas.
Em razão da diversidade sociocultural do Brasil, a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e a BNCC se Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e
3
complementam no que diz res peito aos currículos, propondo
culturais, das locais às mundiais, e também
uma base comum, com o objetivo de assegurar a todas as participar de práticas diversificadas da produção
escolas do país o atendimento às aprendizagens essenciais de artístico-cultural.
acordo com a realidade local, tornando o currículo con
textualizado. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou
visual motora, como Libras, e escrita), corporal, visual,
A fim de favorecer a participação social cidadã dos alunos
sonora e digital –, bem como conhecimentos das
com base em princípios e valores democráticos, de maneira
linguagens 4
transversal e integradora, a BNCC destaca o trabalho com
artística, matemática e científica, para se
Temas contemporâne os transversais, assim denominados por expressar e partilhar informações, experiências,
não pertencerem a um com ponente específico, mas por ideias e sentimentos em diferentes contextos e
transpassá-los e serem pertinentes a todos eles. São Temas produzir sentidos que levem ao entendimento
contemporâneos transversais: Educação am biental; Educação mútuo.
para o consumo; Educação financeira; Edu cação fiscal;
Trabalho; Ciência e tecnologia; Direitos da criança e do Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais
adolescente; Diversidade cultural; Educação em direitos de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
humanos; Educação para o trânsito; Educação para valoriza ção
sociais (incluindo as 5
do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
brasileiras; Saúde; Educação alimentar e nutricional; Processo informações, produzir conhecimentos, resolver
de envelhecimento, respeito e valorização do idoso; e Vida fa problemas e exercer protagonismo e autoria na
miliar e social. vida pessoal
Diversos documentos oficiais da área da educação e coletiva.
publicados nos últimos anos determinam que essas questões
Valorizar a diversidade de saberes e vivências
sejam abordadas com urgência, incentivando o respeito mútuo e culturais e apropriar-se de conhecimentos e
promovendo a re flexão crítica dos alunos acerca de cada tema. experiências que lhe possibilitem entender as
Sendo assim, para auxiliar o professor, esta coleção promove a relações próprias do mundo do
abordagem desses te mas em diferentes momentos, mas com 6
destaque em uma seção específica, intitulada De olho no tema, trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
a qual apresenta cada questão ou tema de modo cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade,
contextualizado, sempre explorando as relações com os autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
conteúdos estudados. Os temas citados são abor dados por
meio de diferentes recursos e atividades, tanto no Livro do Argumentar com base em fatos, dados e
informações confiáveis, para formular, negociar e
estudante quanto no Manual do professor. Além disso, uma vez defender ideias, pontos de vista e decisões comuns
por volume, a seção De olho no tema apresenta um tema de
que respeitem e 7
relevância nacional e mundial, que envolve aspectos sociais, promovam os direitos humanos, a consciência
cultu rais, econômicos e ambientais, sendo essenciais para os socioambiental e o consumo responsável em
alunos atu arem em sociedade. âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de
si mesmo, dos outros e do planeta.
Competência geral 2
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde Atividades que motivam o aluno a:
física e emocional, compreendendo-se na
diversidade humana e ·analisar situações, elaborar e testar hipóteses e propor
8 soluções
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com individuais ou coletivas.
autocrítica e capacidade para lidar com elas.
· levantar problemas da comunidade e propor soluções.

Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de


conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e Competência geral 3
promovendo o Atividades que motivam o aluno a:
respeito ao outro e aos direitos humanos, com
9 ·participar de diferentes manifestações artísticas e
acolhimento e valorização da diversidade de culturais, reco
indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, nhecendo e valorizando o trabalho dos
identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza. artistas. ·
conhecer e respeitar as manifestações

artístico-culturais de dife
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, rentes localidades, regiões e
responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, 10 países. ·identificar o uso da tecnologia nas manifestações
culturais.
tomando decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Competência geral 4
Atividades que motivam o aluno a:

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum


Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 9-10. Disponível
·apresentar às comunidades escolar e extraescolar
em: <http:// informações re
lacionadas a diferentes assuntos por meio
basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_
versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 9 jul. 2021. de feiras, campanhas, exposições, cartazes, panfletos,
Além das Competências gerais, a BNCC define as cartilhas, entre outros meios. ·
montar jornais e podcasts
Competências específicas de áreas de conhecimento com publicação periódica, divulgando
(Linguagens, Matemática, Ciên cias Humanas e Ciências da conteúdos
Natureza) e as Competências específicas de componentes científicos, socioculturais e informações relevantes para a
curriculares (Língua Portuguesa, Arte, Educação Físi ca, comunidade escolar.
Língua Inglesa, Geografia e História).
Competência geral 5
O trabalho com as Competências gerais é destacado no
Manual do professor, podendo ocorrer por meio de atividades, Atividades que motivam o aluno a:
análise de textos ou imagens, boxes, seções, entre outros
recursos. Além da identificação no manual, há orientações ou
·reconhecer a influência das informações veiculadas em
propostas de aborda mídias digi
tais na sociedade (sob os pontos de vista
gem para auxiliar no trabalho com as Competências gerais em
sala de aula. político, social e cultural). ·identificar fontes confiáveis de
pesquisa na internet.
Dicas para o professor
Além dos momentos indicados nas orientações para o Competência geral 6
professor, é possível favorecer o desenvolvimento das Atividades que motivam o aluno a:
Competências gerais (CG) da BNCC por meio de diferentes
estratégias e recursos de acordo com o currículo adotado e ·reconhecer e valorizar o papel de diferentes profissionais
com a realidade da turma. Veja a seguir algumas sugestões na
sociedade.
de abordagens que propiciam esse trabalho.

Competência geral 1
·participar de debates e discussões sobre a importância da
postura
Atividades que motivam o aluno a: ética na atuação profissional e sobre os cuidados

·explicar fatos e fenômenos com base nos estudos no trabalho. ·


discutir sobre a necessidade da igualdade de

·
realizados. perceber a construção coletiva e contínua do gênero nas profissões
e no trabalho.
conhecimento
científico. Competência geral 7
Atividades que motivam o aluno a:
·debater ou trocar ideias sobre os direitos humanos, a Atividades que motivam o aluno a:

saúde pesso
al e coletiva, os cuidados com o planeta e a
·criar soluções para problemas com base nos
truídos na escola. ·
consciência socioam biental com base em pesquisas feitas conhecimentos cons ter autonomia e

em fontes confiáveis. ·
expressar pontos de vista sobre
responsabilidade na realização de trabalhos em
classe e
assuntos relacionados à saúde extraclasse.
pessoal e coletiva, aos
direitos humanos, ao ambiente e aos cuida dos com o
planeta.
As
Competência geral 8
Atividades que motivam o aluno a:
Competências da BNCC
·reconhecer que a saúde envolve o bem-estar físico, no ensino de
·
mental e social. ser atuante e participativo nas questões
História
relacionadas ao sanea
mento básico e à manutenção da
As Competências específicas
saúde no bairro onde residem. ·
refletir sobre o respeito ao
de Ciências Humanas
próprio corpo e ao dos colegas, valori
zando as diferenças e Além das Competências gerais, a BNCC também orienta o
atuando de forma crítica em relação aos padrões sugeridos desen volvimento de Competências específicas da área de
pela mídia. Ciências Huma nas. Essas competências abrangem o
desenvolvimento de habilidades, conceitos e noções que
Competência geral 9 promovem o raciocínio espaço-temporal, en volvendo
Atividades que motivam o aluno a: diretamente as habilidades e competências específicas de

·trabalhar em grupo, promovendo a troca de ideias, o Geografia e História.


Nesse sentido, o trabalho com as Competências específicas
respeito às
opiniões dos colegas e a valorização e o da área de Ciências Humanas ocorre de maneira gradativa,
em con formidade com a faixa etária e com o desenvolvimento
acolhimento da diversidade. ·
realizar debates sobre os
cognitivo dos alunos.
mais variados assuntos, envolvendo um A BNCC orienta que, no decorrer do Ensino Fundamental,
mediador e grupos
com pontos de vista conflitantes. os alunos devem desenvolver as seguintes Competências
específicas da área de Ciências Humanas.
Competência geral 10

V
Competências específicas de Ciências Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas
Humanas para o Ensino Fundamental com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes
Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de culturas, com base nos instrumentos de investigação das
1 Ciências Humanas, promovendo
forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade 4
plural e promover os direitos humanos. o acolhimento e a valorização da diversidade de
indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-
identidades, culturas e
-científico-informacional com base nos conhecimentos das
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
Ciências 2
Humanas, considerando suas variações de significado no
Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço
tempo e no espaço, para intervir em situações do 5
cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo e
contemporâneo.
em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos
diferentes no mesmo espaço e em espaços variados.
Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser
humano na natureza e na sociedade, exercitando a
Construir argumentos, com base nos conhecimentos das
curiosidade e propondo 3
Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e
ideias e ações que contribuam para a transformação
opiniões que
espacial, social e cultural, de modo a participar
respeitem e promovam os direitos humanos e a
efetivamente das dinâmicas da vida social.
consciência 6
socioambiental, exercitando a responsabilidade e o
protagonismo voltados para o bem comum e a construção
de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica


A coleção e a
e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de
informação e 7
PNA
comunicação no desenvolvimento do raciocínio
Instituída pelo Decreto no 9.765, de 11 de abril de 2019, a
espaço-temporal relacionado a localização, distância, Política Nacional de Alfabetização (PNA) estabelece as
direção, duração, diretrizes para a área da alfabetização no Brasil. Essa política
simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão. tem o objetivo de alfabetizar as crianças brasileiras
prioritariamente no 1o ano do Ensino Funda
mental e, assim, reduzir o analfabetismo no país já no âmbito da
Educação Básica.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão
final. Brasília: MEC, 2018. p. 357. Disponível em:
A PNA apresenta diversos termos e conceitos, além de
<http://basenacionalcomum.mec. prever uma concepção de alfabetização baseada em
gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. evidências científicas.
Acesso em: 9 jul. 2021.

Desde 1980, muitos países têm adotado a


perspectiva da educação baseada em evidências
As Competências específicas de História científicas (DAVIES, 1999; GARY; PRING, 2007) a
No esforço de orientar a prática docente, a BNCC fim de melhorar os indicadores educa cionais e
estabeleceu, além das Competências gerais, as Competências garantir a qualidade de educação para todos. De acor
específicas para cada componente curricular. De acordo com o do com essa perspectiva, as políticas e as práticas
documento, ao longo do Ensino Fundamental, os alunos devem educacionais devem ser orientadas pelas melhores
desenvolver as seguintes Com evidências em relação aos prováveis efeitos e aos
petências específicas de História. resultados esperados, exigindo que professores,
gestores educacionais e pessoas envolvidas na
Competências específicas de educação consultem a literatura científica nacional e
História para o Ensino Fundamental interna cional para conhecer e avaliar o conhecimento
Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e mais recente sobre os processos de ensino e de
aprendizagem.
Analisar e compreender o movimento de populações e
5 Ora, basear a alfabetização em evidências de
mercadorias pesquisas não é impor um método, mas propor que
no tempo e no espaço e seus significados históricos, programas, orien tações curriculares e práticas de
levando em conta o respeito e a solidariedade com as alfabetização sempre te nham em conta os achados
diferentes populações. mais robustos das pesquisas científicas. [...]
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA:
Compreender e problematizar os conceitos e processos e mecanismos de transformação e manutenção
6
procedimentos das 1
norteadores da produção estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do
historiográfica. tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e
intervir no mundo contemporâneo.
Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e Política Nacional de Alfabetização. Brasília: MEC: Sealf, 2019. p. 20. Disponível
7 em: <http://portal.mec.gov.br/images/banners/caderno_pna_final.pdf>. Acesso
comunicação de modo crítico, ético e responsável, em: 9 jul. 2021.
compreendendo seus significados para os diferentes
grupos ou estratos sociais. Compreender a historicidade no tempo e no espaço,
relacionando acontecimentos e processos de transformação e
manutenção das 2
estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais,
bem como problematizar os significados das lógicas
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão
final. Brasília: MEC, 2018. p. 402. Disponível em:
de organização
<http://basenacionalcomum.mec. cronológica.
gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>.
Acesso em: 9 jul. 2021. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e
proposições em relação a documentos, interpretações e
As Competências específicas estabelecidas na BNCC são contextos históricos 3
desen volvidas em toda a coleção. Cada uma delas foi abordada específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias,
de forma contextualizada e destacada no Manual do professor exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de
para facili tar o trabalho docente. Além disso, as abordagens conflitos, a cooperação e o respeito.
sugeridas foram elaboradas de forma a respeitar o
desenvolvimento cognitivo dos alunos. Identificar interpretações que expressem visões de
diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a
um mesmo contexto
4
desses processos não é natural ou espontânea – pelo contrário,
histórico, e posicionar-se criticamente com base em
princípios éticos, democráticos, inclusivos, elas preconizam que a leitura e a es crita precisam ser
sustentáveis e solidários ensinadas de maneira explícita e sistemática.

Literacia e alfabetização
Buscando alinhar-se à terminologia científica consolidada
De acordo com a PNA (BRASIL, 2019), a ciência cognitiva da
interna cionalmente, a PNA trouxe o termo literacia, que é usado
leitura figura como um dos ramos das ciências que auxiliaram
em Portugal e em outros países de língua portuguesa,
no entendi mento dos processos de leitura e de escrita nas
equivalente a literacy, do inglês, e a littératie, do francês.
últimas décadas. Para as ciências cognitivas, a aprendizagem

VI
fonológica, a habilidade de identificar e manipular
De acordo com a PNA (BRASIL, 2019), literacia é o intencionalmente a linguagem oral, como palavras, sílabas,
conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes aliterações e rimas. A fluência em leitura oral é a capacidade de
relacionados à leitura e à escrita, bem como à sua prática
ler com precisão, velocidade e pronúncia adequada.
produtiva, ou seja, ao seu exer cício nos mais diversos
contextos sociais e familiares. O desenvolvimento de vocabulário é a habilidade que
compreen de tanto o vocabulário receptivo e expressivo quanto
A PNA menciona que a literacia, entendida como um o vocabulário de leitura.
processo gradual de aquisição da leitura e da escrita, A compreensão de textos é a habilidade que envolve um
compreende ao menos três níveis: proces so intencional e ativo, desenvolvido por meio de
perguntas e outras estratégias que incentivam a interpretação.
·a literacia básica, que envolve tanto a aquisição das A produção de escrita diz respeito tanto à habilidade de
habilidades escrever palavras quanto à de produzir textos, passando pelo
fundamentais de conhecimento de vocabulário e
consciência fo nológica (abrangidas pela literacia emergente, desenvolvimento da coordenação motora fina, pela
que é desenvolvida sobretudo na etapa da Educação manipulação do lápis e pelo traçado das letras e de suas
Infantil) quanto as habilidades de decodificação (leitura) e formas.
codificação (escrita), adquiridas durante a
alfabetização (sobretudo no 1o ano do Ensino Fundamental);
Literacia familiar
·a literacia intermediária, que se estende do 2o
ao 5o ano do A literacia familiar, segundo a PNA, consiste no conjunto de
Ensino Fundamental e compreende habilidades mais práticas e experiências relacionadas à linguagem, à leitura e à
avançadas, como a fluência em leitura oral, necessária para escrita, partilhadas pela criança com seus pais ou cuidadores.
a compreensão de textos; Ou seja, essas vivências da criança vão para além dos muros
·a literacia disciplinar, que vai do 6o ano ao Ensino Médio e da escola, referindo-se, portanto, ao ambiente familiar, e podem
ocorrer tanto antes da es
com
preende as habilidades de leitura aplicáveis a conteúdos colarização formal quanto em paralelo a ela. Estudos
específicos de áreas do conhecimento, como Geografia, internacionais, como o relatório Developing Early Literacy
Biologia e História. Nesta coleção, portanto, o foco está no (NATIONAL CENTER FAMILY LITERACY, 2008), indicam que
desenvolvimento da litera cia básica e da literacia intermediária, tais vivências contribuem sig nificativamente para a melhora no
por meio de estratégias, ativida des e avaliações que desempenho escolar relativo à leitura e à escrita.
contemplam cada um dos componentes essen ciais para a
Nesta coleção, a literacia familiar ocorre por meio de
alfabetização previstos na PNA.
atividades a serem desenvolvidas em casa e que exploram a
Considerando que os alunos são inseridos no Ensino leitura e a escrita. Tais atividades são identificadas por um
Fundamen tal com diferentes vivências relacionadas à literacia, ícone, e acompanhadas de comen tários, neste manual, que
é fundamental que se priorize a alfabetização no 1o ano, a fim auxiliam na orientação aos familiares.
de que todas as crianças possam aprender a ler e a escrever
nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A fim de incentivar as práticas de literacia familiar, o
professor, a gestão escolar e a instituição, por meio dos canais
Para que a alfabetização ocorra – e, consequentemente, o que costumam uti lizar para a comunicação com as famílias,
desen volvimento da literacia –, é importante considerar os seis também podem fornecer algumas dicas, tais como:
componentes essenciais para a alfabetização.

Consciência O programa
fonêmica

Compreensão de
textos
Produção
de escrita
Instrução fônica disponibiliza vídeos, áudios,
músicas, livros digitais,
sistemática entre outros materiais,
voltados tanto às crianças
quanto aos familiares.
Indicar livros de
literatura infantil
para aquisição ou
empréstimo.

É importante selecionar
livros de qualidade e
adequados à faixa etária
dos alunos.

Fluência em Indicar o acesso


à página da
leitura oral internet do
programa Conta Incentivar a Algumas famílias expõem
pra Mim. leitura com e que não têm tempo para ler
Desenvolvimento para as crianças, e interagir com os fi lhos,
além de promover mas, muitas vezes, elas
de vocabulário a prática entre precisam
os membros da
A consciência fonêmica consiste na intencionalmente os fonemas, que são as família.
apenas ser orientadas a fazer pequenos ajustes na rotina.
habilidade de conhecer e ma nipular menores unidades sonoras pronunciadas.
consciência
A instrução fônica sistemática é o ensino que permite o desen Fonte de pesquisa: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de
Alfabetização. Conta pra mim: guia de literacia familiar. Brasília: MEC: Sealf,
volvimento do conhecimento alfabético – que é o conhecimento 2019. Disponível em: <http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/conta-pra-mim/
do nome, das formas e dos sons das letras do alfabeto – e da conta-pra-mim-literacia.pdf>. Acesso em: 9 jul. 2021.

VII
Numeracia e Matemática básica sólida apren dizagem de conhecimentos e experiências ligados
à alfabetização e à Matemática, sempre respeitando os
O professor alfabetizador, além de conduzir o aprendizado da conteúdos e as especificidades de cada um. Sendo assim,
leitu ra e da escrita, ocupa o papel essencial de ensinar todos os componentes oferecem oportunida des de trabalho
habilidades de Ma temática básica, contribuindo para o com atividades relacionadas à alfabetização, à literacia e à
desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático e abrindo numeracia, além do desenvolvimento do raciocínio, da
caminho para as noções básicas numéri cas, geométricas, imaginação e da criatividade.
espaciais, de medidas e de estatística.
A coleção propõe atividades, temas, conteúdos, recursos e
Considerando que a literacia, de acordo com a PNA, é um seções que favorecem uma abordagem que relaciona os
termo que define os meios de obter e processar informações conteúdos a outros componentes curriculares, aos
escritas, em português, convencionou-se chamar numeracia o componentes de literacia e às habilida des relacionadas à
termo literacia matemática – originado do inglês numerical numeracia.
literacy, popularmente conhecido como numeracy. Essa
Essa articulação é apresentada ao professor nos comentários
nomenclatura diz respeito à “capaci
das unidades, com o intuito de contribuir com sugestões que
dade de usar habilidades matemáticas de maneira apropriada e possibilitem a construção desse conhecimento unificador,
signi ficativa, a fim de atender às diversas demandas da vida criando um aprendizado no qual os conhecimentos se
pessoal, de estudo, social e profissional” (UNESCO, 2021). relacionam. Espera-se que, com esse di
A numeracia não está limitada ao simples procedimento de álogo, os alunos sejam capazes de aplicar os conhecimentos no
conta gem numérica, mas estende-se à habilidade de buscar e dia a dia, concretizando a educação unificadora desejada.
encontrar respostas para situações cotidianas e a tornar os
cidadãos capazes de solucionar problemas de maneira
significativa pela aplicação de racio cínio matemático. Tais
práticas e ensinos devem estar fundamentados em ciências
Avaliação
A avaliação constitui parte essencial do processo de ensino-
cognitivas, como a Psicologia cognitiva e a Neurociência
-aprendizagem, permitindo ao professor verificar a progressão
cognitiva, pois o fundamento para a intuição matemática está
da aprendizagem dos alunos e, consequentemente, os
nas re presentações elementares centradas nas funções
resultados do método didático-pedagógico adotado, a fim de
cerebrais, as quais envolvem espaço, tempo e números.
abrir espaços para refletir sobre sua prática.
Nesta coleção, as atividades propostas têm por objetivo
Diante disso, a avaliação deve ser vista como um processo
contribuir para o desenvolvimento de habilidades de numeracia
contínuo e diversificado, no qual sejam analisadas as
e, sempre que possível, proporcionar oportunidades de aplicar
capacidades e as compe tências de cada aluno, não somente
a criatividade, a imagi nação e o raciocínio lógico por meio de
em provas escritas, mas também na participação em sala de
atividades lúdicas.
aula, na apresentação oral, no trabalho em grupo, na
interpretação de textos, na escrita, na comunicação, no tra balho
Relação entre os componentes curriculares com materiais manipuláveis etc.
É essencial que todos os componentes curriculares – e não [...]
só Lín gua Portuguesa e Matemática – contribuam para uma A avaliação é um processo contínuo e sistemático.
Portanto, ela não pode ser esporádica nem ensino-aprendizagem. Essa prática avaliativa possibilita
improvisada, mas, ao contrá rio, deve ser constante e verificar aspectos relacionados ao ren dimento da aprendizagem
planejada. Nessa perspectiva, a ava liação faz parte dos alunos e, ao mesmo tempo, identificar possíveis falhas na
de um sistema mais amplo, que é o processo de estruturação do ensino, de modo que o professor possa rever
ensino-aprendizagem, nele se integrando. Como tal, suas estratégias de organização das aulas e dos conteúdos.
ela deve ser planejada para ocorrer normalmente ao Os conteúdos e atividades propostos no Livro do estudante
longo de todo o processo, fornecendo feedback e desta coleção apresentam opções diversificadas de avaliar os
permitindo a recuperação imediata quando for alunos, no in tuito de considerar a pluralidade nas maneiras de
necessário. aprender da turma. Esse tipo de avaliação contribui para
[...] acompanhar o desenvolvimento dos alunos no decorrer da
construção de suas aprendizagens e possi bilita ao professor
HAYDT, Regina Célia Cazaux. Avaliação do processo
ensino-aprendizagem. São realizar intervenções pedagógicas necessárias para sanar as
Paulo: Ática, 2008. p. 13-14. dificuldades da turma. Nesta coleção, a ação avaliativa proces
sual ocorre ao final de cada unidade, com a seção O que
Esta coleção propõe que a avaliação ocorra em diferentes aprende mos. Nela, são propostas atividades de retomada de
momen tos, permitindo ao professor obter informações acerca temas e concei tos fundamentais para uma aprendizagem mais
dos conheci mentos prévios dos alunos e a respeito de suas significativa dos conteúdos. Por meio de orientações no Manual
aprendizagens ao lon go de todo o ano letivo. Isso acontece em do professor sobre remediações de possíveis dificuldades dos
diferentes etapas: na alunos, o professor tem condições de realizar as intervenções
avaliação diagnóstica, na avaliação de processo ou formativa e necessárias, individuais ou coleti vas. Ainda no manual, os
tam bém na avaliação de resultado ou somativa. conteúdos e as atividades que favorecem o desenvolvimento
desse tipo de avaliação são destacados no boxe Su gestão de
Ao permitir identificar os conhecimentos que os alunos já têm
avaliação, com objetivos, dicas sobre como proceder e como
so bre determinado conteúdo, a avaliação diagnóstica objetiva
remediar dificuldades de aprendizagem e os resultados que po
perce ber, de maneira individual e coletiva, os conhecimentos
dem ser observados por meio da atividade sugerida.
prévios dos alunos e suas noções e visões de mundo com base
em seus comporta mentos e experiências. Nesta coleção, a Na seção Ponto de chegada, ao final de cada um dos
avaliação diagnóstica ocorre na seção Ponto de partida, volumes desta coleção, é desenvolvida a avaliação de
apresentada sempre no início de cada volume e sugerida para resultado ou somati va, com dinâmicas e atividades que visam
ser aplicada nas primeiras aulas do ano letivo. Por meio dela, é identificar as aprendiza gens dos alunos de uma maneira mais
possível retomar os conhecimentos que os alunos já trazem a ampla, retomando conteú dos desenvolvidos no decorrer do ano
respeito dos temas e conceitos a serem estudados, resgatan do letivo. As respostas apresentadas pela turma a essa avaliação
também conteúdos ensinados em anos anteriores. poderão nortear o pro fessor quanto a estratégias a serem
empregadas caso seja necessá rio reelaborar metas, com a
A avaliação de processo ou formativa, por sua vez, acontece no
finalidade de promover nos alunos aprendizagens expressivas.
decorrer de diversos momentos do processo de

VIII
Fichas de acompanhamento Escuta as opiniões dos colegas?

das aprendizagens Compartilha ideias com os


Além desses momentos de ações avaliativas propostos ao colegas?
longo da coleção, é possível utilizar fichas individuais, como a
apresentada a seguir, para acompanhar a evolução dos alunos. Tem facilidade para
Essa ficha pode servir como ponto de apoio para uma reflexão compreender o conteúdo?
sobre os resultados obtidos, observando os pontos fortes e os
Demonstra interesse pelo
pontos frágeis em relação a aspectos como: aprendizagem dos componente curricular?
alunos; convívio em sala de aula; comprome
timento com os estudos; e trabalho em equipe. É organizado com o material
Ficha de acompanhamento individual escolar?

Nome: no Realiza as atividades propostas?

Turma: Escola/Colégio: Demonstra autonomia na


realização das atividades?
Aspectos observados Sim Às Não
vezes Comunica-se bem por meio da
escrita e da oralidade?
Participa de debates e
discussões em sala de aula?

Tem disposição para trabalhos em O modelo de ficha apresentado a seguir tem o objetivo de
grupo? auxiliar o professor no acompanhamento das aprendizagens
dos alunos em sala de aula em relação aos objetivos
Compreendo os conteúdos
pretendidos. Os itens dessa ficha de vem ser inseridos conforme abordados pelo professor?
o planejamento dos objetivos de cada uni dade e considerando
as especificidades de cada aluno e turma. Essa fi cha pode ser Organizo meu material escolar?
usada para complementar o trabalho com as seções
Concluindo a unidade, apresentadas neste Manual do professor. Realizo as atividades propostas em
Foi sugerida uma legenda que pode ser usada para avaliar sala?
se o objetivo foi atingido pelo aluno (S), se não foi atingido (N),
se foi atin gido parcialmente (P) ou se está em desenvolvimento Faço as tarefas de casa?
(ED). Com base no preenchimento dessa ficha e nas
observações que fez, o professor poderá definir que estratégias Tenho um bom relacionamento
com meus colegas?
usará para que determinado aluno al cance o(s) objetivo(s)
estabelecido(s) ou pensar em estratégias para remediar Informo ao professor as minhas
eventuais defasagens. dúvidas?
Além disso, no caso de algum aluno não ter atingido os
objetivos, o professor pode usar essas fichas nas reuniões de
conselhos de classe, a fim de avaliar o desempenho dos alunos
e investigar os possíveis motivos pelos quais o objetivo não foi Vale ressaltar que esses modelos de ficha são sugestões e
alcançado. que os itens avaliados podem e devem ser adaptados à
Ficha de acompanhamento das aprendizagens realidade de cada turma.

Legenda: S (Sim) N (Não) P (Parcialmente) ED (Em


desenvolvimento)

Nome do aluno: O ensino de História nos anos


Componente curricular: Ano: Turma:

Período letivo de registro: iniciais do Ensino


Objetivos S N P ED Observações Fundamental
Inserir os objetivos O componente curricular de História favorece o trabalho de
apresentados na dife rentes noções e conceitos que promovem atitudes como
seção Concluindo tolerância, respeito à diversidade, cidadania e solidariedade,
a unidade, um em que são essenciais para a vida em sociedade. Desde o seu
cada linha. reconhecimento como compo nente curricular, no Brasil, o
ensino de História tem passado por diver sas transformações.
No início do século XX, por exemplo, o componente curricular
de História era composto basicamente por conteúdos que
Outra proposta é a utilização de fichas de autoavaliação,
privilegiavam os acontecimentos políticos. Esses conteúdos
como a exemplificada a seguir, que podem ser preenchidas
eram transmitidos pelo professor aos alunos, que deviam
pelos alunos, com o acompanhamento do professor. A
memorizá-los. Essa metodologia não proporcionava momentos
interação entre aluno e professor nesse momento é muito
em que os alunos pudessem expressar suas opiniões ou sua
importante. É preciso que os alunos perce
criatividade, uma vez que bastava reproduzir aquilo que lhes
bam que também são responsáveis pela aprendizagem,
era transmitido pelo professor.
identificando seus avanços e limites.
Além disso, essa maneira de ensinar História privilegiava a ação
Ficha de autoavaliação da queles sujeitos considerados “grandes personagens” da
História, como políticos e líderes militares. A História ensinada
Nome: no
nas escolas era muito distante da realidade dos alunos, que
não conseguiam, na maioria das vezes, perceber um sentido
Turma: Escola/Colégio:
para o estudo do componente curricular.
Aspectos observados Sim Às Não
vezes
[...]
O ensino tradicional de História, vigente no Brasil
Participo de debates e desde a organização das primeiras escolas públicas
discussões em sala de aula? [...], privilegiava os indivíduos que lideravam os
processos de alteração ou de ma nutenção da ordem
Participo de trabalhos em grupo? social, deixando de lado os grupos sociais envolvidos
nas lutas que deram origem às transformações.
Escuto e respeito as
opiniões dos colegas?
IX
A História baseava-se na apresentação de sujeitos diferenças que fazem parte do tecido social e
e fatos isolados. Dessa forma, o ensino acabava por assegurado lugar à sua expressão. O direito à
promover a miti ficação e a idealização não apenas do diferença, assegurado no espaço público, significa
fato histórico em si, mas de alguns indivíduos não apenas a tolerância ao outro, aquele que é
considerados isoladamente como agentes principais diferente de nós, mas implica a revisão do conjunto
da História. dos padrões sociais de rela ções da sociedade,
[...] exigindo uma mudança que afeta a todos, o que
significa que a questão da identidade e da diferença
NEMI, Ana Lúcia Lana; MARTINS, João Carlos. Didática de história: o tempo
vivido: uma outra história? São Paulo: FTD, 1996. p. 26. (Conteúdo e tem caráter político. O direito à diferença se manifesta
Metodologia). por meio da afirmação dos direitos das crianças, das
mulheres, dos jo vens, dos homossexuais, dos
Com a crise da ditadura militar no Brasil e o início do
negros, dos indígenas, das pes soas com deficiência,
processo de redemocratização nos anos 1980, passaram a
entre outros, que, para de fato se efeti varem,
ocorrer mudanças que influenciaram na maneira de pensar e
necessitam ser socialmente reconhecidos.
ensinar História no Brasil.
Trata-se, portanto, de compreender como as
[...] a década de 1980 foi marcada pelos debates identidades e as diferenças são construídas e que
acerca de questões sobre a retomada da disciplina mecanismos e instituições estão implicados na
História como espaço para um ensino crítico, construção das identidades, determinan
centrado em discussões sobre temáticas do a valorização de uns e o desprestígio de outros. É
relacionadas com o cotidiano do aluno, seu trabalho e nesse contexto que emerge a defesa de uma
sua his
educação multicultural. Os direitos civis, políticos e
toricidade. O objetivo era recuperar o aluno como
sujeito pro dutor da História, e não como um mero sociais focalizam, pois, direta ou
espectador de uma história já determinada, produzida indiretamente, o tratamento igualitário, e estão em
pelos heroicos personagens dos livros didáticos. consonân cia com a temática da igualdade social. Já o
direito à diferença busca garantir que, em nome da
Os anos 1990 trouxeram, nas entrelinhas, a crise
igualdade, não se desconsiderem as diferenças
da Histó ria e a possibilidade de novos paradigmas
culturais, de cor/raça/etnia, gênero, idade, orien tação
teóricos. Mudanças foram propostas para os
sexual, entre outras. Em decorrência, espera-se que a
currículos de História, numa tentati va de incorporação
es cola esteja atenta a essas diferenças, a fim de que
“das produções historiográficas que res pondessem
em torno delas não se construam mecanismos de
com maior adequação aos temas mais significativos
exclusão que impossibilitem a concretização do
da sociedade contemporânea”.
direito à educação, que é um direito de todos. [...]
Atualmente, as reformulações curriculares estão BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria
permeadas por discussões que colocam em xeque o de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Conselho
que se ensina nos en sinos Fundamental e Médio e Nacional da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da
Educação Básica. Brasília: MEC: SEB: Dicei, 2013. p. 105.
também na universidade, tendo em vista questões
concernentes à relação com o “real mundo do O meio pelo qual esses objetivos são alcançados ainda é
trabalho”, bem como a formação para a cidadania [...]. assegurado pela BNCC que estabelece objetivos de
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São aprendizagem para todos os componentes curriculares do
Paulo: Scipione, 2004. p. 12-13. (Pensamento e Ação no Ensino Fundamental, com o intuito de su perar a fragmentação
Magistério).
do conhecimento, aplicar saberes escolares no cotidiano e
estimular o protagonismo do aluno enquanto sujeito ativo no
Por que estudar História? processo de ensino-aprendizagem.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais No caso do componente curricular de História nos anos
da Edu cação Básica, o direito à educação é um dos principais iniciais do Ensino Fundamental, esse processo se inicia com a
fundamentos para a garantia do exercício da cidadania, que construção do su jeito por meio do incentivo, nos alunos, da
envolve os direitos civis, políticos e sociais. Por meio de uma tomada de consciência do “eu”, de sua existência enquanto ser
educação de qualidade, os cami nhos podem se abrir para a histórico e social e de sua relação com o “outro”. Baseando-se
emancipação do indivíduo crítico, partici pativo e atuante na nisso, o sujeito desenvolve a autonomia por meio da percepção
sociedade em que vive. da sua inserção em diversos círculos sociais, como sua família,
seus amigos e sua comunidade.
[...] De acordo com a BNCC:
Nas últimas décadas, tem se firmado, ainda, como
resulta do de movimentos sociais, o direito à [...] pode-se dizer que, do 1o ao 5o ano, as
diferença, como também tem sido chamado o direito habilidades traba lham com diferentes graus de
de grupos específicos verem aten didas suas complexidade, mas o objetivo primordial é o
demandas, não apenas de natureza social, mas reconhecimento do “Eu”, do “Outro” e do “Nós”. Há
também individual. Ele tem como fundamento a ideia uma ampliação de escala e de percepção, mas o que
de que devem ser consideradas e respeitadas as se bus ca, de início, é o conhecimento de si, das
referências imediatas do círculo pessoal, da noção de histórico das ações humanas no passado, relacionadas a
comunidade e da vida em so ciedade. Em seguida, determinada época, a um contexto histórico específico e às
por meio da relação diferenciada entre sujeitos e relações sociais estabelecidas.
objetos, é possível separar o “Eu” do “Outro”. Esse é
[...] a História serve para que o homem conheça a
o ponto de partida.
si mesmo — assim como suas afinidades e
[...] diferenças em relação aos outros. Saber quem
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão somos permite definir para onde vamos.
final. Brasília: MEC, 2018. p. 404. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov. Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou?
br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 14 jul. Perguntas como essas são uma constante na
2021.
trajetória da humanidade. Por mais sem sentido que
Mediante o estudo da atuação das pessoas no tempo, os pareçam, tais indagações traduzem a necessidade
alunos se tor nam capazes de reconhecer e constituir a própria que temos de nos explicar, nos situar, nos (re)co
identidade, pois conhecer a experiência humana através do nhecer como humanos e, em decorrência, como
tempo e do espaço é uma maneira de eles conhecerem a si seres sociais. [...]
mesmos enquanto sujeitos históricos transformadores de sua BOSCHI, Caio César. Por que estudar história? São Paulo: Ática, 2007. p. 12.
realidade. Por meio do estudo do componente curricular de
História, eles podem se tornar capazes de perceber o sentido

X
A formação da consciência histórica, nesse sentido, está No entanto, alinhadas às lutas e conquistas políticas de
ligada à construção do conceito de identidade. afirmação e valorização da diversidade étnica e cultural
brasileira nos últimos anos, muitas mudanças ocorreram,
[...] é por meio de nossas experiências passadas
provocando alterações significativas também no campo da
que cons truímos nossa própria identidade. Sabemos
educação.
quem somos no presente porque podemos
estabelecer relações entre as expe riências que Várias medidas foram tomadas para a valorização das
vivemos no passado e que nos tornaram o que culturas de diferentes etnias que formaram o povo e a cultura
somos hoje. E é exatamente por ter consciência de no Brasil. Com a aprovação da Lei no 10.639/2003, tornou-se
nossa pró pria identidade que somos capazes de agir obrigatório o ensino de História e cultura afro-brasileira nas
efetivamente no presente. É por conhecermos nosso escolas. Com a Lei no 11.645/2008, passou a ser obrigatório o
próprio passado que somos capazes de entender ensino de História e cultura dos povos indí
nosso papel no presente e agir no mundo de modo a genas em todas as escolas do Brasil.
transformá-lo no futuro. Assim, diversas ações passaram a ser promovidas para
[...] contemplar a diversidade e as relações étnico-raciais no Brasil,
como cursos de capa citação de docentes, desenvolvimento de
Não devemos pensar com isso que a História seja
planos político-pedagógicos e reorganização de currículos
equiva lente a uma receita de bolo: coisas que deram
escolares e planos de aula, além da reali zação de eventos e
certo no passa do vão dar certo no presente, e coisas
debates e a inclusão de componentes curriculares específicos
que deram errado no passado vão também dar
nas instituições de Ensino Superior.
errado no presente. Não, nada dis so. O contexto em
que determinada ação do passado ocorreu foi outro, [...]
e nada pode garantir que a mesma ação, se execu A inclusão dos temas obrigatórios definidos pela
tada no presente, apresentará os mesmos resultados. legislação vigente, tais como a história da África e
Mas o estudo da História efetivamente aguça e das culturas afro-brasi leira e indígena, deve
amplia nossa com preensão da realidade social e ultrapassar a dimensão puramente retórica e permitir
ajuda-nos a nortear a ação social no presente. que se defenda o estudo dessas populações como
MOREIRA, Cláudia Regina Baukat Silveira; VASCONCELOS, José Antônio. artí fices da própria história do Brasil. A relevância da
Didática e avaliação da aprendizagem no ensino de história. Curitiba:
Ibpex, 2008. p. 18-19. (Metodologia do Ensino de História e Geografia).
história desses grupos humanos reside na
possibilidade de os estudantes com preenderem o
papel das alteridades presentes na sociedade bra
O combate à discriminação e ao preconceito sileira, comprometerem-se com elas e, ainda,
perceberem que existem outros referenciais de
Por muito tempo, no Brasil, o ensino de História privilegiou as produção, circulação e transmissão de
ações e as realizações de sujeitos históricos relacionados à
conhecimentos, que podem se entrecruzar com
história e à cultura europeia, excluindo ou diminuindo a
aqueles consi derados consagrados nos espaços
importância de outros povos que foram fundamentais no
formais de produção de saber. [...]
processo histórico e na formação da cultura brasileira, como os
indígenas e os africanos. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão
final. Brasília: MEC, 2018. p. 401. Disponível em:
Esse tipo de ensino vinculava a imagem do europeu como <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
perten cente a uma cultura “superior”, “culta” e “civilizada”, em images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2021.
detrimento de outros povos considerados “bárbaros” e
“inferiores”, reforçando a discriminação e o preconceito. O componente curricular de História contribui para o
reconheci mento da diversidade étnica e cultural dos povos e da uso de fontes históricas, cabia aos alunos o papel de
formação de di ferentes identidades ao longo do tempo. Nesta receptores do conhecimento. Sem a oportunidade de se
coleção, buscamos promover o respeito à diversidade dos percebe rem como sujeitos do processo histórico, eles tendiam
povos que formaram o país, va lorizando seus costumes, a conceber a História como um dado, uma verdade pronta e
tradições, lutas e conquistas. fixa, e não como um conhecimento que é fruto de um processo
Acreditamos que, por meio da formação da consciência de construção. Nas últimas décadas, acompanhando as
histórica e do reconhecimento das diferentes identidades transformações no ensino de História, o uso de fontes históricas
culturais dos outros e de si, é possível formar alunos-cidadãos em sala de aula foi ampliado, tanto na frequência em que
capazes de reconhecer a diversidade étnica e cultural brasileira aparecem como em sua variedade. Se an tes seu uso estava
e de combater a discriminação e o preconceito. geralmente restrito às fontes escritas, agora as fontes
aparecem em suas mais diversas formas, como as
iconográficas, as au diovisuais e as orais.

[...]
O trabalho com o documento histórico em sala de
Fundamentos teórico-metodológicos aula exi ge do professor que ele próprio amplie sua
A construção do conhecimento histórico concepção e o uso do próprio documento. Assim, ele
Os alunos são agentes ativos no processo de
não poderá mais se restrin gir ao documento escrito,
ensino-aprendizagem. Por meio das vivências experimentadas mas introduzir o aluno na compre ensão de
no ambiente escolar, eles são capazes de construir o documentos iconográficos, fontes orais, testemunhos
conhecimento histórico, estabelecendo relações entre o que se da história local, além das linguagens
aprende na escola e o seu cotidiano fora dela. contemporâneas, como cinema, fotografia e
informática. Mas não basta o professor ampliar o uso
de documentos; também deve rever seu trata mento,
O uso de documentos buscando superar a compreensão de que ele serve
Nesse processo, as análises das fontes históricas pelos ape nas como ilustração da narrativa histórica e de
alunos são fundamentais para a construção do conhecimento sua exposição, de seu discurso. [...]
histórico. Durante grande parte dos séculos XIX e XX, os SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São
documentos históri cos foram usados em sala de aula apenas Paulo: Scipione, 2004. p. 95. (Pensamento e Ação no
Magistério).
para exemplificar e compro var as informações trazidas pelo
livro didático ou pelo professor. Nesse modelo tradicional do

XI
Assim, o documento não é mais colocado como o retrato da
Assim, espera-se que os alunos possam se posicionar de
realida de, mas como um indício que pode ajudar a criar uma
maneira crítica frente aos desafios que lhes forem propostos,
interpretação sobre o passado com base em perguntas feitas
fazendo escolhas conscientes a respeito dos rumos da
no presente.
sociedade em que desejam viver.
Nesta coleção, o uso de documentos tem o objetivo de
De acordo com a BNCC, o estímulo ao pensamento que
incentivar os alunos a questionarem as fontes e, com base na
favorece uma atitude historiadora pode ser alcançado por meio
aplicação dos concei tos apresentados, construir uma relação
dos processos de identificação, comparação, contextualização,
entre passado e presente que contribua para a ampliação de
interpretação e análise de um objeto.
seus conhecimentos a respeito do fun cionamento da sociedade
atual e da maneira como o conhecimento histórico é concebido. Processo Descrição
[...] Trata-se do reconhecimento sobre determinado
A utilização de objetos materiais pode auxiliar o Os conceitos fundamentais de História
professor e os alunos a colocar em questão o
significado das coisas do mundo, estimulando a Além do uso de documentos, é importante conhecer e se
produção do conhecimento histórico em âmbito familiari zar com os conceitos históricos fundamentais.
escolar. Por meio dessa prática, docentes e discen Conhecer conceitos como tempo, cultura, identidade e sujeito
tes poderão desempenhar o papel de agentes do histórico favorece a media ção dos conhecimentos históricos na
processo de ensino e aprendizagem, assumindo, relação entre professor e alunos, ajudando a organizar os fatos
ambos, uma “atitude his toriadora” diante dos e conteúdos em sala de aula. Além dis so, a compreensão dos
conteúdos propostos, no âmbito de um processo conceitos e de sua historicidade também con tribui para o
adequado ao Ensino Fundamental. desenvolvimento de articulações entre diferentes áreas do
conhecimento, por exemplo. A seguir, uma breve descrição dos
[...]
princi pais conceitos históricos que permeiam esta coleção pode
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão ser vista.
final. Brasília: MEC, 2018. p. 398. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.
br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 14 jul.
2021. Tempo
O tempo é inerente ao ser humano. Passado, presente e
futuro, antes, durante e depois são noções que adquirimos ao historicamente situadas, o tempo representa um
longo da vida e que usamos para nos referirmos ao tempo conjunto complexo de vivências humanas. Daí a
cotidianamente, orien tando, ordenando e sistematizando as necessidade de relativizar as diferentes concepções
ações do dia a dia. No entan to, esse conceito tem suas de tempo e as periodizações propostas; de situar os
complexidades. Para o componente curri cular de História, o acontecimentos his
conceito de tempo é mais amplo e assume outras concepções, tóricos nos seus respectivos tempos. O conceito de
como o tempo histórico ou o tempo cronológico. O conceito de tempo su põe também que se estabeleçam relações
tempo e suas particularidades neste componente curri cular entre continuidade e ruptura, permanências e
permitem compreender os processos e situar os acontecimen mudanças/transformações, suces são e
tos históricos. simultaneidade, o antes, agora, depois. Leva-nos a
estar
[...] Sendo um produto cultural forjado pelas
necessidades concretas das sociedades
Identificação reconhecer e a identificar o objeto. do tempo histórico quando o situamos na
objeto. Questões como “O que é?”, “Para que atentos e fazer ver a importância de se duração dos fenômenos sociais e
serve?” e “Como é produzido?” ajudam a naturais. [...]
considerarem os diver sificados ritmos
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão
final. Brasília: MEC, 2018. p. 398-400. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.
Comparação A comparação entre objetos (seu uso, sua
mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>.
fabricação etc.) de diferentes culturas nos Acesso em: 14 jul. 2021.
ajuda a identificar as semelhanças e
diferenças entre eles e nos auxilia a
BEZERRA, Holien Gonçalves. Ensino de história: conteúdos e conceitos
compreender seu funcionamento, seu básicos. In: KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula: conceitos,
significado, entre outros fatores. práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003. p. 44-45.

Contextualização Contextualizar auxilia na


localização, na identificação e na Sujeito histórico
compreensão das
especificidades dos diferentes processos São considerados sujeitos históricos todas as pessoas que,
históricos. Ajuda a compreender, por de al guma maneira, atuam no processo histórico. De modo
exemplo, que certos acontecimentos direto ou in direto, por ação, reação ou omissão relativas aos
históricos estão inseridos em
circunstâncias específicas e devem ser
fatos, a participação dos sujeitos nos processos históricos
analisados com base em referências interfere na vida das outras pes soas.
sociais, culturais e econômicas daquele Os sujeitos históricos podem ser aquelas figuras de
momento. destaque, como reis, presidentes, generais, rebeldes
revolucionários, artistas consagra dos, líderes comunitários, e
Interpretação Esse conceito é fundamental para o
também aquelas que vivem uma vida “co mum”, como homens e
desenvolvimento do pensamento crítico. A
interpretação surge baseada na relação mulheres, velhos e crianças, trabalhadores, alunos e pessoas
entre sujeito e objeto, assim como ao em situação de rua.
longo dos outros processos de Além desses, considerados sujeitos históricos individuais, há
identificação e comparação, por exemplo. os su jeitos históricos coletivos, como partidos políticos,
Trata-se do momento de levantamento de
hipóteses do sujeito sobre o objeto.
movimentos estu dantis, associações de bairro e organizações
não governamentais.
Análise A análise se baseia na problematização da
escrita da História. Trata-se de uma atitude Fato histórico
perante os resultados do trabalho, que,
embora tenha sido realizado com todo o Os fatos históricos são acontecimentos do passado, tanto os
rigor, nunca é completo nem acabado. Com mais distantes quanto os mais recentes, por exemplo, a
a análise, são reconhecidas as assinatura de uma carta ou lei, a inauguração de uma escola,
contribuições e as possíveis lacunas do
trabalho historiográfico.
uma batalha militar, a pro dução de uma obra de arte, a morte
de um político, de um trabalha dor, de um intelectual, entre
outros.

XII
Os fatos históricos estão no passado, já aconteceram e não História.
podem ser reconstituídos, no entanto, por meio do trabalho Sabemos, é claro, que há realidades e contextos
investigativo, eles podem ser interpretados para a compreensão históricos semelhantes, mas ser semelhante não
de um determinado processo histórico. significa ser igual. Os fatos e, em última instância, a
própria História, são únicos e irreversíveis. O que
[...] Acontecido há 5 minutos ou há 5000 anos, um
muda são as interpretações e versões sobre os fatos.
fato não pode ser alterado. Só que os fatos em si não
Consequentemente, em História não existe “se”. O
constituem a His tória; eles são referências que
conhecimento histórico pressupõe realidades efetivas
orientam a interpretação histó rica, mas não são a
e fatos concretos.
[...]
São os historiadores que, depois de pesquisar e
analisar, atribuem importância a determinados fatos e Partindo de uma definição filosófica, a qual agrega
os qualificam como históricos. A definição de fato concei tuações antropológicas e psicológicas,
histórico, portanto, não obedece a padrões fixos ou define[-se] identidade como o caráter do que
genéricos. O que é fato histórico para uma pessoa permanece idêntico a si próprio; como uma
pode não ser para outra. característica de continuidade que o Ser mantém
consigo mesmo. Partindo dessa ideia, podemos
[...]
compreender a identi dade pessoal como a
BOSCHI, Caio César. Por que estudar história? São Paulo: Ática, 2007. p. 31. característica de um indivíduo de se per ceber como o
mesmo ao longo do tempo. Tanto para a Antro pologia
quanto para a Psicologia, a identidade é um sistema
Cultura de representações que permite a construção do “eu”,
O conceito de cultura tem muitas interpretações. Intelectuais de
ou seja, que permite que o indivíduo se torne
di versas áreas do conhecimento, principalmente da semelhante a si mesmo e diferente dos outros. Tal
Antropologia, dedi cam-se a estudar a cultura e suas variadas sistema possui representações do passado, de
manifestações. Isso ocorre porque a cultura pode ser condutas atuais e de projetos para o futuro. Da
considerada como todo tipo de manifestação e produção identidade pessoal, passamos para a identidade
humana, tornando-a um conceito bastante abrangente. cultural, que seria a partilha de uma mesma essência
entre diferentes indi víduos.
[...] [...]
O significado mais simples desse termo afirma que SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário
cultu ra abrange todas as realizações materiais e os de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2009. p. 202.
aspectos espi rituais de um povo. Ou seja, [...] cultura
é tudo aquilo produ zido pela humanidade, seja no Compreender o conceito de identidade em História é
plano concreto ou no plano fundamen tal, pois, com isso, os alunos serão capazes de
imaterial, desde artefatos e objetos até ideias e perceber a si mesmos e os outros como sujeitos históricos
crenças. Cul tura é todo complexo de conhecimentos pertencentes a determinado gru po e que compartilham valores
e toda habilidade humana empregada socialmente. e símbolos históricos que definem seu comportamento, mas
Além disso, é também todo comportamento que ao mesmo tempo vivem, agem e en tendem o mundo de
aprendido, de modo independente da ques tão maneira própria, individual, ou seja, com dife renças entre eles.
biológica.
[...] Cidadania
Em todo universo cultural, há regras que Atualmente, o conceito de cidadania pode ser definido como
possibilitam aos indivíduos viver em sociedade; um conjunto de direitos e deveres conferidos aos indivíduos
nessa perspectiva, cultura en volve todo o cotidiano que integram uma nação. A cidadania é construída
dos indivíduos. Assim, os seres humanos só vivem historicamente pelos cidadãos por meio da ação política de
em sociedade devido à cultura. Além disso, toda so homens e mulheres que procuram mudar a realidade em que
ciedade humana possui cultura. A função da cultura, vivem.
dessa forma, é, entre outras coisas, permitir a
adaptação do indivíduo ao meio social e natural em [...]
que vive. [...] Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à
SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo,
conceitos históricos. São Paulo: Contexto, ter direitos civis. É também participar no destino da
2009. p. 85-86.
sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os
A compreensão do conceito de cultura é fundamental para os direitos civis e políticos não asseguram a democracia
estu dos históricos, pois a cultura, enquanto manifestação sem os direitos sociais, aqueles que garantem a
humana, tam bém é histórica, ou seja, sofre mudanças e participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito
permanências com o tempo e está relacionada a determinado à edu cação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a
espaço. Compreender a cultura de diversos povos em uma velhice tranquila. Exercer uma cidadania plena é
diferentes épocas contribui para a valorização da diversidade ter direitos civis, políticos e sociais. [...]
cultural e enriquece a compreensão dos processos históri cos, PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi (Org.). História da
cidadania. São Paulo: Contexto,
tornando-nos aptos a entender, por exemplo, a maneira de agir, 2003. p. 9.
de pensar, a visão de mundo ou a relação com o sobrenatural
de certa sociedade em determinado tempo. Pensar no conceito de cidadania relacionado ao componente
Identidade cur ricular de História implica reconhecer que ela é construída
cotidiana mente por meio de lutas e da ação de pessoas e varia
O conceito de identidade, assim como o conceito de cultura,
no tempo e no espaço.
não é exclusividade do campo da História, sendo objeto de
estudo também nas áreas de Psicologia, Antropologia e Além disso, esse conceito permite compreender a
Filosofia. importância da atuação dos cidadãos na ampliação dos seus
direitos e no cumprimen to de seus deveres.

XIII
Para conhecer • Dicas para o professor
A seguir, são apresentadas algumas orientações para ajudá-lo a explorar as indicações de livros, filmes e sites
sugeridos na seção Para conhecer do Livro do estudante e que podem contribuir para o conhecimento da turma
ou complementá-lo.

Livros Filmes ou vídeos Sites

·Verifique a possibilidade de fazer ·Verifique o melhor modo de explorar o ·Antes de indicar o site,
uma re verifique se
leitura conjunta com os curso indicado, preferencialmente na ele ainda está
escola, podendo assistir ao filme ou ao
alunos e pro por momentos de
contação de histó rias, vídeo antes, durante ou depois do disponível na rede. ·
Instrua os

principalmente nos anos iniciais da estudo de um conteú do, sendo este alunos a não clicarem
alfabetização. último uma possibilidade de conclusão
do tema. em publicidades, banners,
·Ao ler o livro indicado, ressalte
termos ou contratos que
ques · Peça aos alunos que atentem a
possam surgir nos sites,
tões específicas, de acordo detalhes do atentando somente ao site
com o contexto, como a temática recurso, como título do
proposto na indicação.
do livro, o gênero textual, o enredo filme ou vídeo, per sonagens principais,
ou o objeti vo da obra. diálogos, cenários, mú sicas e sons. ·Explique a eles que, nesse mo
·
Se julgar conveniente, ofereça a
· Se o recurso possibilitar e se julgar mento, a internet é para uso
esco lar e educativo, apesar da
eles conve infinidade de informações que
uma pequena ficha de leitura niente, promova um debate entre
para fa vorecer a interpretação da os alunos e deixe que expressem suas ela pode ofe recer.
obra lida. opiniões, desta cando que todas devem
ser respeitadas.
· Sempre que possível, por meio

· Sempre que possível, aproveite dos


para · Sempre que possível, utilize os comentários indicados nas
orien tações para o professor,
relacionar a história do livro comentários
ao conteú do estudado. do manual para relacionar relacione o conteúdo do site
o filme ou vídeo ao conteúdo aos assuntos estudados.
estudado.

Plano de desenvolvimento anual • 4o ano


O plano de desenvolvimento anual apresentado a seguir é uma sugestão de distribuição que mostra a evolução
sequencial dos conteúdos deste volume. Trata-se de uma planilha com a organização do volume em bimestres,
semanas e aulas do ano letivo, mostrando também os momentos propícios de avaliação formativa, as habilidades
da BNCC desenvolvidas, bem como, quando pertinente, os elementos da PNA trabalhados. Essa sugestão pode
ser utilizada para ter uma visão geral dos conteúdos tratados nas unidades e buscar práticas pedagógicas nas
orientações página a página – propostas nas laterais e nos rodapés da reprodução das páginas do Livro do
estudante –, que auxiliem o andamento das aulas e na sua prática docente.

Conteúdos Avaliação formativa


(Manual do professor) BNCC e PNA

1º BIMESTRE

· (EF03HI01), (EF03HI02), (EF03HI05), (EF03HI06), (EF03HI08),


· Ponto de partida (p. 6 e 7) (avaliação diagnóstica)
e

Aula1
1
(EF03HI09), (EF03HI10), (EF03HI12)
a

n
· Competências específicas de História 1, 2 e 4 · Desenvolvimento
a
de vocabulário, produção de escrita e compreensão de textos
m
S

Aula
2 · Unidade 1: Uma história em
construção (abertura - p. 8 e 9)
2

Aula
a

n
1 · A História e a vida das · (EF04HI01)
a

m
pessoas (p. 10) · Entre colegas · Competência geral 8
(p. 10) · Produção de escrita
e

Aula
2 · A História e a vida das · Ciência e tecnologia
pessoas (p. 11) · Boxe História
(p. 12)

Aula
a

n
1 · Atividades (p. 12) · Numeracia
a

Aula
· Atividades (p. 13) · (EF04HI03)
m

S
2
· Competência específica de História 2
· Competência específica de Ciências Humanas 7
· Literacia familiar
4

Aula
a

n
1 · Os sujeitos históricos (p. 14 e 15) · Competências gerais 1 e 4
a

m
· Educação ambiental e Educação para o consumo
e

Aula
2 · Os sujeitos históricos (p. 16) · Competências gerais 3, 5 e 9
· Para conhecer (p. 17) · Competência específica de História 6
· Trabalho

XIV
5

Aula
a

n
1 · Atividades (p. 18) · Compreensão de textos
a

Aula
e

S
2 · Entre colegas (p. 19) · Competência específica geral 10
· Construindo a história (p. 19) · Competências específicas de Ciências
Humanas 3 e 6 · Compreensão de textos

Aula
a

n
1 · Memória, lembranças (p. 20)
a

Aula
e

S
2 · Memória, lembranças (p. 21)
7

Aula
a

n
1 · Atividades (p. 22 e 23) · Competência geral 3
a

m
· Competência específica de Ciências Humanas 7
· Educação para o consumo e Educação ambiental
e

· Compreensão de textos
Aula
2 · Atividades (p. 24) · Competência geral 6
· Vida familiar e social
· Numeracia
8

Aula
a

n
1 · As fontes históricas (p. 25 e 26) · Competências específicas de História 3 e 6
a

Aula
e

S
2 · O conhecimento histórico (p. 27)
9

Aula
a

n
1 · Os museus (p. 28 e 29)
a

Aula
e

S
2 · Atividades (p. 30 e 31) · p. 30
0

Aula
1

a
1 · De olho no tema (p. 32) · (EF04HI08)
n

a
· Competência específica de História 1
m

Aula
S

2 · O que aprendemos (p. 33) · Concluindo a


unidade (p. 33 -
· (avaliação de processo) A)

2º BIMESTRE
1

Aula
1

a
1 · Unidade 2: Conhecer o outro
n (abertura - p. 34 e 35)
a

Aula
· A história dos seres humanos (p. 36) · (EF04HI02), (EF04HI04), (EF04HI05)
m

S 2
· Os primeiros grupos humanos · Competências específicas de História 3, 5 e 6
(p. 37) · A sedentarização (p.
38 e 39)

Aula
1

a
1 · O povoamento do continente · (EF04HI01), (EF04HI09)
n
americano (p. 40 e 41)
a

Aula
· Atividades (p. 42 e 43) · p. 42 · Literacia familiar
m

S 2
· Competência específica de Ciências Humanas 3
3

Aula
1

a
1 · Os primeiros habitantes do território · Competências específicas de História 1 e 2
(p. 44 e 45)
n

· Fluência em leitura oral e compreensão de textos


· Atividades (p. 46)
a

Aula
2 · Quando começa a história do Brasil (p. · Diversidade cultural
47)
4

Aula
1

a
1 · A diversidade de povos indígenas · Competências gerais 9 e 10
(p. 48 e 49)
n

· Desenvolvimento de vocabulário
· Atividades (p. 50 e 51)
a

e
Aula
· O cotidiano indígena no passado · Competência geral 9
S

2
(p. 52 e 53)
· Trabalho e Educação para valorização do
multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais
brasileiras

XV
5

Aula
1

a
1 · A relação com a natureza (p. 54 e 55) · Competência geral 7
n

a
· Competência específica de Ciências Humanas 1
m

S
· Educação ambiental
· Desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita
Aula
2 · Atividades (p. 56) · Competências específicas de História 4 e 6
· De olho no tema (p. 57) · Vida social e familiar
6

Aula
1

a
1 · Navegar é preciso (p. 58) · (EF04HI06), (EF04HI07)
n

a
· Novas rotas para o comércio (p. 59) · Ciência e tecnologia e Saúde
m

S
· Atividades (p. 60 a 62) · Conhecimento alfabético e compreensão de textos
Aula
2 · Entre colegas (p. 63) · Competência específica de Ciências Humanas 7
· O medo do desconhecido (p. 64 e 65) · Ciência e tecnologia
7

Aula
1

a
1 · A chegada dos europeus (p. 66 e 67) · Competência geral 6
n

Aula
m

e
2 · Atividades (p. 68 e 69) · (EF04HI10)
· A linha do tempo (p. 70) · Competências específicas de História 1, 2, 3 e 6
S

· Competência específica de Ciências Humanas 7


8

Aula
1

a
1 · As diferentes relações entre · Competência específica de História 3
indígenas e portugueses (p. 71 e
n

a
72) · Produção de escrita
· Atividades (p. 73)
m

Aula
2 · Investigue (p. 74 e 75) · Competência geral 6
· Competência específica de Ciências Humanas 4
· Educação para o consumo e Trabalho
9

Aula
1

a
1 · A vida nas vilas coloniais (p. 76 e 77) · Competências gerais 6, 8, 9 e 10
n

a
· O cotidiano das mulheres na Colônia · Competência específica de Ciências Humanas 2
(p. 78)
m

S
· Vida familiar e social
· Fluência em leitura oral
Aula
2 · Aprender é divertido (p. 80 e 81) · (EF04HI08)
· Competência geral 4
· Competência específica de Ciências Humanas 7
0

Aula
2

a
1 · Atividades (p. 82 e 83) · (EF04HI03)

Aula 2 · O que aprendemos (p. 83)


m
(avaliação de processo) · Concluindo a unidade
e

(p. 83 - A)

3º BIMESTRE

Aula 1 · Unidade 3: Trabalho e cultura no Brasil


(abertura - p. 84 e 85)
1

Aula
a

m 2 · A extração do pau-brasil (p. 86 e 87) · (EF04HI05)


· Educação ambiental
e

Aula
2

a
1 · Investigue (p. 88 e 89)
n

Aula
m

S
2 · Atividades (p. 90) · (EF04HI06)
· Fluência em leitura oral
3

Aula
2

a
1 · O início da colonização (p. 91) · Competência geral 3
n

a
· A África e o Brasil (p. 92) · Educação para valorização do multiculturalismo nas
matrizes históricas e culturais brasileiras
m

S
· A diáspora forçada dos africanos (p.
93)

Aula
2 · Reinos e impérios africanos (p. · Competência geral 1
94 e 95) · Atividades (p. 96) · Competências específicas de História 5 e 6
· Competência específica de Ciências Humanas 1

XVI
4

Aula
2

a
1 · O engenho de açúcar (p. 97) · Competência geral 4
n

a
· Como funcionava um engenho? (p. 98 e · Educação para o consumo
m 99)
e

Aula
2 · Atividades (p. 100 e 101) · Competência geral 5
· Entre colegas (p. 102) · Competência específica de Ciências Humanas 5
5

Aula
2

a
1 · O trabalho escravo nas minas · Competências específicas de História 1, 2 e 3
n

a (p. 103) · O trabalho escravo nas · Competência geral 6


m

e
cidades (p. 104)
S

Aula
2 · Maneiras de lutar e resistir (p. 105) · Competência geral 9
· De olho no tema (p. 106) · Educação em direitos humanos
6

Aula
2

a
1 · Atividades (p. 106 e 107) · Competência específica de História 4
n

a
· Competência específica de Ciências Humanas 2
m

Aula
S

2 · Entre colegas (p. 109) · Competências gerais 6 e 7


· Competência específica de Ciências Humanas 6
· Trabalho
7

Aula
2

a
1 · Trabalhadores estrangeiros no Brasil · (EF04HI10)
(p. 110 e 111)
n

a
· Literacia familiar
m

Aula
S

2 · O dia a dia dos imigrantes nas


fazendas de café (p. 112)

· Colônia Leopoldina (p. 113)


8

Aula
2

a
1 · Atividades (p. 114) · p. 114 · (EF04HI01)
n

Aula
· Atividades (p. 115) · (EF04HI07)
m

S 2

Aula
2

a
1 · A vida nas cidades (p. 116 e 117) · (EF04HI11)
n

a
· Trabalho
m

Aula
S

2 · O futebol no Brasil (p. 118) · p. 118


· As associações de ajuda mútua (p.
119)
0

Aula
3

a
1 · Atividades (p. 120 e 121) · p. 121 · Competências específicas de Ciências
n

a
· Entre colegas (p. 122) Humanas 3 e 6 · Direitos da criança e do
m

e
adolescente

· Numeracia
S

Aula
2 · O que aprendemos (p. 123) · Concluindo a
unidade (p. 123 -
· (avaliação de processo) A)

4º BIMESTRE
1

Aula
3

a
1 · Unidade 4: Tradições culturais no · (EF04HI10)
n
Brasil (abertura - p. 124 e 125)
a

Aula
· A cultura do tempo atual (p. 126 e 127) · Competência geral 3
m

S 2
· Competência específica de História 6
· Competência específica de Ciências Humanas 1
· Diversidade cultural
2

Aula
3

a
1 · Atividades (p. 128 e 129) · Produção de escrita
n

Aula
m

S
2 · Entre colegas (p. 129)

XVII
3

Aula
3

a
1 · As tradições indígenas (p. 130 e 131) · Competência geral 4
n

Aula
· Os indígenas e seu modo de vida · (EF04HI08)
m

S 2
(p. 132 e 133)
· Competências gerais 5, 7 e 9
· Os povos indígenas e a tecnologia (p.
134) · Competência específica de História 7
· Vida familiar e social e Processo de envelhecimento,
respeito e valorização do idoso

· Compreensão de textos
4

Aula
3

1 · Atividades (p. 134 a 137) · (EF04HI08)


· Competência geral 3
a

e · Competência específica de Ciências Humanas 2


· Compreensão de textos
S

Aula
2 · Aprender é divertido (p. 138) · (EF04HI01)
· Os direitos indígenas (p. 139) · Competências gerais 1 e 10
· Competência específica de História 1
5

Aula
3

a
1 · A presença dos portugueses (p. · (EF04HI10), (EF04HI11)
n

a 140 e 141) · Atividades (p. 142) · Competência geral 5


m

S
· Entre colegas (p. 143) · Produção de escrita
Aula
2 · Investigue (p. 144 e 145) · Competência específica de História 3
· Países lusófonos (p. 146) · Competência específica de Ciências Humanas 7
· Entre colegas (p. 146)
6

Aula
3

a
1 · As culturas africanas no Brasil · Competência geral 6
n

a (p. 147) · A cultura · Diversidade cultural, Educação para valorização do


m
afro-brasileira (p. 148 e 149) multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais
e

S
brasileiras e Ciência e tecnologia

Aula
2 · Atividades (p. 150 e 151) · Competência específica de Ciências Humanas 7
7

Aula
3

a
1 · Construindo a história (p. 152) · Educação em direitos humanos
n

Aula
· Aprender é divertido (p. 153) · Competências gerais, 3, 4 e 10
m

S 2

Aula
3

a
1 · A influência dos imigrantes no Brasil · (EF04HI10), (EF04HI11)
(p. 154 a 156)
n

· Diversidade cultural
· Novos imigrantes (p. 157)
a

Aula
2 · Atividades (p. 158) · (EF04HI03), (EF04HI06)
· Entre colegas (p. 159) · Literacia familiar
9

Aula
3

a
1 · As migrações (p. 160 e 161) · (EF04HI05), (EF04HI06)
n

a
· As migrações para a Região Norte · Competência específica de História 5
m

S
(p. 162) · Os conflitos na região · Competências específicas de Ciências
amazônica (p. 163) · De olho no Humanas 3 e 6 · Trabalho, Educação

ambiental e Diversidade cultural ·


tema (p. 164)

· A cultura amazônica (p. 165) Compreensão de textos

Aula
2 · Atividades (p. 166) · p. 169 · (EF04HI10), (EF04HI11)
· Processos migratórios da década de · Competência específica de Ciências Humanas 6
1950 (p. 167)
· Desenvolvimento de vocabulário
· A influência cultural nordestina na
atualidade (p. 168 e 169)
0

Aula
4

1 · Atividades (p. 170 e 171) · Concluindo a · Compreensão de textos


unidade (p. 172 -
· Entre colegas (p. 172)
a

a A)
m

e · O que aprendemos (p. 172)


(avaliação de processo)
S

Aula
2 · Ponto de chegada (p. 173 e 174) · (EF04HI01), (EF04HI02), (EF04HI04), (EF04HI05),
(EF04HI06), (EF04HI07), (EF04HI08), (EF04HI09),
(EF04HI10), (EF04HI11)

XVIII
Conhecendo a Esta coleção é composta de cinco volumes destinados aos
coleção Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Cada volume é
organizado em unida des, nas quais constam algumas seções
que trabalham diferentes te mas e habilidades. Neste Manual do propostos nas ativi
professor, há orientações que oferecem suporte à condução dades e proporcionam uma maneira prazerosa de aprender. Os
desses conteúdos em sala de aula. A seguir, é apresentada a alunos são convidados a explorar o tema ou o conteúdo de
descrição dessa estrutura, tanto para o Livro do estudante diversas maneiras: lendo, reproduzindo, elaborando e criando.
quanto para o Manual do professor.
BOXE COMPLEMENTAR
Estrutura do Livro do estudante
Esse boxe apresenta informações complementares ao
Os conteúdos das unidades dispõem de atividades que conteúdo abordado.
incentivam a participação ativa dos alunos na construção do
conhecimento, ob servando as habilidades e as Competências INVESTIGUE
da BNCC estabelecidas para cada ano e os elementos da PNA.
Além dos ícones que indicam tipos de atividades e outras Seção de atividades voltadas para a análise crítica de
ocorrências, esta coleção apresenta os elementos a seguir. diferentes fon tes históricas, como documentos oficiais,
documentos pessoais, fotos, pinturas, mapas etc. Embora a
PONTO DE PARTIDA análise de documentos ocorra em ou tros momentos ao longo
do volume, essa habilidade é trabalhada de forma
Essa seção apresenta atividades para uma avaliação sistematizada nessa seção, fornecendo orientações que estimu
diagnóstica dos conhecimentos esperados dos alunos para o lam a autonomia e o senso crítico dos alunos.
aprendizado efetivo ao longo do ano letivo.
PONTO DE CHEGADA
PÁGINAS DE ABERTURA
Ao final de cada volume, essa seção propõe atividades para
As páginas iniciais de cada unidade contêm recursos que uma avaliação de resultado, com o objetivo de verificar os
auxiliarão o professor a desencadear uma discussão e a conteúdos e co nhecimentos alcançados pelos alunos no ano
explorar os conhecimen tos prévios dos alunos sobre os temas letivo.
e/ou conteúdos da unidade. Essa discussão deve ser
conduzida de maneira a criar um ambiente em que os alunos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COMENTADAS
desenvolvam a habilidade de argumentação e apren dam a
ouvir e a respeitar as opiniões dos colegas. Localizada ao final de cada volume, essa seção apresenta
obras utilizadas para consulta e como referência na produção
ENTRE COLEGAS das unidades do Livro do estudante, acompanhadas de breve
resenha.
Nesse boxe, são sugeridas atividades para serem realizadas
em du pla ou em grupo, como apresentações, dinâmicas,
elaboração de car tazes e debates. Seu principal objetivo é o
Estrutura do Manual do professor
desenvolvimento da habili dade do trabalho coletivo, de maneira Este Manual do professor foi elaborado como um roteiro de
participativa e colaborativa, aulas estruturadas, que visam explicitar práticas pedagógicas
buscando promover a interação entre os alunos, a troca de para auxiliar o dia a dia do professor e o uso do livro em sala de
ideias e de experiências, o respeito a diferentes opiniões e o aula, sendo um facili tador da prática docente. Ele é composto
desenvolvimento do cooperativismo. de duas partes: a primeira é a Seção introdutória, com a
fundamentação teórico-metodológica, a estrutura e os
CONSTRUINDO A HISTÓRIA
conteúdos da coleção, bem como suas relações com a BNCC e
Seção que apresenta breves biografias de diversos sujeitos, com a PNA. Nessa seção, também são dadas informações e
como trabalhadores, estudantes, artistas e viajantes que orientações sobre avaliação, bem como orientações e
participaram dos processos históricos relacionados aos temas sugestões de como o professor pode acompanhar a
das unidades. Essas bio grafias são acompanhadas, sempre aprendizagem dos alunos ao longo do ano letivo, além do plano
que possível, de imagens e relatos pessoais. A seção tem de desenvolvimento do respectivo volume com a evolução
como objetivo conscientizar os alunos de que eles próprios são sequenciada dos conteúdos e momentos suge
sujeitos históricos capazes de transformar a sua reali dade e a ridos de avaliação formativa, bem como dicas para trabalhar
dos outros em seu tempo e espaço. com livros, filmes, vídeos e sites sugeridos.
A segunda parte apresenta a reprodução do Livro do
DE OLHO NO TEMA
estudante em tamanho reduzido com as respostas de atividades
Essa seção tem como objetivo o trabalho com os Temas e questões e outras orientações. Os demais comentários e
contempo râneos transversais, propondo ao aluno a reflexão a sugestões ao professor estão nas laterais e nos rodapés que
respeito de sua postura em relação ao assunto abordado. cercam o exemplar reduzido do Livro do estudante.
Além das orientações página a página, antes do início da
APRENDER É DIVERTIDO primeira unidade são apresentadas sugestões de Atividades
permanentes, que podem ser realizadas com os alunos no
As atividades dessa seção têm caráter lúdico, favorecem a
início do ano letivo, como uma opção de avaliação diagnóstica,
criação de estratégias particulares para atingir os objetivos
ou no decorrer do ano letivo, complementando as práticas de elementos da PNA desenvolvidos, além de uma sugestão de
avaliação de processo. Antes de cada unidade, há a seção roteiro sintético para distribuição das aulas semana a semana.
Iniciando a unidade, com uma intro Ao final de cada unidade, há a seção Concluindo a unidade,
dução que apresenta objetivos, habilidades, Competências que apresenta uma conclusão e sugestões de avaliação
gerais e Competências específicas de História da BNCC e os formativa e monitoramento da aprendizagem

XIX
para os objetivos trabalhados. Ao final do Manual do professor, SUGESTÕES DE TEXTOS COMPLEMENTARES
temos a reprodução das unidades temáticas, dos objetos de
conhe cimento e das habilidades da BNCC referentes ao Apresenta textos complementares para auxiliar o trabalho
volume, além das Referências bibliográficas comentadas do com a página ou contribuir para a formação do professor. Essas
Manual do profes sor, que elencam obras consultadas ou sugestões são dadas como tópicos de comentários.
utilizadas como referência na produção deste manual.
Vale lembrar que o professor é o norteador das aulas e as OBJETIVO(S)
propostas apresentadas podem ser adequadas de acordo com Evidencia o que se espera alcançar no trabalho com a
as características de cada turma. unidade, abertura ou seção.
A estrutura das orientações da segunda parte deste manual
está descrita a seguir.
ALGO A MAIS
ROTEIRO SUGERIDO Apresenta sugestões de livros, filmes, vídeos e sites que
Sugestão de roteiro de aula sintético para o professor contribuem para a formação do professor.
organizar a distribuição dos conteúdos nas semanas. Essas
sugestões são apresen tadas nas seções Ponto de partida, VIVENDO A LEITURA
Iniciando a unidade e Ponto de chegada.
Apresenta sugestões para explorar os processos de
PONTO DE PARTIDA compreensão e leitura de textos. No Livro do estudante, esses
momentos são desta cados com um ícone.
Apresenta comentários e orientações sobre as atividades da
seção de avaliação diagnóstica do Livro do Estudante, intitulada
SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO
Ponto de partida.
Indica momentos e estratégias para auxiliar o professor no
DICAS
processo de verificação de aprendizagem dos alunos,
Apresenta maneiras diferentes de abordar determinado abordando ações da ava liação formativa.
conteúdo ou de iniciar uma aula e dá sugestões de atividades
preparatórias. ATIVIDADE COMPLEMENTAR

ORIENTAÇÕES GERAIS, BNCC E PNA Sempre que possível, são propostas atividades que
envolvem o tra balho com brincadeiras, filmes, músicas, livros,
As orientações gerais são organizadas em tópicos com sites, visitas a espaços não formais, tecnologias etc.
comentá rios, curiosidades e sugestões diversas, por exemplo,
as relações en tre os componentes curriculares e como essas O QUE APRENDEMOS
relações ocorrem, além de orientações para incentivar a
literacia familiar e informações complementares para o trabalho Apresenta comentários e orientações sobre as atividades da
com as páginas de atividades e se ções. Alguns comentários seção de avaliação de processo ou formativa do Livro do
evidenciam a relação entre as habilidades, as Competências e estudante, intitu lada O que aprendemos.
os Temas contemporâneos transversais da BNCC e o conteúdo
de cada página. Há também comentários que eviden ciam a PONTO DE CHEGADA
relação do conteúdo com a PNA.
Apresenta comentários e orientações sobre as atividades da
ENCAMINHAMENTOS seção de avaliação de resultado ou somativa do Livro do
estudante, intitu lada Ponto de chegada.
Apresenta comentários complementares a respeito das
possíveis respostas de algumas atividades e questões.
XX
Caroline Minorelli
Bacharela e licenciada em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Especialista em História e Teorias da Arte: Modernidade e Pós-Modernidade pela UEL-PR.
Atuou como professora da rede pública no Ensino Fundamental
e no Ensino Médio no estado do Paraná.
Autora de livros didáticos para o Ensino Fundamental.

Charles Chiba
Bacharel e licenciado em História pela UEL-PR.
Especialista em História Social e Ensino de História pela UEL-PR.
Atuou como professor da rede particular no Ensino Fundamental
e no Ensino Médio no estado do Paraná.
Autor de livros didáticos para o Ensino Fundamental.

1a edição
São Paulo, 2021

Anos Iniciais
ano

do Ensino
Fundamental

04/08/2021 21:04:26

1
Direção editorial: Lauri Cericato
Gestão de projeto editorial: Heloisa Pimentel
Projeto e produção editorial: Scriba Soluções Editoriais
Edição: Ana Flávia Dias Zammataro
Assistência editorial: Natalia Figueiredo Cirino
de Moura Colaboração técnico-pedagógica:
Kaliandra Fadel
Arte: Tamires Azevedo (coord.), Ana Rosa de Oliveira,
Carlos Ferreira e Leticia Bula (diagramação)
Projeto gráfico: Dayane Barbieri e Marcela Pialarissi
Ícones do projeto: aiaikawa, AJE, bonchan, Bowonpat
Sakaew, Camilo Torres, diy13, elena farutina, Eshma,
femclip, giedre vaitekune, Golden Shrimp, Ilona Belous,
Jivka Vesnina, Katjabakurova, khalus, khuruzero,
kuz_kuz, Macrovector, Melica, Mega Pixel, rasskazov,
StudioSmart, Vladimka production, YamabikaY, zenstock.
Imagens licenciadas pela Shutterstock.
Capa: Gabriela Heberle
Iconografia: Tulio S. E. Pinto
Tratamento de imagens: Johannes de Paulo
Preparação e revisão de texto: Joyce
Graciele Freitas e Nicolas Hiromi Takahashi

Todos os direitos reservados por Saraiva


Educação S.A. Avenida Paulista, 901, 4o andar
Jardins – São Paulo – SP – CEP 01310-200
Tel.: 4003-3061
www.edocente.com.br
saceditorasaraiva@somoseducacao.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na

Dados Internacionais de Catalogação na


Publicação (CIP)

Publicação (CIP)

Minorelli, Caroline
Vida Criança: História : 4º ano / Caroline Minorelli,
Charles Chiba. -- 1. ed. –- São Paulo : Saraiva Educação S.A.,
2021.
(Vida Criança)

Bibliografia
ISBN 978-65-5766-093-5 (Livro do estudante)
ISBN 978-65-5766-094-2 (Manual do professor)

1. História (Ensino fundamental)- Anos iniciais I. Título II.


Chiba, Charles
21-2743 CRB-8/7057
CDD 372.89

Angélica Ilacqua -

Angélica Ilacqua - Bibliotecária - CRB-8/7057

2021
Código da obra CL 820786
CAE 775509 (AL) / 775415 (PR)
1a edição

1a impressão
De acordo com a BNCC.

Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens
presentes nesta obra didática. Colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões
de créditos e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que,
eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão,
são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

Impressão e acabamento

10/08/2021 16:05:47

2
APRESENTAÇÃO

Caro(a) aluno(a),

Seja bem-vindo(a) a mais um ano de estudos!


Antes de começar, olhe ao seu redor e perceba que tudo tem
história: os objetos, as construções, as máquinas, os costumes, os hábitos
cotidianos, o trabalho e, também, a vida das pessoas.
Por meio do estudo da História, podemos recorrer ao passado para
conhecer as diferentes maneiras como as pessoas agiam, realizavam seus
trabalhos, viviam seu cotidiano e muito mais. Além disso, estudar História
também nos ajuda a compreender melhor o nosso presente.
Portanto, este livro foi feito para ajudar você a perceber que a
nossa vida também é fruto das ações de pessoas que viveram no
passado e, além disso, pode nos tornar mais capazes de reconhecer e
respeitar as diferenças e de transformar o mundo em que vivemos.
Neste livro há diferentes tipos de textos, imagens, atividades e
outros recursos interessantes para investigar e descobrir muitas
informações sobre o passado. Vamos começar?

Bons estudos!
ÍCONES DA COLEÇÃO
ATIVIDADE DESENVOLVER
NO CADERNO. LITERACIA
ATIVIDADE DE FAMILIAR.
RESPOSTA ORAL.

ATIVIDADE QUE
A LEITU POSSIBILITA
ENDO

IVV 05/08/2021 18:11:20


R
A

HABILIDADES DE LEITURA E DE
INTERPRETAÇÃO
DE TEXTOS.

SUMÁRIO
ATIVIDADES ................................50
O cotidiano indígena no passado .....52
A relação com a natureza ................54
ATIVIDADES ................................55
DE OLHO NO TEMA
.........................57
Aprender com as pessoas mais velhas
Navegar é preciso! ...........................58
Novas rotas para o comércio ...........59
ATIVIDADES ................................60
ENTRE COLEGAS ........................63
PARA CONHECER........................63
A chegada dos europeus ..................66
ATIVIDADES ................................68
As diferentes relações entre
indígenas e europeus .......................71
ATIVIDADES ................................ 73
INVESTIGUE ...............................74
Diferentes visões sobre o outro
A vida nas vilas coloniais ..................76
O cotidiano das mulheres
na Colônia ......................................78
PARA CONHECER........................79
APRENDER É DIVERTIDO .............80
História em quadrinhos
ATIVIDADES ................................ 82
O QUE APRENDEMOS ......................
83

TRABALHO E CULTURA
NO BRASIL ...........................84
A extração do pau-brasil ..................86
O trabalho indígena ........................87
A Mata Atlântica .............................87
INVESTIGUE ............................... 88
Terra Brasilis
ATIVIDADES ................................90
O início da colonização ....................91
A África e o Brasil ............................92
4
05/08/2021 18:11:21
PONTO DE PARTIDA
......................6

UMA HISTÓRIA
EM CONSTRUÇÃO ...................8 A
História e a vida das pessoas .........10 ENTRE
COLEGAS ........................ 10 ATIVIDADES
.................................12 Os sujeitos históricos
........................14 PARA
CONHECER.........................17 ATIVIDADES
.................................18 ENTRE COLEGAS
.........................19 CONSTRUINDO A HISTÓRIA história dos seres humanos ...........36 Os primeiros
..........19 Greta Thunberg grupos humanos .........37 A sedentarização
Memória, lembranças ......................20 ATIVIDADES............................38 O povoamento do
................................ 22 As fontes históricas continente americano .....................40 ATIVIDADES

..........................25 O conhecimento histórico ................................42 Os primeiros habitantes


...............27 ATIVIDADES ................................30 do território brasileiro ......................44 Os grupos
DE OLHO NO TEMA ......................... 32 Correios caçadores e coletores .....44 Os povos dos sambaquis
.................45 ATIVIDADES ................................46
PARA CONHECER........................ 33 O QUE
Quando começa
APRENDEMOS ...................... 33
a história do Brasil? ..........................47 A
CONHECER O OUTRO ...........34 A diversidade de povos indígenas .....48

4
ATIVIDADES
...............................114 A vida nas
A diáspora forçada cidades .........................116
dos povos africanos ATIVIDADES ..............................
.........................93 Reinos e 120 ENTRE COLEGAS
impérios africanos .............94 .......................122 PARA
ATIVIDADES CONHECER.......................123 O
................................96 QUE APRENDEMOS
O engenho de açúcar .....................123
.......................97 Como funcionava O QUE APRENDEMOS
um engenho? ......98 ATIVIDADES
.............................. 100 ENTRE TRADIÇÕES CULTURAIS
COLEGAS ...................... 102 O NO BRASIL
trabalho escravo nas minas .........................124 A cultura
.........103 O trabalho escravo nas do tempo atual ...............126
cidades ......104 Maneiras de lutar e ATIVIDADES
resistir .............105 DE OLHO NO ...............................128 ENTRE
TEMA ....................... 106 COLEGAS .......................129 As
Dia Nacional da Consciência Negra tradições indígenas ...................130
ATIVIDADES .............................. A CULTURA INDÍGENA
107 ENTRE COLEGAS EM NOSSO DIA A DIA ................. 130
...................... 109 PARA Os indígenas e seu
CONHECER...................... 109 modo de vida
Trabalhadores estrangeiros ................................132
no Brasil ATIVIDADES
.........................................110 ...............................134
Imigrantes de todas as partes
APRENDER É DIVERTIDO
........111 O dia a dia dos imigrantes
............138 Peteca
nas fazendas de café .....................112
159
As migrações
.................................160 As
A presença dos portugueses ..........140 ATIVIDADES migrações para
.............................. 142 ENTRE COLEGAS a Região Norte
.......................143 PARA CONHECER.......................143
..............................162 DE OLHO NO
INVESTIGUE ............................. 144 Festas juninas
TEMA ....................... 164 As
Reservas Extrativistas
A cultura amazônica
.....................165 PARA
CONHECER...................... 165
ATIVIDADES ..............................
166 Processos migratórios
da década de 1950
ENTRE COLEGAS ...................... .......................167 A in uência
146 As culturas africanas no Brasil cultural nordestina
........147 A cultura afro-brasileira na atualidade ................................168
.................148 ATIVIDADES PARA CONHECER......................
.............................. 150 PARA 169 ATIVIDADES
CONHECER....................... 151 .............................. 170 ENTRE
CONSTRUINDO A HISTÓRIA COLEGAS .......................172 O
........152 Geledés, Instituto da Mulher QUE APRENDEMOS
Negra .....................172
APRENDER É DIVERTIDO PONTO DE CHEGADA
............153 Ganzá
A in uência dos imigrantes ..................173 REFERÊNCIAS
no Brasil BIBLIOGRÁFICAS
.........................................154 COMENTADAS
............175 5
Quem eram os imigrantes?
...........155 ATIVIDADES
...............................158 ENTRE
COLEGAS ...................... 159 05/08/2021 18:11:21

PARA CONHECER......................

5
ROTEIRO SUGERIDO PONTO DE PARTIDA
PONTO DE PARTIDA PONTO DE PARTIDA

SEMANA 1 1 AULA 1. É possível encontrar diferentes espaços de


›Leitura individual e convivência nos municípios, onde pessoas e grupos
silenciosa das atividades.
se relacionam no cotidiano. Recorde desses espaços
›Realização das atividades.
e seus usos e responda às questões a

município, como praças, parques, feiras


1. A atividade permite retomar a seguir em seu caderno. populares, estabelecimentos comerciais, clubes
compreensão dos alunos, a partir 1. a. Os alunos podem citar diferentes espaços do etc.
das experiências pessoais deles, sobre a convivência coletiva ou município. b. Comente quais atividades as pessoas
nos costumam realizar nesses
a. Escreva três espaços de convivência de seu bairro
municípios e sobre os espaços ur banos. praças as pessoas podem praticar atividades
Além disso, possibilita ex espaços. físicas, realizar passeios, ler livros etc.
Espera-se que eles associem algumas atividades
realizadas nesses espaços, por exemplo, nas
plorar atividades que podem ser realizadas em diferentes convivência que você gosta. Em seguida, crie uma
espaços de sociabilidade. Esses conheci legenda que descreva
c. Faça um desenho para representar um espaço de
mentos são essenciais para reto mar as esse local. desenhos, incentive os alunos a apresentá-los
Resposta pessoal. Após realizarem os para a turma.
habilidades EF03HI01 e

EF03HI09. Auxilie os alunos a re lembrarem os espaços de convi


vência do bairro ou do município onde vivem e a utilização que a
população faz deles.
2. Esta atividade possibilita resgatar o estudo sobre as mudanças que
ocorreram na cidade e no bairro onde os alunos vivem. Permite,
também, o reconhecimento de acontecimentos já ocorridos na cidade
e a consciência que os alunos têm sobre eles, retoman
do o trabalho com as habilida des EF03HI02, EF03HI05 e EF03HI06;
além de desenvolver os componentes desenvolvi mento de
vocabulário e pro dução de escrita da PNA. Auxi lie os alunos dando
exemplos de mudanças ocorridas próximo à escola e como elas
alteraram a paisagem local.
3. Por meio desta atividade é pos sível averiguar o conhecimento dos
alunos sobre o conceito de cotidiano, desenvolvendo a Competência
específica de História 2. Caso as respostas não sejam como a
esperada, retome com os alunos o con ceito de cotidiano, que pode Correta.
ser definido como conjunto de
2. Com o passar do tempo, podem ocorrer diversas d. São as atividades que realizamos somente na cidade.
mudanças nos bairros e na cidade em que vivemos. Em seu 4. As brincadeiras são muito importantes no cotidiano das
caderno, escreva um pequeno texto para contar como crianças. Junte-se a um colega e respondam no caderno às
podemos perceber essas questões a seguir.
mudanças. Em seguida, leia-o para seus colegas e verifique a. Quais são suas brincadeiras e seus brinquedos
as semelhanças e as diferenças entre seu texto e os dos preferidos? Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilharem entre si
colegas. Resposta pessoal. Encaminhamentos nas orientações para o suas brincadeiras e brinquedos preferidos. b. No passado, as crianças
professor.
costumavam brincar da mesma
3. Qual das frases a seguir define o conceito de cotidiano?
maneira que na atualidade? Justifique sua resposta.
Copie a resposta correta em seu caderno.
Resposta pessoal. Os alunos podem citar diversas brincadeiras que faziam parte
a. São todas as atividades que aconteceram no passado de do cotidiano de crianças no passado e que permaneceram até a atualidade. Eles
também podem comentar que muitos brinquedos e brincadeiras passaram por
uma pessoa. materiais de que
mudanças ao longo do tempo, por exemplo, em relação aos 6
b. São apenas as atividades realizadas por pessoas adultas. são feitos. Peça a eles que citem exemplos para justificar as respostas desta
c. É o conjunto de atividades que realizamos diariamente e questão.

que costumam se repetir.


04/08/2021 21:08:17

atividades que ocorrem diaria mente e que dade do desenvolvimento das habilidades Com petência específica de História 1 e dos
se repetem. Em seguida, solicite que EF03HI10 e EF03HI12. Auxilie os alunos a compo nentes compreensão de textos e
refaçam a atividade. re tomarem brincadeiras que eram desenvolvi mento de vocabulário da PNA.
4. A atividade permite ressaltar a realizadas no passado e que continuam Caso as
importância das brincadeiras no cotidiano presentes no cotidia no de muitas crianças, respostas não sejam como a esperada,
dos alunos e fazer uma comparação com as como a amarelinha e o esconde-esconde. proponha uma leitura compartilhada da
brin 5. Utilize esta atividade para resgatar o atividade e, depois, converse com os alunos
cadeiras do passado, permitindo a continui conceito de sobre os tipos de trabalho que estão
trabalho, permitindo o desenvolvimento da descritos nas colunas.

6
Depois, copie-os e relacione-os em seu caderno, de
modo que se
6. A atividade permite averiguar se os alunos reconhecem mudan
ças e permanências em diversas profissões ao longo do tempo,
desenvolvendo, assim, a habili dade EF03HI12. Converse com
5. Leia com atenção os conteúdos das colunas a seguir. eles a respeito do desenvolvi mento tecnológico e das trans

completem adequadamente.
A-2; B-3; C-1.
B2 6. Veja as profissões a seguir.
Existem diferentes tipos de
formações sociais e econômicas que trabalho, como o voluntário, um meio de obter recursos para viver, essa
ocorreram no último século atividade se torna a sua profissão.
A1 C3
O trabalho pode ser definido Quando um tipo de trabalho
uma atividade que transforma, resultando em
como faz parte do cotidiano, como
algum produto, objeto ou obra.
desaparecimento de profissões. esses profis sionais, permitindo a
7. Esta atividade permite retomar retomada das habilidades EF03HI08 e
em que a pessoa dedica o seu tempo a
atividades de colaboração, sem receber um determinadas profissões antigas, mas que EF03HI12. Proponha a leitura
salário em troca. ainda existem, e o tra balho realizado por compartilhada das alternativas e, em
e como isso influenciou o surgi mento e o seguida, converse com os
deixaram de existir
radialista açougueiro telegrafista pianista de cinema alunos a respeito das atividades descritas e das profissões que
pedreiro engraxador de trilhos armador de pinos de re alizam essas atividades. Caso os alunos apresentem
boliche dificuldades, solicite que utilizem o dicionário

a. Copie no caderno apenas as profissões que


Os alunos deverão copiar no caderno as para pesquisar as palavras que
com o passar do tempo. seguintes profissões:
telegrafista, pianista de cinema, engraxador de trilhos e armador de pinos desconhecerem.
Agora, explique por que as profissões que 8. Esta atividade retoma o conceito
de boliche. b.
você selecionou
deixaram de existir com o passar orientações para o professor. de costume e reforça a compre ensão de
do tempo. Encaminhamentos nas Resposta pessoal. como esse conceito faz
7. Leia as pistas a seguir para revelar algumas ordenha, entre
profissões antigas que ainda existem na atualidade. parte do cotidiano dos alunos, permitindo, assim, o desenvolvi
mento da Competência espe cífica de História 4 e dos com
a. Profissional que se ocupa da criação de gado, como ponentes da desenvolvimento
bois e vacas, alimentando os animais, realizando a
Vaqueiro. PNA. Caso os alunos
outras atividades. de vocabulário e produção de escrita da
b. Profissional que faz saias, calças, vestidos, além de outros objetos. Ferreiro.
diversos outros tipos de roupas. Entre seus 8. O que são costumes? Cite algum costume que faz
parte do seu
instrumentos de trabalho estão linhas, tesoura, agulhas
apresentem dificuldades, auxilie- -os a relembrar que costumes
e máquinas de costura. Costureiro. são aspectos do cotidiano que um determinado grupo da socie
dade compartilha, por exemplo, tomar café da manhã, utilizar de
c. Em sua profissão, molda o ferro e fabrica vários tipos terminadas roupas, comer com talheres e modo de falar.
de instrumentos, como enxadas, facões, foices, entre
cidade em que vivem. Eles podem
cotidiano. mencionar no texto deles, por
Os costumes são elementos do cotidiano exemplo, aspectos da arquitetura,
compartilhados por pessoas de um mesmo presença de edifícios antigos e
grupo ou sociedade. Os alunos podem citar
modernos, monu mentos
costumes, como o hábito de
importantes para a história local,
tomar café da manhã, usar talheres para se fontes, como fotografias, relatos de
alimentar, determinados tipos de vestimentas,
pessoas que viveram no passado,
entre outros.
entre outros.
6. b. Espera-se que os alunos apontem
alguns moti vos para que
determinadas profissões tivessem
ENCAMINHAMENTOS
entrado em declínio até deixarem
7 de existir na atualidade. Eles
podem citar, por exemplo, o
desenvolvimento de novas
04/08/2021 21:08:17 tecnologias nos meios de
comunicação e transporte (como
nos casos das profissões de
2. Espera-se que os alunos apontem
algumas manei ras de perceber as telegrafista e engraxa dor de
mudanças ocorridas no bairro ou na trilhos).

7
Algumas situações didáticas têm objetivos que vão além da transposição de conteúdo, pois desenvolvem hábitos e
procedimentos que favorecem o processo de alfabetização e contribuem para a aprendizagem. Quando apresentadas
com regularidade e aliadas às
S
práticas baseadas em evidências científicas, tais abordagens metodológicas constroem o senso de constância e
favorecem a sistemati E

zação de determinados temas. Com o uso periódico e regular dessas práticas, é possível melhorar a fluência da leitura,
desenvolver a T

oralidade, ampliar o vocabulário, explorar o raciocínio lógico, consolidar conhecimentos, entre outras
vantagens. N

Apresentamos a seguir algumas sugestões de atividades com essas características. O professor pode incluí-las na
rotina semanal, E

quinzenal ou mensal das aulas, conforme a conveniência. Se julgar conveniente, pode também atribuir a elas
caráter avaliador. N

RE

P
se do grupo e, depois, vá alternando as
Para desenvolver esse tipo de atividade, escolhas durante as
T

combine com a
A
S
I

turma um momento e um horário regulares semanas de modo a oferecer novidades e


na semana. Se
aguçar a curiosida
I

D de deles para novos temas.


Antes da leitura, destaque pontos
importantes sobre o texto, como o tema, o
autor, o título e o gênero. Sempre que
G

julgar conveniente e viável, providencie um


ambiente lúdico possível, antecipe uma conversa sobre o
O
contexto e deixe que levantem hipóteses
com base nas informações iniciais de que
O
eles dispõem. Alterne ocasiões em que eles
J
D
leem depois do professor com outras em
e distinto da sala de aula, tornando mais que o professor somente orienta a leitura
importante o even dos alunos. Nesse caso, dê opor
A
tunidade para a participação de todos, de
Analise antecipadamente o jogo escolhido, modo voluntário e motivador, evitando
verificando se a dinâmica requer constrangimentos e dando acompa
preparação prévia de materiais ou outros nhamento especial aos que apresentam
recursos necessários. Antes do jogo, deixe dificuldades. Para textos longos, pode ser
que os alunos te nham um contato prévio escolhida estratégia de leitura por partes,
com o material que será utilizado, pausando em pontos estratégicos do texto
de modo a manter o interesse no próximo
S

encontro.
E

A
Após a leitura, faça questionamentos para
D
verificar o en gajamento deles, do que mais
I gostaram, o que acharam do final e outros
V
aspectos que julgar oportuno.

·Exemplos de escolhas para a leitura:


I

A
poemas; fábulas; re portagens; crônicas;
relatos experimentais; texto de divul gação
científica.

7•A
to. Prepare-se com sugestões iniciais
voltadas para o interes
R

U
E

Escolha a melhor disposição para os alunos dendo mantê-los enfileirados e nas carteiras R

na sala, po ou dispostos em grupos, rodas, entre outras. Apresente a


eles elementos e

A P
S

E
I

R
V

recursos, com base em um tema que seja


D
O

de relevância e in teresse da turma, previamente escolhido. E

Esses recursos ser virão como ponto de partida para a


contextualização e a
E

Á
N

N
C
L

A
D
C

problematização em questão. O tema pode


A

ser escolhido também de maneira conveniente para


conduzir uma conver
O

sa com foco em avaliação diagnóstica ou


formativa.
Proponha a troca de ideias entre os colegas,
de maneira respeitosa e propositiva, sobre
o assunto apresentado. Para isso, formule
questionamentos indutores de reflexão e de
abordagens subordinadas à temática. Anote
as ações e os pontos relevantes
observados, incluindo a postura ativa ou
retrativa deles, pois podem ser indicadores
de dificuldades ou de falta de
conhecimentos prévios referentes ao
assunto. Por fim, retome com os alunos os
principais aspectos anota
dos, sistematizando o resultado da roda de
conversa.

·Exemplos de assuntos para uma roda de


conversa: conta ção de histórias; coleta
seletiva e reciclagem dos resíduos na
escola e em casa; consciência ambiental.
proporcionando um momento de exploração.
Alguns jogos podem ser propostos em
ambientes fora da sala de aula, como no
pátio da escola. Oriente a dinâmica e,
dependendo do caso, permita a eles que
descubram estratégias pessoais para lidar ças; dominó; jogo de forca. do calendário, sempre no início da aula.
com as regras apresentadas. Decidam Planeje sua rotina para que as atividades de
juntos quem fica responsável pela formação registro e de reconhecimento das
dos grupos e a quantidade máxima de Confeccione com antecedência um mural informações do calendário sejam diárias e
participantes de cada equipe. com espaço para registro visual da permanentes em sua prática. Dessa
Escolha momentos oportunos para passagem do tempo. O mural pode ser maneira, inicialmente com mediação e
estabelecer conexão com os conceitos preparado com uma parte para o dia da depois de modo autônomo, eles vão adquirir
envolvidos na atividade, por meio de ques semana e a con tagem dos dias do mês e o hábito de dispor no mural o dia da
tionamentos. Como o jogo é uma atividade outra parte para registrar como está o dia semana correspondente, o dia do mês e o
coletiva, verifique se todos os integrantes (ensolarado, nublado, chuvoso). Para tornar ícone que representa a condição do dia.
estão envolvidos e interessados. As os re gistros mais lúdicos, podem ser Lembre-se de confirmar oralmente com os
rodadas podem esgotar-se ou seguirem por elaborados cartazes ilustra dos juntamente alunos as infor mações prestadas,
mais tempo, a depender dessa motivação e com as inscrições. As fichas e os cartazes consolidando a aprendizagem. Com o pas
interesse. devem ficar disponíveis e de fácil acesso sar do tempo, sistematize o procedimento
para os alunos faze rem as trocas diárias. incluindo outros questionamentos diários a
Reserve um momento ao final do jogo para
avaliar com os alunos qual foi o Caso haja alunos com deficiência visual ou respeito da passagem do tempo, como
aproveitamento deles em relação aos cegueira, garanta que o material perguntar qual foi o dia anterior ou qual será
objetivos de aprendizagem. confeccionado esteja em tamanho o posterior ao registrado, em que dia não
adequadamente ampliado e com contraste, houve aula, e outras questões. Com isso,
· Exemplos de jogos que podem ser ou mesmo em braile, se necessário. será possível verificar, por exemplo, se eles
adaptados para situa ções didáticas: Combine com a turma que a cada dia um compre endem a sequência dos dias da
diagrama; jogo da memória; quebra-cabe aluno será o res ponsável pela atualização semana e do mês.
permanências históricas, tema
de estudo importante para o
entendimento do conceito de
História na atualidade. Esta
unidade também propõe aos
alunos o reconhecimento de si
como sujeitos históricos, com
suas lembranças, memórias e
vivências pessoais, além de
incentivá-los a desempenhar

INICIANDO A UNIDADE 1 OBJETIVOS DA UNIDADE

Os temas relacionados à memória, patrimônio, cotidiano no


·Compreender e estabelecer a relação entre passado e presente.
presente e no passado, entre outros, abordados no volume
anterior, podem ser pré-requisitos para trabalhar com os conte
·Conhecer o conceito de memória.
údos desta unidade. ·Identificar e comparar mudanças e perma nências ao longo do
Aqui são apresentados alguns dos principais conceitos e noções tempo.
que norteiam o compo nente curricular de História, possibilitando
aos alunos exercitar a consciência histórica por meio da ·Reconhecer-se como sujeito histórico. ·Refletir sobre a atuação
compreensão da construção da História no tempo. dos sujeitos históricos na dinâmica dos processos sociais.
No início da unidade, é abordada a relação entre as mudanças e
um papel ativo na transformação da História do mundo, aprendemos, ao final da unidade, são sugeridas atividades que
destacando o papel de todos no cuidado com o meio ambiente. possibilitam ao professor avaliar os conhecimentos cons truídos
Por fim, são apresentados os conceitos fundamentais sobre os pelos alunos, fornecendo propostas de remediação e estratégias
procedimentos históricos, sobre investigação, fatos históricos, de intervenções para a superação das dificuldades que possam
acervos e fontes históricas, o que possibilita o aprofunda mento da surgir no decorrer do processo de aprendizagem.
consciência histórica dos alunos.
Ao longo do desenvolvimento dos tópicos e na seção O que
·
Desenvolver a noção de conhecimento histórico.

TEMAS HABILIDA COMPETÊ COMPETÊN COMPONENTES DA


DES NCIAS CIAS PNA
GERAIS ESPECÍFIC
AS DE
HISTÓRIA

A
A História e a ›EF04HI01 1, 3, 4, 5, 6, 8, 1, 2, 3 e 6 Produção de escrita.
vida das 9 e 10
O
I
›EF04HI03 Compreensão de
pessoas.
1

›EF04HI08 textos. Numeracia.


Ã
R

Ó
Ç Os sujeitos históricos. Literacia familiar.
Memória, lembranças.
E

D
T
As fontes históricas.
R
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A
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D

I
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N
A

O
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C
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ROTEIRO SUGERIDO
ABERTURA SEMANA 1 1 AULA 6 E 7 4 AULAS
›Análise da imagem de abertura das páginas 8 e 9 e
›Leitura da história em quadrinhos das páginas 20 e 21.
realização das questões.

MEMÓRIA, LEMBRANÇAS SEMANAS


A HISTÓRIA E A VIDA DAS ›Realização das atividades das
PESSOAS HISTÓRICAS SEMANAS
SEMANAS páginas 22 a 24. AS FONTES

2 E 3 4 AULAS
›Leitura do texto das páginas 10 e 11 e realização das atividades 1 e 2. ação cívica das pessoas e a impor
›Trabalho com o boxe Entre colegas da página 10. ›Leitura do boxe da tância da mobilização social como
página 12. fatores de transformações. Co
›Realização das atividades das páginas 12 e 13. mente que a passeata é uma das
formas de reivindicar direitos.
OS SUJEITOS HISTÓRICOS SEMANAS

4 E 5 4 AULAS
›Leitura da história em quadrinhos das páginas 14 e 15. ›Leitura do texto
·O texto a seguir sugere um rotei
da página 16 e realização das atividades 1 e 2. ›Leitura do boxe da página ro para auxiliar no trabalho com
17. os diferentes tipos de imagens
›Realização das atividades da página 18. apresentadas nas aberturas das
›Trabalho com o boxe Entre colegas e a seção Construindo a história da unidades.
a

página 19.
[...] Para introduzir o aluno
n

8, 9 E 10 6 AULAS e

›Leitura dos textos e análise das imagens das páginas 25 e 26.


a

o
t

›Leitura e análise dos conceitos da página 27.


na leitura de imagens dos livros
›Leitura dos textos e análise das imagens das páginas 28 e 29. o

›Realização das atividades das páginas 30 e 31. /

›Trabalho com a seção De olho no tema da página 32.


t

s
i

›Retomada com a seção O que aprendemos da página 33. didáticos, é importante inicial
l

mente buscar separar a ilustração


C

e
i

do texto, isolando-a para iniciar


a

uma observação “impressionista”,


sem interferências iniciais da in
terpretação do professor ou das
legendas escritas. Trata-se de um
momento em que o observador
fará uma leitura geral da ilustra
ção [...].
Partindo dessa leitura inicial
7•B e interna da própria ilustração,
DICAS torna-se possível especificar seu
conteúdo: tema, personagens
·Uma forma de iniciar os representados, espaço, postu
trabalhos ras, vestimentas, que indicam
com esta unidade é explicar aos o retrato de uma determinada
alunos que outras pessoas, época. Assim, é necessário estar
antes identificando no diálogo com os
de nós, tiveram de atuar em alunos qual conhecimento está
diver sendo obtido por intermédio das
sos processos históricos, lutando imagens.
e conquistando os direitos que Na sequência, passa-se para
temos atualmente, como o uma leitura externa, buscando
acesso
à educação, à cultura e à
participa
ção nas decisões políticas.
Assim,
o processo histórico é construído
por diversos sujeitos, que atuam
em contextos distintos e em
cons
tante transformação.

·Com base na foto, valorize a


atu
Pessoas se manifestando pelo
direito à moradia, no município
de São Paulo, em 2019.

UMA
HISTÓRIA
EM CONSTRUÇÃO

04/08/2021 21:10:43

voltar a observação do aluno para produção? Quando foi realizada? Caso


outros referenciais, para o “signi ficado não haja indicações suficientes no
do documento como objeto”, como próprio livro, as respostas dos alu nos
afirma Adalberto Marson. Nesse deverão ser obtidas com o professor ou
processo de leitura da ilus tração como ainda [...] [por meio] da consulta em
objeto, os alunos deverão responder a outras obras. [...]
perguntas: Como e por quem foi
produzido?
Para que e para quem se fez essa
aula. São Paulo: Contexto, 2002. p. 86-88.

BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de

8
1. A cena retrata pessoas se manifestando pelo direito à moradia em uma
passeata.
Encaminhamentos nas orientações para o professor.
1. Descreva a cena e as pessoas retratadas na foto.
2. Você já presenciou ou participou de alguma situação
semelhante a que está representada na foto? Conte para os
colegas.
3. Em sua opinião, as pessoas participam da construção da
história do lugar onde vivem? Se sim, de que maneira?
Comente.

ENCAMINHAMENTOS
1. Espera-se que os alunos descre vam as pessoas retratadas na foto e
a atividade realizada por elas, a passeata. Eles podem descrever
também as faixas e outros elementos da imagem, como a rua e os
automóveis.
2. Espera-se que os alunos co mentem se já presenciaram uma
passeata ou outro tipo de manifestação. Questione-os sobre o motivo
do ato citado por eles, assim como sua im portância.
3. Espera-se que os alunos con siderem importante conhecer a sua
própria história de vida e a de outras pessoas para com preender melhor
a realidade no presente.
Encaminhamentos nas orientações para o professor.
9

04/08/2021 21:10:44

As questões 2 e 3 têm respostas pessoais.

9
·Os conteúdos abordados nestas páginas permitem compreender Os acontecimentos do nosso cotidiano, as experiências
como as relações estabelecidas entre os sujeitos, em diversas épo
pelas quais passamos, sozinhos ou com outras pessoas,
cas e contextos, formam a História. Também possibilitam
compreen der como os aspectos da vida atual são decorrências fazem parte da nossa história de vida.
de processos his tóricos. A partir dessas reflexões, que
Os acontecimentos do passado influenciam a nossa
reconhecem a História como resultado da ação do ser humano, é
possível trabalhar com a habilida de EF04HI01 da BNCC. história de vida e tam bém a vida de outras pessoas. Por
isso, estudar História nos ajuda a entender como os
acontecimentos do passado formaram a atual realidade.

A História e a vida das pessoas


as pes soas podem ter atividade, ressalte para os
·Ao trabalhar com a seção Entre sobre um mesmo evento, alunos os três tópicos que
colegas, ressalte aos alunos as di e que isso vai depender deverão compor suas
da vivência de cada um. A produções: qual foi o
Leia o texto a seguir. produ ção de texto acontecimento, quan do
Durante a leitura do texto, oriente os alunos a sugerida nesta seção ele ocorreu e por que ele
procurar no dicionário as palavras que
possibilita desenvolver o foi importante,
desconhecem.
compo nente produção de auxiliando-os com a
ferentes perspectivas que escrita da PNA. Durante a coesão dos textos.
cos que fazem parte da própria
·Não permita que ocorram história.
co mentários depreciativos cultura da humanidade.
ou dis criminatórios durante [...]
a realização da atividade.
Quando crescer, vou ser... historiador!,
Destaque a impor tância de de Paula Americano. Revista Ciência Hoje das
todas as lembranças e Crianças, Rio de Janeiro, SBPC, ano 14, n. 118,
relatos para a construção do 24 out. 2001. p. 12.

[...] A História estuda


fa tos relativos ao [ser
humano] ao longo do a
r
i

tempo. O desen
e
r
e

volvimento das o
i

sociedades, a
v

a
l

transmissão do
conhecimento e da
cultura, a construção e
sucessão das
civilizações e os
acontecimentos Conhecer o
anteriores aos fatos passado é conhecer
atuais são temas históri também a nossa
marcou a sua história

conhecimento histórico. Dessa

1. Você se lembra de algum acontecimento que


forma, deve-se afirmar o respeito às vidas, como a época em que aprenderam a ler,
de vida? Qual? que
emoções, opiniões e memórias Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
apontem fatos que marcaram a história de suas
importante, uma mudança
dos outros colegas. A partir des
idade tinham quando aprenderam a andar de bicicleta, uma viagem
de cidade, o nascimento de um irmão
sas colocações, são trabalhados ou irmã,

ENTRE COLEGAS entre outros.


Resposta pessoal. Encaminhamentos nas orientações para o professor.
aspectos fundamentais da Com petência geral 8 da BNCC. A ·
atividade 1 pretende explo rar recordações e lembranças ocorreu na escola e que vocês consideram importante.
marcantes dos alunos sobre sua história de vida. Ao
desenvolver Em conjunto, escrevam um pequeno texto que
explique qual foi esse acontecimento, quando ele
. Em dupla, converse com um colega sobre algum ocorreu e por que ele foi importante. Depois,
acontecimento que apresentem-no
esta atividade, fique atento(a) e procure Este boxe favorece o desenvolvimento de
resgatar acontecimentos como os exemplos componentes da PNA.
apresentados na resposta citando-os aos alu 10
nos. É importante que os alunos não se
sintam pressionados à re alizar essa atividade,
ela deve ser feita de forma espontânea. Caso
algum aluno se sinta desconfortá
aos demais colegas em sala de aula.
vel, ou cite alguma lembrança de sagradável,
04/08/2021 21:10:46
não o pressione e não permita que os colegas
DICA
o deixem constrangido. participando ativamente da história. Explique pessoas. Enfatize que todos têm, portanto,
que eles são capazes de trans responsabilida des individuais, mas também
·Comente com os alunos que todas as formar a própria vida e a vida de outras
coletivas.
pessoas são sujeitos históricos e estão

10
mesmos. Eles sofreram mudanças ao longo do tempo.
A foto a seguir mostra pessoas utilizando um meio de
transporte comum
Diversos acontecimentos fazem com que o modo de vida
dos seres humanos se transforme no decorrer da ·Durante a realização da atividade 2, comente com os alunos que
história. Da mesma forma, as ações dos seres hu manos o estudo da História está intima mente ligado às preocupações
do presente, daí a importância de pensar o processo histórico a
influenciam nas mudanças que ocorrem na sociedade. par tir de nossa realidade atual. Nesse sentido, o trabalho com os
A maneira como nos relacionamos com as outras dois exemplos citados permite pensar as transformações
tecnológicas e a forma como elas interferem na vida das pessoas,
pessoas, os nossos meios de transporte e de possibilitando, assim, um trabalho com o Tema contem porâneo
comunicação, o modo como nos vestimos e nos Ciência e tecnologia.
alimentamos, por exemplo, não foram sempre os
v

E tração, a capacidade de transporte, a velocidade,


nas cidades brasileiras há cerca de y
r
entre outras.
cem anos. Observe-a. Foto que retrata
um bonde puxado
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por mulas, por
i

p
volta de 1910, em
y
s Paranaguá, Paraná.
Pode-se comentar com os alunos, por
a

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o
exemplo, como as noções de distâncias
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c
espaciais e temporais se modificaram com
as transforma
e
l
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C ções na comunicação e no trans porte.


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Discuta, além disso, como muitos indivíduos
utilizam, atual mente, diversos recursos
a
c
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o
tecnológi cos que não fizeram parte de sua
formação educacional ou profissio nal, pois,
P

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em muitos casos, ainda não haviam sido
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desenvolvidos.
C

e
2. Espera-se que os
alunos comparem o bonde puxado por mulas
·
l
l
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n
retratado na foto a algum meio de transporte ATIVIDADE COMPLEMENTAR Proponha à
coletivo utilizado na atualidade, como o
turma uma exposi ção a ser realizada em
e
r

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ônibus, o metrô ou o trem. Os alunos podem citar
/
sala de
s

n
como mudanças, por exemplo, o tipo de
a

aspectos que se mantêm preservados são as


2. Compare o bonde retratado na foto anterior a um permanências.
meio de trans porte coletivo utilizado na atualidade. aula, com objetos e/ou fotogra fias antigos e atuais. Nesta ex
Houve mudanças? Quais? Converse com os colegas. posição, pode ser criada uma li nha do tempo para desenvolver
a percepção de transformação histórica dos alunos. Por meio
Ao mesmo tempo, podemos observar que muitos hábitos dessa atividade é possível esta belecer uma relação da história
e costumes coti dianos foram preservados, ou sofreram familiar com a história coletiva. Se julgar conveniente, convide os
familiares dos alunos para
poucas modificações no decorrer da his tória. Esses
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exemplo, passar do tempo.
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/ permaneceu, participarem da
exposição.
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equipamentos
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O costume de utilizados para
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registrar e trocar essa finalidade
informações, por mudaram com o
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Máquina de escrever. Computador portátil


(notebook).

11

04/08/2021 21:10:47

11
·Sobre a origem da História com He ródoto, deve-se ter em Entre os povos gregos, os primeiros registros históricos
mente que, até o século V a.C., o conhecimen to dos gregos tiveram origem nas narrativas orais que contavam fatos
sobre o seu passado era transmitido por meio dos mitos, sem sobre as frequentes guerras que ocorriam naquela
uma efetiva investigação do cumental, organização cronológica
ou registro escrito. Segundo o his toriador Moses I. Finley, o época.
interesse dos gregos pelo estudo da História se consolidou a
partir do contato com o desconhecido, com os povos aos quais Heródoto, que viveu no século 5 a.C., é considerado um
chamavam “bárbaros” e sobre os quais pouco sabiam. As sim, a dos primeiros historiadores. Para escrever sua obra, ele
História surgiu como uma forma de investigação sobre aquilo que pesquisou e analisou a vida e os cos tumes dos gregos e
não podia ser explicado por meio dos mitos e lendas.
de outros povos.
·Acerca da obra de Heródoto, é importante comentar com os alu
nos que a concepção de História demonstrada por ele se pautava
na busca pela “verdade”, na aná lise de testemunhos, no registro
de relatos e na exposição daquilo que se tinha vivido ou ATIVIDADES
pesquisado diretamente. Dessa forma, para escrever a história
das guerras entre gregos e persas, ocorridas no século V a.C.,
ele recorreu às memórias de sobreviventes e
História
O termo História é de origem grega e vem de historía,
que significa “co nhecimento por meio da investigação
ou indagação”.
Quando surgiu, há cerca de 2 500 anos, a História era
considerada um relato daquilo que era observado ou
presenciado pelo historiador, portanto, o historiador era
visto como uma testemunha daqueles acontecimentos.
de componentes da PNA.

1. Analise as imagens a seguir e suas legendas.

Esta atividade favorece o desenvolvimento

de pessoas às quais tinham sido transmitidas


narrativas sobre as batalhas. Nesse sentido,
como a cultura grega era centrada na fala e
na escuta, deve ser destacada a relação entre
escrita e oralidade nesse momento inicial da
Histó
ria, ressaltando que o próprio He ródoto
realizou leituras públicas de seus textos.

·Para complementar o conteúdo desta página,


se julgar convenien te, peça aos alunos que
elaborem um mapa mental utilizando as
informações do boxe desta pá gina e do texto
citado Quando crescer, vou ser... historiador,
de Paula Americano, apresentado na página
10. Para auxiliá-los na ativi dade, faça um
levantamento com os alunos de algumas
informações que poderiam compor o mapa
mental, aproveitando o momento, também,
para instruí-los sobre o formato dessa 12
ferramenta didáti ca. Para mais informações
sobre os mapas mentais, veja o site a seguir.
CALÇADE, Paula. Como usar mapas mentais
para melhorar aprendizagem na escola. Nova
Escola, 19 jun. 2019. Disponível em: 04/08/2021 21:10:48
P

<https://novaescola.org.br/ S

conteudo/17882/como-usar
,

o
l

mapas-mentais-para-melhorar u
a

aprendizagem-na-escola>. Acesso em: 1° jun. P

2021.
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Foto que retrata a Rua Primeiro de Março, localizada
na região central da cidade do Rio de Janeiro, por
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c volta de 1890.
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12
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Foto que retrata a mesma região, no ano de 2016.

B
·
Chame a atenção dos alunos para a maneira como
muitos povos organizam cronologicamente o tempo, utilizando
o nascimento de Cristo como referência. Isso in
dica a predominância cultural que o cristianismo exerceu na
Europa desde o final do Império Romano, com seu poder se
manifestando na própria maneira como contamos o tempo.
o
f
Pensar essas questões per
mite problematizar a forma como organizamos e interpretamos
a
r

ó
t os acontecimentos históricos, o que toca em aspectos da
Competên
o
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·
o

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cia específica de História 2. No item b da atividade 1, os alu
r

e nos podem desenvolver conheci mentos relacionados à


numeracia ao realizarem o cálculo do tempo decorrido entre as
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A
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o
imagens, explo rando a operação de subtração. Já
g

cidade do Rio de Janeiro, porém, em épocas as mudanças ocorridas na cidade em que


. Agora, responda em seu caderno. diferentes: cerca de 1890 (imagem A) e 2016
(imagem B).
vivem e, depois,

1. a. As fotos retratam um mesmo lugar, na na atividade 3, os alunos devem analisar


a. Que local foi retratado nas fotos? Elas foram feitas na mesma época? b. Quanto tempo se passou entre
a época de produção da imagem A e análise das permanências e mudanças na

produzir uma ilustração. Como ponto de partida, faça uma


a da imagem B? Entre uma foto e outra, passaram-se escola. Depois, reforce a orientação
aproximadamente 120 anos.
se locomo ver; nos tipos de moradias; ofícios e
c. É possível identificar mudanças e permanências nas
fotos? Liste-as. Sim. Nesse período, o espaço urbano retratado sofreu profissões; nas formas de lazer, entre outras.
grandes modificações, principalmente o asfaltamento das ruas e a
Escolha um dos temas conversados e ilustre-o no seu
instalação de postes de energia elétrica.*
2. Explique o que são mudanças e permanências na caderno, utili zando imagens como desenhos e fotos. Ao
história. As mudanças são as transformações que ocorrem ao longo do final, apresente o resul tado para os colegas.
tempo. Já as permanências: elementos que sofreram poucas modificações Resposta pessoal. Encaminhamentos nas orientações para o professor.
ou que foram preservados ao longo do tempo. para que os alunos conversem com seus familiares sobre as
3. Como você estudou até aqui, ao longo do tempo, transforma ções ocorridas na cidade e como essas mudanças
influenciaram no cotidiano das pessoas. Essa abor dagem
podemos perceber diversas mudanças e possibilita desenvolver a literacia familiar.
permanências na história. Considerando isso, em
casa, com a ajuda de seus familiares, analise a seguinte ENCAMINHAMENTOS
questão: O município em que você vive passou por 3. Oriente os alunos a conversa rem com os familiares sobre as
transformações ocorridas ao longo do tempo na cidade em que
transformações ao longo do tempo? Quais foram as vivem. Além dos exem plos apresentados, eles podem mencionar
principais mudanças que podem ser observadas? Depois, outros temas, como transformações nas festivida des e no
reflita sobre como essas transformações interferiram no patrimônio da cidade. É importante que os alunos, após a
realização da atividade, consigam realizar comparações
modo de vida dos habitantes, por exemplo, no modo de
*Em meio a essas mudanças, a arquitetura do habitantes.
prédio dos Correios foi mantida, ajudando a 13
preservar a memória da cidade.

04/08/2021 21:10:48

e identificar como determina das mudanças


ATIVIDADE COMPLEMENTAR interferiram no modo de vida dos
valorização do projeto original ou das
mudanças pelas quais passou a construção
·Complemente a abordagem da atividade 2. ao longo do tempo. Pesquise fotos de
épocas dis tintas para gerar um comparativo.
Faça um levantamento sobre os edifícios Trabalhar esse tipo de atividade, além de
tomba dos pelo patrimônio histórico e artístico tornar mais complexo e abrangente o tema
em sua cidade ou região. Escolha um deles e
das mudanças e perma nências históricas,
apresente- -o aos alunos. Discuta com eles os
permite abordar aspectos da habilidade
princípios que norteiam a ideia de
conservação do edifício em questão: a EF04HI03 da BNCC.

13
Muitos hábitos e costumes cotidianos tendem a
· Durante a leitura da história em quadrinhos apresentada nestas
permanecer ao longo do tempo. No entanto, para que
páginas, é fundamental discutir com os alunos algumas carac
terísticas desse gênero textual, notadamente a articulação en tre a ocorram mudanças, é necessária a ação individual ou
linguagem verbal e a não verbal, o que caracteriza um tex to coletiva.
multimodal. Essa abordagem possibilita aos alunos o contato com
diferentes tipos de lingua gens textuais. Leia a história em quadrinhos a seguir, que mostra um
exemplo de como as pessoas podem transformar a
·Ressalte que a história, apesar de breve, aborda um período de realidade.
mais de uma semana na vida dos personagens, o que só é possí
vel por meio da articulação en
Um projeto para todos
Os
sujeitos históricos
interessante!

tre linguagens e da
exploração de recursos
típicos desse gênero textual.
Ao realizar esse tipo de
discussão, além de formar e
ins
trumentalizar os alunos para
pen sar os textos e as
imagens com os quais
entram em contato cotidia
namente, trabalha-se
... Reciclável aqui,
aspectos fundamentais da orgânico ali, certo?
Competência geral 4 da
BNCC.
... Então pessoal, espero que Que legal,
tenham compreendido como em casa...
DICAS reciclar é importante!

·Essa história em quadrinhos


abor da o protagonismo social
por parte dos personagens
que produziram a campanha
em favor da recicla

nossa, que
fundamentais da
gem. Após a leitura, Competência geral 1 da
pergunte aos alunos se BNCC.
eles se consideram sujei tos
históricos e por quais
motivos. Esse tipo de durante a semana...
14 ok, obrigada!
pergunta pode gerar certa
confusão, pois é muito co adílson! Me explica ... Recolhemos
mum a ideia de que as como funciona? os recicláveis
ações do cotidiano não são
eventos históri cos.
Demonstre que, como visto
no exemplo dos quadrinhos, o

todos a

podemos ser agentes


c

·
históricos. Durante a
o
v

a
t

leitura da história em s

quadrinhos, ressalte que, toda quinta! G

mãe! Hoje
por meio da ação aprendi sobre reciclagem na
organizada pelos alunos, foiaula de ciências. Poderíamos
possível intervir no cotidiano separar o lixo em casa...
de todo o bairro,
construindo uma so ciedade
mais solidária e sustentá 04/08/2021 21:10:48

isso mesmo!
vel. Por meio desse tipo de
discus são, é possível
abordar aspectos claro!
14
poxa, seria
bom se
todos
fizessem
isso...

na semana seguinte, Adílson contou sua


experiência para cleiton, seu amigo.

BOA!

EI! e se falássemos
com a diretora para fazermos
um projeto para divulgar essa
ideia?

·A reciclagem, um assunto que,


ao longo das últimas décadas, Bom trabalho! amanhã
ga nhou grande espaço no vamos divulgá-lo para
debate e nas ações públicas, ta o descarte contínuo de resíduos no meio
permite o trabalho com dois ambiente; e Educação para o consumo,
Temas contem porâneos: pois as discus sões e ações acerca da
Educação ambiental, pois a reciclagem só fazem sentido se forem
reutilização de materiais evi atrela das a uma revisão crítica de nossas
lá em
práticas de consumo em larga es cala. A
casa,
a reciclagem, nesse sentido, deve ser
sempre pensada como um ciclo que a comunidade!
envolve produção, consumo e reutilização.
Pode- -se conversar com os alunos, por
exemplo, acerca das dificuldades da
efetivação das ações de recicla
que ideia
gem em um mundo baseado na ideia de
ótima, consumo.

·Para mais informações sobre a


meninos!
separa ão do lixo está sendo um sucesso!
reciclagem e a necessidade de re ver os
hábitos de consumo, aces se o site do
Ministério do Meio Ambiente – Reciclagem.
Dispo nível em: <https://antigo.mma.
gov.br/cidades-sustentaveis/
residuos-solidos.html>. Acesso

desenvolveremos um trabalho conjunto sobre a


importância da separa ão do lixo e da reciclagem!

na diretoria da escola...
em: 21 abr. 2021.

Como parte do projeto, alunos e professores se organizaram e saíram às ruas próximas à escola
o

para conversar com os moradores sobre a importância da reciclagem. as a ões de adílson e seus a

h
c

colegas contribuíram para a conscientiza ão de muitas pessoas do bairro onde ele estuda!
fim.
M

o
v

a
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s

15

04/08/2021 21:10:49
15
·Ao trabalhar com o conceito de sujeitos históricos, explique a im Nas últimas décadas, porém, passou-se a reconhecer
portância e o papel social de cada um no processo histórico, também como sujeito histórico toda pessoa que,
ressal tando que toda ação individual pode contribuir para a individual ou coletivamente, participa do processo
construção de uma sociedade mais justa e so lidária. Com isso, é
possível cons cientizar os alunos de que todos os sujeitos, com histórico.
suas crenças, prá ticas e culturas, são importantes e possuem
percepções distintas da realidade; portanto, deve-se in centivar a
empatia, a tolerância e o diálogo, o que não impede a ado ção de
posturas críticas e proposi tivas. Dessa forma, é contemplada a
Competência geral 9 da BNCC.

DICA

·É importante comentar com os alu nos que a mudança no


conceito de sujeitos históricos, que se tornou mais abrangente e
heterogêneo, repercute transformações na pró pria sociedade,
sendo resultado de lutas e conquistas de indivíduos e grupos ao
longo do tempo. Co mente que o conceito de sujeito histórico
passou por transforma ções, atribuindo também caráter histórico e
relevante às lutas e conquistas de grupos específicos. Assim,
espera-se que os alunos se conscientizem de que as trans
formações ocorridas no processo histórico interferem na própria
ma neira de se pensar a História. Com isso, é possível, de acordo
com as propostas da Competência es pecífica de História 6 da
BNCC, compreender e problematizar con ceitos e procedimentos
do conheci mento historiográfico.

·Ao explorar a tela Operários, da pintora modernista Tarsila do


S

o
l

Ama ral (1886-1973), nas atividades 1 e 2, é possível identificar u


a

diversos
P

A história em quadrinhos das páginas 14 e 15 mostra ã

como Adílson e os outros personagens contribuíram


,

o
l

para mudar a realidade do bairro onde ficava a escola.


u
a
P

Esses personagens podem ser considerados sujeitos o


ã

históricos. e

Todos somos sujeitos históricos, pois nossas atitudes d


a
t

interferem em nossa reali dade e em nosso tempo,


s

contribuindo para que ocorram mudanças e


o

permanências. n
r
e
v

Até algumas décadas atrás, entretanto, muitos


o

historiadores pensavam que apenas as ações de d

pessoas consideradas “importantes”, tais como o


i

presidentes, generais e reis, podiam determinar os


á
l

a
P

rumos da história, atuando como sujeitos históricos. s

l
a d
r l

u a
t i
l F
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C o
l
-
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o

c m
i ô
t R
s
í
t
r

Operários, de Tarsila do Amaral. Óleo sobre tela, 150 cm × 205 cm. 1933.
A

o
v
r
Todas as pessoas são sujeitos históricos, pois, por meio de suas ações,
e
c
participam do processo histórico. Pessoas consideradas “comuns”, como as
A
/
representadas nessa obra de arte, também são sujeitos históricos.
o
t

1. O que essa pintura representa?


s

o
A pintura representa operários.
2. Pessoas como as representadas na pintura
C

e
podem ser consideradas sujeitos históricos? Por
T
/
i

n
quê?
i

personagens, permitindo uma re flexão sobre o Sim, essas pessoas podem ser consideradas sujeitos
históricos, pois, por meio de ações, elas participam
Tema contemporâ neo Trabalho. Indague os
do processo histórico.
alunos sobre o que eles sentem diante da
16 04/08/2021 21:10:50

com as pecto de cansaço; de perto,


surgem possibilidades de identificação
dos detalhes de cada rosto, que são de
pintura; como identificam o mun do do origens e perfis étnico-culturais
trabalho representado nela; se notam diferentes, o que fica evidente nas
algum aspecto político nessa características físicas e nos acessórios
composição; se, na opinião deles, a e adereços de cada um. Na tela estão
pintora pretendeu fazer alguma crítica representados, portanto, sujeitos
ou denúncia social por meio da arte. históricos que se manifestam como
Ressalte um con traste que se faz notar classe de trabalhadores e como
na pintura: de longe, ocorre a formação indivíduos particulares.
de
uma massa humana de operários, todos

16

PARA CONHECER

O livro Crianças do Brasil reúne uma série de histórias


sobre a infância de 27 sujeitos históricos de diferentes
regiões do país. Essas pessoas, já adultas, contaram
suas memórias sobre a infância. Depois, essas
memórias foram re contadas pelo escritor José Santos e s
i

publicadas no livro.
l

p
ó
r

Nele, você vai conhecer a história


i

·A pintura de Tarsila do Amaral, apresentada na página 16, tam


bém permite uma articulação com o componente curricular de
Arte, sobretudo no que se refere à análise de aspectos formais da
obra. Nesse sentido, em primeiro lugar, ressalte as dimensões ori
ginais da tela: 150 centímetros de altura por 205 centímetros de
comprimento, não se tratando, portanto, de uma tela pequena.
Esse tipo de orientação contribui
de uma criança que fazia bonecas de
e

P
/
o

ã essas informações, juntamente com outros aspectos formais da


ç

u
d
obra, como o jogo de contraste entre os as cores dos rostos e os
barro, de um menino que vivia na flo tons das chaminés, do céu e das fábricas, é fundamental para de
senvolver as capacidades analíti cas e o senso estético dos
o
alunos, contemplando a Competência geral 3 da BNCC.
A série de programas Senha Verde apresenta a relação
r

p
e

entre crianças de diferentes países da América do Sul e


R

resta e de uma menina que brincava


o meio ambiente, demonstrando que essas crianças,
com caranguejos, entre outras. assim como você, também são agentes transformadores
As histórias são acompanhadas por da história.
diversas ilustrações, mapas e informa
ções complementares!

Crianças do Brasil: suas histórias, DICAS


seus brinquedos, seus sonhos, de José
Santos. São Paulo: Peirópolis, 2008.
para uma melhor compreensão do efeito que a obra exerce so
·O livro Crianças do Brasil: suas histórias, seus brinquedos, seus
bre o espectador, o que muitas vezes passa despercebido quan sonhos apresenta relatos de su jeitos históricos que viveram sua
do se tem contato apenas com reproduções. Levar em conta
Por meio de vídeos, as crianças con
d

o
r
relatos, reunidos pelo autor José Santos,
tam os problemas ecológicos com os
p
e
podem ser encon trados também no site do
Museu da Pessoa, disponível em: <www.
R

quais convivem e quais são as suas museudapessoa.net>. Acesso em: 21 abr.


atitudes para ajudar a recuperar e a 2021.
preservar a nature za. Assista aos
episódios do Senha Verde no canal
·Se for possível, utilize o laborató rio de
informática da escola para visitar esse site
oficial da TV Brasil no YouTube e e permita que os alunos leiam algumas
confira as ações dessas crianças. histórias publicadas no livro. Ao acessar
qualquer um dos relatos no site, os alunos
serão encaminhados para uma tela na qual
<https://www.youtube.com/ aparecerá um resumo do relato de cada
pes
playlist?list=PLE431D7303AC0A5C5
soa. Esse trabalho, que utiliza tec nologias
> Acesso em: 6 jan. 2021. digitais de comunicação de forma
17
significativa e reflexiva, atende às
i
s

a
r

B orientações da Compe tência geral 5 da


V

T
BNCC.
/
04/08/2021 21:10:51
o

ã
ç
infância em diferentes épocas. Esses
u

17
VIVENDO A LEITURA mar os detalhes da história em sobre a importância da reciclagem.

· As atividades 1 e 2
possibilitam 1. a. A sugestão de Adílson para que
As sua família passasse a separar o lixo
ENDO A LEITU V
orgânico do reciclável e, depois, a
I

aos alunos desenvolver o com


R
A

proposta que ele e seu amigo fizeram V

ponente compreensão de tex tos à


da PNA, pois, para responder à diretora da escola de criar um projeto
atividade 1, é necessário reto ATIVIDADES para conversar com os moradores
de componentes da PNA.
a. Quais foram as atitudes desenvolvidas por Adílson e
quadrinhos apresentada nas pá ginas 14 e 15, sobretudo as falas seu amigo que contri buíram para mudar o dia a dia de
dos personagens e a sequência cronológica dos acontecimen
sua família e do bairro onde estudam? b. Você
tos. Se possível, antes de iniciar a
1. Sobre a história em quadrinhos das páginas 14 e 15, considera importantes as atitudes dos personagens
responda às questões. Esta atividade favorece o desenvolvimento como sujeitos
atividade, proponha aos alunos uma importantes, pois contribuíram para melhorar a
históricos? Por quê? realidade do bairro.
leitura coletiva da história Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
identifiquem as atitudes dos personagens como
em quadrinhos. Adílson e de seu ami
c. Você já praticou alguma atitude semelhante à de
fazer que os alunos compartilhem suas
·Na atividade 2, os alunos po derão go? Conte aos colegas.
Resposta pessoal. O objetivo desta questão é
experiências e reflitam sobre sua realidade
compreender melhor o próxima.

conceito de sujeito histórico à sua respectiva


2. Sobre os sujeitos históricos, relacione cada imagem
por meio da relação entre as legendas e as pessoas podem ser consideradas sujeitos
históricos, pois as nossas atitudes contribuem
as imagens. Neste momento, oriente-os a
para a construção do processo histórico. Essa
analisar cada personagem representa ideia é expressa por meio da
do nas ilustrações e a relacioná- -los com imagem A e do texto 1.
as informações pre sentes nas legendas.
legenda. A-1, B-2.

A B
*Espera-se que os alunos reconheçam que todas
o
t

o
r
i

d
l

:
s

a
r
t
s

u
l
I

vivem e a dos outros. Dessa forma,


podemos considerar sujeitos históricos
todas as pessoas, como os trabalhadores
2 do campo e da cidade e as crianças.
1 Os sujeitos históricos são aqueles que
São considerados sujeitos individualmente desempenharam
históricos todas as pessoas ou grupos de importante papel no rumo da História, por
pessoas que meio de ações consideradas heroicas,
podem transformar a realidade em que como reis, rainhas, políticos e rebeldes.

. Com qual dessas definições de sujeito histórico você concorda? Por


q
u
ê
?
*
18
04/08/2021 21:10:51

18
Este boxe favorece o desenvolvimento de Entre co legas. Realize
componentes da PNA. com os alunos uma
campanha sobre a
importância da
ENTRE COLEGAS ·Se achar conveniente, ofereça uma nova reciclagem e da revisão
abordagem da ativida de proposta na seção dos hábi
Apesar de importante, muitas pessoas não fazem a em diversos países como um símbolo da preocupação
separação dos mate riais recicláveis no lugar onde sobre as mudanças climáticas.
moram. Por esse motivo, muitos produtos que poderiam
Greta tem inspirado milhares de jovens ao redor do
ser reciclados ou reaproveitados acabam virando lixo.
mundo com seus discur sos em eventos importantes,
Com os colegas de sala, formem grupos e façam uma como os da ONU (Organização das Nações Unidas),
pesquisa sobre reci clagem, separação e coleta dos onde cobra maior empenho dos líderes globais em
materiais recicláveis. Depois, produzam cartazes relação ao meio ambiente.
apresentando as informações pesquisadas e afixem em
Ela comenta que seu interesse sobre
locais da escola onde todos possam ver. Desse modo, tos de consumo. Sugira a confec ção de panfletos e cartazes para
vocês ajudarão as pessoas a se conscientizarem serem distribuídos na escola e no bairro, incentivando a separação
sobre a importância da reciclagem e a mudarem alguns de lixo. Procure saber se a prefeitu ra realiza coleta seletiva; em
hábitos cotidianos. Resposta pessoal. caso negativo, é possível elaborar um documento para enviar à
secreta ria municipal responsável. Pode ser interessante também
fazer uma campanha focada em um tema específico, como a
diminuição da utilização de sacolas plásticas, incentivando as
pessoas a adotar medidas simples, como o uso de sacolas
retornáveis. Esse tipo de atividade contempla aspectos
fundamentais da Competência geral 10 da BNCC. Essa proposta,
em conjunto com a leitura da se ção Construindo a história, pos
sibilita contemplar o componente compreensão de textos da PNA,
CONSTRUINDO A HISTÓRIA uma vez que os alunos poderão conhecer informações sobre
Greta Thunberg e sua atuação em favor da preservação do meio
ambiente.
Greta Thunberg
Greta Thunberg nasceu no dia 3 de janeiro de 2003, em
·
Estocolmo, na Suécia. Nos últimos anos, principalmente ATIVIDADE COMPLEMENTAR Ao pensarmos o conceito de
com a ajuda das redes sociais, ela tornou-se conhecida
o tema começou ainda na escola, pelo mundo, e ela se destacou como
i

quan do seus professores mostraram representante de jovens que lutam


u
r

imagens dos efeitos do aquecimento pelo meio ambiente. r


e

global na natureza. A partir daí ela


m

o
c
.

decidiu que to das as sextas-feiras k


c

sairia da aula para protestar em t


s
r

frente ao parlamento sue co. Desde


e
t
t

então, sua imagem tem circu lado h

Foto de Greta Thunberg aos 16 anos com cartaz


S
/
z
t
escrito “Greve escolar pelo clima”, em Estocolmo, com esse assunto, peça a cada aluno que julgam esse personagem interessante;
Suécia, 2019. escolha um perso nagem histórico cuja solicite também que pensem em quais
sujeito histórico, a importân cia da narrativa biografia lhe desperte interesse. Orien seriam as fontes históricas utilizadas para
biográfica se torna evidente. Para trabalhar te-os a indicar os motivos pelos quais se conhecer a vida desse
Pergunte-lhes acerca
19 dos inte resses de
conhecer a biografia
desse segundo
04/08/2021 21:10:52 personagem. Ao final
personagem. Depois, da atividade, propo nha
indique- -lhes alguém uma roda de conversa
“comum”, cuja história com os alunos e peça
não tenha nada de que apresentem suas
aparentemente conclusões.
extraordinário.

19
que estudamos no pas sado, conversar com nossos
·Durante a leitura da história em quadrinhos, é fundamental reto amigos ou mesmo encontrar alguns objetos antigos nos
mar as colocações feitas anterior mente acerca das características
específicas desse gênero textual, notadamente a articulação entre traz recordações. Todos os dias acionamos nossos
as linguagens verbal e não verbal, e a importância fundamental dis registros mentais, a memória, para lembrar de algo. Por
so para a construção de efeitos de sentido. No caso da história de
meio da memória, podemos relembrar experiências
Murilo, pode-se chamar a atenção dos alunos para os qua drinhos
nos quais o personagem retoma suas lembranças. Note que, na passadas.
página 21, há uma mu dança no formato dos três pri meiros
quadros, cujos limites se parecem com bordas de nuvens; muda, Leia a história de Murilo.
também, a coloração dos desenhos, com a utilização de tons
mais opacos, que contras tam com as cores vivas dos outros Memórias de infância
quadrinhos. Com essas modifica

Memória,

lembranças
poxa! mas onde
Visitar uma casa onde já moramos, voltar à escola em será que está
ções estéticas, o leitor, por meio como o brinquedo, que tinha um
das memórias do personagem, valor lúdico, passou a ter um va lor
consegue observar uma cena re de memória afetiva para, por fim,
lembrada do passado, uma ação ao ser legado ao sobrinho de
que transcorre somente na mente Murilo, retomar seu valor inicial. A
do personagem. Por meio desses partir disso, observa-se como, para
comentários, é possível perceber além da história dos objetos em si,
é possível conhecer uma história
que, sem a articulação de lingua
que se revela por meio deles, e
gens e sem a utilização de recur que, geralmente, está relacionada
sos visuais, boa parte do efeito de a determinados sujeitos históricos,
sentido da história em quadrinhos sejam eles individuais ou coletivos.
se perderia.

·Essa história em quadrinhos, ao


colocar um objeto como elemen to
ativador de memórias, permite
trabalhar a relação que os sujeitos
históricos têm com os objetos.
Como é possível perceber pela
leitura, essa relação assume sig
nificados distintos em contextos e
épocas distintas. Na narrativa dos
quadrinhos, é interessante notar
d
a

o
v

a
t
s

20

megazórqui!!

04/08/2021 21:14:43
... e esse é o...
aquele martelo?
... minha antiga caixa
de brinquedos!

nossa!

o
20

como eu me
... e então, o robô
divertia com esse
megazórqui voa para
brinquedo! pena que
explorar o universo!
não brincamos mais,
né, amigão?

mais tarde, com seu sobrinho...


Tadeu!
que tal um novo companheiro
para suas aventuras?

d
a

h
c

fim.
o
v

a
t
s

21

·Para fundamentar o trabalho com o conceito


de memória apresen- tado nestas páginas,
comente com os alunos que, além das
lembranças que resgatamos in- dividualmente,
há memórias que remetem a uma determinada
co- letividade, as quais chamamos de
memórias coletivas. Sobre esse assunto, é
interessante comen- tar que, em essência, não um grupo de pessoas.
existe nenhuma memória individual que esteja
desarticulada de uma memória coletiva. No ·O texto a seguir aborda o conceito de
exemplo da história em quadrinhos, apa- memória coletiva, e pode au- xiliar no trabalho
recem memórias da infância de Murilo; em sala de aula.
contudo, a própria con- cepção de infância
existente em nossa sociedade se deve a deter- [...]
minados modos de vida e valores A ideia de que a memória tem um caráter
social encontra um de seus antecedentes
·
sociais que são compartilhados. Para ter em Bartlett (1932), que propôs que a
acesso aos elementos de memória criados por memória é es-
uma socieda- de, os historiadores podem recor- sencialmente construtiva [...]. Tais recriações
rer a museus, bibliotecas, arquivos públicos ou têm uma dimensão cole- tiva, pois, ao
privados. Nesses lugares, encontram-se
recordar fatos da vida cotidiana, a
artefatos históricos e/ou documentos consi-
importância dos fatores sociais se
derados importantes, a partir dos quais se
pode conhecer a história de um povo e revelar intensifica, sendo, muitas vezes, as
aspectos do passado dessa sociedade, como instituições sociais e as ca- racterísticas
costumes e hábitos cotidianos. Além desses culturais dos grupos que determinam de
locais, as memórias coletivas estão também maneira central
presentes em festas, monumentos e relatos de
04/08/2021 21:14:44 Alberto; GONZÁLEZ, María
as formas de Fernanda (Org.). Ensino da
história e memória coletiva. Porto
recordação. Alegre: Artmed, 2007. p. 244.
[...]
CARRETERO, Mario; ROSA,

21
·As atividades 1 e 2 desta página ATIVIDADES
1. c. Em suas memórias, Murilo lembrou com
propiciam a abordagem do Tema
carinho de seus brinquedos, em especial de um
contemporâneo Educação para o pequeno robô, com o qual costumava brincar.
consumo, ao trabalhar com a doação e o
reuso de brinquedos. Comente com os
alunos que o

ato de adquirir um objeto, seja a mercadoria que for, é algo que, em seu caderno:
Essas atividades favorecem o desenvolvimento dos componentes da PNA.

1. Sobre os conteúdos das páginas 20 e 21, responda


de maneira complexa, deveria de Murilo?
ENDO A LEITU a. Qual das cenas a seguir
representa uma lembrança da infância
mobilizar nossa reflexão. contem
Além
IV
Cena B.
R
A
V

disso, também é possível


reflexões, gerando mudanças de quadrinhos apresenta
plar o Tema contemporâneo Edu cação
ambiental, ao comentar acerca dos concepções e novos padrões de
impactos ambientais causados pela grande comportamento.
produção de brinquedos e pelo lixo pro
duzido quando descartamos um brinquedo. VIVENDO A LEITURA
É importante ressal tar que atitudes como a
doação e o reuso de brinquedos não vão, ·
A atividade 1 favorece o de
certamente, resolver grandes pro blemas A
ambientais ou criar uma revisão profunda senvolvimento do componente
das práticas de consumo em nossa compreensão de textos da PNA, uma vez
sociedade. Contudo, são pequenas ações que, para res ponder às perguntas, os
que podem funcionar como dis paradores de alunos deverão ler e compreender os
detalhes específicos da histó ria em
como d
a

irmãos, pais ou avós, e


h
c

que descrevam tais


a

objetos. Se a resposta o
v

de alguns alunos for a


t

negativa, comente que s

em muitos casos é G

comum que ocorram s

trocas entre irmãos, õ

parentes e até mesmo a


r

amigos da família. t
s

u
l
I

A
B o

C
1. e. Resposta
pessoal.
Espera-se que os
alunos 2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
relatem algum citem brinquedos com os quais eles
episódio costumavam brincar quando eram mais
em que receberam novos. Auxilie-os caso eles não consigam se
brinquedos que lembrar de nenhum brinquedo. Se julgar
haviam oportuno, comente
sido de familiares, sobre os brinquedos de sua infância, citando
alguns exemplos.
esse brinquedo?

da nas páginas 2. Você se lembra de algum brinquedo com o qual


20 e 21. Para responder aos itens b, c e d, peça que localizem na costumava brincar e não brinca mais? Conte para os
história em quadrinhos a(s) cena(s) e os balões de fala que apresen
tam informações necessárias para responder a cada uma das
colegas o que aconteceu com ele. 22
questões; por exemplo, para responder ao item b, os alunos podem
indicar os três últimos quadrinhos da página 20, mo
mento no qual o personagem Murilo encontra uma caixa com
brinquedos de quando era criança, fazendo-o relembrar de sua
infância.
b. O que fez Murilo se lembrar dos acontecimentos de sua
infância?
Rever os brinquedos com os quais brincava quando era criança.
c. Descreva as memórias da infância de Murilo mostradas
nessa história.
d. O que ele fez com seus antigos brinquedos?
Murilo doou seus antigos brinquedos para o seu sobrinho.
e. Você já ganhou algum brinquedo que pertencia a um 04/08/2021 21:14:46
irmão mais velho, parente ou amigo da família? Como era ATIVIDADE COMPLEMENTAR
por qual motivo deixaram de utilizá-lo e por
·Pergunte aos alunos se já doaram um brin qual razão decidiram doá-lo. Com base
quedo com o qual não brincavam mais. Em nessa atividade, é possível desenvolver com
caso positivo, peça que organizem um relato os alu
pessoal sobre a experiência e o compartilhem nos alguns valores, como a solidariedade e a
com os colegas. Em suas narrativas, os empatia com o próximo.
alunos devem descrever o brinquedo, a
relação que
tinham com ele, por quanto tempo o tiveram,

22
·Na atividade 3, comente com
Na
A LEITU
3. Veja a seguir uma página do diário ENDO

VIVENDO A LEITURA
os alunos que diário é um gê
de Jéssica, em que ela
IV
R
A
V

registrou um fato marcante de sua infância.

nero de texto pessoal, caracte rizado pelo uso da escrita em primeira


pessoa e por expres sar relatos de experiências, sentimentos e
acontecimentos que envolvem o cotidiano, re fletindo a individualidade
de quem escreve. Para ajudar os alunos a responder às ques tões,
sugira uma leitura co letiva da página de diário de Jéssica. Faça um
levantamento com eles das informações que podem obter por meio do
tex to, como a data do registro, o nome e a idade de seu autor e qual
atividade foi realizada.

·As duas atividades desta pági na, no escopo do trabalho com a


memória e a História, possibilitam importantes reflexões e problema
tizações, pois os alunos deverão se expressar em duas linguagens
distintas, o desenho e a escrita. Em um primeiro momento, durante a
realização do desenho, a memória pode se manifestar de diversas
formas: a lembrança do fato pode ser representada por uma paisa
gem, um objeto, uma ação, um retrato. O importante é incentivar a
manifestação da criatividade dos alunos, instigando-os a valorizar e
fruir as variadas manifestações
Fabio Eiji Sirasuma
eles e a atividade realizada.

3. a Espera-se que os alunos identifiquem que esse dia foi especial


para Jéssica porque ela se divertiu com a família. É importante que
eles associem a memória com o registro no diário da personagem.
artísticas e culturais, tal como de manda a já citada 23
Competência geral 3 da BNCC. No relato escri to, a
memória tende a se manifes tar de forma mais descritiva,
uma vez que, na linguagem verbal, re
a. De acordo com o diário de Jéssica, por que esse
04/08/2021 21:14:46

DICAS
dia foi importante?
produzir a memória por meio de imagens isoladas é mais
b. Agora, escreva e ilustre em seu caderno um fato difícil. O importante é que os alunos con sigam constatar a
particularidade das duas linguagens, cada uma com seus
marcante em sua vida. Resposta pessoal. Oriente os alunos a meios de manifestação e importância para a representação
explicarem no texto por que esse fato foi importante, descrevendo,
por exemplo, o local onde estavam, as pessoas que estavam com
e transmissão da memória.
sujeitos históricos, alunos o livro infantil Parece que foi
ontem, de Daniel
assim como na compreensão das
·A diversidade das memórias pessoais, manifes tações da memória em
diferentes lingua gens, contextos e
Munduruku. Ele pode ser utilizado como
lei tura complementar por abordar a
assim como as maneiras de exprimi-las, épocas. Partindo desse princípio, não importân cia da diversidade de
deve ser sempre valorizada, pois é isso o permita que haja comentá rios ou ações memórias.
que permi te, em essência, a formulação depreciativas
de um pen samento histórico abrangente e MUNDURUKU, Daniel. Parece que foi
complexo, que se pauta no respeito e na
empatia pelas trajetórias dos diferentes
·Se julgar conveniente, apresente aos ontem. São Paulo: Editora Global, 2006.

23
trabalho, permite que os alunos
·Na atividade 4, os quatro momen compreendam a importância de
tos narrados pelo avô de Rafaela se apropriar de conhecimentos e
são muito significativos em nossa experiências que lhes são legados
sociedade, pois fazem parte da e transmitidos, embasando, as
memória pessoal, com destaque sim, suas escolhas de forma cons
para o Tema contemporâneo Vida ciente e responsável. Estes são as
familiar e social. O primeiro mo pectos que tocam diretamente na
mento se refere à infância, época estruturação da vida pessoal, pro
A fissional e cidadã, contemplando,
de descoberta, de novidades e de dessa maneira, a Competência
fruição. O segundo se refere à pri geral 6 da BNCC.
meira votação na qual tomou parte
o personagem. O terceiro se refere ·A atividade 4 contribui para o
à atuação profissional, sendo que a desenvolvimento de conhecimen
inserção no mundo do trabalho é tos relacionados à numeracia da
um passo fundamental na vida dos PNA, uma vez que os alunos de
sujeitos históricos. Por fim, o quarto verão identificar a cronologia das
momento se refere ao nascimen memórias de Antônio e ordená-las
to da neta, um sinal da passagem em uma sequência numérica de 1
de gerações. Dessa maneira, esses a 4, conforme a ordem dos even
marcos temporais são referências tos. Se possível, anote na lousa as
que podem estruturar a memória. respostas dos alunos e faça uma
correção coletiva.
·O tema da transmissão da me 4. Rafaela quis conhecer melhor a história de vida de seu
mória, tal como abordado nesta
avô Antônio. Veja a seguir algumas das memórias que
atividade, ao valorizar os saberes
dos sujeitos históricos, sobretudo ele contou para sua
no que se refere à atuação na vida neta.
C
democrática, à experiência fami
liar e às trajetórias no mundo do
Esta atividade favorece o desenvolvimento de
componentes da PNA.

“Lembro-me bem do dia em que você


nasceu, Rafaela. Fiquei muito feliz ao vê-la.”

“Quando eu era criança,


gostava
de brincar com os
brinquedos que
meu avô fazia para mim.”

“Em 1960, votei pela primeira


vez para
eleger o presidente do Brasil.”

de professor de Matemática.”
a
i
r
a
F

o
s

D 4. a. 1-B, 2-C, 3-D e 4-A. Espera-se que os alunos

“Eu gostava muito da minha profissão


E

: õ
s ç

e a
r

também identifiquem as diferentes fases da vida de t

. Agora, responda às questões a seguir.


Antônio por meio da observação das mudanças das
u
l
I

características físicas ao longo do tempo.

a. Ordene, utilizando os números de 1 a 4, os


acontecimentos lembrados por Antônio conforme eles
ocorreram na vida dele.
b. Após conversar com o avô, quais informações sobre a
história da vida dele Rafaela passou a conhecer?

DICA

·Chame a atenção dos alunos para os detalhes das imagens


apresen tadas, ressaltando as fases da vida do personagem, as
ações que ele realiza, as roupas que veste e os objetos que utiliza.
Explique ainda que, por meio das histórias con tadas pelo avô,
além de conhecer aspectos da história de vida dele, Rafaela pôde
conhecer um pouco mais sobre a história do período em que ele
viveu.
Ao conversar com o seu avô, Rafaela descobriu informações sobre a infância
dele, a primeira 24

vez em que ele votou para o cargo de presidente, a profissão dele e o dia em

que ela nasceu. 04/08/2021 21:14:47

24
podemos considerar esses objetos como fontes
históricas.
São considerados fontes históricas todos os recursos
As fontes históricas produzidos e utilizados pelos seres humanos que podem
fornecer informações sobre o passado.
Nas páginas 20 e 21, ao manusear alguns objetos
pessoais, o personagem Murilo começou a se lembrar Fontes escritas, como diários, obras literárias, revistas,
de fatos que ocorreram em sua vida no passado. Assim, jornais, cartas e do cumentos pessoais, podem fornecer
muitas informações sobre acontecimentos e pessoas.
L

Pinturas, fotos, ilustrações, charges, caricaturas, assim ,


l

como outros tipos de ima gens, podem revelar muitas


r

u
t
a

informações sobre a época em que foram produzidas. N

a
i

Objetos como roupas, acessórios, ferramentas de


r

ó
t
s

trabalho, móveis, brinque dos, materiais escolares ou


i

·
utensílios domésticos são também fontes históricas para Comente com os alunos que um vestígio do passado, após resis
o estudo do cotidiano das pessoas no passado. tir à ação do tempo, o que nem sempre é um fato ocasional, só se
torna uma fonte histórica quando um investigador
Observe outros exemplos de fontes históricas a seguir. se apro pria dele e lhe confere sentido. Ou seja,
uma fonte histórica só se concretiza como tal se
for o suporte a partir do qual um his toriador
AB levanta hipóteses e es trutura sua interpretação
sobre o passado. Dessa forma, depen dendo das
dúvidas, indagações e questões que o historiador
apre sentar e inferir de suas fontes, ele pode
construir um determinado conhecimento sobre o
passado. Esses são aspectos fundamentais da
produção historiográfica e que, de acordo com a
Compe tência específica de História 6 da BNCC,
devem ser compre endidos e problematizados. Res
salte, também, a importância e a diversidade das
fontes históricas para registro da memória e para
o trabalho do historiador.

·É importante, ainda, enfatizar algo que já foi


comentado an teriormente quando se afirmou que,
ao mesmo tempo em que a diversificação de
fontes histó ricas permite um conhecimento mais
abrangente acerca do pas sado, a própria ampliação da no ção de
fontes históricas é fruto de transformações históricas e da crítica
historiográfica.

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Na imagem A, capa do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis (1839-1908),


obra literária de 1899 ainda publicada nos dias atuais, como essa edição adaptada
em quadrinhos de 2013, produzida por Wellington Srbek e José Aguiar. Na imagem
B, caderno de notas do naturalista inglês Alfred Russel Wallace (1823-1913),
durante uma viagem realizada entre 1855 e 1858.

25

04/08/2021 21:14:48

25
·Comente com os alunos que as
fontes históricas devem ser pen
sadas não somente em seus as
pectos temáticos, mas também
C

D r

em suas especificidades formais


F

e físicas. Assim, é preciso se per


guntar, por exemplo, acerca dos
materiais e das técnicas utilizadas
para a fabricação de um objeto
(livro, lampião, moeda) ou para a

n
a

criação de uma obra (literatura,


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pintura, escultura). Deve-se inda

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criados. Tais reflexões, contudo,
gar também qual era o uso que

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esses elementos tinham na socie o


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somente se tornam significativas


se o pesquisador levantar proble

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dade e na época em que foram

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mas sobre a produção e utiliza
J

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ção de objetos e obras de arte


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em seu próprio contexto e socie Na imagem C, charge feita pelo cartunista Angelo Agostini (1843- 1910),
d
publicada na Revista Illustrada, em 1882. Na imagem D, a famosa obra de
arte Mona Lisa, produzida pelo italiano Leonardo da Vinci (1452-1519),
o
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,
por volta de 1504. Óleo sobre madeira, 77 cm x 53 cm.
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dade. Ou seja, somente quando

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observa de modo crítico o mun o


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do em que vive é que o historia o


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dor pode se indagar criticamente ã


L
ruba o imperador é um militar). A
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proclamação da República ocor


a
reria em 1889, ou seja, sete anos
e
após a publicação da charge.
Por meio da análise de diversas fontes, o historiador
i
d

c
n
interpreta as informa ções que elas podem fornecer e
acerca do passado. Pensar ques constrói um determinado conhecimento sobre o
u
passado.
u

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tões como essas toca diretamen


s

te em aspectos da Competência
l

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n

específica de História 3 e da já
Na imagem E, um lampião antigo alimentado por querosene. Na imagem
F, uma moeda de cem réis, de 1885.

comentada Competência espe A coleta de


cífica de História 6 da BNCC. depoimentos e
·Para trabalhar o tema das fon entrevistas com as
pessoas é um recurso
tes históricas, proponha aos
alunos a realização de uma ati muito utilizado para
vidade de análise e interpretação obter informações
a

da charge de Angelo Agostini. sobre o passado.


n

e
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a

o
t A foto ao lado retrata
Essa análise permite a articula um pesquisador
coletando um relato
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de um casal idoso,
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a em 2009.
ção com o componente curricu
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26
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lar de Arte. Destaque o conceito


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de representação e trabalhe as
D

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B

características da charge como


imagem que visa criticar uma
determinada situação cotidiana
com humor e sarcasmo. Ao ex
plicar tais fatores, é possível fazer
comentários acerca do contexto
histórico no qual foi produzida a
obra. Publicada no ano de 1882,
no periódico brasileiro Revista
Illustrada, essa charge foi criada
com o intuito de satirizar a si
tuação política vivida durante o
final do reinado de D. Pedro II,
momento em que os militares já
demonstravam insatisfação com
o governo (na charge, quem der
04/08/2021 21:14:49

26
Um exemplo de como um
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L

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s

O conhecimento histórico
i

fato histórico pode ser


v

Não existem maneiras de mudar o que aconteceu. Um


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acontecimento do passado, ou fato histórico, ocorreu e ç

interpretado de diversas
não pode ser alterado. No entanto, é pos sível que haja u

diferentes interpretações de um mesmo fato histórico. r

p
e

Dependendo da maneira como cada historiador analisa as maneiras é o tema da


R

fontes históricas, ele pode interpretar e chegar a uma


abolição da escravidão no
determinada conclusão. Brasil. Por muito tempo,
É dessa maneira que o conhecimento histórico, ou seja, o esse fato histórico, ocorrido
conhecimento sobre o passado, é construído: por meio em 1888, foi interpretado
como um ato de boa
de um trabalho crítico do historiador ao lidar com suas
vontade da família imperial
fontes.
(observe a imagem ao lado).
a
Atualmente, entretanto, é
reconhecido que a luta e a
p
s
i

resistência dos escravos


v

foram fundamentais para


que ocorresse a abolição
no país.
04/08/2021 21:14:50

·No que se refere ao tema do co nhecimento histórico, é importan


Na imagem, vemos o detalhe da te reafirmar junto aos alunos que, apesar de o objeto de estudo da
capa de uma revista publicada em História ser o passado, o conhe cimento histórico é formulado no
1888, que representa a princesa presente. Desse modo, como o presente está sempre em trans
Isabel como uma salvadora, sendo formação, o mesmo ocorre com as interpretações históricas, que
admirada pelos escravos libertos. se modificam e motivam debates com a passagem do tempo.

·Comente que, para embasar suas pesquisas, os historiadores


não têm acesso direto ao passado, aos fatos históricos, mas a
vestí
gios e fragmentos desse passado, a fontes que são portadoras, em
si mesmas, de visões de mundo e posições ideológicas dos
sujeitos históricos que as produziram.

·Ressalte o fato de que, se as modifi cações do presente


interferem nas perspectivas de interpretação do passado, os
novos entendimentos sobre o passado também acabam
interferindo no presente. Nesta página, por exemplo, comenta-se
que as interpretações atuais sobre a abolição da escravidão no
Brasil passaram a enfocar, cada vez mais, a luta e a resistência
dos escravi
zados como fator determinante de conquista da liberdade. Essa mo
dificação interpretativa é fruto de lutas sociais e proporciona trans
formações no presente.

·Leia, a seguir, um texto do his toriador Keith Jenkins, no qual se


discute as complexas relações existentes entre fatos históricos e
suas interpretações.
[...] os historiadores têm ambi ções, desejam descobrir não ape
nas o que aconteceu, mas também como e por que aconteceu
e o que as coisas significavam e significam. [...] Assim, o que
está em pauta nunca são os fatos de per si, mas o peso, a
posição, a combinação e a importância que eles trazem com
referência uns aos outros na elabo ração das explicações. [...]
JENKINS, Keith. A história repensada. Tradução de Mário Vilela. São Paulo: Contexto, 2004.
p. 60.

abolição: anulação, extinção, fim

27
27
·Acerca dos museus históricos, é importante desconstruir a ideia
I

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de que essas instituições são res u


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ponsáveis somente por preservar vestígios do passado e celebrar


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a memória. Essa, aliás, além de uma concepção equivocada, é n


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uma prá r

tica estabelecida por muitos mu seus, que se dedicam a expor ob


a
s

jetos antigos como se eles fossem, em sua essência, portadores C

de

·
alguma verdade sobre o passado. Os museus históricos, em vez
de lugares de celebração da memó ria, devem ser espaços de
crítica e interpretação histórica. O his toriador Ulpiano T. Bezerra
de Meneses pauta essa discussão em duas formas de entender
es ses museus. Por um lado, como “teatros da memória”, nos
quais se evoca, celebra e cultua o pas sado, constituindo lugares
de espetáculo; por outro, “labora tórios da história”, espaços nos
quais se trabalha criticamente sobre a memória. O texto no qual o Museu Histórico de Mato Grosso, em Cuiabá, Mato Grosso, 2020.
autor discute essas ideias está publicado na internet, nos Anais
do Museu Paulista. Dispo nível em: <www.revistas.usp. Leia a história a seguir e conheça uma das diferentes
br/anaismp/article/view/5289>. Acesso em: 21 abr. 2021. maneiras de se compor o acervo de um museu.
·Ao se entender os museus históri cos como espaços de
conhecimen to e de trabalho crítico sobre a me mória, é possível
compreender por
que tais instituições não devem se limitar somente aos vestígios
do passado, mas devem abordar o presente, sobretudo no
trabalho com a cultura material. Nesse sen
tido, é importante comentar com os alunos que, se o
conhecimento histórico está baseado nas articu
Os museus
Os museus são instituições que se dedicam a preservar e
a expor coleções de diversos tipos para fins de estudo,
educação e lazer. São espaços onde o visi tante pode
observar, refletir e interagir com objetos de diferentes
épocas e lugares. Visitar um museu pode ser muito
interessante e divertido!
Existem diferentes tipos de museus, como os históricos,
os de arte e os de ciên cias naturais. Cada um deles
possui um acervo diferente, com características próprias.
Os museus históricos, por exemplo, possuem um acervo
composto, em sua maioria, de objetos e documentos
antigos que podem servir como fontes para estudos
históricos.

s
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e

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museu da cidade onde
mora está recebendo
doações para ampliar seu
acervo e decidiu doar uma
antiga câmera fotográfica
lações entre passado e presente,
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como foi comentado anteriormen


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te, o mesmo deve acontecer com


e

a
s
I

os museus históricos, sendo que as


que pertencia à sua família.

propostas de temas para as expo sições devem abordar questões


do presente, por exemplo, em nossas relações com a cultura
material e as nossas práticas de consumo.
acervo: conjunto de bens que formam o patrimônio de uma pessoa ou de uma

instituição 28

04/08/2021 21:14:51

Vera descobriu que o

28
sobre o objeto doado.

Ao fazer a doação, Vera forneceu


algumas informações sobre a
câmera. Depois, os
funcionários do museu realizaram uma
pesquisa para descobrir um pouco mais
nova, semelhante à original.

A câmera ganhou um lugar seguro para


ser exposta, onde é protegida de fatores
que possam danificá-la, como a poeira e o
excesso de
calor ou umidade. Ao lado da
câmera, foram apresentadas as
informações sobre ela.

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:
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s Depois de passar por todos
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I esses procedimentos, a
câmera tornou-se parte do
acervo do museu, podendo
ser vista por todas as
pessoas que o visitarem.

29

04/08/2021 21:14:52

·
ATIVIDADE COMPLEMENTAR Verifique a
possibilidade de vi sitar um museu histórico
com os alunos. A visita pode auxiliar na
compreensão dos espaços museológicos, e
Como estava desgastada, a os alunos po dem perceber a importância
câmera foi restaurada: ela recebeu da preservação do patrimônio histórico e
uma limpeza, um tratamento reconhecer nossa di versidade cultural.
contra ferrugem e uma pintura Providencie autorizações e bilhetes infor
mando aos responsáveis os ob jetivos da
visita. Veja o roteiro a seguir. c. Explique que as visitas aos museus chamou a aten
a. Escolha um museu em sua cidade ou em devem seguir algu mas regras, como não ção e despertou curiosida de. Proponha a
uma cidade próxima. Agende uma visita tocar nos objetos do acervo, não consumir produção de um relatório sobre a visi ta ao
com a administração do lo alimentos ou bebi das nos locais de museu.
cal e verifique se há um guia para auxiliar exposição, não fotografar (em alguns e. Para complementar o estudo dessas
na visita. É im portante, também, solicitar a museus é permitido fotogra far, mas sem
páginas, acesse o site Guia dos museus
autorização dos respon sáveis pelos alunos flash), entre ou tras. Estabeleça também re
brasileiros, que contém um guia dos
e exem plificar a eles os objetivos da visita. gras comportamentais. museus brasileiros por re
b. Confira antecipadamente se há materiais d. Após a visita, promova uma conversa gião. Disponível em: <www.
educacionais sobre o acervo. Assim, have questionando os alunos sobre os elementos museus.gov.br/guia-dos
rá mais subsídios para prepa rar os alunos da exposição, por exemplo, o que mais museus-brasileiros/>. Acesso em: 22 mar.
para a visita. 2021.

29
SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO 1. Observe a seguir algumas das principais fontes
Aproveite esta atividade para realizar uma avaliação formativa, históricas estudadas pelos historiadores. Depois, no seu
com o objetivo de verificar se os alunos compre
endem e aplicam princípios do conhecimento histórico. Neste
caderno, relacione cada uma de
sentido, realize com os alunos

ATIVIDADES N

uma oficina baseada na utiliza R

ção de fontes históricas.


,
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Para isso, organize a turma


a

em grupos, sendo que cada Esta atividade pode ser utilizada como
avaliação formativa. Veja mais informações nas
s
r

las à descrição correspondente. orientações para o professor.

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um deles receberá um docu

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mento histórico. As fontes po a


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dem ser textos escritos, fotos, d


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objetos variados, reprodução ã


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de obras de arte, dados sobre d


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prédios históricos etc. O im


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portante é que o documento m

seja adequado ao trabalho em d

sala de aula e à faixa etária


l

atendida. Priorize documentos


Jornais e revistas. Fotos. Pinturas.

que não apresentem excesso

4
5
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6
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de informação, o que pode .


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ria tirar o foco da atividade. r

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Cada grupo deverá receber


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uma ficha com orientações e


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questões, instigando os alunos k

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a levantar hipóteses e realizar


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e
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problematizações. E

Veja, a seguir, exemplos de


orientações. recebida pelo gru Documentos pessoais.
1. Observe, atentamente, a fon te históricaObras literárias. Diários.
podem ter interferido nisso? diversas notícias diferentes estilos e podem
po. Como é denominada essa Por meio desse do cotidiano. tratar de
Por meio desse tipo assuntos de ficção.
A B
fonte? tipo de obra de C Esse tipo de imagem pode
2. Quais são as dimensões físi arte, o artista se de fonte histórica, é possível mostrar os elementos de uma
cas dessa fonte? expressa utilizando diferentes obter forma muito próxima da
3. De que material ela é feita? tipos de tintas e técnicas. muitas informações pessoais realidade.
Quais tecnologias podem de quem a escreveu.
ter sido empregadas na sua
produção? Esses meios de São documentos emitidos
Essas fontes pelo
governo ou
instituições, como clubes e
escolas, para identificar as
pessoas.

D E
4. Ela possui alguma informação comunicação F
escrita? Qual? geralmente históricas podem
5. Qual é o estado de conser apresentam ser escritas em
vação da fonte? Que fatores
6. Que sujeitos históricos teriam produzido
esse objeto, texto ou imagem?
7. Qual seria a utilidade desse objeto, texto ou
imagem em
04/08/2021 21:14:53
1-D, 2-C, 3-A, 4-E, 5-B e 6-F.
30
transformação?
9. O que mais chamou sua aten ção
nessa fonte? Por qual motivo?
10.Escreva um pequeno relatório
seu contexto histórico?
sintetizando as informações históricas
8. Em nossa época, esse obje to, texto levantadas a partir da fonte trabalhada.
ou imagem ainda é utilizado? Se não,
que mo tivos podem explicar essa Como sugestão de remediação, retome
e exemplifique o conceito de fontes e 26. Se for necessário, leve para a
históricas a partir dos conteúdos e das sala de aula outros exemplos a serem
imagens apresenta das nas páginas 25 mostrados para os alunos.

30
·Ao se abordar a invenção dos pa tins de rodas, utiliza-se um tema
divertido para se pensar as inven ções e transformações históricas.

2. Leia o texto a seguir e responda às questões.


ENDOA LEITU probleminha: não possuía freios.que as invenções e inovações que surgem
Durante a leitura do texto, oriente os alunos a ao longo do tempo se fazem sentir em todos
procurar no dicionário as palavras que Assim que chegou à festa, ele os lu gares, contextos e domínios, por mais
desconhecem.
deslizou sem conseguir parar e inusitadas que elas possam parecer. Com
Deve-se ressaltar com os alunos isso, reafirma-se a importância de analisar
IVV
R
A
deu de cara em um espelho. variadas fontes históricas, assim como a de
valorizar as trajetórias de su jeitos históricos
Em 1750, o violinista que escapem do modelo tradicional. Mais
belga Joseph Merlin quis ainda, pensar esse tipo de tema permi te
retomar reflexões importantes sobre as
chamar a atenção numa festa. permanências e mudan ças que se fazem
Ele planejou entrar no salão de sentir no de
patins e tocando violino. Para
isso, construiu os primeiros
patins com rodas, inspirados
nos modelos de gelo, que já
existiam. O projeto só tinha um Brincadeiras cheias de histórias. Revista Recreio,
São Paulo, Caras, ano 2, n. 100, 7 fev. 2002. p. 17.

2. d. Resposta pessoal. O objetivo desta questão é fazer que os alunos citada no texto? Em 1750, por Joseph Merlin.
expressem suas opiniões sobre o assunto e reflitam sobre os processos c. Qual é a principal diferença entre os modelos atuais e
de transformação empreendidos pelos seres humanos. a. Qual é o o que foi apresen
episódio histórico apresentado no texto? correr do tempo. Ressalte, nesse sentido, que o modelo de
A invenção dos patins de rodas. patins de rodas criado por Joseph Mer lin continua bastante
b. Em que ano e por quem foi produzida a invenção atual; inclu sive, ganhou novas funções.
A principal diferença é que os patins antigos

tado no texto?
não tinham freios. · A atividade 2 possibilita
VIVENDO A LEITURA
d. Em
sua opinião, essa invenção foi inovadora? Por quê?

3. Nos últimos anos, com o aumento


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da utilização da internet, diversos a disponibilizar o acesso ao seu

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museus em todo o mundo passaram


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acervo por meio de visitas virtuais.


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outros estabelecimentos fossem fe

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Em 2020, uma pandemia atingiu mui

;
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chados temporariamente com objeti


vo de conter o avanço do contágio
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da doença entre a população. Assim,
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mesmo em suas casas, as pessoas po
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deriam interagir com esses espaços.
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aos alunos exercitarem a in terpretação, ao propor que


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n
P

tos países e fez com que museus e identifiquem e comparem in formações no texto. Ao lerem sobre o
evento mencionado, a invenção dos patins de rodas, os alunos
podem relacioná- -lo ao conteúdo estudado na página, de modo
que com preendam o conceito de fato histórico por meio de uma
si tuação histórica.

. Qual sua opinião sobre a possibilidade de visitar virtualmente um museu?


Explique sua resposta.
Resposta pessoal. Os alunos podem apontar,
31
por exemplo, o maior
alcance dos acervos e exposições para a
população, pois, mesmo em diferentes lugares, 04/08/2021 21:14:54
as pessoas podem ter acesso a esses
conteúdos, ampliando seus conhecimentos,
entre outros fatores.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR
visitado, produza um texto sobre experiência, como o Museu Imperial
·Para complementar o assunto da ativi como você acha que seria uma visita
(RJ),

dade 3, proponha aos alunos a ativida virtual a um museu. Museu Afro Brasil (SP), Museu do Dia
de a seguir. Espera-se que os alunos expressem mante (MG), entre outros. Para tanto, é
Você já realizou uma visita virtual a suas experiências quanto à visita virtu al necessário ter disponíveis
algum museu? Se sim, registre no em museus. Se possível, apresente a computadores com acesso à internet.
caderno o nome do museu e como foi eles alguns museus que oferecem essa Prepare o ambien te para a atividade e
sua experiência. Caso não tenha organize os alunos em duplas.

31
OBJETIVOS DE
·Compreender as transforma ções pelas quais
passaram os meios de comunicação ao lon go
da história. OLHO
·Constatar os impactos que es sas NO TEMA Ciência e tecnologia
transformações causaram no cotidiano das
pessoas.
Correios
·Identificar as tecnologias envol vidas em Nas páginas 28 e 29, você acompanhou a
diferentes processos e meios de comunicação.
história de Vera, que doou uma antiga
câmera fotográfica ao museu da cidade.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR Para · Provavelmente, Vera utiliza outros meios
complementar a seção De olho no tema, peça para registrar suas fotos. Isso porque as
aos alu nos que pesquisem, em grupo, a câmeras fotográ ficas, assim como outros
evolução de um dos meios de comunicação
lembrados durante a realização do item a. objetos do nosso dia a dia, passaram por
Oriente-os a problematizar, sobretudo, as diversas transfor mações tecnológicas.
transformações ocorridas ao longo das últimas
Leia o texto a seguir, que aborda a
tecnologia e a comunicação. Durante a leitura
*09M do texto, oriente os alunos a procurar no dicionário as
palavras que desconhecerem.

Basta olhar com um pouquinho de


atenção para o mundo à nossa
AR23* volta e fica fácil perceber: as
tecnologias de comunicação estão nossas vidas. Telefones celula res rápida, tablets, conexão sem
cada vez mais presentes em com mil e uma funções, internet
décadas, nas formas de transportado por um mensageiro do lugar
acesso
à informação e na velocidade
onde a coisa aconteceu até o lugar onde
da comunicação, com o sur estava a pessoa que seria informada sobre
gimento dos computadores e aquilo.
dos smartphones, por exem
plo. Os alunos devem pensar Uma das maiores invenções humanas, o
em como essas transformações
interferiram no comportamen
sistema de correios — surgido na Inglaterra
to das pessoas e na maneira no final do século 17 — permitiu dividir os
como elas selecionam e se
o custos de todas mensagens trocadas, pois o
d

mesmo mensageiro podia entregar vários


e
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apropriam das informações


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bilhetes. Isso barateou e simplificou bastan
te o processo de enviar e receber mensagens
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com as quais entram em con


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— que passamos a
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tato. Uma opção interessante é


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realizar entrevistas com familia


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res e conhecidos de diferentes


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gerações, perguntando como


eles vivenciaram essas transfor
mações e quais alterações elas
trouxeram para a vida deles. m

Trabalhar com questões que


o
c
.

envolvem transformações nos k

fio… Enviar e receber chamar de


informações é o que está por trás cartas. [...]
de todas essas invenções.
Cerca de 400 anos atrás, para
uma

o
t
s
r
e
t
t

mensagem sair de um lu gar e chegar a outro,


u
h
S
/

ela precisava ser escrita em um papel, que era Muito antes do celular, de Beto Pimentel. Ciência Hoje das Crianças, 23 ago. 2013.
s

o
i
t k

Disponível em: <http://chc.org.br/muito-antes-do-celular/>. Acesso em: 14 dez. 2020. c

u o
l t

o s
s

comunicação da atualidade.
meios de comunicação e os im
a. Cite algumas tecnologias de
LiliGraphie/Shutterstock.com

pactos sociais e culturais disso aborda diretamente aspectos da opinião, as transformações tecnológicas causam
habilidade EF04HI08 e da impacto no coti Resposta pessoal. Encaminhamentos nas
Possíveis respostas: Telefones celulares com várias funções, orientações
inter net rápida, tablets e conexões sem fio. b. Em sua
Competência específica de diano das pessoas?
História 1 da BNCC. Justifique.
para o professor.
32
04/08/2021 21:14:57

telefones celula res, tablets, internet, entre


outros, e apontem

os possíveis impactos que essas


ENCAMINHAMENTOS tecnologias causam no cotidiano deles e
b. Espera-se que os alunos indiquem no cotidiano das pessoas em geral.
diferentes tipos de tecnologias, como

32

PARA CONHECER

Nesse livro, você vai conhecer


um

n
r
e

pouco mais sobre museus e sua


diver

ã
ç

u
d

o
r

dos museus do Brasil e do mundo e


M

a
r

o
t
i

d
E
/

sidade. Nele, há fotos dos mais varia


3. Os alunos podem mencionar que é por meio da memória que
podemos acessar lembranças e experiências passadas. Se for ne
2. Considerando o que você estudou nesta unidade,
explique de que maneira as pessoas participam do
processo de construção da história no lugar em que
vivem.
3. No caderno, escreva uma frase que defina o que você
p

e
entendeu sobre o conceito de memória.
R

informações sobre como um museu é


4. Você considera que a memória é um recurso
importante para conhecermos o passado? Por quê?
organizado, quais as funções de seus
funcionários, como são feitas as visitas, 5. Imagine que você deve fazer uma pesquisa para
além de muitas curiosidades! saber mais sobre a história de uma avó que não
conheceu. Cite três fontes que poderiam ser usadas
nessa tarefa.

Vamos ao museu?, de Nereide Schilaro


Santa Rosa e Neusa Schilaro Scaléa.
São Paulo: Moderna, 2013.

O QUE APRENDEMOS
Respostas pessoais. Encaminhamentos nas orientações para o professor.
1. Retome as páginas de abertura desta unidade e reflita
sobre o título dela. Por que podemos dizer que a
História está em construção? Você concorda com essa
afirmação? Exponha sua opinião para os colegas.
O QUE APRENDEMOS
33
Aproveite as questões apresen tadas nesta página para recapitu
lar com os alunos alguns assuntos estudados nesta unidade ou
para aplicar uma avaliação formativa. 1. Espera-se que, após os 04/08/2021 21:14:57
estudos cessário, peça a eles que releiam os conteúdos das páginas 20 a
desta unidade, os alunos reco nheçam que a História está em 21.
constante construção, e que to das as pessoas são sujeitos his
4. O objetivo é que os alunos pos sam reconhecer a importância
tóricos. Incentive-os a expor suas opiniões sobre o tema. Se os da memória, não apenas no âmbito pessoal, mas também como
alunos apresentarem dificulda des para resolver a atividade, co um recurso para conhecer o passado. Peça aos alunos que
mente que os eventos históricos aconteceram no passado, mas retomem a resposta dada ante riormente ao item b da página 23,
também estão acontecendo no presente. e expliquem o fato marcante da vida que escolheram.
2. É esperado que os alunos reco nheçam que todas as pessoas 5. Espera-se que os alunos citem fontes históricas, como fotogra
desempenham importante pa pel na construção da história do fias, documentos pessoais, car tas, entrevistas, depoimentos,
local em que vivem. Caso os alunos tenham dúvidas, relem bre objetos pessoais etc. Caso apre sentem dificuldades, incentive-
os títulos das seções estu dadas no capítulo, reforçando os -os a lembrar os tipos de fontes comentados durante as aulas.
conceitos básicos estuda dos.

33
para o meio ambiente. seu próprio tempo e ponto de
·Conhecer o conceito de vista. A partir da dinâmica feita
·
1

memória. Relacionar o conceito Reconhecer-se como sujeito em sala de aula, retome a noção
de memória pes soal e História é histórico. Verifique se os alunos de que o conhe cimento histórico
ED

DI
um ponto de partida para avaliar reconhecem o con ceito de é construído por meio do
N
se os alunos compreenderam sujeito histórico como alguém trabalho de investigação dos
esse conceito. Retome a que pertence à história, mas que histo riadores.
U

OD
resposta do item b da página 24 também faz história. Nesse ALGO A MAIS
NI
e pergunte aos alunos de que caso, indique aos alu nos
maneira Rafaela pôde conhecer
UL

situações em que somos


C

mais sobre o passado de seu A história do Museu Paulista.


NO
responsáveis pela construção do
avô, de modo que
·
C

Chegamos ao final da unidade. BREFE, Ana Claudia Fonseca.


compreendam a importância da mundo, pedindo a eles que
Nesse momento, é essencial também comentem alguns O Museu Paulista: Affonso de
me mória para relembrar fatos do
avaliar se os conhe cimentos
passado. Além disso, se julgar exemplos cotidianos que podem Taunay e a memó ria nacional.
adquiridos pelos alunos ao lon go São Paulo: Unesp; Museu
conveniente, peça aos alunos interferir na cons trução da
do estudo dos tópicos são história, como o cuidado com o Paulista, 2005.
que entrevistem algum fami liar e
suficientes para atingir os
perguntem a essa pessoa meio ambiente.
objetivos propostos para a
aspectos da infância dela. Ao
unidade. Para auxiliar nessa
tarefa, esta página apresenta
final da atividade, solicite que · Refletir sobre a atuação dos
façam um pequeno texto sujeitos históricos na
possibilidades de avalia ção dinâmica dos processos
resumindo as informações
formativa e de monitoramento da sociais.
obtidas na entrevista.
aprendizagem para cada objetivo
peda gógico trabalhado.
· Identificar e comparar
Retome o texto apresentado na Memória e experiência.
seção Construindo a história da
Para registrar a trajetória e a
progres são de cada aluno
·
mudanças e permanências ao página 19 e pergunte aos alunos BOSI, Ecléa. Memória e
longo do tempo. de que maneira eles, que sociedade: lembranças de
durante esta unidade, sugerimos também são sujeitos históricos, velhos. São Paulo: Com panhia
que você reproduza a ficha de Retome com os alunos as fotos e
po das Letras, 1994.
acompanhamento presente na infor mações acerca do bonde,
da máquina de escrever e do dem contribuir para a O conhecimento histórico e suas
página IX deste Manual do
preservação do meio ambiente, transformações ao longo do
professor, comple tando-a com notebook apresentados na
a exemplo da ativista
os objetivos listados a se guir e a página 11. Comente que as
progressão dos alunos para cada mudanças e permanências do ·
apresentada no texto. Com base tempo. DUBY, Georges. A
processo histórico in terferem nisso, peça que mencionem história continua.
um deles.
diretamente na maneira como outros exemplos de pessoas
nos organizamos em sociedade que atuam de forma decisiva
SUGESTÕES DE AVALIAÇÃO e na for para a construção da História.
FORMATIVA POR OBJETIVO: ma como lidamos com o mundo.
· Desenvolver a noção de
· Compreender e estabelecer a
Os ar tefatos e as ferramentas
criados ao longo do tempo conhecimento histórico.
relação entre passado e
evidenciam essa dinâmica. É importante que os alunos
presente.
Nesse sentido, para verificar a compreen dam as diversas
É importante que os alunos compre ensão dos alunos sobre narrativas que a Histó ria possui.
compreen dam a relação entre esses conceitos, leve para a Nesse sentido, cite na sala de
passado e presente para que, sala de aula imagens de ou tros aula algum acontecimento
posteriormente, se possa tra recente ou alguma notícia que
objetos que foram criados,
balhar noções mais complexas foi amplamente comentada na
consumi dos, aperfeiçoados e
da Histó ria. Nesse sentido, uma televisão ou internet. Peça aos
forma de verifi cação possível é descartados ao longo do tempo alunos que escrevam no ca
solicitar aos alunos que (como listas telefônicas e derno os detalhes da notícia Tradução de Clóvis Marques. Rio
demonstrem exemplos práticos e mimeógrafo), para que os alunos para, pos teriormente, verificar de Ja neiro: Zahar, 1993.
cotidia nos sobre como os notem as mudanças e diferenças entre as versões. As Trabalho com diversos tipos de
eventos do tempo presente são permanências pelas quais narrativas feitas pelos fontes.
considerados históricos tanto passaram. Além disso, historiadores também se fazem
quanto aquilo que ficou no passa incentive-os a re fletir sobre as de modo similar, pois cada · PINSKY, Carla; LUCA, Tania
do. Incentive-os a se consequências que possam ter geração estuda os temas e Regina (Org.). O historiador e
expressarem citando alguns sido geradas para a sociedade e períodos históricos a partir do suas fontes. São Paulo:
exemplos. Contexto, 2009.
33 • A
humanos e o pro cesso de sedentarização. Além disso, são
INICIANDO A UNIDADE 2 trabalhados os modos de vida dos povos que habi tavam o
território onde atualmente é o Brasil, abordando a organização
social e a diversidade cultural desses grupos.
Os temas estudados na unidade anterior são essenciais e formam
um pré-requisito para o estudo da Unidade 2. Temas relacionados Em um segundo momento, é trabalhado o tema da expansão
à ciência histórica como sujeitos históricos, fontes, fatos históricos marítima no século XV e as causas que motivaram o período das
e vivências favorecem a compreensão e estimulam a investigação Grandes Navegações. Também é abordada a chegada dos
histórica de assuntos relacionados à História do Brasil e do povo portugueses na América e de que modo isso afetou os povos
brasileiro. indígenas que aqui viviam.
Nesta unidade são apresentados alguns dos principais aspectos da Por último, é analisado o processo de formação da sociedade
pré-história, com ênfase nos povos que habitaram o atual território colonial brasileira, destacan do características dessa ocupação
brasileiro. Além disso, são abordados os desdobra mentos que territorial e do cotidiano dos habitantes das vilas. Ao longo do
culminaram na colonização do Brasil e as relações estabelecidas desenvolvimento dos tópicos e na seção O que aprendemos, ao
entre colonizado res e nativos no século XVI. final da unida de, são sugeridas atividades que possibilitam ao
Em um primeiro professor avaliar os
momento, é conhecimentos construídos
tratado o pelos alunos, fornecendo
surgimento dos estratégias para solucionar as
primeiros seres dificuldades e propostas de
remediação. humanas, como a arqueo logia e a análise de sambaquis.

·Conhecer características dos povos indígenas que já habitavam


o território brasil eiro antes da chegada dos portugueses.

·Pensar os processos históricos relacionados à expansão


marítima portuguesa.
TEMAS HABILIDADES COMPETÊNCIAS
·Analisar o início do processo de formação da sociedade colonial
no Brasil.

OBJETIVOS DA UNIDADE

·Compreender os processos de desenvolvi mento dos primeiros


grupos de seres huma nos.

·Identificar os marcos iniciais da formação das sociedades COMPETÊNCIAS

humanas, como a transição do nomadismo para o sedentarismo.

·Conhecer formas de pesquisa acerca das pri meiras sociedades


GERAIS COMPONENTES DA PNA

ESPECÍFICAS DE HISTÓRIA
Navegar é preciso! Desenvolvimento de
vocabulário.
N

O O A chegada dos europeus.


R C
As diferentes relações entre Compreensão de textos.
T
indígenas e europeus. A vida nas Produção de escrita.
U
2
O
vilas coloniais. Literacia familiar.
E ›EF04HI01 ›EF04HI02 ›EF04HI03
D
O
A história dos seres humanos. ›EF04HI04 ›EF04HI05 ›EF04HI06
A
Os primeiros habitantes do território ›EF04HI07 ›EF04HI08 ›EF04HI09
R

D
brasileiro. Quando começa a história ›EF04HI10
E
I
do Brasil? A diversidade de povos
C 3, 4, 6, 7, 8, 9 e 10 1, 2, 3, 4, 5 e 6
N
indígenas.
E
Conhecimento alfabético. Fluência
U
O cotidiano indígena no passado.
H
em leitura oral.
A relação com a natureza.
atividades das páginas 55 e 56.
›Trabalho com a seção De olho no tema da página 57.

NAVEGAR É PRECISO! SEMANA 16 2 AULAS


ROTEIRO SUGERIDO
›Leitura das páginas 58 e 59 e realização da atividade.
ABERTURA SEMANA 11 1 AULA ›Análise das páginas 34 ›Realização das atividades das páginas 60 a 62.
e 35 e realização das questões. ›Trabalho com o boxe Entre colegas da página 63.
A HISTÓRIA DOS SERES HUMANOS SEMANAS 11 E 12 3 AULAS ›Leitura silenciosa e análise das imagens das páginas 64 e 65. A

›Leitura das páginas 36 e 37. CHEGADA DOS EUROPEUS SEMANA 17 2 AULAS


›Leitura dos textos e análise da ilustração das páginas 38 e ›Análise da imagem da página 66 e realização das atividades 1
39. ›Análise do mapa das páginas 40 e 41 e realização da a 3. ›Leitura silenciosa da página 67.
atividade. ›Realização das atividades das páginas 42 e 43. ›Realização das atividades das páginas 68 e 69.
OS PRIMEIROS HABITANTES DO ›Análise das linhas do tempo da página 70.

TERRITÓRIO BRASILEIRO SEMANA 13 2 AULAS ›Leitura AS DIFERENTES RELAÇÕES ENTRE


silenciosa das páginas 44 e 45. INDÍGENAS E EUROPEUS SEMANA 18 2 AULAS
›Realização da atividade da página 46.
›Análise das imagens e legendas das páginas 71 e 72.
›Análise da pintura da página 47 e realização da
›Realização das atividades da página 73.
atividade 1. A DIVERSIDADE DE POVOS ›Trabalho com a seção Investigue das páginas 74 e 75. A VIDA

INDÍGENAS SEMANA 14 2 AULAS NAS VILAS COLONIAIS SEMANAS 19 E 20 4 AULAS


›Análise das pinturas da página 48 e realização da ›Leitura dos textos e análise das imagens das páginas 76 e
atividade 2. ›Leitura coletiva dos textos da página 49. 77. ›Leitura da página 78 e realização das atividades 1 e 2.
›Realização das atividades das páginas 50 e 51. ›Trabalho com a seção Aprender é divertido das páginas 80 e
›Leitura dos textos das páginas 52 e 53 e realização das atividades 1 e 81. ›Realização das atividades das páginas 82 e 83.
2. A RELAÇÃO COM A NATUREZA SEMANA 15 2 AULAS ›Leitura de ›Retomada com a seção O que aprendemos da página 83. 33 •
texto e abordagem dos conceitos da página 54. ›Realização das
B

·Comente com os alunos que o sítio


de arte rupestre das Itacoatiaras do Rio Ingá é considerado o primei

ro monumento de arte rupestre patrimônio cultural pelo Instituto


protegido no Brasil, tornando-se do Patrimônio Histórico e Artís
tico Nacional (Iphan) em 1944. O
t

o
F

sítio se destaca pela Pedra do Ingá, /

uma formação rochosa de gnais metros de altura.


se, conhecida pela quantidade e
variedade de grafismos. O bloco
rochoso mede aproximadamente

t
e
r
r
a
a
n
B
e
r
a

24 metros de comprimento e 3,5


t
i

Inscrições rupestres (itacoatiaras, do


termo Tupi) gravadas na rocha, conhecida
como Pedra do Ingá, no município de
Ingá, estado da Paraíba, em 2018.

o
CONHECER
O OUTRO

34

04/08/2021 21:18:10
34

As questões 2 e 3 têm respostas pessoais. Encaminhamentos nas orientações para


o professor. 1.
Descreva os desenhos esculpidos na Pedra do
Ingá, de acordo com a foto
ENCAMINHAMENTOS
1. Os alunos poderão apresentar respostas referentes ao padrão das
imagens, reconhecendo que não se trata de dese
nhos figurativos.
2. Incentive os alunos a analisa rem os padrões dos desenhos
gravados na rocha. Como são desenhos não figurativos, po
deriam ter diversos sentidos para os povos que ocuparam a ·
Para finalizar a abordagem da ima gem de abertura, proponha aos
região. Os alunos podem apontar que se trata de uma forma de alunos uma atividade lúdica. Para isso, forneça a eles folhas de pa pel
expressão criativa desse povo. sulfite e explique que deverão se imaginar como parte de uma
sociedade antiga, assim como os povos que viviam na atual região do
3. Espera-se que eles exponham opiniões sobre o tema. Se ne
Ingá. Peça-lhes que elaborem, conforme o que imaginaram, de senhos e
cessário, oriente a conversa em sala de aula para que per cebam grafismos que expressem aspectos do modo de vida naquele período,
que estudar sociedades de outras épocas nos ajuda a como hábitos alimenta
compreender muitos aspec tos sobre o nosso dia a dia e a nossa
identidade.

DICA
Encaminhamentos nas orientações para o res, tipos de habitação etc. Depois, solicite
apresentada. professor. à turma que, um aluno por
Os desenhos têm formas e padrões abstratos.
2. Em sua opinião, o que essas inscrições
representavam para os povos que ocuparam essa região
04/08/2021 21:18:11
no passado? vez, mostre sua produção para os colegas, deixando que
adivinhem o que significam os grafismos dese nhados. Após o
3. Você considera importante conhecer outras palpite dos colegas de turma, o aluno pode explicar os
sociedades, de outras épocas? Por quê? significados de seus desenhos. Ao final da atividade, comente que
esta unidade abordará aspectos da história dos seres humanos e
a im portância de a conhecermos.

35

35
·Trabalhe as informações das fotos com os alunos, evidenciando preciso evidenciar a ligação entre
m
I

os r

a
s

métodos e cuidados envolvidos no l

trabalho da Arqueologia, sobretu P


/

do por lidar com vestígios frágeis e, o conhecimento historiográfico


y

muitas vezes, danificados. Ressalte r

ainda que os objetos encontrados o


z

pelas pesquisas arqueológicas são e o arqueológico, apontando as


considerados fontes históricas,
A

pois nos fornecem muitas infor d


r

mações sobre o modo de vida de


a

proximidades teóricas e metodo


povos que viviam em outras épo c
i

cas. Muitas vezes, isso gera algu R

ma confusão, porque os vestígios lógicas entre essas duas áreas do


arqueológicos, por conta de todo saber. Com isso, é possível abordar
o fascínio que geram, podem ser aspectos fundamentais da Com
tomados quase como relíquias petência específica de História
do passado, objetos portadores 6 da BNCC.
de uma verdade absoluta. Para
s

desconstruir esse tipo de ideia, é


·O texto a seguir, escrito pelo ar
e queólogo brasileiro Pedro Paulo
g
a
Funari, apresenta algumas proble arqueólogos é chamada
sítio arqueológico.
Normalmente, esse
local é demarcado para
A história dos seres humanos que a pesquisa não
seja comprometida.
Como podemos conhecer a história dos primeiros grupos
humanos? Como vimos na unidade anterior, a história é
O processo de escavação
construída a partir de fontes, ou seja, vestígios do deve ser feito com muito
passado que chegaram até nós. cuidado e atenção. Caso
isso não aconteça, o
Mas como podemos ter acesso a fontes de povos que material pode ser

viveram há milhares de anos? Para auxiliar nessa difícil


tarefa, existe a Arqueologia. Essa ciência estu da o modo
de vida dos povos antigos a partir de vestígios materiais.
Observe a seguir um exemplo de como funciona o
trabalho de um arqueólogo.

A área estudada pelos


alguns pesquisadores tenham
matizações acerca da concepção limitado o seu objeto de estudo
de Arqueologia e de quais são seus“aos restos materiais de uma Quando encontrados, os
métodos e objetos de estudo. atividade exercida pelos homens vestígios devem ser
Segundo um ponto de vista catalogados e higienizados.
do passado” (como di ria o
Depois, eles passam por
tradicional, o objeto de estudo da arqueólogo francês Jean Clau de análise e comparação com
arqueologia seria “coisas”, particu Gardin). Contudo, a Arqueologia outros documentos para que
larmente os objetos criados pelo tem, nos últimos anos, alargado possam ser interpretados de
trabalho humano (os “artefatos”), seu campo de ação para o forma adequada.
que constituiriam os “fatos” arque estudo da cultura material de
ológicos reconstituíveis pelo trabaqualquer época, passada ou
lho de escavação e restauração presente. [...] 36
por parte do arqueólogo. Esta FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Arqueologia. 2. ed.
danificado e as pesquisas
concepção encontra-se ainda São Paulo: Ática, 2006. p. 13. se tornam imprecisas.
muito difundida entre aqueles Escavação arqueológica no Sítio Bonin,
que consideram ser a tarefa do Urubici, Santa Catarina, em 2016.
arqueólogo simplesmente fazer Escavação arqueológica no Sítio Vila
buracos no solo e recuperar Nova de Teotônio, Porto Velho,
Um sítio arqueológico pode
objetos antigos. conter diversas camadas, o
Rondônia, em 2016.
[...] que indica ocupações de
Talvez por uma questão de apegopovos em diferentes períodos.
As camadas mais profundas
à própria origem da palavra arquecostumam ter os objetos dos
ologia – que em grego significa povos mais antigos.
“co nhecimento dos primórdios”
ou “o relato das coisas antigas” – s
n
e

g
a

m
I

r
a
s
l

u
P
/
y
r

o
z

d
r
a
c
i

04/08/2021 21:18:13

36

Os primeiros grupos humanos


Muitas pesquisas arqueológicas buscam analisar os
vestígios deixados pelos primeiros grupos humanos. De
Os vestígios arqueológicos podem
acordo com esses estudos, nossos primeiros an cestrais L

P
S

têm origem na África. Ao longo de milhares de anos, eles /

indicar diversos aspectos sobre os


se desenvolveram e se adaptaram aos diversos c

u
l

ambientes, passando a produzir instrumentos cada vez e

mais elaborados. primeiros seres humanos, como a


g
t
e

a
n
época em que eles viviam, de que
e
l
r
a
a
c
o
s
t
a
o
F
/ maneira se alimentavam e como
P

·Um importante marco na história dos primeiros seres humanos era sua estrutura corporal. Ao lado,
foi o surgimento do gênero dos hominí deos. Isso ocorreu quando foto de crânios de alguns dos
nossos ancestrais desenvolveram um cére bro mais complexo e primeiros grupos humanos.
se tornaram capazes de andar eretos, sobre duas pernas.
espécies representa um momento importante do processo de
Ressalte que, na foto, cada um dos fósseis de crânio per tence a
uma espécie extinta de ho minídeo. Na direita, há um crânio de evolu ção humana.
Australopithecus, os primeiros a se apoiarem sobre as duas per
nas; no centro, o de um homem de Neandertal; à esquerda, o de
·A partir das discussões feitas nessa página, os alunos poderão
um Homo sapiens. Cada uma dessas com preender o significado do conceito de nomadismo, verificando
de

Vamos conhecer como era o modo de vida dessas

populações? O modo de vida nômade

Os primeiros grupos humanos não viviam em habitações


fixas, pois eles ti nham que se deslocar constantemente que forma as populações nôma des se relacionavam com a nature
para buscar alimentos. Chamamos esses grupos que se za. Com essa discussão, é possível abordar aspectos importantes
da habilidade EF04HI04 da BNCC.
mudavam com frequência de povos nômades.
O modo de vida

dos povos
nômades s

g
a

era
baseado
principal I

w
o
l

G
/

mente nas atividades g

a
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i
r
e

H
/

de caça e coleta. l

e
i
f

g
n
i

n
a

u
E

Pintura rupestre de cerca


de 8 500 anos atrás,
representando grupos
humanos praticando a
caça, na Líbia.

37

04/08/2021 21:18:14

37
DICAS solução de problemas. Faça a eles questionamentos como: “Quais
seriam as transformações causa das pelo desenvolvimento da prá tica
·Leia com os alunos o primeiro pará grafo e aproveite o momento para agrícola?”; “Como o cultivo de alimentos e a domesticação de ani mais
desenvolver com eles a capacidade de levantamento de hipóteses e podem ter alterado o modo de vida dessas populações?”; “Quais
seriam as consequências do uso dessas novas técnicas?”. Depois, forma fixa em determinado lugar.
continue a leitura da pá gina com a turma e verifique se as hipóteses
levantadas foram con templadas no texto. Observe a ilustração a seguir e conheça alguns aspectos do
·Os alunos devem, com base nas próprias colocações, ser levados a modo de vida das primeiras comunidades humanas com
entender como o modo de vida sedentário permitiu um aumento na caracte
produção de alimentos, possibi rística sedentária.
litando a formação de comunida des maiores e em constante cresci
mento populacional. Dessa forma, surgiram necessidades cada vez
mais complexas de organização e de autodefesa, gerando modifica
ções nas formas de produção e na própria organização social. Além
disso, com a agricultura e a criação de animais domésticos, os grupos
humanos passaram a ter uma in fluência muito maior sobre o meio
ambiente, criando ecossistemas

·
controlados e simplificados. Além de promover um aprendi zado
baseado em questionamen tos e hipóteses, o que atende às
demandas da Competência específica de História 3, tais reflexões
abordam temas funda mentais das habilidades EF04HI02 e EF04HI05
da BNCC.

Esta
A sedentarização ilustração
é uma

Há cerca de 12 mil anos, algumas comunidades humanas


per
ceberam como surgiam novas plantas e começaram a
desenvolver técnicas agrícolas, como o plantio de
sementes. Isso transformou profundamente o modo de vida
de nossos ancestrais.
Ao cultivar plantações, esses povos não precisavam mais se
mudar com frequência, pois tinham acesso aos alimentos
cultiva

representação artística produzida com base em


estudos históricos. Fonte: História das agriculturas no mundo: do
neolítico à crise contemporânea, de Marcel Mazoyer e Laurence
Roudart. São Paulo: Editora Unesp; Brasília, DF: NEAD, 2010.

dos. Assim, com o tempo, grande parte deles deixou o modo


de vida nômade e tornou-se sedentária. Você sabe o que
isso quer dizer? Um grupo sedentário é aquele que vive de
04/08/2021 21:18:16

38
38
O modo de vida sedentário
contribuiu para a formação
de aldeias, que, com o tempo,
desenvolveram-se e deram
origem às primeiras cidades.

39

·Comente com os alunos que o processo de sedentarização não


ocorreu simultaneamente em to-
das as comunidades humanas, tendo obedecido a ritmos distin- tos.
Mesmo ao longo do tempo, e apesar de a sedentarização ter se
convertido no principal modelo de organização humana, há povos que
são nômades na atualidade, como o povo Banjara, na Índia. Muitos
desses povos seguem esse modo de vida porque sobrevivem
a
z

b
r exclusivamente da atividade pasto-
a

B
ril, deslocando-se de acordo com os fatores climáticos; há também
o

d
l
povos que se dedicam somente ao comércio, tendo de se movimentar
a
v
de acordo com a oferta e a deman-
i

R
da dos mercados que abastecem. Tais comentários, além de lançar luz
sobre a diversidade dos modos de organização das sociedades hu-
manas, permite pensar, em tempo- ralidade ampla, o movimento de
populações no tempo e no espaço, assim como os processos de ocu-
pação do campo e intervenção na natureza. Com isso, são abordadas
questões fundamentais da Com- petência específica de História 5 da
BNCC.

·O texto a seguir apresenta dados sobre o processo de sedentariza- ção


A vida em comunidade levou das primeiras comunidades humanas e serve como subsídio para o
muitas pessoas a se especializarem trabalho em sala de aula.
em determinadas atividades, como
a construção de moradias e a […]
prática do artesanato. Esse Ao mesmo tempo que a agricul- tura se iniciava, o homem passava a
processo foi chamado de domesticar animais, dos quais apro- veitava a força, a carne, o leite.
especialização do trabalho.
Ele, que antes dependia exclusivamente da caça, pesca e coleta de
frutos, raízes ou folhagens para se alimen- tar, tornou-se agricultor e
criador de animais.
Com todas essas mudanças, o ho- mem não precisava mais deslocar-
-se de um lugar para o outro atrás da caça. Esse processo de
sedentari- zação foi o ponto alto da Revolução Neolítica. Próximo a
regiões onde
04/08/2021 21:18:17
formando aldeias. O
havia oferta de água, homem continuava
essencial ao homem, caçando e cole- tando,
sua lavoura e seus mas já não dependia
ani- mais, foram se
tanto de tais Pré-História. São Paulo: FTD,
1995. p. 29
atividades.
[...]

TORRONTEGUY, Teófilo. A

39
ocupar outras regiões do planeta. Primeiramente, se
·A condução da leitura dessas duas páginas deve ser feita de
deslocaram para lugares localizados atualmente na
maneira conjunta, com o mapa sendo analisado em paralelo com
as hipóteses apresentadas nas le Europa, na Ásia e na Oceania. Depois, se dirigiram ao
gendas. Antes de qualquer coisa, contudo, é interessante continente que hoje conhecemos como América.
comentar com os alunos a maneira como o planisfério está
organizado, com o centro do mapa sendo ocupa Diversos estudiosos elaboraram hipóteses para explicar o
do pelo oceano Pacífico, algo que foge ao padrão “comum” desse povoamento do continente americano. Vamos conhecer
tipo de representação. Com isso, é possível discutir com os alunos algumas delas? Observe o mapa a seguir e leia as
o fato de os planisférios não possuí
rem uma forma fixa ou obrigatória; o modelo mais recorrente, com legendas.
o continente europeu ocupando o centro, é uma mera convenção,
hipóteses: possibilidades elaboradas com base em pesquisas, mas que ainda
O povoamento do continente não têm comprovação científica Este conteúdo favorece o desenvolvimento de
americano componentes da PNA.

Após terem se desenvolvido na África, ao longo de


milhares de anos, os grupos humanos passaram a
baseada no fato de que perspectiva: regiões que, Ásia e se deslocaram até deslocado da Ásia para a
nossas referências muitas vezes, são tratadas a América do Norte. Esse América passando por
culturais têm uma evi dente como o “extremo oriente” caminho teria sido ilhas do oceano Pacífico.
origem eurocêntrica. Como passam a ocu par o centro facilitado, na época, por O povoamento da América
o objetivo do mapa em do mapa. Ou seja, é a uma ponte de gelo
questão é tratar das finalidade teórica que formada na região que
hipóteses de povoamen to explica o for mato do liga os dois continentes.
do continente americano, mapa, e não o contrário.
sendo que a maior parte Outro estudo defende que
delas defende um Uma das explicações os EUROPA
ÁSIA
deslocamento pela Ásia e mais aceitas afirma que primeiros povoadores, ÁSIA
pelo oceano Pacífico, os primeiros habitantes utilizando pequenas
ocorre uma inver são de da América vieram da embarcações, teriam se
EUROPA

afirma que os grupos humanos A questão de exatamente a América do Norte e, depois,


teriam navegado pelo oceano quando o anatomicamente em direção ao Sul pela costa do
Atlântico, cruzando da Europa moderno Homo sapiens chegou continente.
para a América do Norte em ao Novo Mundo, com seu ÍNDICO

pequenas embarcações. impacto catastrófico sobre a fau


ÁFRICA na e a flora virgens, tem
ÁFRICA
prendido a atenção dos
antropólogos há vários anos.
· O texto a seguir, escrito pelo bió Como uma imagem fotográ
logo Edward O. Wilson, apresenta
uma das possíveis interpretações OCEANO
Outra explicação para a chegada
sobre o povoamento da América. OCEANO
Há também a hipótese que desses grupos à América seria a Limite litorâneo há 12 mil anos
[...] navegação da costa da Ásia até ÍNDICO
ganhar foco. Com base em estudos genéti cos e arqueológicos
na Sibéria e nas Américas, parece agora que uma única
população siberiana alcançou
Limite litorâneo há 12 mil anos
Fonte: Michel Parfit. O enigma dos primeiros ancestrais. National
Geographic, São Paulo: Abril, ano 1, n. 8, nov. 2000. p. 82-83.

40

fica num líquido revelador muito lento, o retrato parece enfim


expor a ponte terrestre de Bering, ao populações tenham se dispersado ao longo
mesmo tempo que blo da recentemente desglaciada costa do
queavam a entrada ao atual Alasca. Pacífico, ao longo de terras ainda expostas
a ponte terrestre de Bering, há não mais queQuinze mil anos atrás, conforme revelado pela retirada incompleta dos lençóis de gelo,
30 mil anos, possivelmente ainda mais pelas des cobertas arqueológicas na [...].
recentemente que isso, há cerca de 22 mil América do Norte e do Sul, a colonização
WILSON, Edward O. A conquista social da Terra. Tradução de Ivo
anos. Nesse perí das Américas estava em andamento. Korytovski. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 108.
odo, os lençóis de gelo continentais haviam Parece provável que as primeiras 04/08/2021 21:18:17

atraído água suficiente dos oceanos para

40
sobre
o tema e reconheçam que as pesquisas
sobre o
povoamento da América ainda estão em
Muitos estudiosos consideram mais construção e podem mudar conforme novos
vestígios forem encontrados pelas pesquisas
de uma hipótese verdadeira, arqueológicas.
concluindo que diferentes povos, em
momentos dis tintos, povoaram a
América. Porém, as pesquisas sobre
esse tema ainda estão em
construção. Assim, novos vestígios
encontrados podem levar os
estudiosos a formular novas a

hipóteses sobre o povoa mento da ·


Ao analisar as hipóteses do povo amento
América. da América, retome com os alunos as
AMÉRICA
informações acerca do trabalho dos AMÉRICA
arqueólogos apre sentado na página 36. DO NORTE
Durante a realização da questão apresenta DO NORTE
da na página, lembre-os de que novas
Não se sabe ao certo quando a descobertas arqueológicas estão sempre
América foi povoada. De acordo com ocorrendo, e a par tir dessas descobertas as
teorias podem mudar. Com isso, se rea
diferentes pesquisas, essas datas
firma também a noção de que es sas
podem variar entre 11 mil e 50 mil hipóteses estão em constante formulação e
anos atrás! transformação, não sendo consensuais. OCEANO

. Por que existem diversas hipóteses


OCEANO
PACÍFICO
PACÍFICO
z

para ex plicar o povoamento da o

América? Converse com os


r
a

colegas.Espera-se que os alunos conversem


o

d
l
EF04HI09 da BNCC.
a
v
i

AMÉRICA
AMÉRICA

·Comente com os alunos que o processo


de povoamento dos continentes ocorreu ao
longo de milhares de anos, através de
fluxos migratórios. Procure evidenciar a
ideia de processo ao trabalhar com as
hipóteses apresentadas nessa página,
indicando que essa história ocorreu de
maneira paula tina e variada, obedecendo a
fato
OCEANO
OCEANO
res diversos. Mais ainda, é possível
ATLÂNTICO compreender como a História, por mais
ATLÂNTICO recuada que seja no tempo, se constitui a
partir do resultado das ações dos seres
humanos. A partir disso, é possível
trabalhar com alguns aspectos que funda
mentam as habilidades EF04HI01 e
DO SUL

i
0 h

OCEANIA DO SUL c

OCEANIA
t
s

1 150
Quilômetros
o

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t 04/08/2021 21:18:18
i

41

41
o modo de vida nômade e o modo de vida
·
SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO Aproveite
esta atividade 1 para realizar uma avaliação
forma tiva, com o objetivo de verificar se os
alunos compreenderam as diferenças entre
para buscar alimentos. Já no modo de vida
ATIVIDADES sedentário, as pessoas tinham moradias fixas,
1. a. Na imagem A foi representada o modo de pois passaram a praticar agricultura e a domesticar
vida nômade. Na imagem B, o modo de vida animais.
sedentário.
1. b. No modo de vida nômade, as pessoas
mudavam com frequência seu lugar de moradia

sedentário. Para isso, peça a


diferentes modos de vida
1. Observe as cenas a seguir que representam
eles que confeccionem, coleti
vamente, cartazes que repre

A
sentem a transição do modo de
vida nômade para o sedentário,
apresentando características
de cada um deles (coleta de
alimentos, observação dos ci
clos da natureza, domesticação
de animais, desenvolvimento
da agricultura e formação de
aldeias). Para a confecção dos
cartazes, sugira-lhes que pes
Esta atividade pode ser utilizada como avaliação
quisem mais informações na bi formativa. Veja mais informações nas orientações
blioteca da escola e na internet, para o professor.
e que produzam desenhos para
ilustrá-los. Depois de prontos,
os cartazes podem ficar ex
postos na sala de aula ou nos

a
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:
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a
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Estas ilustrações são representações artísticas produzidas com
s
base em estudos
u
l
I

de nossos ancestrais.
B
corredores da escola. Como
sugestão de remediação de
possíveis dificuldades, auxilie-
-os a relembrar as informações
que utilizaram na composição
dos textos propostos no item b
da atividade 1

históricos. Fonte: A Pré-História, de Teófilo Torronteguy. São


Paulo: FTD, 1995.
a. Qual modo de vida foi representado nas cenas A? E nas cenas B? b.
Agora, escreva no caderno um texto sobre cada um desses modos de
vida, explicando as diferenças entre eles.
c. Que fatores influenciaram na transição entre o modo de vida nômade e
o sedentário?
42
Nossos ancestrais desenvolveram conhecimentos
relacionados à agricultura e à domesticação de
animais. Com isso, eles não precisavam mais se mudar
com tanta frequência para buscar alimentos, adquirindo 04/08/2021 21:18:19
hábitos sedentários.

42
além das castanhas, as palmeiras também têm
grande frequência nos ves
tígios encontrados.
2. Leia o texto a seguir, que aborda pesquisas atuais na Arqueólogos estudam a transição da vida nômade para o sedentarismo, de Amanda Lelis. Jornal da
região da Ama zônia. Depois, responda às questões. USP, São Paulo, Universidade de São Paulo, 25 maio 2017. Disponível em:
https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-exatas-e-da-terra/arqueologos
Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurar no dicionário as estudam-a-transicao-da-vida-nomade-para-o-sedentarismo/. Acesso em: 2 jul. 2021.
palavras que desconhecerem.
2. b. Os arqueólogos descobriram que essas sociedades utilizavam recursos
naturais, como as castanheiras, pois encontraram grandes quantidades de
Como terá acontecido a transição da vida castanhas em sítios arqueológicos. a. Qual é o objetivo desses
nômade para o se dentarismo na Amazônia? estudos na Amazônia? O que está sendo pes
Para responder a esta e a outras per guntas ·Ao se discutir o processo de seden tarização das antigas
sobre os modos de vida das antigas populações populações indígenas da região da Amazônia, os temas
indígenas, arqueólogos estão investigando [...] a trabalhados nesta uni dade se aproximam do contexto histórico
brasileiro. Ao longo do trabalho, contudo, podem surgir algumas
mudança nas formas de ha bitar a Amazônia inquietações, afinal, no senso comum, não se entende os povos
durante o primeiro milênio antes de Cristo. [...] indígenas como completa mente sedentários. Na leitura do texto,
deve-se ressaltar a impor tância dos vestígios arqueológicos
Uma informação que os arqueólogos já possuem encontrados na região; no caso, restos de castanhas e palmeiras,
sobre essas sociedades indígenas é o o que indica que tais populações dominavam espécies vegetais.
Mais ainda, deve-se comentar as especificidades do trabalho
conhecimento da utilização intensiva de arque ológico: com base nos vestígios encontrados nos sítios,
recursos naturais vegetais, como as devem ser levantadas hipóteses sobre hábitos alimentares e o
castanheiras. [...] Em estudos anteriores sobre modo de vida de populações muito antigas.
este período, já foram encontradas grandes
DICAS
quan
tidades de castanhas em sítios arqueológicos. ·Na realização da atividade 2, é fundamental ressaltar aos alunos
Esta informação pode demonstrar, por exemplo, oo aspecto processual que marcou a transição do nomadismo para
sedentarismo, possibilitando o au
que as populações dessas aldeias indígenas mento da produção de alimentos e
utilizavam [...] uma série de espécies, já que,
quisado pelos arqueólogos? isso, estão pesquisando o modo de habitar das
Os arqueólogos buscam entender a transição antigas sociedades indígenas. das populações humanas. Deve-se
da vida nômade para o sedentarismo. Para considerar, também, que fatores
b. Qual informação eles já possuem? Como eles arqueológicos importantes? Justifique sua
chegaram até ela? c. Você considera esses estudos climáticos e biológicos contribuí ram para o estabelecimento das
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos sociedades sedentárias agrícolas.
resposta. percebam a importância dos estudos
arqueológicos para a compreensão do modo de vida das antigas recente, que tenha contribuído para conhecermos um
sociedades que habitaram o Brasil.
d. Com a ajuda de seus familiares, faça uma ·Como já se comentou anterior mente, é fundamental ressaltar
pesquisa sobre alguma desco berta arqueológica que ainda existem povos nôma
Resposta pessoal. Oriente os alunos a des vivendo em diferentes partes do
pouco mais sobre a vida de nossos buscarem informações
mundo, o que exige respeito
antepassados.
sobre a descoberta e registrar dados como localização, período a que se
refere, vestígios encontrados e importância da descoberta. por esse modo de vida, com suas
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especificidades sociais,
econômi cas e culturais.
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04/08/2021 21:18:20
n

43
·Abordar as culturas e a trajetória de grupos humanos como os primeiros habitantes do
de Lagoa Santa, o povo de Umbu e os povos dos Sambaquis,
constitui um desafio teórico importante e complexo, pois se está
estudando a história do Brasil pré-colonial, um tema que, na
formação da tradicional historiografia brasileira, foi negligenciado.
Evidentemente, na interpretação tradicional, a chegada dos
território
portugueses é o evento entendido como o mar
co inicial da história brasileira, um momento de fundação e baliza
brasileiro
Ao povoarem o continente americano, alguns grupos
Os humanos se estabele ceram em regiões onde hoje é o
território brasileiro. Esses povos eram bastante variados
e cada um deles tinha seu próprio modo de vida. Luzia
No sítio arqueológico de Lapa
a

mento cronológico. I

vermelha, em Lagoa Santa, Minas r

·
a

É interessante problematizar a
s

Gerais, foi desenterrado o vestígio u


l

divi são cronológica da história


P

de esqueleto humano mais antigo


/
r

do Bra sil, afinal, o período


e

já en
b

iniciado com a colonização


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I

portuguesa é muito reduzido em contrado na América, que recebeu r

relação ao período iniciado com


a

o nome de Luzia.
m
s

a ocupação humana do I

continente americano. Há difi Pesquisas demonstraram que


culdades no acesso às fontes
refe rentes a todo o período o crânio tem cerca de 11 mil anos.
pré-colo nial, o que depende, Com base nesse crânio,
sobretudo, de pesquisas
estudiosos realiza ram uma Reconstituição do rosto de Luzia, exposto
arqueológicas. Mas tam bém no Museu Nacional, Rio de Janeiro, em
existe uma questão de fundo reconstituição do rosto de Luzia, 2009. Essa foto foi re gistrada antes de o
para essa divisão, uma que resultou no modelo apre museu ser atingido por um grande incêndio
perspectiva de base em 2018. Embora muitas peças do acervo
eurocêntrica que trata o período
sentado na foto ao lado. tenham sido destruídas, pesquisadores
pré-colonial como uma época s
n
afirmaram que partes do crânio e outros
de imobilismo, quase de au e

g
ossos de Luzia foram recuperados.
r

a
c
i

· Aproveite a pesquisa proposta no R

item d da página 43 para desen

sência de história. Assim, é preciso


Os grupos caçadores e
desconstruir esse tipo de raciocí coletores
nio com os alunos, repensando a
cronologia e o estabelecimento de
marcos temporais. Trabalhar com
s

Os primeiros grupos
n
e

essas questões é uma forma de


g

a
que se estabe
leceram no território
m
I

brasileiro viviam
r

abordar dados fundamentais das


como caçadores e
a

s
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coletores. Eles caça


u
P
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s

Competências específicas de vam animais de pequeno porte, como


e
l

e
T
pacas e porcos-do-mato, e coletavam fru
o

d
tos e raízes.
História 1 e 2 da BNCC.
baseiam em seus traços negroides, como os
volver a literacia familiar. Oriente os alunos a
olhos arredondados, o nariz largo e o formato
solicitar ajuda de seus familiares para
dos lábios. Tais caracte rísticas, recorrentes
pesquisarem na internet, em revistas, jornais em populações
que habitavam o continente africano, diferem
ou li
bas tante dos traços típicos dos ancestrais dos
vros. Peça que tragam um registro com Nossos antigos ancestrais conviveram com os
indígenas brasileiros. Levando em conta a
informações sobre o veículo consultado (nome animais de grande porte que faziam parte da
idade do crânio de Luzia, foi possível levantar
do jornal, da revista, do site ou do livro), a datachamada megafauna brasileira. Nesta foto, pessoas
observam acervo da extinta fauna brasileira no a hipótese de uma onda migratória anterior à
de publicação e a descoberta a qual se refere. Museu do Homem Americano, localizado no Parque
dos povos mongóis, ocorrida por volta de 12
No registro, tam Nacional da Serra da Capivara, estado do Piauí, em mil anos atrás, e que teria dado ori gem aos
bém devem constar dados sobre a 2019.
povos indígenas de diversas regiões do
localização, o período a que se refere a
44 continente, inclusive do Brasil.
descoberta e quais os ves tígios encontrados.
Essas populações viviam próximas aos
·As inovadoras hipóteses levanta das a partir morros e utilizavam as formações rocho
do crânio e da recons tituição facial de Luzia se
sas para se abrigar. Muitas delas já
conhe ciam técnicas de produção de
machados e outros instrumentos feitos
com rochas.

04/08/2021 21:18:21

44
Sítio Arqueológico Manuel Braga,
e
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em Serranópolis, Goiás, em 2019.
,
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/

Além disso, os povos caçadores e co


a
o lsar
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letores costumavam fazer pinturas ou a


a
r DICAS
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ins crições nas paredes rochosas dos


·Ressalte a diversidade que existe entre os
B
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locais onde viviam.


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sambaquis localizados no litoral brasileiro,
Atualmente, em diversos sítios arqueo F
n
que podem variar de pequenos montes com
poucos metros de altura a morros enormes
lógicos brasileiros, podemos encontrar
a
o

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com cerca de 60 metros de altura e 500
es sas pinturas rupestres e o
v
metros de extensão. Alguns arqueólogos
compreender mais detalhes sobre as acreditam que, por conta dessa variedade
r

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culturas desses povos. A


/
de dimen são e por estarem erigidos em
i

n
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locais isolados e planos, os samba
Conhecidos como povo de Umbu, ou b

m
quis eram feitos para ser delibera damente
povo da flecha, alguns grupos ·
o
l

o
notados na paisagem. Apresente as
nômades caçavam animais menores
C

o
i
dificuldades que ocorreram na preservação
utilizando fle chas e anzóis feitos de b
a
F
dos sambaquis, que foram alvos de de
ossos. predação ao longo dos anos. Por

O
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,
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Inscrições rupestres localizadas no
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ville, SC g eo

majoritariamente
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serem formados
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Ponta de flecha utilizada por povos de tradição


o

de conchas, eles se tornaram ver


icard

seu
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b

Umbu, localizada no Museu Arqueológico de


R
s/M

explorados para a realização de obras em


Sambaqui, Joinville, Santa Catarina, em 2016.
sambaquis
e Sam
cidades litorâneas. Res salte que, desde
Os povos dos 1961, existe uma
en

ag
d

Im

dadeiras jazidas de cálcio, sendo


Muitos grupos se estabeleceram em locais próximos ao
litoral no Sul e Su deste do atual território brasileiro.
Esses povos viveram há cerca de 9 mil anos e
praticavam a pesca e a coleta de moluscos, raízes, frutas
e sementes.
Essa população deixou vestígios como os sambaquis,
que significa “amonto ado de conchas” na língua Tupi. Os
sambaquis são grandes depósitos formados por diversos
materiais, como conchas, mariscos, resquícios de outros
animais e instrumentos feitos com rochas. Com o tempo,
esses materiais acumulados for maram grandes
elevações no solo nas regiões litorâneas, como mostra a 45
foto. o trabalho em sala de aula. Dis ponível em: <http://mae.usp.br/>.
lei de preservação do patrimônio arqueológico nacional, o que, Acesso em: 22 abr. 2021.
con tudo, não impediu que as depre dações ocorressem até as
décadas finais do século XX.

·Para conhecer mais sobre os sam baquis, acesse o site do


Museu de Arqueologia e Etnografia da USP. Nesse site, está
disponível uma série de materiais de apoio, que podem ser de
grande auxílio para
Foto de sambaqui
localizado em Laguna,
Santa Catarina, em
2017.
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R

04/08/2021 21:18:22
45
VIVENDO A LEITURA também permite aos alunos localizarem e retirarem infor

·A atividade 1 favorece o de mações explícitas do texto e interpretarem e relacionarem ideias


e informações presentes nele. É fundamental explicar aos
A alunos que os zoólitos são
senvolvimento dos componen tes fluência em leitura oral e que eles eram agricultores e sedentários.
compreensão de textos da PNA. Para isso, solicite à turma
As
que realize a leitura coletiva do texto sobre os sambaquis e da n
e

legenda da foto do zoólito. Pergunte aos alunos se eles per g


a

ceberam alguma palavra que não entenderam e auxilie-os m


I

Povos agricultores e ceramistas r

cerâmicas eram produzidas com argila cole


No início do século 19, pesquisadores encontraram às
a

margens de rios da floresta Amazônica diversos s


l

vestígios arqueológicos, como artefatos de cerâ mica. P


/
s

Estudos recentes demonstraram que muitos desses


e

tada nos rios da região. Eram feitos vasos e


objetos foram pro duzidos há mais de 4 mil anos.
Outra descoberta sobre esses povos é
v
a

n
e

estatuetas, entre outros utensílios.

u
R

s
Artefatos de cerâmica marajoara. Acervo do
Museu do Forte de Presépio, Belém, Pará, em 2019.
a pesquisar seus significados no dicionário. Essa abordagem
1.a. Por meio dos sambaquis podemos analisar
os hábitos e comportamentos dos povos que os
construíram.
encontrados nos sambaquis e fazem parte
dos vestígios que
ATIVIDADES
permitem aos cientistas conhe cerem os rituais, a componentes da PNA. 1. Leia o texto a seguir
vida cotidia
Esta atividade favorece o desenvolvimento de
sobre os sambaquis
na, a alimentação e a evolução brasileiros. Depois,
ENDO A LEITU responda às questões.
da população responsável pela construção R

dos sambaquis, Durante a leitura do texto, oriente os


A
V

IV

re as palavras que
além de
desconhecerem.
proporcionarem o [...]
alunos a procurar no dicionário
conhecimento da fauna e da flora da região onde essas po
pulações habitavam.
Os sambaquis são uma amostra im
/

portante do comportamento e dos hábi u


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F

tos dos povos que os construíram. Eles


C
p

incluem, por exemplo, pontas de mamíferos.


flechas e outros artefatos, além Na foto, zoólito com formato de pássaro
encontrado em Santa Catarina. Os zoólitos são
de muitos, mui tos restos de esculturas de pedra que se assemelham à
comida: carapaças de crustá ceosfigura de animais. Pesquisadores acreditam que
esses artefatos eram utilizados em rituais.
e ouriços-do-mar, espinhas de
peixes e ossos de aves e
Os amontoados iam surgindo próximos aos locais em que havia
bastante alimento. Por isso, muitos sambaquis são encontrados
perto de baías, lago as e de ambientes aquáticos onde as águas
doce e salgada se encontram [...].
Quem mora no sambaqui?, de Edson Pereira da Silva, Tate Aquino de Arruda e Michelle Rezende Duarte.
Ciência Hoje das Crianças, Instituto Ciência Hoje, Rio de Janeiro, 29 out. 2018. Disponível em:
<http://chc.org.br/artigo/quem-mora-no-sambaqui-2/>. Acesso em: 6 jan. 2021.

a. De acordo com o texto, o que podemos analisar por meio dos


sambaquis? b. Explique o que são zoólitos e identifique o que o artefato da
foto representa. Zoólitos são esculturas de pedras que representam figuras de animais. Na foto,
o zoólito 46
representa uma ave.

04/08/2021 21:18:22

46
já eram ocupadas.
Mas, afinal, o que essa data tem de especial?
Ela marca o encontro entre pessoas de culturas
Quando começa a história do diferentes, que até então não se conheciam: os nativos,

Brasil? cha mados de indígenas, e os europeus.


Veja como o fato histórico da chegada dos portugueses
Geralmente, quando começamos a estudar a história do foi representado em uma pintura do século 20.
Brasil, iniciamos a partir de uma data muito específica:
dia 22 de abril de 1500. E como podemos perceber,
desde muito tempo antes da chegada dos europeus ao
território que hoje é conhecido como Brasil, essas terras
1. Quem são os personagens que
aparecem na imagem? Descreva
como eles foram representados.
Assim, como vimos, o território que
hoje é conhecido como Brasil já era
habitado, havia muito tempo, por
diversos povos indígenas. Cada um
deles tinha sua cultura, seus
costumes, sua história. 1. Os
personagens que aparecem na imagem são

indígenas e europeus. Os indígenas foram


representados com tangas, ornamentos e lanças.
Os portugueses

·Ao abordar o encontro entre cul turas


P

S
distintas que ocorreu com a chegada dos
, portugueses às terras brasileiras, o assunto desta página propicia
o trabalho com o Tema contemporâneo Diversida de cultural. O
o
l

linguista e filósofo Tzvetan Todorov, na obra A con quista da


a
P

o
ã
América, ressalta que a principal questão imposta pela chegada
dos europeus ao “Novo Mundo” foi a descoberta do ou tro, criando
S

um relacionamento de diversidades que nunca mais atingirá tal


P

U
-
a
grau de intensidade. Evidentemente, quando se depa ra com um
outro tão diverso, isso resulta em transformações em todas as
t
s
i

partes envolvidas, sendo que nenhuma pode continuar a se


l

u
a
P
entender como antes. No caso dos europeus, por exemplo, todos
os debates teológicos referentes às populações indígenas são
u
e
s

M
provas disso. Esse encontro, porém, teria consequências trágicas
para as po pulações que já habitavam a Amé rica, que foram
/

vítimas de terríveis imposições e violências, resultando em um


ã
ç

u
d

o dos maiores genocídios da história da humanidade. O tema da


r

p
e
diversidade cultural, portanto, é necessariamente ambivalente: ao
R
mesmo tempo em que ressalta a importância de se valorizar cultu
ras e experiências humanas distin tas, também impõe a
necessidade de se pensar as violências cometi das contra o outro,
as desastrosas consequências que o encontro entre culturas
diferentes pode ter quando não há empatia ou aber tura à
diversidade.

·Para a realização da atividade 1 desta página, conduza os alunos


em uma leitura da pintura de Os car Pereira da Silva, a começar
pelo título da obra, que aborda o en contro entre portugueses e
indíge nas de maneira a valorizar um dos

Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro, 1500, de Oscar


Pereira da Silva. Óleo sobre tela, 190 cm x 330 cm. 1922.
foram representados usando roupas pesadas,
cendo desorientados e abalados pela
capacetes e mantos. Um deles utiliza uma chegada dos navegantes; à di reita, um
armadura. 04/08/2021 21:25:38
cenário iluminado, as ca ravelas dando
polos. Na pintura, há uma divisão entre provas de civilização e os portugueses,
47
duas metades: à esquerda, em tons mais apoiados pela religião e pelas armas,
escuros, a mata, a natureza selvagem e os apresentan do postura firme e decidida.
indígenas espalhados em desordem, pare
47
·Para realização da atividade 2 desta página, note que as quatro Observe as imagens a seguir. Elas representam a visão
pinturas desta página, por apre sentarem características estéticas dos europeus sobre alguns povos que habitavam o
muito específicas, permitem uma articulação com o componente Brasil.
curricular de Arte. De início, é im portante ressaltar que as quatro
imagens datam do século XIX; nes sas pinturas, o olhar, com
intenção artística e científica, busca ressaltar as diferenças entre
os grupos indí genas, dando destaque às pinturas corporais e aos
acessórios. Isso, porém, foi feito para satisfazer a

A diversidade de povos
indígenas
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos descrevam
Quando os portugueses desembarcaram no Brasil, o as características físicas e os tipos de adornos de cada etnia indígena
território abrigava uma grande diversidade de povos. representada, e observem que as quatro imagens representam povos
indígenas, no entanto, existem diferenças entre eles.
Calcula-se que aqui viviam entre 2 e 4 milhões de
indígenas, organizados em mais de mil povos diferentes.
o
ã

curiosidade de pesquisadores e S

do público europeu, em um l

momento no qual o Brasil se n

o
i

abria para nações c

estrangeiras, daí porque se


N

nota certa tendência a fazer v


i

classifica
u

q
r

ções e a ressaltar o exotismo. A


/

Vale ressaltar que nenhum dos t

quatro desenhos, apesar de


e

m
i

pertencerem à mesma época, c


s

foi feito pela mes a

ma pessoa; isso indica como z


i

havia uma determinada forma


r
t
a

de pensar que balizava o olhar e

desses pes quisadores, criando a


i
J

uma estética específica e


r
a ,

M o

compartilhada. Não se trata, a


r
i

portanto, somente de ressal tar


c
n
e
t a

a diversidade indígena, mas de


J
o
i
l e

fazer isso a partir de uma forma b


i
d

de representação específica.
B
/ i

o R

Ressalte- -se ainda que alguns ã


ç
,

desses artis tas realizaram


u c
d
n
o
e

importantes relatos de viagens r

p
e
r

o
l

pelo Brasil, descreven do não R F

só os aspectos da fauna, da
e
l

Chefe Bororo, de François Louis de u

flora e dos grupos indígenas, c

Castelnau. Cromolitografia. Século


r

como também da própria


e

19.
H

socieda de brasileira, de base o


t

escravocra ta e t
i
t

agroexportadora. s

n
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o
o
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i
ç
r
u
á
d

Índio Munduruku, de Hércule o


r
M

Florence. Aquarela e nanquim. 1825.


a
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e
J e
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R
o
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l
o
r b
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e B
/
n
o
a
J ã
ç
e

Índia Camacã Mongoió, de


u
d d

o
o
i Jean-Baptiste Debret. Litografia r

aquarelada. Século 19.


R
e

R
,
l

o
i P

c S

a
,
N
o
l
a
u
c
a
e
P

Mawé com coifa, de Spix e


t

o
o
i

b
l
ã

S Martius. Gravura. Século 19.


i

2. Descreva cada uma das pessoas


representadas nas imagens. O que elas
têm em comum? Existem diferenças entre
elas? Quais?
48

04/08/2021 21:25:40

48
povo falava. Observe.

Diferenças entre palavras de origem portuguesa e indígena


Ao desembarcar no litoral do Brasil, os portugueses Karajá Karitiana
entraram em contato, primeiramente, com povos que
béé ese
falavam a língua tupi, como os Tupiniquim e os
Tupinambá. Além deles, outros povos viviam no litoral, iródu Kinda
como os Tremembé, os Caeté, os Potiguar, os Guarani e
os Bororo. suu Eje’i

Além das características observadas nas imagens da tscuu gokyp


página 45, como os adornos e as pinturas corporais,
havia outras diferenças culturais entre os povos nativos.
As diferenças estavam, por exemplo, na língua que cada Língua portuguesa Kuikuro água tunga animal ngene terra
ngongo sol giti Coisas de índio: versão infantil, de Daniel Munduruku. São Paulo: Callis, 2003.demográfica mais recente em relação aos indígenas do Brasil,
pirâmides etárias e mapas sobre a distribuição dos grupos
p. 45.
indígenas ao longo do território brasileiro. Disponível em:
<https://indigenas. ibge.gov.br/>. Acesso em: 22 mar. 2021.
Outra diferença está relacionada à organização e à
construção das moradias. ·Com o professor do componente curricular de Geografia, que
pode fornecer elementos teóricos para se interpretar os dados
disponibili
zados pelo IBGE, leve a turma para a sala de informática, onde
poderá ter acesso às informações do site. Depois, oriente os
alunos a produ
zir materiais de divulgação, como cartazes e panfletos,
apresentando os dados que mais chamaram a atenção deles e
divulgando infor
mações que julgam importantes e pertinentes para a valorização
dos povos indígenas.

·Para aprofundar as pesquisas, mais informações sobre as


populações indígenas do Brasil podem ser en
contradas nos seguintes sites: › Tabela e gráfico representando o
decaimento da população indíge na no Brasil desde 1500. Disponí
vel em: <www.funai.gov.br/index. php/indios-no-brasil/quem-sao>.

i
r

n
a
i

u
L

:
s

a
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t
s

u
l
I

·O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) possui um


site dedicado às populações indígenas brasileiras. Nele, é
possível encon trar gráficos e tabelas referentes à situação
Representação de habitação artística
produzida com
tradicional dos povos do Xingu. base em estudos
históricos. Fonte:
Estas ilustrações são Coisas de índio:
uma representação versão
infantil, de Daniel
Representação de habitação tradicional do povo
Munduruku. São
Tiriyó. Paulo:
Acesso em: 22 mar. 2021. Callis, 2003.

› Informações sobre sociedades in dígenas Representação de habitação tradicional do povo


Karajá.
no século XVI. Disponí vel em: Representação de habitação
<www.multirio.rj.gov.br/ tradicional do povo Marubo.
·Explore a tabela desta página com os
04/08/2021 21:25:40
alunos e aproveite para ques tionar se eles
historia/modulo01/soc_indigenas. html>. conhecem alguma dessas palavras ou se
Acesso em: 22 mar. 2021. têm ideia de quais termos usados em seu
coti diano podem ter origem indígena.

49 DICA

49
·No texto introdutório da ativida de 1, afirma-se que a valorização 1. Até a atualidade, a produção artística e a valorização
da beleza é um fator presente nas sociedades indígenas que da beleza estão presentes no cotidiano de diversos
vivem no Brasil. Comente com os alu nos que as concepções de
beleza também constituem elementos de diversidade e podem povos indígenas que vivem no Brasil. O texto a seguir
variar bastan te entre os povos e as culturas. É importante aborda como alguns desses povos utilizam as pinturas
problematizar a ques tão de que não existe um único padrão
corporais e outros tipos de adornos.
estético capaz de represen tar o que é belo; não existe uma
medida universal para mensurar o

ATIVIDADES
Acesso em: 22 mar. 2021.), de penas, den tes, ossos e
que é proporcional, harmonioso para ve rificar os materiais
necessários para fazer tinta
sementes, colares, pulseiras e
e equilibrado em suas formas.
As va riações acerca do caseira a partir de coran tes brincos. [...]
conceito de belo podem ser naturais. Em seguida, acesse Índio: recontando a nossa história, de Nancy Caruso
sentidas, por exemplo, nas o artigo “Arte Indígena: pintura, Ventura. São Paulo: Noovha América,
2004. p. 39.
enormes diferenças que exis A primeira tarefa diária da fa
tem entre as produções mília é tomar banho no rio. Com rebuscadas: bastante aprimoradas, complexas
artísticas
das culturas existentes no argila, retira-se a pintura do dia J

anterior. À mãe compete refazer


,

·
o
r

mundo. Realize uma atividade i

a pintura de seus parentes, e

complemen tar em integração a

confor me o plano do dia. Em


J

com o compo e

nente curricular de Arte. Em um dias comuns as imagens são o


i

dia combinado previamente,


bem simples, nas festas, nos
R

peça aos alunos que tragam à e

combates, nos rituais e nas


c

sala de aula objetos que n


e
r

possam ser pin caças, bastante rebuscadas. o


l

tados (como caixas, garrafas e


F

ou tros recipientes). Com o


Tanto quanto entender a fala, sa e

u
l

auxílio do professor de Arte, ber ler essas pinturas é c


r
e

acesse o artigo “A tinta que essencial no relacionamento


H

vem da natureza”, publicado t

na Revista Nova Escola


com os outros. u
t
i
t
s

(Disponível em: <https:// [...] A preparação se n


I

novaescola.org.br/conteudo/12
/

completa com cocares cheios


o

86/ u
ç

a-tinta-que-vem-da-natureza>. d

o
traje de festa, de Hércule Florence.
r

p
e

R Aquarela, 25 cm x 36 cm. 1828.

Tucháua chefe Munduruku em

cerâmica e plumagem”, no site do Museu do Índio (Disponível em:


imagem. a. A pintura corporal é um hábito diário. Como
<www.museudoindio.org.br/arte indigena-pinturas-ceramicas-e ela pode ser renovada

. Realize as atividades a seguir com base no texto e na


plumagem/>. Acesso em: 22 mar. 2021.), e pintura feita no dia anterior com argila. A pintura
diariamente? geralmente é refeita pela mãe, que refaz a pintura
selecione referências de Diariamente, os indígenas renovam as pinturas de todos os membros da família.
corporais ao tomar banho no rio, retirando a
pinturas para que os alunos repro são utilizados pe
b. Além das pinturas corporais, que outros ornamentos
duzam em seus objetos. Depois, é Cocares cheios de penas, dentes, ossos e
los indígenas? sementes, colares, pulseiras e brincos.
possível organizar uma exposição,
sendo que a legenda dos objetos pintados c. Quando as pinturas corporais
deve apresentar informa ções sobre os povos costumam ser mais complexas? Nos dias
originários das pinturas reproduzidas. em que há festas, combates, rituais ou caça.

50 04/08/2021 21:25:41

50

jabuti borboleta cobra peixe A B


2. Algumas etnias indígenas, como o povo Potiguara,
costumam repre sentar animais em suas pinturas
corporais. Relacione no caderno o nome de cada animal
a seguir com a sua representação na pintura corporal
potiguara. Registre também como chegou à sua
conclusão. A-borboleta; B-cobra; C-peixe e D-jabuti.

CD
As corporais são usadas em diferentes momentos no
cotidia indígenas
no dos povos . Elas podem ser mais simples ou
rebuscadas,
dependendo da . Elas são importantes na cultura e para
a ocasião identidade
desses povos.

4. Em sua opinião, todos os povos indígenas utilizam os


mesmos tipos de pinturas corporais e adornos? Por
quê?
Espera-se que os alunos percebam que os povos indígenas usam diferentes
tipos de pinturas
DICAS

·Durante a realização das ativida des desta página não permita


que haja comentários depreciativos ou estereotipados. Diante de
culturas e hábitos diferentes, é preciso que os alunos saibam
valorizar a alteri dade, identificando a importância que todos os
saberes e as práticas, independentemente de questões étnicas
ou de origem, têm para a problematização da experiência
humana no mundo.

·Incentivar a autonomia dos alunos na resolução de atividades e


i
l pro blematizar possíveis estereótipos e comentários depreciativos
são pro postas que, além de fundamentais para o processo
l

e
r
a
t educativo e forma tivo dos alunos, tocam diretamen te em
aspectos das Competên cias gerais 9 e 10 da BNCC.
n
i

·A atividade 3 permite o trabalho com o componente desenvolvi


s
í

o
l

mento de vocabulário da PNA,


H

pois requer dos alunos o emprego de novas palavras em um


s

a
contexto em que são pertinentes na com posição de um texto. Se
r
t
s
possível, reproduza a frase na lousa e rea lize a atividade
u
l
I
coletivamente com a turma. Caso os alunos apresen tem
dificuldades, retome a leitura do texto Índio: recontando a nossa
história, de Nancy Caruso Ventura, apresentado na página 50,
3. Reescreva a frase a seguir em seu caderno e para que identifiquem nele informações pertinentes à realização
complete-a com as pa lavras do quadro. da ativi dade, como as funções da pintu ra corporal para os
Esta atividade favorece o desenvolvimento de componentes da PNA. indígenas e a importância desse costume para esses povos.

·Verifique a possibilidade de realizar as atividades 2 e 4 juntas, e


identidade indígena ocasião pinturas apro veite para propor uma nova abor dagem, solicitando aos
alunos que, em grupos, pesquisem sobre o uso de pinturas
pinturas corporais entre os di
corporais e adornos, e que essas diferenças
podem ocorrer de acordo com a etnia ou grupo.
·
versos povos indígenas do Brasil. Em ·Para concluir, peça que os alunos
51 seguida, a exemplo da ativi dade 2, peça apresentem os resultados da pes quisa
que produzam car tazes replicando os aos colegas de sala, compa rem os
padrões das principais pinturas e seus desenhos, e respondam coletivamente à
respecti vos significados para o povo indí atividade 4.
04/08/2021 21:25:41
gena escolhido.

51
·Os tópicos apresentados nesta página permitem discutir dados re trabalhos dos indígenas com as
atuais, mas de pensar diferentes
ferentes ao Tema contemporâneo experiências humanas ao longo
Trabalho. Não se trata, evidente do tempo. Nesse sentido, é inte
mente, de comparar as formas de ressante notar como, em muitas
sociedades indígenas antigas, ha tanto, o desenvolvimento de valo
via uma divisão de tarefas entre res patrióticos.
homens e mulheres. Esse assun
to, em muitos casos, pode acabar
conduzindo a uma reflexão sobre
as diferenças de gênero que exis
tem no mundo profissional atual.
Contudo, é preciso problemati
O cotidiano indígena no passado
zar qualquer automatismo nessa
comparação, pois a maneira como Além da grande diversidade, havia muitas características em
concebemos, valorizamos e remu comum entre os povos indígenas que viviam no Brasil. As
neramos o trabalho na atualidade imagens a seguir representam alguns aspectos do dia a dia
não fazia parte da vivência dos in
desses povos. Observe-as.
dígenas, que concebiam e valoriza
vam o trabalho de outra maneira.
Não se pode, em hipótese alguma,
querer naturalizar, tomando por
base as divisões de tarefas em an
tigas sociedades, qualquer tipo de
discriminação profissional entre
homens e mulheres; são contextos
diferentes, que seguem princípios
e valores diversos.

·Abordar o cotidiano indígena no passado possibilita uma reflexão


sobre o uso diário de instrumen
tos na realização de trabalhos e
atividades. Nas ilustrações, apa Os habitantes de uma aldeia exerciam
recem indígenas portando arco diversas atividades em benefício da
e flecha, manuseando utensílios comunidade. Geralmente, os homens
o

para cozinhar e usufruindo de ar


d
eram responsáveis pela caça e pela
pesca, além da construção de
a

h
c

a
moradias, armas e ferramentas. Eram
tefatos para o descanso, como é
M
também os responsáveis por proteger
o
v

a
a aldeia em casos de ataques.
o caso da rede. Todos os objetos
t

:
s

que aparecem nas imagens, além


e

Em muitas comunidades,
a
r
t

de ainda continuarem a ser utiliza


s
as
u
l
I
mulheres dedicavam-se ao
cuidado
dos pelos povos indígenas, fazem
dos filhos e também exerciam
parte do cotidiano de inúmeras
atividades ligadas à agricultura,
pessoas não indígenas, que os uti
lizam com a mesma finalidade ou como o plantio e a colheita. Eram
não. Com isso, é possível perceber também responsáveis pelo preparo
que artefatos de origem indígena dos alimentos e pela fabricação de
estão presentes na cultura brasi utensílios de palha ou de cerâmica.
leira; também se percebe como
a relação com tais objetos pode
mudar de acordo com o contexto
ou a época.

·O estudo sobre a cultura e o coti


diano dos povos indígenas é uma
das diversas formas de valorizar
aspectos que compõem a identi
dade nacional, favorecendo, por
Para a construção das moradias,
era comum a utilização de materiais
retirados da natureza, como barro,
galhos de árvores, folhagens e palha.
Alguns povos construíam moradias
para abrigar uma família, outros
construíam habitações bem maiores,
que abrigavam várias famílias.

52

04/08/2021 21:25:42
52
A música e a dança faziam parte do
a
t
s

cotidiano de diversos povos indígenas.


s

a
r
t
s

Por meio delas, esses povos acreditavam


u
l
I

que podiam se comunicar com os


espíritos da natureza.
Estas ilustrações são uma representação artística produzida com base
em estudos históricos. Fontes: Os primeiros habitantes do Brasil, de
Norberto Luiz Guarinello e Maria Helena Simões Paes. 5. ed. São Paulo:
Atual, 1994. (A vida no tempo do índio); Pré-História brasileira, de Bia
Hetzel e Silvia Negreiros. Rio de Janeiro: Manati, 2007.

Quando alguma pessoa da aldeia ficava


doente, os indígenas acreditavam que 1. Há elementos da cultura dos povos
era por causa da ação de um mau representados nas imagens das páginas 49 e 50 que
espírito sobre seu corpo. Nesses casos, o fazem parte do seu dia a dia? Quais?
pajé exercia um importante papel. Era
ele quem, por meio de diferentes rituais,
entrava em contato com espíritos bons e 2. De que maneiras podemos perceber a
protetores para combater as doenças e importância da natureza na vida dos indígenas nos
os maus espíritos. O pajé também exemplos estudados?
conhecia ervas que podiam ser utilizadas
no tratamento de diversas doenças.
·Para a realização das atividades 1 e 2 desta página, note que
1. Espera-se que os alunos reconheçam alguns
elementos do
cotidiano dos indígenas em seu dia a dia. Explore a
realidade
próxima dos alunos citando exemplos da
alimentação e da
importância da caça e da pesca, por exemplo.

A canjica, feita de milho; o


beiju, feito de mandioca; as
frutas e a carne de caça ou de
pesca eram alguns dos alimentos
consumidos pelos indígenas.

assun to cotidiano indígena no passado permite uma abordagem


o
do Tema contemporâneo Educação para valorização do
d
a multicultura lismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras.
Destaque para os alunos a importância dos conhecimentos e
h
c

M
saberes dos po vos indígenas tradicionais. Comen te também que
o
v grande parte dos medicamentos utilizados na atuali dade tem
compostos extraídos de ervas e outras plantas, sendo que os variados. De maneira geral, a dança pode ter diversas finalidades:
saberes médicos e farmacêuti cos, mesmo os mais modernos, se pode ser uma celebração religiosa, uma manifes
inserem dentro de uma historicida de e de tradições construídas ao tação artística, uma prática lúdica, um elemento de
longo do tempo. confraternização. Ressaltar esse tipo de informação, sempre
· O caso das danças indígenas, a exemplo do que já se comentou
incentivando a reflexão sobre a diversidade cultural, é im
portante para evitar a difusão de estereótipos e permite reafirmar
anteriormente, quando se falou da arte em geral, deve ser pensado princípios da Competência geral 9 da BNCC.
de maneira múltipla, pois, muitas vezes, em contextos e culturas di
ferentes, a manifestação corporal pode assumir significados
com os alunos a importância da natureza no cotidiano
indígena em cada exemplo estudado.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR
53

Era da natureza que os povos indígenas retiravam os 04/08/2021 21:25:44

meios necessários para sua sobrevivência. Explore

› Música e dança. à biblioteca ou à sala de informática.


·Após trabalhar com os conteúdos das › Artesanato. Depois, peça aos alunos que
pági nas 49 e 50, peça aos alunos que apresentem as pesqui sas aos colegas.
› Pintura.
se reúnam em grupos e pesquisem, de Durante a atividade, se surgi rem
maneira mais aprofundada, os
seguintes temas relativos às
·Se achar pertinente, distribua os temas comentários que reforcem estereótipos
relativos à cultura indígena, converse
populações indígenas. en tre os grupos, de modo que cada um
pes quise um assunto específico, e leve com os alunos de modo a desconstruir
› Alimentação. a turma tais discursos.
› Ervas para o tratamento de doenças.

53
DICAS de preservação do meio ambiente,
a

·Partindo da discussão levantada nesta página, pergunte aos alunos m


I

r
a

quais são as práticas diárias que elas nunca serão internalizadas.


demonstram que eles também s
l

respeitam a natureza. Converse


u
P

e sugira a adoção de pequenos


hábitos que podem ser realizados
·Ao trabalhar com esse tipo de as
/

diariamente, a fim de preservar o


d

n
e

meio ambiente, como o descarte m

de lixo em lugares corretos, a re s

dução do consumo de materiais


o

sunto, sobretudo quando se baseia


descartáveis, a utilização de saco c
r

las e recipientes retornáveis, a se a

paração e a coleta seletiva do lixo, no diálogo e na participação ativa


entre outros. dos alunos, toca-se em aspectos
·Os alunos devem, a partir disso, problematizar suas próprias vivên fundamentais da Competência
geral 7 da BNCC.
cias, compreendendo que peque
nos gestos, mesmo que praticados A
em escala local e reduzida, podem
significar grandes mudanças. É im relação
portante que isso não seja entendi
do como uma imposição ou uma com a natureza
atitude vazia de significado, pois se
os alunos não entenderem a lógi Vários aspectos do cotidiano indígena estavam ligados à
ca que existe por trás das práticas
s

n
natureza. A relação entre o ser humano e a natureza era
e

g
bastante respeitosa, pois era dela que reti ravam os recursos
necessários para a sua sobrevivência. Esse respeito à
natureza permanece até os dias atuais. Leia o texto.
Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurar no dicionário as palavras
que desconhecerem. Os
povos indígenas têm um profundo
respeito pela terra. Eles a consideram como a
“grande mãe” que os alimenta e dá vida, por que é
dela que tiram todas as coisas que precisam para a
sua sobre vivência física e cultural. Para eles, a
terra não é apenas vista como um bem a ser
explorado e depredado, mas algo vivo, possuidor
de um espírito protetor, um guardião. Além disso,
os nativos guardam um profundo respeito pela
terra por ela ser a morada dos mortos e de todos
os espíritos ancestrais que equilibram o universo.
[...]

Indígena coletando frutos de ingá na Terra Indígena Enawenê-Nawê, em Juína,


Mato Grosso, em 2020.

54

Coisas de índio, de Daniel Munduruku. São Paulo: Callis, 2000. p. 86.


04/08/2021 21:25:44
54

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