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Escola de Ministérios 2024

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Sumário

Lição 1: Princípios Básicos do Ministério ................................................................................. 3


Lição 2: Princípios Básicos do Ministério – Continuação. ....................................................... 6
Lição 3: Liderança Cristã ............................................................................................................. 9
Lição 4: Características do Líder no Contexto Eclesiástico. ................................................... 13
Lição 5: Vida Pessoal do Líder ................................................................................................. 16
Lição 6: Erros que o líder deve evitar ...................................................................................... 19
Lição 7: A Importância das Disciplinas Espirituais na vida do líder...................................... 22
Lição 8: O Controle da Língua.................................................................................................. 26
Lição 9: Identificando e aplicando os dons espirituais .......................................................... 29
Lição 10: Os Dons Do Espírito Santo ...................................................................................... 36
Lição 1: Princípios Básicos do Ministério

Introdução

Como cristãos somos chamados a uma tarefa. No contexto bíblico e na história


da implantação do reino de Deus, podemos afirmar que nem todos são chamados para
o exercício da liderança, todavia, todas as pessoas devem estar a serviço da obra de Deus
e precisam colocar seus dons e talentos na construção do reino de Deus. Quando se trata
de obra de Deus, há quem diga que o importante é “fazer qualquer coisa”. No entanto,
não basta simplesmente fazer, é necessário conhecer a natureza da liderança cristã, a
motivação, o atributo imprescindível para o exercício ministerial bem como os princípios
elementares essências do ministério.

O alicerce do ministério é o Caráter

Entretanto, firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta


inscrição: Leia 2 Timóteo 2:19-21.
O alicerce do mistério é o caráter. Caráter é conjunto de características que
expressam seu modo de ser. O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo
lhe determinam a conduta e a concepção moral; é o DNA do seu ser moral. Se pegarmos
uma semente de carvalho, ela é pequena, nesta semente está o DNA do carvalho.
A semente vai se tornar uma grande árvore.
Você não vai produzir goiaba se a semente é de carvalho; assim o caráter vai
produzir o que está lá dentro. Qual é o seu DNA? O caráter é resultado das suas escolhas
frente ao que você recebe na confluência da situação e dos valores. Caráter é o que você
recebeu durante a vida. “Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados”
(Efésios 5:1 NVI)
Caráter é o que você é para Deus. Reputação é o que você é diante dos homens.
Caráter é o que você é quando está sozinho. Quando ninguém do seu relacionamento
está por perto. O caráter é formado no "fogo", no deserto. Lá esteve Moisés, Elias, Paulo
e estará você.
O seu caráter é revelado quando você tem oportunidade de falar de alguém na
ausência dele; caráter é o que você faz com o dinheiro que não é seu quando está
precisando dele. Caráter é o que você faz quando está sendo assediado longe do seu
cônjuge.

A natureza do ministério é o serviço

Vamos ler o Evangelho de João 13: 1-16, cada um ler um versículo.


O Versículo 17 diz: “Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as
praticarem” (NVI).
Essa é natureza da liderança cristã, servir. Todos são chamados para servir. O
serviço não é feito apesar de ser um líder, mas por causa da posição de liderança. Servir
é o amor posto em prática. Uns servem em um nível maior e de grande alcance, outros
servem em nível e esfera de menor influência, de acordo com o dom que recebeu, mas
todos servem. Servir os outros pode ser difícil; gastar energias e recursos, dispor-se ao
sacrifício “jogando para a equipe” pode ser exaustivo. Os líderes mais eficientes, porém,
são servos. O serviço que prestamos a outras pessoas é realmente a medida do serviço
que prestamos a Deus. No Reino de Deus serviço não é caminho para a grandeza; serviço
é grandeza.
No reino ser grande é servir. Ao lavar os pés dos discípulos, Cristo pretendeu nos
ensinar a vivermos uma vida de amor, de serviço que exercita a humildade.
Você sabe que é um servo quando os outros o tratam como tal. O líder servo vai
além do que é solicitado (Lc.17:10). “lavar os pés” nos dias de hoje, pode significar lavar
o banheiro, trocar fraldas, cuidar das crianças no culto infantil, berçário, servir no
ministério de jovens, mulheres, homens etc. “Lavar os pés” traduz-se em realizar tarefas
humildes que muitos evitam fazer por questão de orgulho. Você está disposto?

A motivação do ministério é o amor

Vamos ler 1 Coríntios 13:1-3 e 1 João 3:17, 18


O amor tem dois aspectos: ação e afeto. Há muitos líderes que não gostam ou
não amam os seus liderados. Há líderes que não suprem a necessidade do liderado. O
sentimento é não aguento mais esse povo. Você ama as pessoas que você lidera?

A medida do ministério é o sacrifício

Meus filhos, novamente estou sofrendo dores de parto por sua causa, até que
Cristo seja formado em vocês. (Gálatas 4:19 NVI)
Às vezes sacrificamos para conseguir levar pessoas a darem o primeiro passo na
caminhada cristã, mas não estamos dispostos a darmos a vida por elas. Fazemos tudo
para conquistar, mas não fazemos tudo para mantê-las. A história cristã é permeada pelo
sangue dos apóstolos e discípulos que deram literalmente o sangue pela causa de Cristo.
Quanto você está disposto a se sacrificar por pessoas?

A autoridade do ministério é a submissão

Vamos ler Lucas 5:2-5


No princípio do seu ministério Jesus ao chamar os discípulos testou a disposição
de obediência deles. Primeiro ele pede um dos barcos para usar com plataforma de
pregação à multidão. Segundo depois de uma noite de tentativa frustrada de pesca ele
pede que lancem as redes. Ele estava testando a obediência e submissão daqueles que
iriam compor sua equipe de trabalho. Obediência é o ato de fazer como foi ordenado.
Submissão é a atitude interior de não apenas fazer o que foi ordenado, mas concordar
com e aceitar o que está sendo dito de coração inteiro.

Considerações finais

A sua vida está a serviço da obra de Deus? O que você tem feito e como tem
feito? Lembre-se: “Não há maior alegria do que servir a Deus e aos outros.” – John
Wesley.
Lição 2: Princípios Básicos do Ministério –
Continuação.
Hoje na escola de ministérios continuaremos estudando o assunto da última aula:
Princípios básicos do ministério.

As ferramentas do ministério são a Palavra de Deus e a oração.

Vamos ler: 2 Timóteo 2:15 e Lucas 5:15, 16.


Não podemos fazer a obra sem oração. O fato de Deus ter usado alguém por sua
graça e misericórdia numa situação especial em que não estava preparada em oração
significa que essa deve ser a regra. Não se engane. A oração e a meditação na Palavra
são os meios de comunhão com Deus por meio das quais extraímos força e poder para
um ministério frutífero. A palavra é a espada do Espírito que ele vai usar e para isso vai
procurá-la dentro de nós. O poder de Deus é liberado pela oração quando você se
envolve no serviço do reino. Quando oramos a partir de Deus e não dos nossos próprios
interesses mesquinhos e egocêntricos. A oração põe-nos em sintonia com o que Deus
está fazendo. Oração é expressão da vida intima no relacionamento com a Trindade.
A oração por obrigação raramente nos transforma. Não devemos ter um
ministério ativista. Nossa vida exterior não pode ser desconectada da vida interior.
Precisamos de uma fé viva.

O propósito do ministério é a glória de Deus.

Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer. (João 17:4
NVI)
Vamos ler Mateus 5:13-16.
Deus não vai honrar qualquer coisa que roube sua glória. Há quem queira apenas
resolver um problema do seu ego ou buscando apenas afirmar sua identidade no
desempenho ministerial. Qual o seu propósito ministerial?
O privilégio do ministério é o crescimento.

“Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele,
esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. (João 15:5
NVI).”
Somos os ramos da videira. Estamos ligados em Cristo e nele permanecermos
vamos frutificar. O privilégio da videira é dar fruto e para dar fruto tem que permanecer,
e para permanecer é preciso obedecer, e para obedecer é preciso amar, e para amar é
preciso conhecer.

O poder do ministério é o Espírito Santo.

“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão
minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da
terra”. (Atos 1:8 NVI)
A obra de Deus deve ser feita somente por pessoas que estejam cheias do Espírito
Santo. Por mais simples que seja o serviço, quando se trata de obra de Deus o trabalho
é de natureza espiritual e, portanto, precisa de pessoas que sejam dotadas de
capacidade sobrenatural, caso contrário não suportarão o peso e a demanda de trabalho
e ficarão pelo caminho ou criarão problemas no canteiro de obras do Reino. Precisamos
de poder e autoridade espiritual. Deus libera seu poder quando os seus projetos estão
sendo concretizados.

O modelo do ministério é Jesus.

“Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem
de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve
e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em
Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou
a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus. Pensem bem
naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não
se cansem nem desanimem.” (Hebreus 12:1-3 NVI)
O único que nunca vai nos decepcionar é Jesus. Você foi chamado a imitá-lo.
Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, (Efésios 5:1 NVI). Se não
estivermos imitando a Deus, a quem estamos imitando? Amar como ele; servir como
ele; submeter-se como ele. Ele praticou todos esses princípios, façamos o mesmo.

Considerações Finais

Obedecer ao chamado de Deus para liderar o seu povo é uma incumbência


maravilhosa, mas que causa temor. Não se deve assumir a tarefa de liderança de forma
superficial. Ao exercermos a liderança devemos ter em mente que deixaremos um
legado às gerações futuras. Também devemos lembrar que seremos julgados pelo
Senhor, não pelo muito que fizemos, mas principalmente pelos conteúdo do nosso
coração. Sirvamos a Deus servindo pessoas na expectativa de ouvirmos de sua boca:
“Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e
participe da alegria do seu Senhor.”
Lição 3: Liderança Cristã
Introdução

Nesta matéria vamos estudar a liderança cristã procurando fornecer aos líderes
da igreja uma melhor visão deste importante faceta da vida da igreja. Falaremos sobre a
importância de se conhecer o tema, a necessidade de líderes, também os tipos de líderes
e as características necessárias a estes, tanto espirituais, como de habilidades.
Analisaremos ainda os objetivos da liderança cristã e os principais erros a se evitar como
líder.

Definição:

Segundo John Haggai, “liderança é o esforço de exercer conscientemente uma


influência especial dentro de um grupo no sentido de levá-lo a atingir metas de
permanente benefício que atendam as reais necessidades do grupo.”
É importante entender o que é liderar para que se alcance êxito neste intento,
pois muitas vezes falhamos na execução por não entender a missão. Liderar, pois, é
esforçar para influenciar um grupo para que este alcance as metas que beneficiem
permanentemente o mesmo em suas reais necessidades.
Como deve então o líder cristão esforçar-se para influenciar o grupo que lidera?
Na força da opressão? Coagindo as pessoas? Ameaçando-as? Acusando-as? Óbvio que
não! Esta influência do líder cristão deve ser exercida pelo exemplo e pela persuasão da
palavra de Deus. II Tess 3.9; I Tm 4.12; Tito 2.7; I Pe 5.2,3. Alguns pensam que liderar é
dar ordens como no quartel, não é. Na liderança cristã o que conta é o serviço e o
exemplo do líder e o ensino da palavra. Estes devem ser a força motriz da liderança. João
13. 12-17.

Necessidade de líderes

Há uma grande necessidade de líderes cristãos hoje.


Deus sempre levanta líderes como vemos em toda a história de Israel e da igreja,
podemos ver isto especialmente no livro de juízes. Somente Deus pode levantar estes
líderes para o seu povo. O nosso papel é colocar-se a disposição de Deus, para que Ele
nos use com este fim, sermos os líderes que estão faltando hoje no cenário do mundo e
na Igreja, pessoas que façam a diferença.

TIPOS DE LÍDERES

1- Líder nato: pessoas com características de líderes tais como: temperamento,


personalidade, habilidades.
2- Líder vocacionado: é o líder que tem o chamado de Deus para ser líder.
3 - Líder treinado: é aquele que recebe treinamento para exercer com eficácia
sua liderança.
Há quem acredite que o líder chamado por Deus não necessita de treinamento –
mas a palavra e a experiência demonstram o contrário. O líder mesmo chamado por
Deus e com muitas características de liderança precisa de treinamento. O próprio termo
discípulo implica em treinamento! Aprendizado!
É importante saber que independentemente das habilidades naturais, qualquer
pessoa que foi chamada por Deus, pode e deve qualificar-se por meio do treinamento
para exercer uma excelente liderança, uma vez que as habilidades podem ser aprendidas
e aperfeiçoadas. Moisés, por exemplo, se achava e talvez fosse mesmo, incapacitado
para falar ao povo e conduzir o povo de Deus, porém, Deus fez dele um dos maiores
líderes do povo do Senhor de todos os tempos, não esquecendo que Moisés foi instruído
em toda a ciência do Egito, e que teve dois períodos de 40 anos em sua vida que foram
de treinamento, para servir os últimos quarenta. Um outro exemplo é Paulo, o Apóstolo,
que fora treinado por um dos maiores rabinos da época, Gamaliel, conforme Atos 22: 2,
e Deus se utilizou deste treinamento para fazer de Paulo o maior líder do cristianismo, e
além disto, Paulo foi um defensor do treinamento, II Tm 2:2.
Características espirituais do líder

O líder precisa ser:


1 – Íntegro: O líder precisa ter integridade moral. Integridade é a qualidade daquele que
é reto, incorrupto. “O líder precisa conhecer e defender o que é justo, mesmo que não
seja popular”. Integridade não implica em perfeição, pois o homem íntegro é aquele que
até quando erra tem a capacidade de assumir seus erros.
2 – Leal: Qualidade de quem fiel – O líder precisa ser fiel a Deus, aos ensinos que lhe são
dados, leal aos seus líderes, leal a sua igreja. Está aí uma qualidade em falta nos nossos
dias.
3 – Sóbrio: Qualidade de quem é tranquilo, de ânimo estável mesmo em momentos
difíceis, que não reage com exageros diante das crises.
4 – Humilde: A qualidade do humilde é pensar a cerca de si mesmo como convém. É
saber reconhecer seu verdadeiro valor e posição e o valor dos outros, de acordo com a
verdade. Se uma pessoa é humilde, então é submissa, obediente, prestativa, como foi
Jesus, que foi tudo isto, apesar de ser Deus.
5 – Servo: Não se encontra um livro sequer que fale de liderança cristã, que não possua
em sua lista de qualidades do líder, a de servo, aliás, como diz o Senhor Jesus, servo de
todos! Marcos 9.35; 10.44.
6 – Dinâmico: O bom líder é ativo, hoje diríamos, proativo, (não confundir com ativismo),
a inércia e a preguiça são as causas do fracasso de muitos que poderiam ser bons líderes.
II Tess 3.6-15; Provérbios 12.27; 13.4; 20.4; 21.25.
7 – Amoroso: A verdadeira liderança cristã é motivada pelo amor, não por ganância, nem
por vanglória, nem por orgulho. O bom líder ama seus liderados. I Coríntios 16.14; II
Coríntios 2.4; Filipenses 1.14-17; Efésios 3.1; I Tess 1.5.
8 – Ensinável: O líder precisa ser alguém que possa ser ensinado, por mais que saiba,
por mais conhecimento que possua, por mais que tenha estudado e aprendido. Um certo
filósofo, considerado o mais sábio de sua época afirmou: “só sei, que nada sei”.
Não há nada mais detestável em termos de liderança, que um líder acredita não ter mais
nada, nem ninguém com quem possa aprender alguma coisa, e isto é multiplicado pela
décima potência quando se trata de um líder cristão. Eclesiastes 4.13; I Coríntios 3.18;
8.2.
Há líderes que tem dificuldade de seguir a visão de outros líderes, não
conseguem se submeter aos seus líderes, todavia, querem que seus liderados sigam
inquestionavelmente a sua visão, isto é, na verdade uma forma de orgulho que impede
o tal de aprender com os outros, tal líder não será de grande ajuda, nem para os que o
lideram, nem para aqueles que ele lidera, pois, se não aprendeu não pode ensinar e se
não aprendeu a aprender, não aprendeu nada.
9 – Constante: Constância, firmeza, perseverança – são termos que definem uma
qualidade indispensável a qualquer líder cristão. A pessoa inconstante é uma candidata
ao fracasso. Conta-se que Gengis Khan fora derrotado em uma batalha, e escondido dos
seus inimigos, observou uma pequena formiga tentando levar uma folha muito maior
que ela por uma superfície íngreme, e não suportando o peso caiu por várias vezes. O
observador contou mais de 100 tentativas daquela formiguinha, até que finalmente
conseguiu seu intento. Após isto ele resolveu que venceria a qualquer preço, e lutou até
se tornar um vencedor.
10 – Verdadeiro: Quando Jetro aconselhou Moisés a escolher líderes que o ajudassem
na árdua tarefa de conduzir o povo de Deus, uma das características sugeridas por ele,
que deveria haver nos escolhidos era que fossem “homens de verdade”, Êxodo 18.21.
Isto se refere à franqueza, a falar a verdade, viver a verdade, sinceridade. Com certeza,
um dos piores defeitos que um líder pode ter é ser falso, quer com seus líderes, quer
com seus liderados. Não há que duvidar que seja muito melhor ter um “Pedro” que diz
o que pensa e até fala muita bobagem, do que um “Judas”, que fica quieto, como quem
concorda com tudo, e que por trás está traindo por algumas poucas moedas.

Considerações finais

A liderança cristã é diferente da liderança empresarial, técnica ou de chefia. `Por


mais que alguém seja um “líder nato”, na igreja lideramos por meio da ação sobrenatural
e total dependência do Espírito Santo.
Lição 4: Características do Líder no Contexto
Eclesiástico.
O líder deve desenvolver a seguintes habilidades:

1 – Falar: A oratória é a arte ou habilidade de falar em público. Esta habilidade é


desejável para todo líder e até mesmo indispensável aos líderes de algumas áreas como
ensino, pregação, líder de grupos, dirigentes de congregação entre outros.
2 – Comunicar: Não só com palavras, mas também com atitudes e gestos, com o sorriso
etc. O líder precisa desenvolver a habilidade de se comunicar. Para que os liderados
possam seguir seu líder, esta precisa comunicar-se com eficiência, quer verbalmente,
quer por escrito, que por outros meios e modos de comunicação. I Coríntios 14.8; II Tess
2.2.
3 – Relacionar: O líder precisa ser alguém de alma sarada! Emocionalmente curado! Na
verdade, todo trabalho da liderança cristã visa relacionamentos, João 13.34,35, que deve
começar com o líder, que sabe se relacionar bem com seus líderes e com seus liderados.
No ato de liderar, este precisa delegar, orientar, corrigir, motivar, resolver problemas
dentro do grupo, e não cria-los. Vejamos os seguintes textos, Tito 1.5; I Timóteo 4.12;
5.1-2.
4 – Aconselhar: Todo líder vez por outra se verá na situação de ter que aconselhar
alguém, por isso, é necessária esta habilidade. Aconselhar não é tarefa fácil, porém
muitas vezes necessária, e o líder que procura aperfeiçoar-se nesta área produzirá
benefícios permanentes naqueles que lidera. Provérbios 18.13; Tiago 1.19.
5 – Conhecer: O líder necessita se aperfeiçoar no conhecimento, II Pedro 3.18 e deve
esmerar-se em: conhecimento bíblico, doutrinário, teológico, geral, e da estrutura e
funcionamento da igreja.
Conhecimento Bíblico: Conhecer a Palavra de Deus é indispensável a todo
cristão, ainda mais ao líder cristão. Quanto mais o líder puder se aprofundar no
conhecimento Bíblico, tanto mais será útil àqueles que lidera. Veja o absurdo dito por
um líder falto de conhecimento bíblico, ele pregava sobre Abraão e Ló, e numa certa
altura da pregação diz que, na discussão entre estes dois personagens bíblicos, Abraão
disse a Ló seu sobrinho: “Ló, meu sobrinho, escolha o lado para o qual você vai, se fores
para a esquerda, eu irei para a direita, e se fores para a direita eu irei para a esquerda,
mas não vamos brigar, pois, somos parentes, e já basta o trabalho que demos a Moisés
para nos tirar do Egito!”. Ora, Abraão existiu séculos antes de Moisés e como é este o
tirou do Egito? Este exemplo é cômico e pode parecer irreal, mas eu mesmo já vi vários
exemplos até piores que este.
Conhecimento doutrinário: Conhecer as doutrinas bíblicas esposadas pela igreja
é demasiadamente importante para o líder, para não acontecer como em algumas
denominações onde reina a confusão, o sincretismo, e até o demonismo doutrinário, I
Timóteo 1.3,10; 4.1,2, 6,16; 6.3; Atos 2.42; Romanos 6.17; Efésios 4.14; II Timóteo 4.3.
Veja estes dois exemplos ocorridos entre nós. O primeiro, em que um obreiro vai
expulsar um demônio de uma senhora possessa, e esta, usada pelo demônio declara que
estava gravida de um filho gerado pelo Diabo, e logo isto foi aceito como verdade, e até
propagado como se de fato o Diabo pudesse gerar filhos! Já imaginou se o Diabo pudesse
mesmo gerar filhos? Com que base doutrinária se aceita um engano destes? O outro
caso em que um jovem de nossa igreja, foi interpelada por alguém de outra
denominação, que gosta de entrevistar demônios, que lhe disse: “como você sendo
evangélica, usa saia jeans, sendo que o demônio falou em nossa igreja que a saia jeans
é dele”? Ao que a nossa irmã replicou: é que, na igreja que eu congrego nós somos
doutrinados pela Bíblia e não por demônios!
Conhecimento geral: É importante para quem lidera conhecer o mundo, sua
história, sua atualidade. Um mínimo de conhecimento geral, em cada área do
conhecimento humano, geografia, biologia, anatomia, religiões, culturas, folclores,
poesia e tantos outros, é indispensável para que o líder não pareça e não seja um
alienado. Portanto é importante que líder cresça no conhecimento geral. Veja as
seguintes passagens bíblicas: Atos 7.22; 17.28; Daniel 1.4,17. A falta de conhecimento
geral pode levar a erros grotescos tais como afirmar que o peixe que engoliu Jonas, o
vomitou na praia de Nínive, sendo que Nínive está muito distante do litoral, não
possuindo praias. Ou que a terra é quadrada´, porque a Bíblia fala dos quatro cantos da
Terra! Ou que toda doença é causada por demônios ou como alguns dizem por encostos.
Conhecimento da estrutura e funcionamento da Igreja como organização: O
líder precisa conhecer sua igreja. Como funciona sua administração, seu culto, a
formação de líderes, sua forma de governo, seus ministérios, seus estatutos, seus
ensinamentos, sua ética, seus métodos de trabalho, de evangelização, suas instituições
etc. Para que possa exercer sua liderança dentro da denominação com maior eficácia.

Considerações Finais:

Ser líder na obra de Deus é tarefa árdua, e somente deveria ser buscada por
aqueles que foram chamados por Ele. Mas se fomos chamados para sermos líderes, não
fujamos a responsabilidade, pelo contrário, com fé e coragem, vamos nos esmerar nesta
tarefa, e o Deus todo-poderoso será conosco para nos fazer líderes eficazes.
Lição 5: Vida Pessoal do Líder
Além de todas as características espirituais e habilidade que o líder deve possuir
e buscar, também se faz necessário o cuidado com a vida pessoal, que envolve várias
facetas, a saber:

Disciplina: O líder precisa ser alguém disciplinado, quer dizer alguém que se
governa. Uma vez que o líder normalmente está a frente de um grupo, fica a própria
mercê no que tange a sua própria vida. Por este motivo precisa se autodisciplinar para
não sucumbir. Eis algumas áreas nas quais o líder deve se disciplinar:
Vida de oração: O líder deve observar a disciplina na oração, pois dela depende
seu sucesso. Quem vai cobrar um líder a sua vida de oração? Quem vai exortá-lo a que
ore mais? Ele mesmo deve exercer disciplina sobre esta questão.
Leitura bíblica: O líder cristão precisa ter também disciplina na questão da leitura
bíblica, primeiro para seu próprio benefício espiritual e para o benefício daqueles que o
ouvem.
Persiste em ler! Dizia o Apóstolo Paulo a Timóteo, e quando preso o apóstolo
pediu que lhe trouxessem os livros, principalmente os pergaminhos! (que continham as
Escrituras do Velho Testamento), I Timóteo 4.13; II Timóteo 4.13. A tendência do líder
que não lê as Escrituras é citá-la erradamente ou começar a emitir sua opinião sobre o
que a Bíblia deveria dizer e não o que ela diz. Quando não começa a acrescentar
conteúdos às Escrituras!
Leitura geral: Já vimos que o líder precisa estar contextualizado com o mundo em
que vive. A melhor maneira de se conseguir isto é ser um assíduo leitor. Jornais, livros,
revistas etc., devem fazer parte da vida de leitura do líder cristão.
Vida familiar: Alguém parafraseou o Senhor Jesus com muita propriedade
dizendo: “Que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua família”?! O líder necessita
liderar bem a sua família, a sua casa, para depois poder liderar as demais. I Timóteo
3.4,5.
Zelo e dedicação

É necessário que haja no líder, zelo e dedicação à liderança que exerce na igreja.
O líder deve estar atento a forma como lidera, para não desleixado, negligente, pelo
contrário, deve haver zelo e dedicação a liderança com a qual Deus o honrou, pois é uma
honra exercer liderança na casa de Deus, a Igreja.
Como gasta seu tempo: é importante o líder analisar quanto tempo dedica a
liderança que lhe foi outorgada.
Quanto investe na área de liderança: Quanto investe na área de sua liderança,
aprendizado, cursos, palestras, treinamento, leituras de vários materiais da área de
atuação, participação em congressos, encontros etc.
Como realiza sua liderança (motivação e métodos): Qual é a sua motivação para
exercer sua liderança? O que faz você realizar a sua liderança? Que métodos? Tem
procurado evoluir nos métodos de liderança para exercê-la? Procure crescer cada dia
como líder.
Aperfeiçoamento na área de liderança: Hoje temos cursos oferecidos para os
líderes, curso para a capacitação ministerial, curso de teologia, inclusive oferecidos por
nossa própria Igreja, como é o caso deste curso de Escola de Ministérios, que bom que
você está participando dele. Assim poderá o líder exercer cada vez melhor sua liderança
diante da igreja a qual serve.

Comprometimento total

Significa que o líder precisa estar comprometido não só com a área em que atua
com a obra em geral com as outras áreas de liderança, tendo uma visão geral da obra de
Deus. O líder comprometido, engajado, se envolve não só com sua área específica de
atuação, mas, com toda a obra em geral.

Objetivos principais do líder

A liderança cristã tem vários objetivos, mas existem os objetivos principais que
faremos bem em conhecer e em atentar por alcançar.
1 – Glorificar a Deus: Este é o objetivo primeiro de uma liderança cristã. Tudo deve ser
feito para a glória de Deus. I Coríntios 10.31.
2 – Buscar o bem dos liderados: Conforme vimos no começo da palestra, na definição
de liderança, o líder lidera para que o grupo alcance a metas que atendam suas reais
necessidades.
3 – Conduzir os liderados ao êxito: O líder trabalha para que seus liderados alcancem
êxito em suas vidas, em seu serviço para o Senhor. Para que os liderados se desenvolvam,
cresçam, exerçam seus ministérios, como diz Paulo em Efésios 4.11-15.
4 – Multiplicação: O trabalho do líder é exercido para que o grupo cresça, se multiplique.
5 – Disciplina do grupo: Em termos de disciplina cristã podemos ver que abrange a
mesma três facetas:
A disciplina instrutiva: quando se aprende o que é necessário saber – daí vem o termo
discípulo, disciplina (matéria, conteúdo). Muitos querem corrigir os liderados sem tê-los
instruído, ensinado. É neste ponto que se conhece o valor do discipulado, quando as
pessoas devidamente instruídas dificilmente precisarão ser corrigidas;
A Disciplina corretiva: quando se erra e busca-se consertar o erro – é quando dizemos
que alguém foi disciplinado. A verdadeira liderança não se faz com bajulação, mas, com
disciplina corretiva. Muitos líderes não querem disciplinar seus liderados por medo de
perdê-los, a verdadeira liderança faz o que deve ser feito e deixa os resultados com Deus;

Considerações finais

Todo cristão deve ter bom testemunho na sua vida cristã pessoal. O líder, por
motivo de ter um ministério mais exposto não pode concentrar-se apenas em sua vida
pública e esquecer de sua vida pessoal, de sua família, de sua vida de oração e
consagração a Deus.
Lembre-se: Só teremos sucesso na vida pública, diante dos homens, se tivermos
uma vida saudável de quebrantamento, humilhação diante de Deus.
Lição 6: Erros que o líder deve evitar
Líderes também erram. Não existe “super crentes”. Todos nós somos humanos e
dependemos de Deus todos os dias.
Hoje vamos estudar os erros que devemos evitar para termos uma liderança
coerente.

1 – Precipitação: O líder deve evitar a precipitação a qualquer custo, visto que o


custo da precipitação pode ser maior que qualquer outro custo. I Timóteo 5.22.
Provérbios 19.2 diz que “peca quem é precipitado”. O líder deve cuidar para não ser
precipitado com:
Os pensamentos – Observe o erro de Asafe, pensar precipitadamente, quase se
desviou. O salmos 116.11 – versão revista e corrigida, traz uma questão de precipitação
de pensamento, por isso é bom meditar, pesar o que pensa.
As palavras – Lembre-se, enquanto a palavra está trancada na sua boca você é
senhor dela, depois que ela sai da sua boca, você se torna seu escravo! Provérbios 13.3.
Veja também: Eclesiastes 5.2; Provérbios 20.25; 29.20 e Tiago 1.19.
As ações – Nem tudo precisa de uma resposta imediata, seja longânimo. Provérbios
14.29; 19.2;

2 – Rebelião: Todo líder mais cedo ou mais tarde sentirá a tentação de se rebelar.
Satanás é o criador e fomentador desta doutrina. Ele foi o primeiro rebelde, e não
hesitará em fornecer justificativa para que o líder de qualquer área da igreja se rebele
também. Para não cair nesta tentação basta que lembremos o que Deus diz sobre a
rebelião em I Samuel 15.23 e da regra áurea que Jesus ensinou em Mateus 7.12 e Lucas
6.31. Vez por outra encontramos alguém que se rebelou contra seu líder lá atrás, e agora
está cheio de mágoas porque alguém se rebelou contra ele. Engraçado, não é?

3 – Ingratidão: Na boa educação ensina-se que há duas palavras mágicas: Por


favor e obrigado! Na boa liderança estas são as palavras mágicas também. Ainda que
alguém nos seja subordinado é sábio e producente pedir por favor e dizer obrigado. O
líder cristão precisa saber ser grato à igreja ajudou a chegar aonde está, aos líderes que
lhe deram a oportunidade de pôr em ação seu ministério, as pessoas que o buscaram
para o Evangelho, aos irmãos que o ensinaram o que sabe sobre a vida cristã. Quando
se é ingrato, toma-se a atitude defensiva de querer ser grato somente a Deus, como se
Deus não tivesse usado pessoas que se dispuseram e tiveram papel preponderante na
nossa salvação e na nossa formação como líder. Quem não é grato às pessoas que foram
usadas por Deus para seu benefício, também não o é a Deus. Veja o que diz a Palavra em
1 João 4.20 e Filemon 1.19. Será que devemos ser gratos?

4 – Covardia: Todo cristão precisa confiar no Senhor, principalmente nos


momentos de perigo e dificuldade, mas principalmente o líder precisa se guardar ser
dominado pelo medo e pela covardia. A Josué substituto de Moisés, Deus disse: “não te
atemorizes. Josué 1.9. Para o exército de Gideão o Senhor disse: Voltem atrás os
covardes! O líder precisa ser corajoso, pois se se mostrar medroso, não poderá liderar os
exércitos do Senhor. Em quaisquer circunstâncias o líder precisa confiar que o Deus de
Jacó está com Ele. Salmos 46.

5 – Ganância: A palavra de Deus diz que o obreiro é digno do seu salário, e não o
que se discutir a respeito, é ponto pacífico entre os que creem na Palavra de Deus. Porém
quando um líder se deixa levar pela ganância, deu o primeiro passo rumo a sua queda,
entrou pelo caminho de Balaão e está prestes a seguir a sua doutrina. (Qualquer
semelhança com alguma denominação não é mera coincidência)! Uma das exigências
para quem desejasse o episcopado ou o diaconato era que não tivesse torpe ganância. I
Timóteo 3.8; Tito 1.7. Quando um líder cede ao amor ao dinheiro, com certeza não
exercerá sua liderança como poderia ou deveria. Ainda que todos, inclusive os líderes
precisem de dinheiro para se sustentar e aos seus, para o verdadeiro líder, o dinheiro
será sempre um meio de sustento e nunca um fim em si mesmo. Se há um anseio que
nem um líder cristão pode ter é o de ficar rico, os motivos são óbvios. I Timóteo 6.1-11;
Provérbios 15.27; Jeremias 17.11.

6 – Preguiça: Pode parecer incrível, mas há líderes que querem que seus
liderados façam o trabalho sem tê-lo à frente! Ora, a própria definição de líder, que diz
que líder é aquele que vai à frente, explica porque muita coisa não é feita. Se o líder não
estiver à frente como os liderados se animarão a fazer alguma coisa? Há líderes que se
perguntam por que os meus liderados não evangelizam, resposta: porque muitas vezes
o líder não evangeliza! Por que o meu povo não discípula? Perguntam outros. Porque ele
mesmo, muitas vezes não discípula, e às vezes nem se quer ensinar a discipular. Sabemos
que há líderes que se esforçam por fazer com que seus liderados se envolvam sendo
exemplo para o grupo e não conseguem grandes resultados, imagine o líder que não vai
à frente, que não seja o primeiro a “arregaçar as mangas”, como pode esperar que algo
aconteça? Como espera ver resultados? Provérbios 13.4; 21.25; 26.16.

7 – Maledicência: Há ditado que diz “Não digas nada de alguém pelas costas,
que não tenhas coragem de dizê-lo na sua frente”. O líder deve vigiar para não falar mal
nem de seus líderes e nem de seus liderados. Mesmo que o diga seja verdade e tenha
coragem de dizer para a própria pessoa, sempre trará algum prejuízo. Há um teste que
nos ajuda a evitar falar mal das pessoas que é:
O que vou dizer deste alguém é verdade?
O que vou dizer deste alguém vai ajudar a pessoa de quem falo?
O que vou dizer desta pessoa vai edificar que vai ouvir?
Se a resposta para cada uma destas perguntas for positiva, pode falar, se alguma delas
for negativa, então não fale. Será melhor.

Considerações Finais

Ser líder não é e nunca será tarefa fácil. O verdadeiro líder cristão é aquele que
foi chamado e por ele capacitado para a tarefa de liderar. O líder deve desenvolver suas
habilidades por meio do treinamento para melhor servir seus liderados. Para estes
líderes dizemos com certeza: “apenas esforça-te e tem bom ânimo, porque o senhor te
fara bem-sucedido”.
Lição 7: A Importância das Disciplinas
Espirituais na vida do líder.
Algumas das principais disciplinas para a vida espiritual
Empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao
conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a
piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor. Porque, se essas qualidades
existirem e estiverem crescendo em sua vida, elas impedirão que vocês, no pleno
conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos. 2 Pd 1.5
-8
A lista a seguir está dividida em disciplinas de "abstenção" e disciplinas de
"engajamento"..(Dallas Willard)
Disciplinas de abstenção
Solitude
Silêncio
Jejum
Frugalidade
Castidade
Discrição
Sacrifício
Disciplinas de engajamento
Estudo
Adoração
Celebração
Serviço
Oração
Comunhão
Confissão
Submissão
As Disciplinas de Abstenção
"... vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma" (I Pe
2.11).
Lembrando-nos de que a palavra "ascetismo" é o correlato de um termo grego
para treinamento, como a preparação dos atletas para uma corrida, W. R. Inge observa
que as disciplinas de abstenção devem ser praticadas por todos, levando ao uso
moderado e sóbrio de todos os dons de Deus

Disciplinas de Engajamento
"Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa" (Mc 2.11). As disciplinas de
abstenção devem ser contrabalançadas e suplementadas pelas disciplinas de
engajamento. Abstenção e engajamento representam o Expirar e o Inspirar de nossa vida
espiritual. Necessitamos das disciplinas para um e outro desses movimentos. Falando de
forma rústica, a abstenção neutraliza as tendências de pecado por ação, e o engajamento
neutraliza as tendências de pecado por omissão.

O jejum parcial
Às vezes se descreve o que poderia ser considerado jejum parcial; isto é, há
restrição e dieta, mas não abstenção total. Embora pareça que o jejum normal fosse
prática costumeira do profeta Daniel, houve uma ocasião em que, durante três semanas,
ele não comeu: manjar desejável, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem
me untei com óleo algum. Daniel 10.3 Não somos informados do motivo para este
afastamento de sua prática normal de jejuar; talvez seus deveres governamentais o
obstassem.

O jejum absoluto
Há também diversos exemplos bíblicos do que se tem chamado acertadamente,
jejum absoluto, ou abstenção tanto de alimento como de água. Parece ser uma medida
desesperada para atender a uma emergência extrema. Após saber que a execução
aguardava a ela e ao seu povo, Ester instruiu a Mordecai. Vai, ajunta a todos os judeus....
e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e
as minhas servas também jejuaremos? Ester 4.16
Paulo fez um jejum absoluto de três dias após seu encontro com o Cristo vivo
(Atos 9.9). Considerando-se que o corpo humano não pode passar sem água muito mais
do que três dias, tanto Moisés como Elias empenharam-se no que deve considerar-se
jejuns absolutos sobrenaturais de quarenta dias. Deuteronômio 9.9; 1 Reis 19.8 É preciso
sublinhar que o jejum absoluto é a exceção e nunca deveria ser praticado, a menos que
a pessoa tenha uma ordem muito clara de Deus, e por não mais do que três dias.

O jejum coletivo
Na maioria dos casos, o jejum é um assunto privado entre o indivíduo e Deus. Há,
contudo, momentos ocasionais de jejuns de um grupo ou públicos. O único jejum público
anual exigido pela lei mosaica era realizado no dia da expiação. Levítico 23.27 Era o dia
do calendário judaico em que o povo tinha o dever de estar triste e aflito como expiação
por seus pecados. (Aos poucos foram se adicionando outros dias de jejum, até que hoje
há mais de vinte!). Os jejuns eram convocados, também em tempos de emergência de
grupo ou da nação: Tocai a trombeta em Sião, promulgai um santo jejum, proclamai uma
assembleia solene (Joel 2.15).
Quando o Reino de Judá foi invadido, o rei Josafá convocou a nação para jejuar
(2 Crônicas 20.1-4). Em resposta à pregação de Jonas, toda a cidade de Nínive jejuou
inclusive os animais. Involuntariamente, sem dúvida. Antes do retorno a Jerusalém,
Esdras fez os exilados jejuar e orar por segurança na estrada infestada de salteadores.
Esdras. 8.21-23
O jejum em grupo pode ser uma coisa maravilhosa e poderosa, contanto que haja um
povo preparado e unânime nessas questões. Igrejas ou outros grupos que enfrentam
sérios problemas poderiam ser substancialmente beneficiados mediante oração e jejum
de grupo unificado.
Em 1756, o rei da Inglaterra convocou um dia de solene oração e jejum por causa
de uma ameaça de invasão por parte dos franceses. João Wesley registrou este fato em
seu Diário, no dia 6 de fevereiro? O dia de jejum foi um dia glorioso, tal como Londres
raramente tem visto desde a Restauração. Cada igreja da cidade estava mais do que
lotada, e uma solene gravidade estampava-se em cada rosto.
Certamente Deus ouve a oração, e haverá um alongamento da nossa
tranquilidade. Em nota ao pé da página, ele escreveu: A humildade transformou-se em
regozijo nacional porque a ameaça da invasão dos franceses foi impedida. Quando
jejuastes... acaso foi para mim que jejuastes, com efeito para mim? (Zacarias 7.5). Se
nosso jejum não é para Deus, então fracassamos.

Os propósitos secundários do jejum


O jejum ajuda-nos a manter o nosso equilíbrio na vida. Quão facilmente
começamos a permitir que coisas não essenciais adquiram precedência em nossas vidas.
Quão depressa desejamos ardentemente coisas que não necessitamos até que sejamos
por elas escravizados. Paulo escreveu: “Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me
deixarei dominar por nenhuma delas (1 Coríntios 6.12). Nossos anseios e desejos
humanos são como um rio que tende a transbordar; o jejum ajuda a mantê-lo no seu
devido leito. “Esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão”, disse Paulo (1 Coríntios
9.27). Semelhantemente, escreveu Davi: Eu afligia a minha alma com jejum (Salmo
35.13).

Considerações Finais

A disciplina central em nossa vida será determinada pelos principais pecados que
nos seduzem ou ameaçam no dia a dia. Arrogância, inveja, ira, preguiça, avareza, gula e
cobiça — os sete pecados "capitais" da história teológica e literária — e muitos outros
não são fantasmas ou piadas, mas duras realidades, cujos efeitos nocivos podem ser
vistos a toda hora exigem uma resposta igualmente dura de nossa parte. (O
ESPÍRITO DAS DISCIPLINAS – 216) Não poderíamos concluir esse estudo sem considerar
que a principal obra do jejum bíblico está no reino espiritual. O que se passa
espiritualmente é de muito maior consequência do que o que acontece no corpo. Você
estará engajado em uma guerra espiritual que necessitará de todas as armas de Efésios
6. Dentro disso, um dos períodos mais críticos no campo espiritual está no final do jejum
físico quando temos uma tendência natural para descontrair-nos. O jejum pode trazer
avanços no reino espiritual que jamais poderiam ter acontecido de outra maneira. Por
isso, nós devemos necessariamente como semeadores da Palavra de Deus, jejuar.
Lição 8: O Controle da Língua
Tiago 3:2 “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em
palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo”.
Texto Básico: Tiago 3.1-12.

Introdução

Nessa lição veremos o quanto o crente deve ser cuidadoso na maneira de falar
com os outros. Tema do terceiro capítulo da epístola, o meio-irmão do Senhor escreve
sobre um pequeno membro do nosso corpo: a língua. Este acanhado, mas poderoso
órgão humano, pode destruir ou edificar a vida das pessoas. Por isso, a nossa língua deve
ser controlada pelo Espírito Santo a fim de sermos canais de bênçãos para aqueles que
nos ouve.

A Seriedade dos Mestres (Tg 3.1,2)

1. O rigor com os mestres. A palavra hebraica para mestre é rabbi, cujo


significado é “meu mestre”. Os mestres eram honrados em toda a comunidade judaica,
gozando de grande respeito e prestígio. Na realidade, o ofício rabínico era uma das
posições mais almejadas pelos judeus, pois era notória a influência dos mestres sobre as
pessoas (Mt 23.1-7). Daí o porquê de muitos ambicionarem tal posição. E é exatamente
alarmado por isso que Tiago inicia então o capítulo três, referindo-se aos que
acalentavam essa aspiração, visando obter prestígio, privilégio e fama, a que tivessem
cuidado (v.1). Antes de almejarmos o ministério da Palavra devemos estar cônscios de
nossa responsabilidade e de que um dia o Altíssimo nos pedirá conta dos atos e dos
talentos a nós dispensados.
2. A seriedade com os mestres na igreja (v.1). Em Mateus 5.19 lemos sobre
a advertência de Jesus quanto à seriedade e a fidelidade dos discípulos no ensino do
Evangelho. Devido a sua importância, Jesus estabeleceu o ensino como um meio de
propagar o Evangelho a toda criatura e, assim, ordenou a sua Igreja que fizesse
seguidores do Caminho pelo mundo (Mt 28.19,20). É interessante notarmos o paralelo
que Tiago faz em relação à advertência proferida por Jesus em tempo anterior: Quem
foi vocacionado para ser mestre não pode ter o “espírito” dos fariseus, mas o de Cristo
(Mc 12.38-40).
3. Perfeição que domina o corpo (v.2). Quem domina ou controla a sua
língua, sem cometer delitos (excessos, descontroles, julgamentos precipitados,
difamações etc.), sem dúvida, é “perfeito”. O controle da língua significa que a pessoa
tem a capacidade de controlar as demais áreas da vida, pois a língua é poderosa “para
também refrear todo o corpo”. Quem tem domínio sobre a língua, tem igualmente o
coração preservado, pois a boca fala do que o coração está cheio. Discipline-se! Faça um
propósito com Deus e consigo mesmo: não empreste os seus lábios para fazer o mal.

A Capacidade da Língua (Tg 3.3-9)

1. As pequenas coisas no governo do todo (vv.3-5). Tiago faz uma analogia


acerca da nossa capacidade de usarmos a língua. Ele remete-nos ao exemplo do leme
dos navios e do freio dos cavalos. Apesar de tais objetos serem pequenos, porém, são
fundamentais para controlar e dirigir transportes grandes e pesados. Assim, o apóstolo
nos mostra que, apesar de pequena, a língua é capaz de realizar grandes
empreendimentos — edificantes ou destrutivos. Como um pequeno membro é capaz de
“acender um bosque inteiro”?
2. “A língua também é um fogo” (vv.6,7). Quantas pessoas não frequentam
mais as nossas reuniões porque foram feridas com palavras? Você já se fez essa
pergunta? É preciso usar nossa língua sabiamente, pois “a morte e a vida estão no poder
da língua [...]” (Pv 18.21). Grande parte dos incêndios nas florestas inicia através de uma
pequena fagulha. Todavia, essa faísca alastra-se podendo destruir grandes áreas de
vegetação. Da mesma forma, são as palavras por nós pronunciadas. Se não forem
proclamadas com bom senso, muitas tragédias podem acontecer.
3. Para dominar a língua. Ainda no versículo sete, Tiago faz outra ilustração
em relação ao tema do uso da língua. Ele mostra que a natureza humana conseguiu
domar e adestrar as bestas-feras, as aves, os répteis e os animais do mar. Mas a língua
do ser humano até hoje não houve quem fosse capaz de dominar. Por esforço próprio o
homem não terá forças para domar o seu desejo e as suas vontades. Mas quando Deus
passa a nos governar, a língua do crente deixa de ser um órgão de destruição e passa a
ser um instrumento poderoso e abençoador, usado para o louvor da glória do Eterno. A
fim de dominar a nossa língua, devemos entregar o nosso coração inteiramente ao
Senhor, “Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca” (Mt 12.34).

Não podemos agir de dupla maneira (Tg 3.10-12)

1. Bênção e maldição (v.10). Tiago até reconhece a possibilidade de alguém


usar a língua de modo ambíguo. Entretanto, deve a mesma língua que expressa o amor
a Deus, deixar-se usar para destruir pessoas? Apesar de o meio-irmão do Senhor dizer
que tudo que existe obedece a sua própria natureza, se experimentamos o novo
nascimento, tornamo-nos uma nova criação, isto é, adquirimos outra natureza. Esta tem
de ser manifesta em nosso falar e agir. Portanto, se você foi transformado pela graça de
Deus mediante a fé de Cristo, a sua língua não pode ser um instrumento maligno. A
fofoca, a mentira, a calúnia e a difamação são obras carnais e não podem ter lugar em
nossa vida.
2. Exemplos da natureza (vv.11,12). O líder da igreja de Jerusalém usa dois
exemplos da natureza para apontar a incoerência de agirmos duplamente. Tiago
questiona a possibilidade de a fonte que jorra água doce jorrar igualmente água salgada.
Para provar a impossibilidade natural deste fenômeno, o meio-irmão do Senhor
pergunta, de maneira retórica, se uma figueira poderia produzir azeitonas, e a videira,
figos. Naturalmente, a resposta é um sonoro não! Portanto, a pessoa que bendiz ao
Senhor não maldiz o próximo. Se Deus é amor, como podemos odiar alguém?
3. Uma única fonte. Aquele que bebe da água da vida não pode fazer jorrar
água para morte. Quem bebe da água limpa do Cristo de Deus não pode transbordar
água suja. Portanto, a palavra proferida por um discípulo de Cristo deve edificar os
irmãos, dar graça aos que ouvem e sarar quem se encontra ferido.
Considerações Finais
Uma vez Salomão disse que a boca do justo é manancial de vida (Pv 10.11), e que
as palavras da boca do homem são águas profundas (Pv 18.4). Tomemos o devido
cuidado com a maneira como usamos a nossa língua. Não esqueçamos que, no dia do
Juízo, daremos conta a Deus de toda palavra ociosa proferida pela nossa boca (Mt 12.36).
Lição 9: Identificando e aplicando os dons espirituais

Os dons espirituais são para a Igreja atualmente como o foram para a Igreja primitiva,
conforme I Cor. 12; Rom.12:6-8; Ef.4:11,12; 1

Dom (carisma) significa “graça”, “favor”, “benefício”. O Dom concedido através do


Espírito Santo é sobrenatural, não pode ser confundido com dom natural. O talento ou o dom
de “cantar”, “tocar instrumento”, “desenhar, pintar quadros”, entre outros, é um dom natural2,
não descrito na Bíblia como dom espiritual. Os dons espirituais têm a ver com edificação da
igreja de Cristo na terra, àqueles desejosos de servir a Deus de uma maneira extraordinária.
O plano de Deus para igreja é que todo membro tenha pelo menos um dom em
operação. De forma natural não teríamos condições de fazer algo pra Deus, mas ao Espírito Santo
passar a habitar em nós, somos capacitados a fazer sua obra. Nesta primeira lição iremos fazer
o teste dos dons.

ORIENTAÇÕES GERAIS

1. A exatidão dos resultados desse inventário dependerá da exatidão das respostas.


2. Responda se a frase corresponde ao seu interesse ou atitude e não o que você acha que
seria mais bonito, ou melhor, ou ainda que lhe desse mais “status”.
3. Escreva a sua resposta na folha anexa, considerando a pontuação que ali está descrita.
4. Este inventário é baseado tanto na experiência, como no interesse da pessoa.
5. Após o preenchimento da folha de respostas, siga as instruções do instrutor para uso da
folha de resultados.
6. Depois de descobrir os seus dons, faça o seguinte:
✓ Pratique os dons descobertos e verifique o seu desenvolvimento;
✓ Avalie a reação da igreja no aproveitamento de seus dons a serviço da comunidade;
✓ Priorize seus objetivos. Se Deus lhe capacitou com certos é sinal que Ele quer que você
se envolva em seu desempenho e desenvolvimento de forma prioritária dando, então,
preferência às atividades vinculadas a tais dons.

NESTA aula vamos fazer o teste e na próxima aula vamos explicar os dons.

1
Credo da IEAB – Capítulo I, Artigo 7º Inciso XII - Da Constituição da Igreja: Das Doutrinas.
2
O fato de ser natural não o exclui de Deus, pois por Ele e para Ele são todas as coisas.
Preencha o quadro abaixo
Leia as 84 questões e dê a nota de acordo com a descrição abaixo:
Muito: Dê nota 4. Às vezes: Dê nota 2. Raramente: Dê Nota 1.

1 15 29 43 57 71 A

2 16 30 44 58 72 B

3 17 31 45 59 73 C

4 18 32 46 60 74 D

5 19 33 47 61 75 E

6 20 34 48 62 76 F

7 21 35 49 63 77 G

8 22 36 50 64 78 H

9 23 37 51 65 79 I

10 24 38 52 66 80 J

11 25 39 53 67 81 L

12 26 40 54 68 82 M

13 27 41 55 69 83 N

14 28 42 56 70 84 O
O INVENTÁRIO DOS DONS
1. Gosto de organizar ideias, pessoas, coisas e o tempo, tendo em vista um serviço mais
efetivo e produtivo para o Senhor. (responda no quadro 1. Se a resposta for muito: dê nota 4; as
vezes: dê nota 2; raramente: dê nota 1; ou nunca: dê nota 0).
2. Tenho alegria em trabalhar com as pessoas ignoradas ou desconhecidas da maioria.
(responda no quadro 2. Se a resposta for muito: dê nota 4; as vezes: dê nota 2; raramente: dê
nota 1; ou nunca: dê nota 0). Assim por diante ...
3. Adapto-me facilmente a uma situação ou ambiente diferente.
4. Tenho facilidade em selecionar e relacionar entre si fatos importantes das Escrituras.
5. Tenho prazer em ajudar os líderes de maior responsabilidade, aliviando-os de tarefas
menores de seu trabalho.
6. Eu percebo sem dificuldade a diferença entre o que é certo e o que é errado.
7. Gosto de levar outras pessoas a uma decisão relacionada com a salvação.
8. Tenho facilidade em encorajar e animar as pessoas indecisas e cheias de problemas.
9. Quando percebo a vontade de Deus, posso ir em frente, apesar da oposição ou falta de
apoio.
10. Me sinto realizado com a oportunidade de ajudar as pessoas a conhecer os detalhes
sobre um assunto complicado.
11. Gostaria de me envolver em atividades que promovam o crescimento de um grupo de
crentes levando-os ao amadurecimento na vida cristã.
12. Sinto alegria em comunicar a vontade de Deus e faço de maneira contagiante, persuasiva
e clara, tendo certeza de que falo da parte de Deus.
13. Sonho em ter mais dinheiro para poder repartir com as pessoas necessitadas.
14. As minhas sugestões às pessoas para ajudá-las em suas decisões geralmente dão certo.
15. Tenho facilidade em fazer planos de ação para que, com outras pessoas, possamos
atingir um objetivo.
16. Gosto de visitar hospitais ou lares de pessoas necessitadas e me sinto abençoado com
isso.
17. Eu fico empolgado com o sucesso do trabalho missionário em outros Estados e no
estrangeiro.
18. Gosto de analisar bem todos os fatos até entendê-los.
19. Fico à vontade quando posso ser útil em fazer certas coisas auxiliares para ajudar quem
é líder, como arrumar cadeiras, transportar objetos, manter a ordem das coisas etc.
20. Posso constatar a falsidade antes que ela se torne evidente às outras pessoas.
21. Tenho facilidade em iniciar uma conversa com uma pessoa estranha e levá-la ao
conhecimento do evangelho.
22. Tenho facilidade em entender os problemas dos outros e apontar-lhes os rumos de
possíveis soluções.
23. Tenho convicção da presença e atuação divina em minha vida diariamente.
24. Procuro explicar as questões complicadas da Bíblia de modo que outros me entendam
sem dificuldade.
25. Tenho prazer em ser útil na recuperação espiritual de crentes que se afastaram do
Senhor e da igreja.
26. Tenho alegria se sou solicitado a pregar (nos lares, no templo, ao ar livre etc).
27. Quando ajudo uma pessoa necessitada, deixo de lado qualquer pensamento sobre
vantagens materiais ou espirituais.
28. De várias alternativas, escolho a opção que normalmente funciona.
29. Quando alguma organização a que pertenço tem algum problema a enfrentar,
intimamente procuro pensar nas possíveis soluções.
30. Sinto-me realizado quando posso fazer algo por uma pessoa doente ou em necessidade.
31. Tenho prazer em cooperar nos trabalhos pioneiros de minha igreja, como iniciar um
pequeno grupo, o ponto de pregação ou congregação etc.
32. Gosto de analisar e entender bem todas as coisas, antes de aceitá-las.
33. Em ocasiões de emergência tenho prazer em ajudar os líderes de maior responsabilidade
para que as coisas se normalizem.
34. Quando alguém está conversando comigo, geralmente percebo se não está dizendo
a verdade.
35. Gosto de cooperar com os trabalhos de evangelização de minha igreja, como séries de
conferências, pregações ao ar livre, evangelismo de rua ou nas congregações etc.
36. Aceito sem dificuldades as impertinências e os erros das pessoas, crendo que uma
conversa pessoal com elas é o melhor remédio.
37. Mesmo em tempos difíceis, tenho convicção na provisão e ajuda contínua de Deus.
38. Quando vou explicar uma coisa a uma pessoa, gosto de me colocar no lugar dela para
sentir suas dificuldades em aprender.
39. Tenho compaixão pelos crentes que vacilam na fé, e se pudesse, procuraria tomar
providências para a sua recuperação.
40. Acredito que a melhor maneira de levar o povo de Deus a uma vida mais dedicada é
através da admoestação pela pregação pública da Palavra de Deus.
41. Quando há alguma necessidade financeira ou material na igreja ou na vida de alguém,
logo penso em contribuir com minhas posses para ajudar.
42. Sempre que uma pessoa está com problemas, a solução me vem de Deus através de um
texto da Bíblia.
43. Tenho facilidade em descobrir as falhas de uma organização e de elaborar um plano de
ação para a devida correção.
44. Sinto compaixão quando vejo alguma pessoa doente ou com problemas.
45. Se Deus me chamasse, gostaria de pregar o evangelho num local distante.
46. Me sinto incomodado enquanto não entendo completamente um texto bíblico, indo
atrás de informações para seu esclarecimento.
47. Tenho prazer em servir de introdutor, em auxiliar a manter a ordem ou realizar qualquer
trabalho auxiliar para que a obra de Deus se realize.
48. Sinto quando as coisas não vão dar certo.
49. A ênfase de minha mensagem ou conversas tem sido a salvação em Cristo.
50. Quando alguma pessoa está em pecado, a ênfase de minha preocupação é ajudá-la,
ainda que perceba que outros a critiquem.
51. Vários problemas sem solução já foram resolvidos porque eu cri que Deus os resolveria.
52. Sinto necessidade de entender bem as coisas para poder explicá-las aos outros.
53. Tenho prazer em alimentar os crentes com a Palavra de Deus.
54. Quando há algum problema na igreja, acredito que somente pela pregação sobre o
assunto, ele pode ser resolvido.
55. Tenho a tendência de contribuir para a obra de Deus com um percentual maior do que
o exigido.
56. Quando leio um texto bíblico geralmente penso em suas lições práticas.
57. Consigo imaginar um evento que precisa ser realizado, prevendo os problemas a serem
enfrentados e buscando formas de resolvê-los.
58. Identifico-me com as pessoas que estão sofrendo, e desejo ajudá-las no processo de
restauração.
59. Gosto de iniciar trabalhos novos na área de evangelização.
60. Me interesso em saber como as coisas funcionam.
61. Tenho prazer em providenciar certos detalhes para que o trabalho da igreja alcance seus
objetivos, como anotar os nomes de visitantes, controlar o aparelho de som/vídeo num culto,
arrumar cadeiras, secretariar uma reunião etc.
62. Tenho facilidade em perceber se uma atitude é certa ou errada e geralmente isso se
confirma.
63. Busco oportunidades no relacionamento com descrentes para evangelizá-los.
64. Para mim o potencial das pessoas tem mais valor do que seus atos.
65. Já fui surpreendido com respostas imediatas às minhas orações.
66. Quando assisto uma aula dada por alguém que não sabe ensinar direito, fico pensando
numa maneira diferente em que ela teria melhor rendimento no ensino.
67. Sinto prazer em orientar os crentes, dando conselhos e mostrando a vontade de Deus.
68. Sinto-me responsável por confrontar as pessoas com a verdade.
69. Administro as minhas finanças e bens para que possa contribuir mais para a obra de
Deus.
70. Penso em soluções de problemas que normalmente as pessoas não pensariam.
71. Tenho interesse em entender como a igreja institucional funciona, se a igreja tem
estatuto, constituição, gosto de ler e entender sobre esse funcionamento.
72. Tenho compaixão pelas pessoas consideradas inúteis, sem esperança ou que estão
sofrendo.
73. Havendo oportunidade, estou disposto a me oferecer para participar ativamente no
começo de uma nova congregação ou campo.
74. Gosto de entender bem as questões complicadas da Bíblia.
75. Ainda que a pregação da Palavra seja importante, creio que meu papel é ajudar nos
detalhes de bastidores ou na retaguarda.
76. Posso discernir com certa precisão o caráter de uma pessoa baseado apenas nas
primeiras impressões que tenho dela.
77. Preocupo-me com a salvação de meus parentes, amigos, vizinhos e colegas.
78. Gosto de encorajar e fortalecer as pessoas que estão abatidas e tristes.
79. Em situações onde o sucesso não pode ser garantido somente pelo esforço humano, eu
confio na providência divina em vez de me desesperar.
80. Se tiver oportunidade, gostaria de ensinar a Bíblia de modo que os ouvintes tenham o
desejo de estudá-la mais.
81. Se pudesse, gostaria de investir tempo nutrindo e cuidando dos crentes que estão em
processo de crescimento espiritual.
82. Quando percebo uma situação de pecado, sinto-me compelido a denunciá-lo e desafiar
as pessoas envolvidas, ao arrependimento.
83. Acredito que o Senhor tem me dado recursos em abundância para que eu possa
contribuir mais para a sua obra.
84. Tenho facilidade em encontrar soluções simples e práticas no meio de discussões ou de
situações de conflito ou confusão.
Resultado Final

1. No Inventário de Dons, some os pontos no sentido horizontal (por exemplo: itens


1, 15, 29, 43, 57, 71), colocando o resultado no quadrado da tabela ao lado direito
de cada linha;
2. Veja que ao lado do quadrado onde você colocou o resultado tem um outro campo
com letras maiúsculas e “A até O”. Coloque em cada campo o nome dos dons, seguindo
a seguinte tabela:

Letra Dons equivalentes Letra Dons equivalentes


A Administração/Liderança H Aconselhamento
B Misericórdia I Fé
C Missionário J Ensino
D Conhecimento L Pastor-Mestre
E Serviço/Diaconia M Profeta
F Discernimento de Espírito N Repartir
G Evangelista O Sabedoria

3. Destaque os dons cuja pontuação seja igual ou maior que 17 pontos e escreva-os na
lista abaixo

Nome dos dons Nome dos dons

Dom principal: ________________________________

Dons secundários: __________________________________


Lição 10: Os Dons Do Espírito Santo
Os dons espirituais são para a Igreja atualmente como o foram para a Igreja primitiva,
conforme I Cor. 12; Rom.12:6-8; Ef.4:11,12; 3

Dom (carisma) significa “graça”, “favor”, “benefício”. O Dom concedido através do


Espírito Santo é sobrenatural, não pode ser confundido com dom natural. O talento ou o dom
de “cantar”, “tocar instrumento”, “desenhar, pintar quadros”, entre outros, é um dom natural,
não descrito na Bíblia como dom espiritual. Os dons espirituais têm a ver com edificação da
igreja de Cristo na terra, àqueles desejosos de servir a Deus de uma maneira extraordinária.
O plano de Deus para igreja é que todo membro tenha pelo menos um dom em
operação. De forma natural não teríamos condições de fazer algo pra Deus, mas ao Espírito Santo
passar a habitar em nós, somos capacitados a fazer sua obra.

Vejamos a Classificação Dos Dons Espirituais na Bíblia:

1. Dons Pessoais – Romanos 12

“Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além
do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a
cada um. Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros
têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas
individualmente somos membros uns dos outros.” (Romanos 12:3-5)

O texto acima ao mesmo tempo em que combate o individualismo, ressalta o


caráter pessoal do dom. As frases que destacam o caráter pessoal do dom: “a medida da
fé que Deus repartiu a cada um”; “nem todos os membros têm a mesma operação
(função)”; “individualmente (pessoalmente) somos membros uns dos outros”.
De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela
segundo a medida da fé; Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao

3
Credo da IEAB – Capítulo I, Artigo 7º Inciso XII - Da Constituição da Igreja: Das Doutrinas.
ensino; Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que
preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. (Romanos 12:6-8)
Lista de Dons Pessoais: Profecia; Ministério (ou serviço); Ensinar; Exortar; Repartir (ou
contribuir); Presidir (ou liderar) e Misericórdia.

2. Dons de Manifestações – 1 Coríntios 12:8-10

“Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Vós bem sabeis que éreis
gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados. Portanto, vos quero fazer
compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode
dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito
é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de
operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos Mas a manifestação do Espírito é
dada a cada um, para o que for útil.” (1 Coríntios 12:1-7)

Como diz no verso 7, a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for
útil. Isto significa que além do dom ser dado as pessoas, para que elas sirvam a Deus e a
igreja, a qualquer momento (de acordo com a necessidade), o Espírito Santo pode
manifestar outro dom através da vida do crente.

“Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a
palavra da ciência; E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons
de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir
os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.” (1 Coríntios
12:8-10)

Dons de Manifestações: Palavra de Sabedoria; Palavra da Ciência; Fé; Dons de Curar;


Operação de Maravilhas; Profecia; Discernir Espíritos; Variedade de Línguas e
Interpretação de Línguas.
3. Dons De Operação Na Igreja Local – (1 Coríntios 12:25-28).

“Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos
outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um
membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Ora, vós sois o corpo de Cristo, e
seus membros em particular.” (1 Coríntios 12:25-27)

Estes dons estão relacionados à operação de Deus na igreja, através do seu


Espírito Santo, veja a lista: E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em
segundo lugar profetas, em terceiros doutores, depois milagres, depois dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas. (1 Coríntios 12:28).

4. Dons Ministeriais – (Efésios 4:11).

“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas,
e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra
do ministério, para edificação do corpo de Cristo “Efésios 4:11-12

A última lista de dons busca “aperfeiçoar os santos, para a obra do ministério,


para edificação do corpo de Cristo”. Apóstolos; Profetas; Evangelistas; Pastores e
Doutores. Estes são os ministérios ativos na igreja, pessoas que são capacitadas e
separadas pelo Espírito Santo para o exercício (o trabalho) ministerial (serviço).
O professor Lourenço Stelio Rega4 expos algumas alternativas práticas para o uso
dos dons, que ajudará na descoberta vocacional, segue:

Missionário/Apóstolo
✓ Fundar novos trabalhos.
✓ Iniciar uma frente missionária.
✓ Ter disposição para ir a uma outra cidade, Estado ou país para alcançar pessoas que
ainda não estão salvas.
✓ Evangelizar.

4
Artigo: Inventário dos Dons.
Profeta
✓ Pregação.
✓ Admoestação ao povo quanto ao caminho de Deus a ser seguido.
✓ Em horas de decisões importantes, auxiliar o povo a descobrir o caminho de Deus.
Lembretes:
Enquanto o profeta fala em termos gerais, o mestre fala em termos específicos
detalhados sobre a Palavra de Deus. Enquanto o profeta convence, o mestre explica.

Evangelista
✓ Evangelizar (evangelização pessoal, trabalho em frentes missionárias etc.).
✓ Expor o Evangelho levando os não crentes à Salvação.

Pastor-mestre
✓ Orientar o povo de Deus quanto ao caminho a seguir no dia a dia.
✓ Aconselhar e orientar pessoas que estão confusas ou precisando de decisão.
✓ Promover alimentação ao povo de Deus ministrando o ensino da Palavra.
✓ Socorrer o povo Deus em suas necessidades espirituais.
Aspecto básico do trabalho pastoral: alimentação e proteção.

Ensino (Mestre)
✓ Obter informações para ESCLARECER A VERDADE.
✓ Explanar e transmitir os DETALHES ESPECÍFICOS de um assunto.
✓ Esforçar-se para que OUTROS APRENDAM, ensinando a Palavra de Deus.
✓ Professor na E.B.D., Escola de Treinamento, Frentes Missionárias.

Aconselhamento (Exortação)
✓ Se preocupar com o crescimento espiritual das pessoas.
✓ Aconselhamento das pessoas para que tenham seus problemas e decisões resolvidas.
✓ Ajudar, confortar e encorajar alguém em pecado, para que tenha vitória na vida.
✓ Inspirar outros à ação.
✓ Despertar novo interesse espiritual nas pessoal.
✓ Aconselhamento
Administração/Liderança (Presidir, governo)
✓ Coordenar atividades.
✓ Planejar diversas etapas de um plano de ação.
✓ Ajudar a detectar os problemas numa organização e na busca de sua solução.
✓ Liderança em diversas áreas da igreja: diáconos, evangelização, música, educação,
mulheres, Juventude, Adolescentes, juniores, trabalhos infantis etc.
Obs.: É possível diferenciar entre administrar (gerir eventos, calendários, cuidar do presente etc.)
e liderar (ter visão de futuro, indicar ao povo novos empreendimentos, cuidar do abrir janelas
para o futuro etc.)

Misericórdia/Assistência Social (Socorro)


✓ Interessar-se pelo sofrimento e carências dos outros.
✓ Ter compaixão e estimular os que estão em desgraça.
✓ Auxiliar numa situação que normalmente provocaria repulsa.
✓ Estar sempre pronto a visitar os enfermos, e os fracos na fé.
✓ Estar disposto a ajudar aos outros a carregarem a sua carga.
✓ São os assistentes sociais da igreja.

Ministério/Serviço (Diaconia)
✓ Descobrir as necessidades a serem supridas na igreja
✓ Estar à disposição para fazer coisas não relacionadas diretamente à Palavra e à oração
✓ Serviço de som/vídeo, portaria da igreja, auxiliar na retaguarda de eventos da igreja no
preparo da ornamentação e do ambiente.
✓ É o verdadeiro diaconato.

Repartir (Contribuir)
✓ Procurar conseguir recursos financeiros e materiais para dar e repartir o que possui com
os outros necessitados ou com a obra da igreja.
✓ Contribuição para capacitar outros que farão coisas que você mesmo não poderia fazer.
✓ Sentir-se realizado em ver que com sua contribuição um objetivo é alcançado.
Discernimento de espírito
✓ Ter facilidade em detectar a falsidade e a verdade.
✓ Conseguir sentir entre sintomas e causas de uma ação.
✓ Ser altamente intuitivo.
✓ Estar disposto a alertar a igreja quando perceber que alguma decisão a ser tomada
oferece risco.
✓ Em geral esse dom é auxiliar de outros dons.

Palavra da sabedoria
✓ Ter facilidade em perceber e distinguir as verdadeiras causas dos sintomas de uma
situação.
✓ Ter sempre uma palavra sábia, sensata, moderada para as situações difíceis.
✓ Ter a capacidade de pôr o conhecimento para funcionar.
✓ Aplicar o conhecimento a uma situação específica.
✓ Em geral esse dom é auxiliar de outros dons.
✓ Em reuniões onde haja necessidade de decisão, procurar respostas práticas e sábias para
as soluções.

Palavra do conhecimento
✓ Procurar obter conhecimento e esclarecimentos a respeito da Palavra de Deus.
✓ Ter espírito de investigação.
✓ Ter facilidade em reconhecer fatos ou verdades chaves das Escrituras.
✓ Ter capacidade em perceber e sistematizar os grandes fatos da Bíblia.
✓ Em geral esse dom é auxiliar de outros dons.
✓ Em geral esse dom está associado ao dom da profecia, do ensino.


✓ Ter a capacidade de ver algo que precisa ser feito e crer que Deus o fará, mesmo
parecendo impossível.
✓ Ter facilidade de crer em Deus, em situações que normalmente não se creria.
✓ Ter uma fé que move montanhas.
✓ Ser útil para motivar as pessoas e a igreja em ocasiões de decisões e quando há grandes
desafios.

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