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Universidade Rovuma
Montepuez
2023
Chamamo Ali Cassimo Antonio
Universidade Rovuma
Montepuez
2023
Índice
Introdução...................................................................................................................................3
O preceptor de Alexandre.......................................................................................................5
Pensamento Heráclito..............................................................................................................8
Conclusão..................................................................................................................................10
Referencias bibliograficas.........................................................................................................11
Introdução
Objectivo geral
Objectivos específicos
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ARISTÓTELES: Vida e Obra
Atenas, 367 ou 366 a.C. Ao grande centro intelectual e artístico da Grécia no século IV a.C.,
chega um jovem de cerca de dezoito anos, proveniente da Macedónia. Como muitos outros,
vem atraído pela intensa vida cultural da cidade que lhe acenava com oportunidades para
prosseguir seus estudos.
Não era belo e para os padrões vigentes no mundo grego, principalmente na Atenas daquele
tempo, apresentava características que poderiam dificultar-lhe a carreira e a projecção social.
Em particular uma certa dificuldade em pronunciar correctamente as palavras deveria criar-
lhe embaraços e mesmo complexos numa sociedade que, além de valorizar a beleza física e
enaltecer os atletas, admirava a eloquência e deixava-se conduzir por oradores.
Na Academia, que fundara em 387 a.C., mostrava a seus discípulos que a actividade humana,
desde que pretendesse ser correta e responsável, não poderia ser norteada por valores
instáveis, formulados segundo o relativismo e a diversidade das opiniões; requeria uma
ciência (episteme) dos fundamentos da realidade na qual aquela acção está inserida.
Por trás do inseguro universo das palavras, sujeitas à arte encantatória e à prestidigitação dos
retóricos - o educando deveria ser levado, por via do socrático exame do significado das
palavras, à contemplação, no ápice da ascensão dialéctica, das essências estáveis e perenes:
núcleos de significação dos vocábulos por que razão de ser das próprias coisas, padrões para a
conduta humana porque modelos de todos os existentes do mundo físico.
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Para além do plano da palavra-convenção (nomos) dos sofistas e de Isócrates, Platão apontava
um ideal de linguagem construída em função das ideias, essas justas medidas de significação e
de realidade.
O jovem que viera da Macedónia ingressa, assim, numa Academia na qual a figura principal
era, no momento, Eudóxio de Cnido, matemático e astrónomo que defendia uma ética baseada
na noção de prazer. Somente cerca de um ano depois é que Platão retorna, fatigado por mais
uma frustrada experiência política na Sicília. E talvez tenha sido o próprio Eudóxio quem lhe
apresentou o novo aluno da Academia, o jovem da Macedónia de olhos pequenos porém
reveladores de excepcional vivacidade: Aristóteles de Estagira.
O preceptor de Alexandre
Ao ingressar na Academia platónica — que viria a frequentar durante cerca de vinte anos —
Aristóteles já trazia, como herança de seus antepassados, acentuado interesse pelas pesquisas
biológicas. Ao matematismo que dominava na Academia, ele irá contrapor o espírito de
observação e a índole classificatória, típicas da investigação naturalista, e que constituirão
traços fundamentais de seu pensamento.
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Apesar da estima que Alexandre parece ter devotado sempre a seu antigo mestre, uma barreira
os distanciava: Aristóteles não concordava com a fusão da civilização grega com a oriental.
Segundo ele, gregos e orientais eram naturezas distintas, com distintas potencialidades, e não
deveriam coexistir sob o mesmo regime político. Aristóteles estava profundamente
convencido de que o regime político dos gregos era inseparável de seu temperamento, sendo
impossível transferi-lo para outros povos. Estabelece nítida distinção entre as populações
"bárbaras" e a polis grega, somente esta sendo uma comunidade perfeita, pois a única a
permitir ao homem uma vida verdadeiramente boa segundo os princípios morais e a justiça.
Depois da morte de Alexandre, em 323 a.C., Aristóteles passou a ser hostilizado pela facção
antimacedônica, que o considerava politicamente suspeito. Acusado de impiedade, deixou
Atenas e refugiou-se em Cálcis, na Eubéia. Aí morreu no ano de 322 a.C.
A partir de declarações do próprio Aristóteles, sabe-se que ele realizou dois tipos de
composições: as endereçadas ao grande público, redigidas em forma mais dialéctica do que
demonstrativa, e os escritos ditos filosóficos ou científicos, que eram lições destinadas aos
alunos do Liceu. Estas últimas foram as únicas que se conservaram, embora constituam
pequena parcela do total que é atribuído, desde a Antiguidade, a Aristóteles.
Protótipo de uma espécie de obra que se tornou muito apreciada pelos antigos, esse diálogo
foi mais tarde imitado por Cícero (106-43 a.C.) no seu Hortensius — a obra que despertará a
vocação filosófica de Santo Agostinho (354-430). Depois que deixou a Academia e durante o
período em que esteve em Assos, Aristóteles escreveu o diálogo Sobre a Filosofia, no qual
combate a teoria platônica das ideias, particularmente a teoria dos números ideais, que
caracterizara a última fase do platonismo.
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Como o Timeu de Platão, o Sobre a Filosofia apresenta uma concepção cosmológica de cunho
finalista e teológico; mas, ao contrário do que propunha Platão, o universo é aí explicado não
à semelhança de uma obra de arte — resultado da acção de um divino artesão, o demiurgo —,
e sim como um organismo que se desenvolve graças a um dinamismo interior, um princípio
imanente que Aristóteles denomina "natureza" (physis).
O Tratado da Alma (De Anima) abre a série de obras referentes ao mundo vivo, sendo
seguido de pequenos tratados sobre diferentes funções (a sensação, a memória, a respiração
etc.) e geralmente conhecidos sob a denominação latina posterior de Parva naturalia. Mas da
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série relativa aos seres vivos a obra principal é a História dos Animais, contendo o Registro de
múltiplas e minuciosas observações.
A obra denominada Política é na verdade um conjunto de oito livros que não apresentam
encadeamento rigoroso. À Política segue-se a Retórica, que se vincula, devido ao tema, à arte
da argumentação ou dialéctica exposta nos Tópicos (Organon). Por fim, o Corpus
aristotelicum apresenta a Poética, da qual restou apenas fragmento. Além desses trabalhos
considerados autênticos, o Corpus abrange ainda alguns escritos que a crítica revelou serem
apócrifos, como o Sobre o Mundo (De Mundo), os Problemas, o Económico e o Sobre
Melisso, Xenófanes e Górgias.
Pensamento Heráclito
Para o pensamento Heráclito, poderia utilizar como exemplo o cinema, como exemplo dos
nossos sentidos enganando o homem. Na realidade o filme que você vê, aquele movimento,
em tese cinemática, pelo estudo físico da óptica e do movimento, não existe. Na realidade é
uma sucessão de quadros inertes apresentados a uma velocidade aproximada a 30 quadros por
segundo, onde cada cena representa metonimicamente fragmentos de um movimento que,
quando mostrado sequencialmente, torna-se contínuo. O olho humano capta os quadros
exibidos rapidamente e o cérebro processa como a ilusão do movimento.
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Sobre os sentidos enganarem o homem, neste fragmento analítico os cosmológicos possuem
razão, porém contextualizam esta linha de raciocínio em um outro tipo de abordagem que, em
totalidade acaba por não ser tão exacta e correta. E, neste caso do cinema, o real é a
estipticidade das cenas, e o movimento é a ilusão causada pelos sentidos visuais humanos e o
processo neural das sinapses, ou seja, além de um exemplo sobre a abordagem pré-socrática
dos sentidos, é também um exemplo da análise parmenidiana.
Uma vez que Heráclito diz que as coisas mudam para seu contrário, e Parménides é oposto a
Heráclito, significa que quando alguém admite uma lógica heraclidiana e depois acaba
abandonando esta ideologia e adora uma postura parmenidiana, significa que isso se torna um
exemplo do pensamento heraclidiano; afinal, a ideologia da pessoa se alternou para seu
contrário, de Heráclito para Parménides, que são opostos.
Aristóteles diz que Heráclito comete um erro, pois Aristóteles, por sua vez, considera
desnecessária a separação de realidade e aparência em dois mundos diferentes, ele não aceita
que o devir (permanência) e a mudança sejam mera aparência ilusória. Estes conceitos de
mudanças, na realidade são muito relativos, e não absolutos, não é uma regra natural fixa e
generalizada, uma vez que há seres cuja essência é mudar, e seres cuja essência é imutável.
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Conclusão
Terminado o trabalho, este que visou falar da vida e obra do autor Aristóteles, finalmente
chegou-se a varias conclusões de que Aristóteles foi um dos três grandes filósofos da Grécia
Antiga, tendo convivido e estudado com Platão. Após anos de estudos na academia passou a
leccionar na instituição, aprofundando-se em seus estudos sobre temas da filosofia platónica
(de forte inspiração socrática), que iam de conhecimentos de ética e política até questões
como o conhecimento da verdade e a formação das ideias.
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Referencias bibliograficas
GRENET, PAUL (1962). Aristote ou Ia Raison sans Démesure, Editions Seghers, Paris.
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