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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Aula 03 – Cálculo Estequiométrico


Nessa aula será estudado sobre a proporção das reações
químicas.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 1


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 4

1. NOTAÇÃO DAS REAÇÕES QUÍMICAS 4

2. LEIS PONDERAIS 5

Lei de Lavoisier 5

Lei de Proust 12

Lei de Dalton 13

3. LEI VOLUMÉTRICA E VOLUME MOLAR 14

Lei de Gay-Lussac 14

Volume Molar 15

4. BALANCEAMENTO DAS EQUAÇÕES QUÍMICAS 15

5. CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO 16

6. ASPECTOS REAIS DO CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO 21

Pureza 21

Rendimento 22

Excesso e Limitante 24

Reações Sucessivas 26

7. QUESTÕES FUNDAMENTAIS 27

8. JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES 29

Leis Ponderais 29

Cálculo Estequiométrico 32

Aspectos Reais do Cálculo Estequiométrico 39

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9. GABARITO SEM COMENTÁRIOS 45

10. RESOLUÇÕES DAS QUESTÕES FUNDAMENTAIS 46

11. QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS 52

12. CONSIDERAÇÕES FINAIS DAS AULAS 83

13. REFERÊNCIAS 83

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Introdução

Se prepare para um dos capítulos mais importantes da Química. Cálculo estequiométrico,


normalmente, se encontra no top 5 de qualquer vestibular. Alguns alunos e algumas alunas
apresentam trauma nesse capítulo, em contrapartida, outros alunos e outras alunas já
entenderam a lógica das questões e precisam apenas exercitar. Portanto, vou apresentar duas
propostas para vocês.

pule para as
Se você tem facilidade...
questões!
Cálculo
estequiométrico
Se você tem dificuldade
leia a parte teórica!
ou insegurança...

A parte teórica foi escrita passo a passo de forma a não deixar nenhuma dúvida existir.
Dessa vez, você, que possui dificuldade nesse tema, vai entender e acertar as questões do
vestibular.
Então separe um lanchinho e sua água/café/suco.
Are you ready? Let’s do it!

1. Notação Das Reações Químicas

Toda transformação química da matéria é representada por uma equação química que
indica a(s) substância(s) consumida(s) e a(s) substância(s) formada(s) separadas por uma seta.
As substâncias consumidas são denominadas reagentes, enquanto as substâncias formadas
são chamadas de produtos.
𝑅𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 → 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠
Até o século XVIII, acreditava-se que a água poderia ser um átomo ou uma substância
simples. Porém, Lavoisier, em 1783, descobriu que a água sofria uma reação de decomposição
quando entrava em contato com ferro incandescente e, assim, produzia gás hidrogênio e gás
oxigênio. Atualmente, utiliza-se corrente elétrica para essa decomposição da água.

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Normalmente, as reações químicas são representadas em quatro maneiras: somente as


fórmulas; fórmulas e estados físicos; fórmulas, estados físicos e coeficientes; fórmulas, estados
físicos, coeficientes e condições da reação (temperatura, catalisador, etc.). A reação de
decomposição da água, através da corrente elétrica, pode ser representada pelas seguintes
equações:

H2O → H2 + O2
• Somente as fórmulas

H2O (l) → H2 (g) + O2 (g)


• Fórmulas e estados físicos

2 H2O (l) → 2 H2 (g) + O2 (g)


• Fórmulas, estados físicos e coeficientes.


2 H2O (l) → 2 H2 (g) + O2 (g)
• Fórmulas, estados físicos, coeficientes e condições da
reação.

2. Leis Ponderais

No século XIX, Dalton, Lavoisier e Proust fizeram importantes descobertas no ramo da


Química. O modelo atômico de Dalton, acreditado na época, classificava o elemento químico de
acordo com sua massa e tamanho. Com isso, Lavoisier foi um dos primeiros cientistas a
descobrir a relação de conservação das massas e, assim, elaborar sua lei.
As leis ponderais foram as primeiras leis que estabelecem proporção em massa das
substâncias em reações e fórmulas químicas.

Lei de Lavoisier
Ao realizar reações químicas em sistemas fechados, Lavoisier observou que a massa
inicial do sistema é sempre igual à massa final. Ele denominou essa observação de Lei da
Conservação das Massas ou Lei de Lavoisier. Um sistema fechado é aquele em que não
ocorre saída nem entrada de partículas, ou seja, a quantidade de partículas é constante. Embora

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Lavoisier tenha descoberto essa conservação das massas em sistemas fechados, essa lei se
aplica a todos os sistemas sejam fechados, abertos ou isolados.

Sistema aberto
• pode ocorrer troca de partículas e de energia com o
meio envolvente.

Sistema fechado
• não ocorre troca de partículas, mas pode ocorrer troca
de energia com o meio envolvente.

Sistema isolado
• não ocorre troca de partículas e nem de energia com
o meio envolvente.
Figura 1 - Sistema aberto [fonte: Unsplash].
Figura 2 - Sistemas fechado [Fonte: Unsplash].
Figura 3 - Sistemas isolado. [Fonte: Shutterstock].

O que queima na vela?


Muitas pessoas pensam que o combustível da vela é o pavio
(barbante ou algodão), mas não é. O pavio também é queimado, mas
ele é importante como meio de transporte do combustível. A cera da
vela ou parafina é formada por uma mistura de hidrocarbonetos de
cadeias carbônicas abertas, saturadas e apresentam 20 ou mais
carbonos por molécula.
O pavio foi previamente preparado saturando-o com cera
Figura 4 - vela acesa [Fonte:
líquida. Ao se acender o pavio, ocorre a fusão da cera que, ao entrar unsplash].

em contato com o pavio, sobe por capilaridade até atingir a chama.


Quando a cera entra em contato com a chama, ocorre a sua
vaporização que, imediatamente, o vapor da cera sofre combustão
com liberação de energia térmica e luminosa. A reação de
combustão de uma vela é classificada como combustão incompleta

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sendo comprovada pela liberação da fumaça preta, denominada


fuligem, a qual é composta, principalmente, por átomos de carbono.

A chama de uma vela é identificada em 4 principais regiões:


Região 2
Região 1
Zona escura (≈1000 °C):
Zona azul (≈800 °C): zona
reação de pirólise da parafina
responsável pela manutenção
que não foi queimada na
da sua fusão da vela.
região 1.

Região 3
Zona luminosa (≈1200 °C):
região responsável pela Região 4
iluminação da vela. Zona
Zona externa não-luminosa
pobre em oxigênio, logo
(≈1400 °C): zona responsável
ocorre a reação de
pela combustão completa.
combustão incompleta Figura 5 - A chama de uma vela [fonte:
Wikipedia]
liberando a fumaça preta,
fuligem (carbono).
Uma vela nunca mais será a mesma em sua vida, né?!

Vamos observar dois sistemas com reação:

Sistema: Combustão da vela Combustão da vela em um recipiente


fechado
Reação: Vela + oxigênio → gás carbônico e Vela + oxigênio → gás carbônico e água
água
Observação: Não se observa conservação da Se observa conservação da massa
massa porque o sistema é aberto. porque o sistema é fechado.

Nos dois sistemas acima ocorre conservação das massas, porém somente em um é
observável.

Figura 6 - prego enferrujado [Fonte: Unsplash].

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A ferrugem de um prego é resultado da reação do ferro com o oxigênio do ar formando o


óxido de ferro, representado pela equação:

Sabe-se que, experimentalmente, a reação de 56 gramas de ferro com 16 gramas de


oxigênios são formados 72 gramas de óxido de ferro. Assim, temos:

Para os principais vestibulares, é importante saber a relação, em massa, de dois tipos de


reação de combustão. Algumas reações de combustão apresentam o produto com massa maior
que os reagentes, enquanto, em outras, é menor. Em reações de combustão dos metais ocorre
aumento de massa, enquanto a de matérias orgânicas ocorre diminuição da massa.

Combustão de metais.
• aumento da massa.
• metal + oxigênio → óxido

Combustao de matéria orgânica.


• diminuição da massa.
• matéria orgânica + oxigênio → gás carbônico +
água

A combustão de um material que contém carbono e hidrogênio (papel, madeira, etc.)


apresenta diminuição de massa no produto formado porque esses liberam gás carbônico e água,
respectivamente.

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Figura 6 - A fumaça contém partículas que ao serem liberadas diminuem a massa retida na parte sólida [fonte: Unsplash].

(UEPG PR/2017 - adaptado)


Nas reações de decomposição apresentadas abaixo, identifique aquelas que se
apresentam de acordo com a lei de Lavoisier e assinale o que for correto.

01. 9 g de água → 1 g de hidrogênio + 8 g de oxigênio.


02. 27 g de água → 3 g de hidrogênio + 24 g de oxigênio.
04. 11 g de gás carbônico → 4 g de carbono + 8 g de oxigênio.
08. 60 g de monóxido de nitrogênio → 28 g de nitrogênio + 32 g de oxigênio.
16. 34 g de amônia → 4 g de hidrogênio + 28 g de nitrogênio.

Comentários:
01. Certo. A massa de consumo da água (9 gramas) é igual às massas de formação
de hidrogênio e de oxigênio (1 gramas + 8 gramas = 9 gramas).
02. Certo. A massa de consumo da água (27 gramas) é igual às massas de formação
de hidrogênio e de oxigênio (3 gramas + 24 gramas = 27 gramas).
04. Errado. A massa de consumo do gás carbônico (11 gramas) não é igual às
massas de formação de carbono e de oxigênio (4 gramas + 8 gramas = 12 gramas).
08. Certo. A massa de consumo de monóxido de nitrogênio (60 gramas) é igual às
massas de formação de nitrogênio e de oxigênio (28 gramas + 32 gramas = 60 gramas).
16. Errado. A massa de consumo de amônia (34 gramas) não é igual às massas de
formação de hidrogênio e de nitrogênio (4 gramas + 28 gramas = 32 gramas).
Gabarito: 11

(UECE/2013)

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Em um laboratório de química, realizou-se a combustão de 10 g de palha de aço em um


recipiente aberto e, após sua queima, a massa resultante obtida foi de 10,9 g. Assinale a
única opção que explica corretamente por que esse valor obtido não invalida a lei da
conservação das massas.
a) Como após a queima, a massa resultante deveria ser de 10 g, deve ter ocorrido um
erro durante a pesagem.
b) Na combustão, o ferro reage com o oxigênio do ar, formando óxido, com 0,9 g a mais;
esse acréscimo deve-se apenas à massa do oxigênio do ar que foi fixado na formação do
óxido.
c) Não invalida a lei, porque a massa resultante de 10,9 g é normal, por estar dentro da
margem de erro em uma pesagem, que é de 10%.
d) Como a combustão foi realizada em um recipiente aberto, impurezas contidas na
atmosfera misturaram-se à massa resultante.

Comentários:
A queima da palha de aço corresponde à combinação de 10 gramas de palha de aço
mais 0,9 gramas de oxigênio formando um produto com 10,9 gramas.

a) Errado. Só manteria as 10 gramas caso não ocorresse nenhuma reação química.


Porém, o ferro aumenta a sua massa ao se combinar com o oxigênio.
b) Certo. A conservação das massas se aplica a todas as reações. A reação
correspondente à palha de aço foi: 10 g de palha de aço + massa oxigênio = 10,9 g. Logo, a
massa de oxigênio é igual a 0,9 g.
c) Errado. Não existe massa de erro. A massa de 0,9 g é devido à combinação dos
átomos de oxigênio.
d) Errado. O acréscimo de massa é devido à combinação dos átomos de oxigênio.
Gabarito: B

(UFPB/2013)
As reações químicas estão presentes em vários fenômenos do cotidiano, como a queima
de combustíveis, oxidação de metais, etc. Com o intuito de esclarecer esses fenômenos,
um professor de Química propôs aos seus alunos a realização de um experimento, em que
utilizou balança de dois pratos, uma folha de papel (1) e um pedaço de esponja de ferro (2),
ambos com massas idênticas, como ilustrado a seguir. Após a montagem do experimento,
a folha de papel e a esponja de ferro foram queimadas.

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Com base no exposto, a figura que representa corretamente a situação final observada
é:

a)

b)

c)

d)

e)

Comentários:
O papel – matéria orgânica – quando queimado libera gás carbônico e água, restando
como material sólido somente as cinzas.
Papel (s) + oxigênio (g) → gás carbônico (g) + água (g) + cinzas (s)
Os produtos gasosos, gás carbônico e água, são liberados para o meio, portanto a massa
que permanece no prato da balança será menor que a massa inicial, fazendo com que o
prato que continha o papel fique mais leve e suba.
O pedaço da esponja de ferro, quando queimado, se combina com o oxigênio e forma
um material sólido.
Esponja de aço (s) + oxigênio (g) → produto (s)
Como a combinação do ferro e do oxigênio formam um material sólido, a massa que fica
apoiada no prato da balança será maior que a massa inicial. Portanto, se a massa do
produto é maior, o prato da balança ficará para baixo.

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IMPORTANTE: nos dois casos de queima ocorre conservação das massas. O que a
questão está analisando é a massa que fica apoiada sobre o prato da balança, ou seja, a
questão está analisando, somente, a massa dos sólidos finais.
Gabarito: D

Lei de Proust
O químico francês Joseph Louis Proust, ao utilizar balanças nas reações químicas,
percebeu uma lei na proporção das massas das substâncias. A lei de Proust ou Lei das
Proporções Definidas ou Constantes diz que dois ou mais elementos químicos, ao se
combinarem, mantém uma proporção, em números inteiros, e constante. Consequentemente,
em uma reação química, a proporção entre as substâncias participantes se mantém constante.
Partindo do exemplo visto na lei de Lavoisier, temos:

A proporção de ferro, oxigênio e óxido é de 32, 16 e 72 gramas. Logo, podemos calcular


a quantidade de todos as substâncias envolvidas na reação, a partir da massa de uma delas.
Por exemplo, para reagir 16 gramas de ferro, metade da quantidade da substância usada no
exemplo, precisaremos da metade da quantidade de todas as outras.

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Perceba que as duas leis ponderais acontecem juntas. A soma dos reagentes 16 + 8 é
igual a massa do produto 24 gramas.

Lei de Dalton
O químico inglês John Dalton, além de seu modelo atômico, elaborou uma lei ponderal
denominada lei das proporções múltiplas ou Lei de Dalton. Essa lei presume que mesmos
reagentes quando reagem em proporções diferentes formam produtos diferentes, porém os
produtos formados apresentam proporção em números inteiros e pequenos.
Reação 1 Reação 2
carbono + oxigênio → Produto 1 carbono + oxigênio → Produto 2
Reage 12 g reage 32 g 44 g
12 g 16 g 28 g com
com

Portanto, para uma mesma massa de carbono consumida, a quantidade consumida de


oxigênio segue uma proporção:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑜𝑥𝑖𝑔ê𝑛𝑖𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜 𝑒𝑚 1 16 𝑔 1
= =
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑜𝑥𝑖𝑔ê𝑛𝑖𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜 𝑒𝑚 2 32 𝑔 2
Portanto, o produto 2 apresenta o dobro da quantidade de oxigênio da fórmula do produto
1, ou seja, se a fórmula do produto 1 é CO, a fórmula do produto 2 será CO2.

(Uni-FaceF SP/2017)
Foram realizados dois experimentos cujos dados constam na tabela.

Os valores de x, y e z, em gramas, que completam, correta e respectivamente, a tabela


são

a) 4,0; 12,0 e 12,5.


b) 16,0; 6,0 e 5,5.
c) 4,0; 0,75 e 1,25.

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d) 16,0; 0,75 e 0,25.


e) 4,0; 1,5 e 2,0.

Comentários:

Gabarito: C

3. Lei Volumétrica e Volume Molar


Em 1808, Louis Joseph Gay-Lussac (1778-1850) elaborou a lei volumétrica observando a
proporção, em volume, das substâncias em sistemas de reações químicas gasosas.

Lei de Gay-Lussac
Lei de Gay-Lussac ou lei volumétrica: em uma reação química, nas mesmas
condições de temperatura e pressão, os volumes das substâncias no estado gasoso
apresentam-se em proporção em números inteiros e pequenos.

A reação gasosa: 2 H2 (g) + O2 (g) → 2H2O (g), apresenta a proporção, em volume de

números inteiros e pequenos, de 2:1:2.


2 H2 (g) + O2 (g) → 2 H2O (g)
Exemplo 1: 2L 1L 2L
Exemplo 2: 4 mL 2 mL 4 mL
Exemplo 3: 10 L 5L 10 L

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Volume Molar
Para materiais gasosos, o volume ocupado por um gás corresponde ao volume do
recipiente, contudo, nas mesmas condições de temperatura e pressão, o volume é proporcional
à quantidade de partículas. Essa afirmação apresenta um detalhamento matemático que será
explorado na aula de gases, por enquanto, a atenção desta aula se mantém nos estudos de mol
e suas conversões. Portanto:

Volume molar: é o volume ocupado por 1 mol de partículas no estado gasoso, a uma
dada pressão e temperatura.

Simplificadamente, o volume molar não depende da natureza do gás (atômica ou


molecular), somente das condições de temperatura e pressão.

As Condições
Volume
molar na Normais de
CNTP é
igual a Temperatura e
22,4 Pressão (CNTP) são
L/mol.
0 °C e 1 atm.
As Condições
Volume
Ambientes de molar na
Temperatura e CATP é
igual a 25
Pressão (CNTP) L/mol.
são 25 °C e 1 atm.

4. Balanceamento das Equações Químicas


Em uma reação química, os átomos sofrem rearranjo, ou seja, quebram ligações para
formar novas ligações e, assim, nenhum átomo se perde ou se cria. O balanceamento das
equações químicas corresponde ao ajuste dos índices estequiométricos para adequar a
conservação dos átomos. Um dos métodos de balanceamento é denominado método das
tentativas:

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1º Passo: escolha um elemento químico. Dê preferência ao


elemento que apareça em uma única substância no reagente e no
produto.

2º Passo: inverta os índices de atomicidade do elemento


escolhido.

3º Passo: determine a quantidade dos demais átomos, a partir


das substâncias fixadas no 2º passo.

Exemplo: Balanceie a equação a seguir.


C6H12O6 + O2 → CO2 + H2O

Portanto, a equação balanceada é: 1 C6H12O6 + 6 O2 → 6 CO2 + 6 H2O.

5. Cálculo Estequiométrico
Desde os estudos de Lavoisier e Proust, a humanidade já conseguia prever as
quantidades consumidas e formadas pelas substâncias em uma reação química. A
estequiometria consiste na análise dessa proporção, que pode ser em massa, em mol, em
número de partículas (íons, moléculas, elétrons e outros), em volume, etc.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 16


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Para que você consiga fazer todos os cálculos estequiométricos, vou montar um passo a
passo para a sua resolução.

Proporção em Adequação da
Balanceamento Regra de 3
mol proporção

1º Passo
Balanceie as equações químicas. Não é obrigatório que os coeficientes estequiométricos
sejam representados como menores números inteiros.

2º Passo
A partir dos números estabelecidos na equação balanceada, leia a proporção, em mol,
entre as substâncias.

3º Passo
Adeque a proporção, em mol, de acordo com as unidades do dado e da incógnita
fornecidos pela questão.

4º Passo
Monte a regra de 3. A 1ª linha da regra de 3 corresponde às transformações elaboradas
nos dois primeiros passos, enquanto a 2ª linha corresponde ao valor do dado e da incógnita.

Exemplo de Estequiometria
A partir do consumo de 10 gramas de hidrogênio, calcule a massa, em gramas, de
oxigênio consumida na reação a seguir:
H2 (g) + O2 (g) → H2O (g)
Resolvendo:

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Proporção: Mol - Mol


Determine a quantidade de matéria, em mol, de monóxido de carbono produzida pela
reação de 6 mols de oxigênio com quantidade suficiente de carbono na reação: C + O 2 → CO.
Resolvendo:

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 18


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1º Passo – balanceamento: 2 C + 1 O2 → 2 CO
2º Passo – proporção: 1 mol O2 : 2 mol CO
3º Passo – adequação: 1 mol O2 : 2 mol CO
4º Passo – regra de 3: 1 𝑚𝑜𝑙 𝑂2 −−−− 2 𝑚𝑜𝑙 𝐶𝑂
6 𝑚𝑜𝑙 𝑂2 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝐶𝑂
x = 12 mols de CO

Proporção: Mol - Massa


Determine a massa, em gramas, de enxofre necessária para a produção de 10 mols de
dióxido de enxofre, tendo quantidade suficiente de oxigênio, na reação: S 8 + O2 → SO2.
Resolvendo:
1º Passo – balanceamento: 1 S8 + 8 O2 → 8 SO2
2º Passo – proporção: 1 mol S8 : 8 mol SO2
3º Passo – adequação: 1 · 256 g S8 : 8 mol SO2
4º Passo – regra de 3: 1 · 256 𝑔 𝑆8 −−−− 8 𝑚𝑜𝑙 𝑆𝑂2
𝑥 𝑔 𝑆8 −−−− 10 𝑚𝑜𝑙 𝑆𝑂2
x = 320 gramas de S8

Proporção: Massa - volume


Nas CNTP, determine o volume, em litros, de nitrogênio necessário para o consumo de
24 gramas de hidrogênio durante a formação da amônia: N2 (g) + H2 (g) → NH3 (g).
Resolvendo: (CNTP: 22,4 L/mol)
1º Passo – balanceamento: 1 N2 + 3 H2 → 2 NH3
2º Passo – proporção: 1 mol N2 : 3 mol H2
3º Passo – adequação: 1·22,4 L N2 : 3·2 g H2
4º Passo – regra de 3: 22,4 𝐿 𝑁2 −−−− 6 𝑔 𝐻2
𝑥 𝐿 𝑁2 −−−− 24 𝑔 𝐻2
x = 89,6 L de N2
Proporção: Massa - Partículas
Determine o número de átomos de ferro consumido em uma reação química, com
quantidade suficiente de ácido clorídrico, que produziu 32,5 gramas de cloreto férrico pela
reação:
Fe + HC → FeC3 + H2
Resolvendo:
1º Passo – balanceamento: 1 Fe + 3 HCl → 1 FeCl3 + 3/2 H2
2º Passo – proporção: 1 mol Fe : 1 mol FeCl3

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 19


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3º Passo – adequação: 1 · 6·1023 átomos Fe : 1·162,5 g FeCl3


4º Passo – regra de 3: 6 · 1023 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐹𝑒 −−−− 162,5 𝑔 𝐹𝑒𝐶𝑙3
𝑥 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐹𝑒 −−−− 32,5 𝑔 𝐹𝑒𝐶𝑙3
x = 1,2·1023 átomos de Fe

Você já percebeu que às vezes se usa mol e as vezes se usa mols? Sabe a diferença?
Essa confusão ocorre porque mol é o símbolo da unidade e a unidade por extenso. Essa
confusão não ocorre com outras unidades, por exemplo pode-se escrever 2 gramas (por extenso)
ou 2 g (símbolo da unidade). Analogamente, 2 mols (por extenso) ou 2 mol (símbolo da unidade).

(Uni-FaceF SP/2017)
Durante o processo de fermentação das uvas, seus açúcares são transformados em
etanol. Esse processo pode ser representado pela equação:
C6H12O6 → 2 C2H5OH + 2 CO2
Considerando que a reação tenha rendimento total, a massa de açúcar necessária para
sintetizar 414 g de etanol é próxima de

a) 1 656 g.
b) 810 g.
c) 552 g.
d) 108 g.
e) 40 g.

Comentário:
180 𝑔 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻12 𝑂6 −−−− 2 · 46 𝑔 𝑑𝑒 𝐶2 𝐻5 𝑂𝐻
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻12 𝑂6 −−−− 414 𝑔 𝑑𝑒 𝐶2 𝐻5 𝑂𝐻
x = 810 g de C6H12O6

Gabarito: B

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 20


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(Fac. Direito de São Bernardo do Campo SP/2018)


Observe a reação, não balanceada, que representa uma das maneiras de produção do
gás cloro.
MnO2(s) + HCl(aq) → MnCl2(aq) + H2O(l) + Cl2(g)
Para produção de 3 mols de Cl2 quantos gramas de HCl são necessários?

a) 219 g
b) 438 g
c) 109,5 g
d) 213 g

Comentário:
Balanceando a reação química: 1 MnO2(s) + 4 HCl(aq) → 1 MnCl2(aq) + 2 H2O(l) + 1
Cl2(g)
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑙2 −−−− 4 · 36,5 𝑔 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙
3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑙2 −−−− 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙
x = 438 g de HC

Gabarito: B

6. Aspectos Reais do Cálculo Estequiométrico


Conforme visto nas aulas anteriores, a maior parte dos materiais é encontrada impura,
portanto, em uma reação química, são encontradas outras substâncias além dos reagentes
necessários. Então, para o cálculo estequiométrico preciso e exato, é necessário averiguar
quatro aspectos reais: a pureza dos materiais, o rendimento da reação, a possibilidade de
reagentes em excesso e a probabilidade de reações sucessivas.

Pureza
Denominaremos pureza como a porção que participa da reação, que pode ou não ser o
componente mais abundante do material. Para o cálculo da pureza, antes ou depois do cálculo
estequiométrico, monte uma regra de 3 à parte:

𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑖𝑚𝑝𝑢𝑟𝑜 −−−− 100%


𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑝𝑢𝑟𝑜 𝑜𝑢 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 −−−− 𝑥% (𝑝𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎)

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 21


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Exemplo: Considere uma amostra de 500 g de bauxita, minério formado por 75% de óxido
de alumínio, que sofreu reação com carbono e produziu alumínio metálico e dióxido de carbono.
Calcule, em gramas, a quantidade de alumínio produzida a partir do consumo de toda quantidade
de óxido de alumínio, considerando que existem quantidades suficientes de carbono para ocorrer
a reação.
Resolução:
𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑖𝑚𝑝𝑢𝑟𝑜 −−−− 100%
𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑝𝑢𝑟𝑜 𝑜𝑢 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 − − − − 𝑥% (𝑝𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎)
100 𝑔 𝑏𝑎𝑢𝑥𝑖𝑡𝑎 − − − − 100%
𝑥 𝑔 𝐴𝑙2 𝑂3 − − − − 75%
x = 375 g de Al2O3
A partir do cálculo da quantidade da substância que participa da reação, pode-se realizar
o cálculo estequiométrico:
1 Al2O3 + 3 C → 2 Al + 3 CO2
Proporção: 1 mol Al2O3 – 2 mols Al

1 · 102 g 𝐴𝑙2 𝑂3 − − − − 2 · 27 𝑔 𝑑𝑒 𝐴𝑙
375 g 𝐴𝑙2 𝑂3 −−−− 𝑥 g 𝑑𝑒 𝐴𝑙
x = 198,53 g de A

Não realize o cálculo estequiométrico com a quantidade da amostra total, ou seja, impura.
Então, fique atento nas questões sobre pureza e impureza e já separe as quantidades do que é
mistura e do que é substância.

Rendimento
Nem toda quantidade colocada em um sistema de reação é, realmente, consumida. Esse
fato pode ser explicado por diversos motivos: falta de tempo para o término da reação, impureza
dos reagentes, outras reações indevidas, interrupção da energia de ativação, etc. O objetivo
dessa aula não é buscar explicações para explicar o rendimento do processo, mas sim calculá-
lo.
A fim de realizar o cálculo do rendimento, é necessário montar uma regra de 3 à parte. Irei
utilizar dois termos: porção teórica e porção experimental. A porção teórica refere-se à
quantidade disponível no sistema para participar da reação, ou seja, uma quantidade hipotética

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 22


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

que pode reagir ou ser formada no processo. A porção experimental corresponde à parte que,
realmente, participa da reação, ou seja, é a quantidade consumida ou formada no processo. Para
calcular a porção experimental ou o rendimento, a questão precisa fornecer dados da realidade
do processo.

porção
rendimento
experimental

Normalmente, ou a questão fornece a quantidade experimental e solicita o rendimento, ou


a operação contrária.

𝑝𝑜𝑟çã𝑜 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎 −−−− 100%


𝑝𝑜𝑟çã𝑜 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 −−−− 𝑥% (𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)

Exemplo:
O carbonato de cálcio sofre decomposição térmica e produz óxido de cálcio e dióxido de
carbono. Em um laboratório, 10 gramas de uma amostra de carbonato de cálcio produziram 4
gramas de óxido de cálcio. Determine o rendimento percentual desse processo.
Resolução:
1 CaCO3 → 1 CaO + 1 CO2
𝑝𝑜𝑟çã𝑜 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎 −−−− 100%
𝑝𝑜𝑟çã𝑜 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 − − − − 𝑥% (𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)

10 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 −−−− 100%


? 𝑝𝑜𝑟çã𝑜 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 − − − − 𝑥% (𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)
Para calcular o rendimento do procedimento laboratorial, é necessário determinar a
quantidade de carbonato de cálcio que, efetivamente, participou da reação. A questão não
informou quantos dos 10 gramas foram consumidos, mas sim que existe esse consumo no
procedimento. A quantidade que regiu de carbonato de cálcio é proporcional à quantidade
formada de óxido de cálcio, 4 gramas. Portanto:
Proporção: 1 mol CaCO3 – 1 mol de CaO
1 · 100 g 𝐶𝑎𝐶𝑂3 − − − − 1 · 56 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑂
y g 𝐶𝑎𝐶𝑂3 −−−− 4 g 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑂
y = 7,14 g de CaCO3

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 23


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

(essa é a quantidade que, efetivamente, foi consumida na reação).


Finalizando:
10 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 −−−− 100%
? 𝑝𝑜𝑟çã𝑜 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 − − − − 𝑥% (𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)

10 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 −−−− 100%


7,14 𝑔 𝐶𝑎𝐶𝑂3 − − − − 𝑥% (𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)
x = 71,4 %
A reação apresenta 71,4% de rendimento.

Excesso e Limitante
Segundo Proust, a proporção, em massa, das substâncias envolvidas em uma reação é
constante. Atualmente, entende-se que essa proporção é determinada não somente em massa,
mas em qualquer relação de quantidade. Porém, o que acontece quando os reagentes, de
uma reação química, não se encontram na proporção exata para reagirem?
Considerando uma reação com 100% de rendimento, quando os reagentes não estão em
proporção estequiométrica para reagirem, um deles será o reagente limitante, ou seja, se
esgotará enquanto o outro permanecerá no sistema. O reagente que permanece no sistema é
denominado reagente em excesso.

O segredo está na leitura da questão. Preste atenção nas palavras “colocados”, “reagiu”,
“consumiu”, etc. no comando da questão. Exemplos: “foram colocados 5 gramas de cloreto de
sódio” é diferente de “foram consumidos 5 gramas de cloreto de sódio”. O termo “colocado” é
empregado no sentido de que existe no sistema, podendo ou não, ser consumido totalmente,
enquanto os termos “consumido” e “reagiu” indicam a participação na reação.

Para identificar o reagente em excesso e o reagente limitante, basta fazer o teste de


consumo total de um dos reagentes que foram colocados no sistema: calcule a quantidade
necessária do outro reagente e avalie a possibilidade da reação completa do reagente testado.
Feito a identificação do reagente limitante, utilize-o para calcular o consumo/formação das
espécies envolvidas na transformação.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 24


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

1º Passo: escolha um dos reagentes para testar como reagente limitante.

2º Passo: monte a regra de 3 entre os reagentes e calcule a quantidade


necessária do outro reagente para o consumo de todo o reagente testado

3º Passo: avalie a possibilidade do consumo a partir das quantidades que


foram colocadas no sistema.
Vide o exemplo a seguir:
Em uma reação química, foram colocados 20 gramas de gás hidrogênio e 50 gramas de
gás nitrogênio, identifique o reagente limitante e o em excesso.
1 N2 + 3 H2 → 2NH3
1º Passo: Foram colocados 20 g de H2 e 50 g de N2. Escolherei, aleatoriamente, o
hidrogênio para testar se esse é o reagente limitante.
2º Passo: Proporção de reação entre nitrogênio e hidrogênio: 1 mol e 3 mol.

3º Passo: Para consumir, totalmente, os 20 gramas de hidrogênio são necessários 93,3


gramas de N2, porém no sistema só há 50 gramas de N2; logo o hidrogênio é o reagente em
excesso porque não será totalmente consumido. Identificamos, assim, o reagente em excesso
como o hidrogênio e o reagente limitante como nitrogênio.
Se em vez dos 20 g de hidrogênio testado, tivessem sido testados os 50 g de N 2, teríamos
chegado a mesma conclusão:

Para consumir, totalmente, os 50 gramas de nitrogênio são necessários 10,71 gramas de


H2, essa possibilidade é permitida porque no sistema existem 20 gramas de hidrogênio. Assim,
conclui-se que o nitrogênio é o reagente limitante e o hidrogênio é o excesso.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 25


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Reações Sucessivas
As reações sucessivas são reações sequenciais em que para determinar o consumo e a
formação das substâncias é possível somar as equações e calcular a partir de uma reação global.
Essas reações sucessivas são possíveis, pois existe substância que se comporta como reagente
em uma etapa e como produto em outra. Essa substância é denominada intermediária.

1º passo: balanceie 2º passo: iguale a


3º passo: some as
cada reação quantidade dos
equações.
separadamente. intermediários.

Exemplo:
Determine a equação global das reações sucessivas abaixo.
S8 + O2 → SO2
SO2 + O2 → SO3
SO3 + H2O → H2SO4
1º Passo: balanceamento.
S8 + 8 O2 → 8 SO2
2 SO2 + O2 → 2 SO3
SO3 + H2O → H2SO4

2º Passo: iguale a quantidade dos intermediários.


S8 + 8 O2 → 8 SO2
2 SO2 + O2 → 2 SO3 S8 + 8 O2 → 8 SO2
(multiplico todos os índices por 4)
8 SO2 + 4 O2 → 8 SO3
SO3 + H2O → H2SO4
(multiplico todos os índices por 8)
8 SO3 + 8 H2O → 8 H2SO4

3º Passo: Ao somar as equações, cancele os intermediários.

E assim se obtém a equação global.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 26


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

7. Questões Fundamentais
I. Questão fundamental 01
A partir da reação abaixo, complete o quadro a seguir.

Carbono + Oxigênio → Gás carbônico OBSERVAÇÃO


12 g 32 g X
6g Y Z
W 6,4 g T
4g Q R Restou 1 g de carbono ao final da reação

II. Questão fundamental 02

Balanceie as equações químicas seguintes.

a) C2H6O + O2 → CO2 + H2O


b) Na2CO3 + HCl → NaCl + H2O + CO2
c) C6H12O6 → C2H6O + CO2
d) C4H10 + O2 → CO2 + H2O
e) FeCl3 + Na2CO3 → Fe2(CO3)3 + NaCl
f) NH4Cl + Ba(OH)2 → BaCl2 + NH3 + H2O
g) Ca(OH)2 + H3PO4 → Ca3(PO4)2 + H2O
h) Fe2(CO3)3 + H2SO4 → Fe2(SO4)3 + H2O + CO2
i) Na2O + (NH4)2SO4 → Na2SO4 + H2O + NH3
j) NaN3 → Na + N2
k) Fe2O3 + C → Fe + CO
l) FeS2 + O2 → Fe2O3 + SO2
m) NH3 + O2 → NO + H2O
n) KMnO4 + H2SO4 → Mn2O7 + K2SO4 + H2O
o) CS2 + O2 → CO2 + SO2
p) H3PO4 + CaO → Ca3(PO4)2 + H2O

III. Questão fundamental 03- cálculos sem excesso, 100% de rendimento e 100% de
pureza.

a) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de CO2 obtida pelo consumo de
4,6 gramas de etanol.
C2H6O + O2 → CO2 + H2O

b) A partir da equação abaixo, calcule a quantidade de matéria, em mol, de NaCl obtida pelo
consumo de 5 mols de carbonato de sódio.
Na2CO3 + HCl → NaCl + H2O + CO2

c) A partir da equação abaixo, calcule o número de moléculas de C6H12O6 necessários para


obter 2,2 gramas de dióxido de carbono.
C6H12O6 → C2H6O + CO2

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 27


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

d) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de gás oxigênio necessária para
consumir 2 mols de butano.
C4H10 + O2 → CO2 + H2O

e) A partir da equação abaixo, calcule a quantidade de matéria, em mol, de carbonato férrico


obtida ao se obter 175,5 gramas de cloreto de sódio.
FeCl3 + Na2CO3 → Fe2(CO3)3 + NaCl

Reagentes em excesso.
f) A partir da equação abaixo, calcule a quantidade de matéria, em mol, de cloreto de bário
produzido a partir da reação de 10 mols de cloreto de amônio e 7 mols de hidróxido de
bário.
NH4Cl + Ba(OH)2 → BaCl2 + NH3 + H2O

g) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de fosfato de cálcio produzida


a partir da reação de 74 g de hidróxido de cálcio e 98 gramas de ácido fosfórico.
Ca(OH)2 + H3PO4 → Ca3(PO4)2 + H2O

h) A partir da equação abaixo, calcule o número de moléculas de dióxido de carbono


produzido a partir da reação de 10 mols de carbonato férrico e 98 gramas de ácido
sulfúrico.
Fe2(CO3)3 + H2SO4 → Fe2(SO4)3 + H2O + CO2

i) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de amônia produzida a partir da


reação de 124 gramas de óxido de sódio e 3 mols de sulfato de amônio.
Na2O + (NH4)2SO4 → Na2SO4 + H2O + NH3

Pureza.
j) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de gás nitrogênio produzida a
partir da reação completa de 78 gramas de uma amostra com 80% de pureza de NaN 3.
NaN3 → Na + N2

k) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de carvão (com 60% de pureza
de carbono) necessária para obter 5,6 gramas de ferro metálico.
Fe2O3 + C → Fe + CO

l) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de ar (com 70% de oxigênio)


necessária para obter 5 mols de dióxido de enxofre.
FeS2 + O2 → Fe2O3 + SO2

m) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de monóxido de nitrogênio


produzida a partir da reação completa de 4,76 gramas de uma amostra, que possui 60%
de pureza de amônia.
NH3 + O2 → NO + H2O

Rendimento.
n) A partir da equação abaixo, calcule o número de moléculas de água produzido a partir da
reação, com 70% de rendimento, de 0,98 gramas de ácido sulfúrico.
KMnO4 + H2SO4 → Mn2O7 + K2SO4 + H2O

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 28


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

o) A partir da equação abaixo, calcule a quantidade de matéria, em mol, de dióxido de


enxofre produzida a partir da reação, com 80% de rendimento, de 9,6 gramas de gás
oxigênio.
CS2 + O2 → CO2 + SO2

p) A partir da equação abaixo, calcule o rendimento, em porcentagem, sabendo que o


consumo de 9,8 gramas de ácido fosfórico produziu 0,04 mol de fosfato de cálcio.
H3PO4 + CaO → Ca3(PO4)2 + H2O

8. Já Caiu Nos Principais Vestibulares

Leis Ponderais
1. (UNITAU/2020)
Um pedaço de palha de ferro é exposto a uma alta temperatura até que fique incandescente
(queima) na presença de ar atmosférico. Sobre a massa desse pedaço de palha de ferro, é
CORRETO afirmar que, após a queima,
a) manterá a mesma massa, uma vez que a massa dos reagentes e produtos não sofre
alteração.
b) terá massa menor, pois o metal perde massa durante a queima.
c) terá massa maior, devido à reação do metal com o oxigênio.
d) terá massa maior, uma vez que o ferro reage com o vapor da água da atmosfera.
e) manterá a mesma massa, pois o metal não reage com os componentes do ar atmosférico.

2. (UEA AM/2017)
Até a época dos trabalhos de Lavoisier, considerado o grande responsável pelo nascimento
da Química Moderna, acreditava-se que a água era uma substância simples.
Essa ideia foi invalidada quando ele demonstrou que a água líquida poderia ser

a) vaporizada, misturando-se com o ar em diferentes proporções.


b) obtida, como um único produto, pela reação entre hidrogênio e oxigênio.
c) misturada com o álcool em diferentes proporções.
d) transformada em gelo por abaixamento de temperatura.
e) obtida, como único produto, da liquefação do vapor de água.

3. (UEPB/2011)
Um professor realizou um experimento em um laboratório no qual ele realizou a queima de
papel amassado e de esponja de aço, respectivamente, em balanças artesanais, conforme figura
1.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 29


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Figura 1: balanças contendo papel amassado e esponja de aço, respectivamente, antes da queima desses
materiais.
Nos pratos da esquerda de cada balança são adicionados pesos de modo que os pratos
ficam em equilíbrio (mesmo peso) antes da queima. Considere que as balanças estão expostas
às condições ambiente e que nenhum produto sólido escapa dos pratos após a queima. Assuma
ainda que o papel seja um polímero cuja unidade polimérica é um monômero de fórmula mínima
(C6H10O5)n e que a esponja de aço utilizada é constituída unicamente de átomos de Ferro.
Assinale a alternativa que apresenta o comportamento qualitativo mais provável da balança
após a queima de cada material:

a)

b)

c)

d)

e) Nenhuma das alternativas, pois a esponja de aço não queima.

4. (PUC SP/2011)
Um determinado metal queima ao ar para formar o respectivo óxido, um sólido de alta
temperatura de fusão. A relação entre a massa do metal oxidado e a massa de óxido formado
está representada no gráfico a seguir.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 30


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Durante um experimento, realizado em recipiente fechado, foi colocado para reagir 1,00 g do
referido metal, obtendo-se 1,40 g do seu óxido. Considerando-se que todo o oxigênio presente
no frasco foi consumido, pode-se determinar que a massa de oxigênio presente no sistema inicial
é x. Em outro recipiente fechado, foram colocados 1,50 g do referido metal em contato com 1,20
g de oxigênio. Considerando que a reação ocorreu até o consumo total de pelo menos um dos
reagentes, pode-se afirmar que a massa de óxido gerado é y.
Sabendo que o metal em questão forma apenas um cátion estável e considerando que em
todas as reações o rendimento foi de 100 %, os valores de x e y são, respectivamente,

a) 0,40 g e 2,70 g.
b) 0,40 g e 2,50 g.
c) 0,56 g e 2,50 g.
d) 0,56 g e 3,00 g.
e) 0,67 g e 2,70 g.

5. (PUC Camp SP/2011)


Em três experimentos sobre a combustão do carvão, C (s), foram obtidos os seguintes
resultados:

Os experimentos que seguem a lei de Lavoisier são:

a) I e II, somente.
b) I, II e III, somente.
c) II, III e IV, somente.
d) III e IV, somente.
e) I, II, III e IV.

6. (UFF RJ/2009)

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 31


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Desde a Antiguidade, diversos povos obtiveram metais, vidro, tecidos, bebidas alcoólicas,
sabões, perfumes, ligas metálicas, descobriram elementos e sintetizaram substâncias que
passaram a ser usadas como medicamentos. No século XVIII, a Química, a exemplo da Física,
torna-se uma ciência exata. Lavoisier iniciou na Química o método científico, estudando os
porquês e as causas dos fenômenos. Assim, descobriu que as transformações químicas e físicas
ocorrem com a conservação da matéria. Outras leis químicas também foram propostas e, dentre
elas, as ponderais, ainda válidas.
Com base nas leis ponderais, pode-se afirmar que, segundo:

I. a Lei da Conservação da Massa (Lavoisier), 1,0 g de Ferro ao ser oxidado pelo Oxigênio,
produz 1,0 g de Óxido Férrico;
II. a Lei da Conservação da Massa, ao se usar 16,0 g de Oxigênio molecular para reagir
completamente com 40,0 g de Cálcio, são produzidas 56 g de Óxido de Cálcio;
III. a Lei das Proporções Definidas, se 1,0 g de Ferro reage com 0,29 g de Oxigênio para
formar o composto Óxido Ferroso, 2,0 g de Ferro reagirão com 0,87 g de Oxigênio, produzindo
o mesmo composto;
IV. a Lei das Proporções Múltiplas, dois mols de Ferro reagem com dois mols de Oxigênio
para formar Óxido Ferroso; logo, dois mols de Ferro reagirão com três mols de Oxigênio para
formar Óxido Férrico.

Assinale a opção correta.

a) As afirmativas I e II estão corretas.


b) A afirmativa II está correta.
c) As afirmativas II e III estão corretas.
d) As afirmativas II e IV estão corretas.
e) A afirmativa III está correta.

Cálculo Estequiométrico
7. (UNICAMP/2022)
Resíduos de papel contribuem para que o clima mude mais do que a maioria das pessoas
pensam. A Blue Planet Ink anunciou que sua tinta de impressora autoapagável Paper Saver®
agora está disponível em cartuchos remanufaturados para uso em impressoras de uma
determinada marca. A tinta autoapagável (economizadora de papel) é uma tinta roxa de base
aquosa, que pode ser impressa em papel sulfite normal. Um cartucho rende a impressão de até
4000 folhas. Com a exposição ao ar, ao absorver dióxido de carbono e vapor de água, o
componente ativo (corante) da tinta perde sua cor, a impressão torna-se não visível e o papel
fica branco, tornando possível sua reutilização.
A "pegada de carbono" – isto é, a quantidade de carbono gerada na produção, transporte e
descarte – de 120 folhas de papel é a mesma de um carro a gasolina que se move por 16 km. O
Regulamento sobre Automóveis de Passageiros da Comissão Europeia estabeleceu como meta
que as emissões dos veículos leves não poderão ultrapassar 95 g 𝐶𝑂2/km a partir de 2020.
Levando em conta a combustão completa da gasolina (considere a gasolina como sendo
constituída unicamente por 𝐶8 𝐻18 ) e as informações do texto de referência, o uso de um cartucho
da tinta Paper Saver®, nas condições estabelecidas pela Comissão Europeia, permitiria reduzir
a emissão de aproximadamente
a) 1,5 kg de 𝐶𝑂2, que é uma massa maior do que a massa de gasolina que foi queimada.
b) 50 kg de 𝐶𝑂2, que é uma massa menor do que a massa de gasolina que foi queimada.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 32


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

c) 1,5 kg de 𝐶𝑂2, que é uma massa menor do que a massa de gasolina que foi queimada.
d) 50 kg de 𝐶𝑂2, que é uma massa maior do que a massa de gasolina que foi queimada.
Massas molares em g.mol-1: H = 1, C = 12, O = 16.

8. (UNICAMP/2021)
A remoção de sulfeto de hidrogênio presente em amostras de biogás é essencial, já que ele
é altamente corrosivo para tubulações metálicas. A queima desse H 2S também é muito
prejudicial ao meio ambiente, pois leva à formação de dióxido de enxofre. Um estudo de 2014
sugere que a remoção do H2S pode ser realizada pelo uso de esponjas de óxido de ferro, que
reage com esse gás, mas pode ser regenerado. Segundo o estudo, no dispositivo utilizado, 1,00
kg de óxido de ferro foi capaz de remover entre 0,200 e 0,716 kg de sulfeto de hidrogênio.
Considere que apenas a reação abaixo equacionada esteja ocorrendo nessa remoção.
Fe2O3(s) + 3 H2S(g) → Fe2S3(s) + 3 H2O(l)

A partir desses dados, pode-se afirmar que, na condição de remoção máxima de sulfeto de
hidrogênio relatada no estudo,
a) restaram cerca de 33% de óxido de ferro para reagir, tomando por base a estequiometria
da equação química fornecida.
b) restaram cerca de 67% de óxido de ferro para reagir, tomando por base a estequiometria
da equação química fornecida.
c) foi removida uma quantidade maior de H2S que a prevista pela estequiometria da equação
química fornecida.
d) as quantidades reagiram na proporção estequiométrica da equação química fornecida.
Massas molares (g mol-1): Fe = 56, H = 1, O = 16 e S = 32.

9. (ENEM/2020 – 1ª aplicação)
O crescimento da frota de veículos em circulação no mundo tem levado a busca e
desenvolvimento de tecnologias que permitam minimizar emissões de poluentes atmosféricos.
O uso de veículos elétricos é urna das propostas mais propagandeadas por serem de emissão
zero. Podemos comparar a emissão de carbono na forma de CO2 (massa molar igual a 44 g·mol-
1) para os dois tipos de carros (a combustão e elétrico). Considere que os veículos tradicionais

a combustão, movidos a etanol (massa molar igual a 46 g·mol-1), emitem uma média de 2,6 mol
de CO2 por quilômetro rodado, e os elétricos emitem o equivalente a 0,45 mol de CO 2 por
quilômetro rodado (considerando as emissões na geração e transmissão da eletricidade). A
reação de combustão do etanol pode ser representada pela equação química:
C2H5OH (l) + 3 O2 (g) → 2 CO2 (g) + 3 H2O (g)

Foram analisadas as emissões de CO2 envolvidas em dois veículos, um movido a etanol e


outro elétrico, em um mesmo trajeto de 1 000 km.
A quantidade equivalente de etanol economizada, em quilograma, com o uso do veículo
elétrico nesse trajeto, é mais próxima de
a) 50.
b) 60.
c) 95.
d) 99.
e) 120.

10. (FACISB/2020)

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 33


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

O titânio, devido à sua biocompatibilidade óssea, é muito utilizado em próteses. Esse metal
pode ser obtido por meio de duas reações sequenciais, cujas equações químicas são
apresentadas a seguir:
2 FeTiO3 + 7 Cl2 + 6 C → 2 TiCl4+ 2 FeCl3 + 6 CO
TiCl4 + 2 Mg → 2 MgCl2 + Ti
Considere 100% de rendimento em ambas as reações e as seguintes massas molares:
FeTiO₃ = 152 g/mol; TiCℓ₄ = 190 g/mol; Mg = 24 g/mol; Ti = 48 g/mol.
A massa de magnésio metálico necessária para reagir com todo o TiCl₄ formado a partir de
4,5 toneladas de FeTiO₃ e a massa de titânio metálico produzida ao final das reações são,
aproximadamente
(A) 1,4 t de Mg e 2,8 t de Ti.
(B) 1,4 t de Mg e 1,4 t de Ti.
(C) 2,8 t de Mg e 1,4 t de Ti.
(D) 2,8 t de Mg e 5,7 t de Ti.
(E) 2,8 t de Mg e 2,8 t de Ti.

11. (UEL PR/2019)


Os cosméticos, como batons e rímeis, buscam realçar o encanto da beleza. Porém, o uso
desses produtos pode, também, causar desencantamento em função dos constituintes químicos
tóxicos que possuem. Em batons, pode haver presença de cádmio, chumbo, arsênio e alumínio.
A FDA (Food and Drug Administration) e a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
preconizam limites máximos de metais apenas para corantes orgânicos artificiais utilizados como
matéria-prima na fabricação de cosméticos.
Considerando que um determinado batom possua concentração de chumbo igual a 1,0
mg·kg–1 e que a estimativa máxima de utilização deste cosmético ao longo do dia seja de 100
mg, assinale a alternativa que representa, correta e aproximadamente, o número de átomos de
chumbo em contato com os lábios ao longo de um dia.
Dados:
Massa molar de chumbo = 207 g·mol–1
Constante de Avogadro = 6,0 · 1023 mol–1
a) 1,2 · 108
b) 2,9 · 1014
c) 4,5 · 1030
d) 5,1 · 1025
e) 6,8 · 104

12. (PUC Camp SP/2019)


Recifes, por definição, são estruturas rígidas criadas pela ação de seres vivos. No caso da
foz do rio Amazonas, algas que transformam o carbonato presente no oceano em um “esqueleto”
de calcário começaram a se incrustar na rocha e criaram condições para outro tipo de alga
calcária, os rodolitos. Em seguida, vieram corais, esponjas e poliquetas. Conforme uns vão
morrendo, outros nascem por cima. Por milhares de anos, a massa cresceu até formar o recife.
Um processo longe de um fim.
(Adaptado de: Revista Galileu, junho de 2018, p. 65)
O calcário, oceânico ou não, pode ser usado para neutralizar solos ácidos. A reação que
representa esse processo é:
CaCO3(s) + 2H+ (aq) → H2O (l) + CO2(g) + Ca2+(aq)
Cada quilograma de calcário utilizado na neutralização de solos pode gerar, no máximo, um
volume de CO2(g), nas CATP, igual a
Dados:

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 34


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Massas molares (g/mol): CaCO3 = 100; CO2 = 44.


Volume molar de gás, nas CATP = 25 L/mol.

a) 5 L.
b) 25 L.
c) 50 L.
d) 250 L.
e) 500 L.

13. (EINSTEIN - SP/2019)


Uma forma de reduzir a poluição atmosférica provocada pelo gás dióxido de enxofre (SO 2),
produzido em certas atividades industriais, é realizar a lavagem dos gases de exaustão com uma
suspensão aquosa de cal hidratada [Ca(OH)2]. Com isso, ocorre uma reação química em que se
formam sulfito de cálcio (CaSO3) sólido e água (H2O) líquida, evitando a emissão do poluente
para o ar.
Considerando que o volume molar de gás nas Condições Ambiente de Temperatura e
Pressão (CATP) é igual a 25 L/mol, para cada 1,2 kg de sulfito de cálcio formado, o volume de
dióxido de enxofre, medido nessas condições, que deixa de ser emitido para a atmosfera é de
A) 250 L.
B) 125 L.
C) 12,5 L.
D) 25 L.
E) 1250 L.

14. (UERJ/2018)
A hemoglobina é uma proteína de elevada massa molar, responsável pelo transporte de
oxigênio na corrente sanguínea. Esse transporte pode ser representado pela equação química
abaixo, em que HB corresponde à hemoglobina.
HB + 4 O2 → HB(O2)4
Em um experimento, constatou-se que 1 g de hemoglobina é capaz de transportar 2,24·10–4
L de oxigênio molecular com comportamento ideal, nas CNTP.
A massa molar, em g/mol, da hemoglobina utilizada no experimento é igual a:
a) 1·105
b) 2·105
c) 3·105
d) 4·105

15. (UNESP SP/2018)


Bicarbonato de sódio sólido aquecido se decompõe, produzindo carbonato de sódio sólido,
além de água e dióxido de carbono gasosos. O gráfico mostra os resultados de um experimento
em que foram determinadas as massas de carbonato de sódio obtidas pela decomposição de
diferentes massas de bicarbonato de sódio.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 35


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Os dados do gráfico permitem concluir que as massas de carbonato de sódio e bicarbonato


de sódio nessa reação estão relacionadas pela equação 𝑚𝑁𝑎2𝐶𝑂3 = 𝑘 · 𝑚𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3 , e que o valor
aproximado de k é

a) 0,3.
b) 1,0.
c) 0,2.
d) 0,7.
e) 1,2.

16. (UFSC/2017)
Um dos principais símbolos dos Jogos Olímpicos é a tocha olímpica, carregada por centenas
de pessoas em todo o mundo até chegar à cidade que sediará os jogos. Um fato interessante,
embora pouco divulgado, é que a tocha funciona como um isqueiro, ou seja, a chama é
alimentada por uma mistura de propano e butano liquefeitos que entram em combustão quando
é acionada uma válvula que permite o escape dos gases. Considere uma tocha olímpica
carregada com 1,32 g de propano e 1,16 g de butano fluindo a uma taxa de 40 mL/min.

Imagem disponível em: <http://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/


2016/05/revezamento-da-tocha-olimpica-em-vitoria-podera-ser-
acompanhado-em-tempo-real.html>. Acesso em: 9 set. 2016.

Sobre o assunto, é correto afirmar que:

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 36


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

01. nas condições descritas no enunciado, a proporção de propano na mistura gasosa


é de 60,0%, em mol.
02. a combustão da mistura de propano e butano é um processo endotérmico e,
portanto, a chama produzida pela tocha será mais intensa em uma cidade do polo norte durante
o inverno local do que no Rio de Janeiro em um dia de verão.
04. a combustão completa da mistura de propano e butano, nas condições descritas
no enunciado, consumirá 2,48 g de oxigênio.
08. nas condições descritas no enunciado, a combustão completa do propano
consumirá uma quantidade maior de oxigênio do que a combustão completa do butano.
16. a tocha olímpica manterá sua massa total mesmo após a combustão completa dos
gases, já que os produtos de combustão são sólidos e ficarão depositados no interior da tocha.
32. se a tocha olímpica permanecer acesa por 10 minutos, serão produzidos 400 g de
produtos gasosos decorrentes da combustão.
64. no percurso da tocha olímpica, considerando a combustão completa e o total
consumo do propano e do butano nas condições descritas no enunciado, serão produzidos 7,48
g de dióxido de carbono.

17. (UNESP SP/2016)


A luz branca é composta por ondas eletromagnéticas de todas as frequências do espectro
visível. O espectro de radiação emitido por um elemento, quando submetido a um arco elétrico
ou a altas temperaturas, é descontínuo e apresenta uma de suas linhas com maior intensidade,
o que fornece “uma impressão digital” desse elemento. Quando essas linhas estão situadas na
região da radiação visível, é possível identificar diferentes elementos químicos por meio dos
chamados testes de chama. A tabela apresenta as cores características emitidas por alguns
elementos no teste de chama:

Uma estudante preparou 10,0 mL de uma solução 1,00 mol·  L–1 de cloreto de um dos metais
apresentados na tabela do texto a fim de realizar um teste de chama em laboratório. No teste de
chama houve liberação de luz vermelha intensa. A partir das informações contidas no texto e
utilizando a classificação periódica dos elementos, assinale a alternativa que apresenta a massa
do sal utilizado pela estudante, em gramas, e a sua fórmula.

a) 1,11 e CaCl2.
b) 7,56 e CaCl.
c) 11,1 e CaCl2.
d) 0,756 e CaCl.
e) 0,111 e CaCl2.

18. (UERJ/2015)
A proporção de moléculas de água presentes na forma hidratada de um sal pode ser
representada da seguinte forma, na qual X corresponde ao número de mols de água por mol
desse sal:
CuSO4· x H2O

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 37


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Uma amostra de 4,99 g desse sal hidratado foi aquecida até que toda a água nela contida
evaporou, obtendo-se uma massa de 3,19 g de sulfato de cobre II.
O número de mols de água por mol de sulfato de cobre II na composição do sal hidratado
equivale a:

a) 2
b) 5
c) 10
d) 20

19. (FAMERP SP/2018)


Um isqueiro descartável contém gás isobutano (C4H10). Mesmo após o uso total desse
isqueiro, resta um resíduo do gás em seu interior. Considerando que o volume desse resíduo
seja igual a 1 mL e que o volume molar de gás nas condições de pressão e temperatura no
interior do isqueiro seja 25 L/mol, a massa de isobutano restante no isqueiro é,
aproximadamente,

a) 3 mg.
b) 4 mg.
c) 1 mg.
d) 2 mg.
e) 5 mg.

20. (UFPR/2015)
O palito de fósforo é um dos artigos mais úteis no nosso cotidiano. Na sua composição, possui
fósforo vermelho, enxofre e clorato de potássio. A cabeça de um palito de fósforo pesa
aproximadamente 0,05 g. A reação que ocorre na queima da cabeça de fósforo está
representada a seguir:
3 P4 + S + 10 KClO3 + O2 → 3 P4O10 + 10 KCl + SO2
O cheiro característico de “fósforo queimado” se deve ao dióxido de enxofre formado.
Dados: No palito de fósforo, os componentes estão em quantidades estequiométricas. M (g
mol–1): Cl = 35,5; K = 39; O= 16; P = 31; S = 32.
A massa (em g) de dióxido de enxofre produzido ao queimar uma cabeça de fósforo é
aproximadamente:
a) 3 · 10–2.
b) 9 · 10–3.
c) 2 · 10–3.
d) 9 · 10–4.
e) 4 · 10–5.

21. (UEA/2016)
O hidrogênio gasoso, H2 (g), pode ser obtido em laboratório pela reação entre raspas de
magnésio metálico, Mg (s), e ácido clorídrico, HCl (aq). Sabendo que o volume molar dos gases
nas CATP é 25,0 L/mol, a quantidade em mol de magnésio necessária para reagir
completamente com o ácido clorídrico, gerando 25,0 L de hidrogênio, nas CATP, é
a) 1
b) 4
c) 5
d) 2
e) 3

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 38


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Aspectos Reais do Cálculo Estequiométrico


22. (UNESP/2022)
O carbeto de silício (𝑆𝑖𝐶), também conhecido como carborundum, é amplamente utilizado
como abrasivo em pedras de esmeril, em pedras de afiar facas e também em materiais
refratários.

Esse composto é obtido a partir de uma mistura de carvão com areia com alto teor de sílica,
por meio de processo eletrotérmico envolvendo a reação global, com rendimento médio de 75%,
representada a seguir.
𝑆𝑖𝑂2 (𝑠,𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙𝑖𝑛𝑜) + 3𝐶(𝑠,𝑎𝑚𝑜𝑟𝑓𝑜) → 𝑆𝑖𝐶(𝑠,𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙𝑖𝑛𝑜) + 2𝐶𝑂(𝑔)
Com base nessas informações, prevê-se que a massa de 𝑆𝑖𝐶 obtida pela reação de 6,0 t de
𝑆𝑖𝑂2 com 3,6 t de C seja, aproximadamente,
(A) 5,6 t.
(B) 4,0 t.
(C) 7,5 t.
(D) 3,0 t.
(E) 2,5 t.

23. (FAMECA/2021)
O zinco é um metal obtido a partir de um minério conhecido como blenda. Esse minério
contém 8% de ZnS (massa molar = 97 g/mol), que é a principal substância que fornece esse
metal. O zinco é separado de seu minério por meio de duas reações sucessivas:
2ZnS (s) + 3O2 (g) → 2ZnO (s) + 2SO2 (g)
ZnO (s) + C (s) → Zn (s) + CO (g)
Esse processo gera resíduos que, se não forem tratados adequadamente, podem provocar
poluição ambiental, como a chuva ácida.
Para a produção de 260 kg de zinco (massa molar = 65 g/mol), a massa de blenda (minério
que contém o ZnS) necessária é igual a
(A) 3880 kg.
(B) 970 kg.
(C) 194 kg.
(D) 388 kg.
(E) 4850 kg.

24. (PUC-Rio/2021)
Adicionou-se 4,00 g de NaOH e 3,31 g de Pb(NO3)2 em água sob vigorosa agitação. O sólido
formado foi separado, secado e sua massa medida em 2,00 g.
2 NaOH (aq) + Pb(NO3)2 (aq) → 2 NaNO3 (aq) + Pb(OH)2 (s)

O rendimento percentual da reação foi, aproximadamente,


(A) 60%
(B) 71%
(C) 83%

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 39


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

(D) 98%

25. (EINSTEIN - SP/2021)


O álcool 70, comercializado em gel ou em solução aquosa, é um produto que apresenta 70%
em massa de etanol (C2H6O). É um dos antissépticos mais vendidos e, por isso, não é comum
notícias na mídia sobre sua adulteração. A análise de uma amostra de 50,0 g de solução aquosa
desse produto, comercializado por um determinado fabricante, indicou a presença de 15,0 g de
carbono.
Considere que o carbono detectado nessa análise é proveniente exclusivamente do etanol.
O álcool 70 analisado não atende às especificações técnicas do produto, pois contém um
percentual em massa de etanol de
a) 30,0%
b) 61,5%
c) 65,0%
d) 57,5%
e) 50,0%

26. (UERJ/2021)
O ácido iodídrico, utilizado na higienização de instrumentos médicos, dentre outras
aplicações, é produzido a partir da seguinte reação química:
2 I2 + N2H4 → 4 HI + N2
Em um processo de produção industrial, ao adicionar 254 kg de I 2 e 80 kg de N2H4, verifica-
se o consumo completo do reagente limitante.
A massa de reagente em excesso, que não foi consumida, em quilogramas, tem valor igual
a:
(A) 16
(B) 32
(C) 64
(D) 72

27. (PUC-SP/2020)
Observe a reação química, não balanceada, representada abaixo:
Al2(SO4)3+ BaCl2→ AlCl3 + BaSO4
Foram misturados 15,55 g de sulfato de alumínio e 22,5 g de cloreto de bário, ambos em
soluções aquosas. Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o reagente limitante
e a quantidade aproximada de sulfato de bário produzido.
A) BaCl2 e 31,5 g
B) BaCl2 e 25,2 g
C) Al2(SO4)3 e 31,5 g
D) Al2(SO4)3 e 25,2 g

28. (UFMS/2020)
O gás ozônio é um forte oxidante e pode ser empregado como um germicida para água de
piscinas, principalmente, em escolas de natação para bebês e crianças. Esse gás é obtido por
um aparelho denominado ozonizador que, através de uma descarga elétrica, consegue
transformar gás oxigênio em gás ozônio, de acordo com a equação não balanceada: 0 2(g) →
03(g).

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 40


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Partindo-se de 1.680 L de ar atmosférico (medidos nas condições normais de temperatura e


pressão), com 20% do volume de gás oxigênio, o volume máximo obtido de O 3(g), com
rendimento de 70% no processo, é de:
(Dado: volume molar gasoso nas CNTP = 22,4 L/mol)
a) 112 L
b) 156,8 L
c) 224 L
d) 235,2 L
e) 336 L

29. (FUVEST SP/2019)


O cinamaldeído é um dos principais compostos que dão o sabor e o aroma da canela. Quando
exposto ao ar, oxida conforme a equação balanceada:

Uma amostra de 19,80 g desse composto puro foi exposta ao ar por 74 dias e depois pesada
novamente, sendo que a massa final aumentou em 1,20 g. A porcentagem desse composto que
foi oxidada no período foi de
Note e adote:
- Massas molares (g/mol): Cinamaldeído = 132; O2 = 32.
- Considere que não houve perda de cinamaldeído ou do produto de oxidação por
evaporação.
a) 10%
b) 25%
c) 50%
d) 75%
e) 90%

30. (UEM PR/2019)


Considere os dados do quadro a seguir para a reação não balanceada entre Pb(NO 3)2 e KI e
assinale o que for correto.
aPb(NO3)2 + bKI → cPbI2 + dKNO3

01. Os coeficientes estequiométricos para a reação balanceada são a = b = 2 e c = d =


1.
02. O valor numérico de X é igual à massa molar do Pb(NO3)2.
04. O KI é o reagente limitante da reação.
08. O rendimento da reação em relação à produção de PbI2 é de 100%.
16. De acordo com o princípio da lei da conservação das massas, X = Y.

31. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2018)


A pirita (FeS2) é encontrada na natureza agregada a pequenas quantidades de níquel,
cobalto, ouro e cobre. Os cristais de pirita são semelhantes ao ouro e, por isso, são chamados

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 41


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

de ouro dos tolos. Esse minério é utilizado industrialmente para a produção de ácido sulfúrico.
Essa produção ocorre em várias etapas, sendo que a primeira é a formação do dióxido de
enxofre, segundo a equação a seguir.

4 FeS2(s) + 11 O2(g) → 2 Fe2O3 (s) + 8 SO2 (g)

Na segunda etapa, o dióxido de enxofre reage com oxigênio para formar trióxido de enxofre
e, por fim, o trióxido de enxofre reage com água, dando origem ao ácido sulfúrico.
Sabendo que o minério de pirita apresenta 92% de pureza, calcule a massa aproximada de
dióxido de enxofre produzida a partir de 200 g de pirita.

a) 213,7 g.
b) 196,5 g.
c) 512,8 g.
d) 17,1 g.

32. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2017)


Um resíduo industrial é constituído por uma mistura de carbonato de cálcio (CaCO3) e sulfato
de cálcio (CaSO4). O carbonato de cálcio sofre decomposição térmica se aquecido entre 825 e
900 °C, já o sulfato de cálcio é termicamente estável. A termólise do CaCO3 resulta em óxido de
cálcio e gás carbônico.

CaCO3 (s) → CaO(s) + CO2(g)

Uma amostra de 10,00 g desse resíduo foi aquecida a 900 °C até não se observar mais
alteração em sua massa. Após o resfriamento da amostra, o sólido resultante apresentava
6,70 g.
O teor de carbonato de cálcio na amostra é de, aproximadamente,

a) 33%.
b) 50%.
c) 67%.
d) 75%.

33. (PUC Camp SP/2017)


Muitos resíduos industriais podem ser utilizados novamente no processo produtivo. Por
exemplo, resíduos de mármore possuem um potencial de uso nos processos de fabricação de
aços, devido à sua composição química, como mostra os resultados da análise desse material

(Disponível em: http://www.scielo.br)

Nesses processos, o CaCO3 calcinado produz o CaO, usado para a dessulfuração do ferro
gusa.
A massa, em kg, de CaO produzida quando se utiliza 1,0 kg de resíduos de mármore é de,
aproximadamente,
Dados:

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 42


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Massas molares
C = 12
O = 16
Ca = 40

a) 0,2.
b) 0,4.
c) 0,1.
d) 0,3.
e) 0,5.

34. (UECE/2017)
O tetróxido de triferro, conhecido como magnetita, material que forma o ímã natural, presente
na areia de algumas praias, em bactérias, abelhas, cupins, pombos e até em seres humanos,
pode ser obtido, pelo menos teoricamente, pela seguinte reação: Ferro sólido + água → tetróxido
de triferro + hidrogênio.
Considerando essa reação, assinale a opção que completa corretamente as lacunas do
seguinte enunciado:
“Quando reagirem 32,6 g de Fe com 20 g de água, serão produzidos _________ mol de
tetróxido de triferro e o reagente limitante será _________”.
a) 0,1 ; água
b) 0,2 ; água
c) 0,1 ; ferro
d) 0,2 ; ferro

35. (UEM PR/2016)


Considerando que o metanol pode ser produzido pela reação CO(g) + 2 H 2(g) → CH3OH(l),
e que 80 g de H2(g) são colocados para reagir com 280 g de CO(g), é correto afirmar que:
01. São produzidos 320 g de metanol.
02. A reação consome todo H2(g).
04. Sobram 60 mols de H2(g).
08. O CO(g) está em excesso no sistema.
16. Sobram 20 mols de H2(g) e 10 mols de CH3OH(l).

36. (ESCS DF/2015)


Em 2013, o comércio internacional de minério de ferro foi de 1,23 bilhão de toneladas, dado
que ilustra claramente o fenômeno da globalização. Nesse cenário, o Brasil ocupa posição de
destaque porque possui a segunda maior reserva do planeta, em termos de ferro contido no
minério. Os dois principais minérios encontrados no Brasil são a hematita (Fe2O3) e a magnetita
(Fe3O4). O ferro também é comumente encontrado na siderita (FeCO3).
Se, em determinado ano, o Brasil exportou 300 milhões de toneladas de minério de ferro,
sendo 60% de hematita e 40% de magnetita, então a massa de ferro, em milhões de toneladas,
contida no minério de ferro exportado foi

a) superior a 215.
b) inferior a 205.
c) superior 205 e inferior a 210.
d) superior a 210 e inferior a 215.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 43


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

37. (Mackenzie SP/2018)


A partir de um minério denominado galena, rico em sulfeto de chumbo II (PbS), pode-se obter
o metal chumbo em escala industrial, por meio das reações representadas pelas equações de
oxirredução a seguir, cujos coeficientes estequiométricos encontram-se já ajustados:

𝟑
PbS(s) + 𝟐 O2 (g) → PbO(s) + SO2 (g)
PbO(s) + CO(g) → Pb(s) + CO2 (g)

Considerando-se uma amostra de 717 kg desse minério que possua 90 % de sulfeto de


chumbo II, sendo submetida a um processo que apresente 80 % de rendimento global, a massa
a ser obtida de chumbo será de, aproximadamente,
Dados: massas molares (g·mol–1) S = 32 e Pb = 207

a) 621 kg.
b) 559 kg.
c) 447 kg.
d) 425 kg.
e) 382 kg.

38. (Mackenzie SP/2015)


Vazamento de gás provocou chuva ácida em Cubatão, diz Cetesb
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) identificou emissão de dióxido de
enxofre (SO2) na atmosfera em Cubatão, após vazamento de uma fábrica de fertilizantes no
Polo Industrial. Segundo o órgão, com isso e com a umidade existente, devido às fortes chuvas,
além de outros compostos na atmosfera, é possível uma formação de vapor d’agua e gotículas
de ácido sulfúrico ou sulfuroso, conhecida popularmente como chuva ácida.
Em nota, a Cetesb informa que tal situação só aconteceu no período em que houve corrente
dos gases na atmosfera.
http://www.atribuna.com.br/cidades/cubat%C3%A3o/
vazamento-de-g%C3%A1sprovocou-chuva-%C3%A1cida-em-cubat%
C3%A3o-diz-cetesb-1.426246

Supondo-se que o volume de dióxido de enxofre, descarregado na atmosfera, tenha sido de


1120 L, nas CNTP, a massa de ácido sulfuroso que foi produzida, por meio da reação
representada pela equação SO2 + H2O → H2SO3, considerando o rendimento do processo igual
a 60%, é
Dado: massa molar (g·mol–1) H = 1, O = 16 e S = 32.

a) 1230 g.
b) 2460 g.
c) 4100 g.
d) 5000 g.
e) 8200 g.

39. (UNICAMP SP/2018)


A calda bordalesa é uma das formulações mais antigas e mais eficazes que se conhece. Ela
foi descoberta na França no final do século XIX, quase por acaso, por um agricultor que aplicava
água de cal nos cachos de uva para evitar que fossem roubados; a cal promovia uma mudança
na aparência e no sabor das uvas. O agricultor logo percebeu que as plantas assim tratadas
estavam livres de antracnose. Estudando-se o caso, descobriu-se que o efeito estava associado
ao fato de a água de cal ter sido preparada em tachos de cobre. Atualmente, para preparar a

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 44


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

calda bordalesa, coloca-se o sulfato de cobre em um pano de algodão que é mergulhado em um


vasilhame plástico com água morna. Paralelamente, coloca-se cal em um balde e adiciona-se
água aos poucos. Após quatro horas, adiciona-se aos poucos, e mexendo sempre, a solução de
sulfato de cobre à água de cal.
(Adaptado de Gervásio Paulus, André Muller e Luiz Barcellos, Agroecologia aplicada:
práticas e métodos para uma agricultura de base ecológica.
Porto Alegre: EMATER-RS, 2000, p. 86.)

Na preparação da calda bordalesa são usados 100 g de sulfato de cobre (II) pentaidratado e
100 g de hidróxido de cálcio (cal extinta). Para uma reação estequiométrica entre os íons cobre
e hidroxila, há um excesso de aproximadamente
Dados de massas molares em g.mol–1: sulfato de cobre (II) pentaidratado = 250; hidróxido de
cálcio = 74.

a) 1,9 mol de hidroxila.


b) 2,3 mol de hidroxila.
c) 2,5 mol de cobre.
d) 3,4 mol de cobre.

40. (PUC MG/2015)


A liga de estanho e chumbo (Sn-Pb) é empregada como solda metálica. Para a obtenção de
estanho, é necessário extraí-lo da natureza. Uma fonte natural de estanho é o minério cassiterita.
A equação química de redução da cassiterita, não balanceada, a estanho metálico é apresentada
abaixo.
SnO2(s) + C(s) → Sn(s) + CO(g)
Reagindo-se 50 kg de carbono com 25 kg de minério cassiterita (100% de pureza) e
considerando-se um rendimento de 100%, a massa de estanho produzida será
aproximadamente:

a) 12,5 kg
b) 19,7 kg
c) 25 kg
d) 50 kg

9. Gabarito Sem Comentários

1. C 18. B 32. D
2. B 19. D 33. D
3. D 20. C 34. D
4. C 21. A 35. 17
5. E 22. D 36. D
6. D 23. E 37. C
7. D 24. C 38. B
8. C 25. D 39. A
9. A 26. C 40. B

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 45


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

10. B 27. B
11. B 28. B
12. D 29. C
13. A 30. 10
14. D 31. B
15. D
16. 73
17. A

10. Resoluções Das Questões Fundamentais


I. Questão fundamental 01
A partir da reação abaixo, complete o quadro a seguir.
Carbono + Oxigênio → Gás carbônico OBSERVAÇÃO
12 g 32 g X
6g Y Z
W 6,4 g T
4g Q R Restou 1 g de carbono
ao final da reação

O raciocínio utilizado na questão é o mesmo que foi explicado na página 11 (Lei de Proust).

A partir da primeira linha, calcula-se a quantidade formada de produto. Assim que você tem
a primeira linha, você tem os dados para poder comparar com todas as equações seguintes.
Ou seja,
linha 1: 12g + 32g vai formar 44 g de gás carbônico, ou seja, o valor de W é 44 g.

Para determinar a linha 2, é necessário montar uma proporção entre o 6 g desta linha com o
12 g da linha de cima. Percebe-se que o 6 é metade do valor da linha de cima. Sabendo que
todas as reações químicas seguem uma proporção fixa, então ao diminuir a metade da linha 1
para a linha 2, deve-se realizar o mesmo para todos da mesma linha. Assim, o valor de Y será
32 dividido por 2 e o valor de Z será 44 (que é o valor de X) dividido por 2 e se obtém:
32
𝑌 = = 16 𝑔
2
44
𝑍 = = 22 𝑔
2
(Perceba que a soma das massas ainda se mantém 6 g de carbono + 16 g de oxigênio = 22
g de gás carbônico)

Para a linha 3, deve aplicar o mesmo raciocínio que já adotamos para as outras linhas. O
valor apresentado na linha 3 é o 6,4g de oxigênio. Pode-se comparar esse valor de 6,4 g aos
valores de cima de oxigênio: 32 g (da linha 1) ou 16 g (da linha 2). Escolhendo comparar a linha

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 46


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

1 com a linha 3, percebe-se que mudou o valor de 32 g de oxigênio para 6,4 g, ou seja, diminui
em 5 vezes. Aplica-se essa diminuição para os valores de carbono e de gás carbônico:
12 𝑔
𝑊 = = 2,4 𝑔
5
44 𝑔
𝑇 = = 8,8 𝑔
5
(Perceba que a soma das massas ainda se mantém 2,4 g de carbono + 6,4 g de oxigênio =
8,8 g de gás carbônico)

Para a última linha, antes de comparar o valor de 4 g para o carbono, é necessário retirar o
excesso encontrado. Porque só tem proporção, segundo a Lei de Proust, aquela quantidade que
participa da reação química. Assim, dos 4 g de carbono se retira o excesso:
4 g - 1 g de excesso = 3 g de carbono reagiram.
Dos 3 g de carbono, compara-se com qualquer uma das linhas de cima. Adotando a linha 1
como comparação, percebe-se que 12 g da linha 1 para 3 g da linha 4 foi dividido por 4. Aplica-
se isso para todos:
32 𝑔(𝑑𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 1)
𝑄= = 8𝑔
4
44 𝑔 (𝑑𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 1)
𝑅 = = 11 𝑔
4
(Perceba que a soma das massas ainda se mantém 3 g de carbono + 8 g de oxigênio = 11
g de gás carbônico)
𝑋 = 12 + 32 = 44 𝑔
Como 12 ÷ 2 = 6, Y = 32 ÷ 2 = 16 g.
𝑍 = 44 ÷ 2 = 22 𝑔.
Como 32 ÷ 5 = 6,4 g, W = 12 ÷ 5 = 2,4 g.
𝑇 = 2,4 + 6,4 = 8,8 𝑔
1 g de carbono é excesso, reagiram 3 g. Como a massa consumida de carbono é 6 ÷ 2 = 3
g, Q = 16 ÷ 2 = 8 g.
𝑅 = 3 𝑔 + 8 𝑔 = 11 𝑔.

II. Questão fundamental 02


Balanceie as equações químicas seguintes.
a) C2H6O + 3 O2 → 2 CO2 + 3 H2O
b) Na2CO3 + 2 HCl → 2 NaCl + H2O + CO2
c) C6H12O6 → 2 C2H6O + 2 CO2
d) C4H10 + 13/2 O2 → 4 CO2 + 5 H2O
e) 2 FeCl3 + 3 Na2CO3 → Fe2(CO3)3 + 6 NaCl
f) 2 NH4Cl + Ba(OH)2 → BaCl2 + 2 NH3 + 2 H2O
g) 3 Ca(OH)2 + 2 H3PO4 → Ca3(PO4)2 + 6 H2O
h) Fe2(CO3)3 + 3 H2SO4 → Fe2(SO4)3 + 3 H2O + 3 CO2
i) Na2O + (NH4)2SO4 → Na2SO4 + H2O + 2 NH3
j) 2 NaN3 → 2 Na + 3 N2
k) Fe2O3 + 3 C → 2 Fe + 3 CO
l) 4 FeS2 + 11 O2 → 2 Fe2O3 + 8 SO2
m) 4 NH3 + 5 O2 → 4 NO + 6 H2O
n) 2 KMnO4 + H2SO4 → Mn2O7 + K2SO4 + H2O
o) CS2 + 3 O2 → CO2 + 2 SO2
p) 2 H3PO4 + 3 CaO → Ca3(PO4)2 + 3 H2O

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 47


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

III. Questão fundamental 03- cálculos sem excesso, 100% de rendimento e 100% de
pureza.
a) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de CO2 obtida pelo consumo de
4,6 gramas de etanol.
C2H6O + O2 → CO2 + H2O

C2H6O + 3 O2 → 2 CO2 + 3 H2O

46 𝑔 𝑑𝑒 𝐶2 𝐻6 𝑂 − − − − 2 · 44 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑂2
4,6 𝑔 𝑑𝑒 𝐶2 𝐻6 𝑂 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑂2
𝑥 = 8,8 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑂2

b) A partir da equação abaixo, calcule a quantidade de matéria, em mol, de NaCl obtida pelo
consumo de 5 mols de carbonato de sódio.
Na2CO3 + HCl → NaCl + H2O + CO2

Na2CO3 + 2 HCl → 2 NaCl + H2O + CO2

1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝐶𝑂3 − − − − 2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙


5 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝐶𝑂3 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙
x =10 mol de NaCl

c) A partir da equação abaixo, calcule o número de moléculas de C6H12O6 necessários para


obter 2,2 gramas de dióxido de carbono.
C6H12O6 → C2H6O + CO2

C6H12O6 → 2 C2H6O + 2CO2

1 · 6 · 1023 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻12 𝑂6 − − − − 2 · 44𝑔 𝐶𝑂2


𝑥 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻12 𝑂6 − − − − 2,2 𝑔 𝐶𝑂2
23
x = 0,15 · 10 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻12 𝑂6

d) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de gás oxigênio necessária para
consumir 2 mols de butano.
C4H10 + O2 → CO2 + H2O
13
C4H10 + O2 → 4 CO2 + 5 H2O
2

13
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶4 𝐻10 −−−− · 32𝑔 𝑑𝑒 𝑂2
2
2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶4 𝐻10 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑂2
x = 416 𝑔 𝑑𝑒 𝑂2

e) A partir da equação abaixo, calcule a quantidade de matéria, em mol, de carbonato férrico


obtida ao se obter 175,5 gramas de cloreto de sódio.
FeCl3 + Na2CO3 → Fe2(CO3)3 + NaCl

2 FeCl3 + 3 Na2CO3 → Fe2(CO3)3 + 6 NaCl

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 48


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1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐹𝑒2 (𝐶𝑂3 )3 − − − − 6 · 58,5 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙


𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐹𝑒2 (𝐶𝑂3 )3 − − − − 175,5 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙
x = 0,5 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐹𝑒2 (𝐶𝑂3 )3

Reagentes em excesso.
f) A partir da equação abaixo, calcule a quantidade de matéria, em mol, de cloreto de bário
produzido a partir da reação de 10 mols de cloreto de amônio e 7 mols de hidróxido de
bário.
NH4Cl + Ba(OH)2 → BaCl2 + NH3 + H2O

2 NH4Cl + Ba(OH)2 → BaCl2 + 2 NH3 + 2 H2O


Identificação do reagente limitante e do reagente em excesso:
2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝐻4 𝐶𝑙 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐵𝑎(𝑂𝐻)2
10 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝐻4 𝐶𝑙 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐵𝑎(𝑂𝐻)2
x = 5 𝑚𝑜𝑙 𝐵𝑎(𝑂𝐻)2
Logo, o NH4Cl é o reagente limitante.

2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝐻4 𝐶𝑙 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐵𝑎𝐶𝑙2


10 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝐻4 𝐶𝑙 − − − − 𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐵𝑎𝐶𝑙2
𝑦 = 5 mol de BaCl2

g) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de fosfato de cálcio produzida


a partir da reação de 74 g de hidróxido de cálcio e 98 gramas de ácido fosfórico.
Ca(OH)2 + H3PO4 → Ca3(PO4)2 + H2O

3 Ca(OH)2 + 2 H3PO4 → Ca3(PO4)2 + 6 H2O


Identificação do reagente limitante e do reagente em excesso:
3 · 74 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 − − − − 2 · 98 𝑔 𝑑𝑒 𝐻3 𝑃𝑂4
74 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 −−−− 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐻3 𝑃𝑂4
x = 65,3 𝑔 𝑑𝑒 𝐻3 𝑃𝑂4
Logo, o Ca(OH)2 é o reagente limitante.

3 · 74 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 − − − − 310 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎3 (𝑃𝑂4 )2


74 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 −−−− 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎3 (𝑃𝑂4 )2
x = 103,3 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎3 (𝑃𝑂4 )2

h) A partir da equação abaixo, calcule o número de moléculas de dióxido de carbono


produzido a partir da reação de 10 mols de carbonato férrico e 98 gramas de ácido
sulfúrico.
Fe2(CO3)3 + H2SO4 → Fe2(SO4)3 + H2O + CO2

Fe2(CO3)3 + 3 H2SO4 → Fe2(SO4)3 + 3 H2O + 3 CO2


Identificação do reagente limitante e do reagente em excesso:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐹𝑒2 (𝐶𝑂3 )3 − − − − 3 · 98 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑆𝑂4
10 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐹𝑒2 (𝐶𝑂3 )3 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑆𝑂4
x = 2940 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑆𝑂4

Logo, o H2SO4 é o reagente limitante.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 49


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

3 · 98 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑆𝑂4 − − − − 3 · 6 · 1023 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐶𝑂2


98 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑆𝑂4 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐶𝑂2
23
x = 6 · 10 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐶𝑂2

i) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de amônia produzida a partir da


reação de 124 gramas de óxido de sódio e 3 mols de sulfato de amônio.
Na2O + (NH4)2SO4 → Na2SO4 + H2O + NH3

Na2O + (NH4)2SO4 → Na2SO4 + H2O + 2 NH3


Identificação do reagente limitante e do reagente em excesso:
62 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑂 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 (𝑁𝐻4 )2 𝑆𝑂4
124 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑂 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 (𝑁𝐻4 )2 𝑆𝑂4
x = 2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 (𝑁𝐻4 )2 𝑆𝑂4

Logo, o Na2O é o reagente limitante.

62 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑂 − − − − 2 · 17 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝐻3
124 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑂 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝐻3
x = 68 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝐻3

Pureza.
j) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de gás nitrogênio produzida a
partir da reação completa de 78 gramas de uma amostra com 80% de pureza de NaN3.
NaN3 → Na + N2

2 NaN3 → 2 Na +3 N2
Determinando a parte pura, ou seja, a massa da substância.
80
𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑝𝑢𝑟𝑎 = 100 · 78 𝑔 = 62,4 g de NaN3
2 · 65 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑁3 − − − − 3 · 28 𝑔 𝑑𝑒 𝑁2
62,4 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑁3 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑁2
x = 40,32 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝐻3

k) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de carvão (com 60% de pureza
de carbono) necessária para obter 5,6 gramas de ferro metálico.
Fe2O3 + C → Fe + CO

Fe2O3 + 3 C → 2 Fe + 3 CO
Determine a massa da substância C pura:
3 · 12 𝑔 𝑑𝑒 𝐶 − − − − 2 · 56 𝑔 𝑑𝑒 𝐹𝑒
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐶 −−−− 5,6 𝑔 𝑑𝑒 𝐹𝑒
x = 1,8 𝑔 𝑑𝑒 𝐶
A massa determinada corresponde a parte pura, porém a questão solicitou a massa da
mistura.
60 % − − − − 1,8 𝑔 𝑑𝑒 𝐶
100 % − − − − 𝑦 𝑔 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜
y = 3 g de carvão

l) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de ar (com 70% de oxigênio)


necessária para obter 5 mols de dióxido de enxofre.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 50


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

FeS2 + O2 → Fe2O3 + SO2


11
2 FeS2 + 2 O2 → Fe2O3 + 4 SO2
Determine a massa da substância O2 pura:
11
· 32 𝑔 𝑑𝑒 𝑂2 − − − − 4 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑆𝑂2
2
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑂2 − − − − 5 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑆𝑂2
x = 220 𝑔 𝑑𝑒 𝑂2
A massa determinada corresponde a parte pura, porém a questão solicitou a massa da
mistura.
70 % − − − − 220 𝑔 𝑑𝑒 𝑂2
100 % − − − − 𝑦 𝑔 𝑑𝑒 𝑎𝑟
y = 314,28 g de ar

m) A partir da equação abaixo, calcule a massa, em gramas, de monóxido de nitrogênio


produzida a partir da reação completa de 4,76 gramas de uma amostra, que possui 60%
de pureza de amônia.
NH3 + O2 → NO + H2O
5
2 NH3 + 2 O2 → 2 NO + 3 H2O
Determinando a parte pura, ou seja, a massa da substância.
60
𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑝𝑢𝑟𝑎 = · 4,76 𝑔 = 2,856 g de NH3
100
2 · 17 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝐻3 − − − − 2 · 30 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑂
2,856 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝐻3 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑂
x = 5,04 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑂

Rendimento.
n) A partir da equação abaixo, calcule o número de moléculas de água produzido a partir da
reação, com 70% de rendimento, de 0,98 gramas de ácido sulfúrico.
KMnO4 + H2SO4 → Mn2O7 + K2SO4 + H2O

2 KMnO4 + H2SO4 → Mn2O7 + K2SO4 + H2O


Somente 70% dos 0,98 g de ácido sulfúrico foram consumidos na reação, portanto calcula-
se a quantidade que, efetivamente, será consumida na reação:
70
𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎çã𝑜 = 100 · 0,98 𝑔 = 0,686 g de H2SO4
1 · 98 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑆𝑂4 − − − − 6 · 1023 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
0,686 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑆𝑂4 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
21
x = 4,2 · 10 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂

o) A partir da equação abaixo, calcule a quantidade de matéria, em mol, de dióxido de


enxofre produzida a partir da reação, com 80% de rendimento, de 9,6 gramas de gás
oxigênio.
CS2 + O2 → CO2 + SO2

CS2 + 3 O2 → CO2 + 2 SO2


Somente 80% dos 9,6 g de gás oxigênio foram consumidos na reação, portanto calcula-
se a quantidade que, efetivamente, será consumida na reação:
80
𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎çã𝑜 = 100 · 9,6 𝑔 = 7,68 g de O2

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 51


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

3 · 32 𝑔 𝑑𝑒 𝑂2 − − − − 2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑆𝑂2
7,68 𝑔 𝑑𝑒 𝑂2 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑆𝑂2
x = 0,16 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑆𝑂2

p) A partir da equação abaixo, calcule o rendimento, em porcentagem, sabendo que o


consumo de 9,8 gramas de ácido fosfórico produziu 0,04 mol de fosfato de cálcio.
H3PO4 + CaO → Ca3(PO4)2 + H2O

2 H3PO4 + 3 CaO → Ca3(PO4)2 + 3 H2O


Calcule a massa, em gramas, de fosfato de cálcio para o consumo de todos os reagentes,
ou seja, rendimento de 100%.
2 · 98 𝑔 𝑑𝑒 𝐻3 𝑃𝑂4 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎3 (𝑃𝑂4 )2
9,8 𝑔 𝑑𝑒 𝐻3 𝑃𝑂4 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎3 (𝑃𝑂4 )2
x = 0,05 mol de Ca3(PO4)2
Calcula-se o rendimento da reação:
100 % 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 − − − − 0,05 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎3 (𝑃𝑂4 )2
𝑦 % 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 − − − − 0,04 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎3 (𝑃𝑂4 )2
y = 80 % de rendimento

11. Questões Resolvidas E Comentadas

1. (UNITAU/2020)
Um pedaço de palha de ferro é exposto a uma alta temperatura até que fique incandescente
(queima) na presença de ar atmosférico. Sobre a massa desse pedaço de palha de ferro, é
CORRETO afirmar que, após a queima,
a) manterá a mesma massa, uma vez que a massa dos reagentes e produtos não sofre
alteração.
b) terá massa menor, pois o metal perde massa durante a queima.
c) terá massa maior, devido à reação do metal com o oxigênio.
d) terá massa maior, uma vez que o ferro reage com o vapor da água da atmosfera.
e) manterá a mesma massa, pois o metal não reage com os componentes do ar atmosférico.

Comentários:
O metal quanto queimado na presença de oxigênio forma o seu óxido. O óxido é resultado
da combinação dos átomos de metal com átomos de oxigênio, logo, ocorre aumento da massa
no material sólido.
Gabarito: C

2. (UEA AM/2017)
Até a época dos trabalhos de Lavoisier, considerado o grande responsável pelo nascimento
da Química Moderna, acreditava-se que a água era uma substância simples.
Essa ideia foi invalidada quando ele demonstrou que a água líquida poderia ser

a) vaporizada, misturando-se com o ar em diferentes proporções.


b) obtida, como um único produto, pela reação entre hidrogênio e oxigênio.
c) misturada com o álcool em diferentes proporções.
d) transformada em gelo por abaixamento de temperatura.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 52


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

e) obtida, como único produto, da liquefação do vapor de água.

Comentários
a) Errado. A vaporização é uma transformação física que não fornece informações sobre a
composição da matéria.
b) Certo. A reação das duas substâncias – hidrogênio e oxigênio – produz uma substância
composta formada pela combinação desses elementos.
c) Errado. A dissolução é um fenômeno físico e não fornece informações sobre a composição.
d) Errado. A fusão é uma transformação física que não fornece informações sobre a
composição da matéria.
e) Errado. A liquefação é uma transformação física que não fornece informações sobre a
composição da matéria.
Gabarito: B

3. (UEPB/2011)
Um professor realizou um experimento em um laboratório no qual ele realizou a queima de
papel amassado e de esponja de aço, respectivamente, em balanças artesanais, conforme figura
1.

Figura 1: balanças contendo papel amassado e esponja de aço, respectivamente, antes da queima desses
materiais.
Nos pratos da esquerda de cada balança são adicionados pesos de modo que os pratos
ficam em equilíbrio (mesmo peso) antes da queima. Considere que as balanças estão expostas
às condições ambiente e que nenhum produto sólido escapa dos pratos após a queima. Assuma
ainda que o papel seja um polímero cuja unidade polimérica é um monômero de fórmula mínima
(C6H10O5)n e que a esponja de aço utilizada é constituída unicamente de átomos de Ferro.
Assinale a alternativa que apresenta o comportamento qualitativo mais provável da balança
após a queima de cada material:

a)

b)

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 53


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

c)

d)

e) Nenhuma das alternativas, pois a esponja de aço não queima.

Comentários
A queima de papel libera gás carbônico e água, logo, o prato contendo papel se torna mais
leve e sobe.
Papel + oxigênio → gás carbônico/monóxido de carbono + água
A queima da esponja de aço incorpora átomos de oxigênio, logo, o prato contendo a esponja
de aço se torna mais pesado e desce.
ferro + oxigênio → óxido de ferro
Gabarito: D

4. (PUC SP/2011)
Um determinado metal queima ao ar para formar o respectivo óxido, um sólido de alta
temperatura de fusão. A relação entre a massa do metal oxidado e a massa de óxido formado
está representada no gráfico a seguir.

Durante um experimento, realizado em recipiente fechado, foi colocado para reagir 1,00 g do
referido metal, obtendo-se 1,40 g do seu óxido. Considerando-se que todo o oxigênio presente
no frasco foi consumido, pode-se determinar que a massa de oxigênio presente no sistema inicial
é x. Em outro recipiente fechado, foram colocados 1,50 g do referido metal em contato com 1,20

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 54


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

g de oxigênio. Considerando que a reação ocorreu até o consumo total de pelo menos um dos
reagentes, pode-se afirmar que a massa de óxido gerado é y.
Sabendo que o metal em questão forma apenas um cátion estável e considerando que em
todas as reações o rendimento foi de 100 %, os valores de x e y são, respectivamente,

a) 0,40 g e 2,70 g.
b) 0,40 g e 2,50 g.
c) 0,56 g e 2,50 g.
d) 0,56 g e 3,00 g.
e) 0,67 g e 2,70 g.

Comentários
Preste atenção ao enunciado da questão: “foi colocado para reagir 1,00 g do referido metal,
obtendo-se 1,40 g do seu óxido”, ou seja, a questão não afirmou que todo o metal foi consumido,
mas informou a quantidade do produto formado. Posteriormente, afirma que todo o oxigênio foi
consumido, mas nada foi dito do consumo total do metal. No segundo experimento a questão
volta a fornecer dados das substâncias colocadas.
Portanto, a proporção da reação terá que ser extraída do gráfico fornecido. Qualquer ponto
do gráfico, que seja preciso, pode ser utilizado, porque trata-se de uma proporção direta.

Proporção das substâncias participantes: 120 g do metal → 200 g do óxido.

A partir da proporção de consumo e produção destacada acima, completa-se a primeira


reação a partir da quantidade do produto formado.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 55


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

O valor de x é 0,56 g.
A questão forneceu a quantidade de dois reagentes, logo é necessário testar se ocorre caso
de excesso e limitante. Para isso, escolha o valor fornecido de um dos reagentes e faça a
proporção estequiométrica entre eles.
120 𝑔 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑙 − − − − 80 𝑔 𝑑𝑒 𝑜𝑥𝑖𝑔ê𝑛𝑖𝑜
1,50 𝑔 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑙 − − − − 𝑦 𝑔 𝑑𝑒 𝑜𝑥𝑖𝑔ê𝑛𝑖𝑜
y = 1 g de oxigênio
Explicação do teste: para consumir todos os 1,5 g do metal é necessário 1 g de oxigênio. A
questão informou que possui 1,2 g de oxigênio, ou seja, o oxigênio apresenta 0,2 g de excesso.
A massa do produto formado será resultado do consumo de 1,5 g do metal mais 1 g do
oxigênio, o que é igual a 2,5 g.
Gabarito: C

5. (PUC Camp SP/2011)


Em três experimentos sobre a combustão do carvão, C (s), foram obtidos os seguintes
resultados:

Os experimentos que seguem a lei de Lavoisier são:

a) I e II, somente.
b) I, II e III, somente.
c) II, III e IV, somente.
d) III e IV, somente.
e) I, II, III e IV.

Comentários

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 56


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Para satisfazer a lei da conservação das massas, o somatório das massas dos reagentes
consumidos deve ser igual ao somatório das massas dos produtos formados.
Experimento I: 12 g de carbono reagem com 32 g de oxigênio e produz 44 g de dióxido de
carbono.
Experimento II: 18 g + 48 g = 66 g.
Experimento III: 24 g + 64 g (massa consumida) = 88 g
Experimento IV: 36 g (massa de carbono) + 96 g = 132 g
Portanto, todas as reações satisfazem a lei da conservação das massas.
Gabarito: E

6. (UFF RJ/2009)
Desde a Antiguidade, diversos povos obtiveram metais, vidro, tecidos, bebidas alcoólicas,
sabões, perfumes, ligas metálicas, descobriram elementos e sintetizaram substâncias que
passaram a ser usadas como medicamentos. No século XVIII, a Química, a exemplo da Física,
torna-se uma ciência exata. Lavoisier iniciou na Química o método científico, estudando os
porquês e as causas dos fenômenos. Assim, descobriu que as transformações químicas e físicas
ocorrem com a conservação da matéria. Outras leis químicas também foram propostas e, dentre
elas, as ponderais, ainda válidas.
Com base nas leis ponderais, pode-se afirmar que, segundo:

I. a Lei da Conservação da Massa (Lavoisier), 1,0 g de Ferro ao ser oxidado pelo Oxigênio,
produz 1,0 g de Óxido Férrico;
II. a Lei da Conservação da Massa, ao se usar 16,0 g de Oxigênio molecular para reagir
completamente com 40,0 g de Cálcio, são produzidas 56 g de Óxido de Cálcio;
III. a Lei das Proporções Definidas, se 1,0 g de Ferro reage com 0,29 g de Oxigênio para
formar o composto Óxido Ferroso, 2,0 g de Ferro reagirão com 0,87 g de Oxigênio, produzindo
o mesmo composto;
IV. a Lei das Proporções Múltiplas, dois mols de Ferro reagem com dois mols de Oxigênio
para formar Óxido Ferroso; logo, dois mols de Ferro reagirão com três mols de Oxigênio para
formar Óxido Férrico.

Assinale a opção correta.

a) As afirmativas I e II estão corretas.


b) A afirmativa II está correta.
c) As afirmativas II e III estão corretas.
d) As afirmativas II e IV estão corretas.
e) A afirmativa III está correta.

Comentários
I. Errado. Ao se combinar com o oxigênio, a massa do óxido férrico será maior que a do ferro
inicial.
II. Certo. A soma dos reagentes consumidos (16 g + 40 g) é igual à massa do produto 56 g.
III. Errado. Ao dobrar a quantidade de ferro de consumo é necessário dobrar a quantidade de
oxigênio também, porque a proporção entre as substâncias de uma reação é sempre constante.
IV. Certo. A lei das proporções múltiplas detalha que dois elementos podem realizar reações
distintas, sendo que cada reação possui sua própria proporção definida.
Gabarito: D

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 57


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

7. (UNICAMP/2022)
Resíduos de papel contribuem para que o clima mude mais do que a maioria das pessoas
pensam. A Blue Planet Ink anunciou que sua tinta de impressora autoapagável Paper Saver®
agora está disponível em cartuchos remanufaturados para uso em impressoras de uma
determinada marca. A tinta autoapagável (economizadora de papel) é uma tinta roxa de base
aquosa, que pode ser impressa em papel sulfite normal. Um cartucho rende a impressão de até
4000 folhas. Com a exposição ao ar, ao absorver dióxido de carbono e vapor de água, o
componente ativo (corante) da tinta perde sua cor, a impressão torna-se não visível e o papel
fica branco, tornando possível sua reutilização.
A "pegada de carbono" – isto é, a quantidade de carbono gerada na produção, transporte e
descarte – de 120 folhas de papel é a mesma de um carro a gasolina que se move por 16 km. O
Regulamento sobre Automóveis de Passageiros da Comissão Europeia estabeleceu como meta
que as emissões dos veículos leves não poderão ultrapassar 95 g 𝐶𝑂2/km a partir de 2020.
Levando em conta a combustão completa da gasolina (considere a gasolina como sendo
constituída unicamente por 𝐶8 𝐻18 ) e as informações do texto de referência, o uso de um cartucho
da tinta Paper Saver®, nas condições estabelecidas pela Comissão Europeia, permitiria reduzir
a emissão de aproximadamente
a) 1,5 kg de 𝐶𝑂2, que é uma massa maior do que a massa de gasolina que foi queimada.
b) 50 kg de 𝐶𝑂2, que é uma massa menor do que a massa de gasolina que foi queimada.
c) 1,5 kg de 𝐶𝑂2, que é uma massa menor do que a massa de gasolina que foi queimada.
d) 50 kg de 𝐶𝑂2, que é uma massa maior do que a massa de gasolina que foi queimada.
Massas molares em g.mol-1: H = 1, C = 12, O = 16.

Comentários:
Primeiramente, vamos calcular a quantidade de gás carbônico liberada a partir da combustão
da gasolina para 16 km, nas condições estabelecidas pela Comissão Europeia:
95 𝑔 − − − −1 𝑘𝑚
𝑥 𝑔 − − − − − 16 𝑘𝑚
𝑥 = 1520 𝑔
Pelos dados do texto, sabemos que essa será também a quantidade de gás carbônico
produzido para 120 folhas, desta forma, vamos calcular a quantidade de gás reduzida com a
utilização de um cartucho de tinta:
1520 𝑔 − − − −120 𝑓𝑜𝑙ℎ𝑎𝑠
𝑥 𝑔 − − − − − 4000 𝑓𝑜𝑙ℎ𝑎𝑠
𝑥 ≈ 50,6 𝑘𝑔
Desta forma, temos que a utilização de um cartucho reduz em 50kg a quantidade de gás
carbônico liberado.
Em seguida, vamos calcular a quantidade de gasolina necessária para produzir essa massa
de gás carbônico, a combustão completa da gasolina será da seguinte forma:
25
𝐶8 𝐻18 + 𝑂 → 8𝐶𝑂2 + 9𝐻2 𝑂
2 2
Assim, temos que 1 mol de 𝐶8 𝐻18 produzirá 8 mols de 𝐶𝑂2, temos que a massa molar das
duas substâncias são, respectivamente, iguais a 8 ⋅ 12 + 18 ⋅ 1 = 114 𝑔/𝑚𝑜𝑙 e 1 ⋅ 12 + 2 ⋅ 16 =
44 𝑔/𝑚𝑜𝑙. Assim, temos que a quantidade de gasolina necessária para liberar 50,6 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑂2 é:
114𝑔 − − − −8 ⋅ 44 𝑔
𝑥 𝑔 − − − −50,6 ⋅ 103 𝑔
𝑥 ≈ 16,4 𝑘𝑔

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 58


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Assim, temos que a massa de gasolina queimada é menor que a massa de gás carbônico
que a utilização do cartucho reduz.
Gabarito: D

8. (UNICAMP/2021)
A remoção de sulfeto de hidrogênio presente em amostras de biogás é essencial, já que ele
é altamente corrosivo para tubulações metálicas. A queima desse H 2S também é muito
prejudicial ao meio ambiente, pois leva à formação de dióxido de enxofre. Um estudo de 2014
sugere que a remoção do H2S pode ser realizada pelo uso de esponjas de óxido de ferro, que
reage com esse gás, mas pode ser regenerado. Segundo o estudo, no dispositivo utilizado, 1,00
kg de óxido de ferro foi capaz de remover entre 0,200 e 0,716 kg de sulfeto de hidrogênio.
Considere que apenas a reação abaixo equacionada esteja ocorrendo nessa remoção.
Fe2O3(s) + 3 H2S(g) → Fe2S3(s) + 3 H2O(l)
A partir desses dados, pode-se afirmar que, na condição de remoção máxima de sulfeto de
hidrogênio relatada no estudo,
a) restaram cerca de 33% de óxido de ferro para reagir, tomando por base a estequiometria
da equação química fornecida.
b) restaram cerca de 67% de óxido de ferro para reagir, tomando por base a estequiometria
da equação química fornecida.
c) foi removida uma quantidade maior de H2S que a prevista pela estequiometria da equação
química fornecida.
d) as quantidades reagiram na proporção estequiométrica da equação química fornecida.
Massas molares (g mol-1): Fe = 56, H = 1, O = 16 e S = 32.

Comentários
Massa do Fe2O3 = 160 g/mol
Massa do H2S = 34 g/mol

Pela reação temos a relação:

1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐹𝑒2 𝑂3 3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2 𝑆


160 𝑔 −−−− 102 𝑔
1 𝑘𝑔 −−−− 𝑥
𝑥 = 0,637𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑆
Cada 1 kg de Fe2O3 absorveria 637 g de H2S, que representa uma quantidade menor que
aquela removida na condição máxima (0,716 kg), ou seja, foi removida uma quantidade maior
de H2S que a prevista pela estequiometria da equação química fornecida.
Gabarito: C

9. (ENEM/2020 – 1ª aplicação)
O crescimento da frota de veículos em circulação no mundo tem levado a busca e
desenvolvimento de tecnologias que permitam minimizar emissões de poluentes atmosféricos.
O uso de veículos elétricos é urna das propostas mais propagandeadas por serem de emissão
zero. Podemos comparar a emissão de carbono na forma de CO2 (massa molar igual a 44 g·mol-
1) para os dois tipos de carros (a combustão e elétrico). Considere que os veículos tradicionais

a combustão, movidos a etanol (massa molar igual a 46 g·mol-1), emitem uma média de 2,6 mol
de CO2 por quilômetro rodado, e os elétricos emitem o equivalente a 0,45 mol de CO 2 por
quilômetro rodado (considerando as emissões na geração e transmissão da eletricidade). A
reação de combustão do etanol pode ser representada pela equação química:

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 59


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

C2H5OH (l) + 3 O2 (g) → 2 CO2 (g) + 3 H2O (g)


Foram analisadas as emissões de CO2 envolvidas em dois veículos, um movido a etanol e
outro elétrico, em um mesmo trajeto de 1 000 km.
A quantidade equivalente de etanol economizada, em quilograma, com o uso do veículo
elétrico nesse trajeto, é mais próxima de
a) 50.
b) 60.
c) 95.
d) 99.
e) 120.

Comentários:
Cálculo do número de mols de CO2 emitidos por cada veículo, no trajeto de 1000 km:
- Carro movido a etanol:
2,6 𝑚𝑜𝑙 − − − − 1 𝑘𝑚
𝑥 − − − − 1000 𝑘𝑚
𝑥 = 2600 𝑚𝑜𝑙

- Carro elétrico no mesmo percurso:


0,45 𝑚𝑜𝑙 −−−− 1 𝑘𝑚
𝑥 − − − − 1000 𝑘𝑚
𝑥 = 450 𝑚𝑜𝑙

Assim, a quantidade em mol de CO2 que deixa de ser emitida é igual à diferença de emissão
dos dois carros:
2600 𝑚𝑜𝑙 (𝑐𝑎𝑟𝑟𝑜 𝑎 𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙) − 450 𝑚𝑜𝑙 (𝑐𝑎𝑟𝑟𝑜 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜) = 2150 𝑚𝑜𝑙

1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 − − − − 2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑂2


𝑥 − − − − 2150 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑂2
𝑥 = 1075 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙

1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 −−−− 46 𝑔


1075 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 − − − − 𝑥
𝑥 = 49450 𝑔 ≅ 50 𝑘𝑔
Gabarito: A

10. (FACISB/2020)
O titânio, devido à sua biocompatibilidade óssea, é muito utilizado em próteses. Esse metal
pode ser obtido por meio de duas reações sequenciais, cujas equações químicas são
apresentadas a seguir:
2 FeTiO3 + 7 Cl2 + 6 C → 2 TiCl4+ 2 FeCl3 + 6 CO
TiCl4 + 2 Mg → 2 MgCl2 + Ti
Considere 100% de rendimento em ambas as reações e as seguintes massas molares:
FeTiO₃ = 152 g/mol; TiCℓ₄ = 190 g/mol; Mg = 24 g/mol; Ti = 48 g/mol.
A massa de magnésio metálico necessária para reagir com todo o TiCl₄ formado a partir de
4,5 toneladas de FeTiO₃ e a massa de titânio metálico produzida ao final das reações são,
aproximadamente
(A) 1,4 t de Mg e 2,8 t de Ti.
(B) 1,4 t de Mg e 1,4 t de Ti.
(C) 2,8 t de Mg e 1,4 t de Ti.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 60


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

(D) 2,8 t de Mg e 5,7 t de Ti.


(E) 2,8 t de Mg e 2,8 t de Ti.

Comentários:
Segundo a estequiometria, 2 mols de FeTiO3 forma 2 mols de TiCl4, ou seja, as 4,5 toneladas
de FeTiO3 forma uma massa de TiCl4 igual a:
2 ⋅ 152 𝑔 𝑑𝑒 𝐹𝑒𝑇𝑖𝑂3 − − − − 2 ⋅ 190 𝑔 𝑑𝑒 𝑇𝑖𝐶𝑙4
4,5 𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝐹𝑒𝑇𝑖𝑂3 − − − − 𝑥 𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝑇𝑖𝐶𝑙4
𝑥 = 5,625 𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝑇𝑖𝐶𝑙4
1 mol de TiCl4 reage com 2 mols de Mg, ou seja, a massa de magnésio necessária é de:
1 ⋅ 190 𝑔 𝑑𝑒 𝑇𝑖𝐶𝑙4 − − − − 2 ⋅ 24 𝑔 𝑑𝑒 𝑀𝑔
5,625 𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝑇𝑖𝐶𝑙4 − − − − 𝑦 𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝑀𝑔
𝑦 ≅ 1,4 𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝑀𝑔
Como 1 mol de TiCl4 forma 1 mol de Ti, tem-se:
1 ⋅ 190 𝑔 𝑑𝑒 𝑇𝑖𝐶𝑙4 − − − − 1 ⋅ 48 𝑔 𝑑𝑒 𝑇𝑖
5,625 𝑔 𝑑𝑒 𝑇𝑖𝐶𝑙4 − − − − 𝑧 𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝑇𝑖
𝑧 ≅ 1,4 𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝑇𝑖
Gabarito: B

11. (UEL PR/2019)


Os cosméticos, como batons e rímeis, buscam realçar o encanto da beleza. Porém, o uso
desses produtos pode, também, causar desencantamento em função dos constituintes químicos
tóxicos que possuem. Em batons, pode haver presença de cádmio, chumbo, arsênio e alumínio.
A FDA (Food and Drug Administration) e a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
preconizam limites máximos de metais apenas para corantes orgânicos artificiais utilizados como
matéria-prima na fabricação de cosméticos.
Considerando que um determinado batom possua concentração de chumbo igual a 1,0
mg·kg–1 e que a estimativa máxima de utilização deste cosmético ao longo do dia seja de 100
mg, assinale a alternativa que representa, correta e aproximadamente, o número de átomos de
chumbo em contato com os lábios ao longo de um dia.
Dados:
Massa molar de chumbo = 207 g·mol–1
Constante de Avogadro = 6,0 · 1023 mol–1
a) 1,2 · 108
b) 2,9 · 1014
c) 4,5 · 1030
d) 5,1 · 1025
e) 6,8 · 104

Comentários
Calcula-se a massa de chumbo presente na utilização de 100 mg de batom:
1,0 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑐ℎ𝑢𝑚𝑏𝑜 1,0 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑐ℎ𝑢𝑚𝑏𝑜
=
𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑡𝑜𝑚 106 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑡𝑜𝑚
1,0 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑐ℎ𝑢𝑚𝑏𝑜
6
· 100 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑡𝑜𝑚 = 1,0 · 10−4 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑐ℎ𝑢𝑚𝑏𝑜 = 1,0 · 10−7 𝑔 𝑑𝑒 𝑐ℎ𝑢𝑚𝑏𝑜
10 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑡𝑜𝑚
Sabendo que a massa molar do chumbo é igual a 207 g/mol, determina-se o número de
átomos de chumbo presentes em 1,0·10-7 g:

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 61


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

207 𝑔 𝑑𝑒 𝑃𝑏 − − − − 6 · 1023 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑃𝑏


1,0 · 10−7 𝑔 𝑑𝑒 𝑃𝑏 − − − − 𝑥 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑃𝑏
16 14
x = 0,029 · 10 = 2,9 · 10 átomos de Pb
Gabarito: B

12. (PUC Camp SP/2019)


Recifes, por definição, são estruturas rígidas criadas pela ação de seres vivos. No caso da
foz do rio Amazonas, algas que transformam o carbonato presente no oceano em um “esqueleto”
de calcário começaram a se incrustar na rocha e criaram condições para outro tipo de alga
calcária, os rodolitos. Em seguida, vieram corais, esponjas e poliquetas. Conforme uns vão
morrendo, outros nascem por cima. Por milhares de anos, a massa cresceu até formar o recife.
Um processo longe de um fim.
(Adaptado de: Revista Galileu, junho de 2018, p. 65)

O calcário, oceânico ou não, pode ser usado para neutralizar solos ácidos. A reação que
representa esse processo é:
CaCO3(s) + 2H+ (aq) → H2O (l) + CO2(g) + Ca2+(aq)
Cada quilograma de calcário utilizado na neutralização de solos pode gerar, no máximo, um
volume de CO2(g), nas CATP, igual a
Dados:
Massas molares (g/mol): CaCO3 = 100; CO2 = 44.
Volume molar de gás, nas CATP = 25 L/mol.

a) 5 L.
b) 25 L.
c) 50 L.
d) 250 L.
e) 500 L.

Comentários
A proporção, em mol, de calcário (CaCO3) e CO2 é de 1 para 1. Sabendo que 1 mol de CaCO3
equivale a 100 g e 1 mol de CO2 equivale a 25 L, nas CATP, tem-se:
100 𝑔 𝐶𝑎𝐶𝑂3 − − − − 25 𝐿 𝑑𝑒 𝐶𝑂2
1000 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 − − − − 𝑥 𝐿 𝑑𝑒 𝐶𝑂2
x = 250 L
Gabarito: D

13. (EINSTEIN - SP/2019)


Uma forma de reduzir a poluição atmosférica provocada pelo gás dióxido de enxofre (SO 2),
produzido em certas atividades industriais, é realizar a lavagem dos gases de exaustão com uma
suspensão aquosa de cal hidratada [Ca(OH)2]. Com isso, ocorre uma reação química em que se
formam sulfito de cálcio (CaSO3) sólido e água (H2O) líquida, evitando a emissão do poluente
para o ar.
Considerando que o volume molar de gás nas Condições Ambiente de Temperatura e
Pressão (CATP) é igual a 25 L/mol, para cada 1,2 kg de sulfito de cálcio formado, o volume de
dióxido de enxofre, medido nessas condições, que deixa de ser emitido para a atmosfera é de
A) 250 L.
B) 125 L.
C) 12,5 L.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 62


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

D) 25 L.
E) 1250 L.

Comentários
A reação descrita no enunciado do SO2 com hidróxido de cálcio é dada por:
𝑆𝑂2 + 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 → 𝐶𝑎𝑆𝑂3 + 𝐻2 𝑂
1 mol de SO2 produz 1 mol de CaSO3 (120 g/mol), ou seja, como o volume molar é de 25 L
por mol, tem-se uma massa de 1,2 kg (ou 1200 g) de CaSO3 formado a partir de um volume de
SO2 dado por:
25 𝐿 𝑑𝑒 𝑆𝑂2 − − − − 120 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑆𝑂3
𝑥 𝐿 𝑑𝑒 𝑆𝑂2 − − − − 1200 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑆𝑂3
𝑥 = 250 𝐿 𝑑𝑒 𝑆𝑂2
Gabarito: A

14. (UERJ/2018)
A hemoglobina é uma proteína de elevada massa molar, responsável pelo transporte de
oxigênio na corrente sanguínea. Esse transporte pode ser representado pela equação química
abaixo, em que HB corresponde à hemoglobina.
HB + 4 O2 → HB(O2)4
Em um experimento, constatou-se que 1 g de hemoglobina é capaz de transportar 2,24·10 –4
L de oxigênio molecular com comportamento ideal, nas CNTP.
A massa molar, em g/mol, da hemoglobina utilizada no experimento é igual a:
a) 1·105
b) 2·105
c) 3·105
d) 4·105

Comentários
A proporção, em mols, na equação de HB e O2 é de 1:4. Portanto, basta calcular a quantidade
em massa de HB consumida por 4 mols de oxigênio molecular.
A partir do volume molar 22,4 L/mol (fornecido no início da prova da UERJ), calcula-se o
volume, em litros, de 4 mols de O2.
22,4 𝐿 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙
𝑥𝐿 − − − − 4 𝑚𝑜𝑙
x = 89,6 L De O2 (equivale ao volume de 4 mol).
Compara-se o volume de 4 mol com a proporção encontrada na reação entre as substâncias:
1 𝑔 𝑑𝑒 𝐻𝐵 − − − − 2,24 · 10−4 𝐿 𝑑𝑒 𝑂2
𝑦 𝑔 𝑑𝑒 𝐻𝐵 − − − − 89,6 𝐿 𝑑𝑒 𝑂2
y = 4·105 g/mol
Gabarito: D

15. (UNESP SP/2018)


Bicarbonato de sódio sólido aquecido se decompõe, produzindo carbonato de sódio sólido,
além de água e dióxido de carbono gasosos. O gráfico mostra os resultados de um experimento
em que foram determinadas as massas de carbonato de sódio obtidas pela decomposição de
diferentes massas de bicarbonato de sódio.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 63


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Os dados do gráfico permitem concluir que as massas de carbonato de sódio e bicarbonato


de sódio nessa reação estão relacionadas pela equação 𝑚𝑁𝑎2𝐶𝑂3 = 𝑘 · 𝑚𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3 , e que o valor
aproximado de k é

a) 0,3.
b) 1,0.
c) 0,2.
d) 0,7.
e) 1,2.

Comentários
𝑚𝑁𝑎2𝐶𝑂3 = 𝑘 · 𝑚𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3
40 = k·60
k = 0,666 = 0,7
Gabarito: D

16. (UFSC/2017)
Um dos principais símbolos dos Jogos Olímpicos é a tocha olímpica, carregada por centenas
de pessoas em todo o mundo até chegar à cidade que sediará os jogos. Um fato interessante,
embora pouco divulgado, é que a tocha funciona como um isqueiro, ou seja, a chama é
alimentada por uma mistura de propano e butano liquefeitos que entram em combustão quando
é acionada uma válvula que permite o escape dos gases. Considere uma tocha olímpica
carregada com 1,32 g de propano e 1,16 g de butano fluindo a uma taxa de 40 mL/min.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 64


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Imagem disponível em: <http://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/


2016/05/revezamento-da-tocha-olimpica-em-vitoria-podera-ser-
acompanhado-em-tempo-real.html>. Acesso em: 9 set. 2016.

Sobre o assunto, é correto afirmar que:


01. nas condições descritas no enunciado, a proporção de propano na mistura gasosa
é de 60,0%, em mol.
02. a combustão da mistura de propano e butano é um processo endotérmico e,
portanto, a chama produzida pela tocha será mais intensa em uma cidade do polo norte durante
o inverno local do que no Rio de Janeiro em um dia de verão.
04. a combustão completa da mistura de propano e butano, nas condições descritas
no enunciado, consumirá 2,48 g de oxigênio.
08. nas condições descritas no enunciado, a combustão completa do propano
consumirá uma quantidade maior de oxigênio do que a combustão completa do butano.
16. a tocha olímpica manterá sua massa total mesmo após a combustão completa dos
gases, já que os produtos de combustão são sólidos e ficarão depositados no interior da tocha.
32. se a tocha olímpica permanecer acesa por 10 minutos, serão produzidos 400 g de
produtos gasosos decorrentes da combustão.
64. no percurso da tocha olímpica, considerando a combustão completa e o total
consumo do propano e do butano nas condições descritas no enunciado, serão produzidos 7,48
g de dióxido de carbono.
Comentários

Julgando os itens, tem-se:


01. Certo. Na tocha são encontrados 1,32 g de propano (C3H8) e 1,16 g de butano
(C4H10), calcula-se a proporção, em mol, de propano:
Propano Butano
C3H8 – 44 g/mol C4H10 – 58 g/mol
1,32 𝑔 1,16 𝑔
𝑛𝑝𝑟𝑜𝑝𝑎𝑛𝑜 = −1
= 0,03 𝑚𝑜𝑙 𝑛𝑏𝑢𝑡𝑎𝑛𝑜 = = 0,02 𝑚𝑜𝑙
44 𝑔 · 𝑚𝑜𝑙 58 𝑔 · 𝑚𝑜𝑙 −1

Proporção, em %, de mol de propano na mistura:


𝑛𝑝𝑟𝑜𝑝𝑎𝑛𝑜 0,03 𝑚𝑜𝑙
%𝑝𝑟𝑜𝑝𝑎𝑛𝑜 = · 100 = · 100 = 60%
𝑛𝑝𝑟𝑜𝑝𝑎𝑛𝑜 + 𝑛𝑏𝑢𝑡𝑎𝑛𝑜 0,03 𝑚𝑜𝑙 + 0,02 𝑚𝑜𝑙

02. Errado. Todas as reações de combustão são exotérmicas. A liberação de energia


da reação acontecerá da mesma maneira, independentemente do local.
04. Errado. Calculam-se as massas, em gramas, de oxigênio consumidas pelas duas
reações:
Propano – 1,32 g Butano – 1,16 g
C3H8 – 44 g/mol C4H10 – 58 g/mol
C3H8 + 5 O2 → 3 CO2 + 4 H2O C4H10 + 6,5 O2 → 4 CO2 + 5 H2O
1 · 44 𝑔 𝐶3 𝐻8 − − − − 5 · 32 𝑔 𝑂2 1 · 58 𝑔 𝐶4 𝐻10 − − − − 6,5 · 32 𝑔 𝑂2
1,32 𝑔 𝐶3 𝐻8 − − − − 𝑥 𝑔 𝑂2 1,16 𝑔 𝐶4 𝐻10 − − − − 𝑦 𝑔 𝑂2

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 65


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

x = 4,8 g de O2 y = 4,16 g de O2
A massa total de consumo de O2 = 4,8 g + 4,16 g = 8,96 g de O2

08. Certo. Conforme os cálculos do item 04, percebe-se que o propano consome mais
oxigênio do que o butano.
16. Errado. Os produtos formados da combustão de propano e butano são gasosos,
portanto, a massa da tocha diminuirá.
32. Errado. Mesmo se todo o conteúdo dos gases da tocha fossem queimados (1,32 g
+ 1,16 g) iriam consumir 8,96 g de oxigênio, logo, a massa total de produtos gasosos formados
seria igual a 11,44 g, que é muito distante de 400 gramas.

64. Certo.
Propano – 1,32 g Butano – 1,16 g
C3H8 – 44 g/mol C4H10 – 58 g/mol
C3H8 + 5 O2 → 3 CO2 + 4 H2O C4H10 + 6,5 O2 → 4 CO2 + 5 H2O
1 · 44 𝑔 𝐶3 𝐻8 − − − − 3 · 44 𝑔 𝐶𝑂2 1 · 58 𝑔 𝐶4 𝐻10 − − − − 4 · 44 𝑔 𝐶𝑂2
1,32 𝑔 𝐶3 𝐻8 − − − − 𝑥 𝑔 𝐶𝑂2 1,16 𝑔 𝐶4 𝐻10 − − − − 𝑦 𝑔 𝐶𝑂2
x = 3,96 g de CO2 y = 3,52 g de CO2

Massa total de CO2 = 3,96 g + 3,52 g = 7,48 g


Gabarito: 73 (01 + 08 + 64)

17. (UNESP SP/2016)


A luz branca é composta por ondas eletromagnéticas de todas as frequências do espectro
visível. O espectro de radiação emitido por um elemento, quando submetido a um arco elétrico
ou a altas temperaturas, é descontínuo e apresenta uma de suas linhas com maior intensidade,
o que fornece “uma impressão digital” desse elemento. Quando essas linhas estão situadas na
região da radiação visível, é possível identificar diferentes elementos químicos por meio dos
chamados testes de chama. A tabela apresenta as cores características emitidas por alguns
elementos no teste de chama:

Uma estudante preparou 10,0 mL de uma solução 1,00 mol·  L–1 de cloreto de um dos metais
apresentados na tabela do texto a fim de realizar um teste de chama em laboratório. No teste de
chama houve liberação de luz vermelha intensa. A partir das informações contidas no texto e
utilizando a classificação periódica dos elementos, assinale a alternativa que apresenta a massa
do sal utilizado pela estudante, em gramas, e a sua fórmula.

a) 1,11 e CaCl2.
b) 7,56 e CaCl.
c) 11,1 e CaCl2.
d) 0,756 e CaCl.
e) 0,111 e CaCl2.

Comentários

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 66


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

O sal utilizado foi o cloreto de cálcio de fórmula CaCl2. O cálcio forma cátions de valência
fixa, perdendo dois elétrons, por ser um alcalinoterroso.
1 𝑚𝑜𝑙
· 0,01𝐿 = 0,01 𝑚𝑜𝑙 de CaCl2
1𝐿
111 𝑔
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = · 0,01𝑚𝑜𝑙 = 1,11 𝑔
1 𝑚𝑜𝑙
Gabarito: A

18. (UERJ/2015)
A proporção de moléculas de água presentes na forma hidratada de um sal pode ser
representada da seguinte forma, na qual X corresponde ao número de mols de água por mol
desse sal:
CuSO4· x H2O
Uma amostra de 4,99 g desse sal hidratado foi aquecida até que toda a água nela contida
evaporou, obtendo-se uma massa de 3,19 g de sulfato de cobre II.
O número de mols de água por mol de sulfato de cobre II na composição do sal hidratado
equivale a:

a) 2
b) 5
c) 10
d) 20

Comentários

Portanto, a proporção 0,02 mol CuSO4 : 0,1 mol H2O → 1 mol CuSO4 : 5 mol H2O
Gabarito: B

19. (FAMERP SP/2018)


Um isqueiro descartável contém gás isobutano (C4H10). Mesmo após o uso total desse
isqueiro, resta um resíduo do gás em seu interior. Considerando que o volume desse resíduo
seja igual a 1 mL e que o volume molar de gás nas condições de pressão e temperatura no

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 67


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

interior do isqueiro seja 25 L/mol, a massa de isobutano restante no isqueiro é,


aproximadamente,

a) 3 mg.
b) 4 mg.
c) 1 mg.
d) 2 mg.
e) 5 mg.

Comentários
A partir do volume molar – 25 L/mol – e da massa molar – 58 g/mol, calcula-se a massa, em
mg, de 1 mL de butano. (1 mol = 25 L (condições de temperatura e pressão da questão) = 58 g).
25 𝐿 − − − − 58 𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑢𝑡𝑎𝑛𝑜
1 𝑚𝐿 = 0,001 𝐿 − − − − 𝑥𝑔
x = 2,32 mg
Gabarito: D

20. (UFPR/2015)
O palito de fósforo é um dos artigos mais úteis no nosso cotidiano. Na sua composição, possui
fósforo vermelho, enxofre e clorato de potássio. A cabeça de um palito de fósforo pesa
aproximadamente 0,05 g. A reação que ocorre na queima da cabeça de fósforo está
representada a seguir:
3 P4 + S + 10 KClO3 + O2 → 3 P4O10 + 10 KCl + SO2
O cheiro característico de “fósforo queimado” se deve ao dióxido de enxofre formado.
Dados: No palito de fósforo, os componentes estão em quantidades estequiométricas. M (g
mol–1): Cl = 35,5; K = 39; O= 16; P = 31; S = 32.
A massa (em g) de dióxido de enxofre produzido ao queimar uma cabeça de fósforo é
aproximadamente:
a) 3 · 10–2.
b) 9 · 10–3.
c) 2 · 10–3.
d) 9 · 10–4.
e) 4 · 10–5.

Comentários
A massa de fósforo, enxofre e clorato de potássio apresentam a massa de 0,05 gramas.
Segundo o texto, a massa de 0,05 gramas dos reagentes corresponde as quantidades
estequiométricas, ou seja, as proporções exatas das massas dos reagentes para ocorrer o
consumo total deles.
A proporção entre os reagentes e o produto é representado por:

As massas molares, em g/mol, das substâncias P4, S, KClO3 e SO2 são iguais a,
respectivamente, 124, 32, 138,5 e 64. Portanto, a proporção em massa entre os reagentes e o
produto SO2 é:

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 68


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Sabendo que a proporção, em massa, entre os reagentes e SO 2 é de 1789 para 64, calcula-
se a massa, em gramas, de SO2 formada pelo consumo de 0,05 g dos reagentes:
1789 𝑔 𝑑𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 − − − − 64 𝑔 𝑑𝑒 𝑆𝑂2
0,05 𝑔 𝑑𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑆𝑂2
x = 0,00178 g ≈ 2 · 10-3 g de SO2
Gabarito: C

21. (UEA/2016)
O hidrogênio gasoso, H2 (g), pode ser obtido em laboratório pela reação entre raspas de
magnésio metálico, Mg (s), e ácido clorídrico, HCl (aq). Sabendo que o volume molar dos gases
nas CATP é 25,0 L/mol, a quantidade em mol de magnésio necessária para reagir
completamente com o ácido clorídrico, gerando 25,0 L de hidrogênio, nas CATP, é
a) 1
b) 4
c) 5
d) 2
e) 3

Comentários
A reação química, devidamente balanceada, entre magnésio e ácido clorídrico é apresentada
por:
Mg (s) + 2 HCl (aq) → MgCl2 (aq) + H2 (g)
A proporção, em mol, entre magnésio e ácido clorídrico é de 1 para 2. Assim, segundo a
equação para 1 mol de magnésio é formado 1 mol de H2 gasoso. Segundo o texto, 1 mol de gás
nas CATP é equivalente a 25 L. Assim, 1 mol de H 2 apresenta 25 L e 25 L de H2 produz 1 mol
de magnésio.
Gabarito: A

22. (UNESP/2022)
O carbeto de silício (𝑆𝑖𝐶), também conhecido como carborundum, é amplamente utilizado
como abrasivo em pedras de esmeril, em pedras de afiar facas e também em materiais
refratários.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 69


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Esse composto é obtido a partir de uma mistura de carvão com areia com alto teor de sílica,
por meio de processo eletrotérmico envolvendo a reação global, com rendimento médio de 75%,
representada a seguir.
𝑆𝑖𝑂2 (𝑠,𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙𝑖𝑛𝑜) + 3𝐶(𝑠,𝑎𝑚𝑜𝑟𝑓𝑜) → 𝑆𝑖𝐶(𝑠,𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙𝑖𝑛𝑜) + 2𝐶𝑂(𝑔)
Com base nessas informações, prevê-se que a massa de 𝑆𝑖𝐶 obtida pela reação de 6,0 t de
𝑆𝑖𝑂2 com 3,6 t de C seja, aproximadamente,
(A) 5,6 t.
(B) 4,0 t.
(C) 7,5 t.
(D) 3,0 t.
(E) 2,5 t.

Comentários:
Primeiramente, vamos calcular a quantidade de 𝑆𝑖𝑂2 e de 𝐶.
Como a massa molar de 𝑆𝑖𝑂2 é de 28 ⋅ 1 + 16 ⋅ 2 = 60 𝑔/𝑚𝑜𝑙;
e a massa molar do 𝐶 é de 12𝑔/𝑚𝑜𝑙,
6⋅106 3,6⋅106
temos que a quantidade dessas substâncias será de 60 = 105 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑆𝑖𝑂2 e 12 = 3 ⋅
105 𝑚𝑜𝑙. Como uma molécula de 𝑆𝑖𝑂2 reage com 3 átomos de 𝐶, temos que a reação não terá
reagentes limitantes.
Desta forma, vamos relacionar a massa de 𝑆𝑖𝐶 produzido com a quantidade inicial de 𝑆𝑖𝑂2,
sabendo que a massa molar de 𝑆𝑖𝐶 é de 28 ⋅ 1 + 12 ⋅ 1 = 40𝑔/𝑚𝑜𝑙 e que o rendimento da reação
é de 75%:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑆𝑖𝑂2 −−−− 40 𝑔
5
10 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑆𝑖𝑂2 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑆𝑖𝐶
𝑥 = 4 · 106 𝑔 = 4 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠

4 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠 −−−− 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 (100%)


𝑥 − − − − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑎𝑙 (𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 75%)
𝑥 = 3 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠
Gabarito: D

23. (FAMECA/2021)
O zinco é um metal obtido a partir de um minério conhecido como blenda. Esse minério
contém 8% de ZnS (massa molar = 97 g/mol), que é a principal substância que fornece esse
metal. O zinco é separado de seu minério por meio de duas reações sucessivas:
2ZnS (s) + 3O2 (g) → 2ZnO (s) + 2SO2 (g)
ZnO (s) + C (s) → Zn (s) + CO (g)
Esse processo gera resíduos que, se não forem tratados adequadamente, podem provocar
poluição ambiental, como a chuva ácida.
Para a produção de 260 kg de zinco (massa molar = 65 g/mol), a massa de blenda (minério
que contém o ZnS) necessária é igual a
(A) 3880 kg.
(B) 970 kg.
(C) 194 kg.
(D) 388 kg.
(E) 4850 kg.

Comentários:

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 70


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

1 mol de ZnO produz 1 mol de Zn e 2 mols de ZnS produz 2 mols de ZnO. Sendo assim, 2
mols de ZnS (97 g/mol) produz 2 mols de Zn (65 g/mol). Portanto, 260 kg são obtidos a partir de
uma massa de ZnS igual a:
2 ⋅ 97 𝑔 𝑑𝑒 𝑍𝑛𝑆 − − − − 2 ⋅ 65 𝑔 𝑑𝑒 𝑍𝑛
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑍𝑛𝑆 − − − − 260 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑍𝑛
𝑥 = 388 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑍𝑛𝑆
No entanto, o minério blenda contém 8% de ZnS. Então, a massa do minério é igual a:
388 𝑘𝑔 − − − − 8%
𝑦 𝑘𝑔 − − − − 100%
𝑦 = 4850 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑙𝑒𝑛𝑑𝑎
Gabarito: E

24. (PUC-Rio/2021)
Adicionou-se 4,00 g de NaOH e 3,31 g de Pb(NO3)2 em água sob vigorosa agitação. O sólido
formado foi separado, secado e sua massa medida em 2,00 g.
2 NaOH (aq) + Pb(NO3)2 (aq) → 2 NaNO3 (aq) + Pb(OH)2 (s)

O rendimento percentual da reação foi, aproximadamente,


(A) 60%
(B) 71%
(C) 83%
(D) 98%

Comentários:
4 g de NaOH (40 g/mol) e 3,31 g de Pb(NO3)2 (331 g/mol) correspondem a um número de
mols igual a:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 − − − − 40 𝑔
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 − − − − 4 𝑔
𝑥 = 0,1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑃𝑏(𝑁𝑂3 )2 − − − − 331 𝑔
𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑃𝑏(𝑁𝑂3 )2 − − − − 3,31 𝑔
𝑦 = 0,01 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑃𝑏(𝑁𝑂3 )2
Segundo a estequiometria, 2 mols de NaOH reagem com 1 mol de Pb(NO 3)2, logo 0,1 mol
de NaOH reagem com 0,05 mols de Pb(NO3)2. Então, o reagente limitante é o Pb(NO3)2. Sendo
assim, 0,01 mol de Pb(NO3)2 forma 0,01 mol de Pb(OH)2, 241 g/mol, ou seja, uma massa de:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑃𝑏(𝑂𝐻)2 − − − − 241 𝑔
0,01 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑃𝑏(𝑂𝐻)2 − − − − 𝑧𝑔
𝑧 = 2,41 𝑔 𝑑𝑒 𝑃𝑏(𝑂𝐻)2
Sendo assim, 2 g equivale a uma porcentagem igual a:
2,41 𝑔 − − − − 100%
2𝑔 −−−− 𝑥%
𝑥 ≅ 83%

Gabarito: C

25. (EINSTEIN - SP/2021)

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 71


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

O álcool 70, comercializado em gel ou em solução aquosa, é um produto que apresenta 70%
em massa de etanol (C2H6O). É um dos antissépticos mais vendidos e, por isso, não é comum
notícias na mídia sobre sua adulteração. A análise de uma amostra de 50,0 g de solução aquosa
desse produto, comercializado por um determinado fabricante, indicou a presença de 15,0 g de
carbono.
Considere que o carbono detectado nessa análise é proveniente exclusivamente do etanol.
O álcool 70 analisado não atende às especificações técnicas do produto, pois contém um
percentual em massa de etanol de
a) 30,0%
b) 61,5%
c) 65,0%
d) 57,5%
e) 50,0%

Comentários
O etanol, C2H6O, 46 g/mol, possui 2 mols de carbono (12 g/mol). Sendo assim, 15 g de
carbono devem ser encontrados em uma massa de etanol dada por:
46 𝑔 𝑑𝑒 𝐶2 𝐻6 𝑂 − − − − 2 ⋅ 12 𝑔 𝑑𝑒 𝐶
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐶2 𝐻6 𝑂 − − − − 15 𝑔 𝑑𝑒 𝐶
𝑥 = 28,75 𝑔 𝑑𝑒 𝐶2 𝐻6 𝑂
No entanto, a amostra tinha 50 g, então, o percentual em massa de etanol é de:
50 𝑔 − − − − 100%
28,75 𝑔 − − − − 𝑦%
𝑦 = 57,5%
Gabarito: D

26. (UERJ/2021)
O ácido iodídrico, utilizado na higienização de instrumentos médicos, dentre outras
aplicações, é produzido a partir da seguinte reação química:
2 I2 + N2H4 → 4 HI + N2
Em um processo de produção industrial, ao adicionar 254 kg de I 2 e 80 kg de N2H4, verifica-
se o consumo completo do reagente limitante.
A massa de reagente em excesso, que não foi consumida, em quilogramas, tem valor igual
a:
(A) 16
(B) 32
(C) 64
(D) 72

Comentários:
A partir da reação apresentada, tem-se que 2 mols de I2 (254 g/mol) reagem com 1 mol de
N2H4 (32 g/mol). Assim, calcula-se a quantidade necessária de N2H4 para consumir 254 kg de I2:
2 · 254 𝑔 𝑑𝑒 𝐼2 − − − − 32 𝑔 𝑑𝑒 𝑁2 𝐻4
254 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐼2 − − − − 𝑥 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑁2 𝐻4
𝑥 = 16 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑁2 𝐻4
Assim, são necessários 16 kg de N2H4 para consumir todos os 254 kg de I2presentes. A
massa de excesso de N2H4 é:
80 𝑘𝑔 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑁2 𝐻4 − 16 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑁2 𝐻4 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜𝑠 = 64 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 𝑑𝑒 𝑁2 𝐻4

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 72


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Gabarito: C

27. (PUC-SP/2020)
Observe a reação química, não balanceada, representada abaixo:
Al2(SO4)3+ BaCl2→ AlCl3 + BaSO4
Foram misturados 15,55 g de sulfato de alumínio e 22,5 g de cloreto de bário, ambos em
soluções aquosas. Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o reagente limitante
e a quantidade aproximada de sulfato de bário produzido.
A) BaCl2 e 31,5 g
B) BaCl2 e 25,2 g
C) Al2(SO4)3 e 31,5 g
D) Al2(SO4)3 e 25,2 g

Comentários:
A reação devidamente balanceada pelo método de tentativas é dada por:
𝐴𝑙2 (𝑆𝑂4 )3 + 3𝐵𝑎𝐶𝑙2 → 2𝐴𝑙𝐶𝑙3 + 3𝐵𝑎𝑆𝑂4
Sendo assim, 1 mol de Al2(SO4)3 (342 g/mol) reage com 3 mols de BaCl2 (208 g/mol).
Sendo assim 15,55 g de sulfato de alumínio deveria reagir com uma massa de cloreto de bário
igual a:
342 𝑔 𝑑𝑒 𝐴𝑙2 (𝑆𝑂4 )3 − − − − 3 ⋅ 208 𝑔 𝑑𝑒 𝐵𝑎𝐶𝑙2
15,55 𝑔 𝑑𝑒 𝐴𝑙2 (𝑆𝑂4 )3 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐵𝑎𝐶𝑙2
𝑥 = 28,3 𝑔 𝑑𝑒 𝐵𝑎𝐶𝑙2
Sendo assim, essa massa é maior do que a existente, logo, o reagente limitante é o cloreto
de bário e o sulfato de alumínio está em excesso.
Logo, a massa de BaSO4 (233 g) produzida é igual a:
3 ⋅ 208 𝑔 𝑑𝑒 𝐵𝑎𝐶𝑙2 − − − − 3 ⋅ 233 𝑔 𝑑𝑒 𝐵𝑎𝑆𝑂4
22,5 𝑔 𝑑𝑒 𝐵𝑎𝐶𝑙2 −−−− 𝑦 𝑔 𝑑𝑒 𝐵𝑎𝑆𝑂4
𝑥 = 25,2 𝑔 𝑑𝑒 𝐵𝑎𝑆𝑂4
Gabarito: B

28. (UFMS/2020)
O gás ozônio é um forte oxidante e pode ser empregado como um germicida para água de
piscinas, principalmente, em escolas de natação para bebês e crianças. Esse gás é obtido por
um aparelho denominado ozonizador que, através de uma descarga elétrica, consegue
transformar gás oxigênio em gás ozônio, de acordo com a equação não balanceada: 0 2(g) →
03(g).
Partindo-se de 1.680 L de ar atmosférico (medidos nas condições normais de temperatura e
pressão), com 20% do volume de gás oxigênio, o volume máximo obtido de O 3(g), com
rendimento de 70% no processo, é de:
(Dado: volume molar gasoso nas CNTP = 22,4 L/mol)
a) 112 L
b) 156,8 L
c) 224 L
d) 235,2 L
e) 336 L

Comentários:

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 73


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

A equação balanceada é dada por:


3𝑂2 (𝑔) → 2𝑂3 (𝑔)
Com isso, 3 mols de oxigênio formam 2 mols de ozônio. 1680 L de ar atmosférico com 20%
de oxigênio dá um volume do gás igual a:
1680 𝐿 − − − − 100%
𝑥𝐿 − − − − 20%
𝑥 = 336 𝐿
Como o volume molar é de 22,4 L/mol, então, 336 L de oxigênio forma um volume de ozônio
igual a:

3 ⋅ 22,4 𝐿 𝑑𝑒 𝑂2 − − − − 2 ⋅ 22,4 𝐿 𝑑𝑒 𝑂3
336 𝐿 𝑑𝑒 𝑂2 −−−− 𝑦 𝐿 𝑑𝑒 𝑂3
𝑦 = 224 𝐿 𝑑𝑒 𝑂3
Porém, esse volume formado corresponde a um rendimento de 100%, como o rendimento foi
de 70%, tem-se:
224 𝐿 − − − − 100%
𝑧𝐿 − − − − 70%
𝑧 = 156,8 𝐿 𝑑𝑒 𝑂3
Gabarito: B

29. (FUVEST SP/2019)


O cinamaldeído é um dos principais compostos que dão o sabor e o aroma da canela. Quando
exposto ao ar, oxida conforme a equação balanceada:

Uma amostra de 19,80 g desse composto puro foi exposta ao ar por 74 dias e depois pesada
novamente, sendo que a massa final aumentou em 1,20 g. A porcentagem desse composto que
foi oxidada no período foi de
Note e adote:
- Massas molares (g/mol): Cinamaldeído = 132; O2 = 32.
- Considere que não houve perda de cinamaldeído ou do produto de oxidação por
evaporação.
a) 10%
b) 25%
c) 50%
d) 75%
e) 90%

Comentários
A massa que aumentou é exatamente a incorporação dos átomos de oxigênio porque se trata
de uma reação de acréscimo de átomos. Portanto, pode-se dizer que a massa de O2 consumida
na reação foi de 1,20 g.
Proporção:
1 mol de cinamaldeído → ½ mol de O2, adaptando para a relação massa-massa, tem-se:

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 74


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

1
1 · 132 𝑔 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑎𝑚𝑎𝑙𝑑𝑒í𝑑𝑜 −−−− · 32 𝑔 𝑑𝑒 𝑂2
2
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑎𝑚𝑎𝑙𝑑𝑒í𝑑𝑜 − − − − 1,20 𝑔 𝑑𝑒 𝑂2
x = 9,9 g de cinamaldeído
Porcentagem, em massa, do cinamaldeído consumido:
9,9 𝑔
%= 𝑥 100% = 50%
19,80 𝑔 =
Gabarito: C

30. (UEM PR/2019)


Considere os dados do quadro a seguir para a reação não balanceada entre Pb(NO 3)2 e KI e
assinale o que for correto.
aPb(NO3)2 + bKI → cPbI2 + dKNO3

01. Os coeficientes estequiométricos para a reação balanceada são a = b = 2 e c = d =


1.
02. O valor numérico de X é igual à massa molar do Pb(NO3)2.
04. O KI é o reagente limitante da reação.
08. O rendimento da reação em relação à produção de PbI2 é de 100%.
16. De acordo com o princípio da lei da conservação das massas, X = Y.

Comentários
Julgando os itens, tem-se:
01. Errado. Balanceando a reação química, tem-se:
1 Pb(NO3)2 + 2 KI → 1 PbI2 + 2 KNO3

02. Certo. Calcula-se a massa de Pb(NO3)2 (massa molar igual a 331 g/mol) necessária
para consumir 332 g (início 352 g – 20 g de excesso) de KI (massa molar igual a 166 g/mol):
1 · 331 𝑔 𝑑𝑒 𝑃𝑏(𝑁𝑂3 )2 − − − − 2 · 166 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐼
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑃𝑏(𝑁𝑂3 )2 −−−− 332 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐼
x = 331 g de Pb(NO3)2
04. Errado. O KI é o reagente em excesso da reação, porque apresenta quantidade de
KI no término da reação química.
08. Certo. O rendimento da reação em relação à produção de PbI 2 é de 100%, porque,
pelo menos, um dos reagentes foi 100% consumido.
16. Errado. De acordo com o princípio da lei da conservação das massas, o somatório
das massas iniciais é igual ao somatório das massas finais.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑋 + 352 𝑔 = 20 𝑔 + 461 𝑔 + 𝑌
𝑋 = 129 𝑔 + 𝑌
Gabarito: 10 (02 + 08)

31. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2018)


A pirita (FeS2) é encontrada na natureza agregada a pequenas quantidades de níquel,
cobalto, ouro e cobre. Os cristais de pirita são semelhantes ao ouro e, por isso, são chamados
de ouro dos tolos. Esse minério é utilizado industrialmente para a produção de ácido sulfúrico.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 75


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Essa produção ocorre em várias etapas, sendo que a primeira é a formação do dióxido de
enxofre, segundo a equação a seguir.

4 FeS2(s) + 11 O2(g) → 2 Fe2O3 (s) + 8 SO2 (g)

Na segunda etapa, o dióxido de enxofre reage com oxigênio para formar trióxido de enxofre
e, por fim, o trióxido de enxofre reage com água, dando origem ao ácido sulfúrico.
Sabendo que o minério de pirita apresenta 92% de pureza, calcule a massa aproximada de
dióxido de enxofre produzida a partir de 200 g de pirita.

a) 213,7 g.
b) 196,5 g.
c) 512,8 g.
d) 17,1 g.

Comentários
Primeiramente, determina-se a quantidade da substância FeS2 (pura):
92
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = · 200 𝑔 = 184 𝑔 𝑑𝑒 𝐹𝑒𝑆2
100
Calcula-se a massa, em gramas, do dióxido de enxofre formado a partir do consumo total de
184 g de FeS2.
Proporção: 4 mol FeS2 → 8 mol SO2, sabendo que as massas molares do FeS2 e SO2 são
iguais a 120 g/mol e 64 g/mol.
4 · 120 𝑔 𝑑𝑒 𝐹𝑒𝑆2 − − − − 8 · 64 𝑔 𝑑𝑒 𝑆𝑂2
184 𝑔 𝑑𝑒 𝐹𝑒𝑆2 −−−− 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑆𝑂2
x = 196 g
Gabarito: B

32. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2017)


Um resíduo industrial é constituído por uma mistura de carbonato de cálcio (CaCO3) e sulfato
de cálcio (CaSO4). O carbonato de cálcio sofre decomposição térmica se aquecido entre 825 e
900 °C, já o sulfato de cálcio é termicamente estável. A termólise do CaCO3 resulta em óxido de
cálcio e gás carbônico.

CaCO3 (s) → CaO(s) + CO2(g)

Uma amostra de 10,00 g desse resíduo foi aquecida a 900 °C até não se observar mais
alteração em sua massa. Após o resfriamento da amostra, o sólido resultante apresentava
6,70 g.
O teor de carbonato de cálcio na amostra é de, aproximadamente,

a) 33%.
b) 50%.
c) 67%.
d) 75%.

Comentários
Dadas as massas molares: 100 g/mol CaCO3 e 44g/mol CO2.
Análise da massa sólida durante a transformação:

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 76


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

massa inicial sólida: massa final sólida:


CaSO4 + CaCO3 = 10 g CaSO4 + CaO = 6,70 g

A partir da quantidade de CO2, determina-se a quantidade de CaCO3 que sofreu consumo:


Proporção, em mol, na reação: 1 mol CaCO3 → 1 mol CaO.
100 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 − − − − 44 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑂2
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 − − − − 3,30 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑂2
x = 7,5 g de CaCO3
7,5 𝑔
% = 100 𝑔 · 100% = 75%
Gabarito: D

33. (PUC Camp SP/2017)


Muitos resíduos industriais podem ser utilizados novamente no processo produtivo. Por
exemplo, resíduos de mármore possuem um potencial de uso nos processos de fabricação de
aços, devido à sua composição química, como mostra os resultados da análise desse material

(Disponível em: http://www.scielo.br)

Nesses processos, o CaCO3 calcinado produz o CaO, usado para a dessulfuração do ferro
gusa.
A massa, em kg, de CaO produzida quando se utiliza 1,0 kg de resíduos de mármore é de,
aproximadamente,
Dados:
Massas molares
C = 12
O = 16
Ca = 40

a) 0,2.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 77


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

b) 0,4.
c) 0,1.
d) 0,3.
e) 0,5.

Comentários

Dados: massas molares= CaCO3 100 g/mol e CaO = 56 g/mol.


Sabendo que o CaO é formado pela decomposição térmica do CaCO 3, calcula-se a massa
do óxido formado pelo consumo de 1 kg de mármore que apresenta 59,7% de pureza em
carbonato de cálcio.
1 kg de mármore = 1000 g · 0,597 = 597 g de CaCO3
A proporção em mol de CaCO3 e CO2 é extraído da equação:
CaCO3 → CaO + CO2
Proporção, em mol, na reação: 1 mol CaCO3 → 1 mol CaO
100 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 − − − − 56 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑂
597 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑂
x = 334,32 g = 0,3 kg de CaO
Gabarito: D

34. (UECE/2017)
O tetróxido de triferro, conhecido como magnetita, material que forma o ímã natural, presente
na areia de algumas praias, em bactérias, abelhas, cupins, pombos e até em seres humanos,
pode ser obtido, pelo menos teoricamente, pela seguinte reação: Ferro sólido + água → tetróxido
de triferro + hidrogênio.
Considerando essa reação, assinale a opção que completa corretamente as lacunas do
seguinte enunciado:
“Quando reagirem 32,6 g de Fe com 20 g de água, serão produzidos _________ mol de
tetróxido de triferro e o reagente limitante será _________”.
a) 0,1 ; água
b) 0,2 ; água
c) 0,1 ; ferro
d) 0,2 ; ferro

Comentários
A reação descrita no texto é representada por:
3 Fe + 4 H2O → F3O4 + 4 H2
Sabendo que a massas molares de Fe e H2O são iguais a 56 g/mol e 18 g/mol. Determina-
se a massa de água necessária para consumir totalmente os 32,6 g de Fe:
3 · 56 𝑔 𝑑𝑒 𝐹𝑒 − − − − 4 · 18 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
32,6 𝑔 𝑑𝑒 𝐹𝑒 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
x = 13,97 g de H2O
Para consumir todo o ferro, são necessário 13,97 g de H2O, porém, no sistema apresenta 20
g de H2O. Assim, conclui-se que a água é o reagente em excesso.
A partir da identificação do reagente limitante, que é o ferro, calcula-se o número de mols de
Fe3O4 formado:
3 · 56 𝑔 𝑑𝑒 𝐹𝑒 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐹𝑒3 𝑂4
32,6 𝑔 𝑑𝑒 𝐹𝑒 − − − − 𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐹𝑒3 𝑂4
y = 0,19 mol de Fe3O4

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 78


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Gabarito: D

35. (UEM PR/2016)


Considerando que o metanol pode ser produzido pela reação CO(g) + 2 H2(g) → CH3OH(l),
e que 80 g de H2(g) são colocados para reagir com 280 g de CO(g), é correto afirmar que:
01. São produzidos 320 g de metanol.
02. A reação consome todo H2(g).
04. Sobram 60 mols de H2(g).
08. O CO(g) está em excesso no sistema.
16. Sobram 20 mols de H2(g) e 10 mols de CH3OH(l).

Comentários
Primeiramente, determinam-se os reagentes em excesso e limitante. Massas molares: CO =
28 g/mol e H2 = 2 g/mol.
CO(g) + 2 H2(g) → CH3OH(l)
Calcula-se a quantidade necessário de H2 para consumir completamente todo o CO:
1 · 28 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑂 − − − − 2 · 2 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2
280 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑂 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2
x = 40 g de H2
São necessários 40 g de H2 para consumir 280 g de CO, logo, existem 40 g de H2 em excesso
e o CO é o reagente limitante.
Julgando os itens, tem-se:
01. Certo. Calcula-se a massa de CH3OH (massa molar igual a 32 g/mol) formada a
partir do consumo de todo o reagente limitante:
1 · 28 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑂 − − − − 1 · 32 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝐻3 𝑂𝐻
280 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑂 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝐻3 𝑂𝐻
x = 320 g de CH3OH
02. Errado. A reação consome todo CO e o H2 é o reagente em excesso.
04. Errado. Sobram 40 g de H2 (massa molar igual a 2 g/mol), ou seja, 20 mols de H2.
08. Errado. A reação consome todo CO, reagente limitante, e o H2 é o reagente em
excesso.
16. Certo. Sobram 40 g de H2 (massa molar igual a 2 g/mol), ou seja, 20 mols de H 2.
São formados 320 g de CH3OH (massa molar igual a 32g/mol), ou seja, são formados 10 mols
de CH3OH.
Gabarito: 17 (01 + 16)

36. (ESCS DF/2015)


Em 2013, o comércio internacional de minério de ferro foi de 1,23 bilhão de toneladas, dado
que ilustra claramente o fenômeno da globalização. Nesse cenário, o Brasil ocupa posição de
destaque porque possui a segunda maior reserva do planeta, em termos de ferro contido no
minério. Os dois principais minérios encontrados no Brasil são a hematita (Fe2O3) e a magnetita
(Fe3O4). O ferro também é comumente encontrado na siderita (FeCO3).
Se, em determinado ano, o Brasil exportou 300 milhões de toneladas de minério de ferro,
sendo 60% de hematita e 40% de magnetita, então a massa de ferro, em milhões de toneladas,
contida no minério de ferro exportado foi

a) superior a 215.
b) inferior a 205.
c) superior 205 e inferior a 210.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 79


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

d) superior a 210 e inferior a 215.

Comentários

Dados: massas molares: 160 g/mol de Fe2O3, 232 g/mol de Fe3O4 e 56 g/mol de Fe.

A soma das massas do ferro é igual a 126 milhões + 86,88 milhões = 212,88 milhões de t
Gabarito: D

37. (Mackenzie SP/2018)


A partir de um minério denominado galena, rico em sulfeto de chumbo II (PbS), pode-se obter
o metal chumbo em escala industrial, por meio das reações representadas pelas equações de
oxirredução a seguir, cujos coeficientes estequiométricos encontram-se já ajustados:

𝟑
PbS(s) + 𝟐 O2 (g) → PbO(s) + SO2 (g)
PbO(s) + CO(g) → Pb(s) + CO2 (g)

Considerando-se uma amostra de 717 kg desse minério que possua 90 % de sulfeto de


chumbo II, sendo submetida a um processo que apresente 80 % de rendimento global, a massa
a ser obtida de chumbo será de, aproximadamente,
Dados: massas molares (g·mol–1) S = 32 e Pb = 207

a) 621 kg.
b) 559 kg.
c) 447 kg.
d) 425 kg.
e) 382 kg.

Comentários
Somando as duas equações, tem-se a equação global:
3
PbS + 2 O2 + CO → Pb + CO2 + SO2
Determinando a massa de sulfeto de chumbo II: 717 kg · 0,9 = 645,3 kg de PbS.
Sabendo que somente 80 % do PbS será consumido: 645,3 kg · 0,8 = 516,24 kg de PbS
reagirão.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 80


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Sabendo que as massas molares de Pb e PbS são iguais a 207 g/mol e 239 g/mol, calcula-
se:
239 𝑔 𝑑𝑒 𝑃𝑏𝑆 − − − − 207 𝑔 𝑑𝑒 𝑃𝑏
516,24 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑃𝑏𝑆 − − − − 𝑥 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑃𝑏
x = 447,12 kg de Pb
Gabarito: C

38. (Mackenzie SP/2015)


Vazamento de gás provocou chuva ácida em Cubatão, diz Cetesb
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) identificou emissão de dióxido de
enxofre (SO2) na atmosfera em Cubatão, após vazamento de uma fábrica de fertilizantes no
Polo Industrial. Segundo o órgão, com isso e com a umidade existente, devido às fortes chuvas,
além de outros compostos na atmosfera, é possível uma formação de vapor d’agua e gotículas
de ácido sulfúrico ou sulfuroso, conhecida popularmente como chuva ácida.
Em nota, a Cetesb informa que tal situação só aconteceu no período em que houve corrente
dos gases na atmosfera.
http://www.atribuna.com.br/cidades/cubat%C3%A3o/
vazamento-de-g%C3%A1sprovocou-chuva-%C3%A1cida-em-cubat%
C3%A3o-diz-cetesb-1.426246

Supondo-se que o volume de dióxido de enxofre, descarregado na atmosfera, tenha sido de


1120 L, nas CNTP, a massa de ácido sulfuroso que foi produzida, por meio da reação
representada pela equação SO2 + H2O → H2SO3, considerando o rendimento do processo igual
a 60%, é
Dado: massa molar (g·mol–1) H = 1, O = 16 e S = 32.

a) 1230 g.
b) 2460 g.
c) 4100 g.
d) 5000 g.
e) 8200 g.

Comentários
Volume molar nas CNTP: 22,4 L/mol.
Massa molar do H2SO3:
Sabendo que somente 60% da quantidade de dióxido de enxofre sofrerá consumo, então:
0,6·1120 L = 672 L de SO2
22,4 𝐿 𝑑𝑒 𝑆𝑂3 − − − − 82 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑆𝑂3
672 𝐿 𝑑𝑒 𝑆𝑂3 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑆𝑂3
x = 2460 g de H2SO3
Gabarito: B

39. (UNICAMP SP/2018)


A calda bordalesa é uma das formulações mais antigas e mais eficazes que se conhece. Ela
foi descoberta na França no final do século XIX, quase por acaso, por um agricultor que aplicava
água de cal nos cachos de uva para evitar que fossem roubados; a cal promovia uma mudança
na aparência e no sabor das uvas. O agricultor logo percebeu que as plantas assim tratadas
estavam livres de antracnose. Estudando-se o caso, descobriu-se que o efeito estava associado
ao fato de a água de cal ter sido preparada em tachos de cobre. Atualmente, para preparar a

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 81


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

calda bordalesa, coloca-se o sulfato de cobre em um pano de algodão que é mergulhado em um


vasilhame plástico com água morna. Paralelamente, coloca-se cal em um balde e adiciona-se
água aos poucos. Após quatro horas, adiciona-se aos poucos, e mexendo sempre, a solução de
sulfato de cobre à água de cal.
(Adaptado de Gervásio Paulus, André Muller e Luiz Barcellos, Agroecologia aplicada:
práticas e métodos para uma agricultura de base ecológica.
Porto Alegre: EMATER-RS, 2000, p. 86.)

Na preparação da calda bordalesa são usados 100 g de sulfato de cobre (II) pentaidratado e
100 g de hidróxido de cálcio (cal extinta). Para uma reação estequiométrica entre os íons cobre
e hidroxila, há um excesso de aproximadamente

a) 1,9 mol de hidroxila.


b) 2,3 mol de hidroxila.
c) 2,5 mol de cobre.
d) 3,4 mol de cobre.

Dados de massas molares em g.mol–1: sulfato de cobre (II) pentaidratado = 250; hidróxido de
cálcio = 74.

Comentários

CuSO4·5H2O + Ca(OH)2 → Cu(OH)2 + CaSO4 + 5 H2O


Determina-se o reagente em excesso, escolhendo um dos reagentes para testar:
250 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑙𝑓𝑎𝑡𝑜 𝑝𝑒𝑛𝑡𝑎𝑖𝑑𝑟𝑎𝑡𝑎𝑑𝑜 − − − − 74 𝑔 𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟ó𝑥𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑐á𝑙𝑐𝑖𝑜
100 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑙𝑓𝑎𝑡𝑜 𝑝𝑒𝑛𝑡𝑎𝑖𝑑𝑟𝑎𝑡𝑎𝑑𝑜 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟ó𝑥𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑐á𝑙𝑐𝑖𝑜
x = 29,6 g de sulfato de cálcio.
Assim, 29,6 g de ℎ𝑖𝑑𝑟ó𝑥𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑐á𝑙𝑐𝑖𝑜 serão consumidos na reação e restarão 70,4 g em
excesso.
74 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 − − − − 2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑂𝐻 −1
70,4 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 − − − − 𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑂𝐻 −1
y = 1,9 mol de OH-
Gabarito: A

40. (PUC MG/2015)


A liga de estanho e chumbo (Sn-Pb) é empregada como solda metálica. Para a obtenção de
estanho, é necessário extraí-lo da natureza. Uma fonte natural de estanho é o minério cassiterita.
A equação química de redução da cassiterita, não balanceada, a estanho metálico é apresentada
abaixo.
SnO2(s) + C(s) → Sn(s) + CO(g)
Reagindo-se 50 kg de carbono com 25 kg de minério cassiterita (100% de pureza) e
considerando-se um rendimento de 100%, a massa de estanho produzida será
aproximadamente:

a) 12,5 kg
b) 19,7 kg
c) 25 kg
d) 50 kg

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 82


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Comentários
Primeiramente, balanceia-se a equação química:
1 SnO2(s) + 2 C(s) → 1 Sn(s) + 2 CO(g)
A proporção, em mol, entre carbono (C) e a cassiterita (SnO2) é 1 mol de SnO2 (massa molar
igual a 150 g/mol) para 2 mols de C (massa molar igual a 12 g/mol), determina-se o reagente
em excesso:
1 · 150 𝑔 𝑑𝑒 𝑆𝑛𝑂2 − − − − 2 · 12 𝑔 𝑑𝑒 𝐶
25 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑆𝑛𝑂2 −−−− 𝑥 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐶
x = 4 kg de C
Para reagir, completamente, 25 kg de SnO2, necessita-se de 4 kg de C, logo, o carbono é o
reagente em excesso. Dos 50 kg de carbono, apenas 4 kg reagirão. A partir da massa do
reagente limitante, que é 25 kg de SnO2, calcula-se a massa de Sn (massa molar igual a 118
g/mol) formada:
1 · 150 𝑔 𝑑𝑒 𝑆𝑛𝑂2 − − − − 1 · 118 𝑔 𝑑𝑒 𝑆𝑛
25 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑆𝑛𝑂2 −−−− 𝑥 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑆𝑛
x = 19,7 kg de C
Gabarito: B

12. Considerações Finais das Aulas

ACABAMOS MAIS UMA AULA!!! AEWW!!!!


Definitivamente, um dos capítulos mais importantes da Química Geral. Todos os
vestibulares apresentam questões desse tema. Essa aula é pré-requisito para toda a Físico-
Química. Não deixe de praticar.

Agora é respirar fundo e vamos para a próxima aula!


Are you ready?

13. Referências

Figura 1 – Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/KY6NHtBWJB8. Acesso em 18


de fevereiro de 2019.
Figura 2 – Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/iKHXbvNHXPQ. Acesso em 18
de fevereiro de 2019.
Figura 3 – Shutterstock. Disponível em
https://www.shutterstock.com/pt/download/confirm/567195634?size=medium_jpg. Acesso em
18 de fevereiro de 2019.
Figura 4 – Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/wYckK8YvwSM. Acesso em
19 de fevereiro de 2019.
Figura 5 – Wikipedia. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Kaarsvlam-kl.jpg.
Acesso em 18 de fevereiro de 2019.

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 83


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Figura 6 – Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/NpIZhur97aA. Acesso em 18


de fevereiro de 2019.
Figura 7 – Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/_gI_sP5K3Hc. Acesso em 09
de março de 2019.

Bibliografia
Disponível em: http://www.ufjf.br/quimicaead/files/2013/05/8-Espectrometria-de-massa.pdf
Acesso em 19 de fevereiro de 2019.

Complemente seus estudos com postagens de minhas redes sociais:

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Folha de versão

11/01/2023

AULA 03 – CÁLCULO STEQUIOMÉTRICO 84

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