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Estudo de Acesso a Mercado

Cacau, seus derivados


e Chocolate
2023
Jorge Ney Viana Macedo Neves
Presidente

Ana Paula Repezza


Diretora de Negócios

Floriano Pesaro
Diretor de Gestão Corporativa

Igor Isquierdo Celeste


Gerente de Inteligência de Mercado

Gustavo Ferreira Ribeiro


Coordenador de Acesso a Mercado / Revisão

Patrícia Steffen
Analista / Elaboração e Formatação

Letícia Ataíde de Souza


Júlia Melo Rodrigues de Aguiar
Apoio

ABICAB - Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas


AIPC- Associação Nacional das Indústrias de Processamento de Cacau
Apoio

© 2023 ApexBrasil

Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Ressalta-se que este conteúdo é meramente informativo e a Agência não se responsabiliza pelas tomadas de decisão a partir
dos dados ou de eventuais erros e omissões da publicação.

A Gerência de Inteligência de Mercado da ApexBrasil, responsável pelo desenvolvimento deste estudo, quer saber sua
opinião sobre ele. Se você tem comentários ou sugestões a fazer, por favor, envie e-mail para apexbrasil@apexbrasil.com.br.

As imagens utilizadas no estudo são meramente ilustrativas, não representando, necessariamente, o tipo/espécie de
produto exportado. As imagens foram extraídas de bases das quais a ApexBrasil tem autorização para uso e publicação.
Sumário
SOBRE ESTE ESTUDO 7

CAPÍTULO 1 10

MERCADOS SELECIONADOS E EXPORTAÇÕES DO BRASIL 10

1.1. CACAU E SEUS DERIVADOS 11


1.2. CHOCOLATE 13
1.3. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO2 15

CAPÍTULO 2 17

REQUISITOS DE ACESSO A MERCADO 17

2.1 ESTADOS UNIDOS 18


2.1.1 Regras gerais para a importação de alimentos e documentação aduaneira 18
2.1.2 Controle de importação e diretrizes de segurança alimentar 18
2.1.3 Requisitos específicos para a importação de cacau e chocolate 19
2.1.1 Embalagem e Rotulagem 19
2.2 CHILE 20
2.2.1 Regras gerais para importação de alimentos e documentação aduaneira 20
2.2.2 Controle de importação e diretrizes de segurança alimentar 20
2.2.3 Regras específicas para a importação de cacau e chocolate 21
2.2.4 Embalagem e Rotulagem 21
2.3 UNIÃO EUROPEIA 22
2.3.1 Regras gerais para a importação de alimentos e documentação aduaneira 22
2.3.2 Controle de importação e diretrizes de segurança alimentar 23
2.3.3 Regras específicas para a Importação de cacau, seus derivados e chocolate 24
2.4 URUGUAI 25
2.4.1 Regras gerais para a importação de alimentos e documentação aduaneira 25
2.4.2 Controle de importação e diretrizes de segurança alimentar41 26
2.4.3 Requisitos específicos para a importação de cacau e chocolate 26
2.4.4 Embalagem e Rotulagem 27
2.5 REINO UNIDO 28
2.5.1 Regras gerais para a importação de alimentos e documentação aduaneira 28
2.5.2 Controle de importação e diretrizes de segurança alimentar 28
2.5.3 Requisitos específicos para a importação de chocolate 28
2.5.4 Normas Recentes 29
2.5.5 Embalagem e Rotulagem 29

CAPÍTULO 3 30

CERTIFICADOS E PROGRAMA DE QUALIDADE 30

3. CERTIFICADOS E PROGRAMA DE QUALIDADE 31

3.1 CERTIFICAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE 31


3.2 PROGRAMAS DE QUALIDADE 32

FONTES 33

34

BIBLIOGRAFIA 34
Sobre este
Estudo
6

Introdução
O Estudo de Acesso a Mercado - Cacau, seus derivados e Chocolate é resultado do trabalho conjunto
entre a Gerência de Inteligência de Mercado (GIM), a Gerência de Competitividade (Programa de
Qualificação para a Exportação, modalidade Agro - PEIEX Agro) e a Gerência de Agronegócio da
ApexBrasil.

A produção do estudo contou ainda com o apoio especializado da Associação Brasileira da Indústria de
Chocolates, Amendoins e Balas (ABICAB) que contribuiu com a seleção de mercados e da Associação
Nacional das Indústrias Processadoras de cacau (AIPC) com abordagem técnica em relação às questões
de acesso a mercado.

Os temas trabalhados nesta publicação envolvem informações sobre dois setores distintos: “Cacau e seus
derivados” e “Chocolate”. A união dos dois setores em um único estudo se dá, principalmente, pelas
características de identidade entre os principais requisitos de importação e das questões de acesso a
mercado comum aos produtos escolhidos, avaliando-se, quando aplicável, as especificidades necessárias.

Para efeitos deste estudo, o setor de “cacau e seus derivados” contempla os seguintes produtos (SH6 e
descrição):
SH6 Descrição
180100 Cacau inteiro ou partido, em bruto ou torrado.
180200 Cascas, películas e outros desperdícios de cacau.
180310 Pasta de cacau, não desengordurada.
180320 Pasta de cacau, total ou parcialmente desengordurada.
180400 Manteiga, gordura e óleo de cacau.
180500 Cacau em pó, sem adição de açúcar ou outros edulcorantes.
180610 Cacau em pó, com adição de açúcar ou outros edulcorantes.

Já o setor de “chocolate” engloba:


SH6 Descrição

180620 Outras preparações alimentícias com cacau, em blocos ou barras, com peso > 2 kg.

Chocolate e outras preparações alimentícias com cacau, recheadas, em tabletes,


180631
barras e paus.

Chocolate e outras preparações alimentícias com cacau, não recheadas, em tabletes,


180632
barras e paus.

180690 Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau.

Outras preparações alimentícias de farinhas, sêmolas, amidos, féculas ou de extratos


190190
de malte sem cacau ou contendo menos de 40% de cacau em peso.
7

Os países-alvo do estudo foram escolhidos por meio do denominado “Método de Priorização de


Mercados”, desenvolvido pela GIM. O método consiste na identificação de mercados internacionais que
ofereçam as melhores oportunidades para um determinado setor econômico. O exercício é efetuado por
meio de metodologia que engloba e cruza análises quantitativas (dados de fluxos de comércio, dados
macroeconômicos e dados setoriais) e qualitativas (que reflete a percepção de especialistas no setor).
Dessa maneira, os mercados-alvo selecionados para o setor de cacau e seus derivados foram: Estados
Unidos, Chile e União Europeia. Já para o chocolate foram selecionados os seguintes mercados: Chile,
Uruguai, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido. A sequência dos mercados-alvo selecionados
foi determinada pelas exportações brasileiras de ambos os setores aos mercados de destino e colocados
em ordem decrescente em cada região).

Dessa forma, tem-se como objetivo, com este estudo, apoiar os exportadores, em especial os iniciantes
ou com maturidade exportadora em desenvolvimento, no entendimento dos requisitos de acesso a
mercado, fundamentais no planejamento estratégico e preparação para a exportação, o que pode
envolver as seguintes perguntas:

• Qual é o imposto aplicado aos produtos selecionados nos mercados em destaque?

• Quais exigências o exportador deve cumprir para conseguir exportar?

• Quais certificados o exportador ou o produto deve possuir?

• Quais outros requisitos relevantes de acesso são exigidos no mercado de destino?

Ao final do estudo, em função das características dos produtos analisados, são apresentadas tabelas com
os tipos de protocolos fitossanitários para o cacau e seus produtos.

Naturalmente, o intuito do estudo não é esgotar todas as informações relacionadas ao setor, dada a
constante dinâmica das questões de acesso a mercado, mas oferecer um ponto de partida e seus
respectivos desafios, apoiando produtores, empresários e técnicos na preparação para exportação.
10

Capítulo 1

Mercados selecionados e
exportações do Brasil
11

1. Exportações do Brasil aos mercados


selecionados1
1.1. Cacau e seus derivados
Observa-se que o Brasil, entre 2018 e 2022, para os mercados destacados – Estados Unidos, Chile e União
Europeia– exportou cerca de US$ 510,4 milhões (média anual de US$ 102,08 milhões) em produtos
contemplados no grupo “cacau e seus derivados”. Destacam-se as exportações para os Estados Unidos,
com cerca de US$ 279 milhões (US$ 55,8 milhões em média), Chile com US$ 139,7 milhões (média de US$
27,9 milhões) e União Europeia com US$ 91,5 milhões (média de US$ 18,3 milhões).
Comparando 2022 a 2021, nota-se que houve declínio nas exportações de “Cacau e seus derivados” para
dois dos três mercados selecionados. As exportações para o Chile caíram quase pela metade,
apresentando um decréscimo de 45,4% e para os Estados Unidos tiveram um declínio de quase 1/3 ou
29,6%. A manteiga de cacau respresentou 55,5% do grupo de produtos de “Cacau e seus derivados”. A
queda nas exportações de manteiga de cacau pode ser justificada pelo aumento da comercialização no
mercado brasileiro do produto e consequente redução na exportação. Além disso, os Estados Unidos é
um grande produtor de derivados de cacau e pode ter direcionado sua produção para o mercado interno.

Tabela 1. Exportações do Brasil de “Cacau e seus derivados” entre 2018 e 2022 para os mercados
selecionados (US$)
Mercados 2018 2019 2020 2021 2022 Total Média

Estados
55.228.772 66.563.078 57.760.641 58.537.561 41.218.741 279.308.793 55.861.759
Unidos

Chile 22.108.580 21.702.835 30.786.261 42.027.324 22.952.482 139.577.482 27.915.496

União
21.992.429 18.930.269 19.068.319 14.864.316 16.701.815 91.557.148 18.311.430
Europeia
Total 99.329.781 107.196.182 107.615.221 115.429.201 80.873.038 510.443.423 102.088.164

Fonte: ComexStat. Elaboração ApexBrasil


12

Gráfico 1. Exportações do Brasil de “Cacau e seus Derivados” entre 2018 e 2022 para os mercados
selecionados (%)

UE
18%
Chile
27%

EUA
55%
Fonte: ComexStat. Elaboração ApexBrasil

Ao analisar os valores sob a ótica dos produtos, levando-se em consideração os países selecionados, entre
2018 e 2022, destacam-se as exportações de “manteiga, gordura e óleo de cacau”, US$ 355,4 milhões
(com média anual de US$ 71,1 milhões). Contudo, houve queda significativa de 45,1% em 2022 em
comparação com 2021. Destaque também para “cacau em pó, sem adição de açúcares ou edulcorantes”,
com US$ 120,7, milhões exportados (média anual de US$ 24,1 milhões), apresentando aumento de 28,3%
entre 2021 e 2022. Já “pasta de cacau desengordurada” somou US$ 24,5 milhões exportados (média anual
de US$ 4,9 milhões), apresentando queda de 68% conforme demonstrado na tabela a seguir:

Tabela 2. Produtos exportados do grupo “Cacau e seus derivados” para os mercados selecionados
entre 2018 e 2022 em US$
Produtos 2018 2019 2020 2021 2022 Total Média

Manteiga, gordura e óleo de


71.483.387 77.086.865 80.049.320 81.911.937 44.921.852 355.453.361 71.090.672
cacau

Cacau em pó, sem adição de


açúcar ou outros 20.434.856 21.499.286 22.314.954 24.726.368 31.724.267 120.699.731 24.139.946
edulcorantes

Pasta de cacau, não


5.991.808 6.592.417 3.612.172 6.356.119 1.978.971 24.531.487 4.906.297
desengordurada
13

Pasta de cacau, total ou


parcialmente 114.400 1.463.296 483.663 1.376.450 1.602.151 5.039.960 1.007.992
desengordurada

Cacau inteiro ou partido, em


1.158.679 466.543 932.631 958.201 543.455 4.059.509 811.902
bruto ou torrado

Cacau em pó, com adição de


açúcar ou outros 140.503 87.654 91.885 100.122 101.353 521.517 104.303
edulcorantes

Cascas, películas e outros


6.148 121 130.596 4 989 137.858 27.572
desperdícios de cacau

Fonte: ComexStat. Elaboração ApexBrasil

1.2. Chocolate
Entre 2018 e 2022, o Brasil exportou para os países destacados - Chile, Uruguai, Estados Unidos, União
Europeia e Reino Unido – cerca de US$ 169,2 milhões (média anual de US$ 33,8 milhões) em produtos
contemplados no grupo “chocolate”. Destacam-se as exportações para o Chile e Uruguai, com cerca de
US$ 66,3 bilhões (média de US$ 13,2 milhões) e com US$ 62,4 milhões (média de US$ 12,5 milhões) e
Estados Unidos com US$ 32,2 milhões (média de US$ 6,4 milhões).

Comparando 2021 a 2022, entre os países destacados, os seguintes países selecionados Uruguai e Estados
Unidos apresentaram aumento nas importações do Brasil de chocolate com crescimento de 16,9% e
8,44% respectivamente. Contudo, Chile, União Europeia e Reino Unido apresentaram declínio de (-26,3%)
(-5,7%) e(-20,6%).

Tabela 3. Exportações do Brasil de “Chocolate” entre 2018 e 2022 (US$ milhões)


Mercados 2018 2019 2020 2021 2022 Total Média
Chile 7.822.100 10.434.006 8.997.130 22.518.165 16.596.610 66.368.011 13.273.602
Uruguai 12.948.312 12.913.529 10.462.843 12.040.531 14.086.250 62.451.465 12.490.293

Estados
4.204.738 4.422.216 9.679.185 6.708.755 7.275.235 32.290.129 6.458.026
Unidos

União
979.331 1.125.575 1.636.677 1.658.154 1.562.853 6.962.590 1.392.518
Europeia

Reino
150.001 177.604 284.946 308.366 244.786 1.165.703 233.141
Unido

Total 26.104.482 29.072.930 31.060.781 43.233.971 39.765.734 169.237.898 33.847.580

Fonte: ComexStat. Elaboração ApexBrasil


14

Gráfico 2. Exportações do Brasil de “Chocolate” entre 2018-2022 para os mercados selecionados (%)

Uruguai
19,1%
Chile
França 4,1%
36,9%

Espanha
39,2%

Estados Unidos
0,7%

Fonte: ComexStat. Elaboração ApexBrasil

Já sob a ótica dos produtos, levando em consideração os países elencados, entre 2018 e 2022, destacam-
se as exportações de “Outras preparações alimentícias com cacau, em blocos ou barras, com peso > 2 kg”
com US$ 46,9 milhões exportados (média de US$ 9,3 milhões); “Chocolate e outras preparações
alimentícias com cacau, recheadas, em tabletes, barras e paus”, US$ 9,5 milhões (média de US$ 8,07
milhões) e “Outras preparações alimentícias de farinhas, sêmolas, amidos, féculas ou de extratos de
malte sem cacau ou contendo menos de 40% de cacau em peso”, com US$ 10,1 milhões, (média de US$
2 milhões) conforme demonstrado na tabela abaixo.

Tabela 4. Produtos exportados do grupo “Chocolates” para os mercados selecionados entre 2018 e
2022 (US$)

Produtos 2018 2019 2020 2021 2022 Total Média


Outras preparações
alimentícias com cacau, em
6.912.482 9.595.011 9.203.143 10.370.006 10.870.953 46.951.595 9.390.319
blocos ou barras, com peso > 2
kg
Chocolate e outras
preparações alimentícias com
7.108.294 7.607.504 8.021.165 8.053.740 9.563.990 40.354.693 8.070.939
cacau, recheadas, em tabletes,
barras e paus
Outras preparações
alimentícias de farinhas,
sêmolas, amidos, féculas ou de
1.614.400 1.807.449 1.918.677 2.671.682 2.150.121 10.162.329 2.032.466
extratos de malte sem cacau
ou contendo menos de 40% de
cacau em peso
15

Chocolate e outras
preparações alimentícias com
1.296.079 1.341.861 1.232.891 1.847.345 1.668.779 7.386.955 1.477.391
cacau, não recheadas, em
tabletes, barras e paus

Outros chocolates e
preparações alimentícias 1.307.954 1.365.321 818.508 1.227.055 1.292.512 6.011.350 1.202.270
contendo cacau

Fonte: ComexStat. Elaboração ApexBrasil

1.3 Imposto de Importação2


Dentre os mercados destacados, o Brasil possui acordo comercial3 somente com Uruguai e Chile. Brasil e
Uruguai, membros do Mercosul, usufruem de desgravação de todo o universo tarifário no bloco, com
exceção dos produtos de setor automotivo e do setor açucareiro. Dessa forma, os países do Mercosul
outorgam entre si tarifas zeradas para todos os produtos, de ambos os setores, destacados no estudo.

O Mercosul assinou com o Chile o Acordo de Complementação Econômica n.° 35 em 1996. Em 2021, foi
promulgado o 64° Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação Econômica n° 35 (64° PA-ACE35),
estabelecendo o “Acordo de Livre Comércio Brasil-Chile, e que visa consolidar e aprofundar temas como:
faciltiação de comércio, comércio de serviços, compras governamentais, barreiras técnicas, entre outros..

Já as negociações comerciais do Acordo Mercosul-União Europeia foram concluídas em 2019, contudo,


mais uma demanda da UE por um texto adicional de sustentabilidade paralisou o acordo. Alguns países
do bloco como França e Áustria estão entre os países que expressaram preocupação com o
desmatamento e um possível aumento nas importações agrícolas. No momento, os países do Mercosul
ainda precisam responder ao texto adicional da União Europeia para que as negociações prossigam.

Por não possuir acordos comerciais com os outros países selecionados no estudo como Estados Unidos,
Reino Unido, União Europeia, são aplicadas ao Brasil a chamada tarifa da Nação-Mais-Favorecida (NMF),
sem nenhuma preferência tarifária.

As tarifas de importação aplicadas pelo Chile e Uruguai para os produtos selecionados é de 0% graças ao
acordo preferencial ACE-35 e ao acordo Mercosul. Já as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos variam
entre 0 e 7%. União Europeia aplica tarifas entre 0% e 13,4% enquanto as tarifas aplicadas pelo Reino
Unido estão entre 0% e 12%. Cabe salientar que, de maneira geral, as tarifas aplicadas à produtos de
cacau são menos elevadas, variando entre 0% e 9,6%, enquanto para chocolate, considerado como
produto final, varia de entre 1,8% e 13,4%.

Analisando as tarifas, destaca-se que os Estados Unidos e Chile possuem as menores tarifas tanto para o
cacau e seus derivados quanto para chocolate. Importante ressaltar que alguns produtos como 180620,
180631 e 180632 possuem tarifa de 8,3% + componente de agricultura Max. 18,7% + redução de açúcar
aplicada a TR.
16

Tabela 5. Tarifas de Importação (%) aplicadas ao grupo “Cacau e seus Derivados”

PAÍSES
SH6
União Estados
Chile
Europeia Unidos

180610 8,00 0,00 0,00


180500 8 0,00 0,00

180100 0,00 0,00 0,00

180200 0,00 0,00 0,00

180400 7,7 0,00 0,00

180310 9,6 0,00 0,00

180320 0,1 0,00 0,00


Fonte: Macmap. Elaboração ApexBrasil

Tabela 6. Tarifas de Importação (%) aplicadas ao grupo “Chocolate”

Países
SH6 Estados União Reino
Chile Uruguai
Unidos Europeia Unido

180620 0,00 8,3+ 0,00 8 0,00

180690 0,00 8,3+ 0,00 8 0,00

190190 1,87 5,1+ 0,00 11,08 0,00

180631 0,00 8,3+ 0,00 8 0,00

180632 0,00 8,3+ 0,00 8 0,00

Fonte: MacMap. Eboração ApexBrasil


17

Capítulo 2

Requisitos de acesso a
mercado
18

2. 1 Estados Unidos

2.1.1 Regras gerais para a importação de alimentos e documentação


aduaneira

A importação de alimentos é regulamentada pela Food and Drug Administration (FDA)4 e pelo United
States Department of Agriculture (USDA)5. A FDA é a agência responsável por garantir que os alimentos
vendidos nos Estados Unidos sejam seguros, saudáveis e rotulados enquanto a USDA é responsável pela
agricultura, recursos naturais, desenvolvimento rural, nutrição e questões relacionadas a políticas
públicas.
Já o processo de importação e exportação é fiscalizado pela Customs and Border Protection (CBP)6,
agência do Departamento de Segurança Interna, fundindo funções do antigo Serviço de Alfândega,
Serviço de Imigração e Naturalização, Patrulha de Fronteira e Serviço de Inspeção de Saúde Animal e
Vegetal.
Essas agências possuem regulamentações específicas que precisam ser cumpridas para que os produtos
sejam importados legalmente. Segundo informações da CBP, os seguintes documentos são necessários
para importação de produtos no país: fatura comercial (a menos que seja uma amostra comercial com
valor inferior a US$ 25); declaração de Valor Aduaneiro; documentos de frete (conhecimento de
embarque marítimo, conhecimento de embarque terrestre); seguro de frete; packing list; certificado pré-
embarque e certificado de origem.
Outras informações e documentações necessárias para entrada do produto nos Estados Unidos podem
ser encontradas no guia de importação7 da CBP.

2.1.2 Controle de importação e diretrizes de segurança alimentar

Todos os produtos importados devem atender aos mesmos requisitos de produtos produzidos
localmente. Devido à grande variedade de alimentos importados pelo país, a FDA tem se empenhado em
proteger cada vez mais seus consumidores. Nesse sentido, para produtos alimentícios, a legislação dos
EUA exige que todo aquele interessado em importar para país possuam o registro do estabelecimento8
junto à FDA. Além disso, todas as empresas devem enviar à instituição a denominada notificação prévia9
de embarque quando da exportação de alimentos ao país.
O registro do estabelecimento deve ser renovado a cada dois anos e confere poderes para a FDA para a
realização de inspeções10 nas instalações/estabelecimentos envolvidos na fabricação, processamento,
embalagem, ou conservação de alimentos, voltados para o consumo humano. O mecanismo de
notificação prévia, por sua vez, consiste na comunicação antecipada de remessas de produtos
19

alimentícios antes da sua chegada a um porto de entrada estadunidense. Ambos os processos


mencionados anteriormente podem ser feitos através da plataforma FDA Industry Systems (FIS)11 , criado
para facilitar envios sistemáticos à FDA, incluindo registros, listagens e outras notificações. Mais
informações de como efetuar a criação da conta podem ser acessadas aqui12.

2.1.3 Requisitos específicos para a importação de cacau e chocolate


No caso da importação de grãos de cacau, os contêiners são fiscalizados por agentes da FDA e do
Departamento da Agricultura (USDA, na sigla em inglês), que inspecionam amostras aleatórias dos grãos
de cacau para garantir que estejam livres de doenças, pragas ou sinais de deterioração. Informações
adicionais podem ser encontradas nesta página13 da CBP.
O CBP exige um título14 (Custom Bond, em inglês) ao importar mercadorias sujeitas a regulamentos de
qualquer agência federal, no caso a FDA ou quando a remessa for avaliada em mais de US$ 2.500. O
Custom Bond funciona como uma apólice de seguro que o importador paga para que o CBP possa cobrar
direitos sobre a importação caso o importador não esteja mais em condições de pagar os impostos.
As principais categorias de chocolate nos Estados Unidos são: chocolate ao leite, chocolate branco,
chocolate com licor, chocolate ao leite desnatado, chocolate doce (sweet chocolate); chocolate amargo
(bittersweet chocolate) Essas incluem orientações sobre o teor de açúcar e leite e outros ingredientes
adicionados.
Uma medida importante no controle de segurança alimentar envolve a definição de pontos críticos de
controle (HACCP) através da implementação de princípios de gestão alimentar. Esse é um dos requisitos
para alimentos vendidos em lojas de varejo. HACCP é um sistema de gestão no qual a segurança alimentar
é abordada através da análise e controle de perigos biológicos, químicos e físicos, desde a produção,
aquisição e manuseio de matérias-primas, até a fabricação, distribuição e consumo do produto acabado.

2.1.1. Embalagem e rotulagem

A FDA também é a agência responsável por garantir que os alimentos vendidos nos Estados Unidos sejam
devidamente rotulados. Em 2009, foi introduzido o regulamento com respeito à embalagem e
rotulagem15 de produtos alimentícios que já sofreu revisões em 2008, 2009 e 2013.

 No caso do cacau, os sacos ou contêineres em que os grãos de cacau são transportados devem
ter claramente marcado o país de origem.

 De modo geral, os chocolates devem conter as seguintes informações nas embalagens de


alimentos importados:
o nome do produto;
20

o lista de ingredientes, em ordem decrescente de peso ou volume, sob o título


“ingredientes” ou frase incorporando essa palavra no título;
o instruções especiais de uso;
o peso ou volume líquido;
o nome e endereço do fabricante;
o rótulo ou tabela nutricional no formato especificado no regulamento
informando o conteúdo de calorias, proteína, carboidratos, gordura, gordura
trans, sódio e açúcares, além de quaisquer outros nutrientes relativos a
alegações nutricionais feitas na embalagem;
o data de vencimento do produto (em inglês).

2.2 Chile

2.2.1 Regras gerais para importação de alimentos e documentação


aduaneira

Para exportar alimentos para o Chile, os exportadores devem cumprir com os requisitos estabelecidos
pelo Serviço Agrícola y Ganadero (SAG)16 e pelo Ministerio de Salud17, além de outros organismos
governamentais relevantes. Estes requisitos são necessários para garantir que os alimentos importados
sejam seguros para consumo humano e não constituam uma ameaça para a saúde pública.

Registro de importadores
Os importadores de alimentos devem se registrar no SAG para obter uma autorização para importar
produtos específicos. O registro de importador é válido por um ano e deve ser renovado anualmente.

Ademais, deve ser fornecida uma declaração de importação que, de modo geral, e nos casos aplicáveis,
deve estar acompanhada dos seguintes documentos: fatura comercial; certificado de origem;
conhecimento de embarque ou conhecimento aéreo; seguro do frete; packing list, licenças e certificados
exigidos por leis e regulamentos que não sejam a Lei Aduaneira, como por exemplo, certificado sanitário
e/fitossanitário. Todas as mercadorias devem ser acompanhadas de documentos originais, incluindo carta
de porte e fatura comercial.

2.2.2 Controle de importação e diretrizes de segurança alimentar

De acordo com a Ley n.° 18.164 18 del Ministerio de Hacienda, os diferentes tipos de álcool, bebidas
alcoólicas e vinagres; os produtos e mercadorias que apresentem perigo para para as plantas; os animais,
aves, produtos, subprodutos e resíduos de origem animal ou vegetal; os fertilizantes e pesticidas; e os
21

produtos ou subprodutos de origem animal ou vegetal, necessitam de autorização prévia do Servicio


Agrícola y Ganadero (SAG) para fins de importação. Todos os alimentos importados para o Chile estão
sujeitos a inspeção no porto de entrada. A fiscalização é realizada pelo SAG para garantir que os alimentos
cumpram os requisitos sanitários e de qualidade estabelecidos.

2.2.3 Regras específicas para a importação de cacau e chocolate

A Resolucão Exenta n.° 1.284/202119 estabelece a categorização de produtos de origem vegetal conforme
o risco de pragas e seus potenciais efeitos na saúde e determina requisitos e medidas de controle dos
mesmos na fronteira. A resolução abrange cacau em grãos e cacau em pó, e os produtos são classificados
por tipo de processamento20. A norma divide os produtos em 6 níveis de categoria de risco, considerando
o nível de processamento e o uso do produto, seja como insumo ou produto final. Nesse caso, é
necessário preencher o formulário21 de requerimento para solicitação de autorização de importação de
produtos regulamentados agrícolas do SAG. Especificamente, no caso de cacau em grão, o importador
deverá obter certificação fitossanitária do MAPA. A certificação deve estar em espanhol.

Já a Resolução Exenta n.° 8.308/202022 estabelece os regulamentos de importação de grãos e outros


produtos destinado ao consumo e industrialização. Ademais, todos os alimentos importados precisam
contar com a devida autorização da autoridade sanitária da região de internação dos produtos, as
denominadas Secretarías Regionales Ministerial (Seremi) de Salud23.

Para as importações de chocolate industrializado, a Resolución Exenta n.° 91/202224 determina que os
produtos de origem animal resultantes de processos de industrialização não precisam ser habilitados para
doces, chocolates, biscoitos, doces, bolos, tortas, misturas e pré-misturas de confeitaria, sorvetes,
sobremesas congeladas e cereais com leite, entre outros.

O SAG possui um guia que se entende por monografia de processos de produção. O documento
“monografia” pode ser emitido pelo fabricante e endossado ou apresentado pela autoridade sanitária
competente do país de origem, no qual seja descrito o processo de fabricação industrial de um produto,
destinado ao consumo ou uso humano, contendo ingredientes de origem animal. O objetivo da
monografia25 é autorizar o ingresso no Chile de um produto de origem animal de estbelecimento produtor
específico. Desta Dessa forma, o SAG avalia os tratamentos a que os produtos são submetidos, garantindo
que eles mitiguem o risco de introdução de doenças no território nacional.

2.2.4 Embalagem e rotulagem

Os alimentos industrializados para serem comercializados no varejo chileno devem possuir rótulos em
espanhol, com informações sobre o peso líquido (no sistema métrico), principais ingredientes (inclusive
os aditivos), data de fabricação, prazo de validade, nome do produtor e do importador e a autorização
sanitária. O Chile, por meio da Lei n.º 20.606 (Ley de Alimentos ou Ley de Etiquetados) e do Decreto n°
13/201526 (que modifica o Decreto Supremo n° 977/1996- Reglamento Sanitário de Alimentos) foi um dos
primeiros países da América do Sul a padronizar regras de rotulagem frontal.
22

O Chile elegeu o modelo de octógonos pretos com a expressão “ALTO EN” para substâncias como
açúcares, sal, gorduras saturadas e calorias. Caso os fabricantes não cumpram com as regras
estabelecidas pela normativa, os importadores poderão receber sanções de acordo as disposições do
Código Sanitário chileno. Essas sanções podem incluir a proibição da comercialização do produto, multas
em dinheiro, embargo ou interdição de estabelecimentos, entre outros. As informações sobre os limites
a serem obedecidos e as especificações para a devida rotulagem podem ser encontradas no Manual de
Rotulagem Nutricional de Alimentos27 desenvolvido pelo Ministério da Saúde chileno. O programa de
rotulagem frontal chileno foi implementado em fases. A terceira e atual etapa do programa de rotulagem
frontal entrou em vigor no dia 27 de junho de 2019.

Figura 1. Exemplo ilustrativo de modelo de rotulagem frontal de alimentos – Chile

Fonte: Manual de Rotulagem Nutricional de Alimentos- Ministerio da Salud- Chile

2.3 União Europeia

2.3.1. Regras gerais para a importação de alimentos e documentação


aduaneira
A União Europeia é um dos maiores importadores de alimentos para consumo humano e animal. Regras
de importação são rigorosas no que diz respeito a segurança dos consumidores e visam garantir que todas
as importações cumpram os mesmos padrões que os produtos provenientes do próprio bloco europeu.
O importador deve estar estabelecido na UE como uma empresa ou estabelecimento comercial
permanente o que inclui estar registrado para efeitos de pagamento de impostos.
De acordo com guia de importação28 do Acess2Markets 29, os seguintes documentos são necessários para
importação: certificado de origem; fatura comercial; declaração de valor aduaneiro; documentos de frete;
seguro de frete; packing list; prova de origem preferencial para países sem acordo comercial e Documento
Administrativo Único (SAD, na sigla em inglês).
Todas as mercadorias importadas para a EU devem ser declaradas às autoridades aduaneiras do
respectivo Estado-Membro por meio do Documento Administrativo Único, formulário comum de
declaração de importação para os membros do bloco, previsto no Código Aduaneiro da União - adotado
no Regulamento (UE) 952/2013 (CELEX 32013R0952)30 – e no Ato Delegado Transitório - adotado no
Regulamento (UE) 2016/341 (CELEX 32016R0341)31. A declaração deverá ser redigida em uma das línguas
23

oficiais da UE, que seja aceitável para as autoridades aduaneiras do Estado-Membro onde são cumpridas
as formalidades. O documento administrativo único poderá ser apresentado da seguinte forma:
• pelo sistema informatizado aprovado e ligado às autoridades aduaneiras; ou
• hospedagem nas dependências designadas da Alfândega.

2.3.2 Controle de importação e diretrizes de segurança alimentar

A UE possui uma das normas de segurança alimentar mais exigentes do mundo – em grande parte graças
ao sólido conjunto de leis para manter os alimentos e ração animal seguro para consumo. Cabe à
Comissão Europeia propor leis que garantam o abastecimento alimentar seguro na Europa e que as
mesmas normas de segurança alimentar se apliquem a todos os produtos importados.
Os controles de importação são cruciais para verificar a conformidade dos alimentos com as normas
relevantes. O tipo de fiscalização e controle de importação variam de acordo com o setor.
A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA, na sigla em inglês) fornece avaliações de
risco independentes e pareceres científicos que servem de base às normas da UE em matéria de
segurança dos alimentos. Entre eles destacam-se alguns temas que auxiliam na segurança alimentar:
• higiene dos produtos alimentares – as empresas que atuam no setor alimentar, desde o setor
agrícola aos restaurantes, todas devem respeitar a legislação alimentar da UE, incluindo os
importadores de alimentos.
• saúde animal – controles e medidas sanitárias aplicáveis a animais domésticos, animais de
criação e animais selvagens permitem monitorar e gerir as doenças e acompanhar as
movimentações dos animais de criação.
• fitossanidade – detecção e erradicação de pragas em fases iniciais para impedir a sua
disseminação e garantir sementes saudáveis.
• contaminantes e resíduos – prevenção de contaminantes nos alimentos para consumo humano
e, aplicação de limites máximos aceitáveis nos alimentos para consumo humano e animal
produzidos na UE e importados.
Além da EFSA, a União Europeia possui uma série de sistemas que ajudam a monitorar a qualidade dos
alimentos em geral:
• O Sistema de Alerta Rápido para Gêneros Alimentícios e ração para animais (RASFF, na sigla em
inglês)32 foi criado para garantir o intercâmbio de informações entre os países membros para
apoiar uma reação rápida das autoridades de segurança alimentar em caso de riscos para a saúde
pública resultantes da cadeia alimentar.
24

• O Sistema de rastreio de animais (TRACES, na sigla em inglês)33 é a plataforma online da Comissão


Europeia para a certificação sanitária e fitossanitária necessária para a importação de animais,
produtos de origem animal, alimentos e rações de origem não animal e plantas para a União
Europeia.
• A Base de dados da UE sobre pesticidas34permite pesquisar informações sobre substâncias ativas
utilizadas em plantas, níveis máximos de resíduos (LMR) em produtos alimentares e autorizações
de emergência de defensivos agrícolas nos Estados-Membros.
• A EUROPHYT35 é uma rede e base de dados sobre notificações e intercepções fitossanitárias que
liga as autoridades fitossanitárias dos Estados-Membros da UE e da Suíça, a Autoridade Europeia
para a Segurança dos Alimentos e a Direção-Geral da Saúde e Segurança Alimentar da Comissão
Europeia.

2.3.3 Regras específicas para a Importação de cacau, seus derivados e


chocolate
Cacau e chocolate
A UE define uma série de regras específicas para produtos de cacau e chocolate que complementam a
legislação aplicável a outros gêneros alimentícios. Estas regras dizem respeito à composição do produto,
nome de venda, rotulagem e apresentação.
A Diretiva n.º 2.000/36/CE36 do Parlamento e Conselho Europeu, de 23 de junho de 2000, estabelece a
composição do chocolate, as características de fabricação, o acondicionamento e a rotulagem dos
produtos de cacau e de chocolate e definições para estes produtos, a fim de permitir que os consumidores
façam escolhas com base em informações fornecidas pelos fabricantes.
Em relação à composição, a norma estabelece a percentagem mínima de manteiga de cacau que pode
ser utilizada nos diversos produtos de cacau e chocolate. Por exemplo, no caso do chocolate em pó, a
composição deve ser de um produto que consiste em uma mistura de cacau em pó e de açúcar que
contenha pelo menos 32% de cacau em pó.
Já para o chocolate, estabelece que o produto obtido a partir de produtos do cacau e de açúcar contenha,
no mínimo, 35% de cacau, dos quais pelo menos 18% de manteiga de cacau e no mínimo 14% de matéria
seca de cacau isenta de gordura. Contudo, há regras específicas caso a denominação for completada pela
palavra “em grãos”, “de cobertura”, “gianduia”. Essas informações estão contidas no Anexo I da diretiva.
A Diretiva também estabelece a possibilidade de utilização de outras gorduras vegetais desde que não
excedam 5% do produto e desde que sejam informadas. As gorduras vegetais (exceto manteiga de cacau)
que podem ser utilizadas estão enumeradas no Anexo II.
25

Barreiras
As exportações brasileiras de chocolate estão sujeitas às condições de entrada exigidas pelo bloco
europeu. O chocolate é considerado um produto composto já que contêm insumo de origem vegetal e
origem animal. Em conformidade com o artigo 1(2), e o artigo 6(4), do Regulamento (CE) n.º 853/2004 37,
os produtos compostos devem ser fabricados com produtos processados de origem animal produzidos
em estabelecimentos aprovados pela UE localizados em Estados-Membros da UE ou em países terceiros
autorizados.
Dessa forma, o Brasil ainda não está listado como país autorizado a exportar produtos compostos que
tenham insumos lácteos. As regras para a entrada na União de produtos compostos foram estabelecidas
nos artigos 20° a 22° do Regulamento Delegado (UE) n.° 238 e começaram a ser aplicados em 21 de abril
de 2021.
Outro requerimento para um país terceiro é apresentar um plano veterinário de resíduos. Mais
informações podem ser encontradas no Anexo 1 de implementação do Regulamento (UE) n.° 2.021/0539.
Segundo informações da Missão do Brasil na União Europeia, o Brasil já apresentou um plano veterinário
de resíduos e aguarda respostas oficiais do bloco. Informações completas sobre a importação de produtos
compostos40 podem ser encontradas no site da UE.

2.4 Uruguai

2.4.1 Regras gerais para a importação de alimentos e documentação


aduaneira

O importador de alimentos deve estar registrado junto aos órgãos reguladores, tais como a Dirección
General Impositiva (DGI), o Banco de Previsão Social (BPS) e o Banco de Seguro del Estado (BSE).
Notadamente, no caso de empresas do setor de alimentos e bebidas, além de atender aos requisitos
antes referidos, deverão contar com: registro como empresa importadora junto ao LATU (Laboratorio
Tecnológico del Uruguay); autorização dos Serviços de Vigilância Sanitária (Bromatologia) para a
habilitação de atividades de industrialização, importação, fracionamento, armazenamento, distribuição
ou comercialização de alimentos, tanto nacionais quanto importados; e habilitação e registro como
empresa de alimentos perante o Departamento de Alimentos do Ministério de Saúde Pública (MSP).
No que tange à documentação necessária para importação, os seguintes documentos são necessários:3
romaneio de carga (packing list); registro de exportação; nota fiscal; conhecimento de embarque; fatura
comercial; fatura “proforma”; carta comercial; fatura de frete e certificado de seguro; fatura eletrônica;
certificado de origem e outros certificados.
26

Em relação ao certificado de origem, o exportador brasileiro deverá providenciar o certificado de origem


do Mercosul. Esse certificado tem validade de 180 dias corridos, contados a partir da data de emissão.
Sempre se deve apresentar o original do certificado, não sendo válidas fac-símiles ou fotocópias.

2.4.2 Controle de importação e diretrizes de segurança alimentar41

O Decreto n.º 338/982 de 22 de setembro de 1982 estabelece que os produtos alimentares e bebidas
importados que entram no país estão sujeitos à verificação do cumprimento da regulamentação
alimentar nacional. O objetivo é que os produtos da mesma natureza cumpram os mesmos requisitos dos
fabricados no país. No caso, alguns produtos estão sujeitos à apresentação do denominado Certificado
de Comercialização.
Para orientar o importador, bem como o despachante aduaneiro, o governo disponibiliza o Manual para
gestão do Certificado de Comercialização, através de perguntas, respostas e comentários. Está disponível
também um documento de perguntas e respostas frequentes sobre a importação de alimentos. O
documento também possui um link para verificar se seu produto está sujeito à apresentação da
documentação por meio de consulta aos NCMs. Todos os alimentos que se destinem ao consumidor final
ou ao seu fracionamento devem ter o Registro Bromatológico vigente de âmbito nacional ou
departamental antes de ser importado. Para tanto, sugere-se consultar as organizações competentes a
seguir para fins de obrigatoriedade do registro: Servicios Bromatológicos de las Intendencias
Departamentales); Ministerio de Salud.
Alimentos e bebidas importados para o mercado interno estarão sujeitos, no momento da entrada no
país, à inspeção do LATU. O importador de alimentos e/ou bebidas deve solicitar a inspeção desses
produtos, a fim de obter o certificado de comercialização para posterior venda. O objetivo desta
certificação é o cumprimento das regulamentações técnicas e de rotulagem de produtos alimentícios
importados embalados para consumo. Na chegada da mercadoria ao país, caso a inspeção seja solicitada,
as autoridades poderão coletar amostras para fins de análise da mercadoria. Assim que todo esse
processo estiver finalizado, a Dirección Nacional de Aduanas poderá autorizar a transferência da
mercadoria para o depósito do importador. A mercadoria não poderá ser colocada à venda até que o
certificado seja efetivamente emitido.

2.4.3 Requisitos específicos para a importação de cacau e chocolate

No que concerne ao chocolate, a Resolución n.° 68/02142 (Adecuación de los procedimientos de


importación de alimentos com contenido de productos de origen animal) estabelece que a produção de
produtos com insumos lácteos não necessitam de controle sanitário.
Ademais, o governo uruguaio possui regulamentações de direito interno que acolhem as regras do
MERCOSUL, a fim de regular a disposição, composição, manipulação, técnicas e materiais para uso na
embalagem de alimentos aprovados. Nesse sentido, seguem alguns exemplos de regulamentações que
27

os exportadores brasileiros devem estar atentos que possivelmente possam impactar as exportações de
chocolate e cacau: o Regulamento Bromatológico Nacional n.° 315/994; Regulamentos Técnicos de
Identidade e Qualidade do Leite (Decreto n.° 408/997); Princípio de Transferência de Aditivos Alimentícios
(Decreto n.° 409/997); Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de da Gordura Láctea (Decreto
n.° 416/997).

2.4.4 Embalagem e rotulagem


Em 2018, o Uruguai publicou norma de rotulagem frontal43 que estabelece as regras para rotulagem dos
alimentos. A implementação do decreto entrou em vigor em fevereiro de 2021, alinhado à norma de
rotulagem de alimentos do Mercosul. O Uruguai é o segundo país da América Latina, depois do Chile, a
tornar obrigatória a rotulagem de alimentos em produtos com excesso de gorduras, sódio e açúcar. A
rotulagem frontal de alimentos no Uruguai é definida por um conjunto de normas:

 Reglamento Bromatologico Nacional (RBN), aprovado pelo Decreto n.° 315/99444;

 Decreto n.° 272/01845, o qual define as substâncias sujeitas ao regime de rotulagem frontal,
como também define os parâmetros e características do aspecto gráfico dos selos de
advertências; e

 Decreto n.° 34/02146, o qual define o perfil de nutrientes e suas composições.


Conforme o Manual para la aplicación del Decreto n.º 272/018 sobre rotulado frontal de alimentos47,
disponibilizado pelo Ministério da Saúde do Uruguai, a normativa uruguaia é voltada para quatro
substâncias:

 Açúcares - Azúcares;

 Sódio - Sodio;

 Gorduras - Grasas e Gorduras Saturadas - Grasas Saturadas.


O guia de rotulagem apresenta os parâmetros e características dos selos de advertência do sistema de
rotulagem frontal, conforme imagem ilustrativa abaixo. Os símbolos devem conter em seu interior a
expressão, seguida do nutriente correspondente: “GRASAS”, “GRASAS SATURADAS”, “AZÚCARES” o
“SODIO”, além de conter a sigla MSP (“Ministerio de Salud Pública”).

Figura 1. Exemplo ilustrativo de modelo de rotulagem de alimentos – Uruguai

Fonte: Manual para la aplicación del Decreto n.° 272/018 sobre rotulado frontal de alimentos.
28

2.5 Reino Unido

2.5.1 Regras gerais para a importação de alimentos e documentação


aduaneira

O Gabinete de Negócios Estrangeiros da Commonwealth e de Desenvolvimento divulgou, em 2023, uma


orientação sobre as normas e requisitos regulamentares que as empresas precisam cumprir para importar
e vender bens, incluindo produtos alimentares. Os bens importados para o Reino Unido devem cumprir
três tipos de padrões que se aplicam a alimentos e produtos manufaturados:
• Padrões de marcação de produtos;
• Padrões de rotulagem;
• Padrões de marketing.
Os padrões de marcação do Reino Unido serão aplicados até o final de 2024. Depois disso, as empresas
deverão cumprir a marcação de Avaliação de Conformidade do Reino Unido (UKCA, na sigla em inglês), o
novo guia de marcação de produtos do Reino Unido.
Os seguintes documentos48 são exigidos para importação de alimentos no Reino Unido: fatura comercial;
EORI - Número de Registro e Identificação de Operador Econômico no Reino Unido; declaração de valor
aduaneiro; documentos de frete; seguro de frete; packing list; prova de origem preferencial para países
com acordo comercial; certificado de origem e certificado sanitário ou fitossanitário.43

2.5.2 Controle de importação e diretrizes de segurança alimentar

Todos os alimentos importados no Reino Unido devem cumprir regras de higiene e segurança alimentar.
As importações de chocolates devem cumprir os mesmos requisitos de segurança alimentar aplicados à
produtos produzidos no Reino Unido. A Agência responsável pela segurança alimentar é a Food Standards
Agency49. Embora o Reino Unido tenha saído da União Europeia, os regulamentos permanecem similares
aos do bloco para alguns casos, sem muitas modificações, apesar de estarem sendo revisados.
2.5.3 Requisitos específicos para a importação de chocolate

Em setembro de 2023, o Department for Environmental Food and Rural Affairs ( Defra, sigla em inglês)
lançou um guia50 sobre a importação de produtos compostos para consumo humano. Esses produtos
contém produtos de origem vegetal e produtos transformados de origem animal. Em conformidade com
os artigos n.° 1, 2, 4 e 6 do Regulamento (CE) n.° 853/2004, os produtos compostos devem ser fabricados
com produtos transformados de origem animal produzidos em estabelecimentos aprovados pela UE
localizados em Estados-Membros da UE ou em países terceiros que sejam autorizados pelo bloco
europeu. De acordo a legislação britânica, o chocolate está isento de controles oficiais caso apresente até
50% de leite em sua composição. O chocolate deve ter passado por tratamento térmico e apresentar
estabilidade quando exposto em prateleira.
29

No documento51 de países terceiros autorizados para a importação de produtos compostos com insumos
lácteos, o Brasil aparece na coluna “C” o que significa que está autorizado a exportar produto composto
lácteo desde que tenha passado por tratamento térmico de acordo com artigo da EUR n.° 2.010/605.

Além disso, alguns tipos de chocolates de países terceiros podem conter ingredientes que não são
permitidos no Reino Unido. Esses ingredientes podem ser novos para o Reino Unido e são considerados
novelty food – alimentos que não têm um histórico significativo de consumo antes de maio de 1997 e
estão sujeitos aos termos e condições do Novel Foods Autorization Guidance52.

2.5.4 Normas recentes


Desde 1° de outubro de 2023, o governo do Reino Unido mudou sua legislação53 para restringir a
comercialização de ofertas de produtos alimentícios com alto teor de gordura, açúcar e sal já que a
população com baixa renda acaba consumindo mais desses produtos. Em outubro de 2022, houve
restrição de alimentos que se enquadram nesta categoria proibindo a comercialização em partes de
destaque da loja, finais de corredores e caixas. Isto trará um novo desafio aos fabricantes de alimentos à
medida que as empresas reformulam os seus produtos para evitar essas restrições. Atualmente, esses
regulamentos não se aplicam a lojas de menor porte como as “lojas de conveniência”.

2.5.5 Embalagem e rotulagem


No Reino Unido, a responsabilidade pela legislação e política de rotulagem de alimentos é dividida entre
o Ministério de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra)54, a Agência de Padrões
Alimentares (FSA)55 e o Ministério da Saúde 56.
No que diz respeito ao conteúdo do rótulo para alimentos embalados, as seguintes informações devem
estar presentes: nome do produto, lista de ingredientes, informação sobre alérgenos, declaração de
ingredientes, quantidade líquida, condições de armazenamento e data de validade, nome e endereço do
fabricante, país de origem e declaração nutricional57.
As regras de rotulagem para chocolate podem ser encontradas na Diretiva n.° 2.000/36/CE53. As regras
estabelecem a composição dos produtos de cacau e chocolate, incluindo a definição de ingredientes
mínimos e requisitos específicos de rotulagem. São estipuladas as quantidades de sólidos de cacau e de
sólidos de leite que devem estar presentes, além de permitir a adição de outros ingredientes específicos.
Uma declaração de sólidos de cacau, mencionando o teor de composição do produto, é exigida para a
maioria dos produtos de chocolate abrangidos pelas regras e, quando apropriado, também é exigida uma
declaração de sólidos de leite. Essas regras permitem que os consumidores tomem decisões informadas
sobre o tipo de chocolate que desejam comprar. No caso de chocolate, por exemplo, o produto deve
conter, no mínimo, 43% de cacau sólido e não menos que 26% de manteiga de cacau. Já o chocolate ao
leite deve conter, no mínimo, 30% de cacau sólido e não menos que 18% de leite em pó.
30

Capítulo 3

Certificados e Programa de
Qualidade
31

3. Certificados e Programa de Qualidade


3.1 Certificação de sustentabilidade
Principais tipos de certificação internacional para o cacau 59
A sustentabilidade é um aspecto cada vez mais importante na produção de cacau e na fabricação de
chocolate tanto para os consumidores como para a indústria. As grandes empresas de chocolate
participam frequentemente no mercado de cacau sustentável com os seus próprios programas de
sustentabilidade. Ademais, as políticas de países mais desenvolvidos como da União Europeia e dos
Estados Unidos também contribuíram para a procura de cacau e chocolate certificados. Abaixo seguem
alguns exemplos de certificação:

Rainforest Alliance: é uma certificação utilizada para certificar o cacau atestando que o produto é
sustentável em termos econômico, social e ambiental. Em 2018, a Rainforest Alliance fundiu-se com a
UTZ. A Rainforest Alliance/UTZ trabalha com pequenas e grandes fazendas e está focada na conservação
da biodiversidade e no apoio a meios de subsistência sustentáveis, transformando o uso da terra e as
práticas comerciais.

Fairtrade: Trata-se de um sistema de certificação e rotulagem administrado pela Fairtrade International


(FLO), uma associação multilateral sem fins lucrativos composta por 24 organizações, que é responsável
pela auditoria em toda a cadeia de suprimentos, desde o produtor, o comerciante até o produto.

O objetivo do selo fair trade é promover melhores preços, condições de trabalho decentes,
sustentabilidade local e termos de comércio justos para agricultores e trabalhadores no mundo em
desenvolvimento. Ao exigir que as empresas paguem preços acima do mercado, o comércio justo aborda
as injustiças do comércio convencional, que tradicionalmente discrimina os produtores mais pobres e
mais fracos por uma equidade comercial.

Orgânico: A certificação orgânica pode ser feita por agências locais, internacionais ou por parcerias entre
elas. A certificação por auditoria é recomendada para certificação orgânica já que segue critérios
internacionais adaptados à legislação brasileira e consiste em inspeções regulares na empresa para que
a produção seja continuamente examinada60. A certificação orgânica visa sustentar a saúde das pessoas,
dos solos e dos ecossistemas. A certificação exige que o cacau tenha sido cultivado sem a utilização de
nutrientes sintéticos, além de exigir o uso de métodos e práticas de proteção vegetal e conservação do
solo. Além das certificações mais conhecidas, os produtores e exportadores de cacau também podem ser
certificados para padrões mais específicos destinados a nichos de mercado menores. Esses incluem:

 Demeter: Demeter é uma organização privada de certificação orgânica, focada na agricultura


biodinâmica.
32

 Símbolo dos Pequenos Produtores (SPP): SPP é uma certificação de comércio justo para
pequenos produtores/cooperativas de comércio justo organizado

3.2 Programas de qualidade


Os compradores internacionais avaliam, atualmente, a qualidade e o sabor dos grãos de cacau de
diferentes maneiras e muitas vezes usam uma combinação de duas ou mais metodologias. O Guia Grãos
de Cacau: Requisitos de Qualidade da Indústria de Chocolate e Cacau 60 fornece recomendações sobre o
cultivo do cacau, práticas pós-colheita e métodos de avaliação de qualidade que contribuem para a
qualidade do cacau.

Outras metodologias comuns de avaliação da qualidade do cacau e padrões internacionais de cacau


comumente usados pelos fabricantes de chocolate e comerciantes de cacau incluem o seguinte:

• Normas sobre classificação e amostragem de grãos de cacau -ISO 61;

• Instituto do Cacau e Chocolate Fino (FCCI)62: fornece o protocolo de amostragem e formulário


de classificação;

• Avaliação genética do cacau pela Heirloom Cacao Preservation63para identificar e valorizar o


cacau e seu sabor;

• Guia de avaliação de qualidade e degustação da Equal Exchange/TCHO64 para avaliar a qualidade


do cacau ao longo da cadeia de valor.

Além disso, um grupo de trabalho do Programa Cacau de Excelência65, coordenado pela Aliança da
Biodiversidade Internacional e pelo CIAT66, lançou o site dos Padrões Internacionais para Avaliação da
Qualidade e Sabor do Cacau, com seus respectivos protocolos sobre os padrões de qualidade. Esses
protocolos descrevem, a saber: o processo de amostragem de grãos de cacau para avaliação; avaliações
de qualidade física; processo de transformação de pó grosso, licor e chocolate; e estabelecimento de
avaliações sensoriais e de sabores.

Além dos certificados, importadores na Europa, Estados Unidos e Reino Unido podem esperar dos
fornecedores garantias extras de segurança alimentar em relação aos processo de produção e
manueseio67.

• Boas práticas agrícolas (GPA, na sigla em inglês): o principal padrão para boas práticas agrícolas
é fornecido pelo GLOBAL G.A.P. Esta é uma norma voluntária para a certificação de processos de
produção agrícola que fornecem produtos seguros e rastreáveis. Geralmente, organizações de
certificação (como Rainforest Alliance/UTZ) incorporam GAP em seus padrões.

• A implementação de um sistema de gestão da qualidade (QMS na sigla em inglês): um sistema


baseado na análise de perigos e pontos críticos de controlo (HACCP, na sigla em inglês) é muitas
vezes um padrão mínimo exigido ao nível do armazenamento e manuseamento dos grãos de
cacau.
33

• Se o exportador produzir produtos de cacau semi-acabados, alguns compradores, como no Reino


Unido também esperarão que a empresa tenha certificação, como os certificados British Retail
Consortium Global Standards (BRCGS), International Featured Standards: Food (IFS) ou Food
Safety System Certification (FSSC 22000).

Fontes
34

Bibliografia
35

Fontes

1. Comexstat. http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral
2. MacMap. Market Access Map (macmap.org)
3. Siscomex. Acordos Comerciais. https://www.gov.br/siscomex/pt-br/acordos-
comerciais/acordos-comerciais
4. Food and Drug Administration (FDA). https://www.fda.gov/
5. United States Department of Agriculture (USDA). https://www.usda.gov/
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48. Documentos exigidos para importação no Reino Unido.
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49. Food Standards Agency. https://www.food.gov.uk/business-guidance/importing-
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