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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
TECNOLOGIA EM ALIMENTOS
PROJETO INTEGRADOR

IMPLEMENTAÇÃO DE NOVA LINHA DE PRODUTOS


PASTA DE SEMENTES DE GIRASSOL E DE ABÓBORA
AVALIAÇÃO 3

ANA PAULA HAGEN, CÉSAR EBLING E EMANUELE STRACK

2019
PORTO ALEGRE
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 5
2 REVISÃO DE LITERATURA 6
2.1 SEMENTE DE GIRASSOL 6

2.2 SEMENTE DE ABÓBORA 7

2.3 EXTRATO DE TOMATE 8

2.4 MANJERICÃO EM PÓ 8

2.5 SAL 9

2.6 ÁCIDO CÍTRICO 9

2.7 Embalagem 9

2.8 Produtos de higienização 10

3 ESTUDO DE MERCADO 10
3.1 Público alvo 10

3.2 Estimativa de produção 11

3.3 Produtos similares e concorrência 12

4 ESTUDO DAS EXIGÊNCIAS LEGAIS 14


4.1 Exigências legais quanto as instalações 14

4.2 Exigências legais quanto a produção 16

4.3 Exigências legais quanto ao produto 17

5 TECNOLOGIAS E PROCESSOS PRODUTIVOS 18


5.1 Operações Unitárias 18

5.1.1 FLUXOGRAMA GERAL 19


5.1.2 PESAGEM 20
5.1.3 TRITURAÇÃO 21
5.1.4 MISTURA 25
5.1.5 ENVASE 26
5.1.6 PASTEURIZAÇÃO 26
6 EQUIPAMENTOS 28
6.1 Moinho Coloidal 28
6.2 Misturador 29

6.3 Envasadora 30

6.4 Pasteurizador 30

6.5 Rotuladora e datadora 31

6.6 Higienizador de vidros 32

6.7 Tampadora 33

6.8 Esteiras Transportadoras 33

6.9 Carrinhos de Transporte 34

6.10 Baldes de Transporte 34

7 ORÇAMENTO 35
7.1 Custos de elaboração e desenvolvimento 36

7.2 Obras de adequação de espaço 36

7.3 Equipamentos para linha de produção 36

8 CRONOGRAMA 39
9 LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL E LEIAUTE 40
10 FLUXOGRAMA DE PROCESSO E BALANÇO DE MASSA 44
10.1 Balanço de Massa 44

10.2 Capacidade Produtiva 46

11 DESCRIÇÃO DO PROCESSO 48
11.1 Pesagem 48

11.2 Trituração 49

11.3 Mistura 49

11.4 Pasteurização 50

11.5 Rotulagem e Datação 50

11.6 Embalagem secundária 51

11.7 Armazenamento 51

11.8 Expedição 51

12 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS 51
13 SELEÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES 53
14 INVESTIMENTO E CUSTOS OPERACIONAIS 54
14.1 Custo do produto e preço de venda 57

14.2 Investimento inicial 57

15 ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA 58


15.1 Projeção do Fluxo de Caixa e Cálculos de Indicadores 58

15.2 Análise de Sensibilidade 60

15.3 Análise de Cenários 61

15.3.1 CENÁRIO OTIMISTA 61


15.3.2 CENÁRIO PESSIMISTA 63
15.4 Parecer Final 65

16 CONCLUSÃO 66
17 REFERÊNCIAS 68
5

1 INTRODUÇÃO

Saúde e bem-estar são tendências atreladas ao maior acesso à informação por


uma parcela da população que tem perspectivas de longevidade maiores que as
gerações anteriores, maior renda e poder de compra, além de buscar qualidade de vida
a longo prazo (ITAL, 2010). Para esse mercado, de alimentação saudável, que cresceu
cerca de 98% e movimenta US$ 35 bilhões por ano no Brasil, a missão daqueles que
produzem alimentos é entregar produtos não só com rótulos atrativos, mas com
sensorialidade e nutritivos, explorando as particularidades dos nichos que compõem
este público (SEBRAE, 2019).
O presente projeto vem apresentar o desenvolvimento de uma nova linha de
produção em uma indústria de granola. O produto escolhido para a implantação é a
pasta mista de sementes de abóbora e girassol e o seu desenvolvimento é motivado
pelo desprovimento de alternativas aos tradicionais produtos utilizados para passar no
pão que compõem o café da manhã e lanches. Produtos como a manteiga, a
margarina, a maionese e o requeijão, pois esses produtos não atendem nichos de
mercado de pessoas que não consomem ou evitam consumir esse tipo de produto seja
por questões éticas ou de saúde, justificando assim a escolha por um produto de
origem vegetal.
Pensando nesse público e no que busca incluir alimentos mais saudáveis na sua
alimentação, a pasta feita com semente de abóbora e pepita de girassol foi inspirada
na conhecida “pasta de amendoim” e possui o mesmo tipo de processamento:
trituração das sementes, que são ricas em óleo, até formar uma pasta. Essas sementes
não constam na lista dos principais alimentos que causam alergias alimentares, ao
contrário do amendoim, podendo também ser uma alternativa de consumo às pessoas
alérgicas a ele e / ou que não consomem produtos de origem animal (ANVISA, 2015).
Outro diferencial foi que se buscou uma formulação à base de ingredientes que
melhoram as características sensoriais do produto que, além de aguçar os sentidos,
espera-se melhorarem a experiência de consumo dos clientes. O objetivo é atingir o
público crescente que vem buscando mudar seus hábitos alimentares. Aliado a isso, a
escolha das sementes de girassol e abóbora foi primordial, tendo em vista as
quantidades de micronutrientes importantes que ambas possuem.
6

2 REVISÃO DE LITERATURA

A pasta de sementes de girassol e abóbora será obtida através do


processamento das sementes secas até uma consistência cremosa. Possui aparência,
sabor, cor e odor característicos, sendo um novo produto para ser lançado no mercado,
assim há poucos produtos similares e literatura específica.
Os ingredientes obrigatórios propostos para esse produto são pepita girassol,
semente de abóbora, extrato de tomate, manjericão em pó e sal. O produto terá pH
final < 4,5 e será embalado em potes de vidros e pasteurizado. No Anexo I, encontra-se
a proposta do Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) do produto.

2.1 SEMENTE DE GIRASSOL

A semente de girassol é comumente utilizada para a produção de óleo que tem


boa aceitabilidade para a aplicação em alimentos (LOPES; FERREIRA; BARROS,
2014). Segundo Oliveira e Nowacki (2011), as sementes de girassol possuem selênio e
cobre na sua composição, nutrientes que facilitam a liberação de serotonina, um
hormônio associado ao bem-estar. O óleo da semente de girassol tem características
nutritivas, como um alto teor de ácido linoleico, que ajuda na prevenção de algumas
doenças como o colesterol alto, doenças cardiovasculares e distúrbios metabólicos e
contém vitamina E, que atua como antioxidante (OLIVEIRA; NOWACKI; 2011).
A produção média mundial de semente de girassol é aproximadamente 1300
kg/ha. Já no Brasil, a produtividade média está em torno de 1500 kg/ha, acima da
média mundial, com capacidade de expansão através de boas práticas agrícolas, que
são o conjunto de princípios, normas, recomendações técnicas para a produção,
processamento e transporte de alimentos, orientadas a cuidar da saúde humana,
proteger o meio ambiente e melhorar as condições dos trabalhadores. Levando em
conta que o girassol é uma cultura de segunda safra no país (ou seja, cultura de
inverno que podem ser utilizadas em alternativa ao tradicional sistema soja-milho),
estima-se que há grande potencial para destacar-se como produtor desta cultura
(EMBRAPA, 2019).
A semente de girassol apresenta de 15 a 20 % de fibras e de 39 a 37 % de
extrato etéreo (FERNANDES et al., 2013). Em vista disso, a semente de girassol foi
7

escolhida com matéria-prima para a pasta de sementes por seu sabor, textura pós-
trituração e teor de óleo.

2.2 SEMENTE DE ABÓBORA

A abóbora pertence ao gênero Cucurbita (família Cucurbitaceae) e é um vegetal


que tem como origem as Américas, em áreas de clima tropical, com significativa
participação na alimentação de muitos países e pode ser consumida em sua totalidade:
sementes, brotos e flor. Existem várias espécies selvagens mas cerca de cinco
espécies de Cucurbita foram domesticadas e são conhecidas como abóboras,
morangas, gilas, mogangos e abóboras ornamentais: Cucurbita maxima, Cucurbita
moschata, Cucurbita ficifolia, Cucurbita argyrosperma e Cucurbita pepo (BARBIERI,
2012).
O principal produto do gênero curcubita é seu fruto e cerca de 2,88% da abóbora
(C. moschata) é composto por sementes (DEL-VECHIO, 2004). A abóbora é
geralmente consumida como preparos salgados e na elaboração de doces em calda,
cremoso e cristalizados; já as sementes de abóboras são utilizadas na elaboração de
pratos culinários no sudeste da Europa e como complemento alimentar em países
africanos (REZIG et al. 2012). No Brasil, a Pesquisa de Orçamento Familiar 2008-2009,
feita pelo IBGE (2010), mostra que o consumo per capita anual de abóbora é de 828 g.
Consumo que pode ser complementado com a inclusão das sementes na dieta.
A semente é uma parte da abóbora que historicamente era eliminada como
resíduo do processamento. Entretanto, estudos avançaram no sentido de comprovar o
valor nutricional destas e promover sua aplicação como subproduto a ser consumido
como alimento (PINTO et al., 2016). As sementes são conhecidas pelo elevado teor de
óleo e proteínas (NAVES; CORRÊA; ABREU, 2010).
Em relação a sua composição, a semente de abóbora pode ser considerada boa
fonte de proteína, possuindo 320 g por kg. Isso possibilita o seu uso na fortificação de
alimentos, além de reduzir custos de produção, uma vez que as sementes, geralmente,
não são utilizadas para esse fim (MANSOUR et al., 1999; EL- SOUKKARY, 2001).
Estudo realizado por Murkovic (1996) demonstra que o óleo da semente de
abóbora também possui propriedades antioxidantes e é rico em vitamina E.
(MURKOVIC, 1996). Santanna e Pietro (2005) observaram teor de lipídeos de 28,80
8

g% nas sementes de abóbora (Cucurbita pepo) (SANTANNA; PIETRO, 2005). Corrêa


et al. (2013) encontraram teores percentuais variando de 65,4 a 79 % de ácidos graxos
insaturados abóboras crioulas (Cucurbita maxima) sendo prevalentes os ácidos
linoleico e oleico; no caso dos ácidos graxos saturados, os maiores teores foram dos
ácidos esteárico e palmítico (CORRÊA et al., 2013).
Outro elemento importante, relatado por Awad e Fink (2000), encontrado na
composição da semente são os fitoesteróis, substâncias que demonstram estar
relacionadas à redução do colesterol e na melhora da função imune (AWAD; FINK,
2000). Phillips (2005) encontrou uma concentração de 265 mg de fitoesteróis em 100g
de semente de abóbora (PHILLIPS, 2005); os autores observaram que os resultados
encontrados foram semelhantes aos observados na semente de girassol. Na
formulação proposta, a semente de abóbora contribui para o sabor, textura e umidade
(através do óleo).

2.3 EXTRATO DE TOMATE

Extrato de tomate é um produto alimentício obtido a partir de tomates sadios


com pH em torno de 4,10 e °Brix próximo a 12 (PEREIRA, 2007). Deve ser preparado
com frutos maduros, selecionados, sadios, sem pele e sementes, sendo tolerada a
adição de 1% de açúcar e de 5% de cloreto de sódio (ANVISA, 1978).
A legislação vigente é abrangente para produtos derivados de tomate, sendo
representada pela RDC N° 272, de 22 de setembro de 2005, que traz como
concentrado de tomate o produto obtido da polpa de frutos do tomateiro (Lycopersicum
esculentum L.), com no mínimo 6% de sólidos solúveis naturais de tomate, adicionado
ou não de sal e / ou açúcar (ANVISA, 2005). Complementarmente, a RDC Nº 276, de
01 de outubro de 2003, traz o Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) para
Concentrado de Tomate, onde lê-se que este produto pode ser designado através de
denominações consagradas pelo uso, processo de obtenção, aspecto, finalidade de
uso, forma de apresentação ou característica específica (ANVISA, 2003). No presente
produto, o extrato de tomate terá a função de dar sabor, cor e reduzir o pH da pasta de
sementes.

2.4 MANJERICÃO EM PÓ
9

O manjericão (Ocimum basilicum L.), é uma planta que pertence à família


Lamiaceae, de floração anual ou perene. O manjericão em pó é obtido através da
desidratação das folhas de manjericão e por posterior moagem. Pode ser classificado
como alimento funcional visto que tem nutrientes relacionados com a prevenção de
doenças (MILITÃO; FURLAN, 2019). O manjericão é amplamente utilizado como
tempero em diversos preparos culinários. Possui sabor que pode ser harmonizado com
o sabor de tomate, sendo até chamado “erva de tomate” (LINGUANOTO NETO, 2006).
Várias receitas que utilizam tomates também levam manjericão e por este motivo o
manjericão em pó, foi selecionado para compor a formulação da pasta de sementes,
trazendo sabor e aroma para o produto.

2.5 SAL

De acordo com a legislação vigente, sal para consumo humano está definido como
cloreto de sódio cristalizado, extraído de fontes naturais, adicionado obrigatoriamente
de iodo (ANVISA, 2013). O sal foi escolhido para a formulação pois confere o gosto
salgado e ressalta o sabor dos demais ingredientes.

2.6 ÁCIDO CÍTRICO


O ácido cítrico (INS 330) é amplamente utilizado nas indústrias de alimentos e
bebidas, sendo aplicado para redução de pH, controle de crescimento microbiano e
aromatizante, por exemplo. É um ácido orgânico fraco, de aparência sólida, branca e
cristalina. Está presente em muitas frutas e principalmente nos cítricos como laranja e
limão. Sua ampla utilização se deve as características acidulantes, de palatabilidade,
atoxicidade e facilidade de assimilação pelo organismo humano (ADITIVOS &
INGREDIENTES, 2019). Segundo a legislação, seu uso como acidulante é quantum
satis e será utilizado na pasta de sementes para padronizar o pH do produto (ANVISA,
2010).

2.7 Embalagem

A embalagem primária do produto será de vidro. O vidro utilizado será


transparente do tipo pote, o que facilita a visualização do conteúdo, destacando-o e
também facilita a retirada do produto em porções. A vedação será feita com tampa
10

rosqueável de metal. Além disso, o vidro é visto como um material estável, rígido,
homogêneo, inerte e também reciclável (sem nenhuma perda das suas características
originais) (CABRAL et al., 1984). O rótulo escolhido é o filme polipropileno biorientado
(BOPP) metalizado, resistente à umidade.
O produto terá como embalagem secundária papelão por possuir certa rigidez,
facilitar o transporte compactando o volume e protegendo contra impactos moderados.

2.8 Produtos de higienização

A higienização de equipamentos, móveis e utensílios será realizada


rigorosamente utilizando detergente neutro (limpeza) e álcool 70 % (desinfecção). Para
a higienização das mãos, a unidade contará com álcool 70 % em gel e sabonete
bactericida. As instalações serão higienizadas com detergente alcalino clorado
(ANVISA, 2002). Todos os produtos utilizados serão adquiridos de fornecedores
certificados e que possuam registro.

3 ESTUDO DE MERCADO

3.1 Público alvo

Pela proposta do produto o público alvo são os vegetarianos podendo abranger


para os consumidores que possuam intolerâncias ou alergias a produtos produzidos
com leites, ovos, glúten ou castanhas e também pessoas que buscam por uma
alimentação equilibrada no geral. O nicho de consumidores vegetarianos já somava
14% da população brasileira no ano de 2018 contra os 8% de seis anos antes. O estilo
de vida já deixa de ser uma escolha de um grupo restrito para tornar-se hábito familiar
que deve se consolidar e aumentar com o passar dos anos, esta tendência de
crescimento deve-se ao fato de que no público jovem o percentual de vegetarianos é
maior indicando uma tendência de futuro (IBOPE, 2018) (SVB, 2018).
Visando a produção em maior escala de um alimento que possa servir como
uma alternativa vegetariana e saudável aos tradicionais produtos presentes na mesa
dos consumidores no café da manhã, como patês, margarina, queijos fundidos,
maionese e requeijão, a demanda e projeção de produção da pasta de sementes foi
11

estimada baseada em dados do IBGE. Na Tabela 1, a quantidade produzida desses


alimentos soma em aproximadamente 1500 toneladas por ano.

Tabela 1: Produção e vendas dos produtos e/ou serviços industriais, segundo as classes de atividades e
os produtos - Prodlist Indústria 2016 - Quantidade produzida e vendida no Brasil (Toneladas)
Requeijão (cremoso, light, duro ou do norte), inclusive
Margarina Maionese
especialidades lácteas à base de requeijão
Brasil 901,745 316,047 283,092

Fonte: IBGE, 2016 - Pesquisa Industrial Anual - Produto

3.2 Estimativa de produção

Partindo do percentual de consumidores vegetarianos (14%) e com base na


produção dos alimentos convencionais como margarina, requeijão e maionese,
considerando venda para todo o Brasil seria necessária uma produção aproximada de
210 toneladas anuais de pasta de sementes. A fim de evitar superestimação de
vendas, a empresa produzirá cerca de 20% desse valor, levando em conta que seria
atendida uma parcela desta população mais os consumidores com alguma alergia ou
intolerância e os consumidores de produtos saudáveis. Além disso, considera-se nesse
valor a disputa por produtos concorrentes, a capacidade produtiva das instalações e
que a distribuição será através de lojas físicas especializadas e venda online. Portanto,
a estimativa de produção anual da pasta de sementes é de cerca de 41 toneladas.
Destaca-se que está é a produção almejada após a consolidação do produto no
mercado, estima-se uma produção inicial de aproximadamente 15 toneladas anuais
que aumentaria gradualmente até atingir a capacidade máxima de produção.
Dessa forma, com o produto apresentado em embalagem de vidro contendo 200
g da pasta, a produção mensal do produto é estimada em cerca de 17000 vidros, o que
exige a fabricação de cerca de 4250 vidros por semana. Partindo do pressuposto de
12

que a nova linha funcionará apenas em um dia específico da semana, há uma projeção
de fabricação de cerca de 850 kg do produto por dia de operação.
Para a produção da pasta de sementes em escala industrial, visando atender
essa demanda, o projeto é voltado para implementação de uma nova linha de produção
em uma fábrica que produz granolas sem glúten. De forma geral, alguns aspectos do
processo de produção das pastas coincidirão com os da fabricação da granola, como
por exemplo, o uso do almoxarifado para estoque das sementes e do restante das
matérias-primas, a sala de dosimetria para pesagem dos insumos, sala de expedição e
caminhões de transporte. A produção se realizará em 1 dia da semana em que a linha
de produção de granola ficará desativada, possibilitando a utilização da mão de obra já
contratada.

3.3 Produtos similares e concorrência

Uma pesquisa foi realizada com o objetivo de verificar potenciais concorrentes e


conhecer pastas vegetais a base de sementes e/ou oleaginosas encontradas no
mercado. Encontrou-se uma variedade de marcas e sabores da pasta de amendoim. O
valor médio das pastas de amendoim encontradas no mercado ficou em torno de R$
9,37. Vale ressaltar que dentre as marcas pesquisadas as saborizadas, em sua grande
maioria, eram doces. Encontrou-se algumas opções de pasta natural salgada e
somente a pasta de amendoim com ervas da marca Oner como opção saborizada,
oferecidas em potes de 250g vendidas por R$15,99 (Figura 1). Sendo um produto
saborizado, demonstra um considerável valor agregado em comparação a opção
natural, está sem saborização cujo o custo médio é de R$ 7,50/250g.

Figura 1: Pasta de amendoim com ervas finas da marca Oner

Fonte: Natue (www.natue.com.br)


13

Além disso, quando pesquisados concorrentes que utilizam sementes, como


base para fabricação das pastas, encontram-se poucas marcas em venda online, e
todas na versão natural. Como exemplos tem-se a pasta de semente de girassol e de
semente de abóbora, ambas da marca Souly e vendidas em embalagens de 200g
(Figuras 2 e 3). Outra opção encontrada foi a pasta de sementes de girassol da marca
Castanharia vendida em embalagens de 210g, ilustrada na Figura 4. Os valores destas
encontram-se na Tabela 2.

Tabela 2: Valores das pastas de sementes encontradas no mercado.

Produto Peso pote (g) Valor pote Valor por Kg


Semente de girassol Souly 200 R$ 48,30 R$ 241,50
Semente de abóbora Souly 200 R$ 64,00 R$ 320,00
Semente de girassol Castanharia 210 R$ 19,99 R$ 95,19

Fonte: Autores, 2019

Com base neste levantamento identificou-se uma possibilidade de mercado.


Visto que foram encontradas poucas opções semelhantes a proposta neste projeto e
mesmo nas opções disponíveis no mercado destaca-se a pouca diversidade de
sabores e opções de marcas que possam atender a demanda do público vegetariano,
com restrições alimentares ou mesmo pessoas preocupadas em manter uma
alimentação saudável.

Figura 2: Pasta de semente de abóbora da marca Souly


14

Fonte: Mercadão Natural Produtos Naturais (www.mercadaonatural.com.br)

Figura 3: Pasta de semente de girassol da marca Souly

Fonte: Mercadão Natural Produtos Naturais (www.mercadaonatural.com.br)

Figura 4: Pasta de semente de girassol da marca Castanharia

Fonte: Zona Cerealista Online (www.zonacerealista.com.br)

4 ESTUDO DAS EXIGÊNCIAS LEGAIS

4.1 Exigências legais quanto as instalações

De acordo com o Decreto-Lei nº 986/1969, que institui normas básicas sobre


alimentos, os estabelecimentos onde são fabricados, preparados, beneficiados,
acondicionados, transportados, vendidos ou depositados alimentos devem ser
previamente licenciados pela autoridade sanitária competente estadual, municipal ou
do Distrito Federal, mediante a expedição do respectivo alvará sanitário (ANVISA,
1969).
A empresa está estabelecida na cidade de Cachoeirinha no estado do RS e já
possui alvará sanitário, expedido pelo CEVS - Centro estadual de vigilância em saúde
do RS, para produção de granola. Para implementação e início da produção de um
novo produto será solicitado a renovação do alvará vigente, a fim de comunicar o órgão
15

competente a implantação de uma nova linha de produção e assim evitar problemas


com uma futura fiscalização.
Os documentos necessários para solicitar a renovação do Alvará Sanitário para
indústria de alimentos no RS são:
• Requerimento ao Delegado da respectiva Coordenadoria Regional de Saúde
(CRS), solicitando Renovação do Alvará Sanitário assinado pelo responsável legal,
contendo dados completos da empresa, CNPJ/CPF, endereço e telefone;
• Cópia do CNPJ/CPF;
• Cópia do Alvará Sanitário Anterior;
• Comprovante de pagamento taxa pública;
• Certificado de limpeza e desinfecção do reservatório de água por empresa
credenciada pelo órgão competente;
• Certificado de controle integrado de pragas;
• Apresentação do Manual de Boas Práticas de Fabricação de Alimentos e os
Procedimentos Operacionais Padronizados (POP’s).
Após a aprovação da Lei Federal 6.938/81, o Licenciamento Ambiental tornou-se
obrigatório em todo o território nacional e em 1997, a Resolução nº 237 do Conselho
Nacional do Meio Ambiente - CONAMA definiu as competências da União, dos Estados
e dos Municípios e determina que o licenciamento seja realizado em um único nível de
competência com isso a concessão da licença fica a cargo de órgãos ambientais
estaduais, municipais e no caso de grandes projetos do fica sob responsabilidade do
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
O site da Prefeitura Municipal de Cachoeirinha informa que as licenças
ambientais têm por finalidade estabelecer as condições apropriadas e legais para que a
atividade ou o empreendimento cause o menor impacto possível ao meio ambiente. É
um procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental competente para
licenciar a instalação, a ampliação, a modificação e a operação de atividades e/ou
empreendimentos que utilizam recursos naturais, ou que sejam potencialmente
poluidores ou que possam causar degradação ambiental em quaisquer níveis de
impacto. No licenciamento ambiental são avaliados os impactos causados pelo
empreendimento, tais como: seu potencial poluidor ou sua capacidade de gerar
líquidos poluentes (despejos e efluentes), resíduos sólidos, emissões atmosféricas,
ruídos e potenciais riscos de contaminações do solo, das águas e do ar. As licenças
ambientais no município de Cachoeirinha são emitidas pela Secretaria Municipal de
16

Meio Ambiente – SMMA, qualificada desde o ano de 2009, em conformidade com a


Resolução 217/2009 do Conselho Estadual do Meio Ambiente.
A indústria já possui Declaração de Isenção de Licenciamento Ambiental emitida
pela prefeitura de cachoeirinha. De acordo com a Resolução do Conselho Estadual do
Meio Ambiente (N°288/2014) e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável
e do Meio Ambiente (N°019/2014) que definem as atividades licenciáveis atualmente
consta indústrias de pequeno porte e de baixo potencial poluidor estão dispensadas do
licenciamento ambiental.
Outra obrigatoriedade legal que a indústria já possui é o Alvará do Corpo de
Bombeiros: Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) conforme a Lei
Estadual Complementar N° 14690/2015 (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA RS, 2015) que
descreve que as edificações e áreas que apresentem risco de incêndio devem possuir
PPCI, expedido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Sul
(CBMRS)

4.2 Exigências legais quanto a produção

A nova linha de produção obedecerá aos critérios estabelecidos pela Agência


Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Deverão ser atendidos os itens propostos
pelas portarias Nº 1428, de 26 de novembro de 1993 que aprova o “Regulamento
Técnico para Inspeção Sanitária” de Alimentos (BRASIL, 1993), onde estabelece as
“Diretrizes para o Estabelecimento de Boas Práticas de Produção e de Prestação de
Serviços na Área de Alimentos” e o “Regulamento Técnico para o Estabelecimento de
Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ´s) para Serviços e Produtos na Área de
Alimentos" além de determinar que os estabelecimentos relacionados à área de
alimentos adotem, sob responsabilidade técnica, as suas próprias Boas Práticas de
Produção e/ou Prestação de Serviços e seus Programas de Qualidade e pela portaria
Nº 326, de 30 de julho de 1997 que aprova o “Regulamento Técnico Condições
Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos” (BRASIL, 1997). Obedecerá também o
Decreto-Lei N° 986, de 21 de outubro de 1969 que “Institui normas básicas sobre
alimentos” (BRASIL, 1969) e à RDC N° 275, de 21 de outubro de 2002 (BRASIL, 2002)
que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais
17

Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de


Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em
Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos.

4.3 Exigências legais quanto ao produto

Segundo a RDC N° 272, de 22 de setembro de 2005, produtos de vegetais são


os obtidos de partes destinadas para o consumo de espécies vegetais, inclusive
sementes oleaginosas, submetidos a processos adequados, com ou sem líquido de
cobertura e adicionados de sal, açúcar, tempero ou especiaria (ANVISA, 2005). Tais
produtos devem ser chamados por designações já consagradas pelo uso, seguidas de
expressão que remeta aos ingredientes, podendo receber nome de processo aplicado.
Deste modo, é adequado a nomenclatura “pasta de sementes de girassol e de
abóbora”. Como o produto é pasteurizado, segunda a legislação, seu pH máximo deve
ser de 4,5 (ANVISA, 2005).
A RDC Nº 12, de 02 de janeiro de 2001 estabelece no “grupo de alimentos”, item
4 (outros produtos vegetais), letra “c”, no qual poderia ser enquadrado o produto deste
estudo, que a tolerância de Coliformes a 45°C/g por amostra é 10 (para amostra
indicativa), 5 (para amostra representativa - n), 2 (para amostra representativa - c), < 3
(para amostra representativa - m) e 10 (para amostra representativa - M) (ANVISA,
2001) e a portaria N° 685, de 27 de agosto de 1998, estabelece os "Limites máximos
de tolerância para contaminantes inorgânicos", em seu anexo informa que a tolerância
máxima de cobre em semente oleaginosas é de 10 mg/kg
Segundo as RDC Nº 23/2000 e RDC Nº 27/2010 (BRASIL, 2000, 2010) que
dispõe sobre o manual de procedimentos básicos para registro e dispensa de
obrigatoriedade de registro de produtos pertinentes à área de alimentos, o produto que
será produzido é dispensado de registro. Portanto, somente é obrigatória a
comunicação de início de produção.
O produto será comercializado em embalagens de vidro e atendem as
exigências da RDC n° 91, de 11 de maio de 2001 que aprova o Regulamento Técnico -
Critérios Gerais e Classificação de Materiais para Embalagens e Equipamentos em
Contato com Alimentos. (BRASIL, 2001) e da Portaria nº 27, de 18 de março de 1996
que aprova o regulamento técnico sobre embalagens e equipamentos de vidro e
cerâmica em contato com alimentos, conforme Anexo da presente Portaria.
18

As informações relacionadas à rotulagem estarão expressas em um rótulo


adesivo que será fixado na parte externa no vidro e serão atendidas as especificações
estabelecidas pelos seguintes regulamentos:
Resolução RDC Nº 259, de 20 de setembro de 2002 a qual apresenta à
rotulagem de todo alimento comercializado de qualquer origem, embalado a ausência
do cliente e pronto para oferta ao consumidor (BRASIL, 2002).
Portaria INMETRO nº 157, de 19 de agosto de 2002: Estabelece a forma de
expressar a indicação quantitativa do conteúdo líquido dos produtos pré-medidos
(INMETRO, 2002).
Resolução - RDC Nº 359, de 23 de dezembro de 2003 que aprova o
Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem
Nutricional. Apresenta tabela de valores de referência para porções de alimentos e
bebidas embalados para fins de rotulagem nutricional (BRASIL, 2003).
Resolução - RDC Nº 360, de 23 de dezembro de 2003 que aprova o
Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados, tornando
obrigatória a rotulagem nutricional. Na rotulagem nutricional devem ser declarados os
seguintes nutrientes: valor energético, carboidratos, proteínas, gorduras totais,
gorduras saturadas, gorduras trans e sódio (BRASIL, 2003).
Resolução - RDC N° - 26, de 2 de julho de 2015 que estabelece os requisitos
para rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias alimentares.
Se aplica aos alimentos, incluindo as bebidas, ingredientes, aditivos alimentares e
coadjuvantes de tecnologia embalados na ausência dos consumidores, inclusive
aqueles destinados exclusivamente ao processamento industrial e os destinados aos
serviços de alimentação (BRASIL, 2015).
Lei Nº 10.674, de 16 de maio de 2003 que traz como obrigatória as inscrições
"contém Glúten" ou "não contém Glúten" em seu rótulo e bula para todos os alimentos
industrializados, conforme o caso (BRASIL, 2003).

5 TECNOLOGIAS E PROCESSOS PRODUTIVOS

5.1 Operações Unitárias


19

O processo geral da fabricação da pasta de sementes segue o fluxograma


ilustrado no item 5.1.1, na Figura 5. A descrição das operações unitárias apresentadas
no fluxograma está na sequência, a partir do item 5.1.2

5.1.1 FLUXOGRAMA GERAL


20

Figura 5: Fluxograma geral do processo de produção da pasta de sementes

Fonte: Os autores.

5.1.2 PESAGEM

Trata-se basicamente do processo de pesagem em balança dos ingredientes e


matérias-primas nas quantidades e proporções corretas da formulação do produto para
a produção.
Segundo Solutions (2018), existem vários modelos de balanças disponíveis e
cada um deles atende uma determinada necessidade, sendo elas:
● balanças analíticas, muito utilizadas em indústrias no geral e laboratórios
escolares, universitários e análises farmacêuticas;
● balanças de check-out, usadas em hipermercados, supermercados,
pequenos comércios e sacolões;
● balanças computadoras, que além de pesarem também calculam o preço
final da mercadoria com base no preço por quilo de produto e são
aplicadas em supermercados, padarias, açougues, hortifruti, entre outros;
● balanças contadoras, que além de pesarem também contam quantas
peças/unidades o manipulador dispôs nela baseado no peso unitário,
utilizada nas indústrias no geral;
● balanças etiquetadoras que são empregadas em restaurantes cozinhas
industriais, padarias, açougues e supermercados;
21

● balanças industriais que são direcionadas para pesagem e contagem de


peças e/ou verificação de sobra ou falta de produtos. São mais duráveis e
resistentes e são aplicadas a diversas áreas industriais e comerciais;
● balanças pesadoras que apenas pesam o produto e possuem grande
variação de pesagem atendendo diferentes necessidades do mercado,
sendo aplicadas em indústrias, supermercados, açougue, padaria,
cozinha industrial;

As balanças que constituem a sala de dosimetria da empresa são as mesmas


utilizadas para a fabricação das granolas: dos tipos industriais para as quantidades
acima de 10 kg; e as pesadoras para quantidades até 10 kg.

5.1.3 TRITURAÇÃO

Segundo Fellows (2006), a moagem ou trituração é uma operação unitária que


visa uma redução de tamanho do alimento através da aplicação de forças de impacto,
compressão e abrasão. Na maioria dos equipamentos que realizam essa operação
unitária, as três forças estão presentes, mas uma geralmente se sobressai às outras.
Além de aumentar a relação superfície / volume e promover uma melhor eficiência de
operações posteriores como extração, aquecimento, resfriamento e desidratação, a
moagem também resulta em uma maior uniformidade do tamanho das partículas do
material, auxiliando na homogeneização ou na solubilização de produtos em pó
(BRUNATTO, 2017).

Assim, a operação de trituração deve considerar as características do material a


ser processado, bem como o tipo de equipamento utilizado. Em linhas gerais, os
principais equipamentos empregados para esta operação em alimentos sólidos são os
trituradores de rolos (Figuras 6 e 7) e os moinhos de martelo (Figuras 8 e 9), de disco
ou de bolas (Figura 10 e 11) (FELLOWS, 2006). Cada um dos equipamentos possui um
tipo de força principal no processamento e é específico para um grupo de produtos
(Tabela 3).
22

Figura 6: Triturador de rolos

Fonte: Máquinas Alimentícias (www.maquinasalimenticias.com.br)

Figura 7: Ilustração esquematizada do funcionamento de um moinho de rolos

Fonte: Fabrícia et al. (2000)

Figura 8: Moinho de martelos

Fonte: Moinhos Tigre (www.moinhostigre.com.br)


23

Figura 9: Ilustração esquematizada do funcionamento de um moinho de martelos

Fonte: Fabrícia et al. (2000)

Figura 10: Ilustração esquematizada do funcionamento de um moinho de bolas

Fonte: Fabrícia et al. (2000)


24

Figura 11: Moinho de bolas

Fonte: Soluções Industriais (www.solucoesindustriais.com.br)

Tabela 3: Moinhos empregados em alguns produtos e os tipos de força predominante

Tipo de equipamento Tipo(s) de força Produtos típicos


Açúcar, amido, cacau, noz
Moinho de disco e pino Impacto moscada, pimenta, nozes
tostadas, cravos
Alginatos, pimenta, pectina,
Moinho de pás Impacto e cisalhamento páprica, vegetais
desidratados
Leite em pó, lactose,
Moinho de disco Impacto e cisalhamento
cereais, soro desidratado
Extrato de café congelado,
materiais plásticos.
Moinho de disco dentado Cisalhamento Moagem grosseira de
centeio, milho, trigo, erva
doce, pimenta, zimbro
Ração para peixe, pectina,
Granulador por corte Impacto e cisalhamento frutas e hortaliças
desidratadas
Açúcar, mandioca,
hortaliças desidratadas,
Moinho de martelos Impacto ossos extraídos, leite
desidratado, temperos,
pimenta
Moinho de bolas Impacto e cisalhamento Corantes alimentícios
Cana-de-açúcar, trigo (rolos
Moinho de rolos Compressão e cisalhamento canelados), refinação de
chocolate (rolos lisos)

Fonte: Adaptado de Fellows (2006)


25

5.1.4 MISTURA

A etapa de mistura é uma operação unitária bastante empregada na indústria de


alimentos e sua eficiência está diretamente relacionada com o efeito reológico de cada
matéria-prima empregada na formulação do produto, bem como as características
físico-químicas de cada ingredientes que podem se alterar durante o processo. Além
do controle de tempo e temperatura, é fundamental que a velocidade de agitação seja
adequada. Dessa forma, o gasto de energia de um misturador varia de acordo com: a
natureza, a quantidade e a viscosidade dos alimentos no misturador; e a posição, o
tipo, a velocidade e o tamanho do rotor (Fellows, 2006).
A seleção do tipo e do tamanho ideal do misturador depende diretamente da
quantidade de alimento a ser misturado e da velocidade necessária de operação para
atingir o grau de mistura desejado (Fellows, 2006) e cada tipo de misturador possui
suas vantagens e limitações. Levando em consideração que a pasta de sementes em
questão se enquadra no tipo “líquido de alta viscosidade e massas”, os principais
equipamentos existente para a operação de mistura para esse tipo de alimento são os
agitadores verticais de múltiplas pás ou agitadores horizontais de eixo duplo como o
misturador em Z (ou sigma) (Figura 12), sendo que estes equipamentos gastam mais
energia em comparação aos verticais (Fellows, 2006).
Os equipamentos, portanto, são classificados de acordo com o tipo de alimento
a ser processado: pós secos ou sólidos particulados; líquidos de baixa ou média
viscosidade; líquidos de alta viscosidade e massas; e dispersões de pós em líquidos. A
Tabela 4 lista as principais vantagens e limitações dos agitadores utilizados para
alimentos líquidos.

Tabela 4: Vantagens e limitações de misturadores para produtos líquidos

Tipo de misturador Vantagens Limitações


Fluxo perpendicular fraco, alto
Bom fluxo radial e rotacional,
Agitador de pás risco de formação de vórtice a
barato
velocidade mais altas
Mais caro, maior necessidade
Agitador de múltiplas pás Fluxo bom nas três direções
de energia
Mais caro do que o agitador de
Agitador de hélices Fluxo bom nas três direções
pás
Caro e com risco de
Agitador de turbina Mistura muito boa
entupimento

Fonte: Fellows (2006)


26

Figuras 12: Misturador em Z (ou sigma).

Fonte: Aluminox (www.aluminoxmontagem.com.br)

O principal objetivo desta etapa na fabricação da pasta de sementes em questão


é incorporar os demais ingredientes à pasta base elaborada na etapa de moagem,
mantendo os componentes da formulação dispersos uniformemente, antes de envasar
nas embalagens de vidro. Segundo Fellows (2006), os misturadores indicados para
líquidos de alta viscosidade e pastas são os agitadores verticais, de menor velocidade
de rotação.

5.1.5 ENVASE

O correto envase ou enchimento do produto nas embalagens é importante para


atender a legislação quanto ao controle de peso e para garantir que o consumidor
adquira, no mínimo, o peso declarado no rótulo. Além disso, um envase efetivo é
essencial para evitar “perdas” pelo enchimento de excesso de produto (Fellows, 2006).

5.1.6 PASTEURIZAÇÃO

A pasteurização é um tratamento térmico cujas temperaturas empregadas não


ultrapassam 100 °C. O principal objetivo desta operação é eliminação de
microrganismos termossensíveis, principalmente os patogênicos, além da destruição
de deteriorantes e da inativação de enzimas. Este processo costuma ser realizado
através do uso de vapor e/ou água quente (FELLOWS, 2006).
O processo de pasteurização pode ser realizado de duas maneiras: rápida,
temperatura alta e tempo curto (HTST), usando-se temperaturas superiores a 70°C por
27

alguns segundos; e de maneira lenta, temperatura baixa e tempo longo (LTLT), com
temperaturas que podem variar de 58°C a 70°C por alguns minutos (PEREDA, 2007).
As Figura 13, 14 e 15 ilustram alguns tipos de equipamentos que são
frequentemente utilizados na indústria de alimentos para o processo de pasteurização.
Pasteurizadores com trocador de calor de placas ou do tipo tubular são utilizados para
tratamento térmico nos alimentos líquidos antes do envase asséptico.

Figura 13: Pasteurizador com trocador de calor de placas.

Fonte: Direct Industry (www.directindustry.com)

Figura 14: Esquematização de um trocador de calor de placas.

Fonte: Almathi (www.almathi.com.br)


28

Figura 15: Pasteurizador com trocador de calor do tipo tubular.

Fonte: Padroniza Indústria Brasileira de Pasteurizadores.


(www.padroniza.com.br)

6 EQUIPAMENTOS

Levando em consideração as operações unitárias detalhadas no item anterior e


a quantidade de produção estimada, os equipamentos que serão utilizados para a
fabricação das pastas de sementes estão descritos a partir do item 6.1. Além dos
equipamentos mencionados para a realização das operações unitárias principais,
outras máquinas e utensílios serão imprescindíveis para o processo de fabricação da
pasta de sementes. Higienizador de vidros e tampadora são os equipamentos que
também serão implementados para a produção das pastas de sementes. Em linhas
gerais, os utensílios serão de suporte para os equipamentos, entre eles citam-se as
esteiras transportadoras, os carrinhos e os baldes de transporte.

6.1 Moinho Coloidal

Levando em consideração os equipamentos existentes e as possibilidades para


a operação de moagem na nova linha de produtos do presente projeto, além da
capacidade produtiva dos equipamentos, a operação de trituração/moagem das
sementes para a obtenção do produto descrito será realizada através de um moinho do
tipo coloidal (Figura 16). O moinho coloidal é um moinho de disco com uma abertura
pequena entre um disco estacionário e um disco rotatório vertical que gira de 3000 a
15000 rpm (Fellows, 2006).
29

Figura 16: Moinho coloidal vertical

Fonte: KINGPAK (www.alibaba.com)

O equipamento projetado para o presente projeto possui capacidade de


processar entre 100 e 200 kg de produto por hora e a velocidade do rotor é de até 2800
rpm. Além disso, o moinho possui uma moega/tremonha com volume de 8,4 L. Esse
tipo de moinho é comumente empregado para produção de pastas de amendoim, cujo
princípio de produção se assemelha ao da pasta de sementes.

6.2 Misturador

O misturador projetado para o presente projeto será o representado na Figura


17, com capacidade para 1000 L do produto e o impulsor que será utilizado é o do tipo
âncora de fluxo radial, que é indicado para fluidos viscosos e promove uma melhor
raspagem das paredes internas do equipamento (Figura 18).

Figura 17: Misturador vertical

Fonte: YIZE (www.alibaba.com)


30

Figura 18: Impulsor do tipo âncora

Fonte: National Oilwell Varco (www.directindustry.com)

6.3 Envasadora

Para o envase da pasta nas embalagens de vidro, será utilizado uma


envasadora constituída de dois bicos dosadores e uma esteira de condução automática
(Figura 19). O equipamento possui capacidade de envase de 12 a 48 potes por minuto
em volumes que podem variar de 5 a 5000 mL.

Figura 19: Envasadora com dois bicos de saída

YIZE (www.alibaba.com)

6.4 Pasteurizador

O pasteurizador escolhido para atender a produção das pastas de sementes


possibilita a operação em temperaturas e tempos que podem ser ajustados de acordo
com a necessidade, 80 a 98 ºC e 25 a 35 minutos, respectivamente. No caso do
presente projeto, como o produto será pasteurizado na embalagem, o pasteurizador
31

que será utilizado é o do tipo túnel horizontal (Figura 20), em que as pastas envasadas
em vidros passarão pelo equipamento onde ocorre imersão em água a temperatura
controlada por um tempo determinado.

Figura 20: Pasteurizador do tipo túnel com imersão das embalagens em água quente

Fonte: LEADWORLD (site: alibaba.com)

6.5 Rotuladora e datadora

Para a etapa de rotulagem e impressão da data de validade e lote, o


equipamento que será utilizado realizará ambas as funções e está ilustrado na Figura
21. Segundo informações do fabricante, o equipamento pode ser utilizado para vários
tipos de embalagens e possui capacidade de operar de 30 a 200 unidades por minuto,
parâmetro que dependerá do diâmetro do vidro.
O rótulo em questão será acoplado à rotuladora em bobinas e é do tipo adesivo
em filme de material polipropileno biorientado (BOPP) metalizado (Figura 22), que
possui bom desempenho na impressão, ótima resistência mecânica e boa estabilidade
frente a uma ampla faixa de temperatura (PROMTEC, 2019). Além disso, o BOPP é
resistente à umidade e isso é importante para proteção do rótulo no produto em
questão pois depois de aberto, o consumidor deverá armazená-lo sob refrigeração, que
por ventura pode ocorrer condensação da umidade do ar na superfície da embalagem
durante o consumo.
32

Figura 21: Rotuladora e datadora

Fonte: SKILT (www.alibaba.com)

Figura 22: Rótulo de filme BOPP metalizado

Fonte: Promtec (2019)

6.6 Higienizador de vidros

Para a higienização dos vidros que servirão de embalagem para o produto final,
será utilizado um higienizador de embalagens do tipo representado pelas Figuras 23
(A, B e C). Esse equipamento promove uma higienização por injeção de vapor em
pressão e temperatura consideráveis em um processo rápido através de um sistema
automático que empurra os vidros e possibilita regulagem para diferentes tamanhos de
embalagem.

(A)

(B) (C)
33

Figura 23: Higienizador de vidros. Em (A) está representado o equipamento


como um todo, em (B) ilustra os vidros entrando no sistema de injeção de vapor
e (C) a esteira acoplada que move os vidros.

Fonte: Usimaq (www.usimaq.com)

6.7 Tampadora

Depois de envasada em potes de vidro, cada unidade do produto passará pela


tampadora (Figura 24), que fará de forma precisa a colocação da tampa com a melhor
vedação possível. Este equipamento possui capacidade de operar tampas de
diâmetros entre 20 e 200 mm e em uma velocidade de 30 a 50 vidros por minuto.

Figura 24: Máquina tampadora, em que na esquerda está representado o repositório de tampas com o
condutor das mesmas acoplado, e na direita está o equipamento como um todo

YIZE (www.alibaba.com)

6.8 Esteiras Transportadoras

Para transporte dos vidros até o higienizador de embalagens, e deste para a


envasadora, seguido da tampadora, do pasteurizador e por fim da rotuladora e
datadora, serão utilizadas esteiras transportadoras (Figura 25). Elas possuem base de
aço inoxidável e são capazes de operar a uma velocidade de 0 a 28 metros por minuto.
34

Figura 25: Esteira transportadora de embalagens

Fonte: GZHMD (www.alibaba.com)

6.9 Carrinhos de Transporte

Para o carregamento dos baldes de matéria-prima da sala de dosimetria até os


moinhos e até o misturador, bem como carregamento de baldes do misturador até a
envasadora, serão utilizados carrinhos de transporte (Figura 21). Os carrinhos são para
uso em plataformas, suportam cargas de até 600 Kg e são feitos de aço carbono com
acabamento metálico que resiste à corrosão.

Figura 11: Carrinho de plataforma para transporte de baldes

Fonte: Ferramentas Kennedy (www.ferramentaskennedy.com.br)

6.10 Baldes de Transporte


35

A matéria-prima que sai da dosimetria será transportada por baldes de 20 litros,


de cor branca e produzido com material atóxico, termoplástico, com fechamento
hermético, resistente ao impacto e empilhamento (Figura 22). Os baldes também serão
utilizados para realizar a transferência do produto triturado para o misturador.

Figura 22: Balde termoplástico para transporte de matéria-prima

Fonte: NAIRAPACK (www.magazineluiza.com.br)

7 ORÇAMENTO

Os recursos destinados para viabilização do projeto provêm da própria empresa,


sendo de um fundo para desenvolvimento e crescimento da mesma e disponível para
uso imediato. O valor disponibilizado é de R$ 263.012,48.
O projeto está orçado em R$ 240.336,99, incluindo custos de elaboração e
desenvolvimento, outros*, obras de adequação de espaço, equipamentos e utensílios
para a linha de produção, conforme o Quadro 1.

Quadro 1: Detalhamento de custos

Custos R$

Elaboração e desenvolvimento 8.100,00

Outros* 7.400,00

Obras de adequação de espaço 9.800,00

Equipamentos 215.036,99
36

Total 232.036,99

*Identidade visual, material promocional e regularizações.

7.1 Custos de elaboração e desenvolvimento

A elaboração e desenvolvimento do presente projeto pela equipe está orçada R$


8.100,00, que compreende 135 horas de trabalho ao valor de R$ 60. A equipe irá
acompanhar a implantação e implementação do projeto.
Foi destinado um valor de R$ 7.400,00 para serviços como a criação da
identidade visual, material promocional e regularização da nova linha de pasta de
sementes.

7.2 Obras de adequação de espaço

As obras de adequação (redes elétrica e hidráulica adequadas, pontos de


higienização de mãos, patamares e pintura) estão estimadas em R$ 9.800,00, já
considerando os custos com a mão de obra. As obras serão realizadas no período de
férias coletivas dos funcionários da produção para que não provoquem interferências
na linha de produção de granola.

7.3 Equipamentos para linha de produção

O Quadro 2 apresenta os equipamentos necessários para a linha de produção, a


quantidade e as especificações. O valor médio em reais foi calculado com base na
cotação do dólar (segundo o site InfoMoney.com.br) para o dia 23 de setembro de 2019
(R$ 4,15), sobre valor médio de equipamentos através do site www.alibaba.com.
37

Quadro 2: Custos de investimento em equipamentos

Quantid Marca / Valor médio Valor médio Valor médio


Equipamento
ade (un) modelo (USD) (un) (R$) (un) (R$) (total)

Higienizador de USIMAQ / 1.300,00


1 - 1.300,00
vidros US

KINGPAK /
Moinho coloidal 3 1000,00 4.150,00* 12.450,00*
JMC80

Misturador 1 YIZE 4000,00 16.600,00* 16.600,00*

Esteiras
5 GZHMD 200,00 830,00* 4.150,00*
transportadoras

Envasadora 1 YIZE 1500,00 6.225,00* 6.225,00*

Tampadora 1 JB / XG 6500,00 26.975,00* 26.975,00*

Rotuladora e 1 SKILT 8000,00 33.200,00* 33.200,00*


38

datadora

Carrinhos de
1 BUMAFER - 899,99 899,99
transporte

Baldes alimentícios
10 - - 28,00 280,00
para transporte

LEADWOR
Pasteurizador 1 25000,00 103.750,00* 103.750,00*
D

Mesa de
Manipulação em 1 - - 577,00 577,00
Inox 190x70

Envio 8.630,00

Total R$ 215.036,99

* Valores convertidos para reais com base na cotação do dólar para o dia 23 de
setembro de 2019 (R$ 4,15).
39

8 CRONOGRAMA

O projeto tem prazo de entrega de 6 meses, iniciando em setembro de 2019 seguirá o cronograma da Tabela 5.

Tabela 5: Cronograma da implementação da nova linha de produção da pasta de sementes na indústria de granola.
Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro
Elaboração do projeto x x x
Execução de documentação para exigências legais x x
Execução das obras de adequação das instalações x x
Compra do maquinário x
Instalação do layout x
Recebimento e instalação do maquinário,
x x
embalagens e matéria-prima
Início dos testes piloto x x
Operação da linha de produção x
40

9 LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL E LEIAUTE

A empresa está localizada no bairro Industrial na cidade de Cachoeirinha/RS em


uma rua pavimentada e atualmente consiste em um pavilhão de área aproximada de
240 m² de alvenaria, onde será reservada uma área de aproximadamente 60 m² para a
instalação da nova linha de produção da pasta de sementes. A Figura 23 demonstra a
distribuição das áreas já existentes e o local reservado para futura produção da pasta
de sementes, também pode-se observar na Figura 23 o fluxo de pessoas, matéria
prima, resíduos e do produto acabado.
As Figuras 24 e 25 ilustram, respectivamente, a disposição e as dimensões de
cada equipamento, bem como os níveis das plataformas que serão empregadas na
planta da nova linha de produção.
41

Figura 23: Planta da fábrica de granolas e pastas de sementes Acevitta.

Fonte: Os autores.
42

Figura 24: Leiaute da nova linha para a produção das pastas de sementes.

Fonte: Os autores.
43

Figura 25: Vista em perspectiva da nova linha de produção com as dimensões das plataformas e dos
equipamentos.

Fonte: Os autores.
44

10 FLUXOGRAMA DE PROCESSO E BALANÇO DE MASSA

Levando em consideração uma produção semanal de 6 horas e um total de 850


kg de pasta produzida em duas bateladas de 425 kg, o fluxo do processo está
representado nos itens 10.1 com o balanço de massa por batelada. As descrições de
cada etapa, bem como as perdas consideradas em cada uma delas, estão em
sequência no item 11 deste projeto.

10.1 Balanço de Massa

Em linhas gerais, considerando o somatório total das perdas em cada etapa da


produção, a entrada estimada de matéria-prima é de 436,05 Kg para a produção de
aproximadamente 425 Kg de pasta de sementes, totalizando um percentual de 2,53%
como perda do processo, equivalente a 11,05 Kg (Figura 26).
Cabe ressaltar que não foram consideradas nos cálculos as perdas nas etapas
de recebimento de matéria-prima e estocagem, uma vez que serão adotadas medidas
como “primeiro que vence, primeiro que sai” (PVPS) para garantir que todo o insumo
comprado será utilizado na produção antes do fim do prazo de validade.
Além disso, embora consideradas no balanço de massa, serão mínimas as
perdas pelo reprocesso da pasta considerada fora dos parâmetros de qualidade
estabelecidos pela empresa (textura, pH). Nesses casos, os lotes serão reprocessados,
com adição de no máximo 3% no misturador, sob o peso do produto final (percentual
estabelecido por padrões internos da empresa), com uma perda de 0,5% do produto
que fica retido nos baldes e utensílios.
45

Legenda:
Setas azuis: Fluxo da
pasta em kg de uma etapa
à outra;
Setas verdes: Entrada de
matéria-prima;
Setas vermelhas: Perdas
do processo;
Seta lilás: Quantidade final
do produto por batelada;
Seta laranja: Eventual
reprocesso da pasta.

Figura 26: Fluxograma com balanço de massa do processamento da pasta de sementes.

Fonte: Os autores.
46

10.2 Capacidade Produtiva

A Figura 27 detalha o fluxo que será adotado para cada etapa, por batelada,
visando atender o volume de produção estimada, garantindo que os equipamentos
escolhidos para a fabricação das pastas de sementes tenham a devida capacidade
para tornar a produção diária viável. O tempo total do processamento para a realização
das duas bateladas está estimado em 5 horas. Vale ressaltar que algumas etapas
serão realizadas simultaneamente, como o envase e o fechamento das embalagens.
47

Legenda:
Verde: Capacidade de
operação de cada
equipamento;
Azul: Fluxo/capacidade
que será adotado em cada
etapa;
Lilás: Tempo de operação
de cada etapa.

*Valor baseado na densidade do produto estimada em 0,504 kg/L calculada a partir de dados da
densidade de cada ingrediente da formulação;
**Velocidade da esteira do pasteurizador será ajustada conforme o tempo necessário para a imersão do
produto em água a uma determinada temperatura.

Figura 27: Fluxograma com a capacidade produtiva de cada equipamento.

Fonte: Os autores.
48

11 DESCRIÇÃO DO PROCESSO

11.1 Pesagem

A etapa de pesagem dos insumos e ingredientes para a produção das pastas de


sementes será realizada na sala de dosimetria, setor já instalado na empresa para a
produção das granolas.
O sistema simples de pré-pesagem será adotado a fim se ter uma redução de
desperdício de insumos, que consiste na pesagem individual dos ingredientes
utilizados, seguida da etiquetação com a identificação do produto e data de validade e
pesagem (Sebrae, 2017). Dessa forma, o setor de produção na nova linha receberá da
dosimetria as quantidades exatas para a fabricação do produto no dia de produção.
Na Pesagem 1 do fluxograma geral apresentado anteriormente, serão pesadas
as sementes de girassol e de abóbora, nas devidas proporções da formulação, sendo
elas dispostas em baldes de capacidade de 20 L. Após essa pesagem, os baldes serão
encaminhados até os moinhos pelos operadores, através de um carrinho transportador.
Para que os baldes cheguem na plataforma sem a necessidade de carregamento pelos
operadores, eles serão dispostos em uma esteira/rampa transportadora. Na Pesagem
2, ocorrerá a pesagem do restante dos ingredientes que não passarão pelos moinhos
(sal, extrato de tomate e manjericão em pó) e estes também serão dispostos em baldes
e encaminhados até o misturador através de carrinho transportador; por consistir em
menores volumes, os baldes desta pesagem serão erguidos pelos operadores na
plataforma do misturador.
As perdas de 0,06% consideradas na etapa de pesagem são referentes à maior
chance do extrato de tomate que, devido às suas características físicas, ficar retido nos
utensílios e recipientes. Além disso, durante a pesagem dos ingredientes sólidos como
as sementes, o sal e o manjericão em pó podem ocorrer perdas por queda da
embalagem.
49

11.2 Trituração

Na etapa de cominuição nos moinhos coloidais, os moinhos serão abastecidos


manualmente pela parte superior dos mesmos com as sementes contidas nos baldes,
de modo a respeitar a capacidade produtiva dos equipamentos. Com isso, os moinhos
triturarão as sementes, e estas vão liberar o conteúdo lipídico que dará a consistência
pastosa. À medida que os moinhos vão formando a pasta de semente, esta será
disposta em baldes para posterior entrada ao misturador, que estará em uma
plataforma de nível (altura) mais baixo. Dessa forma, os operadores não precisarão
erguer os baldes, somente despejar o conteúdo para a abertura do misturador.
A perda de 1,0% considerada nesta etapa é relacionada à encrostação da pasta
na saída do moinho e à deposição de sementes no interior do equipamento que, por
eventualidade, poderá não ser moída.

11.3 Mistura

A etapa de mistura vai misturar e homogeneizar os ingredientes oriundos da


Pesagem 2 com a “pasta base” formada na etapa de trituração. Para isso, os
ingredientes serão dispostos no misturador pelos operadores, seguindo a seguinte
ordem: pasta base; extrato de tomate; sal; manjericão em pó. A mistura ocorrerá em
velocidade moderada, respeitando a capacidade do rotor. Além disso, para evitar
desperdícios, a correta disposição dos ingredientes no misturador requer uma boa
raspagem dos baldes com auxílio de espátula.
Antes do envase, uma amostra será retirada para leitura do pH. Caso este
estiver acima de 4,5, ácido cítrico será adicionado. A perda de 0,5% considerada nessa
etapa, portanto, é referente ao conteúdo retirado para leitura do pH e à quantidade de
pasta que ficará retida no agitador e nas paredes internas do misturador.
O produto misturado nesta etapa será retirado pela abertura inferior do
equipamento, que permite a abertura e o fechamento manual por meio de válvula, em
que o conteúdo sai por ação da gravidade. O misturador estará em uma plataforma de
nível maior, permitindo a saída do produto direto para a cuba da envasadora, que será
preenchida de acordo com a capacidade volumétrica da mesma, com controle manual
por um operador na válvula de saída do misturador.
50

12.4 Envase e Fechamento da Embalagem

Na envasadora, a pasta elaborada será disposta por um operador na parte


superior do equipamento, respeitando a capacidade do mesmo. Em paralelo, dois
operadores estarão acomodando os vidros na esteira acoplada ao equipamento e à
medida que os vidros vão sendo enchidos, estes seguem para o fechamento
(colocação das tampas metálicas) pela tampadora e, na sequência, seguem para o
tratamento térmico através de esteiras transportadoras.

11.4 Pasteurização

Os vidros entrarão no pasteurizador através de esteiras condutoras acopladas


ao equipamento. Nessa etapa, um operador ficará responsável por observar e
acomodar os vidros que se viram ou trancam o fluxo. Tendo em vista uma
pasteurização lenta, o tempo de permanência do produto nesta etapa é estimado em
30 minutos a uma temperatura de 80 ºC. Ambos os parâmetros serão avaliados e
determinados de acordo com testes microbiológicos prévios.
Após pasteurizadas, as unidades de pasta de sementes seguirão para a
rotuladora, conduzidas por esteira em velocidade adequada, de modo a proporcionar a
secagem das embalagens, visto que elas sairão molhadas do pasteurizador. A
secagem ocorrerá de forma espontânea, uma vez que a temperatura do vidro estará
alta.
As perdas de 0,11% consideradas nesta etapa são em relação à possíveis
quebras dos vidros durante o processo térmico.

11.5 Rotulagem e Datação

Nessa etapa ocorre a impressão da data de validade e do lote nos rótulos, além
da rotulagem dos vidros de pasta de sementes, ambas funções realizadas pelo mesmo
equipamento. Uma parte do equipamento realiza a impressão no rótulo da data de
validade e lote previamente programado pelo operador, enquanto outra parte da
rotuladora realiza a colagem dos rótulos nos vidros. Em sequência, os vidros serão
dispostos manualmente nas embalagens secundárias pelos operadores.
51

Os rótulos serão comprados impressos em adesivos dispostos em bobinas e o


equipamento de rotulagem e datação realiza a impressão somente da data de validade.
Tendo em vista possíveis quebras dos vidros, considerou-se um percentual de
0,11% como perda dessa etapa do processo.

11.6 Embalagem secundária

As montagens das caixas de papelão bem como a colocação e disposição das


embalagens de vidro serão realizadas manualmente pelos operadores. Cada caixa
conterá 12 unidades de produto e elas serão seladas com aplicador manual de fita
adesiva. Em seguida, as caixas serão transportadas com carrinho transportador até o
local de armazenamento. Também se considerou nessa etapa uma perda de 0,11% em
decorrência de eventuais quebras de embalagem.

11.7 Armazenamento

As caixas de papelão contendo os vidros serão manualmente empilhados de


forma organizada e agrupados por lotes sob paletes, armazenados na sala de
armazenamento de produto pronto, aguardando a expedição e o transporte.

11.8 Expedição

Conforme a demanda dos clientes, as caixas serão dispostas pelos operadores


em caminhão próprio da empresa, específico para esta finalidade.

12 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

O quadro funcional da indústria é composto por 2 sócios proprietários que


recebem pró-labore e 8 funcionários contratados em regime de CLT com carga horária
de 44 horas semanais. Nos funcionários contratados 5 trabalham exclusivamente na
produção de granolas que, após iniciada a produção da pasta de semente, ocorrerá em
4 dias da semana para que 1 dia fique destinado para produção da pasta,
possibilitando assim que os mesmos funcionários trabalhem na produção de granola e
na nova linha de produção, evitando a contratação de novos funcionários. Na Tabela 6
52

estão listados os cargos com suas respectivas funções exercidas e quantidade de


funcionários em cada função e a Figura 28 demonstra o organograma da empresa.

Tabela 6: Quadro funcional e suas atribuições.

Quant. Cargo Setor Função exercida

Sócio Diretor - Comercial


1 Administrativo
Administrativo - Financeiro

- P&D
- Rotulagem
Sócio Diretor de - Legislações (BPF/APPCC)
1 Qualidade
Qualidade - Rastreabilidade
- Treinamentos
- Seleção de fornecedores

- Telefone
1 Secretária Administrativo - Recebimento de Pedidos
- Documentação e arquivos

- Limpeza de toda área da fábrica


1 Auxiliar de Limpeza Limpeza
(produção e administrativo)

- Controle de estoque
- Solicitação de matéria prima junto aos
1 Gerente de Produção Produção fornecedores
- Recebimento de mercadoria
-Controle de produção

- Pesagem da matéria prima


1 Auxiliar de produção I Produção
- Limpeza dos utensílios

4 Auxiliar de produção II Produção - Operar maquinário

Fonte: Autores, 2019


53

Figura 28: Organograma da empresa.

Fonte: Autores, 2019


Destaca-se que a quantidade de 4 auxiliares de produção é suficiente, pois a
produção se dará em 2 etapas. A primeira consiste na moagem e na mistura dos
ingredientes, e a segunda na linha de produção, que vai do envase até a expedição e
higienização do maquinário.
Os serviços de vigilância, serviços de contadoria, Segurança e Saúde no
Trabalho, manutenção preventiva e/ou corretiva dos maquinários e controle de pragas
são prestados por empresas especializadas que possuem contratos anuais com
pagamentos mensais. Eventualmente também são contratadas prestadoras de serviços
para realização serviços pontuais, como limpeza de caixa d'água, calibração do
maquinário e futuras certificações.

13 SELEÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES

A seleção de fornecedores passa por pontos fundamentais como o interesse


mútuo entre empresa e fornecedor e capacidade produtiva. Além disso, serão
observados localização, tempo de entrega, histórico de parcerias com outras
empresas, histórico de mídia, validade de alvarás, preço e condições de pagamento. O
preço é um requisito importante, mas deve estar relacionado com a segurança do
alimento.
Para Viana e Alencar (2012) o desempenho dos fornecedores é de grande
relevância na qualidade dos produtos elaborados pelo seu contratante. Eles também
ressaltam a importância de escolher fornecedores que reúnam as características
necessárias para que se estabeleça parceria, aprimorando a redução dos custos
(VIANA; ALENCAR, 2012).
Possíveis fornecedores, primeiramente, serão selecionados via pesquisa na
internet, consulta aos fornecedores já cadastrados para a linha produtiva de granola da
fábrica, consulta à especialistas da área de alimentos e consulta a outras empresas.
Após os possíveis fornecedores serão contatados para solicitação de visita técnica por
um profissional da área de alimentos, visando a verificação das condições estruturais,
produtivas e documentais. Serão avaliados as revisões e versões da documentação
apresentada, especialmente Alvará Sanitário, manuais de Boas Práticas,
54

Procedimentos Operacionais Padronizados e plano APPCC, bem como a existência de


controle através de rastreabilidade que garanta origem e processamento do produto
(GAMA, 2014). Não sendo possível a visita in loco, um auditor terceiro, com formação
adequada em tecnologia, engenharia ou afins da área de alimentos, poderá ser
contratado para realizar a visita (se a empresa candidata a fornecedora for de outra
localidade que justifique o contrato de terceiro). Caso algum fornecedor não se
enquadre nas exigências acima descritas e, se houver interesse mútuo, este pode
receber um prazo para adequação, inclusive para receber treinamento da empresa.
Será designado um fornecedor principal para cada ingrediente presente no
produto e, preferencialmente, dois fornecedores alternativos. A partir dos critérios
acima citados (localização, tempo de entrega, histórico de parcerias com outras
empresas, histórico de mídia, validade de alvarás, preço e condições de pagamento),
os fornecedores serão cadastrados e ranqueados, sendo o fornecedor principal aquele
que aliar melhor os itens observados durante a seleção, o primeiro (1°) do ranking e
assim sucessivamente, para cada respectivo ingrediente.
As matérias-primas sementes de girassol e de abóbora sem casca e torrada
serão fornecidas pela Zona Cerealista Online LTDA de São Paulo (SP), Vida em Grãos
Inc. de São Paulo (SP) ou Uniagro Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios Ltda
de Porto Alegre (RS).
Os fornecedores de extrato de tomate testados e aprovados são: Heinz Brasil
S.A (nome fantasia Quero), Kraftheinz Company (nome fantasia Heinz) e Cargill Inc.
(nome fantasia Elefante).
Sal poderá ser comprado das empresas Refinaria Nacional de Sal S.A (nome
fantasia Sal Cisne) ou Romani S.A (nome fantasia Sal Diana). O manjericão em pó
será adquirido da General Mills (nome fantasia Kitano) ou Chelli Alimentos.

14 INVESTIMENTO E CUSTOS OPERACIONAIS

Os custos fixos mensais para a produção das pastas de sementes estão


expressos na Tabela 7. Considerou-se apenas manutenção do site para divulgação e
acréscimo de informações referente ao novo produto.
55

Tabela 7: Custos fixos mensais


Energia elétrica R$ 648,57
Água R$ 400,00
Manutenção do site R$ 450,00
Telefone e internet R$ 300,00
Material de Escritório R$ 200,00
TOTAL R$ 1.998,57
Valor pote 200 g R$ 0,12
Valor para 1 kg R$ 0,59
Valor anual R$ 23.982,80

Fonte: Autores, 2019

Alguns fatores não foram considerados na análise de custo fixo, visto que o
projeto é voltado para implantação de uma nova linha de produtos. Dessa forma, os
valores de aluguel, hospedagem/criação do site, custo com pessoal (salário e pró-
labore) e contador, não sofrerão impacto significativo com a nova linha. Na Tabela 8
encontram-se os valores gastos com energia elétrica de cada maquinário e luminárias
para que se possa estimar o gasto mensal de energia elétrica.

Tabela 8: Cálculo dos valores mensais gastos em energia elétrica pelos equipamentos.
Custos Energia Elétrica Linha Pasta de Sementes
Valor do kWh* R$ 1,20
Consumo horas
Maquinário Quant Total
(kW) mês
R$
Moinho coloidal 3 4,2 16
241,92
Tampadora 1 1,5 20 R$ 36,00
Misturador 1 3,5 20 R$ 84,00
Rotuladora e
1 2 20 R$ 48,00
datadora
Pasteurizador 1 3,5 20 R$ 84,00
Envasadora 1 2,15 20 R$ 51,60
Higienizador de
1 3,9 20 R$ 93,60
vidros
Esteira
4 0,06 20 R$ 5,76
transportadora
56

Lâmpadas 12 0,008 32 R$ 3,69


R$
TOTAL
648,57
*Valor já inclui impostos (ICMS de 30% e PIS/Cofins médio de 5%)

Fonte: Autores, 2019

Os custos com matéria-prima para a produção do novo produto da empresa


estão descritos na Tabela 9, com os valores por Kg sendo a média de valores
informados pelos prováveis fornecedores listados anteriormente e de valores
encontrados em pesquisas no mercado.

Tabela 9: Custos de matéria-prima para produzir 1 kg de pasta.


Custo matéria para produzir 1 kg de pasta
Insumo Valor Kg % Valor no produto
Pepita Girassol R$ 10,00 50,5 R$ 5,05
Semente de Abóbora R$ 27,50 34,5 R$ 9,49
Extrato de tomate R$ 2,02 11,0 R$ 0,22
Manjericão seco R$ 17,80 3,0 R$ 0,53
Sal R$ 2,85 1,0 R$ 0,03
TOTAL R$ 15,32
Custo pote 200g R$ 3,06

Fonte: Autores, 2019

Os custos variáveis mensais estão listados na tabela 10. Os cálculos foram


estimados para uma produção de 17.000 vidros por mês. Também foram listados os
valores variáveis estimados para produção de 1 pote de 200 g, esta informação é
necessária para posterior cálculo do Fluxo de Caixa Operacional (FCO) em diferentes
cenários.

Tabela 10: Custos variáveis para produção de 3.400 kg/mês (17.000 unidades de 200
g).
Valor Descrição Valor
Valor 1 kg pasta R$ 15,32 Matéria prima R$ 52.095,48
Valor venda pote Imposto
R$ 12,87 R$ 26.254,80
200 g (12% valor venda)
Valor unitário vidro Embalagem
R$ 1,39 R$ 23.630,00
(17.000 unid.)
Valor unitário rótulo Rotulo
R$ 0,04 R$ 629,00
(17.000 unid.)
57

TOTAL R$ 102.609,28
Custo pote 200g R$ 6,04

Fonte: Autores, 2019

14.1 Custo do produto e preço de venda


Tabela 11: Custo do produto
Valor produção para pote 200g Faturamento mensal
Custo variável R$ 6,04 Produção de embalagens mês 17.000
Custo fixo R$ 0,12 Valor venda R$ 12,87
Lucro R$ 6,72
Faturamento mensal R$ 218.790,00
TOTAL R$ 6,15 Total Lucro R$ 114.182,15

14.2 Investimento inicial

No Quadro 3, encontram-se discriminados os itens e valores necessários para


iniciar a nova linha de produção de pastas de sementes. Para o cálculo do valor do
investimento inicial não foram considerados os custos da elaboração deste projeto. A
estimativa do investimento inicial será utilizada para futuros cálculos de viabilidade
econômica possibilitando analisar seus índices e verificar se a implantação da nova
linha é viável.
Quadro 3: Itens e valores para a nova linha de produção.
Custo material operacional
Quant. Maquinário Valor unitário Valor Total
1 Higienizador de vidros R$ 1.300,00 R$ 1.300,00
3 Moinho coloidal R$ 4.150,00 R$ 12.450,00
1 Misturador R$ 16.600,00 R$ 16.600,00
5 Esteira transportadora R$ 830,00 R$ 4.150,00
1 Envasadora R$ 6.225,00 R$ 6.225,00
1 Tampadora R$ 26.975,00 R$ 26.975,00
1 Rotuladora e datadora R$ 33.200,00 R$ 33.200,00
1 Carrinhos de transporte R$ 899,99 R$ 899,99
10 Baldes alimentícios para transporte R$ 28,00 R$ 280,00
1 Pasteurizador R$ 103.750,00 R$ 103.750,00
1 Mesa de Manipulação R$ 577,00 R$ 577,00
TOTAL parcial R$ 206.406,99
Gastos diversos
Gasto Valor
Obras R$ 9.800,00
Identidade visual R$ 3.600,00
Material promocional R$ 1.400,00
Regularização R$ 2.400,00
58

Transporte maquinário R$ 8.630,00


TOTAL PARCIAL R$ 25.830,00
TOTAL investimento inicial R$ 232.236,99

Fonte: Autores, 2019


15 ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA

15.1 Projeção do Fluxo de Caixa e Cálculos de Indicadores

A média de venda mensal por ano é uma estimativa importante para cálculos de
fluxo de caixa e indicadores como VPL, TIR e Payback. Ela deve ser o mais próxima
possível da realidade e para isso foi levado em consideração um aumento gradual nas
vendas conforme demostrado na Tabela 12. Estima-se este aumento, conforme já
citado anteriormente, a análise de mercado em que demostra uma demanda maior por
produtos vegetarianos e com apelo pela saudabilidade. Outro fator que também deve
ser levado em conta é o fato da marca se tornar conhecida no mercado aumentando
seu público consumidor gradativamente.

Tabela 12: Projeção de vendas.


CENÁRIO REALISTA
Custo
Média venda Valor venda Faturamento Total custo
Ano variável*
mensal (pote 200g) Anual variável anual
Unitário
1 6.000 R$ 12,87 R$ 926.640,00 R$ 6,04 R$ 434.880,00
2 8.000 R$ 12,87 R$ 1.235.520,00 R$ 6,16 R$ 591.436,80
3 12.000 R$ 12,98 R$ 1.869.120,00 R$ 6,28 R$ 904.898,30
4 14.000 R$ 12,98 R$ 2.180.640,00 R$ 6,41 R$ 1.076.828,98
5 17.000 R$ 13,09 R$ 2.670.360,00 R$ 6,54 R$ 1.333.729,61
* foi estimado um aumento de 2% nos custos variáveis por ano

Fonte: Autores, 2019

Além disso, considerou-se uma perda anual do faturamento da linha de granola,


visto que ela deixará de ser produzida nos dias de produção da pasta de sementes.
Tabela 13: Cálculo perda de faturamento anual da linha de granola
Cálculo perda de faturamento granola
Faturamento Anual Perda com diminuição de
Ano
Granola produção
1 R$1.300.000,00 R$260.000,00
59

2 R$1.365.000,00 R$273.000,00
3 R$1.433.250,00 R$286.650,00
4 R$1.504.912,50 R$300.982,50
5 R$1.580.158,13 R$316.031,63

Fonte: Autores, 2019


No fluxo de caixa operacional dos 5 primeiros anos de produção demostrado na
Tabela 14 foram utilizadas as informações estimadas e calculas anteriormente para um
cenário o mais realista possível. Foi subtraído do valor do faturamento os custos fixos,
custos variáveis e foi considerado a depreciação para máquinas e equipamentos com
uma taxa de 10% disponível no site da receita federal. Obtendo-se o lucro operacional
e sore ele foi calculado o desconto de imposto de renda com uma taxa de 20%, o
imposto de renda foi descontado do lucro operacional obtendo-se o lucro Líquido no
qual somou-se a depreciação subtraída anteriormente. Por último foi subtraído o valor
representado pela diminuição da produção de granola, obtendo-se o Fluxo de Caixa
Operacional (FCO).

Tabela 14: Fluxo de caixa para 5 anos.

Fluxo de Caixa Operacional (R$)

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Faturamento 926.640,00 1.235.520,00 1.869.120,00 2.180.640,00 2.670.360,00

Custos Fixos (-)* -23.982,80 -25.181,94 - 26.441,04 27.763,09 -29.151,24

Custos Variáveis (-) -434.880,00 -591.436,80 -904.898,30 -1.076.828,98 -1.333.729,61

Depreciação (-) -17.829,63 -17.829,63 -18.052,50 -18.568,29 -19.496,70

Lucro Operacional (=) 449.947,57 601.071,63 919.728,16 1.057.479,64 1.287.982,45

Imposto de renda (-) -134.984,27 -180.321,49 -275.918,45 -317.243,89 -386.394,73

Lucro Líquido (=) 314.963,30 420.750,14 643.809,71 740.235,75 901.587,71

Depreciação (+) 17.829,63 17.829,63 18.052,50 18.568,29 19.496,70

FCO I 332.792,93 438.579,77 661.862,21 758.804,04 921.084,41

Perda Granola 260.000,00 273.000,00 286.650,00 300.982,50 316.031,63

FCO Final 72.792,93 165.579,77 375.212,21 457.821,54 605.052,79


* Foi considerado um aumento de 5% anual nos valores dos custos fixos

Fonte: Autores, 2019


60

Por fim podemos calcular os indicadores que se encontram expressos na Tabela


15. Com eles pode-se efetuar a análise da viabilidade econômica. Na análise de VPL
(Valor Presente Líquido) foi considerada uma taxa de 12%, assim como o valor de
investimento inicial e o FCO dos 5 primeiros anos. Se o valor de VPL for maior que 0
indica que o presente projeto é viável. Na análise da TIR espera-se obter um valor %
maior que a taxa de retorno requerida de 12% para que o projeto seja considerado
viável. Quanto a analise do ponto de Payback, ou seja, o tempo que o investimento
inicial demora para ser quitado e se inicia o retorno do capital investido, obtendo-se o
lucro real.

Tabela 15: Indicadores.


Taxa VPL TIR
12% R$ 874.401,58 82,09%
Payback
Ano Quanto falta
0 R$ 223.936,99
1 R$ 151.144,06
2 0,91
O investimento inicial se paga em 1,91 anos

Fonte: Autores, 2019

15.2 Análise de Sensibilidade

Para a análise de sensibilidade foi projetada uma venda 15% inferior à venda
esperada no cenário realista e calculado os novos índices de fluxo de caixa, Pay Back,
VPL e TIR com o objetivo de verificar a viabilidade da implementação da nova linha de
produção em outras realidades.

Tabela 16: Projeção de venda com redução de 15% nas vendas.


ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Custo
Média Valor venda Faturamento Total custo
Ano variável*
mensal (pote 200g) Anual variável anual
Unitário
1 5.100 R$ 12,87 R$ 787.644,00 R$ 6,04 R$ 369.648,00
2 6.800 R$ 12,87 R$ 1.050.192,00 R$ 6,16 R$ 502.721,28
61

3 10.200 R$ 12,98 R$ 1.588.752,00 R$ 6,28 R$ 769.163,56


4 11.900 R$ 12,98 R$ 1.853.544,00 R$ 6,41 R$ 915.304,63
5 14.450 R$ 13,09 R$ 2.269.806,00 R$ 6,54 R$ 1.133.670,17
* foi estimado um aumento de 2% nos custos variáveis por ano .

Fonte: Autores, 2019


Tabela 17: Fluxo de caixa para 5 anos com redução de 15% nas vendas.
Fluxo de Caixa Operacional (R$)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Faturamento 787.644,00 1.050.192,00 1.588.752,00 1.853.544,00 2.269.806,00
Custos Fixos (-)* -23.982,80 -25.181,94 -26.441,04 -27.763,09 -29.151,24
Custos Variáveis (-) -369.648,00 -502.721,28 -769.163,56 -915.304,63 -1.133.670,17
Depreciação (-) -17.829,63 -17.829,63 -18.052,50 -18.568,29 -19.496,70
Lucro Operacional (=) 376.183,57 504.459,15 775.094,91 891.907,99 1.087.487,89
Imposto de renda (-) -112.855,07 -151.337,75 -232.528,47 -267.572,40 -326.246,37
Lucro Líquido (=) 263.328,50 353.121,41 542.566,43 624.335,59 761.241,52
Depreciação (+) 17.829,63 17.829,63 18.052,50 18.568,29 19.496,70
FCO I 281.158,13 370.951,03 560.618,93 642.903,88 780.738,22
Perda Granola 260.000,00 273.000,00 286.650,00 300.982,50 316.031,63
FCO Final 21.158,13 97.951,03 273.968,93 341.921,38 464.706,60
* Foi considerado um aumento de 5% anual nos valores dos custos fixos

Fonte: Autores, 2019

Tabela 18: Indicadores com redução de 15% nas vendas.


Taxa VPL TIR
12% R$ 540.730,06 56,35%
Pay Back
Ano R$ 232.236,99
0 R$ 211.078,86
1 R$ 113.127,83
2 R$ 0,41
O investimento inicial se paga em 2,41 anos

Fonte: Autores, 2019

15.3 Análise de Cenários

15.3.1 CENÁRIO OTIMISTA

Para a análise de um cenário otimista foi projetado um aumento de 20% nos


valores de venda e nas quantidades de venda do produto. Para chegar o mais próximo
62

desta nova realidade também se estimou uma diminuição de 20% nos custos variáveis
em comparação ao esperado no cenário realista, projetando assim um cenário otimista.
Foram calculados os novos índices de fluxo de caixa, Pay Back, VPL e TIR com o
objetivo de comparar os vários cenários e agregar informação para a análise de
viabilidade da implementação da nova linha de produção.

Tabela 19: Projeção de venda em um cenário otimista.


CENÁRIO OTIMISTA
Valor
Custo
Média venda Faturamento Total custo
Ano variável*
mensal (pote Anual variável anual
Unitário
200g)
1 7.200 R$ 15,44 R$ 1.334.361,60 R$ 4,83 R$ 417.484,80
2 9.600 R$ 15,44 R$ 1.779.148,80 R$ 4,93 R$ 567.779,33
3 14.400 R$ 15,58 R$ 2.691.532,80 R$ 5,03 R$ 868.702,37
4 16.800 R$ 15,58 R$ 3.140.121,60 R$ 5,13 R$ 1.033.755,82
5 20.400 R$ 15,71 R$ 3.845.318,40 R$ 5,23 R$ 1.280.380,43
* foi estimado um aumento de 2% nos custos variáveis por ano .

Fonte: Autores, 2019

Tabela 20: Cálculo perda de faturamento granola anual em um cenário otimista.


Cálculo perda de faturamento granola
Faturamento Anual Perda com diminuição de
Ano
Granola produção
1 R$ 1.560.000,00 R$ 312.000,00
2 R$ 1.638.000,00 R$ 327.600,00
3 R$ 1.719.900,00 R$ 343.980,00
4 R$ 1.805.895,00 R$ 361.179,00
5 R$ 1.896.189,75 R$ 379.237,95

Fonte: Autores, 2019


63

Tabela 21: Fluxo de caixa para 5 anos em um cenário otimista.


Fluxo de Caixa Operacional (R$)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Faturamento 1.334.361,60 1.779.148,80 2.691.532,80 3.140.121,60 3.845.318,40
Custos Fixos (-)* -23.982,80 -25.181,94 -26.441,04 -27.763,09 -29.151,24
Custos Variáveis (-) -417.484,80 -567.779,33 -868.702,37 -1.033.755,82 -1.280.380,43
Depreciação (-) -17.829,63 -17.829,63 -18.052,50 -18.568,29 -19.496,70
Lucro Operacional (=) 875.064,37 1.168.357,90 1.778.336,89 2.060.034,40 2.516.290,03
Imposto de renda (-) -262.519,31 -350.507,37 -533.501,07 -618.010,32 -754.887,01
Lucro Líquido (=) 612.545,06 817.850,53 1.244.835,82 1.442.024,08 1.761.403,02
Depreciação (+) 17.829,63 17.829,63 18.052,50 18.568,29 19.496,70
FCO I 630.374,69 835.680,16 1.262.888,32 1.460.592,37 1.780.899,72
Perda Granola 312.000,00 327.600,00 343.980,00 361.179,00 379.237,95
FCO Final 318.374,69 508.080,16 918.908,32 1.099.413,37 1.401.661,77
* Foi considerado um aumento de 5% anual nos valores dos custos fixos

Fonte: Autores, 2019

Tabela 22: Indicadores em um cenário otimista.


Taxa VPL TIR
12% R$ 2.613.462,92 194,27%
Pay Back
Ano Quanto falta
0 R$ 223.936,99
2 R$ 0,70
O investimento inicial se paga em 0,70 anos

Fonte: Autores, 2019

15.3.2 CENÁRIO PESSIMISTA

Para a análise de um cenário pessimista foi projetado uma diminuição de 20%


nos valores de venda e nas quantidades de venda do produto. Para chegar o mais
próximo desta nova realidade também se estimou um aumento de 20% nos custos
variáveis em comparação ao esperado no cenário realista, projetando assim um
cenário pessimista. Foram calculados os novos índices de fluxo de caixa, Payback,
64

VPL e TIR com o objetivo de comparar os vários cenários e agregar informação para a
análise de viabilidade da implementação da nova linha de produção.

Tabela 23: Projeção de venda em um cenário pessimista.


CENÁRIO PESSIMISTA
Custo
Valor venda Faturamento Total custo variável
Ano Média mensal variável*
(pote 200g) Anual anual
Unitário
1 4.800 R$ 10,30 R$ 593.049,60 R$ 7,25 R$ 417.484,80
2 6.400 R$ 10,30 R$ 790.732,80 R$ 7,39 R$ 567.779,33
3 9.600 R$ 10,38 R$ 1.196.236,80 R$ 7,54 R$ 868.702,37
4 11.200 R$ 10,38 R$ 1.395.609,60 R$ 7,69 R$ 1.033.755,82
5 13.600 R$ 10,47 R$ 1.709.030,40 R$ 7,85 R$ 1.280.380,43
* foi estimado um aumento de 2% nos custos variáveis por ano .

Fonte: Autores, 2019

Tabela 24: Cálculo perda de faturamento granola anual em um cenário pessimista.


Cálculo perda de faturamento granola
Ano Faturamento Anual Granola Perda com diminuição de produção
1 R$1.040.000,00 R$208.000,00
2 R$1.092.000,00 R$218.400,00
3 R$1.146.600,00 R$229.320,00
4 R$1.203.930,00 R$240.786,00
5 R$1.264.126,50 R$252.825,30

Fonte: Autores, 2019

Tabela 25: Fluxo de caixa para 5 anos em um cenário pessimista.


Fluxo de Caixa Operacional (R$)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Faturamento 593.049,60 790.732,80 1.196.236,80 1.395.609,60 1.709.030,40
Custos Fixos (-)* -23.982,80 -25.181,94 -26.441,04 -27.763,09 - 29.151,24
Custos Variáveis (-) -417.484,80 - 567.779,33 -868.702,37 -1.033.755,82 -1.280.380,43
Depreciação (-) -17.829,63 -17.829,63 -18.052,50 -18.568,29 -19.496,70
Lucro Operacional (=) 133.752,37 179.941,90 283.040,89 315.522,40 380.002,03
Imposto de renda (-) -40.125,71 -53.982,57 -84.912,27 -94.656,72 -114.000,61
Lucro Líquido (=) 93.626,66 125.959,33 198.128,62 220.865,68 266.001,42
Depreciação (+) 17.829,63 17.829,63 18.052,50 18.568,29 19.496,70
FCO I 111.456,29 143.788,96 216.181,12 239.433,97 285.498,12
Perda Granola 208.000,00 218.400,00 229.320,00 240.786,00 252.825,30
65

FCO Final -96.543,71 -74.611,04 -13.138,88 -1.352,03 32.672,82


* Foi considerado um aumento de 5% anual nos valores dos custos fixos

Fonte: Autores, 2019

Tabela 26: Indicadores em um cenário pessimista.


Taxa VPL TIR
12% -R$ 361.287,99 -46,92%
Pay Back
Ano Quanto falta
0 R$ 223.936,99
1 R$ 320.480,70
2 R$ 395.091,74
3 R$ 408.230,62
4 R$ 409.582,65
O investimento inicial só começa a se pagar no 5 ano.

Fonte: Autores, 2019

15.4 Parecer Final

Para realização da estrutura do negócio, foi elaborado um planejamento


financeiro projetado em uma realidade de previsão teórica. Através destes foi planejada
a atuação da empresa no mercado e previsto seus futuros resultados financeiros.
Calculando o Pay Back procurando retratar o cenário atual podemos verificar
que o retorno do investimento inicial se dá em aproximadamente 1 ano e 8 meses.
Outros indicativos que foram calculados foi o VPL no valor de R$ 874.401,58
demonstrando uma boa viabilidade para o negócio e o TIR no valor de 82,09% um
valor muito superior que a taxa requerida que foi de 12% confirmando, assim, a
viabilidade da nova linha de produção da pasta de sementes.
Levando em consideração que o mercado financeiro é mutável e pode variar
para cenários mais otimistas ou pessimistas, foi calculado também 2 cenários
possíveis. No cenário otimista com aumento da venda, do preço do produto e redução
dos custos variáveis em 20%, como já era de se esperar os índices apresentaram uma
melhora significativa apresentando índices de VPL no valor de R$ 2.613.462,92
demonstrando uma ótima viabilidade para o negócio e o TIR no valor de 194,27% um
valor ainda mais superior que a taxa requerida. Já no cenário pessimista com aumento
66

dos custos variáveis, redução de venda e do preço de venda, todos em 20% o projeto
se mostrou inviável. Apresentando índices bem abaixo dos requeridos. Tanto o VPL
quanto a TIR apresentaram resultados negativos de -R$ 361.287,99 e -46,92%
respectivamente e o Payback indica que investimento inicial só começará a se pagar
no 5 ano, antes disso verifica-se um prejuízo na produção da pasta de sementes.
Esses resultados demonstram a não viabilidade do projeto em um cenário pessimista.
Por último foi feita uma análise de sensibilidade projetando uma redução na
venda de 15%, não havendo alteração nos outros índices. Neste cenário o projeto
também se demostra viável apresentando índices favoráveis de VPL no valor de R$
540.730,06 e a TIR foi calculada em 56,35%. O Payback indica que o investimento
inicial se paga em aproximadamente 2 anos e meio.
Apesar do projeto ter se mostrado inviável em um cenário pessimista com
redução significativa nos índices, por sua vez em um cenário realista, otimista, e na
análise de sensibilidade com redução de 15% nas vendas, o projeto demonstra-se
viável com índices bem satisfatórios.
Levando em consideração que a empresa já está estabelecida no mercado, e no
cenário realista já foi estimada uma venda inicial bem inferior a capacidade de
produção e estimativa de mercado, e que todo empreendimento apresenta um risco,
acredita-se que o projeto apresenta um parecer positivo, e ainda possibilita a ampliação
de novos sabores e novos produtos, como por exemplo temos as pastas de
oleaginosas, sem a necessidade de um alto investimento, pois o maquinário utilizado
na produção destes produtos são os mesmos utilizados para a pasta de sementes.

16 CONCLUSÃO

Considerando as projeções de expansão do público alvo nos próximos anos, a


pasta de sementes de girassol e de abóbora mostra bom potencial de crescimento,
indicando que a implementação de uma nova linha de produção é visionária, pois o
produto aceita o desenvolvimento de novos sabores, utilizando-se a mesma linha
produtiva e mesma pasta base de sementes, com poucas modificações de formulação.
Os produtos similares já disponíveis no mercado, em pesquisa realizada neste
trabalho, são vendidos com preços superiores ao proposto para a pasta de sementes
de girassol e abóbora. Considerando que o preço médio de distribuição será de R$
12,87, é possível que o revendedor no varejo trabalhe com uma margem de lucro de 30
67

a 40%. Isso é um atrativo que estimularia a competição, pois além de mais barato que
a concorrência, o vendedor receberia um bom lucro. É importante ressaltar que é de
interesse, como uma estratégia de marketing, manter um preço mais elevado, pois é
desejável que haja a percepção de qualidade do produto pelo consumidor, para que
não exista preterição frente ao concorrente devido à uma associação de preço menor
com menor qualidade.
Neste sentido, futuramente, o preço do produto pode ser mais explorado com o
desenvolvimento de embalagens de diferentes tamanhos e a diversificação do material
da mesma. Com isso, é esperada maior acessibilidade, democratizando o consumo da
pasta, como vem acontecendo com outros produtos, que têm se adequado também à
tendência de diminuição da quantidade de membros das famílias brasileiras.
Ainda, no aspecto de aproveitamento de área produtiva ociosa e aproveitamento
dos recursos disponíveis do fundo para desenvolvimento e crescimento da empresa, o
projeto de implementação de uma nova linha de produtos pasta de sementes de
girassol e de abóbora é um bom investimento. Além da existência de uma tecnologia
de produção acessível em termos de baixa complexidade dos equipamentos
disponíveis no mercado para as etapas de processamento, a produção deste novo
produto irá utilizar uma área da empresa sem comprometer as demais instalações e irá
fazer uso de mão de obra já disponível. Assim, é uma alternativa para o crescimento da
empresa, que no lugar de dispensar mão de obra ou mudar-se para instalações
menores e compatíveis apenas com a linha de granola, irá se desenvolver e
possivelmente geral empregos na cadeia produtiva.
Deste modo, conclui-se que o projeto de implementação de uma nova linha de
produtos pasta de sementes de girassol e de abóbora é viável em dois cenários, no
normal e o otimista, do ponto de vista econômico. Já em um cenário pessimista, o
projeto não será viável. Entretanto, considerou-se nesse cenário um aumento dos
custos variáveis, redução de venda e do preço de venda, todos em 20%. É possível
que o cenário pessimista real não chegue aos 20% e, também, a análise de
sensibilidade projetando uma redução na venda de 15%, não havendo alteração nos
outros índices, aponta para a viabilidade do projeto. Com isso, o projeto será
desenvolvido pela equipe com o respaldo da empresa.
68

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75

ANEXO I - Proposta de Padrão de Identidade e Qualidade para Pasta de sementes


de girassol e de abóbora

a) Designação: Pasta de sementes de girassol e de abóbora

b) Classificação: Pasta de sementes de girassol e de abóbora sabor tomate com


manjericão.

c) Descrição do processo tecnológico: Processamento das sementes secas até a


obtenção de pasta cremosa.

d) Requisitos: As pastas deverão obedecer aos requisitos físico-químicos (pH, °Brix) e


sensoriais próprios de cada sabor.

e) Composição: Sementes de girassol e de abóbora, extrato de tomate, manjericão,


sal e acidulante ácido cítrico.

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Porção de 15 g ( 1 colher de sopa )

Quantidade por porção % VD *

Valor energético 76 kcal = 319 kJ 3,8

Carboidratos 2,5 g 0,8

Proteínas 3,3 g 4,4

Gorduras totais 6,7 g 12,1

Gorduras saturadas 0,8 g 3,6

Gorduras trans 0g **

Fibra alimentar 1,2 g 4,6

Sódio 7,5 mg 0,3

(*) % Valores Diários de referência com base em uma dieta de 2000 kcal ou 8.400 kJ. Seus valores
76

diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.

** VD não estabelecido

mente de abóbora, extrato de tomate, manjericão em pó e sal.

Ingredientes opcionais: ácido cítrico

Características sensoriais:

cor: característica

sabor: característico

odor: característico

textura: pasta

Características físico-químicas: pH < 4,5

Acondicionamento: embalagens livres de rachaduras, bem vedadas, mantidas em


local fresco e seco ao abrigo da luz.
77

Figura 25: Planta da fábrica de granolas e pastas de sementes Acevitta

Fonte: Os autores.

Figura 26: Leiaute da nova linha para a produção das pastas de sementes
78

10 FLUXOGRAMA DE PROCESSO E BALANÇO DE MASSA

Levando em consideração uma produção semanal de 6 horas e um total de 850


kg de pasta produzida em duas bateladas de 425 kg, o fluxo do processo está
representado nos itens 10.1 com o balanço de massa por batelada. A descrição de
cada etapa, bem como as perdas consideradas em cada uma delas, estão em
sequência no item 11 deste trabalho.

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