Você está na página 1de 180

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Faculdade de Engenharia de Alimentos

INDÚSTRIA PRODUTORA DE CAFÉ TORRADO E MOÍDO

Anteprojeto Industrial e Estudo Preliminar de Viabilidade Econômica

Trabalho apresentado para a disciplina de TA932 - Projeto Industrial

Grupo n°02

Beatriz Graia Ferreira

Gabriel Baptistella Zamuner

Gabriela Campanha Ferrari

Giovana Tomaidis S. Lima

Karen Ito Kawagoe

Docente

Prof. Dr. Louise Kurozawa

CAMPINAS

05 de julho de 2023
SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 6
2. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DO PRODUTO ACABADO 7
3. MERCADO 9
3.1. Análise de mercado 9
3.1.1. Produção dos concorrentes diretos 9
3.1.2. Concorrentes indiretos 10
3.1.2.1. Café solúvel 10
3.1.2.2. Chá 10
3.1.3. Histórico de consumo 11
3.1.4. Tendências de consumo 11
3.1.4.1. Cafés gourmets e cápsulas 11
3.1.4.2. Café frio 12
3.1.4.3. Café sustentável 12
3.1.4.4. Cafés prontos para consumo 12
3.1.5. Perspectivas de produção 12
3.1.6. Perspectivas de consumo 12
3.1.7. Características do segmento populacional que consome o produto 13
3.1.8. Sazonalidade de consumo 13
3.1.9. Sazonalidade de produção 15
3.1.10. Sazonalidade de preço 16
3.2. Objetivos de mercado 16
3.2.1. Mercado alvo 16
3.2.1.1. Tipo de consumidor 16
3.2.1.3. Preço 16
3.2.2. Pontos de venda 16
3.2.3. Canais de distribuição 17
3.2.4. Estratégias de promoção 17
3.2.4.1. Promoções offlines 17
3.2.4.2. Promoções onlines 17
3.3. Cálculo da meta de produção e de venda 17
3.3.1. Consumo predito 17
3.3.2. Meta de produção e de venda 19
3.4. Flexibilidade técnica da unidade produtiva 22
4. PROCESSO PRODUTIVO 22
5. DIAGRAMA DE FLUXO QUALITATIVO GERAL 25
6. ESPECIFICAÇÃO E DISPONIBILIDADE DOS INSUMOS DE PRODUÇÃO 26
6.1. Grão de café verde beneficiado 26
6.2. Água e esgoto 27
6.3. Limpador desinfetante clorado 29
6.4. Embalagem Primária 30
6.5. Embalagem Secundária 31
6.6. Embalagem Terciária 33
6.7. Embalagem Quaternária 34
6.8. Combustível 35
7. BALANÇOS DE MATERIAL E ENERGIA 36
7.1. Balanço de material 36
7.1.1. Balanço de material na recepção 36
7.1.2. Balanço de material no armazenamento 37
7.1.3. Balanço de material na torração, resfriamento, moagem e descansos 37
7.1.4. Balanço de material no armazenamento 37
7.2. Balanço de material nas etapas de embalagem 39
7.2.1. Embalagem primária 39
7.2.2. Embalagem secundária 39
7.2.3 Embalagem terciária 39
7.2.4 Embalagem quaternária 39
7.3. Balanço de energia 44
8. DIAGRAMA DE FLUXO QUANTITATIVO GERAL E MAPAS DE OCUPAÇÃO 45
9. DEMANDA DE MATÉRIA-PRIMA, OUTROS INSUMOS E UTILIDADES 50
10. SISTEMAS DE MANUSEIO E DE ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS
ACABADOS 56
11. SISTEMA ADOTADO PARA GARANTIA DE QUALIDADE 57
11.1 Boas Práticas de Fabricação 57
11.1.1 Instalações 58
11.1.2 Equipamentos e utensílios 58
11.1.3 Manipuladores 58
11.1.4 Produção e transporte do alimento 59
11.2 Procedimentos Operacionais Padronizados 59
11.3 Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle 68
11.4. Controle de Qualidade do Produto Final 71
12. SUBPRODUTOS, RESÍDUOS E PROTEÇÃO AMBIENTAL 71
12.1 Resíduos 71
12.2 Efluentes 72
12.3 Embalagens 72
12.4 Ruídos, calores, odores e outras condições 72
12.5 Preservação e conservação ambiental 73
13. ESPECIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS PARA O PROCESSAMENTO 74
13.1. Silo para café cru 74
13.2. Torrador 75
13.3. Silo de descanso para café torrado 76
13.4. Moinho 77
13.5. Silo de descanso para café torrado e moído 78
13.6. Empacotadora 78
13.7. Agrupadora de pacotes 79
14. ESPECIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS AUXILIARES 80
14.1. Transportadores de café cru, café torrado e café torrado e moído 81
14.2. Empilhadeira 85
14.3. Itens de escritório 86
14.4. Itens de laboratório 88
14.5. Porta pallet 91
15. INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS E EDIFICAÇÕES 92
15.1. Acessos de veículos e pessoas e áreas externas 94
15.1.1. Acesso de Veículo e Pessoas 94
15.1.2. Áreas de Circulação Externas 94
15.2. Estacionamento 94
15.3. Refeitório, laboratório, área administrativa, vestiários, banheiros e almoxarifado 95
15.3.1. Refeitório 95
15.3.2. Laboratório 96
15.3.3. Área administrativa 96
15.3.4. Vestiários 96
15.3.5. Banheiros 97
15.3.6. Almoxarifado 98
17. MÃO DE OBRA 100
17.1. Funcionários 101
18. ESTIMATIVA DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS 106
18.1 Investimento fixo 106
18.1.1 Equipamentos de processo e auxiliares 106
18.1.2 Construção civil 108
18.1.3 Frota 109
18.1.4 Investimento Fixo Total 109
19. ESTIMATIVA DOS CUSTOS UNITÁRIOS DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL 110
19.1. Mão de obra direta e indireta 110
19.2. Depreciação 111
19.3. Impostos, seguros, manutenção e imprevistos 111
19.4. Insumos e utilidades 115
19.5. Matéria-prima 118
19.6. Transporte 119
20. ESTIMATIVA DOS DEMAIS CUSTOS E PREÇO DE VENDA 123
20.1. Impostos sobre faturamento e preço de venda 123
20.2 Necessidade de capital de giro 127
21. ANÁLISE DE RENTABILIDADE E RISCO 129
22. PONTO DE EQUILÍBRIO 135
23. LOCALIZAÇÃO 137
24. CONCLUSÃO 138
REFERÊNCIAS 140
ANEXOS 153
1. MEMORIAL DE CÁLCULO 153
1.1. Balanço de material 153
1.1.1. Armazenamento 153
1.1.2. Torra 153
1.1.3. Embalagem primária 154
1.1.4. Embalagem secundária 155
1.1.5. Embalagem terciária 156
1.1.6. Embalagem quaternária 157
1.2. Balanço de energia 157
1.2.1. Torração 157
1.2.2. Resfriamento 159
1.3. Demanda de outros insumos e utilidades 160
1.4. Estimativa do custo de equipamentos com base no índice de Chilton 162
1.5. Demanda de espaço 164
2. COTAÇÕES 167
2.1 Água e Esgoto 167
2.2 Limpador desinfetante clorado 168
2.3 Embalagem primária 169
2.4 Embalagem secundária 170
2.5 Embalagem terciária 171
2.6 Embalagem quaternária 172
2.7 Combustível 173
2.8 Terreno 174
2.9 Grindômetro 175
2.10 Agrupadora de pacotes 176
2.11 Porta pallet 177
3. CATÁLOGOS DE EQUIPAMENTOS DE PROCESSO E AUXILIARES 178
1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

O projeto foca na implantação de uma nova fábrica produtora de café torrado e moído. A
empresa será localizada no estado de Minas Gerais, região com grande produção do grão de café,
na cidade de Varginha.
Para o desenvolvimento deste projeto, considerou-se uma fábrica de pequeno a médio
porte, tendo um volume de produção inicial de 2.041,64 ton. para o primeiro ano de projeto.
Além disso, há uma projeção do aumento de vendas e uma expansão para outras localidades,
atingindo, no final do décimo ano de funcionamento, um volume de produção anual de 5.050,90
ton.
Ainda, para um melhor dinamismo no processo produtivo, considera-se que a torra,
moagem e envase ocorrem de maneira sequencial na linha, ou seja, em um dia de funcionamento
da linha, a fábrica é capaz de torrar e moer os grãos de café e, logo em seguida, envasar o
produto. Assim, ao considerar que a produção ocorre de cinco a seis dias por semana (baixa e
alta temporada), e que a fábrica funciona durante 12 meses, temos os dados encontrados na
tabela 1.

Tabela 1. Produção projeto em relação aos anos.

Ano Anual (ton) Mensal baixa Mensal alta Diária baixa Diária alta
temporada temporada temporada temporada
(ton) (ton) (ton) (ton)

1º 2.041,64 113,42 226,85 5,67 9,45

10º 5.050,90 280,61 561,21 14,03 23,38

Sendo assim, o café torrado e moído será vendido em embalagens do tipo almofada nas
versões de 250g e 500g. Prezando remeter ao café criado em locais de origem familiar e ao café
feito em casa determinou-se o nome "Ville coffee", sendo a tradução do inglês "Café da vila". A
logo busca trazer um apelo de clean label, com tons terrosos, que enfatize o fato de ser um
produto natural, buscando por meio das cores remeter a natureza e pureza dos ingredientes como
mostra a figura 1. A tendência clean label é caracterizada pela rotulagem simples, que é ao

6
mesmo tempo clara e enxuta (CONAB, 2022). Assim, a embalagem almofada criada segue a
mesma proposta.

Figura 1. Logotipo e embalagem de café Ville coffee (Autoria própria, 2023).

Em relação aos indicadores de rentabilidade, foi calculado um TIR igual a 38%, sendo
um valor superior ao valor da taxa SELIC (13,75%). Além disso, o valor anual líquido fechou os
10 primeiros anos em R$76.582.664,83 e a taxa simples de retorno variou entre 28,06% (ano 1) e
49,29% (ano 10). Ainda, o payback simples acontece entre os anos 3 e 4, e o payback descontado
entre os anos 4 e 5 do projeto.
Já em relação aos incentivos relacionados à produção de café, o setor cafeeiro é
privilegiado e pode contar com o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Este visa
incentivar o desenvolvimento, a produtividade e produção, por meio de apoio à competitividade
ao negócio do café. Para realizar isso foi criado linhas de crédito para financiamentos que em
2018 totalizaram R$4,9 bilhões (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA, 2023).
Sobre os canais de comercialização, o produto será inicialmente vendido em mercados menores e
no próprio site da empresa, de forma online. Depois disso, o produto será fornecido a
supermercados maiores e cafeterias.

2. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DO PRODUTO ACABADO

O quadro 1 foi elaborado a fim de detalhar as especificações técnicas do produto desse


projeto. Por meio dele, pode-se notar na composição sensorial que se trata de um grão de café
com um teor de amargor mais leve, com um aroma floral, com leves toques frutado e
achocolatado. Além disso, a embalagem do produto se trata da mais comum no Brasil, sendo ela
uma embalagem que permite que o grão troque ar com o ambiente. Ainda, o projeto propõe dois

7
tamanhos distintos, sendo os tamanhos transportados da mesma forma e com os mesmos
cuidados, diferenciando somente na quantidade de embalagens por caixas (DE PAULA; SILVA,
2019).

Quadro 1. Especificação Técnica do Produto.

Identificação e descrição do Café Arabica torrado e moído


produto

Composição Café

Características sensoriais do Aroma: floral, podendo conter toques de frutado ou até achocolatado
produto
Sabor: suave e doce

Corpo: possui uma textura suave, quando comparada a outros grãos com
leve teor de amargor

Acidez: teor de acidez varia entre um pH de 4,0 a 6,5

Doçura: mais adocicado do que outros grãos, como o robusta por


exemplo

Constituintes do grão:
Lipídeos: 13-20%
Água: 8-1%
Proteínas: 6-12%
Ácidos clorogênicos: 6-9%
Açúcares: 7-30%

Minerais: 3-4%
Celulose: 15-20%
Cafeína: 1-2,5%

Critérios microbiológicos Coliformes a 45ºC/g:


𝑛 = 5; 𝑐 = 2; 𝑚 = 5; 𝑀 = 10.

Embalagem Embalagem almofada: há um contato contínuo do produto com


oxigênio. Utilização de estruturas típicas para a embalagem: PET
impressão / metalização / PE.

O café será embalado em dois tamanhos distintos: 250g e 500g.

8
Armazenamento Pode ser armazenado em temperatura ambiente, em local fresco, seco e
arejado.

Expedição As embalagens de café serão dispostas em uma caixa de papelão.


Posteriormente, essas caixas ficarão organizadas em paletes com 16
unidades dessas caixas.

Transporte Em caminhões limpos, secos, em bom estado de conservação, sem


resíduos de substâncias tóxicas, graxas, lubrificantes ou com outro tipo
de carga. Isentos de infestações e odores

Recomendação de manuseio Após aberto, conserve em um pote de vidro bem fechado em freezer ou
geladeira para conservar aroma e sabor. Vida de prateleira de 6 meses.

Elaborado pela autora. Fonte: (DE PAULA; SILVA, 2019).

3. MERCADO

3.1. Análise de mercado

3.1.1. Produção dos concorrentes diretos


A produção dos concorrentes foi analisada a partir do Market Share dos anos de 2015 a
2020, representado na tabela 2.

Tabela 2. Market Share das empresas concorrentes.

Empresa 2015 2016 2017 2018 2019 2020

3 Corações 21,5% 21,8% 22,4% 23,3% 23,2% 23,2%

Cacique Alims 1,1% 1,0%

Cafe Bom Dia 1,1%

Café Cajuba 0,9% 1,0%

9
Cafe do Sitio 1,7% 1,9% 1,9% 1,5% 0,9%

Café Favorito 2,1% 1,2%

Cooxupe 2,5% 2,1% 1,7% 1,3%

JDE 13,8% 16,2% 17,1% 16,6% 14,9% 13,2%

Marata 5,5% 6,1% 6,6% 6,7% 6,2% 5,6%

Melitta 3,5% 3,3% 3,2% 3,5% 5,2% 6,9%

Mitsui 3,1% 4,2% 4,4% 3,4% 2,6% 1,8%

Realcafe 1,0%

Sao Braz 1,7% 2,1% 2,5% 2,7% 3,3% 4,0%

Fonte: Adaptada da tabela fornecida pelo Datamark (2023).

A partir da tabela é possível observar que as marcas com maior participação no mercado
são: 3 Corações, JDE, Marata, Melitta e São Braz.

3.1.2. Concorrentes indiretos

3.1.2.1. Café solúvel


Segundo a ABICS (Associação Brasileira da Indústria de Café solúvel) (2023), seis
grandes grupos detém 99,5% da produção de café no país, sendo eles Nestlé, Café Iguaçu, Real
Café, Cacique, Campinho e Cocam.

3.1.2.2. Chá
De acordo com o Business Scoot (2021), fazem parte das maiores empresas de chá no
Brasil os grupos Coca-Cola (Matte Leão), Maratá, Herbalife e Grupo Oetker.

10
3.1.3. Histórico de consumo
O café torrado e moído tem grande contribuição para a economia do Brasil, tendo
alcançado US$9,2 bilhões em 2022 (APEXBRASIL, 2023). Sendo um produto tão importante
para a economia do país, o café é consumido por milhões de brasileiros diariamente.
A partir dos dados do Datamark foi elaborada a tabela 3 representando o consumo do
produto em toneladas nas diferentes regiões do país nos anos de 2015 a 2020, juntamente com os
totais nos respectivos anos.

Tabela 3. Consumo do produto em diferentes regiões do país.

Grande São Paulo Centro Norte/Nord


Ano Sul Sudeste Grande SP Total
RJ Interior Oeste este

2015 109.113,19 133.144,08 44.164,86 72.742,13 129.896,66 58.453,50 101.968,88 649.483,30

2016 85.299,57 130.495,62 42.649,79 63.019,83 116.491,21 64.929,53 127.949,36 630.834,90

2017 88.102,45 138.446,71 44.051,23 61.671,72 109.498,76 59.154,50 123.343,43 624.268,80

2018 87.480,74 139.845,97 46.820,68 57.293,72 106.578,65 56.677,66 121.980,18 616.677,60

2019 85.733,00 138.024,05 48.642,84 55.331,23 104.582,10 55.331,23 119.782,99 607.427,43

2020 87.359,24 141.163,27 43.390,35 50.332,81 98.351,46 53.225,50 104.715,38 578.538,00

Fonte: Adaptada da tabela fornecida pelo Datamark (2023).

3.1.4. Tendências de consumo

3.1.4.1. Cafés gourmets e cápsulas


Uma pesquisa realizada pela Euromonitor International em 2015 trouxe perspectivas
positivas para os mercados de cafés gourmets, denominada de premiunização de mercado,
descrevendo os cafés gourmets como sinais de status e com forte ascensão das cápsulas devido à
sua praticidade de preparo. Outra razão da tendência de aumento de consumo de cafés gourmets

11
é a educação do consumidor referente a esses produtos. Os clientes que buscam esses cafés
desejam conhecer toda a história por trás dos mesmos.

3.1.4.2. Café frio


Segundo a Perfect Daily Grind (2022), o segmento de café frio vem crescendo nos
Estados Unidos rapidamente e tende a crescer nos próximos anos, uma vez que a bebida gelada é
uma solução sustentável e combina com o clima quente observado ultimamente.

3.1.4.3. Café sustentável


Ainda conforme a Perfect Daily Grind (2022), a busca por café cultivado de forma
sustentável apresenta a tendência de crescer ao longo dos próximos anos por ter um menor
impacto ambiental e maior apelo ético.

3.1.4.4. Cafés prontos para consumo


As bebidas prontas para beber (RTD - Ready to drink) também fazem parte das
tendências de consumo observadas para o café. Isso se deve ao fato desses produtos conciliarem
saúde, bem-estar e praticidade.
Esses cafés podem ser vendidos tanto em garrafas quanto em latas e podem ser
encontrados em lojas de conveniência e supermercados ao redor do mundo (PERFECT DAILY
GROUND, 2022).
Segundo o Mordor Intelligence (2023), o mercado de café RTD no Brasil deve apresentar
uma taxa de crescimento anual composta nos anos de 2020 a 2025 de 2,8%.

3.1.5. Perspectivas de produção


Conforme o site Modais em foco (2020), segundo a Fiesp (Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo) a produção de café terá um aumento de 40% até 2029/2030, com um total
de 69,1 milhões de sacas, com liderança da região sudeste do país e aumento do consumo
doméstico e exportações líquidas de 28% e 7%, respectivamente.

3.1.6. Perspectivas de consumo


Conforme a ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) (2022), apesar da
elevação de preços pós-pandemia do café, o consumo aumentou 1,7% em 2021, indicando que o
consumidor não deixou de adquirir o produto.

12
Uma estimativa realizada pela Embrapa (2019) é de que, sob uma taxa de crescimento de
2% ao ano, o consumo mundial aumentará de 164,64 milhões de sacas de café (2018) para
208,80 milhões de sacas (2030), implicando em uma perspectiva positiva para o consumo do
produto nos próximos anos.

3.1.7. Características do segmento populacional que consome o produto


Uma pesquisa realizada pela ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) em 2021
abrangeu 5.460 pessoas autodeclaradas apaixonadas por café. A pesquisa concluiu que existem
ao menos três grupos de consumidores apaixonados por café: o público geral, os entusiastas e os
especialistas. O primeiro grupo (83% dos entrevistados) toma café sem ter muito conhecimento
sobre cafés diferenciados, ao passo que o segundo (12%) tem um conhecimento maior sobre o
produto e adquire cafés diferenciados e o terceiro (5%) tem conhecimento mais técnico sobre o
produto. Com relação à renda, o primeiro e o segundo grupo apresentaram renda de 2 a 5 mil
reais, enquanto o terceiro apresentou renda de 5 a 10 mil reais, o que permite que comprem cafés
de preços mais elevados, como os gourmets.
Uma vez que o grão escolhido é o de café Coffea arabica, o produto será destinado ao
público geral, podendo ser consumido pelos demais grupos.

3.1.8. Sazonalidade de consumo


A sazonalidade de consumo do café está relacionada com o clima predominante em
determinados períodos do ano. Apesar de o brasileiro não deixar de consumir café em dias mais
quentes, seu consumo tende a reduzir, uma vez que não é tão comum no Brasil a venda e
consumo de cafés gelados (com exceção de estabelecimentos como o Starbucks Coffee). Logo,
em meses mais frios, o consumo da bebida aumenta.
A ABIC divulgou, no ano passado, dados que confirmam que apesar da crise econômica
gerada pela pandemia, a procura de café por consumidores teve uma alta de 1,71% em relação ao
mesmo período do ano anterior. Essa tendência de crescimento pode ser explicada pelo aumento
do número de clientes que buscam por produtos de maior qualidade, considerando a origem do
produto e a sustentabilidade na hora da produção.
A tabela 4 apresenta o consumo de café ao longo dos anos de 2015 a 2021.

13
Tabela 4. Consumo de café ao longo dos anos de 2015 a 2021.

Mês 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Janeiro 49.360,73 49.010,97 46.570,45 45.136,29 44.459,24 38.704,19 34.222,32

Fevereiro 50.529,80 50.524,83 47.818,99 45.876,22 45.188,08 42.117,57 37.323,00

Março 51.698,87 52.101,75 49.129,95 46.677,82 45.977,66 45.473,09 40.423,68

Abril 53.452,48 50.461,74 49.879,08 49.945,90 49.196,70 49.117,88 48.577,32

Maio 55.141,13 48.758,66 50.628,20 53.213,96 52.415,75 52.704,81 56.730,96

Junho 56.245,25 52.669,44 52.688,29 56.728,67 55.877,73 56.638,87 59.889,06

Julho 57.414,32 56.643,31 54.748,37 60.181,71 59.278,99 60.515,07 63.047,16

Agosto 57.219,48 55.949,47 56.683,61 57.838,58 56.970,99 56.233,89 59.257,44

Setembro 57.089,58 55.255,61 58.618,84 55.433,78 54.602,27 52.010,57 55.467,72

Outubro 55.595,77 54.498,69 55.372,64 51.487,43 50.715,12 45.646,65 45.993,42

Novembro 53.972,06 53.741,76 52.126,44 47.479,43 46.767,23 39.340,58 36.461,70

Dezembro 51.763,82 51.218,67 50.003,93 46.677,82 45.977,66 40.034,83 36.806,22

Fonte: Adaptada da tabela fornecida pelo Datamark (2023).

Uma pesquisa realizada pela ABIC (2022) destacou que a matéria-prima aumentou até
137% até janeiro de 2022, ao passo que o reajuste do café torrado e/ou moído ocorreu de maneira
mais lenta, atingindo o patamar de 100% somente no segundo semestre de 2022 (CAFÉ QUE
MARCA, 2023).

14
3.1.9. Sazonalidade de produção
O café arábica tem menor tolerância a altas temperaturas, se comparado, por exemplo, ao
café robusta, além de ter menor tolerância às baixas altitudes. Um fator limitante para o
crescimento da cultura deste grão é o hídrico. De maneira geral, para o café, regiões com déficit
hídrico podem ter suas produções de café prejudicadas. Segundo Praxedes et al. (2006), a cultura
de café arábica, sob estado de seca, sofre graves reduções na taxa de assimilação fotossintética.
Deste modo, em meses nos quais há predominância de tempo sem chuva e com maiores
temperaturas, as lavouras são comprometidas. Logo, saber a média pluviométrica mensal e a
umidade relativa local é essencial para o manejo adequado das lavouras.
A partir da figura 2, retirada do Climate Data para a cidade de Varginha, pode-se concluir
que os meses de junho, julho e agosto são os que apresentam os menores índices pluviométricos
e, portanto, são os meses nos quais os cuidados referentes ao manejo da lavoura devem ser
redobrados. Também é possível observar que, no período de novembro a março, a cidade
apresenta as maiores taxas pluviométricas. A cidade apresenta temperatura média anual de 20 ºC.

Figura 2. Temperaturas e precipitações médias de Varginha (CLIMATE DATA, 2023).

15
3.1.10. Sazonalidade de preço
Por depender da quantidade de sacas de café disponíveis, o preço do produto pode variar.
Meses com menor produção do grão devido a climas mais rigorosos implicam em maior valor
das sacas, consequentemente, implicando em maior valor dos cafés encontrados em mercados.

3.2. Objetivos de mercado

3.2.1. Mercado alvo

3.2.1.1. Tipo de consumidor


O mercado-alvo do café é extremamente amplo, de acordo com Associação Brasileira da
Indústria do Café (ABIC, 2022), sendo que 80% dos consumidores pertencem à classe B e C,
sendo a região sudeste do Brasil quase metade de seus consumidores. Em relação à faixa etária,
destaca-se aqueles acima dos 40 anos (40%) e aqueles entre 18 e 30 anos (35%), já em relação ao
gênero não há uma diferenciação. Como já discutido no item 3.1.7, por ser um grão que
apresenta maior valor de mercado, o produto será destinado tanto aos consumidores de café
gourmet quanto ao público geral.

3.2.1.2. Localidades
A empresa tem como objetivo, no primeiro ano, o público pertencente ao Sudeste (ES,
MG, RJ interior) e São Paulo interior, conforme o consumo dado na tabela 3. Ao longo dos 10
anos do projeto, entretanto, a expectativa é de expandir para as demais regiões citadas na tabela.

3.2.1.3. Preço
O preço vai variar de acordo com os custos fixos e variáveis e a margem de lucro. Em
geral, a margem de lucro bruto de venda do café pode variar entre 20% e 30% (EMBRAPA,
2023). Assim, estabeleceu-se a margem de lucro de 25% para a precificação final.

3.2.2. Pontos de venda


Nos primeiros anos, a empresa fornecerá o produto para armazéns e mercados menores.
À medida que o Market Share for aumentando e a empresa se tornar mais conhecida, o produto
será fornecido para supermercados e cafeterias.

16
Além disso, o produto será vendido online para todo o território brasileiro desde o
primeiro ano.

3.2.3. Canais de distribuição


O produto chegará para os clientes por meio de caminhões, seguindo todas as boas
práticas de fabricação e de transporte.

3.2.4. Estratégias de promoção

3.2.4.1. Promoções offlines


Serão feitas promoções em rádios, ativações, jornais, panfletos e mídia out of home. Para
estabelecimentos com assinatura terão promoções para os assinantes.

3.2.4.2. Promoções onlines


Serão feitas promoções em redes de TV, redes sociais, influenciadores, sites, blogs e
e-mails.

3.3. Cálculo da meta de produção e de venda

3.3.1. Consumo predito


Considerando um período de 10 anos para o projeto, para a previsão de consumo até
2033, foram calculadas as projeções de consumo aritmética e geométrica.
Para a projeção aritmética, foi primeiramente encontrado o i aritmético a partir da
equação 1.

𝑉𝑛 = 𝑉𝑜 * (1 + 𝑖 * 𝑛) (1)

Onde:
𝑉𝑛 = 574. 200

𝑉𝑜 = 387. 394

𝑛 = 26 (𝑑𝑒 1995 𝑎 2021)

17
A partir disso, foi encontrado i = 0,0185. Em seguida, a partir da mesma equação, foram
encontrados os consumos (Vn) para os anos de 2022 a 2033.
Para o cálculo da projeção geométrica, foi encontrado primeiramente o i geométrico, pela
equação 2.

𝑛
𝑉𝑛 = 𝑉𝑜 * (1 + 𝑖) (2)

Onde:
𝑉𝑛 = 574. 200

𝑉𝑜 = 387. 394

𝑛 = 26 (𝑑𝑒 1995 𝑎 2021)

A partir disso, foi encontrado i = 0,0125. Em seguida, a partir da mesma equação, foram
encontrados os consumos (Vn) para os anos de 2022 a 2033.
A partir dos dados das projeções apresentados no anexo em Excel, foram plotados os
gráficos de dispersão e linear do consumo de café torrado e moído encontrados na figura 3, e o
consumo até 2033 (figura 4).

Figura 3. Gráfico de dispersão de consumo de café por ano.

18
Figura 4. Gráfico linear de projeção de consumo de café por ano.

Após análise dos gráficos notou-se que os resultados utilizando as equações aritméticas e
geométricas não apresentariam grandes diferenças, mesmo projetando o consumo para mais
anos, assim optou-se pela abordagem ligeiramente mais conservadora (aritmética).

3.3.2. Meta de produção e de venda

A partir das tabelas 3 e 4 criou-se o quadro 2 considerando a porcentagem de vendas do


último ano em cada região. Iniciou-se os primeiros dois anos nas regiões de maior consumo com
intenção de expandir para todas ao final dos 10 anos. Iniciou-se com perda de 5% com objetivo
de redução da mesma com aprendizados e otimizações ao longo dos 10 anos.

19
Quadro 2. Plano de vendas e produção em 10 anos.

Consumo estimado total 1 (2024) 2 (2025) 3 (2026) 4 (2027) 5 (2028) 6 (2029) 7 (2030) 8 (2031) 9 (2032) 10 (2033)
(ton) 595.230,88 602.397,67 609.564,46 616.731,25 623.898,04 631.064,83 638.231,62 645.398,40 652.565,19 659.731,98
MG e SP 44,87 44,87 44,87 44,87 44,87 44,87 44,87 44,87 44,87 44,87
RJ 13,63 13,63 13,63 13,63 13,63 13,63 13,63 13,63 13,63 13,63
ES 6,83 6,83 6,83 6,83 6,83 6,83 6,83 6,83 6,83 6,83
% de
consumo Sul 16,8 16,8 16,8 16,8 16,8 16,8 16,8 16,8
por região Centro
9 9 9 9 9 9 9
Oeste
Norte e
15,7 15,7 15,7 15,7 15,7 15,7
Nordeste
MG e SP 267.060,26 270.275,75 273.491,25 276.706,75 279.922,25 283.137,75 286.353,25 289.568,75 292.784,25 295.999,75
RJ 81.149,81 82.126,88 83.103,95 84.081,03 85.058,10 86.035,17 87.012,24 87.989,32 88.966,39 89.943,46

Consumo ES 40.674,11 41.163,84 41.653,57 42.143,30 42.633,03 43.122,76 43.612,49 44.102,22 44.591,95 45.081,69
estimado Sul 102.406,83 103.610,85 104.814,87 106.018,89 107.222,91 108.426,93 109.630,95 110.834,97
por região
Centro
(ton) 55.505,81 56.150,82 56.795,83 57.440,85 58.085,86 58.730,87 59.375,88
Oeste
Norte e
97.951,99 99.077,18 100.202,36 101.327,55 102.452,74 103.577,92
Nordeste
MG e SP 0,5 0,5 0,5 0,6 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7 0,8
RJ 0,5 0,5 0,5 0,5 0,6 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7
% de
participaçã ES 0,5 0,5 0,5 0,5 0,6 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7
o no Sul 0,5 0,5 0,5 0,6 0,6 0,6 0,7 0,7
mercado
Centro
0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,5 0,5
Oeste

20
Norte e
0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,5
Nordeste
MG e SP 1.335,30 1.351,38 1.367,46 1.660,24 1.679,53 1.698,83 2.004,47 2.026,98 2.049,49 2.368,00
RJ 405,75 410,63 415,52 420,41 510,35 516,21 522,07 615,93 622,76 629,60
Vendas
(ton) ES 203,37 205,82 208,27 210,72 255,80 258,74 261,67 308,72 312,14 315,57
consideran Sul 512,03 518,05 524,07 636,11 643,34 650,56 767,42 775,84
do %
Centro
222,02 224,60 227,18 287,20 290,43 293,65 296,88
Oeste
Norte e
391,81 396,31 400,81 506,64 512,26 517,89
Nordeste
% de perdas 5,00 5,00 4,50 4,50 4,00 4,00 3,50 3,50 3,00 3,00
Perdas (ton) 97,22 98,39 112,65 136,41 143,45 149,34 144,19 153,97 136,73 147,11
Produção (ton) 2.041,64 2.066,22 2.615,93 3.167,85 3.729,61 3.882,71 4.263,76 4.553,22 4.694,46 5.050,90

21
3.4. Flexibilidade técnica da unidade produtiva
A unidade industrial projetada tem flexibilidade para produzir, além do café torrado e
moído na embalagem almofada, outros produtos que têm como base a mesma matéria-prima: o
café verde e cru. Dessa forma, seria possível a produção do café torrado e moído na embalagem a
vácuo, café torrado em grãos, café solúvel e café em cápsulas. Para o café torrado e moído na
embalagem a vácuo seria necessário a instalação de uma seladora a vácuo; para o café solúvel
seriam necessários colunas de extração, concentradores e secadores; e para o café em cápsulas
teria a necessidade de mudar o processo de envase, com a adição das embalagens no formato de
cápsulas.

4. PROCESSO PRODUTIVO

O produto definido para o projeto foi o café torrado e moído da variedade Coffea arabica
(café arábica). O processo produtivo da indústria se inicia com a recepção dos grãos de café cru
em sacos de 60 kg, denominados de “big bags”, onde são armazenados em um galpão para
estoque de matéria prima dispostos em pilhas. O armazém deve ser limpo, bem ventilado e
protegido contra o sol e a chuva (EMBRAPA, 2004). O café cru que foi recebido já passou
previamente pela etapa de beneficiamento, processo que consiste na remoção da casca,
eliminação de matérias estranhas e impurezas, além da seleção por tamanho (CARNEIRO,
2021).
Então, os grãos seguem para a torração, etapa muito importante para o desenvolvimento
do sabor e aroma característicos do produto final. Os equipamentos de torra industriais podem
funcionar a gás natural, propano líquido, diesel ou lenha, e esse processo depende do binômio
tempo e temperatura, além da intensidade do fluxo de ar durante o processo de torra. Dessa
forma, pode haver variações nesse estágio, sendo que o café pode ser submetido a um grau de
torra claro, médio ou escuro. A torra clara produz uma acidez mais acentuada e menor amargor,
resultando em uma bebida menos encorpada; e a torra escura diminui a acidez e acentua o sabor
amargo, resultando em uma bebida mais encorpada e escura (BASSETTO e SANTO, 2016). O
grau de torra escolhido foi a torra média já que resulta numa bebida com sabor e aroma
acentuados, sendo ideal para os cafés que são preparados em filtros de papel ou coadores de pano
(ABIC, 2010 apud BASSETO e SANTO, 2016). Além disso, o combustível escolhido foi o gás

22
natural já que apresenta vantagens como a não emissão de fuligem, redução do desmatamento de
florestas, queima completa com elevado rendimento térmico e o fornecimento ser por
encanamento (CORREA, 2022).
Assim, a torra do café consiste no aquecimento dos grãos até temperaturas um pouco
acima de 200°C num tempo aproximado de 10 a 15 minutos. Sendo assim, o binômio tempo e
temperatura depende do grau de torra desejado. Nesse processo ocorre a perda de massa dos
grãos por conta da evaporação de umidade e pela formação de compostos voláteis e gás
carbônico, perdas que podem variar entre 14 e 20%. Assim, quanto mais escura for a torra,
maiores serão as perdas. O controle do grau de torra pode ser feito de forma visual, no qual uma
pessoa treinada avalia a coloração dos grãos pela retirada de amostras durante a torra; ou pode ser
feita pelo controle de perfil, no qual um sistema automatizado descreve a temperatura em relação
ao tempo de torra (MUINHOS, 2017). Apesar de cada processo de torra ter tempos distintos (por
conta de fatores como diferença entre lotes), a fim de simplificar essa etapa do projeto,
padronizou-se que o tempo para a torra média é de 15 minutos numa temperatura de 230°C e a
perda de peso de 17% (SCAA, 2007 apud SILVA, 2008). Ressalta-se que o processo de torra
ocorre em bateladas.
Quando se atinge o grau de torra desejado, os grãos são submetidos ao resfriamento que
pode ser realizado com aspersão de água ou ar frio em um tempo aproximado de 5 minutos
(MUINHOS, 2017). Para esse projeto, optou-se pelo resfriamento dos grãos com ar frio até
atingirem a temperatura ambiente por 5 minutos. Um esquema dos componentes básicos de um
torrador de café está demonstrado na figura 5.

23
Figura 5. Componentes básicos de um torrador de café (MUINHOS, 2017).

Após serem torrados e resfriados, os grãos passam por uma etapa de descanso no silo para
que ocorra um equilíbrio da umidade interna do grão e a liberação de gás carbônico. Essa etapa
tem duração de 4 horas (ROSA; NUNES; SANTOS, 2017).
Posteriormente é realizado o processo de moagem, que consiste na trituração dos grãos
até a granulometria ideal para o produto. A granulometria ideal para o café filtrado é a fina
(BASSETO e SANTO, 2016). A moagem é feita com rolos mecânicos e após esse processo o
café é transferido para outro silo metálico onde passa por mais uma etapa de descanso de 4 horas
para evitar que ocorra o inchaço dos pacotes, novamente por conta da liberação do gás carbônico
(ROSA; NUNES; SANTOS, 2017).
Por fim, o café torrado e moído segue para a máquina empacotadora onde pode ser
embalado com a presença (embalagem almofada) ou ausência de ar (vácuo) (CARNEIRO, 2021).
A embalagem escolhida para esse projeto foi a do tipo almofada de 250g e 500g com a estrutura
de PET impressão/metalização/PE (MORAES, 2022). Depois do envase, as embalagens são
seladas, rotuladas e acondicionadas em caixas de papelão. Em seguida, as mesmas são
posicionadas em paletes e envolvidas com filme strech, sendo armazenadas num galpão de
produto final prontos para expedição.

24
5. DIAGRAMA DE FLUXO QUALITATIVO GERAL

O diagrama de fluxo qualitativo geral está esquematizado na figura 6.

Figura 6. Fluxo qualitativo geral para a produção de café torrado e moído (Autoria própria, 2023).

25
6. ESPECIFICAÇÃO E DISPONIBILIDADE DOS INSUMOS DE PRODUÇÃO

6.1. Grão de café verde beneficiado


Abaixo o Quadro 3 mostra a especificação técnica do grão de café verde beneficiado,
levando em consideração a INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 8, DE 11 DE JUNHO DE 2003. Por
ser uma commodity, o preço do café é estabelecido pelo mercado. Na região de Varginha, o preço
do café Arábica se encontra em torno de R$1102,00 por saca de 60 kg (CCCMG, 2023).

Quadro 3. Especificação técnica do café verde beneficiado.

Especificação Técnica

Matéria Prima: Grão de café verde e beneficiado

Descrição

Café Beneficiado Grão Cru entende-se como o endosperma do fruto do gênero Coffea, principalmente Coffea
arabica.

Características Organolépticas

Aspecto: Sólido, não translúcido e amarronzado


Cor: Marrom
Cheiro: Floral
Sabor: Amargo

Características Físico Químicas

Composição Mínimo Máximo

Umidade (%)
- 12,5%

Impurezas (%) - 1%

Dimensões dos crivos circulares 15 16


das peneiras

Características Microbiológicas

26
Tolerância para TOLERÂNCIA PARA AMOSTRA
MICRORGANISMO
Amostra INDICATIVA REPRESENTATIVA

Coliformes a 45°C 10 5 3 5 10

Embalagem

As sacas de juta devem estar íntegras, sem rasgos, furos ou materiais,


emendando algum dano, secas e livres de sinais de mofos ou outro tipo de
Recepção
contaminação. Os materiais só poderão ser recebidos caso haja a apresentação
do laudo com os parâmetros exigidos na especificação.

Os materiais devem ser armazenados em local limpo, arejado, longe da luz


solar e livre de animais.Também não devem estar em contato com o piso e sim
Armazenamento
apoiados sobre estrados ou prateleiras das estantes.

Fonte: INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 8.

6.2. Água e esgoto


O Quadro 4, apresenta a especificação técnica da água que será utilizada nas etapas de
limpeza dos maquinários e no ambiente fabril como um todo. Para isso seguiu as especificações a
PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 do Ministério da Saúde sobre a
potabilidade de água.

Quadro 4. Especificação técnica da água.

Especificação Técnica

Matéria-prima: Água de abastecimento público

Descrição

Apto para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao
padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde.

Características Organolépticas

Aspecto: Fluido e translúcido


Cor: incolor
Cheiro: inodoro

27
Sabor: insípido

Características Físico Químicas e Microbiológicas

Teor mínimo de cloro residual livre = 0,5 mg/L


6,0 < pH < 9,5
Flúor = 0,7 mg/L
Uso de bactérias coliformes como indicadoras de contaminação fecal

Características Microscópicas

Microorganismo Tolerância para Amostra Indicativa

Escherichia coli ou
coliformes termotolerantes Ausência em 100 mL

Fonte: PORTARIA Nº 2.914.

No Quadro 5 podem ser observados os dados de cotação da água e esgoto.

Quadro 5. Cotação de água e esgoto.

Cotações

Produto: Água

Fornecedor Companhia de Saneamento de Minas Gerais


(COPASA)

Tipo Água de abastecimento público

Fixo: 33,00 R$/mês


> 10 a 20 m³: 9,216 R$/m³
Custos da água Preço (R$) > 20 a 40 m³: 11,611 R$/m³
(Cotação) > 40 a 200 m³: 14,073 R$/m³
> 200 m³: 16,550 R$/m³

Custo do esgoto Preço (R$) Fixo: 24,24 R$/mês


10,413 R$/m³

Fonte: Companhia de Saneamento de Minas Gerais (2023).

28
6.3. Limpador desinfetante clorado
A escolha do sanitizante foi baseada nas características da matéria prima, nesse caso para
limpeza interna e externa dos equipamentos, o produto escolhido foi um alcalino à base de
hidróxido de sódio e hipoclorito de sódio. A especificação técnica do sanitizante alcalino, e sua
cotação, se encontra no Quadro 6 e 7, respectivamente.

Quadro 6. Especificação técnica do limpador desinfetante clorado.

Especificação Técnica

Insumo: Limpador desincrustante e desinfetante clorado

Descrição

Desincrustante de elevada alcalinidade indicado para limpeza CIP e COP. Formulação balanceada com
sequestrantes de ferro e cálcio, dispersantes, álcalis, que associados ao cloro conferem maior eficiência na
desinfecção e remoção de resíduos protéicos e dissolução de óleos e gorduras.

Características Organolépticas

Aparência: Líquido Transparente


Cor: Amarelado
Odor: Característico

Características Físico Químicas

pH: 12,0 - 14,0


Peso específico: 1,160 - 1,210 g/cm³

Embalagem

Para serem aceitas na recepção as embalagens devem estar íntegras, lacradas,


sem rachaduras, furos ou materiais, emendando algum dano e limpas.
Recepção

Esse produto químico ficará armazenado em tanques de distribuição onde são


Armazenamento
feitas as diluições.

Fonte: Spartan (2023).

29
Quadro 7. Cotação do sanitizante.

Cotações

Produto: Sanitizante (NaOH)

Fornecedor Spartan do Brasil


Produtos Químicos Ltda.

Tipo galão

Tamanho 5L

Custos (Cotação) Preço (R$) 94,90

Fonte: Spartan (2023).

6.4. Embalagem Primária


O Quadro 8, apresenta a especificação técnica da embalagem que será utilizada no envase
do café torrado e moído, além de ser a embalagem que chega até o consumidor final.

Quadro 8. Especificação técnica da embalagem.

Especificação Técnica

Matéria Prima: Embalagem

Descrição

Embalagem composta por uma mistura de PET + PET METALIZADO + PE, espessura de 0,12 micras
Medidas 500g: 28 cm altura x 16 cm largura
Medidas 250g: 20 cm altura x 16 cm largura

Características Organolépticas

Aspecto: liso e maleável


Cor: Branco
Odor: Inodoro

Embalagem

30
As embalagens devem ser entregues contendo uma embalagem secundária.
Recepção
Esta deve estar íntegras, sem rasgos, furos, secas e livres de sinais de
contaminação.

As bobinas devem ser armazenadas em local limpo, arejado e longe da luz


solar. Além disso, para evitar pragas, não devem estar em contato com o
Armazenamento piso.

Fonte: EMBAVA (2023).

A cotação do preço da embalagem almofada está disposta no Quadro 9.

Quadro 9. Cotação das embalagens.

Cotações

Produto: Embalagem Primária

Fornecedor Embava

Tipo Almofada

Tamanho Medida 500g: 28 Medida 250g: 20 altura x


altura x 16 largura 16 largura

Quantidade mínima 250 unidades de cada tipo

Preço (R$) Medida 250g: 0,59 Medida 500g: 0,76


R$/unidade R$/unidade

Frete 12%
Custos (Cotação)

Impostos Não há cobrança de IPI e ICMS

Fonte: EMBAVA (2023).

6.5. Embalagem Secundária


O Quadro 10 apresenta a especificação técnica da embalagem secundária, caixas de
papelão, que será utilizada no empacotamento das embalagens almofadas.

31
Quadro 10. Especificação técnica da embalagem secundária.

Especificação Técnica

Matéria Prima: Embalagem Secundária

Descrição

Caixa de papelão de onda dupla com dimensões (mm) de 500x500x500 e espessura de 5,5mm

Características Organolépticas

Aspecto: liso e maleável


Cor:Marrom
Odor: Inodoro

Embalagem

Para garantir a limpeza da embalagem, estas devem estar íntegras, sem


Recepção
rasgos, furos ou materiais, emendando algum dano, secas e livres de sinais
de mofos ou outro tipo de contaminação

As bobinas devem ser armazenadas em local limpo, arejado e longe da luz


Armazenamento
solar. Além disso, para evitar pragas, não devem estar em contato com o
piso.

Fonte: N2 EMBALAGENS (2023).

No Quadro 11, tem-se a cotação das embalagens secundárias.

Quadro 11. Cotação das embalagens secundárias.

Cotações

Produto: Embalagem Secundária

Fornecedor N2 Embalagens

Tipo Caixa de papelão

Tamanho 500x500x500

Preço (R$) R$ 14,77

32
Imposto Pis /confins: 3,69%
ICMS: 18%
Custos (Cotação)
Frete 12%

Fonte: N2 EMBALAGENS (2023).

6.6. Embalagem Terciária


O Quadro 12 apresenta a especificação técnica da embalagem terciária, filme stretch, que
será utilizada no envelopamento das embalagens secundárias, as caixas de papelão.

Quadro 12. Especificação técnica da embalagem Terciária.

Especificação Técnica

Matéria Prima: Embalagem terciária

Descrição

Filme Stretch Transparente 250 mm X 25 MICRAS


Bobinas com 270 metros e 120 milímetros de diâmetro

Características Organolépticas

Aspecto: liso e maleável


Cor: Translúcida
Odor: Inodoro

Embalagem

Para garantir a limpeza da embalagem, estas devem estar íntegras, sem


Recepção
rasgos, furos ou materiais, emendando algum dano, secas e livres de sinais
de mofos ou outro tipo de contaminação

As bobinas devem ser armazenadas em local limpo, arejado e longe da luz


Armazenamento
solar. Além disso, para evitar pragas, não devem estar em contato com o
piso.

Fonte: NICPACK, (2023).

No Quadro 13 podem ser observados os dados de cotação das embalagens terciárias.

33
Quadro 13. Cotação das embalagens terciárias.

Cotações

Produto: Embalagem Terciária

Fornecedor NicPack

Tipo Stretch

Tamanho 250 mm x 25 MICRAS

Preço (R$) R$ 33,90

Imposto Sem acréscimos de IPI

Custos (Cotação)
Frete 12%

Fonte: NICPACK, (2023).

6.7. Embalagem Quaternária


O Quadro 14 apresenta a especificação técnica da embalagem quaternária, paletes, que
serão utilizados junto com o filme strech para o agrupamento das embalagens secundárias.

Quadro 16. Especificação técnica da embalagem quaternária.

Especificação Técnica

Matéria Prima: Embalagem quaternária

Descrição

Palete usado de madeira


Tamanho: 1,20 m x 1,00 m

Embalagem

Para garantir a limpeza da embalagem, estas devem estar íntegras, sem


Recepção
rasgos, furos ou materiais, emendando algum dano, secas e livres de sinais
de mofos ou outro tipo de contaminação

34
Os paletes devem ser armazenados em local limpo, arejado e longe da luz
Armazenamento
solar. Além disso, para evitar pragas, não devem estar em contato com o
piso.

Fonte: Mundial Log, (2023).

No quadro 15 podem ser observados os dados de cotação das embalagens quaternárias.

Quadro 15. Cotação das embalagens quaternárias.

Cotações

Produto: Embalagem Quaternária

Fornecedor Mundial.log

Tipo Palete

Tamanho 1,20 x 1,00

Custos (Cotação) Preço (R$) 30,50

Fonte: Mundial log, (2023).

6.8. Combustível
O Quadro 16 apresenta a especificação técnica do combustível que será utilizado no
projeto, o gás natural. Considerando a localização de nossa indústria utilizamos como base os
dados da GASMIG e a LEI Nº 14.134, DE 8 DE ABRIL DE 2021.

Quadro 16. Especificação técnica do gás natural.

Especificação Técnica

Matéria Prima: gás natural

Descrição

Gás formado por uma cadeia de hidrocarbonetos, sendo seu componente principal o metano (CH4).

Características Organolépticas

Aspecto: gasoso

35
Cor: Incolor
Odor: Mercaptana

Características Físico Químicas

Poder calorífico superior: 8.362 a 10.273 kcal/m³ a 1 atm e 20 ºC


Limite de inflamabilidade: 5-15% em volume (no ar)
Temperatura de chama: 1.945°C com ar
Ponto de ebulição: -162°C
Ponto de fulgor: -187,8 ºC
Densidade a​bsoluta: 0,65 a 0,80 kg/m³ a 1 atm e 20°C

A recepção ocorrerá por meio de tubulação.


Recepção

Fonte: COMPANHIA DE GÁS DE MINAS GERAIS, (2023).

No Quadro 17 podem ser observados os dados de cotação do combustível.

Quadro 17. Cotação do combustível.

Cotações

Produto: Combustível

Fornecedor Companhia de Gás de Minas Gerais

Tipo Gás Natural

Fixo: R$ 105,39
Custos (Cotação) Preço (R$) < 51 a 150 m³: 7,526222 R$/m³

Fonte: COMPANHIA DE GÁS DE MINAS GERAIS (2023).

7. BALANÇOS DE MATERIAL E ENERGIA

7.1. Balanço de material

7.1.1. Balanço de material na recepção


Uma vez que o produto já passou pela etapa de beneficiamento antes de chegar à
empresa, não há perdas nesta etapa.

36
7.1.2. Balanço de material no armazenamento
Para a etapa de armazenamento pós-recepção foi considerada uma margem de segurança
de perdas de 5% devido a eventuais sacas danificadas. Foi considerado que ao longo dos anos as
perdas mencionadas irão ser reduzidas dado ao aumento da produção e mão de obra qualificada.

7.1.3. Balanço de material na torração, resfriamento, moagem e descansos


Nas etapas de torração, resfriamento, descanso 1, moagem e descanso 2 (considerando o
grau médio de torra), a perda de massa esperada é de 17%, somando-se a perda de umidade, gás
carbônico e compostos voláteis.

7.1.4. Balanço de material no armazenamento


Para reduzir a perda de qualidade, optou-se pelo armazenamento a menores temperaturas
e menores umidades relativas do ambiente, sem presença de luz na sala de armazenagem
(RIBEIRO, 2010).
Os valores obtidos via cálculo, descritos no memorial de cálculo anexo 1.1, estão
apresentados nas tabelas 5, 6, 7 e 8.

Tabela 5. Massas de entrada em cada etapa em toneladas por batelada em baixa temporada.

𝐸𝑡𝑎𝑝𝑎 Armazena Resfriame Armazena


Recepção Torra Descanso Moagem Descanso
𝐴𝑛𝑜 mento nto mento

2024 3,60 3,60 3,42 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84

2025 3,64 3,64 3,46 2,87 2,87 2,87 2,87 2,87

2026 4,61 4,61 4,40 3,65 3,65 3,63 3,63 3,63

2027 2,79 2,79 2,66 2,21 2,21 2,20 2,20 2,20

2028 3,28 3,28 3,15 2,62 2,62 2,59 2,59 2,59

2029 3,42 3,42 3,28 2,72 2,72 2,70 2,70 2,70

2030 3,76 3,76 3,62 3,01 3,01 2,96 2,96 2,96

2031 2,67 2,67 2,58 2,14 2,14 2,11 2,11 2,11

2032 2,76 2,76 2,67 2,22 2,22 2,17 2,17 2,17

2033 2,97 2,97 2,88 2,39 2,39 2,34 2,34 2,34

37
Tabela 6. Massas de saída em cada etapa em toneladas por batelada em baixa temporada.

𝐸𝑡𝑎𝑝𝑎 Armazena Resfriame Armazena


Recepção Torra Descanso Moagem Descanso
𝐴𝑛𝑜 mento nto mento

2024 3,60 3,42 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84

2025 3,64 3,46 2,87 2,87 2,87 2,87 2,87 2,87

2026 4,61 4,40 3,65 3,65 3,65 3,63 3,63 3,63

2027 2,79 2,66 2,21 2,21 2,21 2,20 2,20 2,20

2028 3,28 3,15 2,62 2,62 2,62 2,59 2,59 2,59

2029 3,42 3,28 2,72 2,72 2,72 2,70 2,70 2,70

2030 3,76 3,62 3,01 3,01 3,01 2,96 2,96 2,96

2031 2,67 2,58 2,14 2,14 2,14 2,11 2,11 2,11

2032 2,76 2,67 2,22 2,22 2,22 2,17 2,17 2,17

2033 2,97 2,88 2,39 2,39 2,39 2,34 2,34 2,34

Tabela 7. Massas de entrada em cada etapa em toneladas por batelada em alta temporada.

𝐸𝑡𝑎𝑝𝑎 Armazena Resfriame Armazena


Recepção Torra Descanso Moagem Descanso
𝐴𝑛𝑜 mento nto mento

2024 3,00 3,00 2,847 2,363 2,363 2,363 2,363 2,363

2025 4,00 4,00 2,881 2,391 2,391 2,391 2,391 2,391

2026 3,84 3,84 3,667 3,044 3,044 3,044 3,044 3,044

2027 2,66 2,66 2,538 2,106 2,106 2,106 2,106 2,106

2028 3,13 3,13 3,003 2,493 2,493 2,493 2,493 2,493

2029 3,26 3,26 3,126 2,595 2,595 2,595 2,595 2,595

2030 3,58 3,58 3,451 2,864 2,864 2,864 2,864 2,864

2031 3,34 3,34 3,225 2,677 2,677 2,677 2,677 2,677

2032 3,45 3,45 3,342 2,774 2,774 2,774 2,774 2,774

2033 3,71 3,71 3,596 2,985 2,985 2,985 2,985 2,985

38
Tabela 8. Massas de saída em cada etapa em toneladas por batelada em alta temporada.

𝐸𝑡𝑎𝑝𝑎 Armazena Resfriame Armazena


Recepção Torra Descanso Moagem Descanso
𝐴𝑛𝑜 mento nto mento

2024 3,00 2,847 2,363 2,363 2,363 2,363 2,363 2,363

2025 4,00 2,881 2,391 2,391 2,391 2,391 2,391 2,391

2026 3,84 3,667 3,044 3,044 3,044 3,044 3,044 3,044

2027 2,66 2,538 2,106 2,106 2,106 2,106 2,106 2,106

2028 3,13 3,003 2,493 2,493 2,493 2,493 2,493 2,493

2029 3,26 3,126 2,595 2,595 2,595 2,595 2,595 2,595

2030 3,58 3,451 2,864 2,864 2,864 2,864 2,864 2,864

2031 3,34 3,225 2,677 2,677 2,677 2,677 2,677 2,677

2032 3,45 3,342 2,774 2,774 2,774 2,774 2,774 2,774

2033 3,71 3,596 2,985 2,985 2,985 2,985 2,985 2,985

7.2. Balanço de material nas etapas de embalagem

7.2.1. Embalagem primária

Para esta etapa foram calculados o número de pacotes necessários por dia.

7.2.2. Embalagem secundária

Na etapa da embalagem secundária, foi obtido o número de caixas necessárias


diariamente.

7.2.3 Embalagem terciária

No caso da embalagem terciária, foi calculado o comprimento necessário por dia de filme
stretch.

7.2.4 Embalagem quaternária

No caso da embalagem quaternária, foi calculado o número de pallets necessários para


acomodar as embalagens secundárias.

39
Os resultados obtidos, a partir dos cálculos descritos no memorial de cálculo anexo 1.1,
para estas quatro etapas estão apresentados nas tabelas 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16.

Tabela 9. Pacotes de 250 g e 500 g por dia necessários considerando a baixa temporada.

𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
Pacote de 250 g Pacote de 500 g
𝐴𝑛𝑜

2024 7562 7562

2025 7653 7653

2026 9689 9689

2027 11733 11733

2028 13813 13813

2029 14380 14380

2030 15792 15792

2031 16864 16864

2032 17387 17387

2033 18707 18707

Tabela 10. Pacotes de 250 g e 500 g por dia necessários considerando a alta temporada.

𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
Pacote de 250 g Pacote de 500 g
𝐴𝑛𝑜

2024 12603 12603

2025 12754 12754

2026 16148 16148

2027 19555 19555

2028 23022 23022

2029 23967 23967

2030 26319 26319

2031 28106 28106

2032 28978 28978

2033 31178 31178

40
Tabela 11. Caixas necessárias por dia para cada tipo de pacote considerando a alta temporada.

𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
Caixas para pacotes de 250 g Caixas para pacotes de 500 g
𝐴𝑛𝑜

2024 91 116

2025 92 117

2026 117 148

2027 142 179

2028 167 211

2029 174 220

2030 191 241

2031 204 258

2032 210 266

2033 226 286

Tabela 12. Caixas necessárias por dia para cada tipo de pacote considerando a baixa temporada.

𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
Caixas para pacotes de 250 g Caixas para pacotes de 500 g
𝐴𝑛𝑜

2024 55 69

2025 55 70

2026 70 89

2027 85 108

2028 100 127

2029 104 132

2030 114 145

2031 122 155

2032 126 160

2033 136 172

41
Tabela 13. Comprimento (metros) por dia de filme stretch necessário considerando a baixa temporada.

𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
Filme Stretch
𝐴𝑛𝑜

2024 310,418

2025 314,156

2026 397,734

2027 481,651

2028 567,063

2029 590,341

2030 648,276

2031 692,288

2032 713,762

2033 767,956

Tabela 14. Comprimento (metros) por dia de filme stretch necessário considerando a alta temporada.

𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
Filme Stretch
𝐴𝑛𝑜

2024 517,364

2025 523,593

2026 662,890

2027 802,752

2028 945,105

2029 983,902

2030 1080,460

2031 1153,813

2032 1189,604

2033 1279,927

42
Tabela 15. Número de pallets por dia necessários considerando a baixa temporada.

𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
Pallets
𝐴𝑛𝑜

2024 8

2025 8

2026 10

2027 12

2028 14

2029 15

2030 16

2031 17

2032 18

2033 19

Tabela 16. Número de pallets por dia necessários considerando a alta temporada.

𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
Pallets
𝐴𝑛𝑜

2024 13

2025 13

2026 17

2027 20

2028 24

2029 25

2030 27

2031 29

2032 30

2033 32

43
7.3. Balanço de energia
O balanço de energia foi feito para as etapas de torrefação e resfriamento descritos no
anexo 1.2. Os valores obtidos estão representados pelas tabelas 17 e 18.

Tabela 17. Demanda energética diária de cada processo (em kWh) para cada etapa em baixa temporada.
𝐸𝑡𝑎𝑝𝑎
Torra Resfriamento
𝐴𝑛𝑜

2024 294,740 161,123

2025 298,289 163,063

2026 377,646 206,445

2027 457,325 250,002

2028 538,423 294,335

2029 560,526 306,418

2030 615,535 336,489

2031 657,323 359,334

2032 677,713 370,480

2033 729,170 398,610

Tabela 18. Demanda energética de cada processo (em kWh) para cada etapa em alta temporada.
𝐸𝑡𝑎𝑝𝑎
Torra Resfriamento
𝐴𝑛𝑜

2024 466,672 268,539

2025 472,291 271,772

2026 601,087 345,886

2027 727,909 418,864

2028 861,477 495,723

2029 896,841 516,073

2030 989,985 569,671

2031 1057,195 608,346

2032 1095,637 630,466

2033 1178,825 678,336

44
8. DIAGRAMA DE FLUXO QUANTITATIVO GERAL E MAPAS DE OCUPAÇÃO

Os diagramas de fluxo quantitativo de massa e energia estão representados nas figuras 7 e


8, respectivamente, para os anos 1 e 10 do projeto no período de alta temporada.

Figura 7: Fluxograma quantitativo de massa e energia por batelada para o Ano 1 na alta temporada.

45
Figura 8: Fluxograma quantitativo de massa e energia por batelada para o Ano 10 na alta temporada.

Para a elaboração dos mapas de ocupação, ilustrados nos quadros 18, 19 e 20, levou-se
em consideração as informações citadas na tabela 19. Como observado no item 3.1.8, o consumo
do café aumenta nos meses mais frios do ano. Assim, a produção da Ville Coffee será
proporcional ao consumo, sendo dividida em baixa temporada (outubro, novembro, dezembro,
janeiro, fevereiro e março) e alta temporada (abril, maio, junho, julho, agosto e setembro). Dessa
forma, a produção nos meses de alta temporada será o dobro que as dos meses de baixa
temporada.
Em relação aos mapas de ocupação, considerou-se que a limpeza da instalação ocorre
somente em um turno e uma vez por semana, aos domingos. Além disso, como o tempo de cada

46
batelada total é de 10,25 horas, determinou-se um mínimo de dois turnos por dia para que todas
as etapas do processo (desde a torrefação até a estocagem) ocorram num mesmo dia.

Tabela 19: Produção durante os 10 anos de projeto.


10
1 (2024) 2 (2025) 3 (2026) 4 (2027) 5 (2028) 6 (2029) 7 (2030) 8 (2031) 9 (2032)
(2033)
Produção/ano
2.041,64 2.066,22 2.615,93 3.167,85 3.729,61 3.882,71 4.263,76 4.553,22 4.694,46 5.050,90
(ton)
Duração do
turno (h) 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
BAIXA TEMPORADA
Dias/semana 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
Dias/mês 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20
Meses/ano 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
Dias/ano 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120
Produção/mês
113,42 114,79 145,33 175,99 207,20 215,71 236,88 252,96 260,80 280,61
(ton)
Produção/dia
5,67 5,74 7,27 8,80 10,36 10,79 11,84 12,65 13,04 14,03
(ton)
Número de
turnos 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3
Bateladas/dia 2 2 2 4 4 4 4 6 6 6
Produção/batela
da (ton) 2,84 2,87 3,63 2,20 2,59 2,70 2,96 2,11 2,17 2,34
ALTA TEMPORADA
Dias/semana 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
Dias/mês 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24
Meses/ano 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
Dias/ano 144 144 144 144 144 144 144 144 144 144
Produção/mês
226,85 229,58 290,66 351,98 414,40 431,41 473,75 505,91 521,61 561,21
(ton)
Produção/dia
9,45 9,57 12,11 14,67 17,27 17,98 19,74 21,08 21,73 23,38
(ton)
Número de
turnos 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
Bateladas/dia 4 4 4 7 7 7 7 8 8 8
Produção/batela
da (ton) 2,36 2,39 3,03 2,10 2,47 2,57 2,82 2,63 2,72 2,92

47
Quadro 18: Mapa de ocupação dos anos 1 ao 3 nos períodos de baixa e alta temporada.

*Cada cor representa uma batelada do processo.

48
Quadro 19: Mapa de ocupação dos anos 4 ao 7 nos períodos de baixa e alta temporada.

*Cada cor representa uma batelada do processo.

49
Quadro 20: Mapa de ocupação dos anos 8 ao 10 nos períodos de baixa e alta temporada.

*Cada cor representa uma batelada do processo.

9. DEMANDA DE MATÉRIA-PRIMA, OUTROS INSUMOS E UTILIDADES

Os quadros 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27 e 28 registram as demandas de matéria prima, insumos e outras utilidades ao longo dos 10
anos de projeto para os períodos de baixa e alta temporada. Os valores de demanda por ano representam a demanda somente dos seis
meses de cada temporada.

50
Quadro 21: Demanda de matéria prima, outros insumos e utilidades no período de baixa temporada dos anos 1 ao 5.

1 (2024) 2 (2025) 3 (2026) 4 (2027) 5 (2028)


dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano

Café cru (toneladas) 7,19 143,85 863,09 7,28 145,58 873,48 9,22 184,31 1105,87 11,16 223,20 1339,19 13,14 262,78 1576,67

Gás natural (toneladas) 0,08 1,65 9,87 0,08 1,67 9,99 0,11 2,11 12,65 0,13 2,55 15,32 0,15 3,01 18,04

Ar de resfriamento
10,92 218,42 1310,51 11,05 221,05 1326,29 13,99 279,86 1679,14 16,95 338,90 2033,41 19,95 399,00 2394,00
(toneladas)
Embalagem primária 250g
11342 226849 1361095 11479 229580 1377483 14533 290658 1743950 17599 351984 2111903 414401 2486408
(núm. emb.) 20720

Embalagem primária 500g


5671 113425 680547 5740 114790 688741 7266 145329 871975 8800 175992 1055951 207201 1243204
(núm. emb.) 10360

Embalagem secundária 250g


82 1644 9863 83 1664 9982 105 2106 12637 128 2551 15304 3003 18017
(núm. emb.) 150

Embalagem secundária 500g


52 1041 6244 53 1053 6319 67 1333 8000 81 1615 9688 1901 11406
(núm. emb.) 95

Embalagem terciária (metros


6711,07 40266,39 6791,87 40751,22 8598,79 51592,73 10413,03 62478,18 12259,58 73557,49
de stretch) 335,55 339,59 429,94 520,65 612,98

Embalagem quartenária
168 1007 170 1019 215 1290 260 1562 306 1839
(núm. pallets) 8 8 11 13 15

Desinfetante clorado
12675,52 76053,10 12675,52 76053,10 13921,93 83531,57 14043,49 84260,92 14043,49 84260,92
(1x/semana) (L) 3168,88 3168,88 3480,48 3510,87 3510,87

Água de limpeza (1x/semana)


316,89 1901,33 316,89 1901,33 348,05 2088,29 351,09 2106,52 351,09 2106,52
(m³) 79,22 79,22 87,01 87,77 87,77

Água de consumo
4,80 28,80 4,80 28,80 6,12 36,72 6,66 39,96 7,74 46,44
colaboradores (m³) 0,24 0,24 0,31 0,33 0,39

Eletricidade (kWh) 288,53 5770,68 34624,10 288,53 5770,68 34624,10 360,07 7201,32 43207,89 718,53 14370,54 86223,23 718,53 14370,54 86223,23

51
Quadro 22: Demanda de matéria prima, outros insumos e utilidades no período de baixa temporada dos anos 6 ao 10.

6 (2029) 7 (2030) 8 (2031) 9 (2032) 10 (2033)


dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano

Café cru (toneladas) 13,68 273,57 1641,39 15,02 300,41 1802,48 16,04 320,81 1924,85 16,54 330,76 1984,55 17,79 355,87 2135,24

Gás natural (toneladas) 0,16 3,13 18,78 0,17 3,44 20,62 0,18 3,67 22,02 0,19 3,78 22,70 0,20 4,07 24,42

Ar de resfriamento
20,77 415,38 2492,27 22,81 456,14 2736,86 24,36 487,11 2922,67 25,11 502,22 3013,33 27,02 540,35 3242,12
(toneladas)
Embalagem primária 250g
431413 2588476 473751 2842505 505914 3035483 521607 3129643 561211 3367268
(núm. emb.) 21571 23688 25296 26080 28061

Embalagem primária 500g


215706 1294238 236875 1421252 252957 1517741 260804 1564822 280606 1683634
(núm. emb.) 10785 11844 12648 13040 14030

Embalagem secundária 250g


3126 18757 3433 20598 3666 21996 3780 22679 4067 24400
(núm. emb.) 156 172 183 189 203

Embalagem secundária 500g


1979 11874 2173 13039 2321 13924 2393 14356 2574 15446
(núm. emb.) 99 109 116 120 129

Embalagem terciária (metros


12762,84 76577,05 14015,36 84092,19 14966,87 89801,22 15431,14 92586,84 16602,78 99616,68
de stretch) 638,14 700,77 748,34 771,56 830,14

Embalagem quartenária
319 1914 350 2102 374 2245 386 2315 415 2490
(núm. pallets) 16 18 19 19 21

Desinfetante clorado
14043,49 84260,92 14043,49 84260,92 14043,49 84260,92 14043,49 84260,92 14043,49 84260,92
(1x/semana) (L) 3510,87 3510,87 3510,87 3510,87 3510,87

Água de limpeza (1x/semana)


351,09 2106,52 351,09 2106,52 351,09 2106,52 351,09 2106,52 351,09 2106,52
(m³) 87,77 87,77 87,77 87,77 87,77

Água de consumo
7,92 47,52 8,94 53,64 8,76 52,56 9,54 57,24 9,66 57,96
colaboradores (m³) 0,40 0,45 0,44 0,48 0,48
128753,1 128753,1 128753,1
14370,54 86223,23 14370,54 86223,23 21458,86 21458,86 21458,86
Eletricidade (kW) 718,53 718,53 1072,94 4 1072,94 4 1072,94 4

52
Quadro 23: Demanda de matéria prima, outros insumos e utilidades no período de alta temporada dos anos 1 ao 5.

1 (2024) 2 (2025) 3 (2026) 4 (2027) 5 (2028)


dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano

Café cru (toneladas) 11,99 287,70 1726,18 12,13 291,16 1746,97 15,36 368,62 2211,73 18,60 446,40 2678,38 21,90 525,56 3153,34

Gás natural (toneladas) 0,13 3,13 18,76 0,13 3,16 18,98 0,17 4,03 24,16 0,20 4,88 29,26 0,24 5,77 34,63

Ar de resfriamento
18,20 436,84 2621,02 18,42 442,10 2652,58 23,44 562,66 3375,95 28,39 681,37 4088,23 33,60 806,40 4838,40
(toneladas)
Embalagem primária 250g
18904 453698 2722189 19132 459161 2754965 24222 581317 3487901 29332 703968 4223806 828803 4972817
(núm. emb.) 34533

Embalagem primária 500g


9452 226849 1361095 9566 229580 1377483 12111 290658 1743950 14666 351984 2111903 414401 2486408
(núm. emb.) 17267

Embalagem secundária 250g


137 3288 19726 139 3327 19964 176 4212 25275 213 5101 30607 6006 36035
(núm. emb.) 250

Embalagem secundária 500g


87 2081 12487 88 2106 12637 111 2667 16000 135 3229 19375 3802 22811
(núm. emb.) 158

Embalagem terciária (metros 103185,4 124956,3 147114,9


13422,13 80532,79 13583,74 81502,43 17197,58 20826,06 24519,16
de stretch) 559,26 565,99 716,57 7 867,75 6 1021,63 7

Embalagem quartenária
336 2013 340 2038 430 2580 521 3124 613 3678
(núm. pallets) 14 14 18 22 26

Desinfetante clorado
12675,52 76053,10 12675,52 76053,10 13921,93 83531,57 14043,49 84260,92 14043,49 84260,92
(1x/semana) (L) 3168,88 3168,88 3480,48 3510,87 3510,87

Água de limpeza (1x/semana)


316,89 1901,33 316,89 1901,33 348,05 2088,29 351,09 2106,52 351,09 2106,52
(m³) 79,22 79,22 87,01 87,77 87,77

Água de consumo
1,09 6,55 1,09 6,55 1,25 7,49 1,38 8,28 1,54 9,22
colaboradores (m³) 0,27 0,27 0,31 0,35 0,38
102302,8 180021,7 180021,7
13616,96 81701,76 13616,96 81701,76 17050,48 30003,62 30003,62
Eletricidade (kWh) 567,37 567,37 710,44 6 1250,15 2 1250,15 2

53
Quadro 24: Demanda de matéria prima, outros insumos e utilidades no período de alta temporada dos anos 6 ao 10.

6 (2029) 7 (2030) 8 (2031) 9 (2032) 10 (2033)


dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano

Café cru (toneladas) 22,80 547,13 3282,79 25,03 600,83 3604,95 26,73 641,62 3849,69 27,56 661,52 3969,11 29,66 711,75 4270,47

Gás natural (toneladas) 0,25 6,01 36,05 0,28 6,63 39,79 0,30 7,08 42,49 0,31 7,34 44,04 0,33 7,90 47,38

Ar de resfriamento
34,98 839,50 5037,02 38,61 926,69 5560,15 41,23 989,61 5937,63 42,73 1025,59 6153,53 45,98 1103,46 6620,75
(toneladas)
Embalagem primária 250g
862825 5176953 947502 5685010 1011828 6070966 1043214 6259286 1122423 6734535
(núm. emb.) 35951 39479 42159 43467 46768

Embalagem primária 500g


431413 2588476 473751 2842505 505914 3035483 521607 3129643 561211 3367268
(núm. emb.) 17976 19740 21080 21734 23384

Embalagem secundária 250g


6252 37514 6866 41196 7332 43993 7560 45357 8133 48801
(núm. emb.) 261 286 306 315 339

Embalagem secundária 500g


3958 23747 4346 26078 4641 27848 4785 28712 5149 30892
(núm. emb.) 165 181 193 199 215

Embalagem terciária (metros 153154,1 168184,3 179602,4 185173,6 199233,3


25525,68 28030,73 29933,74 30862,28 33205,56
de stretch) 1063,57 1 1167,95 7 1247,24 3 1285,93 8 1383,56 6

Embalagem quartenária
638 3829 701 4205 748 4490 772 4629 830 4981
(núm. pallets) 27 29 31 32 35

Desinfetante clorado
14043,49 84260,92 14043,49 84260,92 14043,49 84260,92 14043,49 84260,92 14043,49 84260,92
(1x/semana) (L) 3510,87 3510,87 3510,87 3510,87 3510,87

Água de limpeza (1x/semana)


351,09 2106,52 351,09 2106,52 351,09 2106,52 351,09 2106,52 351,09 2106,52
(m³) 87,77 87,77 87,77 87,77 87,77

Água de consumo
1,60 9,58 1,79 10,73 1,75 10,51 1,90 11,38 1,91 11,45
colaboradores (m³) 0,40 0,45 0,44 0,47 0,48
180021,7 180021,7 205539,6 205539,6 205539,6
30003,62 30003,62 34256,61 34256,61 34256,61
Eletricidade (kW) 1250,15 2 1250,15 2 1427,36 7 1427,36 7 1427,36 7

54
Quadro 25: Demanda de esgoto para tratar no período de baixa temporada dos 5 primeiros anos.

1 (2024) 2 (2025) 3 (2026) 4 (2027) 5 (2028)


dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano
Esgoto (m³) 79,46 321,69 1930,13 79,46 321,69 1930,13 87,32 354,17 2125,01 88,10 2504,23 2146,48 88,16 358,83 2152,96

Quadro 26: Demanda de esgoto para tratar no período de baixa temporada dos anos 6 ao 10.

6 (2029) 7 (2030) 8 (2031) 9 (2032) 10 (2033)


dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano
Esgoto (m³) 88,17 359,01 2154,04 88,22 360,03 2160,16 88,21 359,85 2159,08 88,25 360,63 2163,76 88,25 360,75 2164,48

Quadro 27: Demanda de esgoto para tratar no período de alta temporada dos 5 primeiros anos.

1 (2024) 2 (2025) 3 (2026) 4 (2027) 5 (2028)


dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano
Esgoto (m³) 79,49 317,98 3815,76 79,49 317,98 3815,76 87,32 349,30 4191,55 88,12 352,47 4229,61 88,16 352,62 4231,48

Quadro 28: Demanda de esgoto para tratar no período de alta temporada dos anos 6 ao 10.

6 (2029) 7 (2030) 8 (2031) 9 (2032) 10 (2033)


dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano
Esgoto (m³) 88,17 352,68 4232,20 88,22 352,88 4234,50 88,21 352,84 4234,07 88,25 352,98 4235,80 88,25 353,00 4235,94

55
10. SISTEMAS DE MANUSEIO E DE ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS
ACABADOS

Os produtos serão armazenados em locais destinados exclusivamente à estocagem de


produto acabado. É importante que o local escolhido seja limpo, ventilado e ao abrigo de luz e
umidade, para garantir estabilidade ao longo de todo o shelf-life do produto. A iluminação do
local deve ser feita idealmente com lâmpadas de LED, uma vez que estas apresentam maior
economia de energia e menor carga térmica (OLIVEIRA; PAIVA, 2016).
Para certificar que o produto acabado mantenha sua melhor característica é de extrema
importância que as condições de transporte e armazenamento sejam controladas. Uma vez que
variações na temperatura e nos teores de umidade relativa nos armazéns podem deteriorar o
produto a partir da reidratação do pó de café e desenvolver um ambiente próspero para o
desenvolvimento dos fungos contaminantes. A fim de manter um bom armazenamento do
produto já envasado, a exposição à luz solar direta não é permitida, uma vez que pode acelerar o
processo de deterioração do café (EMBRAPA, 2004).
A cada lote serão realizadas as análises de controle de qualidade para garantir a
padronização e segurança dos produtos. Por sua vez, a análise microbiológica da toxina
ocratoxina será realizada por laboratório externo, demandando até 2 dias para obtenção da
aprovação ou reprovação do lote (LEAL, 2022). Posteriormente o material poderá ficar até 10
dias em estoque antes de ser direcionado aos consumidores.
A partir do momento que o material for aprovado, será possível direcioná-lo para o
estoque geral, dispondo os pallets contendo até 16 caixas e coberto pelo filme stretch. No
estoque será utilizado como critério de armazenagem o prazo de validade, a fim de garantir a
priorização da expedição dos itens mais antigos, adotando o modelo FIFO ("first in, first out").
Se torna responsabilidade do operador de armazém a organização dos pedidos a serem
expedidos, conferência de lotes, informações e integridade das embalagens, preparo de
documentação para acompanhar os produtos e por fim o registro das movimentações realizadas
(BARBOSA, 2014).
Durante todo o processo produtivo, medidas de proteção devem ser definidas pelo
empregador para prevenir acidentes e doenças do trabalho durante a utilização dos maquinários e
tempo de permanência na fábrica, de forma a garantir a integridade física dos trabalhadores e a

56
saúde, como prevê a Norma Regulamentadora (NR) 12 de Segurança no Trabalho em Máquinas
e Equipamentos.
Entre as medidas de proteção adotadas pela fábrica inclui-se: a proteção coletiva, as
medidas administrativas e medidas de proteção individual. Além do mais, os trabalhadores
devem seguir as orientações referentes aos procedimentos de operação, fornecimento,
alimentação, higienização, manutenção, inspeção, transporte, desativação, desmonte e descarte
dos equipamentos e maquinários. E se torna proibido realizar alterações nos dispositivos de
segurança dos maquinários e nas proteções mecânicas que possam colocar em risco os
trabalhadores (GUIA TRABALHISTA, 2011).
A NR 12 (2019) ainda garante que os locais de trabalho permitem que o trabalhador tenha
espaço adequado para a realização da atividade. Juntamente com isso, necessita-se adotar
medidas de controle de riscos biológicos, químicos e físicos para evitar acidentes e reduzir a
exposição dos colaboradores e do estoque do produto final. Para garantir um bom funcionamento
da unidade fabril será trivial a implementação de um Procedimento Operacional Padrão (POP).

11. SISTEMA ADOTADO PARA GARANTIA DE QUALIDADE

O conceito de qualidade de um alimento abrange os aspectos higiênicos, nutricionais e o


comprometimento com a saúde e segurança do consumidor. Para isso, a utilização de um sistema
de gestão da qualidade robusto - mas não absoluto ou irrefutável - é de extrema importância. A
utilização de ferramentas úteis e procedimentos definidos e executáveis, com constante
acompanhamento dos resultados e tomada de ações de melhoria contínua para aprofundar e
aperfeiçoar o sistema (SCALCO, MACHADO, 2009).
Apesar dos aspectos de qualidade física e o rendimento serem bastante influenciados
pelas condições do ambiente, o item de maior impacto e atenção quanto à qualidade do café é a
alta contaminação de ocratoxina (LEAL, 2022).

11.1 Boas Práticas de Fabricação

As Boas Práticas de Fabricação (BPF) podem ser definidas como um conjunto de


procedimentos com objetivo de garantir a qualidade dos alimentos, compreendendo
procedimentos, processos, controles e precauções que desenvolvam os processos industriais,

57
incrementem a qualidade e colaborem com a produção de alimentos seguros. A partir do
conteúdo da RDC n° 275/2002 é possível compreender os itens que compõem a avaliação das
Boas Práticas de Fabricação para o estabelecimento industrializador de alimentos.

11.1.1 Instalações
A configuração e a qualidade das instalações do local podem influenciar fortemente o
controle de qualidade e segurança dos alimentos produzidos. Por conta disso, é necessário
garantir que a área externa do estabelecimento seja livre de acúmulo de lixo e pragas, as
estruturas de teto, parede e divisórias estejam em bom estado de conservação e sejam de fácil
limpeza. Além do mais, o ambiente deve ser ventilado e iluminado, o funcionamento de portas e
janelas devem permitir a criação de barreiras adequadas a entrada de vetores.
Deve-se também controlar as instalações sanitárias a fim de garantir a qualidade da água,
coleta frequente e estocagem de resíduos e os procedimentos de higienização. Por fim, é
necessário organizar a disposição das áreas do estabelecimento, visando um fluxo de acordo com
o processo produtivo, o adequado armazenamento de matérias-primas, produtos finais, resíduos e
demais adequações que viabilizem a organização e gerenciamento das atividades, facilitando o
controle e correção de desvios que podem acarretar na depreciação da qualidade e/ou segurança
do produtos (BRASIL, 2002).

11.1.2 Equipamentos e utensílios

Com o objetivo de prevenir problemas de qualidade, todo maquinário, instrumento e


utensílio utilizados precisam ter sua integridade intacta. Além do mais, é importante garantir que
a esses possuem conformação que possibilite higienização além do controle de calibração e
manutenção preventiva e frequência de higienização realizada corretamente (BRASIL, 2002).

11.1.3 Manipuladores
Os funcionários envolvidos no processo produtivo devem prezar pelo uso de uniformes
limpos e adequados, ausência de adornos, proteção de cabelos e barba, bem como possuir hábitos
adequados de higiene, prezando pela lavagem frequente e correta das mãos. Para garantir a
segurança, os operadores devem ter acesso e fazer uso dos equipamentos de proteção individual
quando necessário, ser submetidos a controles periódicos de estado de saúde e receber

58
capacitações que os conduzam a posturas e procedimentos adequados quanto à higienização e
manipulação de alimentos (BRASIL, 2002).

11.1.4 Produção e transporte do alimento


Para garantir um processo de rastreabilidade efetivo, é necessário proceder e registrar
adequadamente as operações de recebimento e inspeção de matérias-primas, ingredientes e
embalagens. Além disso, é necessário prover um armazenamento dos insumos em local
protegido, limpo, e deve-se atentar à ordem de entrada dos produtos em estoque e seu prazo de
validade para o planejamento da produção.
No caso do processo produtivo, é importante que o fluxo da produção dificulte ao
máximo a contaminação do produto. Essa atividade pode se dar por meio da utilização de
barreiras físicas, controle de circulação de insumos e uma adequada organização do fluxo
produtivo. Por fim, é necessário garantir tanto o armazenamento quanto o transporte organizado
dos produtos, garantindo a higiene do ambiente ou veículo (BRASIL, 2002).

11.2 Procedimentos Operacionais Padronizados


Conforme a RDC n° 275/2002, os procedimentos operacionais padronizados (POPs) são
documentos que explicam de forma clara e executável as instruções para realização das tarefas
de rotina referentes aos setores de produção, transporte e armazenamento, que devem ser
firmados para garantir sua implementação, monitoramento, avaliação, registro e manutenção. No
caso de uma indústria de alimentos, os procedimentos devem contemplar os seguintes tópicos:

a) Higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios;


b) Controle da potabilidade da água;
c) Higiene e saúde dos manipuladores;
d) Manejo dos resíduos;
e) Manutenção preventiva e calibração de equipamentos;
f) Controle integrado de vetores e pragas urbanas;
g) Seleção das matérias-primas, ingredientes e embalagens;
h) Programa de recolhimento de alimentos.

59
Os Quadros 29 a 36 apresentam os Procedimentos Operacionais Padrões (POP)
generalizados para diferentes atividades presentes na fábrica:

Quadro 29. POP - Higienização dos equipamentos e ambientes.

PROCEDIMENTO PARA HIGIENIZAÇÃO

Setor Produção

Funcionário Encarregado de limpeza e operadores de produção

Procedimento Higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios

Data de elaboração

Data de revisão

Responsável

Descrição do procedimento Piso:


-Jogar água;
-Retirar resíduos sólidos;
-Jogar detergente diluído 2,0-2,5%;
-Esfregar com esfregão;
-Enxaguar com água;
-Retirar água com rodo.

Parede:
-Realizar limpeza úmida com água e detergente diluído 2,0-2,5%
com auxílio de esfregão;
-Enxaguar com água.

Portas e janelas:
-Realizar limpeza úmida com esponja umedecida em água e
detergente diluído 2,0-2,5%;
-Enxaguar com água;
-Aplicar álcool 70° em maçanetas.

Utensílios:

60
-Retirar resíduos com água corrente;
-Esfregar com esponja e detergente diluído 2,0-2,5%;
-Enxaguar;

Equipamentos (área externa):


-Jogar água para retirar resíduos;
-Aplicar detergente diluído 2,0-2,5%;
-Esfregar e deixar agir por 15 minutos;
-Enxaguar;
-Aplicar desinfetante diluído 0,4% e deixar agir por 10 minutos;
-Enxaguar.

Sanitários:
-Jogar água;
-Esfregar pias, torneiras, vaso sanitário e piso com
esponja/esfregão com detergente;
-Enxaguar;
-Jogar solução clorada 2,0 a 2,5% de cloro ativo e deixar agir por
15 minutos;
-Retirar excesso com rodo;
-Aplicar solução clorada em cestos de lixo e deixar agir por 15
minutos.

EPIs obrigatórios -Botina impermeável


-Luva de borracha
-Touca descartável
-Protetor de barba

Assinatura

Quadro 30. POP - Potabilidade de água.

PROCEDIMENTO PARA CONTROLE DE POTABILIDADE DA ÁGUA

Setor Produção

Funcionário Analista de qualidade

61
Procedimento Controle da potabilidade da água

Data de elaboração

Data de revisão

Responsável

Descrição do procedimento -Realizar a contratação de laboratório especializado para coletas e


análises de água da unidade;
-Recebimento e documentação dos laudos de microbiologia e
matéria orgânica realizados trimestralmente;
-Contratação e documentação do serviço de limpeza e higienização
de reservatórios de água realizado semestralmente.

EPIs obrigatórios N.A.

Assinatura

Quadro 31. POP - Higiene e saúde dos manipuladores.

PROCEDIMENTO DE HIGIENE E SAÚDE DOS MANIPULADORES

Setor Produção

Funcionário Operador de produção

Procedimento Higiene e saúde dos manipuladores

Data de elaboração

Data de revisão

Responsável

Descrição do procedimento Para manter a higiene básica:


-Aparar barba e bigode;
-Cobrir cabelos com touca;
-Utilizar roupas limpas;
-Manter unhas curtas e limpas, sem anéis ou esmalte;
-Não utilizar adornos;

62
-Ausência de afecções cutâneas, feridas e supurações;
-Ausência de sintomas e infecções respiratórias, gastrointestinais e
oculares.

Para higienização das mãos:


Deve se seguir essas instruções antes do início da carga de trabalho
ou trocar de atividade, antes de colocar e após retirar luvas, após
uso de sanitários, após manusear resíduos, antes de manusear
equipamentos ou utensílios, ao trocar de atividade, após tossir,
espirrar ou assoar o nariz
1) Molhe as mãos e antebraços;
2) Aplique o sabão e esfregue os antebraços;
3) Esfregue o dorso esquerdo com a palma direita e vice-versa;
4) Junte as palmas e entrelace os dedos esfregando-os;
5) Esfregue os polegares de forma rotacional;
6) Enxágue com água;
7) Utilize papel toalha descartável para secar as mãos.

Em momentos periódicos:
-Supervisão do estado de saúde dos manipuladores;
-Capacitação dos colaboradores quando admitidos;
-Supervisão da higiene pessoal e manipulação dos alimentos;
-Disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual
adequados com a função.

EPIs obrigatórios N. A.

Assinatura

Quadro 32. POP - Manejo de resíduos.

PROCEDIMENTO PARA MANEJO DOS RESÍDUOS

Setor Produção

Funcionário Encarregado pela limpeza

Procedimento Manejo dos resíduos

63
Data de elaboração

Data de revisão

Responsável

Descrição do procedimento - Esvaziar as lixeiras do setor produtivo duas vezes ao dia;


-Lavar os recipientes e tampas com água e detergente neutro e
enxaguá-los;
-Desinfetar os recipientes por 30 minutos com solução 2,0 a 2,5%
de cloro ativo;
-Escorrer os recipientes e secar naturalmente;
-Inserir sacos plásticos reforçados de acordo com a finalidade do
descarte (material reciclável ou não);
-Encaminhar o material para a área de armazenamento, garantindo
que se encontre em local isolado da produção e armazenamento,
sem acesso de vetores e pragas urbanas.

EPIs obrigatórios -Calça comprida


-Calçado de proteção
-Capacete de proteção
-Jaleco
-Luva nitrílica
-Touca descartável
-Protetor de barba

Assinatura

Quadro 33. POP - Manutenção preventiva e calibração dos equipamentos.

PROCEDIMENTO PARA MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CALIBRAÇÃO DOS


EQUIPAMENTOS

Setor Produção e laboratório de qualidade

Funcionário Analista de qualidade e de manutenção

Procedimento Manutenção preventiva e calibração dos equipamentos

64
Data de elaboração

Data de revisão

Responsável Analista de qualidade de manutenção

Descrição do procedimento -Elaboração e conferência do preenchimento diário de fichas de


verificação dos equipamentos pelos operadores;
-Mensalmente deve ser realizada a manutenção preventiva dos
equipamentos da linha de produção;
-Os prestadores de serviço devem seguir as mesmas regras
higiênicas dos operadores de produção;
-Receber, analisar e documentar o comprovante de manutenção
-Semestralmente deve ser realizada a calibração dos equipamentos
de medição, enviados para a empresa prestadora de serviço
-Receber, analisar e documentar o comprovante de calibração

EPIs obrigatórios N.A.

Assinatura

Quadro 34. POP - Controle de pragas.

PROCEDIMENTO PARA CONTROLE DE PRAGAS

Setor Produção

Funcionário Inspectores de Qualidade

Procedimento Controle integrado de vetores e pragas urbanas

Data de elaboração

Data de revisão

Responsável

Descrição do procedimento Inspeção semanal dos seguintes tópicos:


-Instalações livres de fendas e frestas;
-Portas ajustadas ao batente;

65
-Caixa de gordura adequadamente vedada;
-Aberturas para áreas externas fechadas ou teladas;
-Ralos sifonados;
-Lixo recolhido com diariamente e descartado adequadamente;
-Área de armazenamento sem acesso de vetores e pragas urbanas;
-Áreas internas e externas livres de materiais em desuso

Caso haja necessidade de controle químico


-Contratar uma empresa especializada e legalizada
-Acompanhar o responsável pela aplicação
-Recebimento e documentação do certificado de execução do
serviço

EPIs obrigatórios -Calça comprida


-Calçado de proteção
-Capacete de segurança
-Jaleco
-Luva nitrílica
-Touca descartável
-Protetor de barba

Assinatura

Quadro 35. POP - Seleção de matérias-primas, ingredientes e embalagens.

PROCEDIMENTO PARA SELEÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS, INGREDIENTES E


EMBALAGENS

Setor Qualidade

Funcionário Analista de qualidade

Procedimento Seleção de matérias-primas, ingredientes e embalagens

Data de elaboração

Data de revisão

66
Responsável

Descrição do procedimento -Avaliar os fornecedores quanto a regularização nos órgãos


competentes;
-Avaliar especificações técnicas e laudos de produtos quanto a
padrões regulamentares e éticos da empresa;
-Avaliar condições de estrutura do fornecedor, qualificação dos
profissionais e boas práticas de fabricação;
-Após início do contrato avaliar cumprimento das especificações,
condições higiênicas de veículos de entrega e integridade de
embalagens.

EPIs obrigatórios N.A.

Assinatura

Quadro 36. POP - Rastreabilidade e recolhimento de alimentos.

PROCEDIMENTO PARA RASTREABILIDADE E RECOLHIMENTO DE ALIMENTOS

Setor Qualidade

Funcionário Analista de qualidade

Procedimento Programa de recolhimento de alimentos

Data de elaboração

Data de revisão

Responsável Analista de qualidade

Descrição do procedimento -Reter lotes de produtos não conformes ainda em estoque e


segregá-los;
-Interromper entregas de produtos não conformes em trânsito;
-Rastrear entregas realizadas e informar clientes;
-Pedir recolhimento de produtos entregues e repor consumidor;
-Encaminhar produtos recolhidos para inutilização;
-Rastrear e verificar causas da não conformidade;

67
-Implementar e monitorar ações corretivas .

EPIs obrigatórios N.A.

Assinatura

11.3 Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle


O sistema APPCC (ou HACCP) configura-se em uma metodologia responsável pela
identificação e avaliação dos pontos críticos no processo de fabricação de alimentos a fim de
mitigar perigos físicos, químicos e microbiológicos que podem prejudicar a segurança, qualidade
ou uniformidade do produto. A elaboração desse sistema consiste em uma sequência de
atividades, sendo elas: análise de perigo, identificação dos pontos críticos de controle,
estabelecimento de limites críticos, de ações de monitoramento, de ações corretivas, dos
procedimentos de verificação e, por fim, dos procedimentos de registro (BELLAVER, 2018).
Os perigos passíveis de controle ou eliminação dentro do processo são analisados pela
árvore decisória e, então, podem ser eliminados através da implementação das Boas Práticas de
Fabricação. Porém, nos casos em que essa metodologia não se aplica, considera-se os Pontos
Críticos de Controle a fim de desenhar as ações a serem tomadas para contenção e mitigação
(BELLAVER, 2018).
Identificou-se dois Pontos de Controles para o processo, sendo um na etapa de torração e
o outro na moagem. Primeiramente, a etapa de torra do café tem grande importância na formação
do aroma e sabor da bebida do café, por isso é imprescindível que essa etapa ocorra
corretamente, a fim de garantir a qualidade do alimento (MELO, 2004). No caso da escolha
desse trabalho, é necessário que haja um controle do binômio tempo e temperatura, sendo ele 15
minutos a 230ºC, a fim de garantir a torra média do processo. Assim, deverá ocorrer retirada de 3
amostras ao fim desses 15 minutos, a fim de avaliar o perfil sensorial do produto de forma visual.
Caso seja avaliado que a torra ainda não foi atingida, deve-se entender o que ocasionou tal
problema no torrador, ajustar o equipamento e, por fim, retornar os grãos à torra para atingir o
resultado desejado.
Por fim, ainda como um outro Ponto de Controle, tem-se a etapa de moagem, na qual se
pode encontrar uma redução insuficiente das partículas. Tal avaliação é detectada pela análise de
granulometria com o auxílio do instrumento conhecido como grindômetro. Dessa forma, um

68
resultado inadequado dessa análise, exige a identificação de problemas no moinho que podem ter
promovido seu mau funcionamento. Assim, depois de identificado e corrigido o problema, é
necessário que haja uma nova passagem dos grãos pelo moinho, a fim de garantir a uniformidade
e qualidade do produto final.
Os quadros 37 a 39 apresentam os Pontos de Controles Críticos identificados para o
processo.
Quadro 37. Ficha de APPCC para armazenamento da matéria-prima.

Ficha de APPCC

Etapa de armazenamento

Tipo de perigo Químico

Identificação do perigo Degradação dos grãos

Limite crítico Umidade relativa máxima de 65% b.u. e temperatura


máxima de 20ºC

Medida preventiva O quê? Controle na armazenagem do grão


Como? Análise de umidade e temperatura
Quando? A cada recebimento
Quem? Analista de qualidade

Ação corretiva Corrigir a umidade relativa e temperatura de


armazenamento

Verificação Medição da umidade relativa e temperatura

Quadro 38. Ficha de APPCC para torrefação.

Ficha de APPCC

Etapa de torrefação

Tipo de perigo Químico e Biológico

Identificação do perigo Contagem de microrganismos acima do limite


regulatório e umidade dos grãos torrados

69
Limite crítico Ocratoxina: limite máximo de 10 µg/kg
Umidade do grão torrado: inferior a 3%

Medida preventiva O quê? Garantia de processo de torrefação adequado


Como? 230ºC, 15 minutos, até 3% de umidade
Quando? Durante torrefação
Quem? Operador de produção

Ação corretiva Nova torrefação

Verificação Análise microbiológica e medição da umidade do grão


torrado

Quadro 39. Ficha de APPCC para envase.

Ficha de APPCC

Etapa de envase

Tipo de perigo Físico

Identificação do perigo Presença de vidro ou material estranho no produto


envasado

Limite crítico Ausência

Medida preventiva O quê? Análise de presença de material estranho


Como? Realização de inspecções mensais para garantir
a condição básica. Caso haja anomalia irá realizar a
amostragem de embalagem de produto
Quando? Após envase
Quem? Analista de qualidade

Ação corretiva Descarte de embalagens, investigação de origem do


material, manutenção dos equipamentos quando
danificados

Verificação Planilhas de verificação de equipamentos

70
11.4. Controle de Qualidade do Produto Final
A Tabela 20 apresenta as análises a serem realizadas em produto acabado visando a
qualidade, padronização e segurança e os respectivos valores

Tabela 20. Análises para controle de qualidade do produto final.

Análise Realização Amostras/lote Equipamentos

Ocratoxina Externa 5 -

Granulometria Interna 5 Grindômetro

Visual, sabor, odor Interna 5 -

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2021), é dever da


empresa determinar a frequência de verificação de amostragem representativa do produto final
quanto ao cumprimento dos padrões estabelecidos, juntamente com a adoção das medidas que
visam garantir a segurança dos alimentos. Dessa forma, considerou-se a realização das análises
para todos os lotes do produto.

12. SUBPRODUTOS, RESÍDUOS E PROTEÇÃO AMBIENTAL

12.1 Resíduos
Os resíduos da empresa são constituídos pelo café torrado e moído remanescente nas
máquinas e borra de café. Dessa forma, durante a realização do COP o café torrado e moído
remanescente nas máquinas pode ser retirado de forma manual com uma escova. Por fim, esses
equipamentos ainda serão submetidos a uma lavagem manual com um detergente alcalino, a fim
de retirar sujidades menores, podendo ter a formação de borra de café durante esse processo
(HORTA, 2021).
Assim, é necessário que haja um tratamento desse efluente gerado pelo COP, a fim de que
a borra de café seja separada da água. E, então, tanto a borra de café quanto o café torrado e
moído podem ser doados a uma composteira, a qual promove a decomposição biológica aeróbia
da matéria orgânica, transformando-a em adubo (HORTA, 2021). Desse modo, a empresa

71
promove um descarte considerado hoje sustentável, dado que apesar de emitir diversos gases de
efeito estufa para a atmosfera, as perdas são compensadas uma vez que o composto gerado é
aplicado como corretivo agrícola (Hermann et al., 2011).

12.2 Efluentes
A água utilizada durante o COP dos equipamentos, da higienização das instalações e
instrumentos, além dos esgotos sanitários resultam nos efluentes. De acordo com a Resolução
CONAMA Nº 430 de 13 de maio de 2011, tais efluentes não possuem potencial de propiciar
qualquer efeito tóxico para todos os organismos aquáticos do corpo receptor (BRASIL, 2011).
É importante ressaltar que os efluentes da empresa devem estar com um pH entre 5 e 9,
além de obrigatoriamente estar em uma temperatura inferior a 40ºC, com até 3ºC de variação
para a temperatura do corpo receptor no limite da zona de mistura. Além disso, esses efluentes
devem possuir até no máximo 1 mL/L de materiais sedimentáveis, óleos vegetais até 50 mg/L e
ausência de materiais flutuantes. Ainda, o regime de lançamento deve cumprir com uma vazão
máxima de 1,5 vezes a vazão média do período de atividade diária. Todos esses critérios serão
regularmente avaliados pelo órgão ambiental. Por fim, a empresa deverá contratar laboratórios
que são acreditados pelo órgão ambiental e INMETRO a fim de realizar coletas e análises desses
efluentes (BRASIL, 2011). Desse modo, seguindo todas as legislações necessárias, o esgoto
deverá ser tratado pela Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais).

12.3 Embalagens

No que se refere às embalagens do produto final que por ventura são danificadas, ou
ainda outros tipos de embalagens como de matéria prima, insumos e materiais de limpeza serão
separadas corretamente, a fim de considerar o descarte correto. Dessa forma, haverá separação de
tudo que é passível de reciclagem, a fim de encaminhar para uma cooperativa local.

12.4 Ruídos, calores, odores e outras condições

A NR 15 estabelece um limite aceitável de exposição do trabalhador diante de atividades


que representam algum tipo de insalubridade, além de apresentar os direitos desses
trabalhadores. De acordo com essa Norma Regulatória, e considerando a jornada diária de

72
trabalho, o nível de ruído contínuo ou intermitente deve ser menor que 85 dB. Esse nível de
ruído é mensurado por um instrumento que mede o nível de pressão sonora próximo ao ouvido
do trabalhador durante o funcionamento das máquinas que funcionam enquanto o mesmo realiza
suas atividades rotineiras. Além disso, a empresa compromete-se a fornecer protetores
auriculares, a fim de garantir um ambiente de trabalho confortável para os operadores.
Juntamente a isso, essa Norma também estabelece limites de exposição ao calor. A fim de
cumprir tal limite, é necessário determinar no local de trabalho o índice de Bulbo e Termômetro
de Globo, o qual deve ser de no máximo 26,7, considerando que a atividade consiste de trabalho
moderado contínuo. Por fim, há outras condições que são caracterizadas como insalubres, como
por exemplo ruídos de impacto, radiações ionizantes ou não, condições hiperbáricas, vibrações,
frio, umidade, poeiras minerais, agentes químicos, benzeno ou agentes biológicos.

12.5 Preservação e conservação ambiental


A preservação e conservação do meio ambiente é uma das pautas que mais tem se
discutido nos últimos anos, considerando não somente ambientalistas e governantes, mas
também as indústrias e membros da sociedade. Ainda na década de 90, através do surgimento da
ISO 14000 (atualmente conhecida como ISO 14001), determinou-se um sistema de diretrizes
sobre Gestão Ambiental de empresas. Dessa forma, percebeu-se que a preocupação com os
impactos ambientais tem valor também na formação e valorização do perfil de negócio da
empresa, de modo que a causa ambiental se torna um diferencial para a empresa. Além disso, o
aumento de notícias e informações a respeito de problemas ambientais nos últimos anos tem feito
os consumidores buscarem por produtos e serviços de empresas que demonstram possuir uma
gestão ambiental robusta (SANCHES, 2011).
Um Sistema de Gestão Ambiental robusto, ainda que não seja certificado, é necessário
em empresas que buscam se tornar mais sustentáveis. O intuito desse sistema tem por base
realizar um mapeamento de todos os aspectos e impactos ambientais gerados por cada atividade
praticada pela empresa, a fim de propor um controle e também como minimizar esses impactos.
De modo que os aspectos legais e a composição de política ambiental da empresa sejam
divulgados interna e externamente, para que haja um posicionamento e uma definição de
objetivos e metas que minimizem e controle esses mesmos impactos (MIRANDA et al., 2019).

73
Dessa forma, as estratégias incorporadas dos autores pela empresa contemplam a
utilização de pôsteres e folderes a respeito da conscientização do uso racional dos recursos
hídricos, da energia, de papel, copos descartáveis e ar condicionado, além do descarte adequado
para os orgânicos, recicláveis e materiais eletrônicos. Ainda, serão realizadas campanhas que
eduquem ambientalmente todos os funcionários da empresa. Juntamente a isso, os fornecedores
deverão passar por uma validação quanto ao atendimento dos requisitos ambientais legais. Por
fim, haverá campanhas que conscientizem também os consumidores a respeito do produto e,
também, a embalagem primária deverá conter instruções quanto ao correto descarte da mesma
(MIRANDA et al., 2019).

13. ESPECIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS PARA O PROCESSAMENTO

Para a determinação dos tamanhos mínimos e máximos dos equipamentos de processo,


levou-se em conta o volume da produção diária e por batelada. Dessa forma, o tamanho mínimo
do silo para café cru foi definido a partir da produção diária do ano 1 na baixa temporada e o
tamanho máximo a partir da produção diária do ano 10 na alta temporada. Já para o restante dos
equipamentos de processo, o tamanho mínimo dos equipamentos foi definido a partir da
produção por batelada do ano 4 na alta temporada e o tamanho máximo a partir da produção do
ano 3 na baixa temporada.

13.1. Silo para café cru


A especificação técnica de projeto do silo para café cru está registrada no quadro 40 e os
modelos disponíveis do equipamento são dados no quadro 41.

Quadro 40. Especificação técnica do silo para café cru.

Especificação técnica

Equipamento: Silo para café cru

Características

Silo para café cru beneficiado com capacidade de armazenamento para um dia de produção.

Tamanho mínimo 7,19 toneladas/dia

máximo 29,66 toneladas/dia

74
Material e acabamento Aço inoxidável

Quadro 41. Modelos disponíveis de silos para café cru.

Fabricante Pinhalense Carmomaq

Tipo Balões Silo quadrado para café


cru

Modelo B20 SCCC4/3750

Capacidades mínima - -

máxima 12 a 72 toneladas 15 toneladas

Dimensões Diâmetro/Aresta 2m 2,26 m

Altura 3 até 11,50 m

Material e acabamento
Aço inoxidável
Aço inoxidável

13.2. Torrador
A especificação técnica de projeto do torrador está registrada no quadro 42 e os modelos
disponíveis do equipamento são dados no quadro 43.

Quadro 42. Especificação técnica do torrador.

Especificação técnica

Equipamento: Torrador

Tamanho mínimo 2,54 toneladas/batelada

máximo 4,40 toneladas/batelada

Material e acabamento Aço inoxidável

Tempo de torra 15 minutos/batelada

Combustível Gás natural

Quadro 43. Modelos disponíveis de torradores.

Fabricante Carmomaq Lilla

Modelo Superatto Opus 4G 40 Expert 2800

75
Capacidades mínima - 120 kg por torra 250 kg por torra

máxima 480 kg por torra 500 kg por torra 500 kg por torra

Material Aço inoxidável Aço inoxidável Aço inoxidável

Acabamento Pintura eletrostática - -

Tempo de torra 12 a 20 minutos 4 a 20 minutos 6 a 18 minutos

Potência 18 até 50 HP

Tipo de combustível Gás natural,


propano líquido ou
lenha

Outros detalhes Painel de controle Possibilidade de 6600 x 5100 x 5400


com sistema touch desenho da curva de mm
screen temperatura (CxLxA)

13.3. Silo de descanso para café torrado


A especificação técnica de projeto do silo de descanso de café torrado está registrada no
quadro 44 e os modelos disponíveis do equipamento são dados no quadro 45.

Quadro 44. Especificação técnica do silo de descanso para o café torrado.

Especificação técnica

Equipamento: Silo de descanso para o café torrado

Características

Silo para descanso de café torrado com capacidade de armazenamento de uma batelada. Conta com aberturas para
exaustão de umidade e gás carbônico residuais dos grãos.

Tamanho mínimo 2,10 toneladas/batelada

máximo 3,63 toneladas/batelada

Material e acabamento Aço inoxidável

Quadro 45. Modelos disponíveis de silos de descanso para o café torrado.

Fabricante Carmomaq

Modelo SCTQ4000

Capacidades mínima -

76
máxima 4000 kg

Material e acabamento Aço inoxidável

13.4. Moinho
A especificação técnica de projeto do moinho está registrada no quadro 46 e os modelos
disponíveis do equipamento são dados no quadro 47.

Quadro 46. Especificação técnica do moinho.

Especificação técnica

Equipamento: Moinho

Tamanho mínimo 2,10 toneladas/batelada

máximo 3,63 toneladas/batelada

Material e acabamento Aço inoxidável

Tempo de moagem 15 minutos/batelada

Quadro 47. Modelos disponíveis de moinhos.

Fabricante Carmomaq Lilla

Modelo Conjunto de moagem Orion 3000

Tipo Moinho martelo

Capacidades mínima - -

máxima 1000 kg/h 3000 kg/h


(250 kg/15 minutos) (750 kg/15 minutos)

Material e acabamento Aço inoxidável Aço inoxidável

Potência 28 cv

Tensão e frequência 220 V/60 Hz

Dimensões 2442 x 1936 x 1286 x


2738 mm
(AxCxLxP)

77
13.5. Silo de descanso para café torrado e moído
A especificação técnica de projeto do silo de descanso para o café torrado e moído está
registrada no quadro 48 e os modelos disponíveis do equipamento são dados no quadro 49.

Quadro 48. Especificação técnica do silo de descanso para o café torrado e moído.

Especificação técnica

Equipamento: Silo de descanso para o café torrado e moído

Características

Silo para descanso de café torrado e moído com capacidade de armazenamento de uma batelada. Conta com
aberturas para exaustão de umidade e gás carbônico residuais dos grãos.

Tamanho mínimo 2,10 toneladas/batelada

máximo 3,63 toneladas/batelada

Material e acabamento Aço inoxidável

Quadro 49. Modelos disponíveis de silos de descanso para o café torrado e moído.

Fabricante Carmomaq

Modelo SCM4000

Capacidades mínima -

máxima 4000 kg

Material e acabamento Aço inoxidável

Outros detalhes 2 motores de ¼ cv, 2 motores de 2 cv e 1 motor de


1 cv (220-380 volts)

13.6. Empacotadora
A especificação técnica de projeto da empacotadora está registrada no quadro 50 e os
modelos disponíveis do equipamento são dados no quadro 51.

Quadro 50. Especificação técnica da empacotadora.

Especificação técnica

Equipamento: Empacotadora

78
Capacidade mínimo 6285 pacotes por batelada

máximo 10900 pacotes por batelada

Material e acabamento Aço inoxidável

Tempo de empacotamento 15 minutos/batelada

Quadro 51. Modelos disponíveis de empacotadoras.

Fabricante Masipack

Modelo Ultra VS 300

Material Aço inox

Acabamento Aço inoxidável e vidro

Velocidade/capacidade 100 pacotes por minuto

Potência máxima 5 kVA em 220V

Consumo de ar 800 NI/min

Dimensões da máquina (CxLxA) (mm) 2293x1314x1845

Principais acessórios Aplicador de etiquetas, sanfonador, gás inerte

13.7. Agrupadora de pacotes


A especificação técnica de projeto da agrupadora de pacotes está registrada no quadro 52
e os modelos disponíveis do equipamento são dados no quadro 53.

Quadro 52. Especificação técnica de agrupadora de pacotes.

Especificação técnica

Equipamento: Agrupadora de pacotes

Tamanho mínimo 6285 pacotes por batelada

máximo 10900 pacotes por batelada

Material e acabamento Aço inoxidável ou carbono e polímero

Outros detalhes Encaixotamento dos pacotes de forma manual

Tempo de agrupamento 15 minutos/batelada

79
Quadro 53. Modelos disponíveis de agrupadora de pacotes.

Fabricante Masipack

Modelo Smart Belt

Material Aço carbono e polímero

Acabamento Pintura eletrostática ou aço inox

Velocidade 150 pacotes/min

Potência máxima 1,2 kVA em 220V

Largura da embalagem min-max (mm) 100-250

Comprimento da embalagem min-max (mm) 120-410

Dimensões da máquina (CxLxA) (mm) 5150x600x1390

14. ESPECIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS AUXILIARES

Para a determinação dos tamanhos mínimos e máximos dos transportadores de café cru,
café torrado e café moído, levou-se em conta o volume da produção diária e por batelada. Dessa
forma, o tamanho mínimo do transportador de café cru até o silo foi definido a partir da produção
diária do ano 1 na baixa temporada e o tamanho máximo a partir da produção diária do ano 10 na
alta temporada. Já para o restante dos transportadores, o tamanho mínimo dos equipamentos foi
definido a partir da produção por batelada do ano 4 na alta temporada e o tamanho máximo a
partir da produção do ano 3 na baixa temporada.
No caso da empilhadeira, a capacidade mínima foi determinada a partir do transporte de
um pallet de produto final por vez, isto é, o transporte de 16 caixas com pacotes de café de 500g
envolvidas no filme stretch. Como cada caixa de papelão contém 109 pacotes de café de 500g, o
pallet tem em média 23 kg e aproximando a soma das massas das embalagens primária,
secundária e terciária para 30 kg em cada pallet, a capacidade mínima é dada por:

𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 = 109 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑓é × 500𝑔 × 16 + 23 𝑘𝑔 + 30 𝑘𝑔

𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 = 925 𝑘𝑔

80
Por fim, a capacidade do porta pallet foi definida a partir do armazenamento de 10 dias
de produção, sendo a capacidade mínima de 80 pallets dado no ano 1 na baixa temporada e a
capacidade máxima de 320 pallets no ano 10 na alta temporada.

14.1. Transportadores de café cru, café torrado e café torrado e moído


Para a movimentação dos grãos ou do pó de café entre os equipamentos de processo, são
necessários a instalação de transportadores. As especificações técnicas de projeto dos
transportadores de café cru das sacas até o silo, de café cru do silo até o torrador, de café torrado
do torrador até o silo, de café torrado do silo até o moinho, de café moído do moinho até o silo e
de café moído do silo para a empacotadora estão registradas nos quadros 54, 56, 58, 60, 62 e 64 e
os modelos disponíveis dos equipamentos são dados nos quadros 55, 57, 59, 61, 63 e 65,
respectivamente.

Quadro 54. Especificação técnica do transportador de café cru das sacas até o silo.

Especificação técnica

Equipamento: Transportador de café cru até o silo

Características

Equipamento capaz de transportar os grãos de café cru das sacas até o silo de armazenamento

Capacidade mínimo 7,19 toneladas/dia

máximo 29,66 toneladas/dia

Material e acabamento Aço inoxidável

Tempo de transporte 15 minutos/batelada

Quadro 55. Modelos disponíveis de transportadores de café cru até o silo.

Fabricante Pinhalense

Modelo TPR-4 EAS-10

Tipo Transportador pneumático de grãos Elevador

Material e acabamento Aço inoxidável Aço inoxidável

Capacidade máxima 5 m³

Potência 3 HP

81
Dimensões da máquina 2,20 x 0,95 x 4,10
(CxLxA) (m)

Quadro 56. Especificação técnica do transportador de café cru do silo até o torrador.

Especificação técnica

Equipamento: Transportador de café cru do silo até o torrador

Características

Equipamento capaz de transportar os grãos de café cru do silo até o torrador

Capacidade mínimo 2,54 toneladas/batelada

máximo 4,40 toneladas/batelada

Material e acabamento Aço inoxidável

Tempo de transporte 15 minutos/batelada

Quadro 57. Modelos disponíveis de transportadores de café cru do silo até o torrador.

Fabricante Pinhalense

Modelo TTB-08

Tipo Transportador tubular

Material e acabamento Aço inoxidável

Capacidade máxima 8 toneladas/h

Potência do motor 1 HP

Velocidade da correia 100 m/min

Dimensões da máquina (CxLxA) (m) 10 x 0,50 x 0,80

Quadro 58. Especificação técnica do transportador de café torrado do torrador até o silo de descanso.

Especificação técnica

Equipamento: Transportador de café torrado do torrador até o silo

Características

Equipamento capaz de transportar os grãos de café torrado do torrador até o silo de descanso

Capacidade mínimo 2,10 toneladas/batelada

82
máximo 3,63 toneladas/batelada

Material e acabamento Aço inoxidável

Tempo de transporte 15 minutos/batelada

Quadro 59. Modelos disponíveis de transportadores de café torrado do torrador até o silo.

Fabricante Pinhalense

Modelo TPR-4 EAS-10

Tipo Transportador pneumático de grãos Elevador

Material e acabamento Aço inoxidável Aço inoxidável

Capacidade máxima 5 m³

Potência 3 HP

Dimensões da máquina 1,70 x 0,95 x 4,10


(CxLxA) (m)

Quadro 60. Especificação técnica do transportador de café torrado do silo até o moinho.

Especificação técnica

Equipamento: Transportador de café torrado do silo até o moinho

Características

Equipamento capaz de transportar os grãos de café torrado do silo até o moinho

Capacidade mínimo 2,10 toneladas/batelada

máximo 3,63 toneladas/batelada

Material e acabamento Aço inoxidável

Tempo de transporte 15 minutos/batelada

Quadro 61. Modelos disponíveis de transportadores de café torrado do silo até o moinho.

Fabricante Pinhalense

Modelo TTB-08

Tipo Transportador tubular

Material e acabamento Aço inoxidável

83
Capacidade máxima 8 toneladas/h

Potência do motor 1 HP

Velocidade da correia 100 m/min

Dimensões da máquina (CxLxA) (m) 10 x 0,50 x 0,80

Quadro 62. Especificação técnica do transportador de café moído do moinho até o silo de descanso.

Especificação técnica

Equipamento: Transportador de café moído do moinho até o silo

Características

Equipamento capaz de transportar o café moído do moinho até o silo de descanso

Capacidade mínimo 2,10 toneladas/batelada

máximo 3,63 toneladas/batelada

Material e acabamento Aço inoxidável

Tempo de transporte 15 minutos/batelada

Quadro 63. Modelos disponíveis de transportadores de café moído do moinho até o silo.

Fabricante Pinhalense

Modelo EAS-10

Tipo Elevador

Material e acabamento Aço inoxidável

Capacidade máxima

Potência

Dimensões da máquina (CxLxA) (m) 1,70 x 0,95 x 4,10

Quadro 64. Especificação técnica do transportador de café moído do silo até a empacotadora.

Especificação técnica

Equipamento: Transportador de café moído do silo até a empacotadora

Características

Equipamento capaz de transportar o café moído do silo até a empacotadora

84
Capacidade mínimo 2,10 toneladas/batelada

máximo 3,63 toneladas/batelada

Material e acabamento Aço inoxidável

Tempo de transporte 15 minutos/batelada

Quadro 65. Modelos disponíveis de transportadores de café moído do silo até a empacotadora.

Fabricante Pinhalense

Modelo TTB-08

Tipo Transportador tubular

Material e acabamento Aço inoxidável

Capacidade máxima 8 toneladas/h

Potência do motor 1 HP

Velocidade da correia 100 m/min

Dimensões da máquina (CxLxA) (m) 10 x 0,50 x 0,80

14.2. Empilhadeira
A especificação técnica de projeto da empilhadeira está registrada no quadro 66 e os
modelos disponíveis do equipamento são dados no quadro 67.

Quadro 66. Especificação técnica da empilhadeira.

Especificação técnica

Equipamento: Empilhadeira

Características

Capacidade de transportar um pallet por vez (16 caixas de pacotes de café)

Capacidade mínima 925 kg/pallet

Tempo de funcionamento 1 hora por dia

85
Quadro 67. Modelos disponíveis de empilhadeiras.

Fabricante Paletrans Still

Loja vendedora Nowak Still

Modelo PT1616 EXD 18K

Capacidade de carga nominal 1600 kg 1800 kg

Sistema de tração Elétrico com operador a pé Elétrico com operador a pé

Altura de elevação 1600 mm 1574 mm

Bateria tracionária Chumbo ácido ou lítio íon-lítion

Motor de tração 1,2 kW 1,2 kW

Motor de elevação 2,5 kW 1,2 kW

Dimensões da máquina (CxLxA) (mm) 1980 x 850 x 1970 1899 x 720 x 1574

14.3. Itens de escritório


Para o escritório, serão necessários notebooks, mesas e cadeiras. As especificações
técnicas de projeto desses itens estão registradas nos quadros 68, 70 e 72 e os modelos
disponíveis dos mesmos são dados nos quadros 69, 71 e 73.

Quadro 68. Especificação técnica do notebook.

Especificação técnica

Equipamento: Notebook

Características

Com processador e sistema operacional adequados para ambientes empresariais

Tempo de funcionamento

8 horas por dia

Quadro 69. Modelos disponíveis de notebooks.

Fabricante Dell

Loja vendedora Dell

Modelo Vostro 3525

Processador AMD Ryzen 5 5500U

86
Sistema operacional Windows 11

Memória RAM 8GB, expansível até 16 GB

Armazenamento SSD de 256 GB

Tela Full HD de 15,6”

Dimensões (AxLxP) (cm) 1,9 x 35,85 x 23,56

Peso 1,90 kg

Requisito energético 65 W

Quadro 70. Especificação técnica das mesas.

Especificação técnica

Equipamento: Mesas

Características

Mesa de escritório para uso como superfície de trabalho

Quadro 71. Modelos disponíveis de mesas.

Fabricante Avantti

Linha Create

Modelo 398213

Descrição Plataforma dupla componível 4 posições pé

Dimensões (cm) 240 x 132,2 x 74

Quadro 72. Especificação técnica das cadeiras.

Especificação técnica

Equipamento: Cadeiras

Características

Cadeira com base giratória e apoio para os braços

87
Quadro 73. Modelos disponíveis de cadeiras.

Fabricante Avantti

Linha Meet

Modelo 389018

Cor preta

Detalhes Cadeira giratória, espaldar alto, assento em tecido e encosto


em tela com apoio lombar

Dimensões (CxLxA) (cm) 64,5 x 54,5 x 113

14.4. Itens de laboratório


Para o laboratório, serão necessários equipamentos como medidor de umidade de grãos,
balança analítica, pHmetro e kit de vidraria. As especificações técnicas de projeto desses itens
estão registradas nos quadros 74, 76, 78 e 80 e os modelos disponíveis dos mesmos são dados
nos quadros 75, 77, 79 e 81.

Quadro 74. Especificação técnica do medidor de umidade de grãos.

Especificação técnica

Equipamento: Medidor de umidade de grãos

Características

Equipamento capaz de determinar a umidade dos grãos de café na recepção e no armazenamento dos mesmos
para manutenção da qualidade

Tempo de funcionamento

30 minutos por dia

Quadro 75. Modelos disponíveis de medidor de umidade de grãos.

Fabricante Gehaka

Modelo G2000

Fonte de energia Automática, monofásica, de 90V a 240VAC


Frequência de rede 50 a 60Hz

Dimensões (mm) 345 x 311 x 192

Peso 5,7 kg

88
Outros detalhes Simples de operar e fornece a leitura em poucos
segundos

Quadro 76. Especificação técnica da balança analítica.

Especificação técnica

Equipamento: Balança analítica

Características

Equipamento de medição precisa para determinação da massa de uma amostra dos grãos ou pó de café

Tempo de funcionamento

30 minutos por dia

Quadro 77. Modelos disponíveis de balança analítica.

Fabricante Gehaka

Modelo AG200

Carga máxima 199,9990 g

Tempo de medida 3 a 10 segundos

Faixa de uso da rede elétrica 90 a 240 VAC

Consumo 8W

Dimensões (mm) 240 x 260 x 300

Peso 5,2 kg

Outros detalhes Gabinete de chapa de aço com pintura epóxi

Quadro 78. Especificação técnica do pHmetro.

Especificação técnica

Equipamento: pHmetro

Características

Equipamento para verificação do pH dos extratos de café

Tempo de funcionamento

30 minutos por dia

89
Quadro 79. Modelos disponíveis de pHmetro.

Fabricante Gehaka

Modelo PG3000

Tipo pHmetro de bancada

Faixa de medição -2.000 a 20.000 pH

Consumo 2W

Dimensões (mm) 170 x 90 x 200

Peso 3,2 kg

Outros detalhes Também mede milivoltagem, oxirredução e


temperatura de uma amostra

Quadro 80. Especificação técnica do kit de vidraria.

Especificação técnica

Equipamento: Kit de vidraria

Características

Vidraria de laboratório para auxiliar nas análises físico-químicas de extratos de café

Quadro 81. Modelos disponíveis de kit de vidraria.

Fabricante Roster

Modelo KVR-266

Descrição Kit de vidrarias 110 peças

Composição 3 Bequer forma baixa graduado (Griffin) 50mL


3 Bequer forma baixa graduado (Griffin) 250mL
3 Bequer forma baixa graduado (Griffin) 600mL
2 Balão volumétrico com rolha de poli 100mL
1 Frasco Erlenmeyer boca estreita de 100 mL
1 Frasco Erlenmeyer boca estreita de 250 mL
3 Proveta graduada com base de poli 50 mL
3 Proveta graduada com base de poli 100 mL
10 Pipeta graduada sorológica 10 mL 1/10
5 Bastão de vidro medida diam 6X300mm
48 Tubo de vidro 13X100mm com tampa rosca
5 Placa de Petri 80X15mm em vidro
5 Vidro de relógio lapidado 100mm
1 Cálice de vidro graduado 125mL
1 Gral com pistilo em porcelada
3 Piseeta graduada em plástico de 250mL

90
3 Funil de vidro comum 100mm
5 Frasco conta gotas em plástico PP com pipeta
Pasteur
1 Pipetador de borracha 3 vias (pêra)
1 Estante para tubos de ensaio
1 Lâmina para microscopia 26X76mm (caixa c/50
unidades)
1 Lamínula para microscopia 20X20mm (caixa c/
100 unidades.)
1 Caixa porta lâminas 100 lugares

14.5. Porta pallet


Para o estoque dos produtos acabados, serão necessários porta-pallets para a melhor
organização dos mesmos no ambiente. A especificação técnica de projeto desse item está
registrada no quadro 82 e os modelos disponíveis dos mesmos são dados no quadro 83.

Quadro 82. Especificação técnica do porta pallet.

Especificação técnica

Equipamento: Porta pallet

Características

Organização dos pallets na posição horizontal e vertical dentro da área de estoque

Capacidade mínima 80 pallets/10 dias

máxima 350 pallets/10 dias

Quadro 83. Modelos disponíveis de porta pallet.

Fabricante Easy toque

Modelo PPA2L230P1Q2C2I

Dimensões (m)(AxLxP) 2,00 x 2,30 x 1,00

Outros detalhes 2 níveis, suporta até 2000 kg/nível

Os catálogos dos equipamentos de processo e auxiliares se encontram no anexo 3 deste


documento.

91
15. INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS E EDIFICAÇÕES

A norma vigente para instalações e construções industriais é a NR 8 (2011) que


especifica os pré-requisitos técnicos mínimos a serem atendidos para garantir as boas práticas e a
segurança do assalariado.
Edifícios de locais de trabalho devem ser projetados e edificados para evitar muita ou
pouca luz solar e fornecer proteção contra chuva. Já os locais de trabalho devem ter pé-direito e
pé direito interno conforme a situação municipal do Estado de São Paulo e atender à Portaria
3.214/78 do Ministério do Trabalho, que estabelece as condições de conforto, segurança e saúde
adequadas. Para esse projeto foi definido uma altura de 10 m de pé direito interno.
Os pisos dos ambientes não devem ter desníveis que impeçam a circulação de pessoas ou
materiais. Além disso, é importante que as aberturas nos pisos e paredes sejam protegidas de
forma que pessoas e objetos não caiam, sempre que for necessário, devem ser impermeabilizados
e protegidos contra umidade. Pisos, escadas e rampas devem ser capazes de suportar as cargas
móveis e fixas suficientes para as quais a edificação foi projetada, caso esses locais apresentem
risco de escorregamento, devem ser utilizados materiais antiderrapantes.
A iluminação do ambiente interno de trabalho deve atender à norma NBR/ISO 8995,
dependendo do trabalho a ser executado. Recomenda-se que a iluminação em qualquer ponto da
área de trabalho seja de no mínimo 70° da iluminação média determinada conforme a norma
NBR/ISO 8995.
Ainda segundo a norma NR 8 (2011), as partes externas das instalações e todas as que
separam unidades autônomas da edificação, mesmo que não correspondam à sua construção,
devem atender às normas técnicas oficiais de resistência ao fogo, isolamento térmico e
condicionamento acústico, durabilidade estrutural e impermeabilidade.
A norma vigente para máquinas e equipamentos de canteiro e área de trabalho é a NR 12
(2019). Esta estabelece os requisitos mínimos que devem ser seguidos para garantir as boas
práticas e a segurança do trabalhador.
Os locais de trabalho onde estão instaladas máquinas e equipamentos devem ser limpos
com frequência para não causarem riscos à saúde. As áreas de circulação e espaços ao redor de
máquinas e equipamentos devem ser dimensionados para permitir a movimentação segura de
materiais, pessoas e meios de transporte mecanizados. É definida uma distância variável de 0,70

92
m a 1,30 m, entre partes móveis de máquinas e/ou equipamentos. Máquinas e aparelhos devem
apresentar uma distância mínima de 0,60-0,80 m.
Além da distância mínima das máquinas, é necessário haver corredores e áreas reservadas
para armazenamento de materiais, sendo demarcados adequadamente com fita adesiva nas cores
da NR 26 (2015). A Tabela 21 mostra as distâncias mínimas recomendadas.
Nas principais vias circulares, no interior dos locais de trabalho e nas vias de acesso às
saídas, devem ter, pelo menos, 1,20 m de largura e estar devidamente delimitadas e
permanentemente acessíveis. Máquinas e equipamentos de grande porte devem possuir escadas
e passarelas que permitam acesso fácil e seguro às áreas onde as tarefas são necessárias.

Tabela 21. Distâncias mínimas recomendadas e sentidos de movimentação.

Movimentação Sentidos Circulação (m) Recipiente (m)

1 2

Empilhadeiras x 2,4 1,2

Empilhadeiras x 3,3 2,4

Tratores x 3,6 2,4

Pessoas x 1,2

Pessoas e carrinhos
x 1,2 0,8
de mão
Fonte: Villar e Júnior (2014).

A NR 12 (2019) também estabelece os requisitos necessários para proteção de máquinas


e equipamentos para aqueles que sofram risco de quebra de peças, partes ou tenham suas partes
salientes, seu movimento, alternância ou rotação também devem ser protegidos. Máquinas e
equipamentos que liberam partículas de materiais durante o processo de trabalho devem ser
protegidos para que essas partículas não representem perigo para os trabalhadores. Ademais,
segundo a NR 10 de 2019, equipamentos e aparelhos que utilizam ou produzem energia elétrica
devem ser aterrados eletricamente.

93
15.1. Acessos de veículos e pessoas e áreas externas

15.1.1. Acesso de Veículo e Pessoas

Veículos e pessoas poderão realizar o acesso por meio de uma entrada principal.

15.1.2. Áreas de Circulação Externas

A área externa terá calçadas e vias para que seja feita a circulação de pessoas e veículos.
As dimensões das mesmas estão representadas pela tabela 22.

Tabela 22. Dimensões das calçadas e vias.

Tipo Largura recomendada (m)

Via local 6

Faixa em via local 3

Calçada em via local 2,5

Via local - caminhões 8


Fonte: Prefeitura municipal da Serra (2021).

15.2. Estacionamento

Visitantes e funcionários que possuam automóveis poderão deixá-los em um


estacionamento próprio para os mesmos. Caminhões de transporte e descarga terão um
estacionamento próprio, além de uma área adequada para a carga e descarga dos produtos. A
tabela 23 dispõe das dimensões das vagas de estacionamento.

Tabela 23. Dimensões das vagas de estacionamento.

Tipo de vaga Comprimento recomendado (m) Largura recomendada (m)

Veículos 5,0 2,3

Carga e descarga 8,0 3,1

Carretas 20 3,1

Caminhão leve 8,0 3,1


Fonte: OLIVEIRA (2019).

94
De acordo com a legislação brasileira, é necessário reservar vagas específicas para
idosos, gestantes e pessoas com deficiência (PCDs) nos estacionamentos de empresas. As
proporções mínimas de vagas a serem reservadas variam de acordo com o tamanho total do
estacionamento.
Seguem as proporções estabelecidas pela Lei nº 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão
da Pessoa com Deficiência) e pela Resolução nº 303/2008 do Conselho Nacional de Trânsito
(CONTRAN):
Pessoas com deficiência: A proporção mínima é de 2% das vagas totais do
estacionamento. Portanto, para o último ano da empresa, com 160 funcionários, seriam
necessárias, pelo menos, 3 vagas reservadas para PCDs (160 x 0,02 = 3,2 arredondado para 3).
Gestantes: Não há uma legislação específica que estipule uma proporção mínima de
vagas para gestantes. No entanto, é recomendado que as empresas reservem algumas vagas
próximas à entrada ou em locais de fácil acesso para atender às necessidades dessas funcionárias.
Idosos: A Resolução nº 303/2008 do CONTRAN estabelece que 5% das vagas totais do
estacionamento devem ser reservadas para idosos. Portanto, para o último ano da empresa, para
160 funcionários, seriam necessárias, pelo menos, 8 vagas reservadas para idosos (160 x 0,05 =
8).

15.3. Refeitório, laboratório, área administrativa, vestiários, banheiros e


almoxarifado

15.3.1. Refeitório

Segundo a NR 24 (2019), sua área deve ter pelo menos 1,00 m² por usuário, caso em que
a capacidade deve ser de ⅓ do número total de colaboradores por turno. A largura da área de
circulação deve ser de no mínimo 0,75 m, e a circulação entre as bancadas e a bancada/parede
deve ter ao menos 0,55 m. Além disso, o piso deve ser impermeável, revestido com material
lavável, as paredes com superfície lisa, resistente e impermeável até uma altura de 1,50 m.
Próximo ao refeitório devem ser instaladas pias separadas ou compartilhadas.
Considerando que no último ano teremos no máximo 89 funcionários por turno, é
necessário que o refeitório tenha capacidade para, no mínimo, 30 funcionários. Assim, a área

95
mínima total é de 30 m2, mas utilizou-se um espaço maior considerando mesas, cadeiras, fornos
microondas, pias, armários, área de circulação e uma possível expansão.

15.3.2. Laboratório

No laboratório, segundo o IFSC (2014), deve ter bancadas acopladas, capelas, armário
para reagentes e vidrarias, pias, áreas de circulação e áreas de armazenamento. A largura das
áreas de circulação deve ser de no mínimo 1,5 m, enquanto a profundidade das bancadas
aproximadamente 0,60-0,7 m e a distância entre elas 0,40 m, devendo-se evitar comprimentos
superiores a 5 metros.
A tabela 24 apresenta as dimensões dos objetos no laboratório.

Tabela 24. Dimensões dos objetos no laboratório.

Objeto Comprimento (m) Largura (m) Altura (m)

Pia 0,60 0,60 --

Capela 1,70 1,70 1,50

Bancada 4,00 1,20 0,70

Armário 0,45 0,90 1,80

15.3.3. Área administrativa


Na área administrativa, cada colaborador precisa de 4,5 a 6 m², incluindo cadeiras,
passagens e mesas. No último ano, considerando que terão 39 funcionários administrativos e um
sistema de rotação híbrido, no qual teremos no máximo 50% dos funcionários presenciais por dia
(20 funcionários), estabeleceu-se 4,5 m2 para cada um dos 20 funcionários presentes,
possibilitando que os funcionários possam trocar o dia presencial e uma possível futura
expansão.

15.3.4. Vestiários
Para atividades as quais necessitem a troca de roupas dos funcionários, é fundamental a
instalação de vestiários. Estes devem conter armários para guardar roupas dos funcionários e
também devem ser separados para ambos os sexos. A NR 24 de 2019 estabelece a dimensão

96
mínima de 1,5 m² por colaborador. As dimensões dos armários estão apresentadas conforme a
tabela 25.

Tabela 25. Tipos de armários nos vestiários e suas dimensões.

Tipo Comprimento (m) Largura (m) Altura (m)

Simples 0,40 0,30 0,80

Duplo 0,40 0,50 0,80

Duplo 0,40 0,30 1,20


Fonte: NR 24 (2019).

15.3.5. Banheiros

Embora não haja uma legislação específica que estabeleça o número mínimo de
banheiros em relação ao número de funcionários no Brasil, podemos utilizar diretrizes comuns
para proporções de banheiros por gênero em ambientes de trabalho.
Com base na proporção de 50% de funcionários masculinos e 50% de funcionários
femininos em uma empresa de 160 funcionários, pode-se adotar uma proporção aproximada de
banheiros femininos e masculinos.
Banheiros femininos: Recomenda-se cerca de 1 vaso sanitário para cada 10 a 15
funcionárias. Portanto, com base em 80 funcionárias (50% de 160), considerou-se a instalação de
pelo menos 5 banheiros femininos.
Banheiros masculinos: Recomenda-se cerca de 1 mictório e 1 vaso sanitário para cada 20
a 30 funcionários. Com base em 80 funcionários masculinos (50% de 160), considerou-se a
instalação de pelo menos 4 mictórios e 3 vasos sanitários nos banheiros masculinos.
Largura mínima da porta: Geralmente, recomenda-se uma largura mínima de 0,60 metros
para a porta de acesso à cabine.
Espaço interno: Recomenda-se que a área interna da cabine tenha dimensões mínimas de
aproximadamente 0,90 metros por 1,10 metros.
As diretrizes para as dimensões da cabine de um banheiro acessível podem ser
encontradas na NBR 9050/2015 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Largura da porta: A largura mínima recomendada para a porta de acesso à cabine é de
0,80 metros. Essa medida permite a passagem de uma cadeira de rodas padrão.

97
Espaço interno: A área da cabine deve ser dimensionada de forma a permitir a manobra e
a circulação adequada de uma pessoa em uma cadeira de rodas. Recomenda-se uma área mínima
de 1,50 metro por 1,50 metro para a cabine.
Barras de apoio: Devem ser instaladas barras de apoio adequadas na área do vaso
sanitário e no espaço próximo à pia, para auxiliar na transferência e no equilíbrio das pessoas
com deficiência. As barras devem ser posicionadas em alturas e locais adequados para garantir a
segurança e a acessibilidade.

15.3.6. Almoxarifado
O objetivo do almoxarifado é armazenar insumos considerando 30 dias de produção de
alta temporada, tendo em conta a procura do ano 10, que consta na tabela 26. Conforme os dados
de produção obtidos, foram calculados o número total de caixas e paletes necessários para os 30
dias considerados, presentes nas tabelas 27 e 28.

Tabela 26. Embalagens necessárias no ano 10.

Dia Pacotes 250 g Pacotes 500 g

1 46768 23384

30 1403040 701520
Fonte: Autoria própria (2023).

Tabela 27. Caixas necessárias no ano 10.

Dia Total de caixas

1 553

30 16590

Tabela 28. Pallets necessários no ano 10.

Dia Pallets

1 35

30 1050

98
Conforme discutido no memorial de cálculo, cada caixa terá dimensões de 50 cm x 50 cm
x 50 cm. O pallet utilizado foi o da Mundial Log, com dimensões de 1000 mm x 1200 mm
(Mundial log, 2023).

16. DEMANDA DE ESPAÇO

Para o cálculo das áreas e distâncias mínimas de cada espaço da planta industrial,
levou-se em consideração as informações citadas no item 15 sobre instalações industriais e as
dimensões dos equipamentos citados nos itens 13 e 14.
Dessa forma, os cálculos se apresentam no anexo 1.5 e a demanda de espaço e as
dimensões para cada uma das áreas da planta industrial está descrita na tabela 29.

Tabela 29. Demanda de espaço das áreas da planta industrial.

Instalação Dimensões (m) Área (m²)


Área de processo 58,72 38,80 2278,34
Estoque de produtos de limpeza 14,00 5,30 74,20
Estoque de embalagens 14,00 8,00 112,00
Estoque de produto acabado 25,50 20,80 530,40
Portaria 10,00 16,00 160,00
Estacionamento de caminhões 8,00 46,50 372,00
Estacionamento de carros 10,00 57,50 575,00
Armazém de café cru 15,00 38,80 582,00
Laboratório 10,00 10,00 100,00
Banheiros e vestiários feminino 11,70 7,40 86,58
Banheiros e vestiários masculino 11,70 7,40 86,58
Refeitório 22,50 7,40 166,50
Área administrativa 13,20 10,00 132,00
Total 5255,60

O terreno foi dimensionado para acomodar a área total das instalações mais as áreas de
circulação de pessoas e veículos, tendo dimensões de 131,08 m x 75,40 m e ocupando uma área
total de 9.883,43 m². As plantas baixas das áreas de processo, armazenamento de produto
acabado e da área industrial total se encontram no anexo deste projeto.

99
17. MÃO DE OBRA

A legislação utilizada como base para a mão de obra foi a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), atualizada em 2017 (Lei n° 13.467, de 2017). A mesma aborda todos os tópicos
referentes a trabalho, incluindo registro do colaborador, férias, fiscalização, etc.
Ao que se refere ao registro do colaborador, o mesmo deve apresentar uma carteira de
trabalho, que será assinada pela empresa. Após realizada a contratação, o mesmo deve realizar
exames para atestar sua capacidade em trabalhar no ambiente ao qual será alocado (denominados
exames médicos admissionais).
A jornada de trabalho estipulada é de 8 horas diárias. Caso seja acordado, entre ambas as
partes, horas além do combinado, as mesmas serão consideradas horas extras, ressaltando que a
jornada se inicia a partir do horário acordado.
No entanto, segundo a Lei nº 11.788/2008, conhecida como Lei do Estágio a carga
horária do estágio deve ser compatível com as atividades escolares e não pode ultrapassar 6
horas diárias e 30 horas semanais, quando o estagiário estiver matriculado em curso de educação
superior, educação profissional de nível médio, educação especial ou nos anos finais do ensino
fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.
Quanto à remuneração do funcionário, o mesmo será pago conforme o salário mínimo
vigente ou com o piso de sua categoria, seja ela chão de fábrica, gestão, etc. O sexo do
colaborador não influenciará no valor e o salário deve suprir todas as suas necessidades básicas,
como alimentação, higiene, transporte e habitação.
No que diz respeito ao descanso dos colaboradores, segundo a legislação, estes devem
ter, no mínimo, uma hora, expressa sob a forma de almoço ou repouso. Ademais, após um
período de 12 meses de vigência do contratado, este tem direito a 30 dias de férias. As férias
podem ser desfrutadas pelo empregado sob uma divisão de até três períodos, sendo o primeiro
maior ou igual a 14 dias e os outros maiores ou iguais a 5 dias. Vale ressaltar também que o
início das férias não pode coincidir com sábados, domingos, feriados ou qualquer dia de
compensação de repouso semanal remunerado.
Referente ao número de funcionários, a NR 5 de 2019 declara que empresas públicas ou
privadas com um número superior a 20 funcionários devem possuir uma CIPA (Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes), a qual tem a finalidade de prevenir acidentes e doenças

100
provenientes do trabalho, tornando o ambiente mais seguro a todos.
Quanto à segurança do trabalho, a NR 6 de 2018 decreta que a empresa deve fornecer a
seus colaboradores equipamentos de proteção individual (EPIs) de maneira gratuita e regular,
sendo os EPIs compatíveis com o ambiente de trabalho, evitando assim injúrias aos funcionários.

17.1. Funcionários

Considerando a alta temporada, no primeiro ano de projeto (2024), com uma produção
diária de 9,45 toneladas e três turnos de 8 horas, foram definidos tanto a qualificação dos
funcionários, quanto sua quantidade, salário, salário com encargos e salário com encargos por
ano.
O quadro 84 representa todas as considerações feitas para cálculo dos encargos dos
colaboradores.
Quadro 84. Considerações feitas referentes aos encargos trabalhistas.

Fonte: retirada de Guia trabalhista (2021).

Para o funcionamento adequado da empresa, são necessários funcionários assumindo


cargos de liderança (como gerentes e supervisores), operadores, estagiários, funcionários de
limpeza, porteiros, técnicos, auxiliares e um diretor geral (CEO). Também são necessários
funcionários atuando diretamente com a produção (funcionários diretos), como auxiliares de
recebimento, de estocagem e de distribuição, assistentes gerais, operadores de higienização, de

101
produção e um supervisor de produção. A tabela 30 representa a relação de cargos, juntamente
com salários, encargos e número de funcionários no ano de 2024.
Os estagiários não têm direito ao 13º salário nem a outros encargos trabalhistas e
previdenciários previstos para os funcionários contratados sob o regime CLT (Consolidação das
Leis do Trabalho).
A carga horária do estágio, de acordo com a Lei nº 11.788/2008, pode ser de no máximo
6 horas diárias e 30 horas semanais para estudantes do ensino médio, da educação especial e dos
anos finais do ensino fundamental, desde que não haja prejuízo à frequência escolar. Para
estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio na
modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos), a carga horária máxima é de 6 horas diárias e
30 horas semanais, com exceção dos casos em que o estágio é obrigatório.

Tabela 30. Funcionários empregados no ano de 2024.


Total
Salário +
Cargo Colaboradores Salário (R$) anual/colaborad Total anual
Encargo
or

Funcionários indiretos

CEO 1 17.500,00 23.166,50 277.998,00 277.998,00


Gerente de
1 5.500,00 7.280,90 87.370,80 87.370,80
marketing
Analista de
1 2.500,00 3.309,50 39.714,00 39.714,00
marketing
Profissional em
2 2.000,00 2.647,60 31.771,20 63.542,40
marketing
Estagiário de
2 1.500,00 1.985,70 23.828,40 47.656,80
marketing
Gerente
2 5.000,00 6.619,00 79.428,00 158.856,00
comercial
Gerente
2 4.500,00 5.957,10 71.485,20 142.970,40
administrativo
Gerente de
2 6.000,00 7.942,80 95.313,60 190.627,20
qualidade
Analista de
2 2.200,00 2.912,36 34.948,32 69.896,64
qualidade
Estagiário de
1 1.500,00 1.500,00 18.000,00 18.000,00
qualidade

102
Gerente de
3 5.700,00 7.545,66 90.547,92 271.643,76
produção
Gerente
2 6.000,00 7.942,80 95.313,60 190.627,20
financeiro
Gerente de
recursos 1 5.500,00 7.280,90 87.370,80 87.370,80
humanos

Analista de RH 2 3.000,00 3.971,40 47.656,80 95.313,60

Estagiário em
1 1.500,00 1.500,00 18.000,00 18.000,00
RH
Comercial 4 2.700,00 3.574,26 42.891,12 171.564,48
Estagiário
2 1.500,00 1.500,00 18.000,00 36.000,00
comercial
Técnico de
6 2.300,00 3.044,74 36.536,88 219.221,28
laboratório
Analista
3 2.900,00 3.839,02 46.068,24 138.204,72
financeiro
Supervisor
3 3.300,00 4.368,54 52.422,48 157.267,44
geral
Mecânico 6 2.100,00 2.779,98 33.359,76 200.158,56
Eletricista 6 2.100,00 2.779,98 33.359,76 200.158,56
Porteiro 3 1.800,00 2.382,84 28.594,08 85.782,24
Funcionário de
2 1.500,00 1.985,70 23.828,40 47.656,80
limpeza
Funcionários diretos
Auxiliares de
2 1.800,00 2.382,84 28.594,08 57.188,16
recebimento
Auxiliares de
2 1.800,00 2.382,84 28.594,08 57.188,16
estocagem
Auxiliar de
2 1.800,00 2.382,84 28.594,08 57.188,16
distribuição

Assistente geral 2 1.800,00 2.382,84 28.594,08 57.188,16

Operador de
2 2.000,00 2.647,60 31.771,20 63.542,40
higienização
Operador de
6 2.000,00 2.647,60 31.771,20 190.627,20
produção
Supervisor de
3 4.000,00 5.295,20 63.542,40 190.627,20
produção
Total: 79 105.300,00 137.939,04 1.655.268,48 3.689.151,12

103
Considerando que há inflação ao longo do tempo, determinou-se um aumento salarial de
4% ao ano.
O CEO é responsável pela implementação das metas definidas nos planos operacionais e
de gestão segundo a missão da empresa através da coordenação geral de todas as áreas da
empresa.
Os gerentes de marketing e comercial, por sua vez, trabalham juntos para desenvolver
estratégias para aumentar as vendas de produtos e serviços, realizar pesquisas de mercado, visitas
e entrevistas com clientes para identificar as necessidades dos consumidores e desenvolver
projetos para atendê-las, aumentar o alcance e melhorar a imagem da marca, negociar prazos,
serviços e pagamentos. Ademais, lideram os analistas, profissionais e estagiários de suas
respectivas áreas.
O gerente administrativo é responsável por gerenciar e planejar os recursos e atividades
da área administrativa para garantir o cumprimento das normas e procedimentos da empresa.
Ademais, monitora processos e resultados e define estratégias para garantir o melhor
desempenho do negócio.
O gerente de qualidade atua na coordenação da equipe, gerindo os processos interligados
à área de controle de qualidade, por meio da análise da satisfação dos clientes. Os analistas e
estagiários de qualidade são coordenados pelo gerente e visam a garantia da qualidade do
produto.
O gerente de produção é responsável por controlar toda a produção da empresa,
permitindo que metas, prazos, quantias e custos estejam sob controle.
O gerente financeiro, por sua vez, realiza gestão de tributos, formação de preço de venda,
controle de contas a pagar, controle de aplicações financeiras e saldos bancários, além de
administrar o fluxo de caixa e de coordenar os analistas financeiros.
Os gerentes de recursos humanos planejam e desenvolvem estratégias de recrutamento,
seleção, treinamento, desenvolvimento, remuneração, relações trabalhistas e sindicalização
conforme os requisitos legais e as políticas da empresa. Também são responsáveis por coordenar
a equipe de analistas e estagiários de recursos humanos.
O setor comercial é composto de vendedores e estagiários, que asseguram aos clientes a
qualidade do produto e os convencem a comprá-lo. Também é composto por estagiários, além
dos analistas.

104
O setor de marketing tem a responsabilidade de promover e posicionar a empresa no
mercado, com o objetivo de aumentar o reconhecimento da marca, gerar demanda e impulsionar
as vendas através de pesquisa de mercado, planejamento estratégico, branding e identidade
visual, comunicação e publicidade, marketing digital, relacionamento com clientes,
monitoramento e análise de resultados
Os técnicos de laboratório são responsáveis ​por análises físico-químicas que garantam a
qualidade dos produtos e matérias-primas recebidos e produzidos na unidade produtiva.
O supervisor geral busca melhorar o processo de produção ou melhorar o produto,
introduzir novas tecnologias e adaptar as existentes. Ele também planeja e supervisiona
atividades industriais, lidera equipes e diversas etapas da produção.
Um mecânico de serviço é encarregado da manutenção de máquinas, motores e
equipamentos, além de reparar e substituir peças, realizar ajustes,trocas de óleo e limpeza do
motor.
O eletricista é responsável pela manutenção elétrica preventiva e corretiva de motores,
máquinas, equipamentos e instalações, impedindo, desta forma, problemas que possam
prejudicar o processo e/ou os colaboradores.
A empresa também terá porteiros disponíveis, para fazer controle da entrada e saída de
visitantes e funcionários, além de poder dar instruções referentes aos ambientes da empresa para
visitantes
Os funcionários de limpeza são encarregados de limpar ambientes da empresa, como as
salas onde estiverem os funcionários indiretos (como os departamentos comercial, de recursos
humanos, administrativo e financeiro), além de realizar a limpeza de banheiros, laboratório,
cozinhas e outros.
Os auxiliares de recebimento e estocagem são responsáveis ​por segregar, contar e
controlar os produtos recebidos e na área de estocagem para manter a organização e controle do
estoque.
O auxiliar de distribuição é encarregado de descarregar os produtos de maneira geral dos
veículos, auxiliar na descarga das entregas e na conferência da nota fiscal, além de atuar no
recebimento de pagamentos.

105
O assistente geral tem o objetivo de ajudar nos diferentes setores da empresa como forma
de suporte, podendo atuar no auxílio da higienização, distribuição, recebimento, armazenamento,
etc.
O operador de higienização é encarregado de realizar a limpeza dos maquinários, uma
vez que estes devem estar sempre limpos para manter a qualidade do produto, além de evitar que
as sujidades promovam danos aos equipamentos, implicando em problemas de processo e,
consequentemente, manutenções precoces e danos aos trabalhadores na linha.
O operador de produção é responsável por operar as máquinas e auxiliar os processos nas
linhas de produção, sendo eles separação de produtos e materiais, abastecimento de linhas de
produção, controle de qualidade, limpeza de máquinas e organização do ambiente de produção.
O supervisor de produção, por sua vez, supervisiona o desempenho da equipe de
produção, auxiliares de recebimento e ajudantes de depósito e os orienta conforme necessário
para manter o ritmo, a qualidade e a produtividade do trabalho. Também é responsável por
identificar desvios dos padrões do processo por meio de relatórios diários de produção.

18. ESTIMATIVA DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS

18.1 Investimento fixo

18.1.1 Equipamentos de processo e auxiliares

A estimativa dos investimentos em equipamentos de processo, bem como suas


instalações, instrumentação e outras despesas é apresentada na tabela 31. A partir dos modelos
disponibilizados no item 13, foram selecionados os equipamentos para o processo e a quantidade
de cada um foi definida a partir do tamanho máximo da especificação técnica do projeto. Foi
levado em consideração a compra dos equipamentos no ano 0 e ao longo dos 10 anos de projeto,
logo o frete foi proporcional a esse número de compras.

106
Tabela 31. Estimativa dos investimentos em equipamentos de processo.

Equipamentos de processo (EP) Modelo Quantidade Preço/unidade Frete Total+frete


Silo para café cru SCCC4/3750 2 R$ 225.000,00 R$ 7.390,00 R$ 457.390,00
Torrador Expert 2800 9 R$ 860.037,89 R$ 5.628,41 R$ 7.745.969,42
Silo para descanso café torrado SCTQ4000 2 R$ 70.600,00 R$ 7.390,00 R$ 148.590,00
Moinho Orion 3000 5 R$ 357.411,06 R$ 5.628,41 R$ 1.792.683,71
Silo para descanso café moído SCM4000 2 R$ 101.300,00 R$ 7.390,00 R$ 209.990,00
Empacotadora UltraVS-300 4 R$ 233.085,60 R$ 2.814,21 R$ 935.156,61
Agrupadora de pacotes SmartBelt 4 R$ 14.999,00 R$ 2.115,86 R$ 62.111,86
R$
Total EP
11.351.891,61
Estimativa dos outros itens do IF
%
(OI)
Instalação dos equipamentos 25% EP 0,25 R$ 2.837.972,90
Instrumentação da linha 13% EP 0,13 R$ 1.475.745,91
Instalação da rede de eletricidade 10% EP 0,1 R$ 1.135.189,16
Melhoramento da área externa 10% EP 0,1 R$ 1.135.189,16
Instalação física relacionada as
55% EP 0,55 R$ 6.243.540,38
utilidades
Engenharia e supervisão
32% EP 0,32 R$ 3.632.605,31
pré-operacional
R$
Total OI
16.460.242,83

A estimativa dos investimentos em equipamentos auxiliares é apresentada na tabela 32.


Similar ao item anterior, escolheu-se os modelos dos equipamentos auxiliares a partir dos
descritos no item 14 e as quantidades foram definidas a partir do tamanho máximo de
especificação do projeto e também da quantidade de equipamentos de processo.

107
Tabela 32. Estimativa dos investimentos em equipamentos auxiliares, itens de escritório e de laboratório.

Transportador até o silo EAS-10 2 R$ 26.300,00 R$ 3.695,00 R$ 56.295,00


Transportador até o torrador TTB-08 9 R$ 13.500,00 R$ 3.695,00 R$ 125.195,00
Transportador até silo de
TTB-08 9 R$ 13.500,00 R$ 3.695,00 R$ 125.195,00
descanso
Transportador até o moinho TTB-08 5 R$ 13.500,00 R$ 3.695,00 R$ 71.195,00
Transportador até silo
TTB-08 5 R$ 13.500,00 R$ 3.695,00 R$ 71.195,00
descanso 2
Transportador até
TTB-08 4 R$ 13.500,00 R$ 1.847,50 R$ 55.847,50
empacotadora
Empilhadeira PT1616 1 R$ 38.400,00 R$ 1.776,73 R$ 40.176,73
Vostro
Notebook 15 R$ 3.649,00 R$ 54.735,00
3525
Mesa de escritório 12
2 R$ 3.650,00 R$ 199,00 R$ 7.499,00
lugares
Cadeiras 24 R$ 1.217,86 R$ 2.549,04 R$ 31.777,68
Medidor de umidade +
1 R$ 10.780,00 R$ 2.304,08 R$ 13.084,08
calibração
Balança analítica +
1 R$ 9.360,00 R$ 9.360,00
calibração
Grindômetro 1 R$ 10.927,59 R$ 10.927,59
pHmetro + calibração 1 R$ 3.875,00 R$ 3.875,00
Kit de vidraria 110 peças 1 R$ 1.495,00 R$ 107,88 R$ 1.602,88
Porta pallet 88 R$ 1.574,00 R$ 2.691,00 R$ 141.203,00
Total EA R$ 819.163,46

18.1.2 Construção civil

Para esse projeto, considerou-se o cenário em que a empresa de café torrado e moído em
questão é nova no mercado, o que implica em uma implementação completamente nova também.
Dessa forma, o primeiro ponto a se considerar é a aquisição de um terreno para a construção da
unidade industrial. De acordo com os cálculos realizados no item 16, sabe-se que a área total
necessária para a implementação da fábrica é de 9.883,43 m²
Com isso, escolheu-se um terreno de 10.000 m² através do site OLX, localizado na cidade
de Varginha (MG). A escolha desse terreno levou em consideração o fácil acesso para
caminhões, pois está próximo da Rodovia. O valor do terreno anunciado é de R$ 7.000.000,00.

108
Considerando o Custo Unitário Básico de Construção (CUB) do Estado de Minas Gerais,
divulgado em maio de 2023, o Padrão Galpão Industrial (GI) é de R$ 1.158,36/m². Dessa forma,
ao considerar que a empresa terá uma área construída de 5.255,60 m², teremos um custo de
construção de R$ 6.087.876,82. De modo que então, o valor da construção civil será de:

𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑅$) = 𝑇𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 (𝑅$) + 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢çã𝑜 (𝑅$)


𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑅$ 13. 087. 876, 82

18.1.3 Frota

Esse projeto considerou, de acordo com uma pesquisa na internet, que um caminhão baú
em média custa R $700.000,00, além dos custos gerados por conta da manutenção, combustível e
motoristas. Por isso, decidiu-se pela terceirização da frota de caminhões devido ao alto
investimento inicial que seria necessário para adquirir uma frota própria. Dessa forma, de acordo
com Índice de Frete Repom (IFR) do terceiro trimestre de 2022, o valor do frete por km é de
R$7,97. A estimativa dos custos com transporte estão descritos no item 19.6.

18.1.4 Investimento Fixo Total

Assim, a estimativa do investimento fixo total é apresentada na tabela 33. A cotação do


dólar se encontra em R$4,78 no dia 20 de junho de 2023.

Tabela 33. Investimento Fixo Total.

Equipamentos de processo R$ 11.351.891,61


Estimativa dos outros itens do IF R$ 16.460.242,83
Equipamentos auxiliares R$ 819.163,46
Terreno R$ 7.000.000,00
Construção R$ 6.087.876,82
Subtotal R$ 41.719.174,72
Imprevistos R$ 4.171.917,47
Total R$ 45.891.092,19

109
19. ESTIMATIVA DOS CUSTOS UNITÁRIOS DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL

19.1. Mão de obra direta e indireta


Os custos estimados com a mão de obra direta e indireta foram definidos no item 17 e
estão apresentados nas tabelas 34 e 35. Os salários foram obtidos via Glassdoor e os encargos
foram somados considerando um aumento de 32,82%. O total anual foi calculado a partir da
multiplicação do total anual por colaborador pelo número de colaboradores.

Tabela 34. Funcionários indiretos empregados.


Funcionários indiretos
Ano Total anual
2024 3.015.601,68
2025 3.136.225,75
2026 3.819.394,81
2027 4.308.479,09
2028 4.904.644,19
2029 5.263.178,96
2030 5.892.706,17
2031 6.336.074,14
2032 6.746.048,99
2033 7.072.760,25

Tabela 35. Funcionários diretos empregados.


Funcionários diretos
Ano Total anual
2024 673.549,44
2025 700.491,42
2026 955.311,69
2027 1.029.262,44
2028 1.315.740,48
2029 1.368.370,10
2030 1.503.506,31
2031 1.563.646,57
2032 1.869.686,48
2033 1.944.473,94

110
19.2. Depreciação
Os valores de depreciação foram determinados a partir das taxas anuais de depreciação de
diversos ativos fornecidas pela Receita Federal e apresentadas na tabela 36. A tabela 37 mostra
as despesas de depreciação dos ativos da empresa por ano.

Tabela 36. Taxa anual de depreciação dos ativos utilizados.

Bem Taxa de depreciação anual

Edifícios 4%

Máquinas e Equipamentos 10 %

Instalações 10 %

Móveis e Utensílios 10 %

Ferramentas 15 %

Computadores 20 %

Veículos de carga 25 %

Tabela 37. Depreciação de ativos por ano.

Construção Móveis e Utensílios Equipamentos Computadores


Ano Total (R$)
(R$) (R$) (R$) (R$)
2024 R$ 243.515,07 R$ 18.208,26 R$ 1.193.423,75 R$ 10.947,00 R$ 1.466.094,08
2025 R$ 243.515,07 R$ 18.208,26 R$ 1.193.423,75 R$ 10.947,00 R$ 1.466.094,08
2026 R$ 243.515,07 R$ 18.208,26 R$ 1.193.423,75 R$ 10.947,00 R$ 1.466.094,08
2027 R$ 243.515,07 R$ 18.208,26 R$ 1.193.423,75 R$ 10.947,00 R$ 1.466.094,08
2028 R$ 243.515,07 R$ 18.208,26 R$ 1.193.423,75 R$ 10.947,00 R$ 1.466.094,08
2029 R$ 243.515,07 R$ 18.208,26 R$ 1.193.423,75 R$ 0,00 R$ 1.455.147,08
2030 R$ 243.515,07 R$ 18.208,26 R$ 1.193.423,75 R$ 0,00 R$ 1.455.147,08
2031 R$ 243.515,07 R$ 18.208,26 R$ 1.193.423,75 R$ 0,00 R$ 1.455.147,08
2032 R$ 243.515,07 R$ 18.208,26 R$ 1.193.423,75 R$ 0,00 R$ 1.455.147,08
2033 R$ 243.515,07 R$ 18.208,26 R$ 1.193.423,75 R$ 0,00 R$ 1.455.147,08

19.3. Impostos, seguros, manutenção e imprevistos

O IPTU (imposto predial e territorial urbano) foi calculado como sendo 1% do


investimento fixo total. Dessa forma, a estimativa do valor anual deste imposto está representado
na tabela 38.

111
Tabela 38. Cálculo do imposto predial e territorial urbano.

Investimento
R$ 45.891.092,19
fixo
2024 R$ 458.910,92
2025 R$ 458.910,92
2026 R$ 458.910,92
2027 R$ 458.910,92
2028 R$ 458.910,92
2029 R$ 458.910,92
2030 R$ 458.910,92
2031 R$ 458.910,92
2032 R$ 458.910,92
2033 R$ 458.910,92

A manutenção de equipamentos, edifícios e instalações é calculada tendo em conta os


preços declarados pelos fornecedores. Assim, foi estimado 3% do total de ativos, como mostra a
tabela 39.
Tabela 39. Custos com manutenção de equipamentos.

Equipamentos Quantidade Preço/unidade Frete Custo total Manutenção (3%)


Silo para café cru 2 R$ 225.000,00 R$ 7.390,00 R$ 457.390,00 R$ 13.721,70
Torrador 9 R$ 860.037,89 R$ 5.628,41 R$ 7.745.969,42 R$ 232.379,08
Silo para
descanso café 2 R$ 70.600,00 R$ 7.390,00 R$ 148.590,00 R$ 4.457,70
torrado
Moinho 5 R$ 357.411,06 R$ 5.628,41 R$ 1.792.683,71 R$ 53.780,51
Silo para
descanso café 2 R$ 101.300,00 R$ 7.390,00 R$ 209.990,00 R$ 6.299,70
moído
Empacotadora 4 R$ 233.085,60 R$ 2.814,21 R$ 935.156,61 R$ 28.054,70
Agrupadora de
4 R$ 14.999,00 R$ 2.115,86 R$ 62.111,86 R$ 1.863,36
pacotes
Transportador até
2 R$ 26.300,00 R$ 3.695,00 R$ 56.295,00 R$ 1.688,85
o silo
Transportador até
9 R$ 13.500,00 R$ 3.695,00 R$ 125.195,00 R$ 3.755,85
o torrador
Transportador até
9 R$ 13.500,00 R$ 3.695,00 R$ 125.195,00 R$ 3.755,85
silo de descanso

112
Transportador até
5 R$ 13.500,00 R$ 3.695,00 R$ 71.195,00 R$ 2.135,85
o moinho
Transportador até
5 R$ 13.500,00 R$ 3.695,00 R$ 71.195,00 R$ 2.135,85
silo descanso 2
Transportador até
4 R$ 13.500,00 R$ 1.847,50 R$ 55.847,50 R$ 1.675,43
empacotadora
Empilhadeira 1 R$ 38.400,00 R$ 1.776,73 R$ 40.176,73 R$ 1.205,30
Mesa de
escritório 12 2 R$ 3.650,00 R$ 199,00 R$ 7.499,00 R$ 224,97
lugares
Cadeiras 24 R$ 1.217,86 R$ 2.549,04 R$ 31.777,68 R$ 953,33
Medidor de
umidade + 1 R$ 10.780,00 R$ 2.304,08 R$ 13.084,08 R$ 392,52
calibração
Balança analítica
1 R$ 9.360,00 R$ 9.360,00 R$ 280,80
+ calibração
pHmetro +
1 R$ 3.875,00 R$ 3.875,00 R$ 116,25
calibração
Kit de vidraria
1 R$ 1.495,00 R$ 107,88 R$ 1.602,88 R$ 48,09
110 peças
Porta pallet 88 R$ 1.574,00 R$ 2.691,00 R$ 141.203,00 R$ 4.236,09
Total 93 R$ 2.025.011,41 R$ 65.616,13 R$ 11.964.189,48 R$ 358.925,68

Para o cálculo do seguro patrimonial, foi considerado 1% do patrimônio total da empresa


(investimento fixo – R$ 45.891.092,19) (GENEBRA SEGUROS, 2021). Ademais, os custos
totais com manutenção de edificações foram calculados considerando 3% sobre o valor total de
edificações (R$ 6.087.876,82). Os custos com imprevistos foram apresentados na tabela 33. A
tabela 40 apresenta o valor do seguro patrimonial e da manutenção de edificações.

113
Tabela 40. Seguro patrimonial e manutenção com edificações.

Seguro
patrimonial R$ 4.589.109,22 Construção R$ 6.087.876,82
total
2024 R$ 458.910,92 R$ 182.636,30
2025 R$ 458.910,92 R$ 182.636,30
2026 R$ 458.910,92 R$ 182.636,30
2027 R$ 458.910,92 R$ 182.636,30
2028 R$ 458.910,92 R$ 182.636,30
2029 R$ 458.910,92 R$ 182.636,30
2030 R$ 458.910,92 R$ 182.636,30
2031 R$ 458.910,92 R$ 182.636,30
2032 R$ 458.910,92 R$ 182.636,30
2033 R$ 458.910,92 R$ 182.636,30

114
19.4. Insumos e utilidades

Os custos com insumos e utilidades ao longo dos anos estão representados pelas tabelas 41 e 42 (alta temporada) e 43 e 44
(baixa temporada). O custo por kWh de energia considerado foi de R$ 0,63 no horário fora ponta (21:01 h a 17:59 h) e R$ 1,49 no
horário ponta (18:00 h a 21:00 h) (Cemig, 2023). A partir dos mapas de ocupação, foi calculado o custo de energia diário e anual.

Tabela 41. Custos com embalagens considerando alta temporada.

Custo com emb. Custo com emb. Custo com caixa Custo com filme Custo com pallet
Ano Frete (12%) Total por ano
250g anual 500g anual papelão anual stretch anual anual
2024 R$ 1.606.091,65 R$ 1.034.431,91 R$ 475.787,72 R$ 10.469,26 R$ 61.406,25 R$ 382.582,41 R$ 3.570.769,20
2025 R$ 1.625.429,55 R$ 1.046.886,83 R$ 481.516,37 R$ 10.595,32 R$ 62.145,60 R$ 387.188,84 R$ 3.613.762,51
2026 R$ 2.057.861,44 R$ 1.325.402,28 R$ 609.619,75 R$ 13.414,11 R$ 78.678,92 R$ 490.197,18 R$ 4.575.173,69
2027 R$ 2.492.045,50 R$ 1.605.046,25 R$ 738.242,20 R$ 16.244,33 R$ 95.279,23 R$ 593.622,90 R$ 5.540.480,41
2028 R$ 2.933.961,88 R$ 1.889.670,36 R$ 869.155,27 R$ 19.124,95 R$ 112.175,17 R$ 698.890,51 R$ 6.522.978,14
2029 R$ 3.054.402,22 R$ 1.967.242,11 R$ 904.834,45 R$ 19.910,03 R$ 116.780,01 R$ 727.580,26 R$ 6.790.749,09
2030 R$ 3.354.155,79 R$ 2.160.303,73 R$ 993.633,29 R$ 21.863,97 R$ 128.240,59 R$ 798.983,68 R$ 7.457.181,05
2031 R$ 3.581.869,88 R$ 2.306.967,04 R$ 1.061.091,19 R$ 23.348,32 R$ 136.946,86 R$ 853.226,79 R$ 7.963.450,08
2032 R$ 3.692.978,99 R$ 2.378.528,84 R$ 1.094.006,09 R$ 24.072,58 R$ 141.194,93 R$ 879.693,77 R$ 8.210.475,19
2033 R$ 3.973.375,81 R$ 2.559.123,40 R$ 1.177.070,69 R$ 25.900,34 R$ 151.915,44 R$ 946.486,28 R$ 8.833.871,96

115
Tabela 42. Custo com insumos e utilidades considerando alta temporada.

Custo com Custo com água Custo com Custo com Custo com gás
Ano Total por ano
sanitizante anual anual esgoto anual energia anual natural por ano
2024 R$ 1.443.487,90 R$ 32.315,58 R$ 20.354,40 R$ 60.255,04 R$ 186.484,54 R$ 1.742.897,46
2025 R$ 1.443.487,90 R$ 32.315,58 R$ 20.354,40 R$ 60.255,04 R$ 188.722,26 R$ 1.745.135,19
2026 R$ 1.585.429,18 R$ 35.502,75 R$ 22.359,71 R$ 75.448,36 R$ 240.015,32 R$ 1.958.755,31
2027 R$ 1.599.272,21 R$ 35.883,16 R$ 22.599,06 R$ 132.766,02 R$ 290.522,26 R$ 2.081.042,70
2028 R$ 1.599.272,21 R$ 35.976,10 R$ 22.657,54 R$ 132.766,02 R$ 343.715,55 R$ 2.134.387,42
2029 R$ 1.599.272,21 R$ 36.011,85 R$ 22.680,03 R$ 132.766,02 R$ 357.799,26 R$ 2.148.529,37
2030 R$ 1.599.272,21 R$ 36.126,24 R$ 22.752,01 R$ 132.766,02 R$ 394.893,79 R$ 2.185.810,27
2031 R$ 1.599.272,21 R$ 36.104,80 R$ 22.738,51 R$ 151.585,50 R$ 421.660,25 R$ 2.231.361,27
2032 R$ 1.599.272,21 R$ 36.190,59 R$ 22.792,49 R$ 151.585,50 R$ 436.969,64 R$ 2.246.810,44
2033 R$ 1.599.272,21 R$ 36.197,74 R$ 22.796,99 R$ 151.585,50 R$ 470.099,42 R$ 2.279.951,87

116
Tabela 43. Custo com embalagens considerando baixa temporada.

Custo com emb. Custo com emb. Custo com caixa Custo com filme Custo com pallet
Ano Frete (12%) Total por ano
250g anual 500g anual papelão anual stretch anual anual
2024 R$ 803.045,82 R$ 517.215,95 R$ 237.893,86 R$ 5.234,63 R$ 30.703,13 R$ 191.291,21 R$ 1.785.384,60
2025 R$ 812.714,78 R$ 523.443,42 R$ 240.758,18 R$ 5.297,66 R$ 31.072,80 R$ 193.594,42 R$ 1.806.881,26
2026 R$ 1.028.930,72 R$ 662.701,14 R$ 304.809,88 R$ 6.707,06 R$ 39.339,46 R$ 245.098,59 R$ 2.287.586,84
2027 R$ 1.246.022,75 R$ 802.523,13 R$ 369.121,10 R$ 8.122,16 R$ 47.639,61 R$ 296.811,45 R$ 2.770.240,20
2028 R$ 1.466.980,94 R$ 944.835,18 R$ 434.577,64 R$ 9.562,47 R$ 56.087,58 R$ 349.445,26 R$ 3.261.489,07
2029 R$ 1.527.201,11 R$ 983.621,06 R$ 452.417,23 R$ 9.955,02 R$ 58.390,00 R$ 363.790,13 R$ 3.395.374,54
2030 R$ 1.677.077,90 R$ 1.080.151,87 R$ 496.816,64 R$ 10.931,98 R$ 64.120,29 R$ 399.491,84 R$ 3.728.590,52
2031 R$ 1.790.934,94 R$ 1.153.483,52 R$ 530.545,59 R$ 11.674,16 R$ 68.473,43 R$ 426.613,40 R$ 3.981.725,04
2032 R$ 1.846.489,49 R$ 1.189.264,42 R$ 547.003,04 R$ 12.036,29 R$ 70.597,46 R$ 439.846,89 R$ 4.105.237,60
2033 R$ 1.986.687,91 R$ 1.279.561,70 R$ 588.535,34 R$ 12.950,17 R$ 75.957,72 R$ 473.243,14 R$ 4.416.935,98

117
Tabela 44. Custo com insumos e utilidades considerando baixa temporada.

Custo com Custo com água Custo com Custo com Custo com gás
Ano Total por ano
sanitizante anual anual esgoto anual energia anual natural por ano
2024 R$ 1.443.487,90 R$ 32.141,61 R$ 20.244,94 R$ 15.782,82 R$ 98.449,29 R$ 1.610.106,55
2025 R$ 1.443.487,90 R$ 32.141,61 R$ 20.244,94 R$ 15.782,82 R$ 99.627,04 R$ 1.611.284,30
2026 R$ 1.585.429,18 R$ 35.366,90 R$ 22.274,24 R$ 19.695,60 R$ 125.963,74 R$ 1.788.729,66
2027 R$ 1.599.272,21 R$ 35.722,29 R$ 156.605,81 R$ 39.303,42 R$ 152.407,16 R$ 1.983.310,89
2028 R$ 1.599.272,21 R$ 35.829,54 R$ 22.565,32 R$ 39.303,42 R$ 179.321,51 R$ 1.876.292,00
2029 R$ 1.599.272,21 R$ 35.847,41 R$ 22.576,57 R$ 39.303,42 R$ 186.656,78 R$ 1.883.656,39
2030 R$ 1.599.272,21 R$ 35.948,70 R$ 22.640,30 R$ 39.303,42 R$ 204.912,88 R$ 1.902.077,50
2031 R$ 1.599.272,21 R$ 35.930,82 R$ 22.629,05 R$ 94.955,44 R$ 218.781,52 R$ 1.971.569,04
2032 R$ 1.599.272,21 R$ 36.008,28 R$ 22.677,78 R$ 94.955,44 R$ 225.548,47 R$ 1.978.462,18
2033 R$ 1.599.272,21 R$ 36.020,19 R$ 22.685,28 R$ 94.955,44 R$ 242.625,68 R$ 1.995.558,80

19.5. Matéria-prima

Os custos com matéria-prima estão apresentados nas tabelas 45 e 46.

Tabela 45. Custos com matéria-prima em alta temporada.

Custo com café


Ano
anual
2024 R$ 31.704.217,66
2025 R$ 32.085.947,58
2026 R$ 40.622.144,54
2027 R$ 49.192.929,37
2028 R$ 57.916.350,03
2029 R$ 60.293.840,15
2030 R$ 66.210.969,72
2031 R$ 70.706.041,42
2032 R$ 72.899.332,97
2033 R$ 78.434.360,82

118
Tabela 46. Custos com matéria-prima em baixa temporada.

Custo com café


Ano
anual
2024 R$ 15.852.108,83
2025 R$ 16.042.973,79
2026 R$ 20.311.072,27
2027 R$ 24.596.464,69
2028 R$ 28.958.175,01
2029 R$ 30.146.920,07
2030 R$ 33.105.484,86
2031 R$ 35.353.020,71
2032 R$ 36.449.666,49
2033 R$ 39.217.180,41

19.6. Transporte

Os gastos com transporte foram calculados considerando a distância dos pontos de


distribuição até a cidade de Varginha (MG). Também foi levado em consideração a média do
número de caminhões por região por ano
A tabela 47 apresenta as relações de distância e valor do frete cobrado, considerando um
valor de frete de R$ 7,97 por quilômetro rodado pelo caminhão.

Tabela 47. Frete cobrado por distância de Varginha.

Distância de Varginha Valor do frete


Regiões de distribuição Cidade de centro de distribuição
(Km) (R$)
MG e SP Riberão Preto 321,20 R$ 2.559,96
RJ Rio de Janeiro 397,90 R$ 3.171,26
ES Vitória 782,80 R$ 6.238,92
Sul Curitiba 725,60 R$ 5.783,03
Centro Oeste Goiás 1.024,00 R$ 8.161,28
Norte e Nordeste Recife 2.377,70 R$ 18.950,27

A tabela 48, por sua vez, expressa a média do número de caminhões por região por ano.

119
Tabela 48. Média de quantidade de caminhões por ano por região.

10
1 (2024) 2 (2025) 3 (2026) 4 (2027) 5 (2028) 6 (2029) 7 (2030) 8 (2031) 9 (2032)
(2033)
MG e SP 45 45 46 55 56 57 67 68 68 79
RJ 14 14 14 14 17 17 17 21 21 21
ES 7 7 7 7 9 9 9 10 10 11
Sul 17 17 17 21 21 22 26 26
Centro
7 7 8 10 10 10 10
Oeste
Norte e
13 13 13 17 17 17
Nordeste

Por último, a tabela 49 apresenta os dados obtidos de frete por ano, a partir da
multiplicação da quantidade de caminhões em cada ano pelo valor do frete até o ponto de
distribuição considerado.

120
Tabela 49. Valor do frete por ano em cada região.

1 (2024) 2 (2025) 3 (2026) 4 (2027) 5 (2028) 6 (2029) 7 (2030) 8 (2031) 9 (2032) 10 (2033)
MG e SP R$ 113.944,11 R$ 115.316,03 R$ 116.687,96 R$ 141.671,87 R$ 143.318,18 R$ 144.964,49 R$ 171.045,94 R$ 172.966,63 R$ 174.887,33 R$ 202.066,32
RJ R$ 42.891,23 R$ 43.407,66 R$ 43.924,08 R$ 44.440,51 R$ 53.948,32 R$ 54.568,03 R$ 55.187,74 R$ 65.108,69 R$ 65.831,69 R$ 66.554,69
ES R$ 42.293,73 R$ 42.802,96 R$ 43.312,19 R$ 43.821,42 R$ 53.196,78 R$ 53.807,86 R$ 54.418,94 R$ 64.201,68 R$ 64.914,61 R$ 65.627,53
Sul R$ 98.703,66 R$ 99.864,14 R$ 101.024,62 R$ 122.622,13 R$ 124.014,71 R$ 125.407,28 R$ 147.933,17 R$ 149.557,85
Centro Oeste R$ 60.399,80 R$ 61.101,68 R$ 61.803,56 R$ 78.131,80 R$ 79.009,16 R$ 79.886,51 R$ 80.763,86
Norte e
R$ 247.495,55 R$ 250.338,56 R$ 253.181,57 R$ 320.030,72 R$ 323.584,48 R$ 327.138,24
Nordeste
Total R$ 199.129,06 R$ 201.526,65 R$ 302.627,89 R$ 390.197,73 R$ 660.085,13 R$ 688.104,63 R$ 735.980,69 R$ 826.724,17 R$ 857.037,79 R$ 891.708,49

121
Um resumo dos custos fixos totais e variáveis totais está representado na tabela 50.

Tabela 50. Custos totais.

Ano CVT total CFT Total Custo Total


2024 R$ 56.216.924,11 R$ 6.776.250,37 R$ 62.993.174,48
2025 R$ 56.875.671,97 R$ 6.896.874,44 R$ 63.772.546,41
2026 R$ 71.621.032,41 R$ 7.580.043,50 R$ 79.201.075,91
2027 R$ 86.154.515,16 R$ 8.069.127,78 R$ 94.223.642,94
2028 R$ 100.962.605,03 R$ 8.665.292,88 R$ 109.627.897,92
2029 R$ 104.963.568,66 R$ 9.012.880,64 R$ 113.976.449,31
2030 R$ 114.905.689,50 R$ 9.642.407,86 R$ 124.548.097,36
2031 R$ 122.543.012,27 R$ 10.085.775,83 R$ 132.628.788,10
2032 R$ 126.498.452,00 R$ 10.495.750,68 R$ 136.994.202,68
2033 R$ 135.734.952,22 R$ 10.822.461,94 R$ 146.557.414,16

Dessa forma, os custos totais unitários dos pacotes de café de 250g e 500g são calculados
dividindo-se os custos totais pela produção. Recorda-se de que a produção de cada um dos
produtos é de 50% de pacotes cada, sendo os custos para a produção do pacote de 500g duas
vezes os custos variáveis da produção do pacote de 250g e os custos fixos sendo iguais para cada
um deles. Os custos totais unitários estão descritos nas tabelas 51 e 52.

Tabela 51. Custos unitários dos pacotes de 250g.

Ano Custo total 250g Produção 250g (pacotes) CTU 250g


2024 R$ 22.127.099,89 2.722.189 R$ 8,13
2025 R$ 22.406.994,54 2.754.965 R$ 8,13
2026 R$ 27.663.699,22 3.487.901 R$ 7,93
2027 R$ 32.752.735,61 4.223.806 R$ 7,75
2028 R$ 37.986.848,12 4.972.817 R$ 7,64
2029 R$ 39.494.296,54 5.176.953 R$ 7,63
2030 R$ 43.123.100,43 5.685.010 R$ 7,59
2031 R$ 45.890.558,67 6.070.966 R$ 7,56
2032 R$ 47.414.026,01 6.259.286 R$ 7,57
2033 R$ 50.656.215,04 6.734.535 R$ 7,52

122
Tabela 52. Custos unitários dos pacotes de 500g.

Ano Custo total 500g Produção 500g (pacotes) CTU 500g


2024 R$ 40.866.074,59 2.722.189 R$ 15,01
2025 R$ 41.365.551,87 2.754.965 R$ 15,01
2026 R$ 51.537.376,69 3.487.901 R$ 14,78
2027 R$ 61.470.907,33 4.223.806 R$ 14,55
2028 R$ 71.641.049,80 4.972.817 R$ 14,41
2029 R$ 74.482.152,76 5.176.953 R$ 14,39
2030 R$ 81.424.996,93 5.685.010 R$ 14,32
2031 R$ 86.738.229,43 6.070.966 R$ 14,29
2032 R$ 89.580.176,67 6.259.286 R$ 14,31
2033 R$ 95.901.199,11 6.734.535 R$ 14,24

20. ESTIMATIVA DOS DEMAIS CUSTOS E PREÇO DE VENDA

20.1. Impostos sobre faturamento e preço de venda


Os impostos considerados sobre o faturamento foram o ICMS (Imposto Sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços), o COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social),
o IPI (Imposto sobre os Produtos Industrializados) e o PIS (Programa de Inserção Social).
O ICMS é um imposto cobrado sobre produtos vendidos no Brasil. Segundo a tabela do
ICMS 2023, a alíquota de juros aplicável às operações do estado de Minas Gerais e
interestaduais é de 18% (SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DE MINAS GERAIS,
2023).
A COFINS está relacionada à arrecadação de fundos para saúde e segurança.
Considerando um regime cumulativo, a taxa de juros comum é de 3% (JUSBRASIL, 2016).
O IPI, por sua vez, incide sobre produtos industrializados, sejam eles nacionais ou
estrangeiros. Esse imposto é regulamentado pela Receita Federal, por meio da TIPI (Tabela de
Imposto de Renda de Produtos Industriais). No caso do café, não há tributação (RECEITA
FEDERAL, 2022).

123
O PIS está vinculado à integração social dos trabalhadores. O dinheiro arrecadado pode
ser utilizado para pagar o seguro-desemprego. A taxa de juros considerada foi de 0,65%
(JUSBRASIL, 2016).
O preço de venda do produto deve considerar os aspectos mercadológicos e financeiros.
No primeiro caso, deve-se considerar que o preço do produto precisa estar próximo do praticado
pelos concorrentes diretos na mesma categoria do produto e qualidade.
No segundo aspecto deve-se considerar que é necessário cobrir os custos de produção,
margem para cobrir gastos não incluídos no custo, no caso, as despesas sobre vendas e margem
de lucro.
Assim, utilizou-se o método Mark-UP dado pela equação 3.

𝐶𝑇𝑈
𝑃𝑉𝑈 = (1 − 𝑚𝑎𝑟𝑘 𝑢𝑝)
(3)

onde:

● PVU = Preço de Venda Unitário;


● CTU = Custo Total Unitário;
● Mark up = somatória ICMS, PIS, COFINS, Comissão de vendas e margem de
lucro.

O preço vai variar de acordo com os custos fixos e variáveis e a margem de lucro. Em
geral, a margem de lucro bruto de venda do café pode variar entre 20% e 30% (EMBRAPA,
2023). Para determinar a margem de lucro, realizou-se uma análise de preço de mercado dos
principais concorrentes diretos, utilizando o site Mercado Livre (2023) como mostra a tabela 53.

124
Tabela 53. Análise de preço de concorrência.
Concorrentes 250 g 500 g
3 corações R$ 18,90 R$ 40,00
Café Bom Dia R$ 19,20 R$ 30,40
Café Favorito R$ 18,00 R$ 29,90
Cooxupé R$ 20,00 R$ 38,02
JDE R$ 17,70 R$ 35,50
Marata R$ 15,80 R$ 20,89
Melita R$ 10,39 R$ 20,99
Mitsui R$ 35,00 R$ 50,50
Média R$ 19,37 R$ 33,28

Segundo Macari (2023) para o comércio, a margem de lucro ideal fica entre 10% e 20%,
assim, considerou-se 10% de margem de lucro varejista para estimar o PVU dos principais
concorrentes, como mostra a tabela 54.

Tabela 54. PVU estimado dos concorrentes diretos.


Concorrentes 250 g 500 g
3 corações R$ 17,01 R$ 36,00
Café Bom Dia R$ 17,28 R$ 27,36
Café Favorito R$ 16,20 R$ 26,91
Cooxupé R$ 18,00 R$ 34,22
JDE R$ 15,93 R$ 31,95
Marata R$ 14,22 R$ 18,80
Melita R$ 9,35 R$ 18,89
Mitsui R$ 31,50 R$ 45,45
Média R$ 17,44 R$ 29,95

A partir das tabelas 53 e 54, estabeleceu-se 25% de margem de lucro para a empresa.
Calculou-se então a taxa mark-up, como mostram os valores da tabela 55.

125
Tabela 55. Cálculo da Taxa mark up.

Imposto Alíquota

ICMS 18,00%
COFINS 3,00%
PIS 0,65%
Comissão de Venda 1%
Margem de lucro 25%
Taxa mark up 47,65%

Dado que tem-se duas diferentes unidades do produto: 250 gramas e 500 gramas, foi
necessário calcular o PVU individualmente. Os valores obtidos de PVU estão dispostos na
tabela 56.

Tabela 56. Preço de Venda Unitário para produto de 250 gramas.

Ano CTU 250g PVU 250g


2024 R$ 8,13 R$ 15,53
2025 R$ 8,13 R$ 15,54
2026 R$ 7,93 R$ 15,15
2027 R$ 7,75 R$ 14,81
2028 R$ 7,64 R$ 14,59
2029 R$ 7,63 R$ 14,57
2030 R$ 7,59 R$ 14,49
2031 R$ 7,56 R$ 14,44
2032 R$ 7,57 R$ 14,47
2033 R$ 7,52 R$ 14,37

126
O mesmo foi feito para a embalagem de 500 gramas, obtendo-se a tabela 57.

Tabela 57. Preço de Venda Unitário para produto de 500 gramas.

Ano CTU 500g PVU 500g


2024 R$ 15,01 R$ 28,68
2025 R$ 15,01 R$ 28,68
2026 R$ 14,78 R$ 28,23
2027 R$ 14,55 R$ 27,80
2028 R$ 14,41 R$ 27,52
2029 R$ 14,39 R$ 27,48
2030 R$ 14,32 R$ 27,36
2031 R$ 14,29 R$ 27,29
2032 R$ 14,31 R$ 27,34
2033 R$ 14,24 R$ 27,20

20.2 Necessidade de capital de giro

Para determinar o capital de giro ano a ano, ou seja, o valor que a empresa necessita para
sustentar suas atividades no dia a dia e funcionar nos primeiros meses sem depender das vendas,
foram realizados os cálculos do caixa mínimo, estoques, financiamento de vendas e crédito de
provedores.
O cálculo do caixa mínimo para cada ano está demonstrado pela equação 4. Para um
prazo de 30 dias, tem-se uma rotação de 12 vezes ao ano.

𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 = (𝐶𝑉𝑇 + 𝐶𝐹𝑇 − 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜) / 12 (4)

Para o cálculo dos estoques, foram considerados os inventários das matérias primas, das
embalagens, dos materiais de limpeza e do produto acabado.
Para calcular os inventários do café beneficiado, das embalagens e dos materiais de
limpeza, considerou-se os custos com os mesmos durante o período de um ano de produção e
como serão realizadas compras a cada 30 dias, a rotação desses materiais é de 12 vezes, tendo
em vista que serão 12 meses de produção.
Já o cálculo do inventário do produto acabado está descrito pela equação 5. Como esse
produto ficará no estoque por 10 dias, a rotação do mesmo é de 36 vezes por ano.

127
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑛𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑎𝑐𝑎𝑏𝑎𝑑𝑜 = (𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 + 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠) / 36 (5)

O financiamento de vendas é demonstrado pela equação 6. Tendo como prazo de 30 dias


para pagamento, a rotação é de 12 vezes.

𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 = (𝑃𝑉𝑈 × 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎) / 12 (6)

Para os créditos de provedores foram considerados os custos com a matéria-prima, água e


esgoto, energia e os salários mais encargos dos funcionários. Tendo como prazo de 30 dias para
pagamento, a rotação é de 12 vezes.
Por fim, o cálculo da necessidade de capital de giro é descrito pela equação 7.

𝐶𝐺 = 𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 + 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 + 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐. 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 − 𝐶𝑟é𝑑. 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 (7)

Os valores para o capital de giro do ano 1 estão discriminados na tabela 58 e os valores


para o capital de giro necessários para cada ano se encontram na Tabela 59.

Tabela 58. Necessidade de capital de giro para o ano 1.

Caixa mínimo
Anual Prazo (dias) Rotação Subtotal CG
R$ 61.527.080,40 30 12 R$ 5.127.256,70
Estoques
Matéria prima Prazo (dias) Rotação Subtotal CG
R$ 47.556.326,49 30 12 R$ 3.963.027,21
Embalagens
R$ 4.434.915,11 30 12 R$ 369.576,26
Produto de limpeza
R$ 2.886.975,79 30 12 R$ 240.581,32
Produto acabado
R$ 62.993.174,48 10 36 R$ 1.749.810,40
Financiamento de vendas
Financiamento Prazo (dias) Rotação Subtotal CG
R$ 114.314.261,24 30 12 R$ 9.526.188,44
Crédito de fornecedores
Matéria prima Prazo (dias) Rotação Subtotal CG
R$ 47.556.326,49 30 12 R$ 3.963.027,21

128
Água+esgoto
R$ 105.056,53 30 12 R$ 8.754,71
Energia
R$ 76.037,86 30 12 R$ 6.336,49
Salários+encargos
R$ 3.689.151,12 30 12 R$ 307.429,26
CG para o ano 1 R$ 16.690.892,65

Tabela 59. Valores anuais de Capital de Giro.

Ano Capital de giro


2024 R$ 16.690.892,65
2025 R$ 16.887.503,28
2026 R$ 21.040.547,83
2027 R$ 25.031.088,61
2028 R$ 29.210.992,17
2029 R$ 30.353.055,31
2030 R$ 33.247.572,19
2031 R$ 35.390.969,34
2032 R$ 36.621.516,25
2033 R$ 39.191.806,32

21. ANÁLISE DE RENTABILIDADE E RISCO

O Lucro Líquido (LL), presente na tabela 65 é dado pelo lucro tributável menos o
Imposto de Renda (tabela 64), menos o CSLL (9% sobre Lucro Tributável (LT). Vamos
considerar que LT é igual ao Lucro Bruto (LB) (Tabela 63), que por sua vez é igual a Venda
Líquida (VL) menos Custos Totais. Já VL (Tabela 62) é igual a Venda bruta (VB), menos
impostos sobre vendas: ICMS, PIS, COFINS (tabela 61) menos comissão de vendas. Por fim,
VB (tabela 60) é dada por PVU multiplicado por Q.

129
Tabela 60. Cálculo da Venda Bruta

Ano Venda Bruta 250 g Venda Bruta 500 g Venda Bruta total
2024 R$ 40.154.240,49 R$ 74.160.020,75 R$ 114.314.261,24
2025 R$ 40.662.167,75 R$ 75.066.426,50 R$ 115.728.594,24
2026 R$ 50.465.774,13 R$ 94.017.563,97 R$ 144.483.338,10
2027 R$ 59.749.498,58 R$ 112.138.904,49 R$ 171.888.403,07
2028 R$ 69.660.695,69 R$ 131.376.137,16 R$ 201.036.832,85
2029 R$ 72.425.071,03 R$ 136.586.182,72 R$ 209.011.253,74
2030 R$ 79.491.484,08 R$ 150.095.744,10 R$ 229.587.228,18
2031 R$ 84.592.911,40 R$ 159.889.954,91 R$ 244.482.866,31
2032 R$ 87.854.069,20 R$ 165.984.281,52 R$ 253.838.350,72
2033 R$ 93.861.563,69 R$ 177.696.586,71 R$ 271.558.150,39

Tabela 61. Impostos sobre vendas.

Imposto Alíquota
ICMS 18,00%
COFINS 3,00%
PIS 0,65%
Comissão de Venda 1%

Total 22,65%

Tabela 62. Cálculo da Venda líquida.

Ano Venda sobre impostos Venda líquida

2024 R$ 25.892.180,17 R$ 88.422.081,07


2025 R$ 26.212.526,60 R$ 89.516.067,65
2026 R$ 32.725.476,08 R$ 111.757.862,02
2027 R$ 38.932.723,30 R$ 132.955.679,77
2028 R$ 45.534.842,64 R$ 155.501.990,21
2029 R$ 47.341.048,97 R$ 161.670.204,77
2030 R$ 52.001.507,18 R$ 177.585.721,00
2031 R$ 55.375.369,22 R$ 189.107.497,09
2032 R$ 57.494.386,44 R$ 196.343.964,28
2033 R$ 61.507.921,06 R$ 210.050.229,33

130
Tabela 63. Cálculo de Lucro Bruto e Lucro tributável.

Ano Lucro Bruto Lucro tributável (LB = LT)

2024 R$ 25.428.906,58 R$ 25.428.906,58


2025 R$ 25.743.521,24 R$ 25.743.521,24
2026 R$ 32.556.786,11 R$ 32.556.786,11
2027 R$ 38.732.036,84 R$ 38.732.036,84
2028 R$ 45.874.092,30 R$ 45.874.092,30
2029 R$ 47.693.755,46 R$ 47.693.755,46
2030 R$ 53.037.623,64 R$ 53.037.623,64
2031 R$ 56.478.708,99 R$ 56.478.708,99
2032 R$ 59.349.761,60 R$ 59.349.761,60
2033 R$ 63.492.815,17 R$ 63.492.815,17

Tabela 64. Cálculo do Imposto de Renda.

Ano 15%. de LT LT - 240.000 10% (LT - 240.000) IR


2024 R$ 3.814.335,99 R$ 25.188.906,58 R$ 2.518.890,66 R$ 6.333.226,65
2025 R$ 3.861.528,19 R$ 25.503.521,24 R$ 2.550.352,12 R$ 6.411.880,31
2026 R$ 4.883.517,92 R$ 32.316.786,11 R$ 3.231.678,61 R$ 8.115.196,53
2027 R$ 5.809.805,53 R$ 38.492.036,84 R$ 3.849.203,68 R$ 9.659.009,21
2028 R$ 6.881.113,84 R$ 45.634.092,30 R$ 4.563.409,23 R$ 11.444.523,07
2029 R$ 7.154.063,32 R$ 47.453.755,46 R$ 4.745.375,55 R$ 11.899.438,87
2030 R$ 7.955.643,55 R$ 52.797.623,64 R$ 5.279.762,36 R$ 13.235.405,91
2031 R$ 8.471.806,35 R$ 56.238.708,99 R$ 5.623.870,90 R$ 14.095.677,25
2032 R$ 8.902.464,24 R$ 59.109.761,60 R$ 5.910.976,16 R$ 14.813.440,40
2033 R$ 9.523.922,28 R$ 63.252.815,17 R$ 6.325.281,52 R$ 15.849.203,79

131
Tabela 65. Lucro Líquido (LL).

Ano Lucro líquido


2024 R$ 16.807.078,35
2025 R$ 17.014.724,02
2026 R$ 21.511.478,83
2027 R$ 25.587.144,31
2028 R$ 30.300.900,92
2029 R$ 31.501.878,61
2030 R$ 35.028.831,60
2031 R$ 37.299.947,94
2032 R$ 39.194.842,66
2033 R$ 41.929.258,01

Para uma empresa, é essencial conhecer as projeções de entradas e saídas de seus


recursos financeiros, possibilitando conhecer o saldo de caixa ao longo da operação e as
possíveis direções a serem tomadas para melhorar a gestão financeira do projeto. A Tabela 66
apresenta o fluxo de caixa determinado para os dez primeiros anos do projeto.

Tabela 66. Fluxo de Caixa.

Ano Fluxo de caixa


2023 -R$ 43.197.640,43
2024 R$ 1.582.279,77
2025 R$ 18.284.207,48
2026 R$ 16.380.141,61
2027 R$ 22.867.368,60
2028 R$ 27.587.091,44
2029 R$ 31.809.941,55
2030 R$ 33.581.292,80
2031 R$ 36.603.528,87
2032 R$ 39.415.995,82
2033 R$ 40.801.224,03

Após a obtenção do fluxo de caixa, determinou-se o acúmulo de fluxo de caixa simples


(soma dos valores do fluxo de caixa), apresentado na Tabela 67 e o acúmulo de fluxo de caixa

132
descontado (utilizando o fator de desconto calculado a partir da taxa SELIC de maio/2023,
13,75%), apresentado na Tabela 68.

Tabela 67. Valores de Acúmulo de Fluxo de Caixa Simples.

Ano FC Acumulado Simples

2023 -R$ 43.197.640,43


2024 -R$ 41.615.360,66
2025 -R$ 23.331.153,19
2026 -R$ 6.951.011,58
2027 R$ 15.916.357,02
2028 R$ 43.503.448,46
2029 R$ 75.313.390,01
2030 R$ 108.894.682,81
2031 R$ 145.498.211,68
2032 R$ 184.914.207,50
2033 R$ 225.715.431,53

Tabela 68. Valores de Acúmulo de Fluxo de Caixa Acumulado.

FC descontado
Ano FC FC Descontado
acumulado
2023 -R$ 43.197.640,43 -R$ 43.197.640,43 -R$ 43.197.640,43
2024 R$ 1.582.279,77 R$ 1.391.015,18 -R$ 41.806.625,25
2025 R$ 18.284.207,48 R$ 14.131.014,11 -R$ 27.675.611,14
2026 R$ 16.380.141,61 R$ 11.129.186,90 -R$ 16.546.424,24
2027 R$ 22.867.368,60 R$ 13.658.737,89 -R$ 2.887.686,35
2028 R$ 27.587.091,44 R$ 14.486.013,57 R$ 11.598.327,22
2029 R$ 31.809.941,55 R$ 14.684.340,25 R$ 26.282.667,47
2030 R$ 33.581.292,80 R$ 13.628.171,00 R$ 39.910.838,47
2031 R$ 36.603.528,87 R$ 13.059.053,90 R$ 52.969.892,36
2032 R$ 39.415.995,82 R$ 12.362.601,07 R$ 65.332.493,44
2033 R$ 40.801.224,03 R$ 11.250.171,39 R$ 76.582.664,83

133
Analisando a Tabela 67, nota-se que o payback simples acontece entre os anos 2026 e
2027 do projeto, indicando que o custo inicial do investimento será recuperado dentro de 4 anos.
Já o Payback descontado (tabela 68) ocorre entre os anos 2027 e 2028 do projeto, indicador que
considera o valor tempo de dinheiro.
Outro item importante no estudo de rentabilidade é o Valor Atual Líquido (VAL), o qual
pode ser explicado como o dinheiro que retorna do projeto com valor atualizado. Ou seja, o que
realmente irá “entrar no bolso” do investidor, descontados os custos de oportunidade. Para
calcular o VAL necessita-se utilizar o fator de desconto, que atualiza o fluxo de caixa para os
anos seguintes à implementação do projeto. Para essa etapa também foi considerada a taxa
SELIC de 13,75%. Com base no somatório do fluxo de Caixa Descontado, já apresentado
anteriormente, obtém-se que o VAL é de R$ 76.582.664,83 como mostra a tabela 69. Como o
valor encontrado foi maior do que zero, isso significa que os ganhos do projeto pagariam os
investimentos totais e os custos de oportunidades em um período de 10 anos.

Tabela 69. Valores do valor atual líquido.

Ano de Projeto Fluxo de Caixa Fator de Desconto Fluxo de Caixa Descontado


0 -R$ 43.197.640,43 1 -R$ 43.197.640,43
1 R$ 1.582.279,77 0,88 R$ 1.391.015,18
2 R$ 18.284.207,48 0,77 R$ 14.131.014,11
3 R$ 16.380.141,61 0,68 R$ 11.129.186,90
4 R$ 22.867.368,60 0,60 R$ 13.658.737,89
5 R$ 27.587.091,44 0,53 R$ 14.486.013,57
6 R$ 31.809.941,55 0,46 R$ 14.684.340,25
7 R$ 33.581.292,80 0,41 R$ 13.628.171,00
8 R$ 36.603.528,87 0,36 R$ 13.059.053,90
9 R$ 39.415.995,82 0,31 R$ 12.362.601,07
10 R$ 40.801.224,03 0,28 R$ 11.250.171,39
VAL R$ 76.582.664,83

A Taxa Interna de Retorno (TIR) também foi calculada considerando o fluxo de caixa
anteriormente apresentado. O valor obtido de TIR foi de 38%, sendo considerado uma taxa muito

134
atrativa para investidores, com uma vantagem superior em relação ao valor da taxa SELIC
(13,75%).
A rentabilidade sobre o patrimônio foi calculada pela divisão do lucro líquido pelo
investimento fixo acumulado mais o capital de giro, sendo o quanto de retorno obtém-se pelo
capital necessário. Os dados do tempo simples de retorno (TSR), que analisa a porcentagem de
capital investido que retorna anualmente para os 10 primeiros anos do projeto, estão descritos na
Tabela 70.

Tabela 70. Valores do tempo simples de retorno por ano.

Investimento Total
Ano Lucro Líquido Anual TSR
Acumulado
0 R$ 43.197.640,43 0,00%
1 R$ 16.807.078,35 R$ 59.888.533,09 28,06%
2 R$ 17.014.724,02 R$ 60.085.143,71 28,32%
3 R$ 21.511.478,83 R$ 66.682.575,01 32,26%
4 R$ 25.587.144,31 R$ 70.868.444,80 36,11%
5 R$ 30.300.900,92 R$ 75.048.348,36 40,38%
6 R$ 31.501.878,61 R$ 76.195.432,50 41,34%
7 R$ 35.028.831,60 R$ 79.098.118,38 44,29%
8 R$ 37.299.947,94 R$ 81.249.684,52 45,91%
9 R$ 39.194.842,66 R$ 82.483.678,44 47,52%
10 R$ 41.929.258,01 R$ 85.066.859,51 49,29%

22. PONTO DE EQUILÍBRIO

Para o cálculo do ponto de equilíbrio, que é a capacidade de produção para que não
ocorram prejuízos e nem lucros, inicialmente foi calculado a capacidade instalada da fábrica.
Esse valor é referente ao equipamento gargalo, ou seja, aquele que tem menor capacidade dentre
todos os equipamentos presentes na planta. No caso da planta de café torrado e moído, o
equipamento é o silo de armazenagem pós-torra com capacidade máxima de 4000 kg por
batelada.

24 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑄𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎𝑑𝑎 = 4000𝑘𝑔 × 4 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
× 1 𝑠𝑖𝑙𝑜 × 365 𝑑𝑖𝑎𝑠 = 8. 760. 000 𝑘𝑔/𝑎𝑛𝑜

135
Discriminando as embalagens de 250g e 500g e como foi proposto a produção dos
mesmos na proporção de 1:1 (referente a quantidade de embalagens), a capacidade instalada para
a produção dos pacotes de 500g será duas vezes a capacidade instalada dos pacotes de 250g.

𝑄𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎𝑑𝑎(250𝑔) = 2. 920. 000 𝑘𝑔 = 11. 680. 000 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠

𝑄𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎𝑑𝑎(500𝑔) = 5. 840. 000 𝑘𝑔 = 11. 680. 000 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠

Para os cálculos das capacidades no ponto de equilíbrio do café de 250g e de 500g, foi
considerado seus respectivos preços de venda líquidos. Assim:

𝐶𝐹𝑇
𝑁(250𝑔) = 𝑃𝑉𝑈 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 − 𝐶𝑉𝑈

𝐶𝐹𝑇
𝑁(500𝑔) = 𝑃𝑉𝑈 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 − 𝐶𝑉𝑈

A Tabela 71 apresenta as capacidades dos pontos de equilíbrio em termos de unidades


mínimas de produtos que devem ser produzidos para os dois tamanhos de embalagens ao longo
dos anos.
Tabela 71. Capacidade nos pontos de equilíbrio para 250 g e 500g.

Capacidade no PE Capacidade no PE de
Ano
de 250g 500g
2024 856.862 542.213
2025 870.198 551.160
2026 1.015.983 630.413
2027 1.139.717 694.855
2028 1.267.758 763.671
2029 1.320.206 795.315
2030 1.427.860 857.513
2031 1.505.191 901.624
2032 1.560.284 935.628
2033 1.634.423 974.954

A Tabela 72 apresenta os valores da porcentagem dos pontos de equilíbrio, considerando


o custo fixo total e o preço de venda líquido dos produtos.

136
Tabela 72. Pontos de Equilíbrio (%).

Ano PE (250g) PE (500g)


2024 7,34% 4,64%
2025 7,45% 4,72%
2026 8,70% 5,40%
2027 9,76% 5,95%
2028 10,85% 6,54%
2029 11,30% 6,81%
2030 12,22% 7,34%
2031 12,89% 7,72%
2032 13,36% 8,01%
2033 13,99% 8,35%

Os resultados dos pontos de equilíbrio demonstram que a planta instalada é menos


sensível às oscilações do mercado, ou seja, mesmo trabalhando com maior capacidade ociosa, a
empresa tem lucro.

23. LOCALIZAÇÃO

Conforme já mencionado anteriormente, foi determinado que a empresa será localizada


no município de Varginha - MG, visto que trata-se de uma das regiões de maior produção de café
do Brasil e está próximo do mercado consumidor. A empresa é nova no mercado e toda sua
implantação será nova, portanto, é necessária a aquisição de um terreno para a construção da
unidade industrial. Como foi calculado anteriormente, a área total necessária para a
implementação da fábrica é de 9.883,43 m², considerando já neste cálculo a demanda de
estacionamento, ambientes diversos (como escritório, banheiro, refeitório…), área de carga e
descarga, estoque e área ocupada pelos equipamentos da própria linha de produção.
Sendo assim, foi escolhido um terreno de 10000 m², localizado no bairro de Jardim
Cardaã, em Varginha. A localização escolhida se deu em função do fato de ser próximo à
rodovias, que facilitaria o acesso de caminhões transportando matéria-prima e retirando o
produto acabado. O valor do terreno anunciado pela imobiliária OLX é de R$7.000.000,00

137
A dimensão deste terreno já engloba todas as expansões previstas nos primeiros 10 anos
de funcionamento da empresa e para os seguintes anos o terreno ainda comporta novas
expansões na estrutura da fábrica construída.

24. CONCLUSÃO

Considerando todos os gastos envolvidos na produção do café torrado e moído, o preço


de venda obtido para o ano 1 de projeto foi de R$15,53 para a unidade de 250g e R$28,68 para a
versão de 500g. Esses valores são inferiores se comparado com as médias de preços dos produtos
concorrentes, considerando uma margem de lucro de 10% por parte do varejo. Assim, para a
introdução do novo produto no mercado, os preços de venda unitários são mais competitivos em
relação aos seus pares, considerando uma margem de lucro de 25% por parte da indústria.
Sobre os indicadores de rentabilidade e risco, o valor atual líquido (VAL) resultante do
projeto é de R$76.582.664,83 e a taxa interna de retorno (TIR) de 38%, sendo essa relativamente
superior à taxa Selic atual de 13,75%. Além disso, o payback simples acontece entre os anos 3 e
4, e o payback descontado entre os anos 4 e 5 do projeto. Isso demonstra que o todo valor
investido inicialmente precisará de 4 a 5 anos para ser totalmente recuperado considerando o
valor tempo de dinheiro. Ainda, a taxa simples de retorno (TSR) variou entre 28,06% para o ano
1 e 49,29% para o ano 10, taxas consideradas atrativas no Brasil (15%). Ademais, os pontos de
equilíbrio variaram entre 7,34% e 13,99% para a embalagem de 250g e 4,64% a 8,35% para a
embalagem de 500g. De maneira geral, os indicadores de rentabilidade e risco apresentaram
valores bem atrativos para o investidor, levando em conta os riscos atrelados ao projeto.
Além do mais, o negócio conta com alguns pontos fortes como a presença de incentivos
para a produção pelo Funcafé, já que o produto tem uma grande contribuição para a economia do
país. Ainda, esse estudo assegura uma expansão da empresa, permitindo a diversificação dos
produtos, sendo possível a produção de café torrado em grãos e café à vácuo, por exemplo.
Apesar disso, um dos pontos fracos desse negócio é que por ser uma empresa totalmente
nova, ela terá que atrair e conquistar o mercado consumidor por meio de estratégias de marketing
e inserção do produto, devido a existência de outras marcas já consolidadas no mercado. Em
relação ao anteprojeto, um ponto fraco são os altos custos de investimento fixo com construção

138
civil e terreno. Uma forma de reduzi-los seria pelo aluguel de um galpão com a área requerida
pelo projeto.
Dessa forma, como conclusão, o prosseguimento dado é dar continuidade com o
anteprojeto, realizando estudos adicionais principalmente sobre estratégias de inserção do novo
produto no mercado. Ainda, a expectativa é que a taxa básica de juros Selic reduza para os
próximos anos, podendo favorecer ainda mais a implantação dessa indústria.

139
REFERÊNCIAS

ABBOT, M. M.; VAN NESS, H. C.; SMITH, J. M. H. Introdução à Termodinâmica na


Engenharia Química. 2007.

ABIC - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DO CAFÉ. Perfil do consumidor de


café que busca qualidade. 2021. Disponível em:
<https://estatisticas.abic.com.br/wp-content/uploads/2022/04/pesq_cafe_superior_abic_spch.pdf
>. Acesso em: 17 mar. 2023.

ABRAS - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SUPERMERCADOS. Conheça dados do


consumo de café no país. 2022. Disponível em:
<https://www.abras.com.br/clipping/bebidas/110609/conheca-dados-do-consumo-de-cafe-no-pai
s>. Acesso em: 20 mar. 2023.

APEXBRASIL. Exportação de café brasileiro teve recorde em receita em 2022,


impulsionada por projetos da ApexBrasil. 2023. Disponível em:
<https://apexbrasil.com.br/br/pt/conteudo/noticias/exportacao-de-cafe-brasileiro-teve-recorde-em
-receita-em-2022--i.html>. Acesso em: 17 mar. 2023.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Perguntas e respostas - Padrões


Microbiológicos, 2021. Disponível em: <
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/alimentos/perguntas-e-respostas
-arquivos/padroes-microbiologicos.pdf/view >. Acesso em 3 maio. 2023.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE CAFÉ. Indicadores da Indústria de


Café. ABIC, [S. l.], p. 1-4. Disponível em:
https://estatisticas.abic.com.br/estatisticas/indicadores-da-industria/indicadores-da-industria-de-c
afe-2021/. Acesso em: 22 mar. 2023.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15635: serviços de


alimentação ⠴ requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais.
Serviços de alimentação — Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles
operacionais essenciais. 2015. Disponível em:

140
https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=3292644&forceview=1. Acesso em: 20
maio 2023.

BARBOSA, R. I. P. B. Análise e Melhoria dos Processos de Expedição numa Empresa da


Indústria Automóvel. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial) -
Universidade do Minho, 2014.

BASSETTO, Priscilla; SANTO, Regina Silva do Espirito. Processo produtivo do café torrado e
moído. X EEPA–X ENCONTRO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
AGROINDUSTRIAL. Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão. Campo
Mourão, PR, 2016.

BRASIL. Consolidação das Leis Trabalhistas. Brasilía, DF, 2021.

BRASIL. NR 10 - Segurança em instalações e serviços em eletricidade. 2019. Disponível em:


<https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamenta
doras/nr-10.pdf/view>. Acesso em: 12 maio 2023.

BRASIL. NR 12 - Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. 2019. Disponível


em:
<https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamenta
doras/nr-12.pdf>. Acesso em: 12 maio 2023.

BRASIL. NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. 2019.


Disponível em:
<https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamenta
doras/nr-24-atualizada-2019>.pdf/view. Acesso em: 15 maio 2023.

BRASIL. NR 26 - Sinalização de Segurança. 2015. Disponível em:


<https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamenta
doras/nr-26.pdf>. Acesso em: 15 maio 2023.

141
BRASIL. NR 5 - Comissão interna de prevenção de acidentes. 2019. Disponível em:
<https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamenta
doras/nr-05.pdf>. Acesso em: 13 maio 2023.

BRASIL. NR 6 - Equipamento de proteção individual - EPI. 2018. Disponível em:


<https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamenta
doras/nr-06.pdf>. Acesso em: 16 maio 2023.

BRASIL. NR 8 - Edificações. 2011. Disponível em:


<https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamenta
doras/nr-08.pdf>. Acesso em: 19 maio 2023.

BUSINESS SCOOT. Conteúdo do estudo: o mercado do chá - Brasil. 2021. Disponível em:
<https://www.businesscoot.com/pt/pesquisa/o-mercado-do-cha-brasil>. Acesso em: 29 mar.
2023.

CAFÉ QUE MARCA. Dados De Consumo De Café Em 2022 Divulgados Pela ABIC
(Associação Brasileira Da Indústria De Café). 2023. Disponível em:
<https://www.cafequemarca.com.br/dados-de-consumo-de-cafe-em-2022/>. Acesso em: 21 mar.
2023.

CENTRO DO COMÉRCIO DE CAFÉ DO ESTADO DE MINAS GERAIS,. Safra 2022/2023.


In: Safra 2022/2023. [S. l.], 2023. Disponível em: https://cccmg.com.br/cotacao-do-cafe/. Acesso
em: 7 abr. 2023.

COMPANHIA DE GÁS DE MINAS GERAIS,. Características físicas e químicas. In:


Características físicas e químicas. [S. l.], 2023. Disponível em:
http://www.gasmig.com.br/GasNatural/Paginas/CaracteristicasFisicasQuimicas.aspx. Acesso em:
18 abr. 2023.

CARNEIRO, Carla Maria. Processo produtivo do café: torrefação e qualidade. 2021.


Trabalho de Conclusão de Curso (Faculdade de Engenharia Química) - Universidade Federal de
Uberlândia, Uberlândia, 2021.

142
CONAB, Companhia Nacional de Abastecimento. Boletim da safra de grãos. 11° levantamento -
safra 2021/2022. Disponível em:
<https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos/boletim-da-safra-de-graos>. Acesso em 20
março. 2023.

COPERGÁS. Informações técnicas tabela de poder calorífico superior. 2022. Disponível em:
<https://novo.copergas.com.br/gas-natural/industrial/>. Acesso em: 19 abr. 2023.

CORREA, Edison Luis et al. A viabilidade econômica do gás natural. 2002.

CORRÊA, T. B. S. Manual de segurança e qualidade para a cultura do café. 2004.

COOXUPÉ. Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé LTDA. Indústrias de café


solúvel. 2023. Disponível em:
<https://www.cooxupe.com.br/noticias/brasil-e-o-maior-produtor-e-exportador-de-cafe-soluvel-d
o-mundo-segundo-abics/#:~:text=No%20pa%C3%ADs%2C%20a%20produ%C3%A7%C3%A3
o%20do,presidente%20da%20ABICS%2C%20Pedro%20Guimar%C3%A3es.>. Acesso em: 29
mar. 2023.

CLIMATE DATA. Temperaturas e precipitações médias // Clima de Varginha. 2023.


Disponível em:
<https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/minas-gerais/varginha-25010/>. Acesso em: 29
mar. 2023.

DA SILVA, Adriana Barbosa. Identificação de riscos e perigos no processo de torra e


moagem de café visando a obtenção de produtos seguros e de qualidade. Orientador: Luis
Otávio Nunes da Silva. 2008. 76 p. Dissertação (Pós graduação) - Universidade Rural do Rio de
Janeiro, [S. l.], 2008.

DE PAULA, Nathalia Cassiele Costa; SILVA, Flávio Caldeira. Café (Coffea L):
matéria-prima, processamento e qualidade. REBRAPA, [s. l.], p. 1-22, 2019.

EMBRAPA. APLICAÇÃO DO SISTEMA APPCC. In: MANUAL de Segurança e Qualidade


para a Cultura do Café. [S. l.: s. n.], 2004. Disponível em:

143
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/111868/1/MANUALSEGURANCAQUA
LIDADEParaaculturadocafe.pdf. Acesso em: 21 maio 2023.

EMBRAPA. Taxa de crescimento do consumo mundial de café de 2% ao ano projeta 208


milhões de sacas até 2030. 2019. Disponível em:
<https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/44984677/taxa-de-crescimento-do-consum
o-mundial-de-cafe-de-2-ao-ano-projeta-208-milhoes-de-sacas-ate-2030>. Acesso em: 20 mar.
2023.

EUROMONITOR INTERNATIONAL. Tendências do mercado de café. 2015. Disponível em:


<https://estatisticas.abic.com.br/wp-content/uploads/2020/01/Euromonitor_Coffe-Market-Trends
-in-Brazil_-Encafe.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2023.

GASBRASILIANO. Manual de instalações: Gás natural - segmentos residencial e


comercial. [s.d.]. Disponível em: <https://www.gasbrasiliano.com.br/media/upload/manual.pdf>.
Acesso em: 19 abr. 2023.

GLASSDOOR. Salário analista - varginha. 2023. Disponível em:


<https://www.glassdoor.com.br/Sal%C3%A1rios/varginha-analista-sal%C3%A1rio-SRCH_IL.0,
8_IC2452858_KO9,17.htm#:~:text=A%20m%C3%A9dia%20salarial%20de%20Analista,%24%
20500%20e%20R%24%206.600>. Acesso em: 01 jun. 2023.

GLASSDOOR. Salário analista comercial junior - varginha. 2023. Disponível em:


<https://www.glassdoor.com.br/Sal%C3%A1rios/varginha-analista-comercial-junior-sal%C3%A
1rio-SRCH_IL.0,8_IC2452858_KO9,34_IP4.htm>. Acesso em: 01 jun. 2023.

GLASSDOOR. Salário auxiliar em varginha. 2023. Disponível em:


<https://www.glassdoor.com.br/Salaries/varginha-auxiliar-salary-SRCH_IL.0,8_IC2452858_KO
9,17.htm>. Acesso em: 01 jun. 2023.

GLASSDOOR. Salário: CEO em Varginha 2023. 2023. Disponível em:


<https://www.glassdoor.com.br/Sal%C3%A1rios/varginha-ceo-sal%C3%A1rio-SRCH_IL.0,8_I
C2452858_KO9,12.htm?clickSource=searchBtn>. Acesso em: 01 jun. 2023.

144
GLASSDOOR. Salário gerente administrativo - varginha. 2023. Disponível em:
<https://www.glassdoor.com.br/Sal%C3%A1rios/varginha-gerente-administrativo-sal%C3%A1ri
o-SRCH_IL.0,8_IC2452858_KO9,31_IP3.htm>. Acesso em: 01 jun. 2023.

GLASSDOOR. Salário gerente comercial - varginha. 2023. Disponível em:


<https://www.glassdoor.com.br/Sal%C3%A1rios/varginha-gerente-comercial-sal%C3%A1rio-S
RCH_IL.0,8_IC2452858_KO9,26.htm>. Acesso em: 01 jun. 2023.

GLASSDOOR. Salário gerente - varginha. 2023. Disponível em:


<https://www.glassdoor.com.br/Sal%C3%A1rios/varginha-gerente-sal%C3%A1rio-SRCH_IL.0,
8_IC2452858_KO9,16.htm#:~:text=Sal%C3%A1rios%20do%20cargo%20de%20Gerente%20%
E2%80%93%20Varginha%2C%20Minas%20Gerais&text=A%20m%C3%A9dia%20salarial%20
de%20Gerente,%24%20931%20e%20R%24%2036.767>. Acesso em: 01 jun. 2023.

GLASSDOOR. Salário mecânico de manutenção - varginha. 2023. Disponível em:


<https://www.glassdoor.com.br/Sal%C3%A1rios/varginha-mec%C3%A2nico-de-manuten%C3
%A7%C3%A3o-sal%C3%A1rio-SRCH_IL.0,8_IC2452858_KO9,31.htm>. Acesso em: 01 jun.
2023.

GLASSDOOR. Salário operador de higienização em Varginha. 2023. Disponível em:


<https://www.glassdoor.com.br/Sal%C3%A1rios/operador-de-higieniza%C3%A7%C3%A3o-sal
%C3%A1rio-SRCH_KO0,24.htm>. Acesso em: 01 jun. 2023.

GLASSDOOR. Salário operador de produção em Varginha. Disponível em:


<https://www.glassdoor.com.br/Sal%C3%A1rios/varginha-operador-de-produ%C3%A7%C3%A
3o-sal%C3%A1rio-SRCH_IL.0,8_IC2452858_KO9,29.htm>. Acesso em: 01 jun. 2023.

GLASSDOOR. Salário porteiro - varginha. 2023. Disponível em:


<https://www.glassdoor.com.br/Sal%C3%A1rios/varginha-porteiro-sal%C3%A1rio-SRCH_IL.0,
8_IC2452858_KO9,17.htm>. Acesso em: 01 jun. 2023.

145
GLASSDOOR. Salário supervisor/coordenador - varginha. 2023. Disponível em:
<https://www.glassdoor.com.br/Sal%C3%A1rios/varginha-supervisor-coordenador-sal%C3%A1
rio-SRCH_IL.0,8_IC2452858_KO9,31.htm#:~:text=A%20remunera%C3%A7%C3%A3o%20va
ri%C3%A1vel%20de%20Supervisor,(Varginha%2C%20Minas%20Gerais)>. Acesso em: 01 jun.
2023.

GLASSDOOR. Salário supervisor de produção em Varginha. 2023. Disponível em:


<https://www.glassdoor.com.br/Sal%C3%A1rios/supervisor-de-produ%C3%A7%C3%A3o-sal%
C3%A1rio-SRCH_KO0,22.htm>. Acesso em: 01 jun. 2023.

GLASSDOOR. Salário técnico de manutenção - varginha. 2023. Disponível em:


<https://www.glassdoor.com.br/Sal%C3%A1rios/varginha-t%C3%A9cnico-a-de-manuten%C3%
A7%C3%A3o-sal%C3%A1rio-SRCH_IL.0,8_IC2452858_KO9,32_IP2.htm>. Acesso em: 01
jun. 2023.

GLASSDOOR. Salário técnico de laboratório - varginha. 2023. Disponível em:


<https://www.glassdoor.com.br/Sal%C3%A1rios/t%C3%A9cnico-de-laborat%C3%B3rio-sal%C
3%A1rio-SRCH_KO0,22.htm>. Acesso em: 01 jun. 2023.

GUERRA, Gisselle. Armazenamento de Café Verde: Quais Fatores Você Precisa


Controlar?. In: Armazenamento de Café Verde. [S. l.], 2020. Disponível em:
https://perfectdailygrind.com/pt/2020/07/15/armazenamento-de-cafe-verde-quais-fatores-voce-pr
ecisa-controlar/#:~:text=O%20caf%C3%A9%20verde%20deve%20permanecer,cedo%20do%20
que%20o%20esperado. Acesso em: 22 maio 2023.

GUIA TRABALHISTA. JORNADA DE TRABALHO - CÔMPUTO DAS HORAS.


Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/jornada_computo_horas.htm. Acesso em:
18 mai. 2023.

146
Hermann, B. G., L. Debeer, B. De Wilde, K. Blok, e M. K. Patel. 2011. «To Compost or Not to
Compost: Carbon and Energy Footprints of Biodegradable Materials’ Waste Treatment».
Polymer Degradation and Stability 96(6):1159–71. doi: 10.1016/j.polymdegradstab.2010.12.026.

HORTA, Inês de Aragão e. Otimização do processo e compostagem de resíduos da torrefação


de café. Universidade de Lisboa, [s. l.], p. 1-77, 2021.

IFSC – Instituto Federal de Santa Catarina. MANUAL DE UTILIZAÇÃO E SEGURANÇA


DO LABORATÓRIO DE QUÍMICA. São José, 2014. Disponível em:
https://wiki.sj.ifsc.edu.br/images/f/f4/MANUAL_LABORATORIO_DE_QUIMICA.pdf. Acesso
em: 21 maio 2023.

JÚNIOR, P. F. A.; CORRÊA, P. C. Propriedades térmicas dos grãos de café. [s.d.]. Disponível
em: <http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/spcb_anais/simposio1/Pos14.pdf>. Acesso
em: 12 abr. 2023.

JUSBRASIL. A diferença entre PIS e COFINS cumulativos e não cumulativos. 2016.


Disponível em:
<https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-diferenca-entre-pis-e-cofins-cumulativos-e-nao-cumulati
vos/332971498>. Acesso em: 05 jun. 2023.

LEAL, Gabrielle Coelho. A contaminação do café, devemos nos preocupar?. In: Os


microrganismos e a produção de café. [S. l.], 2022. Disponível em:
https://profissaobiotec.com.br/microrganismos-procao-cafe/. Acesso em: 22 maio 2023.

MADE PALLETE. Tamanhos de paletes no Brasil. 2020. Disponível em:


<https://madepallete.com.br/tamanhos-de-paletes-no-brasil/>. Acesso em 18 maio 2023.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA. Liberações de Recursos do Funcafé.


Serviços e informações do Brasil, [S. l.], p. 1-2, 16 mar. 2023. Disponível em:
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/politica-agricola/cafe/funcafe. Acesso em: 22 mar.
2023.

147
MELO, W.L.B. A importância da informação sobre o grau de torra do café e sua influência
nas características organolépticas da bebida. Disponível em:
<http://watts.cnptia.embrapa.br/publicacoes/CT58_2004.pdf.> Acesso em 22/05/23.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011. [S. l.],


2011. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html. Acesso em: 16
abr. 2023.

MINISTÉRIO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO.


INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 8, DE 11 DE JUNHO DE 2003. [S. l.], 2003. Disponível em:
https://abic.com.br/wp-content/uploads/2021/07/Instrucao-Normativa-08-03.pdf. Acesso em: 4
abr. 2023.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO/SECRETARIA DE


DEFESA AGROPECUÁRIA. PORTARIA SDA Nº 570, DE 9 DE MAIO DE 2022.
PORTARIA SDA Nº 570, DE 9 DE MAIO DE 2022, [S. l.], 9 maio 2022. Disponível em:
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-sda-n-570-de-9-de-maio-de-2022-398971389.
Acesso em: 15 maio 2023.

MODAIS EM FOCO. Perspectivas do café brasileiro são de crescimento na produção. 2020.


Disponível em:
<https://www.modaisemfoco.com.br/noticias/perspectivas-do-cafe-brasileiro-sao-de-crescimento
-na-producao>. Acesso em: 19 mar. 2023.

MORAES, Ingrid Vieira Machado de. Processamento de café. Dossiê técnico. Serviço
brasileiro de respostas técnicas, 2022.

MORDOR INTELLIGENCE. Mercado de café pronto para beber (RTD) no Brasil -


crescimento, tendências, impacto do Covid-19 e previsões (2023 - 2028). 2023. Disponível
em:
<https://www.mordorintelligence.com/pt/industry-reports/brazil-ready-to-drink-rtd-coffee-marke
t>. Acesso em: 18 mar. 2023.

148
MUINHOS, Ronaldo. A ciência da torra. Buena Vista Café, v. 18, 2017.

NG SOLAR. Preço da energia elétrica CPFL 2023. 2023. Disponível em:


<https://www.ngsolar.com.br/single-post/preco-kwh-cpfl>. Acesso em: 04 jun. 2023.

OLIVEIRA, M., PAIVA, V. ANÁLISE DE DESEMPENHO RU-UFES, 2016. Disponível em:


<http://mecanica.ufes.br/sites/engenhariamecanica.ufes.br/files/field/anexo/2016-1_colocar_no_s
ite_marcio_de_oliveira_e_vinicius_tineli_paiva_.pdf>. Acesso em 7 maio. 2023.

OLIVEIRA, Ronaldo Sá. Dimensões de vagas de garagem e rotas internas. 2019. Disponível
em: https://blogdaliga.com.br/dimensoes-de-vagas-de-garagem-e-rotas-internas/. Acesso em: 18
maio 2023.

PÃO DE AÇÚCAR. Café torrado e moído a vácuo tradicional - café brasileiro pacote 500g.
2023. Disponível
em:<https://www.paodeacucar.com/produto/157659/cafe-torrado-e-moido-a-vacuo-tradicional-ca
fe-brasileiro-pacote-500g>. Acesso em: 05 maio 2023.

PÃO DE AÇÚCAR. Café torrado e moído 3 corações extra forte 250 g. 2023. Disponível em:
<https://www.paodeacucar.com/produto/203897/cafe-torrado-e-moido-3-coracoes-extra-forte-25
0g>. Acesso em: 05 maio 2023.

PERFECT DAILY GRIND. Seis tendências de consumo de café no mundo. 2022. Disponível
em:
<https://perfectdailygrind.com/pt/2022/02/02/seis-tendencias-de-consumo-de-cafe-no-mundo/>.
Acesso em: 18 mar. 2023.

PERFECT DAILY GRIND. A torra do café: as mudanças físicas. 2020. Disponível em:
<https://perfectdailygrind.com/pt/2020/08/27/a-torra-do-cafe-as-mudancas-fisicas/>. Acesso em:
08 maio 2023.

PRAXEDES, S. C.; DAMATTA, F.M.; ;LOUREIRO, M. E.; FERRÃO, M. G.; & CORDEIRO,
A. T. Effects of long-term soil drought on photosynthesis and carbohydrate metabolismo in

149
mature robusta coffee (Coffea canephora pierre var. Kouillou) leaves. Environmental and
Experimental botany. Paris v.56, n. 3, p. 263-273, 2006.

PREFEITURA MUNICIPAL DA SERRA. ANEXO 08 – DIMENSIONAMENTO DE


CALÇADAS, CICLOVIAS, VIAS E INCLINAÇÃO DAS VIAS. Disponível em:
https://www.google.com/url?q=http://serra.es.gov.br/arquivo/1439579324552-anexo-08--dimensi
onamento-de-vias.pdf&sa=D&source=editors&ust=1622674872920000&usg=AOvVaw2VjzMb
a3Es4Sk0Egg_0x0B. Acesso em: 18 maio 2023.

RANDALL, W. W. Process Equipment Cost Estimating By Ratio And Proportion. 2020.

RECEITA FEDERAL. Tabela de incidência do imposto sobre produtos industrializados


(TIPI). 2022. Disponivel em:
<https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/documentos-e-arquivos/
tipi.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2023.

RECEITA FEDERAL. Instrução normativa SRF n° 162, de 31 de dezembro de 1998. 1998.


Disponivel em:
<http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=15004&visao=original>.
Acesso em: 04 jun. 2023

RIBEIRO, F. C. Armazenamento de café beneficiado em herméticas com injeção de CO2.


2010. Disponível em:
<http://repositorio.ufla.br/jspui/bitstream/1/1555/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20Armaze
namento%20de%20caf%C3%A9%20beneficiado%20em%20embalagens%20herm%C3%A9tica
s%20com%20inje%C3%A7%C3%A3o%20de%20CO2.pdf>. Acesso em: 05/04/2023.

ROCHA, Gabriel. Estudo traz o panorama do mercado de cafés e cafeterias no Brasil.


SEBRAE, [S. l.], p. 1-2, 24 jul. 2019. Disponível em: CONAB, Companhia Nacional de
Abastecimento. Boletim da safra de grãos. 11° levantamento - safra 2021/2022. Disponível em:
<https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos/boletim-da-safra-de-graos>. Acesso em 20
março. 2023. Acesso em: 22 mar. 2023.

150
ROSA, Daniel Silva; NUNES, Antônio Carlos Carlos; SANTOS, Lucas José Machado. A
adequação ambiental na torrefação de café. Revista GeTeC, v. 6, n. 11, 2017.

SABESP. Norma Técnica Sabesp NTS 230: Projeto de lagoas de estabilização e seu
tratamento complementar para esgoto sanitário. 2009. Disponível em:
https://www3.sabesp.com.br/normastecnicas/nts/nts230.pdf. Acesso em: 1 abril 2023.

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DE MINAS GERAIS. RICMS/2002 - PARTE


GERAL - 2/8. 2023. Disponível em:
<http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/ricms_2002_seco/partegeral2002
_2.html>. Acesso em: 05 jun. 2023.

SECRETARIA-GERAL. Lei nº Nº 14.134, de 8 de abril de 2021. Art. 177. [S. l.], 8 abr. 2021.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/Lei/L14134.htm.
Acesso em: 18 abr. 2023.

SILVA, Jack Robson. Otimização do processo de torração do café pelo monitoramento de


parâmetros e propriedades físicas e sensoriais. 2008.

USP. Termodinâmica I - Apêndice. s.d. Disponível em:


<https://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/8554681/00000000/Tabelasdepropriedadestermodi
namicas(agua).pdf>. Acesso em: 01 maio 2023.

VILLAR, Antonio de Melo; NÓBREGA JÚNIOR, Claudino Lins. Planejamento das


instalações empresariais. João Pessoa: Ufpb, 2014.

VITORINO, M. D. et al. Variação de características físicas e químicas de café arábica durante a


torra parte II: Características Químicas. Consórcio Pesquisa Café e Desenvolvimento do Café
(Organizador), II Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, Vitória, Espírito Santo, Brasil.
http://www. sbicafe. ufv. br/handle/123456789/1244, 2001.

151
ANEXOS

1. MEMORIAL DE CÁLCULO

1.1. Balanço de material

Como exemplo de cálculo, foi utilizado como base o ano 1 do projeto (2024).
Considerando a produção de alta temporada, com 288 dias de funcionamento, é possível obter a
produção por dia:

𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑎 = 9, 45 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠

Como foram consideradas 4 bateladas, a base será de 2,36 toneladas por batelada.
Para ser obtida a quantidade de café que deve ser comprada pela empresa, deve ser
considerada a produção diária e as perdas no processo.

1.1.1. Armazenamento

Considerando a margem de perda de 5% no armazenamento, foi obtida a seguinte


relação:

𝑀1 * (100% − 5%) = 2, 36

Assim, em cada batelada:

𝑀1 = 2, 36/0, 95 = 2, 48 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠

1.1.2. Torra

Na torra, tendo-se em vista a perda de 17% de massa, será obtida a relação:

𝑀2 * 0, 83 = 2, 48

𝑀2 = 2, 99 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠

152
Uma vez que serão utilizadas 4 bateladas, serão necessárias 2, 99 * 4 = 11, 96
toneladas de grãos de café para que, ao final do dia, sejam obtidas 9,45 toneladas de café torrado
e moído.
Deste modo, corrigindo, no armazenamento será obtida a seguinte equação:

11, 96 * 0, 95 = 11, 36 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠/𝑑𝑖𝑎 = 11, 36/4 = 2, 84 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠/𝑏𝑎𝑡𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎

𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 0, 60 𝑡𝑜𝑛/𝑑𝑖𝑎 = 0, 15 𝑡𝑜𝑛/𝑏𝑎𝑡𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎 (5%) = 𝑀3

Após a torra, por sua vez:

11, 36 * 0, 83 = 9, 43 𝑡𝑜𝑛/𝑑𝑖𝑎 = 2, 36 𝑡𝑜𝑛/𝑏𝑎𝑡𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎

𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 𝑝ó𝑠 𝑡𝑜𝑟𝑟𝑎 = 1, 93 𝑡𝑜𝑛/𝑑𝑖𝑎 = 0, 48 𝑡𝑜𝑛/𝑏𝑎𝑡𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎 (17%) = 𝑀4

1.1.3. Embalagem primária


Tomando como referência o ano de 2024, com produção diária de 9,45 toneladas e
utilizando pacotes de 500 g e 250 g na proporção 1:1, será possível obter a quantidade de pacotes
necessária para cada tamanho. Devido à proporção 1:1 de uso, será divida a produção de 9,45
toneladas diárias por 3, implicando em 3,151 toneladas distribuídas para os pacotes de 250g e
6,302 toneladas para os pacotes de 500g. Assim:

Pacotes de 500 g:

1 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒 − 0, 5 𝑘𝑔

𝑥 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠 − 6. 302 𝑘𝑔

6302
𝑥= 0,5
= 12. 604 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠

Portanto, serão necessários 12.604 pacotes de 500 g.

Pacotes de 250 g:

1 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒 − 0, 25 𝑘𝑔

153
𝑦 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠 − 3151 𝑘𝑔

3151
𝑦= 0,25
= 12. 604 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠

Portanto, serão necessários 12.604 pacotes de 250 g.

1.1.4. Embalagem secundária

Uma vez que as embalagens utilizadas são caixas de papelão que irão conter os pacotes
de 250 e 500 gramas, a quantia necessária irá depender tanto das dimensões dos pacotes quanto
de suas quantidades.
Conforme especificado, cada caixa terá dimensões de 500 mm x 500 mm x 500 mm. A
partir disso, será possível determinar a capacidade total de caixas quanto aos pacotes e então
determinar a quantidade de caixas necessárias para cada tamanho por dia.
As dimensões dos pacotes de 250 e 500g com o produto foram obtidas do site do
mercado Pão de Açúcar (2023) como base de cálculo. Para o pacote de 500 g, foi tomado como
referência o Café Brasileiro da marca 3 corações, enquanto para o de 250 g foi utilizado como
base o café 3 corações. Como exemplo de cálculo, foi considerada a alta temporada.

Pacotes de 500g:

O pacote apresenta as dimensões de 18,5 cm x 6,5 cm x 9,5 cm (altura x largura x


profundidade).

Desta forma, o volume do pacote será:

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 18, 5 𝑐𝑚 𝑥 6, 5 𝑐𝑚 𝑥 9, 5 𝑐𝑚 = 1. 142, 4 𝑐𝑚³

E o volume da caixa será:

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 = 50 𝑐𝑚 𝑥 50 𝑐𝑚 𝑥 50 𝑐𝑚 = 125. 000 𝑐𝑚³

Portanto cada caixa conterá:

125.000 𝑐𝑚³
𝑃𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 = 1142,4 𝑐𝑚³
= 109, 41 ≃ 109 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠

E o número de caixas necessárias será:

154
12.604 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠 = 109 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠/𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎
= 115, 3 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠 ≃ 116 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠

Pacotes de 250 g:

O pacote apresenta dimensões de 16 cm x 11,3 cm x 5 cm (altura x largura x


profundidade).

Desta forma, o volume do pacote será:

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 16 𝑐𝑚 𝑥 11, 3 𝑐𝑚 𝑥 5 𝑐𝑚 = 904 𝑐𝑚³

Portanto cada caixa conterá:

125.000 𝑐𝑚³
𝑃𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 = 904 𝑐𝑚³
= 138, 27 ≃ 138 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠

E o número de caixas necessárias será:

12.604 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠 = 138 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠/𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎
= 91, 3 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠 ≃ 92 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠

1.1.5. Embalagem terciária

Cada filme stretch tem 250 mm de largura. Como serão utilizados como embalagens
terciárias - responsáveis por cobrir as embalagens secundárias - serão necessários 500 mm para
cada face da caixa de papelão. Ao todo, serão utilizadas 207 caixas de papelão (91 para os
pacotes de 250 gramas e 116 para os de 500 gramas), empilhadas nos pallets sob a forma de 4
caixas na base e 4 caixas de altura, com as dimensões de 2000 mm x 1000 mm x 1000 mm
(altura x largura x comprimento). Tendo quatro faces de recobrimento, para cada pilha serão
utilizadas aproximadamente 10 voltas de filme stretch, equivalente a 40 m de filme stretch.
Como cada pilha contém 16 caixas e diariamente serão utilizadas 207 caixas de papelão, serão
montadas 13 pilhas. Assim, o comprimento total de filme stretch será:

1 𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎 − 40 𝑚 𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑙𝑚𝑒 𝑠𝑡𝑟𝑒𝑡𝑐ℎ

13 𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎𝑠 − 𝑥

𝑥 = 40 * 13 = 520 𝑚 𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑙𝑚𝑒 𝑠𝑡𝑟𝑒𝑡𝑐ℎ 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎

155
Portanto, serão necessários 520 m de filme stretch diariamente.

1.1.6. Embalagem quaternária


Como já descrito em 1.1.5, serão dispostas 16 caixas de papelão em cada pallet. Dessa
forma, o número de pallets necessários para acomodar todas as caixas da produção diária é de:

𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎


𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑙𝑙𝑒𝑡𝑠 = 16

1.2. Balanço de energia

1.2.1. Torração

Nesta etapa, de acordo com o diagrama de fluxo qualitativo geral, a temperatura a qual os
grãos são submetidos é de 230 °C por um período de 15 minutos (ou 900 segundos). A massa
dos grãos ao entrar no processo de torra, tomando como base de cálculo o ano de 2024 com
produção em alta temporada, é de 11,36 toneladas por dia ou 2,84 toneladas por batelada.
Para que seja obtido o calor necessário para realizar a torra dos grãos, o mesmo foi
calculado via balanço de energia:

𝑄 = 𝑚 * 𝑐𝑝 * ∆𝑇 = 𝑚 * 𝑐𝑝 * (𝑇𝑓 − 𝑇0)

Uma vez que ocorre também a evaporação da água, o balanço se tornará:

𝑄 = 𝑚𝑔𝑟ã𝑜𝑠 * 𝑐𝑝 * (𝑇𝑓 − 𝑇0) + 𝑚á𝑔𝑢𝑎 * 𝑙

O calor latente de vaporização da água a 230 °C é de 1813,8 kJ/kg, de acordo com a


tabela de propriedades da água saturada (USP, s.d.).
Como base de cálculo, foi utilizado umidade de 10% antes de realizada a torra
(PERFECT DAILY GRIND, 2020). Assim, a massa de água em 2,84 toneladas de grãos será de
0,284 toneladas ou 284 kg de água por batelada.
O calor específico considerado para o grão de café foi de 2 kJ/kg.°C por fins de cálculo,
tendo como referência os valores de calor específico de 1,2254 a 2,4653 kJ/kg.°C encontrados
por Afonso Júnior e Corrêa (s.d.) para o café descascado.

156
Para a temperatura de entrada no processo, como os grãos vieram do armazenamento sob
temperatura ambiente, a temperatura usada como referência para a entrada foi de 25 °C.

Deste modo:

𝑄 = 2840 [𝑘𝑔] * 2 [𝑘𝐽/𝑘𝑔. °𝐶] * (230 − 25)[°𝐶] + 284 * 1813, 8 [𝑘𝐽/𝑘𝑔]

𝑄 = 1. 164. 400 + 515. 119 = 1. 679. 519 𝑘𝐽

𝑄 = 466, 53 𝑘𝑊ℎ

Vazão mássica de gás natural necessária:

Por ser utilizado na etapa de torra, a vazão mássica de gás natural pode ser obtida a partir
de seu poder calorífico. De acordo com a Copergás (2022), o poder calorífico do gás natural é de
9400 kcal/m³. Como o fluxo de calor encontrado foi de 1. 679. 519 𝑘𝐽 = 401. 799 𝑘𝑐𝑎𝑙, é
possível estabelecer a relação:

9400 𝑘𝑐𝑎𝑙 − 1𝑚³

401. 799 𝑘𝑐𝑎𝑙 − 𝑥

𝑥 = 42, 74 𝑚³𝑑𝑒 𝑔á𝑠 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙

Portanto, serão utilizados 42, 74 𝑚³ 𝑑𝑒 𝑔á𝑠 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙

A densidade absoluta do gás natural é de aproximadamente 0,76 kg/m³


(GASBRASILIANO, [s.d.]). Logo, a massa de gás natural necessária será:

1 𝑚³ − 0, 76 𝑘𝑔

42, 74 𝑚³ − 𝑦

𝑦 = 42, 74 [𝑚³] * 0, 76 [𝑘𝑔/𝑚³]

𝑦 = 32, 48 𝑘𝑔

Assim, serão necessários 32,48 kg de gás natural por batelada ou 129,92 kg de gás natural
por dia.

157
1.2.2. Resfriamento

No resfriamento, de acordo com o diagrama de fluxo qualitativo geral, a temperatura a


qual os grãos são submetidos é de 25 °C por 5 minutos. A massa dos grãos ao entrar no processo
de resfriamento, tomando como base de cálculo o ano de 2024 com produção em alta temporada,
é de 9,43 toneladas diárias ou 2,36 toneladas por batelada.
Para que seja obtido o calor necessário para realizar o resfriamento dos grãos, o mesmo
foi calculado via balanço de energia:

𝑄 = 𝑚 * 𝑐𝑝 * ∆𝑇 = 𝑚 * 𝑐𝑝 * (𝑇𝑓 − 𝑇0)

𝑄 = 2360 [𝑘𝑔/ℎ] * 2 [𝑘𝐽/𝑘𝑔. °𝐶] * (25 − 230)[°𝐶]

𝑄= − 967. 600 𝑘𝐽

𝑄 = 268, 8 𝑘𝑊ℎ

Massa de ar necessária:

A vazão mássica do ar de entrada (ar frio) será a mesma do ar de saída (ar quente).
Desta forma, considerando que o ar entrará a 25 °C e sairá a 230 ºC, é possível obter a
massa a partir da equação:

𝑄 = (𝑚 * 𝑐𝑝 * ∆𝑇)𝑎𝑟

967600 [𝑘𝐽] = (𝑚 * 𝑐𝑝 * (230 − 25))𝑎𝑟

O valor de calor específico (cp) encontrado para o ar, à pressão de 1 atm, variou entre
1,035 e 1,047, nas temperaturas de 200 e 300 ºC, respectivamente (ABBOTT et al., 2007).
Para encontrar o calor específico a 230 °C, foi feita a interpolação:

𝑇−𝑇
𝑐𝑝 = 𝑐𝑝1 + [( 𝑇 −𝑇1 ) * (𝑐𝑝2 − 𝑐𝑝1)]
2 1

230−200
𝑐𝑝 = 1, 035 + [( 300−200 ) * (1, 047 − 1, 035)]

158
𝑐𝑝 = 1, 035 + [0, 3 * (0, 012)]

𝑐𝑝 = 1, 035 + 0, 0036 = 1, 0386 𝑘𝐽/𝑘𝑔. °𝐶

Logo, a vazão mássica de ar será:/

967600 [𝑘𝐽] = (𝑚 * 𝑐𝑝 * (230 − 25))𝑎𝑟

967600 [𝑘𝐽] = (𝑚 * 1, 0386 [𝑘𝐽/𝑘𝑔. °𝐶] * (230 − 25)[°𝐶])𝑎𝑟

𝑚 = 4544, 6 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑎𝑟/𝑏𝑎𝑡𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎 𝑜𝑢 18178, 4 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑎𝑟/𝑑𝑖𝑎

1.3. Demanda de outros insumos e utilidades

Para o cálculo da demanda de desinfetante clorado, considerou-se uma diluição de 2,0%


(20 mL de produto concentrado para 1L de água) para a limpeza de toda a planta industrial.
Além disso, levou-se em conta que 1L da solução diluída é o suficiente para a limpeza de 1 m²
dos ambientes e equipamentos. Ressalta-se também que a limpeza é feita somente 1 vez por
semana, aos domingos. Assim, a demanda do desinfetante para a limpeza do piso e das paredes é
de:

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑖𝑛𝑓𝑒𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑎𝑚𝑏𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑚²) × 0, 2𝐿 𝑑𝑒𝑠𝑖𝑛𝑓𝑒𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒/𝑚²

No caso dos equipamentos de processo e os transportadores (auxiliares), a demanda de


desinfetante é dada por:

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑖𝑛𝑓𝑒𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 (𝐿) = [á𝑟𝑒𝑎 𝑖𝑛𝑡 + 𝑒𝑥𝑡 (𝑚²)] × 0, 2𝐿 𝑑𝑒𝑠𝑖𝑛𝑓𝑒𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒/𝑚² × 𝑛° 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑝

Para o cálculo das áreas internas e externas dos equipamentos, nas situações em que não
foram identificadas as dimensões, aproximou-se o volume dos mesmos pela densidade dos grãos
de café verde e café torrado. A densidade do café verde descrita na literatura é de 1300 kg/m³ e a
densidade do café torrado é de 700 kg/m³ (VITORINO et al., 2001). Assim:

𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 (𝑘𝑔)
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑚³) = 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑘𝑔/𝑚³)

Considerando que o silo tenha formato cúbico:

159
3
𝐴𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑙𝑜 (𝑚) = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑚³)

Para o cálculo das áreas dos equipamentos nos quais foram fornecidas as dimensões,
considerou-se o formato dos mesmos como sendo cubos ou paralelepípedos a fim de facilitar os
cálculos. Também, levou em conta que as áreas internas e externas dos equipamentos têm as
mesmas dimensões.
Para o cálculo da demanda de água, considerou-se que 5 litros de água são o suficiente
para a limpeza de cada m² de ambientes e equipamentos. Além disso, considerou-se o consumo
de 3 L de água por dia para cada colaborador da empresa. Logo, a demanda de água para a
limpeza de ambientes é de:

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 (𝑚³) = á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑎𝑚𝑏𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑚²) × 0, 005 𝑚³ 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎/𝑚²

No caso dos equipamentos de processo e transportadores (auxiliares), a demanda de água


para limpeza é de:

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 (𝑚³) = [á𝑟𝑒𝑎 𝑖𝑛𝑡 + 𝑒𝑥𝑡 (𝑚²)] × 0, 005 𝑚³ á𝑔𝑢𝑎/𝑚² × 𝑛° 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑝

No caso dos colaboradores, a demanda de água por dia é de:

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 (𝑚³) = 𝑛° 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 × 0, 003 𝑚³/𝑐𝑜𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟

Para o cálculo da demanda de esgoto que deverá ser tratado, considerou-se a água
utilizada para limpeza de ambientes e equipamentos. Além da água utilizada por cada
colaborador da empresa. Logo, a demanda de esgoto que deverá ser destinado ao tratamento é
de:

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑔𝑜𝑡𝑜 (𝑚³) = 𝑣𝑜𝑙. 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑑𝑒 𝑙𝑖𝑚𝑝𝑒𝑧𝑎 (𝑚³) + 𝑣𝑜𝑙. 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 (𝑚³)

Para o cálculo da demanda de eletricidade, considerou-se a potência dos equipamentos


(definido nos modelos de equipamentos disponíveis) e do seu tempo de uso (definido nos mapas
de ocupação e especificação técnica). Além disso, também considerou-se a área dos ambientes
da indústria para o cálculo da eletricidade consumida pela iluminação. No caso dos
equipamentos de processo e transportadores (auxiliares), a eletricidade consumida diariamente é
de:

160
𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 (𝑘𝑊ℎ) = 𝑛° 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑝𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 × 𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 × 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑠𝑜 × 𝑛° 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠/𝑑𝑖𝑎

No caso dos outros equipamentos auxiliares, a eletricidade consumida diariamente é de:

𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 (𝑘𝑊ℎ) = 𝑛° 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑝𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 × 𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 × 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑠𝑜

1.4. Estimativa do custo de equipamentos com base no índice de Chilton

A relação entre a capacidade do equipamento e o seu investimento é dado pela seguinte


equação:

( )
𝑄2
𝑄1
=
𝐼2
𝐼1

onde,

𝑄1 𝑒 𝑄 são as capacidades do equipamento 1 e 2, respectivamente;


2

𝐼1 e 𝐼2 são os investimentos dos equipamentos 1 e 2, respectivamente;

e n é o índice de Chilton, que pode variar entre 0,15 a 1,0.

161
Quadro 85. Índices de Chilton.

Fonte: Randall, 2020.

Para o torrador, o índice de Chilton usado foi de n=0,43 (obtido pela média dos índices).
O orçamento do equipamento que foi usado para a estimativa do custo do torrador de projeto é
de R$627.265,38 (valor atualizado considerando a inflação, R$460.660,00 em 2017). É da marca
Carmomaq e modelo Superatto 240. Ele tem a capacidade de torrar 4 sacas por batelada, o que
equivale a 240 kg/torra. Sendo a capacidade do torrador de projeto de 500 kg/torra:

500 0,43 𝐼2
( )
240
= 𝑅$627.265,38

𝐼2 = 𝑅$ 860. 037, 89

Para o moinho, o índice de Chilton usado foi de n=0,75 (obtido da média dos índices de
moinhos de martelo e rolos do quadro X). O orçamento do equipamento que foi usado para a
estimativa do custo do moinho de projeto é de R$106.890,84 (valor atualizado considerando
inflação, R$78.500,00 em 2017). É da marca Carmomaq e o modelo é o CME600. Ele tem a

162
capacidade de moer 150 kg por batelada (600 kg/h). Sendo a capacidade do moinho de projeto de
750 kg por torra:

750 0,75 𝐼2
( )
150
= 𝑅$106.890,84

𝐼2 = 𝑅$ 357. 411, 06

Para a empacotadora, o índice de Chilton usado foi n=0,43 (obtido pela média dos
índices). O orçamento do equipamento que foi usado para a estimativa do custo da empacotadora
de projeto é de R$165.347,19 (valor atualizado considerando inflação, R$121.430,00 em 2017).
É da marca Carmomaq e o modelo é o Magioratto-50. Ele tem a capacidade de empacotar 45
embalagens por minuto. Sendo a capacidade da empacotadora de projeto de 100 pacotes por
minuto:

100 0,43 𝐼2
( )
45
= 𝑅$165.347,19

𝐼2 = 𝑅$ 233. 085. 60

Para a agrupadora de pacotes, considerou-se o orçamento da esteira transportadora


modelo EST3000 da marca Cetro Máquinas por ter capacidade similar ao usado no projeto.
Ressalta-se que os equipamentos possuem dimensões diferentes, sendo que o modelo Smart Belt
foi usado para a construção do layout da planta de processo.

1.5. Demanda de espaço

As dimensões da área de processo foram calculadas com base no tamanho dos


equipamentos, suas quantidades e nas distâncias mínimas determinadas na legislação.
As dimensões da área de estoque de produtos de limpeza foram calculadas com base no
armazenamento de 30 dias, sendo a demanda de produto de limpeza no ano 10 e alta temporada
de 14.043,49 L por mês. Como cada galão tem 5L, então a demanda será de aproximadamente
2.808,70 galões. Supondo que esse produto tem a mesma densidade que a de água, o volume

163
mínimo requerido é de 14,04 m³. Para uma altura de 4 m, a aresta é de aproximadamente 3,51m;
mais 5m para circulação resulta num mínimo de 8,51 m.
As dimensões da área de estoque de embalagens foram calculadas com base no estoque
de embalagens primárias, secundárias, terciárias e quaternárias por 30 dias. A demanda de caixas
de papelão é de 12.287 unidades por mês e têm dimensões 0,5mm x 1,0m x1,0m, ocupando um
volume de 0,0005m³ cada (6,14m³ total). A demanda de filmes stretch é de 30.718,25 m. Sendo
que cada bobina tem 270m, o consumo é de 114 bobinas por mês. Cada uma ocupa
aproximadamente 0,0028m³ (0,12m de diâmetro e 0,25 de altura) (0,32m³ total). Por fim, a
demanda de pallets é de 768 unidades por mês. Sendo que cada uma tem dimensões de 1,00m x
1,20m x 0,1m, o volume ocupado por cada uma é de 0,12m³ (92,16m³ total). Assim, o volume
total demandado é de 98,62 m³. Para uma altura de 4m, a aresta é de aproximadamente 4,97
metros; mais 5 metros de circulação, resultando num mínimo de 9,97m.
As dimensões da área de estoque de produtos acabados foram calculadas com base no
armazenamento de 10 dias de produção. Sendo a demanda de 32 pallets de produto acabado por
dia na alta temporada no ano 10 do projeto, então o armazenamento de 320 pallets de produto
acabado a cada 10 dias. Cada pallet tem dimensões de 1,20m x 1,00m = 1,20m² que vão ser
dispostos um do lado do outro em porta pallets de 4 andares, formando corredores; logo, a área
mínima para armazenamento será de 96 m². Para a circulação da empilhadeira, terá um espaço de
3,5 m de largura e a distância das paredes também de 3,5 m. Os porta- paletes estarão
posicionados um sobre o outro e também um do lado do outro, formando corredores. Também
haverá acessos, com uma porta de 8 m para entrada e outra de 8 m para despacho do produto
As dimensões da portaria, do estacionamento de caminhões (15 vagas) e carros (50
vagas) foram calculadas com base nas distâncias mínimas determinadas por legislação.
As dimensões do armazém de café cru foram calculadas com base no recebimento de café
cru a cada 30 dias. Como a demanda diária de matéria prima é de 29,66 toneladas no ano 10 alta
temporada, a demanda mensal é de 30 x 29,66 ton = 14.830 sacas de 60 kg. Essas sacas são
distribuídas em pilhas de 30 sacas de altura, em duas colunas principais: a direita da área de
carga e descarga serão dispostas 26 pilhas de comprimento e a esquerda serão dispostas 25 pilhas
de comprimento. Essas duas colunas principais terão 10 sacas de largura. A área de carga e
descarga terá um comprimento de 8,0 m aproximadamente. Supondo que a altura da saca de café
seja de 0,90m, o comprimento de 0,60m e a largura de 0,09m, considerando a densidade do café

164
de 1300kg/m³, o volume ocupado por cada saca é de aproximadamente 0,05m³. Assim, a pilha
da direita vai ter 15,6 m de comprimento e a pilha da esquerda vai ter 15m de comprimento. A
pilha de 30 sacas terá 2,7 m de altura.
As dimensões do laboratório, banheiros, vestiários, refeitório e área administrativa foram
calculadas com base nas distâncias mínimas determinadas por legislação.

165
2. COTAÇÕES

2.1 Água e Esgoto

166
2.2 Limpador desinfetante clorado

167
2.3 Embalagem primária

168
2.4 Embalagem secundária

169
2.5 Embalagem terciária

170
2.6 Embalagem quaternária

171
2.7 Combustível

172
2.8 Terreno

173
2.9 Grindômetro

174
2.10 Agrupadora de pacotes

175
2.11 Porta pallet

176
3. CATÁLOGOS DE EQUIPAMENTOS DE PROCESSO E AUXILIARES

177
Notebook Dell VOSTRO 3525

178
179

Você também pode gostar