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Agradecemos primeiramente a Deus, por ter nos dado saúde e forças para
superar todas as dificuldades durante essa etapa. Aos nossos amados pais, que
sempre nos apoiaram, incentivaram em cada momento e não permitiram que
desistimos.
Agradecemos a nossa orientadora Profa. Drª. Fabiana Carvalho, pela orientação,
atenção, pelos conhecimentos transmitidos e por nos auxiliar na escolha do tema
e no desenvolvimento do TCC. Expressamos a nossa eterna gratidão pelas ideias
compartilhadas e pela paciência em nos ensinar e conduzir na realização deste
trabalho.
Agradecemos a todos os professores do curso de Ciência e Tecnologia de
Alimentos do IFES campus Venda Nova do Imigrante, em especial ao Prof. Dr.
Genilson Paiva, Profa. Ms. Fabricia Ribeiro e ao Prof. Dr. Deuselio Fioresi pela
formação, ensinamentos e por possibilitar nosso amadurecimento como cidadãos.
Agradecemos aos técnicos dos laboratórios do IFES campus Venda Nova do
Imigrante, em especial ao Anderson Vinco por sempre nos auxiliar e não medir
esforços para possibilitar a produção de conhecimento.
Agradecemos a todos que nos incentivaram ao decorrer desses anos, pelas
amizades construídas, foram anos de intensas experiências, vivências, momentos
de lutas e glórias. E por fim, mas não menos importante, a nossa eterna gratidão
ao IFES campus Venda Nova do Imigrante.
RESUMO
O Iogurte é o produto cuja fermentação se realiza com cultivos protosimbióticos de
Streptococcus salivarius subsp. thermophilus e Lactobacillus delbrueckii subsp.
bulgaricus. O iogurte grego é um iogurte concentrado que difere dos demais pela etapa
de retirada de soro do iogurte tradicional através de centrifugação em processos
industriais ou pela dessoragem em pequena escala. O consumo de alimentos de baixa
caloria e de adoçantes tem aumentado muito nos últimos anos. A indústria de produtos
lácteos, na tentativa de atender a este público, vem introduzindo no mercado iogurtes
de baixa caloria, os denominados “diet”, que tem como substitutos da sacarose vários
tipos de edulcorantes. A sucralose se torna uma grande aposta para esse tipo de
mercado pois é considerada um edulcorante sem restrições de uso. O maracujá foi
utilizado como sabor pelo seus benefícios nutritivos e por ser uma fruta de custo
benefício satisfatório e atemporal. Este trabalho objetivou desenvolver um iogurte
grego ‘‘zero açúcar'’ com adição do edulcorante sucralose. Foram elaboradas três
formulações de iogurte com diferentes concentrações de sucralose 5g, 6,8g e 8g.
Verificou-se as características físico-químicas, microbiológicas e sensoriais (teste de
aceitação por escala hedônica). As análises físico-químicas apresentaram os seguintes
resultados: o pH variou entre 3,59±0,03 a 3,75±0,04, a acidez (g de ácido lático/100 g)
apresentou valores entre 0,96±0,02 e 0,97±0,02. As análises microbiológicas
apresentaram resultados que atendem os padrões da IN 46 (BRASIL, 2007). Os
resultados das análises de bolores e leveduras apresentaram quantidade inferior a <10
UFC/g, ausência de salmonella, contagem de coliformes termotolerantes e contagem
de coliformes totais. A análise sensorial não apresentou diferença significativa de
preferência entre as amostras. Entretanto, a amostra contendo 8g de sucralose
apresentou nota 8,0±0,01 para o atributo impressão global, maior índice de
aceitabilidade, com 90% e intenção de compra de 61,7% dos provadores participantes,
que possivelmente comprariam e certamente o comprariam. Todas as formulações
apresentaram boas avaliações, o que viabiliza novas pesquisas para possibilitar o
processamento em grande escala do produto e diversificar as opções de consumo.
1 INTRODUÇÃO 7
2 JUSTIFICATIVA 10
3 OBJETIVOS 12
3.1 OBJETIVO GERAL 12
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 12
4 REFERENCIAL TEÓRICO 13
4.1 IOGURTE: CARACTERÍSTICAS, COMPOSIÇÃO E VALOR NUTRICIONAL 13
4.2 TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO IOGURTE GREGO 15
4.4 EDULCORANTES: UTILIZAÇÃO EM IOGURTE 19
5 METODOLOGIA 22
5.1 INTERESSE DOS LATICÍNIOS EM PRODUZIR IOGURTE GREGO “ZERO
AÇÚCAR" 22
5.2 PROCESSAMENTO DO IOGURTE 23
5.3 RENDIMENTO E ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS 27
5.4 ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS 28
5.5 ANÁLISE SENSORIAL 29
5.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS 30
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES 30
6.1 INTERESSE DOS LATICÍNIOS EM PRODUZIR O IOGURTE 30
6.2 PERFIL DE CONSUMIDORES DE ADOÇANTES DO IFES, VENDA NOVA DO
IMIGRANTE 32
6.3 RENDIMENTO E ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS 33
6.4 ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS 37
6.5 ANÁLISE SENSORIAL 37
7 CONCLUSÃO 46
REFERÊNCIAS 47
1 INTRODUÇÃO
2 JUSTIFICATIVA
3 OBJETIVOS
4 REFERENCIAL TEÓRICO
legislação específica também é comum que este tipo de iogurte seja classificado
em “com creme”, em consoante com a IN N° 46, de 23 de outubro de 2007.
Apesar das diferentes formulações e marcas existentes, a composição nutricional
do iogurte grego pode ser benéfica para o consumo humano. Segundo Benatti et
al (2018), em um estudo comparativo de 117 iogurtes analisados, dos quais 35
eram do tipo grego e 82 convencionais, concluiu-se que os iogurtes gregos
podem ser considerados fonte de cálcio, um importante mineral que exerce papel
fundamental na função neuromuscular e rigidez óssea, por exemplo. Já em
relação ao teor de proteínas, Magalhães e Della Torre (2018), encontraram
iogurte com teor de 8,17 g/100 g, ao realizarem um estudo sobre a composição
química de diferentes iogurtes grego comercializado no sul do estado de Minas
Gerais. Esse teor caracteriza a amostra analisada como fonte de proteína, uma
vez que a resolução RDC RDC Nº 54, de 12 de novembro de 2012, da ANVISA, a
qual dispõe o Regulamento Técnico sobre Informação Nutricional Complementar,
estabelece como fonte de proteína o alimento cujo teor seja de no mínimo 6 g por
100 g (BRASIL, 2012). O consumo de iogurte grego com alto teor de proteína, por
sua vez, está associado ao aumento da saciedade e redução da fome
(DOUGLAS, 2013).
Ademais, é importante ressaltar o valor nutricional do iogurte de maneira geral,
visto que várias pesquisas científicas comprovam que a bebida é uma boa fonte
de proteínas, cálcio, probióticos e outros nutrientes importantes, como o estudo
realizado em 2020 pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) no qual foi
analisado o conteúdo nutricional de 150 tipos de produtos. Os resultados
encontrados constataram que dentre os iogurtes analisados o conteúdo de
proteínas é relevante para a alimentação, mesmo havendo variações entre eles.
Assim como as proteínas, o teor de cálcio encontrado neste estudo,
mostraram-se significativos para atender a recomendação de consumo diário de
1.000 mg de cálcio. Em geral, os teores de sódio, gorduras e calorias presentes
nos iogurtes analisados atendem às recomendações diárias.
19
No Brasil, em 2014, foram produzidas, em média, 400 mil toneladas por ano, o
que representou 76% do total de produtos lácteos produzidos no país 76% do
total de produtos lácteos produzidos no país (O MERCADO CONSUMIDOR DE
LEITE E DERIVADOS, 2015). O sucesso comercial desse produto se deu
principalmente devido a sua popularidade. Inicialmente, o iogurte era vendido em
farmácias, porém a demanda crescente estimulou o surgimento da atividade
industrial. E, com isso, atualmente, inúmeras indústrias fabricam em larga escala
de modo que este alimento que hoje faz parte da rotina diária de milhões de
consumidores (INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS, 2020).
De acordo com Santin (2015), em 2014 foram lançados 639 produtos lácteos
mundialmente, dos quais aproximadamente 40% eram iogurtes. A indústria de
iogurte é o segundo maior setor no ramo alimentício, ficando atrás apenas do
setor derivado de carnes (SIQUEIRA, 2019). Com isso o autor afirma também
que, o consumo per capita de iogurte no Brasil, em 2018, foi de aproximadamente
166,4L/habitante. Esse mercado vem crescendo devido às variedades de
segmentação que o iogurte oferece, podendo ser consumido em qualquer
ocasião. Além disso, várias pesquisas científicas confirmam o valor nutricional do
iogurte como uma boa fonte de proteínas, cálcio, probióticos e outros nutrientes
trazendo inúmeros benefícios para a saúde. Alguns estudos ainda observaram
que as pessoas que consomem iogurtes tendem a ter hábitos alimentares mais
saudáveis (TREMBLAY e PANAHI, 2017).
Tempos atrás, o maior público consumidor de iogurtes era o infantil, em
consequência ao conceito do produto retratado pela mídia. Hoje, o iogurte é
consumido por todos os tipos de públicos, isso porque trata-se de uma bebida
com diversas possibilidades de consumidores, além de poder ser consumida em
qualquer ocasião (SILVA e PANDOLFI, 2020). A versatilidade da bebida se dá,
principalmente, pela sua praticidade; proteínas, vitaminas, minerais, fósforo e
cálcio são apresentados ao consumidor em um potinho e no sabor de sua
preferência. Além disso, os benefícios desse tipo de leite fermentado são vários,
dentre eles, destacam-se: a proteção contra os desgastes dos ossos devido à
presença do cálcio em sua composição e o favorecimento do bom funcionamento
do intestino (O MERCADO CONSUMIDOR DE LEITE E DERIVADOS, 2015).
22
porque não apresenta sabor residual, sendo considerada como o sabor doce
padrão (FOOD INGREDIENTS BRASIL, 2013, p.30-33).
A sucralose é um adoçante artificial sintetizado a partir da sacarose, sendo capaz
de adoçar 600 vezes mais o alimento (SERBAI, OTTO e NOVELLO, 2014). Além
disso, a sucralose tem sua segurança sanitária avaliada em estudos recentes. A
Food and Drug Administration (FDA), órgão de regulamentação americano,
revisou diversos estudos de segurança em relação ao uso desse adoçante e
concluiu que o mesmo não apresenta risco cancerígeno, reprodutivo ou
neurológico para os seres humanos e seu uso entre indivíduos diabéticos,
crianças e gestantes é considerado seguro (AMERICAN DIETETIC
ASSOCIATION, 2004). Vale ressaltar que esse edulcorante é o único adoçante
obtido através da cana-de-açúcar e, portanto, apresenta o sabor do açúcar sem o
residual amargo/metálico e isento de calorias. Dessa forma, não se acumula nos
tecidos gordurosos, não atravessa a placenta, não está presente no leite materno,
já que a sua eliminação ocorre nas primeiras horas após o consumo, sendo em
até 13 horas excretado pelo organismo de forma intacta (LOPES, 2017).
Na figura 2 é possível observar a estrutura química da sucralose.
5 METODOLOGIA
Formulações
Ingredientes (%) C1 C2 C3
Iogurte natural 17 17 17
Maracujá 21 21 21
Creme de leite 17 17 17
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A B C D
Semi desnatado
Se sim, quais? líquido e
desnatado tipo
grego
Formulações
Leite Massa Rendimento (%)
(mL) dessorada (g)
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS