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UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE PEDAGOGIA

ADILSON SOUSA ALEXANDRE


ALEXIA BRAGA FURTADO
ALINE SARAIVA DO NASCIMENTO
DIÊGO SIDNEY RIBEIRO SOARES
FRANCISCA SANDI SARAIVA RODRIGUES
THAYNARA FREITAS CARVALHO
VITORIA LÍVIA MENDES SARAIVA

CULTURA AFRICANA

ITAPIPOCA, CE
2020
ADILSON SOUSA ALEXANDRE
ALEXIA BRAGA FURTADO
ALINE SARAIVA DO NASCIMENTO
DIÊGO SIDNEY RIBEIRO SOARES
FRANCISCA SANDI SARAIVA RODRIGUES
THAYNARA FREITAS CARVALHO
VITORIA LÍVIA MENDES SARAIVA

CULTURA AFRICANA

Trabalho apresentado no curso de graduação da


universidade paulista.

Prof: Carla Cristina

ITAPIPOCA, CE
2020
CUTURA E COSTUMES AFRICANOS

A cultura africana tem uma principal característica: a diversidade. A África é o


continente habitado há mais tempo em todo o planeta, é o ponto de origem do ser
humano e, durante todo o tempo de evolução agregou uma enorme quantidade de
idiomas, com mais de mil línguas diferentes, assim como religiões, regimes políticos,
condições de habitação, de atividades econômicas e de cultura.

A cultura africana sempre foi preservada através da tradição oral, mas isso
não significa que todos os povos africanos desconheciam a escrita.

A cultura africana é uma pluralidade de manifestações folclóricas e culturais


envolvendo toda a África. O velho continente é uma mescla de crenças, ritmos,
temperos e cores que o fazem peculiar. Espalhada pelo mundo através do tráfico de
escravos, acabou influenciando a cultura de muitas nações. Ela se mesclou, por
exemplo, na dança, culinária e religião.

RELIGIÃO AFRICANA

A África subsaariana é uma das regiões mais religiosas do mundo: mais de


80% da população afirma que a religião é muito importante nas suas vidas.

A Religião na África é diversificada. A maioria dos africanos são adeptos


do cristianismo e islamismo. Muitos também praticam as religiões tradicionais africanas.

Cristianismo

Projeta-se que, num futuro próximo, a maior parte dos cristãos no mundo
estarão na África subsaariana. Em 2010, a maior parte dos cristãos estavam
na Europa e na América Latina e na África. Em 2050, calcula-se que 38,1% dos
cristãos estarão em África, com redução da participação da Europa (15,6%) e da
América Latina (22,8%).

Hinduísmo
O hinduísmo na África é relativamente recente, em comparação com a história
do Islã, o Cristianismo ou Judaísmo. No entanto, a presença de seus praticantes
na África remonta aos tempos pré-coloniais, até a época medieval.

Islã

Islã tem adeptos em toda a África. É a religião predominante na África do Norte, e


também predominante na África Ocidental no Nordeste da África e ao longo da costa
da África Oriental.

Religião tradicional

As religiões tradicionais africanas envolvem ensinamentos, práticas e rituais, e visam


a compreender o divino. Englobam uma grande variedade de crenças tradicionais,
mas são geralmente exclusivos para grupos étnicos específicos. Essas religiões
englobam manifestações culturais, religiosas e espirituais originárias do continente
africano e que continuam sendo praticadas nesse continente nos dias atuais. Há
também uma multiplicidade de religiões dentro desta categoria.

TRADIÇÕES DE CADA REGIÃO DA ÁFRICA

Norte da África

 Mitologia berbere
 Mitologia Egípcia
África Ocidental

 Mitologia Akan
 Mitologia Ashanti (Gana)

 Mitologia fon (Fon)

 Odinani dos igbos (Nigeria, Camarões)

 Mitologia Efik (Nigéria, Camarões)

 Mitologia isoco (Nigéria)

 Mitologia iorubá (Nigéria, Benim)


África Central

 Mitologia Bushongo (Congo)

 Mitologia Bambuti (Pigmeu) (Congo)

 Mitologia Lugbara (Congo)

África Oriental

 Mitologia Akamba (Leste do Quénia)

 Mitologia Dinka (Sudão)

 Mitologia Lotuko (Sudão)

 Mitologia Masai (Quénia, Tanzânia)

Sul da África

 Mitologia Khoikhoi
 Mitologia Lozi (Zâmbia)

 Mitologia Tumbuka (Malawi)

 Mitologia Zulu (África do Sul)

Porém, de forma sincrética, muitos africanos ainda guardam influências das


religiões ancestrais, como na crença do poder protetivo de amuletos. 27% dos
africanos subsaarianos acreditam que sacrifícios de animais para os espíritos ou
para os ancestrais os protegem de coisas más (25% dos cristãos e 30% dos
muçulmanos creem nisso).

DANÇA

As danças africanas integram a extensa cultura do continente africano e


representam uma das muitas maneiras de comunicação cultural. Esse tipo de
manifestação é de extrema importância para o seu povo, constituindo parte
essencial da vida. É uma maneira de estarem sempre conectados com seus
antepassados e carrega uma poderosa carga espiritual, emocional e artística, além
do entretenimento e diversão.
Tipos de dança

 ahouach
 schikalt
 gnawa
 semba

LÍNGUA AFRICANA

Com 54 países, a diversidade linguística africana impressiona. Atualmente, a


África possui 2092 línguas faladas, número correspondente a nada menos que 30%
dos idiomas em todo o planeta. Além das duas mil línguas, estão presentes mais
oito mil dialetos. Assim, o multilinguismo é característica medular do continente. A
presença de inúmeras variantes dividindo os mesmos espaços de convivência
acabam por proporcionar singulares e complexas formas de enxergar e interpretar o
mundo.

As línguas africanas em quatro grandes grupos linguísticos: línguas afro-


asiáticas, línguas khoisan, línguas nilo-saarianas e línguas nigero-congolesas.
Lembrando que neste caso as línguas de origem europeias e o árabe, que também
estão presentes nos países africanos, não estão inclusas, sendo consideradas
apenas as línguas originárias do continente. O primeiro grupo, de línguas afro-
asiáticas, também conhecidas como camito-semíticas, abriga aproximadamente 240
línguas e 285 milhões de falantes. A região de abrangência de tal grupo vai do norte
da África (região do Magreb) passando pelo Sahel e pelo leste da África,
extrapolando as fronteiras do continente até o sudoeste da Ásia. O segundo grupo
linguístico é formado pelas línguas khoisan. Notório pelo uso de “cliques” como
fonemas e um extenso uso de consoantes, é considerado o menor grupo dos quatro,
contando apenas com cinco ramificações. Entre os seus falantes estão os
bosquímanos, um dos primeiros grupos habitantes do planeta, hoje localizados no
sudoeste da África, na região do deserto de Kalahari, nos países Botsuana, Namíbia
e África do Sul; e pequenos territórios de Angola e Zâmbia.
Apesar da fartura linguística, dos 54 países que formam o continente africano,
27 possuem línguas vindas da Europa como oficiais; 18 apresentam pelo menos
uma língua dos europeus entre as principais; e poucos países possuem uma
presença linguística europeia praticamente nula, são eles: Argélia, Líbia, Egito,
Etiópia, Marrocos, Mauritânia, Saara Ocidental, Somália e Tunísia. No entanto, com
exceção da Etiópia, tais países possuem o árabe como uma das línguas oficiais que
não é endógena ao continente africano. Isso aconteceu, pois, desde a chegada a
ideia dos colonizadores era ter o controle da África de diferentes formas, uma delas
seria a comunicação. Para atingir o objetivo ficou decidido que o inglês, francês,
espanhol e português seriam as línguas de base. A ação causou profundas
mudanças na maneira de falar dos africanos nos séculos subsequentes

CULINÁRIA AFRICANA

Se quisermos encontrar algum fator comum na alimentação dos africanos,


temos primeiro que dividir o continente em duas regiões:

O norte da África, onde se tornou habitual o cultivo do trigo (incluindo partes


do norte, nordeste e leste da Etiópia e o norte do Sudão) – esta culinária é
desenvolvida na culinária mediterrânica – e

A África subsaariana onde, em geral, não é o trigo, mas


outros vegetais farináceos que constituem a base da alimentação – é desta região
que o presente artigo se debruça

Ao contrário do norte de África, onde a base da alimentação é uma espécie


de pão, na África subsaariana tradicionalmente é uma massa cozida em água que
acompanha – ou é acompanhada – por diferentes guisados e grelhados. No entanto,
o arroz e a batata aclimataram-se bem em várias regiões de África e atualmente
pode dizer-se que metade das refeições têm estes vegetais como fonte de energia.

Na África austral e oriental, principalmente junto à costa, é o milho, moído em


grandes pilões ou nas modernas moagens, que serve para fazer o substrato da
culinária africana. Nas regiões mais afastadas da costa, é o sorgo o
cereal indígena que cumpre este papel, enquanto que na África ocidental o fufu é
feito com os tubérculos do inhame e outras plantas típicas dessas paragens.
A mandioca, outro visitante de outras paragens que se radicou em África, é
igualmente uma das fontes de energia utilizada nas regiões mais secas.

Então uma refeição “tipicamente africana” – normalmente consumida ao fim


da tarde, depois do dia de trabalho – é formada por um grande prato de arroz ou
massa de um dos vegetais mencionados acima, que é normalmente dividido
criteriosamente pelos membros do agregado familiar, e uma panela com um guisado
ou uma salada que acompanha um peixe ou naco de carne grelhada. Em relação a
este “caril” (como se chama ao acompanhamento mais ou menos proteico da
refeição em Moçambique), a divisão já tem regras mais rígidas, relacionadas com a
divisão de trabalho na sociedade tradicional: o chefe da família tem direito ao melhor
bocado, a seguir os restantes adultos e as crianças ficam praticamente com os
restos, uma vez que durante as suas brincadeiras elas sempre vão
comendo frutos ou mesmo um pássaro que lhes apareça à frente.

Isto refere-se evidentemente às famílias que vivem nas zonas rurais – nas
cidades, apesar da maior disponibilidade e variedade de alimentos, só uma pequena
parte da população tem acesso a uma alimentação melhor que no campo. A maior
diferença entre a refeição do africano rural e do pobre das cidades é o conjunto
dos utensílios usados para cozinhar e servir os alimentos e do combustível utilizado; e,
mesmo assim, as famílias rurais que têm ou tiveram um dos seus membros a
trabalhar num país diferente por contrato, têm normalmente louça de cozinha e de
mesa própria das cidades.

Esta descrição pode dar a entender que a culinária africana é pobre ou


monótona, mas isso não é verdade – o que se pretendeu foi alinhar alguns traços
comuns da dieta dos africanos, que não se pode considerar pouco nutritiva nem
insípida. Para além dos frutos da terra que dão, por exemplo, o azeite de dendê, os
africanos adoptaram e cultivam mesmo um grande número
de especiarias provenientes do resto do mundo – a ilha de Zanzibar, na Tanzânia,
foi durante algum tempo o maior produtor mundial de cravo da Índia, aparentemente
originário da indonésia . A África, em geral, adoptou igualmente
as receitas culinárias dos povos que a visitaram ou que ali se radicaram e um bom
exemplo desta mestiçagem alimentar é a feijoada à moda do Ibo.

Pratos de origem africana

Acarajé

A palavra "acarajé" vem do vocábulo àkàrà, que significa "bola de fogo" e é


dedicado ao orixá Iansã. O acarajé é feito com massa de feijão-fradinho, recheado
com vatapá, caruru, camarão refogado e pimenta. Sua origem é incerta, mas sabe-
se que ele é consumido na Nigéria, inclusive no café da manhã. O bolinho era uma
comida reservada inicialmente aos orixás, mas que serviu para as escravas
alforriadas garantirem seu sustento. Prato de acarajé: as baianas que o fazem são
consideradas patrimônio imaterial da Bahia

Angu

A palavra angu, de origem iorubá, designava a papa feita com inhame. Nas
Américas, os africanos conheceram o milho e a mandioca, e passaram a usar esses
alimentos para elaborar o angu. A fim de aumentar seu valor nutritivo era costume
servi-lo com miúdos de carne.

Feijoada

Por muito tempo, se acreditou que a feijoada era a mistura do feijão preto com
as partes menos nobres do porco entregadas aos negros escravizados. No entanto,
os portugueses tinham um prato semelhante e de modo algum consideravam a
orelha ou o joelho do porco como alimentos desprezíveis. Então, ao modo de
preparar esta receita portuguesa, os negros escravizados acrescentaram a laranja, a
pimenta e a farofa tornando este prato mais completo.

Vatapá
O vatapá tem sua origem na culinária dos povos iorubás e foi adaptado no
Brasil. Leva castanha de caju, azeite de dendê, camarão, coentro, pão, pimenta
malagueta, coco e gengibre que serão misturados e transformados num creme. Por
ser um prato encontrado em várias regiões do Brasil, e em cada uma pode ser
acrescentado ou retirado algum ingrediente. Também pode ser elaborado com peixe
ou mesmo frango.

Alimentos de origem africana

O comércio entre a África e a América resultou na vinda de novos alimentos


para o continente americano. Alguns exemplos são: azeite de dendê, quiabo,
inhame, leite de coco, pimenta malagueta, noz moscada etc.

EDUCAÇÃO
Ao se abordar, sob qualquer ângulo, posturas assentadas em
africanidades, aparentemente não há como detectar qualquer fundamento sem
que se leve em conta a influência religiosa, visto que é a partir da religiosidade,
segundo Sodré (2017), que o africano e sua descendência cultural formatam a
visão de indivíduo.
Assim como na maior parte do continente Africano, falta dinheiro nas escolas
a infraestrutura é muito ruim, os professores são professores de qualidade, mas nem
sempre ficam por que não recebem seus salários, vi um documentário sobre uma
pequena cidade da Uganda que se chama Masindi. Que mostra que mesmo nas
escolas públicas os alunos do ensino secundário precisam pagar para estudar, se os
alunos não pagarem suas mensalidades, são barrados na porta da escola, para
conseguir estudar muitos entram escondidos, pois querem aprender pois sua
realidade é dura e eles sabem que só adquirindo esse conhecimento poderão ter um
futuro melhor, quando são pegos por estarem ali sem ter pago são castigados.

O ensino primário é gratuito, mas muitos daqueles que terminam o ensino


primário não continuam no secundário pois não conseguem pagar pela mensalidade.
As jovens após abandonar os estudos, são marginalizadas e estigmatizadas,
porque, segundo a mentalidade popular, se afastam da escola devido a relações
sexuais, o que não é verdade, por que elas não tem escolhas os próprios pais
consideram que as meninas devem ser preparadas para o matrimônio. Segundo
eles, o papel de uma esposa é o de cozinhar para a família e assistir o próprio
homem, consequentemente, não é necessária alguma instrução.

Qualidade de ensino é preocupante em muitos países africanos


Na escola rural da aldeia de Kawaya, noroeste da Zâmbia, as crianças
costumam ter aulas à sombra de uma árvore. Ao professor, falta o quadro negro
para escrever. Aos alunos, faltam os cadernos. Essa é a realidade de estudantes e
docentes em muitas comunidades rurais desse país, onde a frequência escolar dos
alunos também não ajuda.

Em muitos casos, os professores não têm qualificação adequada. O


escândalo no sistema de ensino zambiano veio à tona em abril, quando
autoridades tornaram o problema público. 263 professores foram demitidos.
"O aparecimento do setor privado aumentou a concorrência entre os
docentes. Para encontrarmos professores competentes, temos de os submeter a
testes. Tivemos queixas de que a formação de professores no setor privado não é
suficiente", explica Segundo Stanley Mhango, diretor da Comissão de Serviço de
Ensino da Zâmbia. "Antes, contratávamos profissionais apenas pelas suas boas
referências, mas hoje, isso não é possível", diz à DW África.

Como identificar professores pouco qualificados?

Na Nigéria, por exemplo, até já existem exames para identificar os


professores pouco qualificados. E os resultados preocupam: em Kaduna, o maior
estado do país, no noroeste, cerca de dois terços dos profissionais de ensino básico
foram dispensados porque não passaram nos exames destinados aos alunos de
seis anos de idade.

Professores nas áreas rurais

A Nigéria não é exceção. Na África do Sul, a falta de profissionais em áreas


rurais faz com que até pessoas sem qualificação sejam com frequência escolhidas
para lecionar, explica a especialista Hofmeyr. "O problema é que não se
chega facilmente a muitas partes de África e da África do Sul em particular", diz.
Segundo a especialista, essas longas distâncias não atraem os professores
mais jovens e bem qualificados. "Muitas vezes, eles não têm bons lugares para
morar", explica. "Não deveria ser assim, mas é o que acontece todos os anos, por
exemplo, na província de KwaZulu-Natal, na África do Sul, segundo mostram
estudos".
Noutros países africanos, como Uganda e a Tanzânia, mesmo que sejam
feitos esforços para melhorar a qualidade da educação, em muitos casos, nem os
próprios professores têm formação profissional. "Os professores ensinam o que
leem nos livros. Raramente entendem o que estão a ensinar. Eles são um produto
de um sistema educacional pobre", concluiu Hofmeyr.

Cresce o ensino superior na África

As matrículas em cursos de graduação na África quase dobraram de 2000


para 2016: saiu de 4,5 milhões para 8,8 milhões, de acordo com dados da Unesco.
Graças a uma ampla campanha nas últimas décadas para melhorar as taxas de
participação nas escolas de ensino básico, o número de graduados no ensino médio é
maior do que nunca, todo continente desenvolvem novos planos de ensino e
apostam em parcerias internacionais para suprir a alta demanda por qualificação.

O valor, apesar de alto para a maioria da população, está ao alcance de


grande parte classe média da região. E muitos estudantes recebem bolsas de
estudo. Universidades públicas de longa data da África têm lutado com a pressão
para expandir sua capacidade sem sacrificar a qualidade do ensino. Muitas ainda
relutam em adotar o processo de digitalização e oferecer cursos EAD. Entretanto,
para garantir um melhor ensino superior na África ainda é preciso investimento alto –
o que, historicamente, só é possível para uma pequena parcela da população.

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