Você está na página 1de 3

Nome: Letícia Gonçalves Cipriano de Souza

Matrícula: 109346
Professor: Jonas Marçal
Matéria: His212

Apresentação:
Esse trabalho, tem o intuito de servir os estudantes e aos interessados sobre a
história e as curiosidades do Arquivo Nacional localizado em nosso país.

Link para a visitação da instituição online:


https://sian.an.gov.br/sianex/consulta/resultado_pesquisa_new.asp

Endereço para visitação presencial:


Praça da República, 173 - Rio de Janeiro, RJ - 20211-350

Informações gerais: O Arquivo Nacional do Brasil completou em 02/01/2022


184 anos de existência, sendo criado em 1838, no período regencial de Araújo
lima. O mesmo foi criado pelo regulamento n.2, previsto na Constituição de 1824.

História da instituição:
Hoje é denominado Arquivo nacional, mas foi um longo caminho até esse nome
ser concedido a ele. O arquivo, além de uma instituição responsável pela guarda
de papéis relativos à memória nacional, funcionaria ainda como órgão detentor
de documentos caros à administração, como pode ser observado no
regulamento. Segundo esse ato, o
Arquivo seria organizado em três
seções – legislativa, administrativa e
histórica – de acordo com a natureza
da documentação.
Mesmo a instituição estando
prevista na Constituição de 1824,
como o “local onde deveria ser
guardada toda lei depois de
assinada pelo imperador e selada
com o selo do império” a
estruturação do local não ocorreu de forma imediata. A fundação do Arquivo
ocorreu no período das reformas instituídas no final do período regencial, sob a
direção do partido conservador. Tal administração visava a manutenção da
ordem imperial através da criação de instituições que pudessem disseminar
ideários de nação e civilização, visando a formação do povo e a conservação da
integridade territorial. Inicialmente o órgão funcionou como uma repartição anexa
à Secretaria de Estado dos Negócios do Império, tornando-se autônomo em
1840. Entretanto, ocupou o prédio da secretaria até 1854. Dentre as principais
mudanças da reforma de 1876 podemos destacar a mudança do nome para
Arquivo Público do Império. O regulamento de 1876 também demonstrou uma
intenção de formar profissionais voltados para o tratamento do acervo e para a
escrita da história da nação, através do projeto de implantação de uma aula de
diplomática, em que deveriam ser ensinadas suas técnicas, além de paleografia,
cronologia, crítica histórica e regras de classificação. Visando a escrita da
memória nacional pós-Independência, foi criado ainda o cargo de cronista que,
no entanto, não foi preenchido.
Em 1886 foi lançada a primeira publicação da instituição, o Catálogo das cartas
régias, provisões, alvarás, avisos, portarias, de 1662 a 1821, existentes no
Arquivo Nacional e dirigidos, salvo expressa indicação em contrário, ao
governador do Rio de Janeiro, e, depois de 1763, ao vice-rei do Brasil. A edição
de catálogos de divulgação do acervo era uma prática comum em instituições na
época. Desde 1876, a Biblioteca Nacional e o Museu Nacional já produziam
obras dessa natureza.
Uma atribuição importante do Arquivo Público do Império no século XIX foi a
guarda de documentos relativos ao registro de patentes. O texto da lei de 28 de
agosto de 1830 determinava que todos os planos, desenhos ou modelos de
produtos patenteados deveriam ser remetidos ao Arquivo Público, mesmo antes
de sua existência. Em 1838, quando foi implantado, constava em seu
regulamento que esse material deveria ser arquivado na Seção Histórica,
atribuição que continuou nos regulamentos subsequentes. No entanto, foi
somente na década de 1870 que o envio dos planos e protótipos de invenções
começou.
Em 1882 foi aprovado novo ato tratando do registro de patentes, a lei n. 3.129,
de 14 de outubro. Já o decreto n. 8.820, de 30 de dezembro do mesmo ano,
aprovou o regulamento para execução da lei. De acordo com esse ato, o Arquivo
Público continuou sendo o local em que deveriam ser guardados “um exemplar
em duplicata de relatórios, desenhos, modelos e amostras, caso os três últimos
fossem indispensáveis ao exato conhecimento da invenção” (BRASIL, 1883, p.
636). Essa atribuição, no entanto, foi transferida para a Diretoria de Comércio
da Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras
Públicas, pelo decreto n. 547, de 17 de setembro de 1891. Ao Arquivo Público
caberia apenas o recolhimento dos processos findos, que deveriam ser
remetidos pelo ministério. Com a República, o órgão teve ainda sua
denominação alterada para Arquivo Público Nacional, como muitas outras
instituições que possuíam o termo “Imperial” em seus nomes.
Bibliografia:

Acesso em: <https://dibrarq.arquivonacional.gov.br/index.php/arquivo-nacional-


brasil>

Acesso em <http://mapa.an.gov.br/index.php/dicionario-primeira-republica/539-
arquivo-nacional>

Acesso em <https://www.gov.br/pt-br/servicos/consultar-documentos-do-acervo-
do-arquivo-nacional>

Acesso em <https://sian.an.gov.br/sianex/consulta/resultado_pesquisa_new.asp

Foto de comemoração do centenário do Arquivo Nacional


Fonte: CASTELLO BRANCO: Subsídios para a história do Arquivo Nacional na Comemoração do seu
Primeiro Centenário (1938 - 1938): O Arquivo no Império. Rio de Janeiro. Arquivo Nacional, 1937a.

Você também pode gostar