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1. O que é Tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano?

O referido instrumento está previsto no art. 4º, V, d, do Estatuto da cidade. Ademais,


o Tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano é regulamentado através do Decreto-
lei 25/1937. Desta feita, no art. 1º do decreto-lei preconiza o patrimônio histórico e
artístico nacional, sendo este: “o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país
e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis
da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico,
bibliográfico ou artístico.”
Vale salientar que no citado decreto também existe a previsão dos bens equiparados,
que estão sujeitos ao tombamento, sendo eles, os monumentos naturais, bem como os
sítios e paisagens.
2. Bens que podem ser objeto do tombamento e o procedimento.
O tombamento pode ser aplicado a bens móveis e imóveis de interesse cultural ou
ambiental, quais sejam: fotografias, livros, mobiliários, utensílios, obras de arte, edifícios,
ruas, praças, cidades, regiões, florestas, cascatas, etc. Somente é aplicado a bens materiais
de interesse para a preservação da memória coletiva.
Assim, o serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional possui os ditos
“Livros do Tombo”, que é dividido conforme a classificação do bem objeto do
tombamento. Para bens da União, Estados e Municípios, o tombamento ocorre de ofício,
por ordem do Diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sendo
necessário somente a notificação à entidade a quem pertencer o bem ou a quem detiver a
guarda.
É possível ocorrer o tombamento de um bem pertencente à pessoa física e até a
pessoas jurídicas de direito privado, podendo ser voluntária ou compulsoriamente. Com
base no art. 7º, “o tombamento voluntário sempre que o proprietário o pedir e a coisa se
revestir dos requisitos necessários para constituir parte integrante do patrimônio histórico
e artístico nacional, a juízo do Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional, ou sempre que o mesmo proprietário anuir, por escrito, à notificação,
que se lhe fizer, para a inscrição da coisa em qualquer dos Livros do Tombo.”
No tocante ao tombamento compulsório será caracterizado quando o proprietário
se recusar a anuir à inscrição da coisa.

3. Quais efeitos decorrentes de um tombamento?


O primeiro é que os bens tombados que que pertencerem à União, aos Estados ou aos
Municípios, serão inalienáveis por natureza, só serão transferidos de uma à outra das
referidas entidades. Havendo a transferência da coisa, o adquirente deverá dar imediata
ciência ao Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Outro efeito relevante é que a coisa tombada não poderá sair do país, senão por curto
prazo, sem transferência de domínio e para fim de intercâmbio cultural, a juízo do
Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Bem como, as coisas tombadas não poderão, em nenhuma hipótese serem destruídas,
demolidas ou mutiladas, e sequer poderão, sem prévia autorização especial do Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ser reparadas, pintadas ou restauradas, sob
pena de multa de cinquenta por cento do dano causado.

4. Alguns Bens, situados no Estado do Pará, que fazem parte do patrimônio


histórico e artístico nacional.

O Teatro Nossa Senhora da Paz, construído


entre 1874 e 1878, com projeto original do
engenheiro militar José Tibúrcio de Magalhães.
Várias reformas foram feitas, sendo que a de
1904, feita pelo Governador Augusto
Montenegro, fez recuar o pórtico, deixando o
terraço descoberto e reduzindo as colunas de sete
para seis.

Mercado do Ver o Peso - Entre um dos


primeiros conjuntos arquitetônicos, urbanísticos
e paisagísticos tombados no Estado está o
Mercado Ver o Peso com suas áreas adjacentes
(Praça Pedro II e Boulevard Castilhos França,
inclusive o Mercado de Carne e o Mercado
Bolonha de Peixe).

Igreja de Santo Alexandre e antigo Colégio


dos Jesuítas - Erguida em 1616, pela
Companhia Missionária Jesuítica que se instalou
ao lado do Colégio, fundado no mesmo ano. Essa
primeira capela ao lado do Forte do Castelo, de
taipa e com um único altar, deu lugar, em 1668,
a outra mais consistente, dedicada a São
Francisco Xavier e construída por Cristóvão
Domingos.

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