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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

Conservação da
fauna
Prof Luis Renato Rezende Bernardo
Descrição
Introdução à conservação da fauna com
ênfase nas unidades de conservação, na
fragmentação do habitat e os efeitos de
borda e de isolamento, nas zonas de
amortecimento e no manejo agroecológico.

Propósito
Compreender o papel das unidades de
conservação para a manutenção da
biodiversidade; a fragmentação do habitat
como consequência da não conservação e
seus efeitos de borda e de isolamento; as
zonas de amortecimento e sua importância
para as unidades de conservação; e a
agricultura sustentável e o manejo
agroecológico para a manutenção da
conservação.

Objetivos

Módulo 1

O papel das unidades de conservação e das áreas


protegidas

Descrever a importância das unidades de conservação, seus


tipos e formas de uso.

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Módulo 2

Efeito de borda e efeito de isolamento

Reconhecer os efeitos da fragmentação de habitats.

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Módulo 3

Zona de amortecimento

Reconhecer as zonas de amortecimento e seu papel na


conservação.

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Módulo 4

Práticas sustentáveis para o manejo agroecológico

Identificar as práticas sustentáveis para o manejo


agroecológico.

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Introdução
O Brasil é um país com uma grande biodiversidade que vem
sofrendo perdas significativas. A preservação da biodiversidade é
de extrema importância para que se mantenha o equilíbrio
ecológico, a qualidade e a integridade do meio ambiente, sendo
necessária a aplicação de medidas de conservação para proteger
as espécies cujas populações naturais estão em declínio ou que
estão ameaçadas de extinção. As medidas de conservação das
espécies ameaçadas da fauna brasileira buscam também a
conservação e melhoria do meio ambiente, pois conservar uma
espécie engloba não apenas aquela determinada população, mas
também seu habitat e todo o ecossistema no qual ela está inserida.

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A conservação pode se dar de duas maneiras, ex situ e in situ. A
conservação ex situ é aquela que preza pela manutenção da
biodiversidade fora do habitat natural, em instalações como
zoológicos, aquários e programas de criação em cativeiro. Já a
conservação in situ é a conservação dos ecossistemas e dos
habitats naturais, além da manutenção e reconstituição de
populações de espécies, em seus ambientes naturais. Esse modo
de conservação da biodiversidade – a conservação in situ – se dá
pela criação e implementação de unidades de conservação.

Por isso, neste conteúdo, estudaremos o papel das unidades de


conservação e das áreas protegidas na conservação da fauna,
entenderemos o que é a fragmentação dos habitats e quais as suas
consequências e descobriremos a importância das zonas de
amortecimento e do manejo agroecológico.

O papel das unidades de conservação e das áreas protegidas


Ao final deste módulo, você será capaz de descrever a importância das unidades de conservação, seus tipos e formas de uso.

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Unidades de conservação (UCs)

Aspectos gerais

O Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos da América, foi o


marco inicial das unidades de conservação, sendo a primeira criada em
1872. Depois dessa unidade, outros parques nacionais e UCs foram
criados em todo o mundo. Entre a década de 1970 e 1980 houve um
grande aumento das UCs no mundo.

Parque Nacional de Yellowstone.

Nessa época, o Brasil também começou a investir em formas de


conservação da biodiversidade, criando parques, reservas naturais e
outras unidades de conservação. Aqui no Brasil, as UCs são áreas
protegidas e instituídas em ecossistemas significativos do território
nacional.

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As UCs são fundamentais nessa empreitada de


preservação da biodiversidade, pois protegem o
habitat necessário para a sobrevivência de espécies
ameaçadas da fauna brasileira, mas também da flora e
outros organismos.

A função e o papel das áreas protegidas mudaram com o passar dos


anos, mas esses espaços são uma forma de conter as ameaças que a
natureza e suas espécies vêm sofrendo. O impacto sobre os recursos
naturais aumentou muito com o crescimento da população, sendo essas
áreas também muito importantes para a manutenção dos serviços
ambientais, como a proteção das águas, a conservação do solo e a
mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Dessa forma, o
desmatamento é um dos fatores que levam à criação de novas UCs,
como forma estratégica para conter o avanço da pressão antrópica. As
UCs são áreas que possuem características ecológicas relevantes para
as mais variadas populações e ecossistemas do território nacional, e
por isso precisam ser protegidas.

assignment_ind

Comentário

As UCS são espaços de território instituídos


pelo Poder Público, nas esferas municipal,
estadual e federal, com objetivos de
conservação e limites definidos, que são
devidamente administrados e aos quais se
aplicam a proteção prevista em lei.

As nossas UCs protegem regiões dentre as mais biodiversas do mundo,


sendo elas de extrema importância para salvaguardar inúmeras
espécies, habitats e ecossistemas, levando à preservação do patrimônio
ecológico existente. Assim, sem essas áreas protegidas, muitas
populações acabam não possuindo condições mínimas para continuar
existindo. Além das UCs serem a casa de milhões de espécies, elas
garantem o uso sustentável de recursos naturais pelas populações
locais e permitem o desenvolvimento de atividades econômicas
sustentáveis pelas comunidades do entorno. Dessa forma, essas áreas
devem ser muito bem cuidadas, sendo dever de todos fazê-lo –
cidadãos, organizações e esferas governamentais.

Exemplo de regiões brasileiras dentre as mais biodiversas do mundo:

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Amazônia

Cerrado

Mata Atlântica

Etapas para criação

As UCs são criadas pelo Poder executivo e pelo Poder legislativo, sendo
necessário seguir algumas etapas para tal. Inicialmente, são realizados
estudos técnicos para determinar os limites e qual categoria de UC está
sendo proposta. Esses estudos são feitos a partir do levantamento de
espécies do local e de relatórios socioeconômicos, culturais e
fundiários. Verifica-se também a existência de comunidades alocadas
dentro da área proposta, e quais seriam os impactos envolvidos com o
uso da área. Tais estudos podem ser realizados pelo corpo técnico dos
próprios órgãos governamentais ou por consultorias contratadas.

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Depois de realizados os estudos, uma proposta preliminar de categoria
e limite da UC é elaborada e apresentada para ser discutida, juntamente
com a sociedade e os setores interessados, na chamada etapa
consultiva. Após a etapa consultiva, a proposta é analisada pela equipe
técnica do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio) e é elaborada uma proposta final, que será analisada pelo
Ministério do Meio Ambiente e, se aprovada, segue para o presidente da
República assinar a criação da área de proteção.

Papel das UCs na conservação

Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC)

No contexto da conservação de áreas naturais no Brasil, iniciou-se a


elaboração da Lei nº 9.985, que foi aprovada em 2000, que instituiu o
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), que atende às
necessidades de uso e conservação de recursos naturais no País. O
SNUC cunhou o nome ”unidades de conservação” e é responsável pela
organização das diferentes categorias de manejo, estabelecendo as
bases para a criação, implementação e gestão das UCs no Brasil.

Um problema que o País ainda enfrenta, no que concerne à


conservação, é a falta de informações a respeito do levantamento das
espécies da fauna e flora, assim como de um bom banco de dados
universal que possibilite a integração das informações das diferentes
localidades/áreas.

Diante disso, é necessária a implementação de um Sistema Nacional de


Unidades de Conservação eficiente, com políticas de conservação que
possuam bases científicas sólidas e participativas, para a conservação
da diversidade biológica do País.

O SNUC tem por objetivos:

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local_florist Contribuir para a conservação das diversas


espécies biológicas e dos recursos
genéticos no território nacional e nas águas
jurisdicionais.

local_florist Contribuir para a preservação e


restauração da diversidade dos
ecossistemas naturais.

local_florist Proteger as espécies ameaçadas de


extinção, as paisagens naturais e pouco
alteradas e os recursos naturais
necessários à subsistência das populações
tradicionais.

local_florist Promover o desenvolvimento sustentável e


a utilização de práticas de conservação no
processo de desenvolvimento.

local_florist Proporcionar meios e incentivos para a


pesquisa científica, estudos e
monitoramento ambiental.

local_florist Restaurar e recuperar ecossistemas


degradados.

O órgão central responsável por coordenar o SNUC é o Ministério do


Meio Ambiente. Já a gestão do SNUC é feita pelos órgãos
governamentais e pelo IBAMA e ICMBio, sendo responsável pela
criação, implementação e administração das UCs federais. Já as UCs

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estaduais e municipais são administradas por meio dos sistemas
estaduais e municipais de unidades de conservação.

Devido aos diversos objetivos de conservação, é necessário que haja


distintos tipos de unidades de conservação. Com isso, o SNUC divide as
unidades de conservação em dois grupos, de acordo com seus objetivos
de manejo e tipos de uso. São elas: as unidades de conservação de
proteção integral e as unidades de conservação de uso sustentável.

Unidades de proteção integral

As unidades de proteção integral são aquelas cujo objetivo principal é a


preservação da natureza, não podendo ser habitadas pelo homem.
Nelas são admitidos apenas o uso indireto de seus recursos naturais, ou
seja, são áreas onde não há o uso ou exploração direta dos recursos
naturais e nas quais é permitido apenas o uso que não envolve
consumo, coleta ou dano aos recursos. Atividades que podem ser
realizadas nessas unidades de conservação são: pesquisa científica,
turismo ecológico e lazer, educação ambiental, entre outras.

No Brasil, existem cinco tipos de unidades de conservação de proteção


integral. São elas:

spa
Estações Ecológicas (ESECs)

spa
Reservas Biológicas (REBIOs)

spa
Parques Nacionais (PARNAs)

spa
Monumentos Naturais (MONATs)

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spa
Refúgios de Vida Silvestre (RVSs)

Cada uma delas possui um objetivo e tipo de uso específico, conforme


apresentado na Tabela.

Categoria Objetivo Uso

Pesquisas
científicas,
Estação Ecológica Preservar e
visitação pública
(ESEC) pesquisar.
com objetivos
educacionais.

Preservar a biota
(seres vivos) e
Pesquisas
demais atributos
científicas,
Reserva Biológica naturais, sem
visitação pública
(REBIO) interferência
com objetivos
humana direta ou
educacionais.
modificações
ambientais.

Pesquisas
científicas,
desenvolviment
Preservar
de atividades de
ecossistemas
educação e
Parque Nacional naturais de grande
interpretação
(PARNA) relevância
ambiental,
ecológica e beleza
recreação em
cênica.
contato com a
natureza e turism
ecológico.

Preservar sítios
naturais raros,
Monumento
singulares ou de Visitação públic
Natural (MONAT)
grande beleza
cênica.

Proteger ambientes
naturais e
Refúgio de Vida
assegurar a Pesquisa científi
Silvestre
existência ou e visitação públ
(RSV)
reprodução da flora
ou fauna.

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Tabela: Tipos de unidades de proteção integral, seus objetivos e tipos de uso.
Adaptado de WWF.

Unidades de uso sustentável

As unidades de uso sustentável têm por finalidade compatibilizar o uso


sustentável dos recursos naturais com a conservação da natureza,
conciliando, dessa forma, a presença do homem nessas áreas
protegidas. Nessas áreas, ocorre o uso direto dos recursos naturais, por
meio de uma exploração sustentável e racional, ou seja, ocorre a coleta
e o uso sustentável dos recursos naturais de forma que se mantenham
constantes os processos biológicos e os recursos ambientais
renováveis. No Brasil, existem sete tipos de unidades de conservação de
uso sustentável. São elas:

nature Áreas de Proteção Ambiental (APAs)

nature Áreas de Relevante Interesse Ecológico


(ARIEs)

nature Florestas Nacionais (FLONAs)

nature Reservas Extrativistas (RESEXs)

nature Reservas de Fauna (REFAUs)

nature Reservas de Desenvolvimento Sustentável


(RDSs)

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nature Reservas Particulares do Patrimônio


Natural (RPPNs)

Cada uma delas possui um objetivo e tipo de uso específico, conforme


apresentado na Tabela.

Categoria Característica Objetivo

Proteger a
Área extensa, biodiversidade,
pública ou privada, disciplinar o
com atributos processo de
Área de Proteção
importantes para a ocupação e
Ambiental (APA)
qualidade de vida assegurar a
das populações sustentabilidad
humanas locais. uso dos recurso
naturais.

Área de pequena
extensão, pública
Manter os
ou privada, com
Área de Relevante ecossistemas
pouca ou nenhuma
Interesse Ecológico naturais e regul
ocupação humana,
(ARIE) uso admissível
com características
dessas áreas.
naturais
extraordinárias.

Uso múltiplo
sustentável dos
Área de posse e recursos florest
domínio público para a pesquisa
Floresta Nacional com cobertura científica, com
(FLONA) vegetal de espécies ênfase em
predominantemente métodos para
nativas. exploração
sustentável de
florestas nativa

Reserva Extrativista Área de domínio Proteger os me


(RESEX) público com uso de vida e a cultu
concedido às das populações
populações extrativistas
extrativistas tradicionais, e
tradicionais. assegurar o uso

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Categoria Característica Objetivo

sustentável dos
recursos natura

Área natural de Preservar


posse e domínio populações
público, com animais de
Reserva de Fauna populações animais espécies nativa
(REFAU) adequadas para terrestres ou
estudos sobre o aquáticas,
manejo econômico residentes ou
sustentável. migratórias.

Preservar a
Área natural, de
natureza e
domínio público,
assegurar as
que abriga
condições
populações
Reserva de necessárias par
tradicionais, cuja
Desenvolvimento reprodução e
existência baseia-
Sustentável (RDS) melhoria dos
se em sistemas
modos e da
sustentáveis de
qualidade de vid
exploração dos
das populações
recursos naturais.
tradicionais.

Reserva Particular Área privada, Conservar a


do Patrimônio gravada com diversidade
Natural (RPPN) perpetuidade. biológica.

Tipos de unidades de uso sustentável, suas características, objetivos e tipos de uso.


Adaptado de WWF.

Limitações das UCs

Aspectos a serem melhorados

Como já vimos, as UCs são criadas para proteger a diversidade


biológica, principalmente das alterações antrópicas no ambiente.
Porém, a tendência é que essas áreas de proteção se tornem ilhas de
ecossistemas naturais rodeadas por áreas afetadas pelo ser humano.
Essa fragmentação do ambiente e isolamento das áreas de preservação
podem acarretar a perda progressiva de espécies, com o passar do
tempo. Com isso, temos que o simples fato de criar áreas de
preservação não garante a manutenção da biodiversidade.

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Outro fator dessa delimitação das unidades de conservação é que a
população, muitas vezes, acha que o fato de existirem essas áreas de
proteção justifica a degradação causada por eles em outras áreas.
Como se nas unidades de conservação estivessem preservados o meio
ambiente, a fauna e a flora, e não fosse necessário cuidar do restante
das áreas e dos recursos naturais, podendo estimular, assim, a
degradação de áreas não protegidas. Ou seja, as espécies e
comunidades naturais que estão dentro das áreas de conservação são
bem protegidas, e as que estão de fora podem ser exploradas como
esses indivíduos bem entenderem.

video_library
A importância das unidades de
conservação
Veja agora a importância das unidades de conservação e exemplos de
espécies da fauna ameaçadas de extinção que encontram-se, hoje,
protegidas em UCs.

playlist_play
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo
que você acabou de estudar.

Módulo 1 - Vem que eu te explico!

Unidades de proteção integral

Módulo 1 - Vem que eu te explico!

Unidades de uso sustentável

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Falta pouco para


atingir seus
objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

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Questão 1

(IDECAN – IFRR, 2020) As unidades de conservação têm como


intuito principal a preservação dos ecossistemas, podendo ou não
ser de uso sustentável. Uma das categorias de unidades de
conservação se chama Reserva Extrativista (RESEX), a qual é uma
área

proibida para a visitação pública, exceto com objetivo


educacional; a pesquisa científica depende de
A
autorização e tem como objetivo a preservação da
natureza.

utilizada para preservar sítios naturais raros,


B singulares ou de grande beleza cênica, e a visitação
pública está sujeita a certas condições e restrições.

criada por iniciativa privada, tem como objetivo


conservar a diversidade biológica e são permitidas a
C
pesquisa científica e a visitação com objetivos
turísticos, recreativos e educacionais.

criada para preservar os ecossistemas naturais de


importância regional ou local. Geralmente, é uma área
D de pequena extensão, com pouca ou nenhuma
ocupação humana e com características naturais
singulares.

utilizada para populações retirarem recursos de


maneira tradicional, e tem como objetivos básicos
E proteger os meios de vida e a cultura dessas
populações e assegurar o uso sustentável dos
recursos naturais da unidade.

Responder

Questão 2

(Instituto AOCP – UFPB, 2019) As unidades de conservação (UCs)


são áreas com características naturais relevantes, criadas e
protegidas pelo Poder Público com objetivos de conservação. Elas
são divididas em: unidades de proteção integral e unidades de uso
sustentável. Nas unidades de proteção integral, várias atividades
são permitidas, como

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A turismo ecológico e uso direto dos recursos naturais.

B pesquisa científica e cultivo de plantas ornamentais.

programas de educação ambiental e uso direto dos


C
recursos naturais.

D visitação e programas de educação ambiental.

E visitação, caça e consumo de plantas comestíveis.

Responder

Efeito de borda e efeito de isolamento


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer os efeitos da fragmentação de habitats.

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Fragmentação de habitats

Aspectos gerais

A fragmentação de habitats ocorre tanto devido a processos naturais –


em decorrência de flutuações climáticas, graças à topografia, entre
outros fatores – quanto a ações antrópicas – como o desmatamento,
que é um fator que não apenas tem influenciado na modificação da
paisagem natural, mas muitas vezes intensificado o processo de
fragmentação.

A fragmentação de habitats consiste na redução e no


isolamento de áreas propícias à sobrevivência de
espécies. Ou seja, quando temos uma ampla porção
contínua de área e, devido a alguns fatores biológicos
e ao desmatamento, essa área é reduzida e dividida em
pedaços menores, aí ocorre a fragmentação dessa
área.

A fragmentação de habitats contínuos causa diversas mudanças físicas


e ecológicas, como resultado dessa redução de área, do isolamento do
habitat e do efeito de borda. Altera a estrutura das populações, o
sucesso reprodutivo, causa interrupções de interações e taxas de

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crescimento, aumentando, assim, o risco de extinção de populações que
estão naquele fragmento.

Nas últimas décadas, a perda e fragmentação das florestas tem


ocorrido numa escala muito grande, a qual poucas espécies estão
adaptadas, sendo o processo de fragmentação uma das grandes
ameaças à biodiversidade.

assignment_ind

Comentário

À medida que as paisagens florestais vão se


fragmentando, as populações de espécies
são reduzidas, os habitats ficam mais
expostos a condições externas adversas,
que não existiam anteriormente, e isso altera
os padrões de migração e dispersão de
indivíduos, ocasionando, com o tempo, a
deterioração da diversidade biológica.

A fragmentação pode também reduzir a capacidade de alimentação dos


animais, que se movem nas áreas em busca de alimento, e acelerar a
extinção e o declínio da população ao dividir a área fragmentada. Dessa
forma, a fragmentação do habitat resulta na redução da abundância
local de espécies, em mudanças ambientais e no aumento do
isolamento entre populações, o que, consequentemente, afeta os
processos ecológicos das populações e comunidades.

Os principais fatores que ocasionam mudanças nas comunidades


fragmentadas são os efeitos de borda e os efeitos de isolamento.

Efeitos de borda

São causados por mudanças físicas e bióticas próximos às


bordas das florestas.

Efeitos de isolamento

Referem-se às mudanças ecológicas que ocorrem devido ao


isolamento do fragmento.

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Perda da biodiversidade

A grande pressão exercida sobre as áreas de floresta leva à perda da


biodiversidade. A área do fragmento está diretamente ligada à sua
biodiversidade, ou seja, quanto maior for a área, maior poderá ser a
biodiversidade contida naquele fragmento. Com o aumento dos efeitos
da fragmentação, a quantidade de fragmentos aumenta, diminuindo a
heterogeneidade e recursos daquela área, além de aumentar o efeito de
borda. Esses fatores influenciam diretamente na crescente extinção das
espécies, e o isolamento entre os fragmentos gera uma diminuição na
recolonização. Juntando todos esses aspectos, temos a perda da
biodiversidade.

Todas as alterações que ocorrem na borda de um fragmento


influenciam na fauna local, porém, nem todos os fragmentos estão
destinados aos efeitos de borda e à morte das espécies nativas. Parte
dessa biodiversidade pode ser preservada, juntamente com os recursos
florestais, por meio de procedimentos de manejo ambiental, que
reduzem os impactos de isolamento de determinado fragmento de
floresta.

Proteger os fragmentos remanescentes e replantar


espécies nativas são as formas mais eficazes de
combater a fragmentação de habitat. A criação de
unidades de conservação é uma forma de manutenção
desses ecossistemas.

Ou seja, a gestão e o manejo das áreas fragmentadas são essenciais


para se manter a biodiversidade. Podem também ser implantadas as
zonas de amortecimento, que estudaremos no próximo módulo, para
suavizar os impactos antrópicos e o efeito de borda, e utilizadas
ferramentas como corredores ecológicos, para ligar os fragmentos e
proporcionar a migração das espécies, a recolonização de áreas novas e
aumentar o fluxo gênico entre as populações.

Agora, vamos entender melhor os efeitos de borda e de isolamento


resultantes da fragmentação de habitats. Vamos lá!

Efeito de borda

Definição

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A fragmentação do habitat aumenta muito sua borda, a região de


contato entre o fragmento natural e a área ocupada do entorno. Dessa
forma, os fragmentos de habitat possuem uma maior quantidade de
borda por área de habitat e o centro desses fragmentos está mais
próximo dessa borda.

O efeito de borda é o conjunto de mudanças sofridas


na borda da floresta em relação à sua matriz – que foi
modificada devido à abertura de clareiras e ao
desmatamento, mas que anteriormente era ocupada
pela floresta.

Assim, tem-se que o microambiente da borda de um fragmento é


diferente do microambiente de seu interior, podendo influenciar na fauna
e flora local.

A borda é o local por onde se iniciam os processos biológicos


resultantes da fragmentação. Alguns dos efeitos mais relevantes são o
aumento nos níveis de luz, umidade e temperatura. Além desses efeitos,
devido à maior exposição da área no entorno, a vegetação da borda fica
muito mais exposta aos ventos, sendo mais suscetível à queda. Com a
queda das árvores, a borda cada vez mais vai adentrando a floresta, e,
consequentemente, o fragmento vai diminuindo de tamanho.

Como as espécies que vivem ali são adaptadas a certa temperatura,


umidade e níveis de luz específicos, tais mudanças poderão levar à
eliminação de muitas espécies desses fragmentos, gerando também
uma mudança na composição das espécies daquela comunidade.
Essas mudanças são mais presentes nas bordas – vão diminuindo em
direção ao interior da floresta – e levam a um empobrecimento dos
habitats. Quanto menor e mais isolado for um fragmento, mais sujeito a
maiores intensidades dos efeitos de borda ele estará.

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Processo de fragmentação de habitats e efeito de borda.

Tipos de efeito de borda

Os efeitos de borda são divididos em abióticos ou bióticos (biológicos),


veja:

Efeitos de borda abióticos expand_more

Efeitos de borda bióticos ou biológicos expand_more

Efeito de isolamento

Definição

Quando ocorre a fragmentação do habitat, novas áreas menores se


formam. Com essa separação, pode ocorrer o efeito de isolamento, no
qual um pequeno fragmento fica isolado dos demais.

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O isolamento de um fragmento tem influência negativa


sobre a diversidade de espécies locais, causando
grandes alterações na dinâmica das populações,
porque reduz sua capacidade de recolonização e
imigração.

O isolamento dos fragmentos também pode afetar negativamente a


riqueza e composição das populações, devido à interrupção do fluxo
gênico. Isso se dá porque a distância entre os fragmentos pode resultar
em uma barreira, a qual as espécies não conseguem transpor para
transitar livremente entre esses fragmentos, resultando no
endocruzamento e, consequentemente, na perda de variabilidade
genética.

O endocruzamento é quando os indivíduos geneticamente próximos


acasalam entre si, não promovendo a variabilidade genética das
populações, ou seja, a troca de genes entre indivíduos não aparentados,
o que pode afetar as gerações seguintes gerando um processo de
erosão genética.

Esse isolamento impacta não apenas no influxo de animais, mas


também de sementes e pólen, afetando a diversidade biológica e a
dinâmica das populações de animais e plantas. Assim, com o
isolamento, teremos a formação de pequenas populações, com baixa
variabilidade genética, baixa aleatoriedade demográfica e ambiental, e
disfunção social.

O grau de isolamento de um fragmento pode ser determinado pela


média das distâncias até os fragmentos mais próximos, seus vizinhos.
Em áreas nas quais a fragmentação se encontra muito avançada, a
distância entre esses fragmentos é muito grande, dificultando a
migração de indivíduos entre eles, além de outros aspectos
mencionados. Existem muitos fragmentos que possuem um alto grau de
isolamento e poucos recursos naturais, não possibilitando que muitas
espécies se desenvolvam ali, sendo considerados florestas “vazias”.
Diante do exposto, concluímos que a conectividade entre os fragmentos
é fator muito importante para que continue havendo o fluxo gênico, a
migração e a sobrevivência da biodiversidade abrigada nas florestas.

A seguir, apresentaremos uma forma de conectar fragmentos de


habitats naturais isolados entre si: o corredor ecológico.

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

Corredor ecológico

Uma forma de manejo de áreas naturais fragmentadas é conectá-las,


permitindo que animais e plantas fluam facilmente entre as áreas. Essa
conexão entre fragmentos de habitat pode ocorrer por meio dos
chamados corredores ecológicos, corredores de biodiversidade ou
corredores de remanescentes.

Corredor ecológico.

O corredor ecológico é uma ferramenta de conservação, definido pelo


Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), que
liga os fragmentos dos ecossistemas. Ao promover a ligação entre
essas áreas, ocorre a redução dos efeitos de fragmentação dos habitats,
além de ajudar na manutenção do fluxo de espécies entre os
fragmentos, na conservação da biodiversidade e dos recursos naturais.

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

Esquema de funcionamento e aplicação prática de um corredor ecológico.

O objetivo dos corredores ecológicos é garantir a manutenção de


processos ecológicos nas áreas que conectam as unidades de
conservação, recolonizar as áreas degradadas, aumentar o fluxo gênico
entre as espécies e a viabilidade de populações que demandam grandes
territórios para a sua sobrevivência. Eles aumentam a área de cobertura
vegetal, permitindo o trânsito de animais e a dispersão de sementes,
contribuindo com a conservação da biodiversidade.

A resolução do Conama nº 9, de 1996, apresenta uma definição para


corredores ecológicos, que seria uma área de trânsito da fauna entre
áreas fragmentadas. Acompanhe:

corredor entre remanescentes


caracteriza-se como sendo faixa de
cobertura vegetal existente entre
remanescentes de vegetação
primária em estágio médio e
avançado de regeneração, capaz de
propiciar habitat ou servir de área de
trânsito para a fauna residente nos
remanescentes (...). os corredores
entre remanescentes constituem-se:
pelas matas ciliares em toda sua
extensão e pelas faixas marginais
definidas por lei; pelas faixas de

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

cobertura vegetal existentes nas


quais seja possível a interligação de
remanescentes, em especial, às
unidades de conservação e áreas de
preservação permanente.

(BRASIL, 1996)

As normas de utilização e ocupação dos corredores ecológicos e seu


planejamento são determinados pelo plano de manejo da unidade de
conservação ao qual está ligado. Sua implementação depende de
parcerias entre a União, estados e municípios, para possibilitar que as
instituições e órgãos governamentais que atuam na preservação do
meio ambiente possam atuar, juntamente, fortalecendo a gestão das
unidades de conservação.

Passagem de fauna em rodovia, atuando como corredor ecológico.

video_library
Corredores ecológicos
Veja mais a seguir sobre a implementação de corredores ecológicos e
suas características.

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

playlist_play
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo
que você acabou de estudar.

Módulo 2 - Vem que eu te explico!

Efeito de borda

Módulo 2 - Vem que eu te explico!

Efeito de isolamento

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

emoji_events

Falta pouco para


atingir seus
objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

(Prefeitura de Fortaleza – 2018 – Adaptada) O processo de


fragmentação florestal realizado pelo homem gera, para muitas
populações, o impedimento de locomoção entre fragmentos. Isso
reduz sua variabilidade genética. A conservação de algumas
espécies que existem nesse cenário só poderá ocorrer se houver,
como medida de conservação

A a manutenção de um fragmento.

B a criação de corredores ecológicos.

C o isolamento da área de ocorrência da espécie.

D o manejo da população de um fragmento.

E o aumento do efeito de borda.

Responder

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

Questão 2

(INFRAERO – 2011 – Adaptada) A fragmentação de habitats é uma


das principais causas da forte diminuição de indivíduos, levando as
espécies à ameaça de extinção porque

facilitou o acesso dos animais a recursos alimentares,


A
causando superpopulações em alguns fragmentos.

levou indivíduos dessa espécie a se dispersarem pela


B paisagem, o que poderia ter dificultado o
acasalamento dos animais.

promoveu o fluxo de indivíduos entre populações


C
anteriormente pequenas e isoladas.

reduziu muito o ambiente natural necessário à sua


D sobrevivência, transformando-o em pequenas porções
de habitat.

promoveu maior fluxo gênico entre as populações, o


E
que acarreta doenças genéticas.

Responder

Zona de amortecimento
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer as zonas de amortecimento e seu papel na conservação.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03434/index.html# 30/52
25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

Zona de amortecimento e as
unidades de conservação

Definição

É de suma importância a preocupação com o entorno das áreas de


preservação, sendo este essencial para que sejam alcançados os
objetivos de conservação. O entorno permite que ocorra a manutenção
da biodiversidade daquela área, sendo um local que concilia a
conservação e a geração de benefícios sociais. Essa região que fica no
entorno das áreas de preservação é chamada de zona de
amortecimento ou zona tampão.

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

As zonas de amortecimento são as áreas ao redor das


unidades de conservação que visam proteger tais UCs,
impedindo que as atividades que ocorrem fora das UCs
interfiram nelas negativamente.

Apesar de se encontrarem tão próximas às unidades de conservação, as


zonas de amortecimento não fazem parte da UC, sendo permitidas
nelas algumas atividades humanas. Essas atividades estão sujeitas a
normas e restrições específicas, com o intuito de conciliar a
conservação do ambiente com as atividades econômicas e o
desenvolvimento das atividades antrópicas pela população local.

As zonas de amortecimento no SNUC

O SNUC prevê os mecanismos de implementação e gerenciamento das


unidades de conservação. Ele determina também a existência de
instrumentos adicionais que possibilitem a efetivação e concretização
dos objetivos para conservação da natureza, sendo a zona de
amortecimento um deles.

As zonas de amortecimento se encontram no SNUC com o intuito de


manter a estabilidade e equilíbrio dos ecossistemas, preservando a
integridade da área preservada. Estão previstas no artigo 2º, inciso XVIII,
do SNUC (LEI nº 9.985/2000), que define a zona de amortecimento
como:

o entorno de uma unidade de


conservação, onde as
atividades humanas estão
sujeitas a normas e
restrições específicas, com o
propósito de minimizar os
impactos negativos sobre a
unidade.
(BRASIL, 2000)

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

Diante disso, fica claro que essa zona de amortecimento não faz parte
da unidade de conservação em si, é apenas a área que a circunda, com
o objetivo de mitigar os impactos negativos sobre a UC e proteger o
bioma presente nesse entorno. Assim, os objetivos, a formação e todos
os elementos da zona de amortecimento devem estar ligados à UC.

A zona de amortecimento pode ser estabelecida no momento que a


unidade de conservação é criada ou em momento posterior, pelo órgão
competente, a depender da esfera em que se insira a UC.

assignment_ind

Comentário
O ideal seria que essas zonas de
amortecimento já fossem delimitadas nos
estudos que fundamentam a criação da UC.
Como a UC é criada justificando a relevância
natural da área, o lógico seria que o mesmo
estudo justificasse a importância prática de
proteção de toda a área a ser preservada,
criando também a zona de amortecimento. O
SNUC ainda determina que todas as UCs
devem ter uma zona de amortecimento, com
exceção da Área de Proteção Ambiental
(APA) e da Reserva Particular de Patrimônio
Natural (RPPN).

Objetivos e consolidação da zona de


amortecimento

Objetivos

O objetivo principal das zonas de amortecimento é minimizar os


impactos e determinar o uso e ocupação de atividades antrópicas na
região, diminuindo suas consequências sobre a UC. Elas destinam-se a
reduzir ou impedir a fragmentação do habitat e o efeito de borda, bem
como a impedir os impactos exteriores negativos, como poluição,
espécies invasoras e o avanço da ocupação humana, principalmente em
áreas de proteção muito próximas a locais de intensa ocupação
humana.

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

As zonas de amortecimento devem auxiliar na


formação dessa área que segura as pressões de borda
que as atividades antrópicas promovem, na contenção
da urbanização desordenada, na promoção e
manutenção da paisagem, na educação ambiental e na
consolidação do uso adequado e de atividades do
plano de manejo da UC.

A zona de amortecimento atua como um filtro das interferências


externas às UCs, ajudando a prevenir degradações que coloquem em
risco a integridade da área protegida. Apesar de permitir atividades
humanas, elas possuem restrições específicas, devendo admitir apenas
as atividades sustentáveis, que não prejudiquem o objetivo da
conservação. Essas normas e restrições específicas são estabelecidas
no plano de manejo, pelo órgão responsável pela administração da
unidade. Elas regulamentam a ocupação e uso de recursos naturais da
zona de amortecimento, objetivando minimizar esses impactos
negativos, além de determinar medidas que promovam sua integração
às atividades econômica e social das populações vizinhas.

Consolidação

Como vimos, algumas situações levam à necessidade de se estabelecer


zonas de amortecimento, como a contenção da fragmentação do
habitat e a amenização dos impactos antrópicos. A interferência
antrópica na área de proteção é um dos fatores que leva à fragmentação
do habitat, resultando no efeito de borda que já estudamos. Com a
implementação de zonas de amortecimento, temos a diminuição dessas
interferências negativas e, consequentemente, do efeito de borda,
preservando mais a área e sua biodiversidade.

report_problem

Atenção!

Os impactos antrópicos, muitas vezes


promovidos pelas práticas rurais não
sustentáveis, como o uso de agrotóxicos,
ameaçam seriamente a fauna e flora das
áreas naturais, caso não haja o uso correto e
moderado, podendo levar ao extermínio
desses ecossistemas. Dessa forma, visando
à amenização de tais impactos, há a
necessidade de zonas de amortecimento,
com suas normas e restrições específicas,

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03434/index.html# 34/52
25/03/24, 15:01 Conservação da fauna
para que haja impacto moderado, ou
nenhum, e a UC se mantenha conservada.

Há também a necessidade de se considerar alguns pontos para a


definição da zona de amortecimento. O primeiro é a proximidade da
área a ser conservada, haja vista que seu objetivo é justamente proteger
a unidade de conservação dos impactos externos. Outro ponto a ser
considerado é a natureza da ocupação do solo na área, priorizando na
zona de amortecimento as áreas florestadas e de atividades que
poderão causar pouco impacto, direta ou indiretamente, nas UCs. A
densidade populacional é outro fator que pode causar impacto nas UCs.
Dessa forma, as áreas com alta densidade populacional devem ficar
fora da zona de amortecimento, pois podem gerar ações com impacto
negativo que ultrapassem os limites da área a ser protegida.

video_library
Zonas de amortecimento
Veja agora, a importância das zonas de amortecimento e suas
peculiaridades.

playlist_play
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo
que você acabou de estudar.

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

Módulo 3 - Vem que eu te explico!

A zona de amortecimento no SNUC

Módulo 3 - Vem que eu te explico!

Consolidação da zona de amortecimento

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

Falta pouco para


atingir seus
objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

(TJ-GO – 2009 – Adaptada) Marque a alternativa abaixo que


apresente unidades de conservação que precisam,
obrigatoriamente, ter zonas de amortecimento.

A Florestas nacionais e reservas ecológicas.

Áreas de proteção ambiental e reservas de


B
desenvolvimento sustentável.

Parques nacionais e reservas particulares do


C
patrimônio natural.

Áreas de proteção ambiental e reservas particulares


D
do patrimônio natural.

Todas as unidades de conservação necessitam de


E
zonas de amortecimento, sem exceção.

Responder

Questão 2

As zonas de amortecimento são as áreas do entorno das unidades


de conservação e são importantes para que os objetivos de
conservação das UCs sejam alcançados, pois

são áreas integrantes das unidades de conservação,


A que impedem a interferência externa negativa dentro
das unidades.

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

são áreas destinadas a impedir os impactos


B exteriores, como poluição e espécies invasoras, bem
como reduzir a fragmentação e o efeito de borda.

permitem a manutenção da biodiversidade local, nas


C
quais não são permitidas atividades humanas.

atuam como um filtro das interferências externas,


prevenindo degradações que coloquem em risco a
D
integridade da unidade, nas quais são permitidas
todos os tipos de atividades antrópicas.

auxiliam na formação de áreas que seguram as


pressões de borda promovidas pelas ações
E
antrópicas, mas não auxiliam na manutenção da
paisagem nem na educação ambiental.

Responder

Práticas sustentáveis para o manejo agroecológico


Ao final deste módulo, você será capaz de identificar as práticas sustentáveis para o manejo agroecológico.

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

Agricultura sustentável e
agroecologia

A agricultura moderna é extremamente consumista e quase não


apresenta características sustentáveis que promovam a manutenção do
meio ambiente e a conservação da biodiversidade. É uma agricultura
que não fecha ciclos, não se preocupa em reciclar e regenerar e é
destruidora, refletindo claramente a falta de harmonia que existe entre o
ser humano e o meio ambiente, além da falta de preocupação com o
todo, com o coletivo. Diante disso, quando nos referirmos à agricultura,
pensamos no empobrecimento dos sistemas ecológicos naturais e, por
consequência, da biodiversidade.

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

Quando os sistemas naturais são utilizados com o objetivo de produzir,


eles são chamados de agroecossistemas, e o jeito atual de se realizar
essa atividade de produção vai de encontro à estratégia da natureza,
comprometendo, ao longo do tempo, a preservação e a renovação dos
recursos naturais. O uso de máquinas pesadas, o mau manejo e uso
intensivo do solo, a adubação química e o uso frequente e intensivo de
pesticidas são alguns exemplos de instrumentos utilizados pelas
agriculturas modernas que impactam diretamente o meio ambiente de
forma muito prejudicial. A adubação química intensa, por exemplo,
causa o desequilíbrio fisiológico das plantas e ecológico do solo. Já a
utilização de máquinas pesadas, juntamente com o uso intensivo e mal
manejado do terreno, resulta na desestruturação do solo.

assignment_ind

Comentário
O solo desestruturado apresenta uma
camada superficial desintegrada e camadas
profundas compactadas, ou seja, tem-se
uma camada mais pulverizada em cima e
uma camada muito dura por baixo. Dessa
forma, o solo apresenta dificuldade de
absorção de oxigênio, dificuldade de fixação
de culturas, dificuldade de trocas químicas e
dificuldade de absorção de água, o que, com
as chuvas, pode causar o seu deslocamento
e erosão.

Em resumo, a agricultura moderna contribuiu para disseminar


problemas ambientais, como a poluição por agrotóxicos, a erosão do
solo, a desertificação e a perda de biodiversidade. Frente a esse cenário
da agricultura que é muito agressiva ao meio ambiente, sem nenhuma
preocupação ou restauração, surge a agricultura sustentável.

Agricultura sustentável

A agricultura sustentável é uma forma de cultivo que se preocupa mais


com o meio ambiente, ou seja, é um sistema de práticas agrícolas que
respeitam o meio ambiente. Ela tem por objetivo melhorar a qualidade
do ambiente preservando os recursos naturais, utilizando recursos não
renováveis e agrícolas de forma mais eficaz, além de melhorar a
qualidade dos alimentos. Em resumo, visa produzir sem comprometer a
preservação e a renovação dos recursos naturais.

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

report_problem

Atenção!

Alguns problemas encontrados para a


implementação de agriculturas sustentáveis
é que o Brasil ainda é muito dependente do
uso de pesticidas, sendo um dos países que
mais utiliza no mundo, e o desmatamento de
áreas florestais para implementação de
agriculturas ainda é muito comum. Apesar
disso, já existem iniciativas de
desenvolvimento sustentável da agricultura.

Hoje, a agroecologia é o tema central e o princípio da agricultura


sustentável. Veja mais a seguir.

Agroecologia

A agroecologia é uma forma de agricultura sustentável que busca


superar os danos causados à biodiversidade e à sociedade pela prática
de monoculturas, utilização de agrotóxicos e adubação química pesada,
alcançando um desenvolvimento sustentável.

Ela analisa e avalia agroecossistemas dentro do conceito de


sustentabilidade. Para que um agroecossistema alcance uma produção
sustentável, ele precisa do equilíbrio entre as plantas, a luz solar, o solo,
os nutrientes, a umidade e os organismos que ali coexistem. Quando as
condições de crescimento ricas e equilibradas prevalecem, o
agroecossistema se torna produtivo e saudável. Dessa forma, para
alcançar a sustentabilidade, a agroecologia se concentra em pontos
como:

nature A manutenção da produtividade agrícola e


dos recursos naturais, em longo prazo.

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

nature A geração do mínimo de impacto negativo


ao meio ambiente.

nature A conciliação das atividades produtivas


com o potencial do agroecossistema.

nature A satisfação da necessidade humana de


alimentos e renda.

nature A redução no uso de insumos externos e


não renováveis.

A agroecologia promove a produtividade sem provocar danos


irreparáveis e desnecessários ao meio ambiente, buscando restaurar a
resiliência do agroecossistema.

Agroecologia e a biodiversidade

A prática de monoculturas, que são comumente encontradas na


agricultura moderna, acarreta a homogeneização das paisagens de
cultivo, gerando um grande impacto na biodiversidade. Ao tempo que a
agricultura moderna vem limitando a diversidade de espécies, a
produção agroecológica introduz sistemas que se beneficiam da
biodiversidade, do manejo combinado de alimentos e do cultivo de
floresta.

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

A preservação e ampliação da biodiversidade dos agroecossistemas é o


primeiro passo para produzir a autorregulação e sustentabilidade.
Quando os agroecossistemas têm a biodiversidade restituída, ocorrem
diversas interações entre solo, plantas e animais, que podem resultar
em efeitos benéficos, como:

filter_1 Criar uma cobertura vegetal contínua que


protege o solo.

filter_2 Promover a manutenção dos ciclos de


nutrientes.

filter_3 Garantir o uso eficaz dos recursos locais.

filter_4 Contribuir para a conservação do solo e dos


recursos hídricos, por meio da cobertura
morta e da proteção contra os ventos.

filter_5 Aumentar o controle biológico de pragas.

filter_7 Garantir uma produção sustentável sem o


uso de químicos que degradam o meio
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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna
ambiente.

Com isso, sabemos que os agroecossistemas possuem características


estruturais e funcionais parecidas entre eles, mesmo apresentando
diferenças geográficas e históricas. Em resumo, eles abrigam um
grande número de espécies; promovem a manutenção dos ciclos e
materiais e resíduos, por meio de práticas de reciclagem eficientes;
suportam interdependências biológicas complexas, que geram certa
supressão biológica de pragas; e fazem pouco uso de insumos
químicos. Contudo, para que a agroecologia alcance seus objetivos, são
necessárias mudanças que firmem suas bases e gradativamente
transformem as bases produtivas e sociais do uso dos recursos
naturais e da terra como um todo.

Manejo agroecológico

Aspectos gerais

O manejo, na agroecologia, é feito pela prática da agricultura orgânica


com o uso de tecnologias limpas, resultando em menores
externalidades ambientais negativas. Sabemos que as técnicas de
manejo da monocultura já são seguidas, sendo preciso, agora, ocorrer a
transição agroecológica nos solos degradados. O manejo do solo
consiste em diversas operações realizadas com finalidade de propiciar
ao solo boas condições para a semeadura, o desenvolvimento e a
produção dos cultivos.

No manejo agroecológico, almeja-se chegar nessas


condições favoráveis do solo por meio da aplicação de
técnicas minimamente agressivas ao solo e ao meio
ambiente.

Ele é essencial para se ter uma boa produtividade, que permite a


manutenção do potencial produtivo do solo e o equilíbrio ecológico,
aliados ao ganho econômico. As técnicas a serem utilizadas no manejo
ecológico do solo são:

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

spa
Práticas edáficas

spa
Práticas vegetativas

spa
Práticas mecânicas

Práticas edáficas

As práticas edáficas são aquelas que procuram melhorar a qualidade de


solo, a sua fertilidade e condições morfológicas, possibilitando um
crescimento rápido e saudável da vegetação e promovendo, assim, uma
maior cobertura e proteção do solo.

Alguns exemplos desse tipo de prática são: o controle de queimadas,


adubação verde, cultivo de acordo com a capacidade do solo e
compostagem. Entenda cada uma a seguir:

Controle de queimadas expand_more

Adubação verde expand_more

Cultivo de acordo com a capacidade do solo expand_more

Compostagem expand_more

Práticas vegetativas

As práticas vegetativas utilizam da própria vegetação para proteger o


solo, amenizando o impacto das chuvas, fornecendo matéria orgânica e
nutrientes ao solo, favorecendo sua atividade biológica.

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna
Alguns exemplos de práticas vegetativas são: cobertura do solo;
campina reduzida; consórcio de culturas; rotação de culturas; quebra-
vento; florestamento; e reflorestamento. Entenda cada uma a seguir:

Cobertura do solo expand_more

Campina reduzida expand_more

Consórcio de culturas expand_more

Rotação de culturas expand_more

Quebra-vento expand_more

Florestamento expand_more

Reflorestamento expand_more

Práticas mecânicas

As práticas mecânicas têm por objetivo reduzir a velocidade do


escoamento da água da chuva, conduzindo o excesso de água para
locais protegidos com vegetação ou bacia de captação, onde será
armazenada e poderá ser utilizada para outros fins, além de facilitar a
infiltração da água no solo.

Entenda a seguir dois exemplos de práticas mecânicas:

Terraceamento expand_more

Bacias de captação expand_more

video_library
Manejo agroecológico e práticas

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

sustentáveis
Veja a seguir o manejo agroecológico e algumas de suas práticas
sustentáveis.

playlist_play
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo
que você acabou de estudar.

Módulo 4 - Vem que eu te explico!

Agroecologia

Módulo 4 - Vem que eu te explico!

Práticas vegetativas no manejo agroecológico

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emoji_events

Falta pouco para


atingir seus
objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Para que um agroecossistema alcance uma produção sustentável,


é necessário o equilíbrio entre as condições ambientais e os
organismos que ali coexistem. Para se alcançar essa
sustentabilidade, a agroecologia se concentra em alguns pontos.
Qual das alternativas a seguir traz corretamente esses pontos?

Manutenção da produtividade agrícola e dos recursos


A naturais, em longo prazo, e o aumento do uso de
insumos externos e não renováveis.

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A conciliação das atividades produtivas com o


B potencial do agroecossistema, independentemente do
impacto causado ao meio ambiente.

A redução do uso de insumos externos e não


C
renováveis priorizando as atividades produtivas.

A conciliação das atividades produtivas com o


D potencial do agroecossistema causando o mínimo
impacto negativo ao meio ambiente.

Superar os danos causados à biodiversidade


E
praticando as técnicas de monocultura.

Responder

Questão 2

A agroecologia é o estudo da agricultura a partir de uma


perspectiva ecológica. A respeito do manejo agroecológico,
assinale a alternativa correta.

Por se tratar de áreas submetidas aos princípios da


A agricultura convencional, não é possível realizar uma
transição para sistemas de produção agroecológica.

É essencial para se obter uma boa produtividade, que


promove a manutenção do potencial produtivo do solo
B
e o equilíbrio ecológico, não sendo compatível com o
ganho econômico.

Tem por objetivo alcançar condições favoráveis do


C solo por meio da utilização de técnicas minimamente
agressivas ao meio ambiente.

Utiliza as mesmas técnicas de manejo implementadas


D
nas monoculturas.

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Busca a transformação gradativa das bases


E
produtivas apenas pelo uso do solo.

Responder

Considerações finais
Neste conteúdo, estudamos que a conservação da fauna, assim como
da flora e demais organismos e do meio ambiente como um todo, se dá
por meio das unidades de conservação, que são áreas naturais
protegidas. Vimos que, no Brasil, o SNUC estabelece, em forma de lei, os
tipos de unidades de conservação, seus objetivos, características e
formas de uso.

Conhecemos também as consequências do desmatamento e da não


conservação das áreas naturais, que resultam na fragmentação de
habitats. Entendemos a necessidade do estabelecimento de zonas de
amortecimento, áreas no entorno das unidades de conservação que
auxiliam na conservação dos ecossistemas, espécies e recursos
naturais.

E, por fim, conhecemos a possibilidade de se realizar uma agricultura


sustentável, que preserva o meio ambiente, promove a biodiversidade e
se beneficia das interações ecológicas, bem como aprendemos as
práticas sustentáveis possíveis para o manejo agroecológico.

headset
Podcast
Para encerrar, ouça sobre as principais ameaças à
biodiversidade e iniciativas para a proteção e conservação da
fauna.

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25/03/24, 15:01 Conservação da fauna

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No artigo Conservação da biodiversidade em fragmentos florestais, na


página Aves Marinhas, é interessante ver a abordagem dos autores
quanto a estratégias para a conservação da biodiversidade em
paisagens muito fragmentadas.

O livro Biologia da Conservação, de Richard Primack e Efraim Rodrigues,


é uma ótima leitura para aqueles que desejam aprofundar os estudos
em Biologia da Conservação.

Referências
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sustentável. 4. ed. Porto Alegre: UFRGS, 2004.

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