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IMETRO

DTEC
Engenharia Civil

05/11/2021

GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E


IMPACTOS AMBIENTAIS

Afonso dos Santos

Mauro Domingos

Soslaia Sonhi
ECO-92
Txauana Samuangala
ECO-92
Introdução
Em 1992, o mundo vivia o clima pós-Guerra Fria,
enquanto a Europa assinava o Tratado de
Maastrich, que representou um marco na
formalização da União Europeia.

Ao mesmo tempo, a agenda ambiental e suas


questões ganhavam cada vez mais notoriedade
entre as nações, influenciando um número maior de
debates sobre o tema, principalmente após a
realização da Conferência de Estocolmo, em 1972,
e do lançamento do relatório “Nosso Futuro
Comum”, das Nações Unidas, do qual surgiu o
conceito de desenvolvimento sustentável, que
serviram de base para a ECO-92.
ECO-92
O que é ECO-92 ??
Conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento.

Reafirmando a Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o


Meio Ambiente Humano, adotada em Estocolmo em 16 de junho de
1972.

A chamada Eco-92, Rio-92 Ou Cúpupla Da Terra, tem história e


desdobramentos importantes dos pontos de vista científico,
diplomático, político, social e da comunicação, exigindo ainda uma
compreensão específica a partir de uma realidade brasileira.

Tendo-se reunido no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de 1992.


ECO-92
O que é ECO-92 ??
No encontro, foram analisadas metas para o controle das emissões de CO2
na atmosfera, bem como para a criação de parâmetros para a proteção da
biodiversidade, entre eles o uso sustentável de florestas e a compensação
(através de royalties), para países pobres, pelo uso de seus recursos
naturais.
Royalties é uma palavra em inglês que significa regalia ou privilégio.
Consiste em uma quantia que é paga por alguém ao proprietário pelo direito de usar,
explorar ou comercializar um produto, obra, terreno, etc.
ECO-92
Objectivos da ECO-92
Estabelecer uma nova e justa parceria global por meio do
estabelecimento de novos níveis de cooperação entre os estados, os
sectores chaves da sociedade e os indivíduos;

Trabalhando com vistas à conclusão de acordos internacionais que


respeitem os interesses de todos e protejam a integridade do sistema
global de meio ambiente e desenvolvimento

A avaliação partiu do pressuposto de que, se todas as pessoas


almejarem o mesmo padrão de desenvolvimento dos países ricos, não
haverá recursos naturais para todo mundo sem que sejam feitos Graves,
e Irreversíveis — Danos Ao Meio Ambiente.
ECO-92
Os Principais Documentos Resultantes Da Eco-92 Foram:
Declaração do Rio sobre Meio Ambiente de Desenvolvimento;
Agenda 21;
Convenção - Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima
(CQNUMC);
Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CDB);
Convenção sobre Combate à Desertificação

A Agenda 21, por sua vez, era um texto com 2.500 recomendações com o objectivo
de criar um programa de transição para o desenvolvimento sustentável, tendo como
base o Relatório de Brundtland, para a criação de Agendas 21 nacionais e regionais.
ECO-92
Declaração do Rio
Princípio 1
Os seres humanos constituem o centro das preocupações relacionadas com o
desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva, em
harmonia com a natureza.

Princípio 2
Os Estados, de conformidade com a Carta das Nações Unidas e com os
Princípios de Direito Internacional, têm o direito soberano de explorar seus
próprios recursos segundo suas próprias políticas de meio ambiente e
desenvolvimento, e a responsabilidade de assegurar que atividades sob sua
jurisdição ou controle não causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou
de áreas além dos limites da jurisdição nacional
ECO-92
Princípio 3
O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a permitir que
sejam atendidas equitativamente as necessidades ambientais e de
desenvolvimento de gerações presentes e futuras.
Princípio 4
Para alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção ambiental deve
constituir parte integrante do processo de desenvolvimento, e não pode ser
considerada isoladamente deste.
Princípio 5
Todos os Estados e todos os indivíduos, como requisito indispensável para o
desenvolvimento sustentável, devem cooperar na tarefa essencial de erradicar
a pobreza de forma a reduzir as disparidades nos padrões de vida e melhor
atender às necessidades da maioria da população do mundo
ECO-92
Princípio 6
A situação e necessidades especiais dos países em desenvolvimento, em
particular dos países menos desenvolvidos relativo e daqueles ambientalmente
mais vulneráveis, devem receber prioridade especial. Ações internacionais no
campo do meio ambiente e do desenvolvimento devem, também, atender aos
interesses e necessidades de todos os países.

Princípio 7
Os Estados devem cooperar, em um espírito de parceria global, para a conservação,
proteção e restauração da saúde e da integridade do ecossistema terrestre. Considerando
as distintas contribuições para a degradação ambiental global, os Estados tem
responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Os países desenvolvidos reconhecem a
responsabilidade que tem na busca internacional do desenvolvimento sustentável, cm
vista das pressões exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das
tecnologias e recursos financeiros que controlam.
ECO-92
Princípio 8
Para se alcançar um desenvolvimento sustentável e uma qualidade de vida mais elevada
para todos os povos, os Estados deverão reduzir e eliminar padrões insustentáveis de
produção e de consumo e promover políticas demográficas apropriadas.

Princípio 9
Os Estados deverão cooperar para reforçar as capacidades próprias endógenas necessárias
a um desenvolvimento sustentável, melhorando os conhecimentos científicos através do
intercâmbio de informações científicas e técnicas, e aumentando o desenvolvimento, a
adaptação, a difusão e a transferência de tecnologias incluindo tecnologias novas e
inovadoras.
ECO-92
Princípio 10
A melhor forma de tratar as questões ambientais é assegurar a participação de todos os
cidadãos interessados ao nível conveniente. Ao nível nacional, cada pessoa terá acesso
adequado às informações relativas ao ambiente detidas pelas autoridades, incluindo
informações sobre produtos e actividades perigosas nas suas comunidades, e a oportunidade
de participar em processos de tomada de decisão. Os Estados deverão facilitar e incentivar a
sensibilização e participação do público, disponibilizando amplamente as informações.
O acesso efectivo aos processos judiciais e administrativos, incluindo os de recuperação e de
reparação, deve ser garantido.

Princípio 11
Os Estados deverão promulgar legislação ambiental eficaz. Os padrões ecológicos, os
objectivos e as prioridades de gestão do ambiente devem reflectir o contexto
ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam. Os padrões aplicados por alguns
Estados podem não ser convenientes e ter um custo económico e social injustificado
para outros países, especialmente para os países em desenvolvimento.
ECO-92
Princípio 12
Os Estados deverão cooperar na promoção de um sistema económico internacional
aberto e apoiado que conduza ao crescimento económico e ao desenvolvimento
sustentável em todos os países de forma a melhor tratar os problemas de degradação
ambiental.

As medidas de política comercial motivadas por razões ambientais não devem


constituir um instrumento de discriminação arbitrária ou injustificada ou uma restrição
disfarçada ao comércio internacional.

As acções unilaterais para lidar com desafios ambientais fora da área de jurisdição do
país importador devem ser evitadas. As medidas ambientais para lidar com problemas
ambientais transfronteiriços ou globais devem, tanto quanto possível, ser baseados
num consenso internacional.
ECO-92
Princípio 13
Os Estados deverão elaborar legislação nacional relativa à responsabilidade civil e à
compensação das vitimas da poluição e de outros prejuízos ambientais Os Estados
deverão também cooperar de um modo expedito e mais determinado na elaboração
de legislação internacional adicional relativa à responsabilidade civil e compensação
por efeitos adversos causados por danos ambientais em áreas fora da sua área de
jurisdição, e causados por actividades levadas a efeito dentro da área da sua jurisdição
de controlo.

Princípio 14
Os Estados deverão cooperar de forma eficaz no sentido de desencorajar ou
prevenir a deslocação ou transferência para outros Estados de quaisquer
actividades e substâncias que causem uma degradação ambiental grave ou
que sejam potencialmente nocivas à saúde humana.
ECO-92
Princípio 15
Para que o ambiente seja protegido, será aplicada pelos Estados, de acordo com as
suas capacidades, medidas preventivas. Onde existam ameaças de riscos sérios ou
irreversíveis não será utilizada a falta de certeza científica total como razão para o
adiamento de medidas eficazes em termos de custo para evitar a degradação
ambiental.
Princípio 16
As autoridades nacionais deverão esforçar-se por promover a internalização dos custos
ambientais e a utilização de instrumentos económicos, tendo em conta o princípio de
que o poluidor deverá, em princípio, suportar o custo da poluição, com o devido
respeito pelo interesse público e sem distorcer o comércio e os investimentos
internacionais.
ECO-92
Princípio 17
A avaliação do impacto ambiental, como instrumento nacional, deve ser empreendida
para atividades planejadas que possam vir a ter impacto negativo considerável sobre o
meio ambiente, e que dependam de uma decisão de autoridade nacional competente.
Princípio 18
Os Estados devem notificar imediatamente outros Estados de quaisquer desastres
naturais ou outras emergências que possam gerar efeitos nocivos súbitos sobre o meio
ambiente destes últimos. Todos os esforços devem ser empreendidos pela comunidade
internacional para auxiliar os Estados afetados.
Princípio 19
Os Estados devem prover oportunamente, a Estados que possam ser afetados,
notificação prévia e informações relevantes sobre atividades potencialmente
causadoras de considerável impacto transfronteiriço negativo sobre o meio ambiente,
e devem consultar-se com estes tão logo quanto possível e de boa fé.
ECO-92
Princípio 20
As mulheres desempenham papel fundamental na gestão do meio ambiente e no
desenvolvimento. Sua participação plena e, portanto, essencial para a promoção do
desenvolvimento sustentável.
Princípio 21
A criatividade, os ideais e a coragem dos jovens do mundo devem ser mobilizados para
forjar uma parceria global com vistas a alcançar o desenvolvimento sustentável e
assegurar um futuro melhor para todos.
Princípio 22
As populações indígenas e suas comunidades, bem como outras comunidades locais, têm
papel fundamental na gestão do meio ambiente e no desenvolvimento, em virtude de seus
conhecimentos e práticas tradicionais. Os Estados devem reconhecer e apoiar de forma
apropriada a identidade, cultura e interesses dessas populações e comunidades, bem como
habilitá-las a participar efetivamente da promoção do desenvolvimento sustentável.
ECO-92
Princípio 23
O meio ambiente e os recursos naturais dos povos submetidos à opressão, dominação
e ocupação devem ser protegidos.
Princípio 24
A guerra é, por sua natureza, contrária ao desenvolvimento sustentável. Os Estados
devem, por conseguinte, respeitar o direito internacional aplicável à proteção do meio
ambiente em tempos de conflito armado, e cooperar para seu desenvolvimento
progressivo, quando necessário.

Princípio 25
A paz, o desenvolvimento e a proteção ambiental são interdependentes indivisíveis.
ECO-92

Princípio 26
Os Estados devem solucionar todas as suas controvérsias ambientais de forma pacífica,
utilizando-se dos meios apropriados, de conformidade com a Carta das Nações Unidas.

Princípio 27
Os Estados e os povos devem cooperar de boa fé e imbuídos de um espírito de parceria
para a realização dos princípios consubstanciados nesta Declaração, e para o
desenvolvimento progressivo; do direito internacional no campo do desenvolvimento
sustentável.
ECO-92

Na Rio-92, ficou acordado, então, que os países em desenvolvimento


deveriam receber apoio financeiro e tecnológico para alcançarem outro
modelo de desenvolvimento que seja sustentável, inclusive com a redução dos
padrões de consumo — especialmente de combustíveis fósseis (petróleo e
carvão mineral).

Com essa decisão, a união possível entre meio ambiente e desenvolvimento


avançou, superando os conflitos registrados nas reuniões anteriores
patrocinadas pela ONU, como na Conferência de Estocolmo, em 1972.
ECO-92
Ainda que a Eco-92 tenha sido considerada um evento de caráter mais otimista
do que a Conferência de Estocolmo, e a Convenção do clima tenha dado origem
ao Protocolo de Kyoto, muitos a consideraram uma decepção, alegando
ausência de metas concretas.

Após 20 anos do encontro, foi marcada a Rio+20, que visava continuar a agenda
estabelecida pela Eco-92 e verificar se foram feitos avanços em relação às
cúpulas anteriores e o que ainda é preciso para que os países adotem uma
política de sustentabilidade.

A nova reunião ocorreu entre os dias 13 e 22 de junho de 2012, também no Rio,


e contou com a participação de mais de 170 nações – sendo considerado o
maior evento já realizado pelas Nações Unidas -, que debateram propostas para
alterar o modo como estão sendo usados os recursos naturais do planeta
ECO-92

Ambientalistas afirmam que poucas alterações ocorreram entre os dois


encontros, visto que não houve um amadurecimento satisfatório da
Agenda 21, bem como o pouco comprometimento verificado em relação
ao Protocolo de Kyoto, pela maioria dos países signatários

No entanto, apesar de alguma evolução, os resultados obtidos ao fim da


Rio+20 também não foram exatamente como era esperado.

A ideia era que os países formulassem, durante o encontro, um plano de


desenvolvimento para a humanidade, de forma que as pessoas
pudessem ter uma vida digna a partir da administração dos recursos
naturais para que as futuras gerações não fossem prejudicadas.
ECO-92

ECO-92

Rio + 20
ECO-92

Referências da pesquisa
https://estatico.cnpq.br/portal/premios/2018/pjc/assets/pdf/webaulas/web-01/W1_Eco92_Rio20.pdf

https://www.senado.gov.br/NOTICIAS/JORNAL/EMDISCUSSAO/rio20/a-rio20.aspx

Declaração do Rio de Janeiro

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