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AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOCENTE (2018/2019)

SECÇÃO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOCENTE


ORIENTAÇÕES ADD

O presente documento estabelece orientações e recomendações que visam clarificar o


desenvolvimento do processo de avaliação e os instrumentos de registo a utilizar.

1. Introdução

O Decreto Regulamentar nº 26/2012, de 21 de fevereiro, prevê um conjunto de disposições finais e


transitórias, a aplicar até ao final do primeiro ciclo avaliativo definido nesse diploma.

De acordo com o nº 3 do artigo 42º do Decreto-lei nº 41/2012, de 21 de fevereiro, e com o nº 1 e o nº 4


do artigo 5º do Decreto Regulamentar nº 26/2012, de 21 de fevereiro, é estabelecida a periodicidade dos
ciclos de avaliação, os quais devem coincidir com o período correspondente aos escalões da carreira docente.
Assim, o processo de avaliação do desempenho dos docentes integrados na carreira conclui-se no final do ano
escolar anterior ao do fim do ciclo avaliativo.

Mais esclarece a Nota Informativa da Diretora Geral da Administração Escolar, de 15 de janeiro de 2019,
que:
O ciclo avaliativo dos docentes de carreira inicia-se na data correspondente ao momento da sua última
progressão e, nos termos do n.º 3 do artigo 42.º do Estatuto da Carreira Docente (ECD), coincide com o período
de duração dos escalões da carreira (4 anos para todos os escalões, à exceção do 5.º, com a duração de 2
anos), não considerando o período abrangido pelas disposições legais que impediram a progressão na carreira
(de 30.08.2005 a 31.12.2007 e de 01.01.2011 a 31.12.2017). Deste modo, os procedimentos de avaliação do
desempenho docente (ADD), nos termos previstos pelo DR n.º 26/2012, realizam-se uma única vez no ciclo
avaliativo.

Os docentes contratados serão avaliados no presente ano escolar, de acordo com o previsto nos
números 5, 6 e 7 do artigo 5º do Decreto Regulamentar nº 26/2012, de 21 de fevereiro.

Para os docentes a avaliar em 2018/2019, a entrega do relatório de autoavaliação deverá ser feita até
ao dia 1 de julho do corrente ano; para os restantes docentes, ou seja, os que não se encontrem em ano de
avaliação, a data de entrega do relatório de autoavaliação será até ao dia 30 de agosto de 2019.

2. Processo de avaliação

O processo de avaliação integra obrigatoriamente os seguintes documentos (art.º 16.º do Decreto


Regulamentar n.º 26/2012, de 21 de fevereiro):

a) Projeto docente (facultativo);


b) Documentos de registo e avaliação;
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c) Relatório de autoavaliação, elemento essencial do procedimento de avaliação e de apresentação
obrigatória (a elaborar pelo docente avaliado);
d) Parecer sobre o relatório de autoavaliação (a elaborar pelo avaliador interno).
A autoavaliação tem como objetivo envolver o docente no processo de avaliação, promovendo a
reflexão sobre a sua prática docente, desenvolvimento profissional e condições de melhoria do desempenho.
É obrigatória e concretiza-se através da elaboração de um relatório.

O relatório de autoavaliação constitui elemento essencial a considerar na avaliação do desempenho e a


sua elaboração deve observar, para além do disposto no art. 19.º do Decreto Regulamentar n.º 26/2012, de 21
de fevereiro, as orientações definidas no agrupamento.

3. Organização do processo de avaliação

3.1. Documentos de registo e avaliação (art.º 16.º do DR n.º 26/2012, de 21 de fevereiro)

 Documento de registo e avaliação do desenvolvimento das atividades realizadas;


 Documento de registo e avaliação final de participação nas dimensões;
 «Guião de observação da dimensão científica e pedagógica» (anexo I do Despacho n.º
13981/2012 de 26 de outubro) – avaliação externa;
 «Classificação da observação de aulas» (anexo II do Despacho n.º 13981/2012 de 26 de outubro)
– avaliação externa.

3.1.1. Interpretação do documento de registo e avaliação do desenvolvimento das


atividades realizadas – Explicitação da atribuição da pontuação dos indicadores

Cada parâmetro subdivide-se em vários indicadores que evidenciam os aspetos a considerar nesse
parâmetro e que são pontuados de acordo com a seguinte escala:

ESCALA Pontuação
Os aspetos fundamentais do indicador não são demonstrados. Necessita, em elevado grau, de formação em aspetos 1
básicos e acompanhamento da prática docente.
Nível Intercalar 2
Os aspetos fundamentais do indicador são demonstrados de forma insuficiente. Necessita de formação em aspetos 3
básicos e acompanhamento da prática docente.
Nível Intercalar 4
Os aspetos fundamentais da competência são demonstrados de modo pouco consistente. Necessita de formação ou 5
acompanhamento da prática docente.
Nível Intercalar 6
Corresponde em termos globais aos aspetos do indicador. Genericamente, o indicador da competência é 7
demonstrado, com exceções em alguns aspetos secundários.

O docente corresponde às exigências do indicador, apresentando ocasionalmente inovação na prática docente. 8

O docente corresponde, sem exceção, às exigências do indicador, apresentando inovação na prática docente. Revela 9
um domínio muito bom do indicador.
O docente corresponde, sem exceção, às exigências do indicador, revelando um carácter inovador no processo 10
educativo e atuando como figura de referência.

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A pontuação em cada parâmetro resulta da média das pontuações nos respetivos indicadores, situando
o avaliado num nível de desempenho. A cada nível de desempenho correspondem descritores que traduzem o
grau de consecução dos vários indicadores do parâmetro.

3.1.2. Documentos de sustentação da análise do desempenho docente

Sendo a análise e avaliação do desempenho docente sustentadas em situações concretas e/ou


exemplos que evidenciem o posicionamento do avaliado em determinado nível, consideram-se como fontes
de recolha de dados os documentos existentes na escola e as estruturas intermédias.

3.1.3. Documento de registo e avaliação final de participação nas dimensões

A classificação final corresponde ao resultado da média ponderada das pontuações obtidas nas três
dimensões, de acordo com disposto no art.º 21.º do Decreto Regulamentar n.º 26/2012, de 21 de fevereiro,
sendo registada no documento de registo e avaliação final de participação nas dimensões.

3.2. Relatório de autoavaliação

O relatório de autoavaliação deve ter, no máximo, três páginas A4, e ser redigido de forma clara,
sucinta, objetiva, não lhe podendo ser anexados documentos (artigo 19º, ponto 4 do Decreto Regulamentar nº
26/2012). O relatório deve ser redigido com o tipo de letra Calibri, tamanho 11, espaçamento entre linhas de
1,15, configuração das margens “estreita” e texto “justificado”, seguindo o modelo sugerido pelo
agrupamento. O relatório de autoavaliação materializa-se em suporte papel e deve ser entregue, via Serviços
Administrativos, nas datas constantes da calendarização do procedimento de avaliação do desempenho do
pessoal docente, em envelope fechado devidamente identificado.

As mesmas regras são aplicadas aos relatórios de entrega anual para os docentes que, no presente ano,
não concluem o processo ADD.

O relatório de autoavaliação deve fazer referência a situações concretas ou exemplos que comprovem
as afirmações nele contidas. Neste âmbito, o docente poderá consultar os documentos de registo e
avaliação.

O relatório incide sobre os seguintes elementos:

a) Dimensão científica e pedagógica:

 Prática letiva (componente letiva – com referência a aulas observadas, caso haja lugar a
avaliação externa – e não letiva,…);
 Análise dos resultados obtidos (impacto na alteração de desempenhos escolares,…);

b) Dimensão Participação na Escola e Relação com a Comunidade:

 Atividades promovidas (objetivos, resultados alcançados,…)

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 Contributo para os objetivos e metas fixados no Projeto Educativo (consecução dos objetivos e
metas do PE e PAA; participação nas estruturas educativas e pedagógicas e nos órgãos de
gestão)

c) Dimensão Formação Contínua e Desenvolvimento Profissional

 Formação realizada (acreditada ou não)1 e o seu contributo para a melhoria da ação educativa
(as referências à formação devem reportar-se ao ano escolar em questão, nos casos em que o
relatório de autoavaliação é anual).
 Os docentes em regime de contrato a termo não se encontram obrigados a frequentar com
sucesso ações de formação contínua de professores, de acordo com a questão 9 do primeiro
conjunto de questões emergentes da análise da legislação relativa ao modelo de ADD
decorrente da entrada em vigor do Decreto - Lei nº 41/2012, de 21 de fevereiro, e demais
legislação complementar. Neste âmbito, deliberou a SADD não dever ser considerada a
avaliação na dimensão da Formação Contínua e Desenvolvimento Profissional com caráter de
obrigatoriedade para estes docentes.

3.3. Parecer(es) do(s) avaliador(es) sobre o relatório de autoavaliação

O(s) avaliador(es) deverá(ão) aditar o parecer ao relatório de autoavaliação no prazo fixado na


calendarização e enviá-lo ao coordenador da bolsa (avaliador externo) ou entregá-lo nos serviços
administrativos (avaliador interno).

3.3.1. Avaliador interno

A apreciação do relatório de autoavaliação deve ponderar o enquadramento e a fundamentação das


práticas profissionais desenvolvidas, considerando os critérios de adequação, fidedignidade e qualidade,
designadamente:

 a existência de situações concretas ou exemplos que comprovem o posicionamento do avaliado


em determinado nível de desempenho;
 o predomínio claro de pontos fortes ou fracos;
 a sistematicidade e intencionalidade da ação docente;
 …

O parecer do avaliador interno deve seguir as normas fixadas para o relatório de autoavaliação, (tipo de
letra Calibri, tamanho 11, espaçamento entre linhas de 1,15, configuração das margens “estreita” e texto
“justificado”), em documento próprio (cf. alínea c) do art.º 16.º do Decreto Regulamentar n.º 26/2012, de 21
de fevereiro). O referido parecer deve fundamentar inequivocamente a proposta de classificação atribuída.

1
O docente não deve ignorar que, independentemente da sua avaliação, a progressão ao escalão seguinte depende da
frequência de 50 horas de formação acreditada, em todos os escalões, exceto no 5º (50% na dimensão científica e
pedagógica e quatro quintos acreditados pelo CCPFC), de acordo com o nº 2 do artigo 37º do Decreto Lei nº 41/2012,
de 21 de fevereiro, com os artigos 2º e 3º do Despacho nº 779 /2019, e com os artigos 8º e 9º do Decreto Lei nº
22/2016 de 11 de fevereiro).
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3.3.2. Avaliador externo

De acordo com o disposto na alínea d) do art.º 4.º do Despacho Normativo n.º 24/2012, de 26 de
outubro, a apreciação do relatório de autoavaliação deve incidir sobre as aulas observadas, existindo no
Agrupamento de Escolas 4 de Outubro um modelo próprio para o efeito.

4. Análise e harmonização das propostas de classificação final

São validadas as classificações que:

• Tenham sido atribuídas no respeito e observância dos normativos legais e orientações e


recomendações da SADD, designadamente no que respeita ao preenchimento dos documentos de registo e
avaliação e à elaboração do parecer sobre o relatório de autoavaliação;

• Estejam fundamentadas em factos comprovados e/ou verificáveis através das fontes de recolha de
dados que sustentam a análise do desempenho docente, devidamente fundamentadas no parecer do
avaliador.

A secção de avaliação do desempenho docente atribui a classificação final, após análise e harmonização
das propostas dos avaliadores, garantindo a aplicação das percentagens de diferenciação previstas na lei, de
acordo com disposto no art.º 21.º do Decreto Regulamentar n.º 26/2012, de 21 de fevereiro.

5. Critérios de desempate (menções de Muito Bom e Excelente)

Os critérios de desempate são os previstos no art.º 22.º do Decreto Regulamentar n.º 26/2012, de 21 de
fevereiro.

6. Regimes de avaliação do desempenho

Os docentes não sujeitos a avaliação em 2018/2019, integrados no regime geral, entregam o seu
relatório anual, de acordo com o artigo 19º do Decreto Regulamentar nº 26/2012, de 12 de fevereiro, até à
data definida na calendarização de procedimentos.

Os docentes previstos no n.º1 do artigo 27.º do DR n.º 26/2012 (posicionados no 8º escalão, desde que
já avaliados ao abrigo do Decreto Regulamentar nº 26/2012, de 21 de fevereiro, ou no 9º escalão ou que
exerçam funções de subdiretor, adjunto, assessor de direção, coordenador de departamento curricular ou de
avaliador interno) entregam:

 um único relatório de autoavaliação por ciclo avaliativo/escalão, caso optem por ser avaliados pelo
procedimento especial de avaliação; não são avaliados na dimensão científica e pedagógica; são
avaliados pelo diretor e não podem obter uma menção qualitativa superior a Bom;

 um relatório anual de auto-avaliação, sempre que pretendam, nos termos do n.º 7 do artigo 27.º do
DR n.º 26/2012, aceder à menção de Muito Bom ou de Excelente, sendo avaliados no regime geral,
para o que devem manifestar essa intenção até ao final do 1.º ano do ciclo avaliativo.

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Os docentes integrados no 10º escalão (n.º8 do artigo 27.º do DR n.º 26/2012) entregam o relatório de
autoavaliação quadrienalmente.

As informações e orientações produzidas pela SAAD não dispensam, em momento algum, a leitura
atenta e refletida dos normativos que regulamentam o procedimento da Avaliação de Desempenho
Docente.

Loures, 12 de março de 2019

A Presidente da Secção de Avaliação de Desempenho Docente do Conselho Pedagógico

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(Maria Amélia Arrais Moedas)

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