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Ainda sobre o humor, à luz de Freud e Pirandello

Denise Maria de Oliveira Lima *

Unitermos: humor; irracionalismo; "Não, por favor, nem tente tual! Prefiro comprar um compu-
abertura de sentidos. me disponibilizar alguma coisa, tador novo a reinicializar o anti-
que eu não quero. Não aceito go. Até porque eu desconfio que
nada que pessoas, empresas ou o problema não seja assim tão
organizações me disponibilizem. grave. Em vez de reinicializar,
Resumo É uma questão de princípios. Se talvez seja o caso de simples-
Este artigo pretende tratar do humor você me oferecer, me der, me mente reiniciar, e pronto.
pela via dos vícios de linguagem, tendo vender, me emprestar, talvez eu
como moldura teórica o pensamento venha a topar. Até mesmo se
Por falar nisso, é bom que
de Sergio Paulo Rouanet. você saiba que eu parei de utili-
você tornar disponível, quem zar. Assim, sem mais nem me-
sabe, eu aceite. Mas, se você nos. Eu sei, é uma atitude um
insistir em disponibilizar, nada tanto quanto radical da minha
feito. parte, mas eu não utilizo mais
Caso você esteja contan- nada. Tenho consciência de que
do comigo para operacionalizar a cada dia que passa mais e
algo, vou dizendo desde já: mais pessoas estão utilizando,
pode tirar seu cavalinho da chu- mas eu parei. Não utilizo mais.
va. Eu não operacionalizo nada Agora eu só uso. E recomendo.
para ninguém. Tampouco Se você soubesse como é mui-
compactuo com quem to mais elegante, também dei-
operacionalize. Se você quiser, xaria de utilizar e passaria a
eu monto, eu realizo, eu aplico, usar.
eu ponho em operação. Se você
Sim, estou me associando
pedir com jeitinho, eu até
à campanha nacional contra os
implemento.Mas, operacionalizar,
verbos que acabam em "ilizar".
jamais.
Se nada for feito, daqui a pouco
O quê? Você quer que eu eles serão mais numerosos do
agilize isso para você? Lamen- que os terminados simplesmen-
to, mas eu não sei agilizar nada. te em "ar". Todos os dias os
Nunca agilizei. Está lá no meu maus tradutores de livros de
currículo: faço tudo, menos marketing e administração
agilizar. Precisando, eu apres- disponibilizam mais e mais ter-
so, eu priorizo, eu ponho na fren- mos infelizes, que imediatamen-
te, eu dou um gás. Mas agilizar te são operacionalizados pela
- desculpe, não posso, acho que mídia, reinicializando palavras
matei essa aula. que já existiam e eram perfeita-
* Psicanalista, membro do CPB, mestre em Outro dia mesmo queriam mente claras e eufônicas.
Comunicação e Cultura Contemporâneas
(FACOM/UFBA) e doutora em Ciências reinicializar meu computador. A doença está tão dissemi-
Sociais (UFBA). Só por cima do meu cadáver vir- nada que muitos verbos hones-
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Ainda sobre o humor, à luz de Freud e Pirandello

tos, com currículo de ótimos ser- Não vou tratar dos modis- É interessante notar que o
viços prestados, estão a ponto mos da língua - tema importan- sentimento do contrário, essen-
de cair em desgraça entre pes- te - mas do humor que se pode cial na disposição humorística
soas de ouvidos sensíveis. De- construir a partir disso. postulada por Pirandello, não
pois que você fica alérgico a Ah, o humor! deixa de estar presente na for-
disponibilizar, como você vai mulação freudiana do desloca-
admitir, digamos, "viabilizar"? É Depois de ter pesquisado e mento do investimento afetivo
triste demorar tanto tempo para escrito sobre o humor em Freud do pólo do desprazer ao pólo do
a gente se dar conta de que e Pirandello, achei que pouca prazer, característico do proces-
"desincompatibilizar" sempre foi coisa teria a dizer sobre isso. Os so do humor. Ao evitar um senti-
um palavrão. dois autores - na aproximação mento que esperávamos como
que fiz deles - dão conta deste inerente à situação, poupando
Precisamos reparabilizar tema de modo tão abrangente um desprazer, isso implica em
nessas palavras que o pessoal e tão profundo, que restaria, ao reconhecê-lo, para podermos
inventabiliza só para menos para mim, muito pouca transpô-lo, ainda que tal proces-
complicabilizar. Caso contrário, coisa a ser dita. Talvez seja útil so possa se dar inconsciente-
daqui a pouco nossos filhos vão lembrá-los do que falava Freud mente.
pensabilizar que o certo é ficar e Pirandello sobre o humor. Mas
se expressabilizando dessa não vou gastar muito tempo com Estive mergulhada, tam-
maneira. Já posso até ouvir as isso, o ensaio sobre o qual me bém, num texto que escrevi so-
reclamações: "Você não vai me refiro está publicado na revista bre o estilo shandiano, analisa-
impedibilizar de falabilizar do Cógito volume 6, de 2004. do brilhantemente por Sérgio
jeito que eu bem quisibiliser". Paulo Rouanet, o qual apresen-
Problema seu. Me inclua fora Mas só para lembrar um tei em outra jornada do Círculo
dessa". pouco o que há em comum en- Psicanalítico da Bahia (publica-
tre eles: para ambos os autores, do na revista Cógito, V. 09- Ano
Esse texto foi escrito por o humor é distinto do cômico, 2008, sob o título "Tristram
Ricardo Freire, publicitário, ar- talvez por ser rebelde; para Shandy: um estilo a se conside-
ticulista do Estadão, em oito de Pirandello, é uma arte de exce- rar para o diálogo entre literatu-
junho de 2007. Não sei se é exa- ção; para Freud, é um talento ra e psicanálise") e que tem
tamente um texto humorístico, raro e precioso; os aspectos muito a ver com humor e as pa-
no sentido dado ao humor por dolorosos da alegria e os risí- lavras. Falar o quê, depois dis-
Pirandello. Talvez seja apenas veis da dor são os pressupos- so tudo?
irônico, crítico. Circulou na tos filosóficos do humorismo,
internet há algum tempo atrás, para Pirandello, que concebe o Mas, evidentemente, penso
muitos de vocês devem tê-lo re- sentimento do contrário. E, para - como psicanalista, adepta da
cebido. Nem sei se está tão atu- Freud, o humor serve para en- teoria da complexidade e da ló-
al assim, mas chama a nossa frentarmos as adversidades da gica paraconsistente como
atenção para a questão dos vida: os afetos dolorosos são paradigmas atuais do conheci-
modismos da língua, dos quais poupados e substituídos pela mento - que não é possível es-
muitas vezes não nos damos atitude humorística. Para am- gotar o que pode ser dito de
conta. Lembram-se do "a nível bos, enfim, a disposição de es- qualquer tema de que se trate,
de?" Até o inevitável "colocar pírito humorístico vem da infeli- por mais que inúmeros autores
uma questão"? Tudo virou ques- cidade dos homens. E, já tenham tratado, com seus
tão, nada de polêmica, assun- finalmente, a natureza do humo- incontáveis e diferentes pontos
to, tema, matéria, controvérsia rismo, para Pirandello, são to- de vista. Sempre faltará algo,
ou simplesmente idéia! No mo- das as ficções da alma, todas para nossa sorte!
mento, o gerundismo está ata- as criações do sentimento e, Então, com muita resistên-
cando a nossa língua, talvez por para Freud, são as ilimitadas cia, fui atrás de outra aborda-
via de traduções mal feitas do espécies que correspondem à gem sobre o humor. É difícil fa-
inglês. natureza do sentimento. lar sobre o humor, tanto quanto
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Denise Maria de Oliveira Lima

defini-lo. Pirandello desiste de tendências politicamente corre- meios de difusão cultural).


dar uma definição, conforma-se tas. Rouanet observa que a cultura
em descrever o especial pro- Rouanet diz que essas ten- de massas nada tem a ver com
cesso que torna possível o hu- dências, inicialmente dadas a cultura popular - que deve
mor, arte de exceção, segundo para se construir uma socieda- mesmo ser protegida para não
ele. Raro e precioso, segundo de livre, igualitária e democráti- desaparecer - e que esta não
Freud. ca, fundada na razão, foram cap- está em oposição com a alta
Ocorreu-me tratar o humor turadas pelo irracionalismo, "por cultura, nacional ou estrangeira
na vertente da linguagem, em- ironia da história." "Não é a pri- e sim com a cultura de massas,
bora tenha pouco conhecimen- meira vez que o diabo atinge nacional ou estrangeira. "O que
to de lingüística. Ainda assim, seus fins utilizando as virtudes ameaça a sobrevivência da lite-
acho que posso "levantar" ou teologais", diz ele, ao afirmar ratura de cordel não é
"colocar" (outro modismo) uma que essas tendências tão raci- Finnegan´s wake e sim a tele-
questão importante, que é o onais tenham entrado, novela", diz ele. Digo eu: não é
mesmo que dizer "acho que involuntariamente, na "órbita da Mozart que ameaça a música
posso incitá-los a pensar em anti-razão" (ROUANET, 1987, p. popular brasileira, mas o axé e
algo aparentemente banal, mas 126). o pagode de péssima qualida-
que decididamente não é". de, pois até que existem pago-
O anticolonialismo irracio- des de boa qualidade. Não é
Incorporando Pirandello, di- nalista se manifesta em uma Shakespeare que ameaça o te-
ria que esse artigo que li para oposição xenófoba à cultura es- atro popular, mas os programas
vocês pode ser considerado trangeira, para supostamente se de auditório de TV. (En passant,
como humorístico, pois nos leva proteger a cultura brasileira e lembro a vocês que, muitas fes-
a ter o sentimento do contrário. sua identidade cultural, ignoran- tas de aniversário de crianças
Rimos dele - ainda que pouco, do que a cultura estrangeira da classe média, bem como fes-
pois o humor, segundo Freud e pode contribuir para o nosso tas de formatura dos nossos jo-
Pirandello, não provoca muito enriquecimento cultural e a na- vens, estão impregnadas desse
riso - não porque achamos en- cional pode ser a mais tipo de "humor" provindo dos
graçados os modismos alienante. Rouanet, ao modo programas de auditório das
repetitivos e pobres da língua, frankurtiano, diferencia a cultu-
TVs brasileiras. Assobios e ba-
mas exatamente porque preza- ra da indústria cultural, susten-
rulhos insuportáveis, torcidas,
mos muito a nossa língua, "mi- tando que é a indústria cultural,
alguém tem que ser o melhor
nha pátria é minha língua", como seja americana, seja brasileira,
etc.).
cantou Caetano, trazendo esta seja qual for, que "funciona como
frase de Fernando Pessoa. E o narcótico, como kitsch, como Não são as canções
humor é rebelde, como disse lixo" e não a cultura em si, seja tocadas por Pablo Casals na
Freud! lá de onde vier, a qual funciona ONU, com seu violoncelo, como
como "fermento crítico, como "el cant dels ocells". ... que ame-
Gostaria de trazer aqui algu-
fator de reflexão, como instru- açam o cancioneiro popular re-
mas ponderações a que nos in-
mento de auto-transformação e gional, mas Xuxa, com a difusão
cita um ensaio escrito em 1985,
transformação do mundo" em massa de suas obviedades
por Sérgio Paulo Rouanet
(ROUANET, 1987, p. 128). que levam à homogeneidade de
(1987), onde ele discute três
comportamentos, sandálias e
tendências que foram captura- O antielitismo irracionalista
brinquedos!
das pelo irracionalismo que se é a tendência de opor a cultura
iniciava no país àquela época - de massas à alta cultura, O antiautoritarismo irracio-
anticolonialismo, antielitismo e desqualificando-se esta (tida nalista é a tendência de opor te-
antiautoritarismo - e que, ao que como herança dos velhos este- oria à pratica, no sentido de se
parece, não se dissiparam total- reótipos da aristocracia) e glo- recusar todo esforço de
mente; ao contrário, recrudes- rificando-se a primeira (tida teorização, tido como manobra
ceram, nos dias de hoje, com as como potencial renovador dos autoritária que introduz uma re-
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Ainda sobre o humor, à luz de Freud e Pirandello
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flexão alienada, promovendo pontâneo das classes popula- Para quem se interessa sobre a
uma disjunção entre a prática e res. Entre as duas posições, tí- importância dos códigos linguísticos
para a acultura e a sociedade
o saber. nhamos os moderados, que de- recomento o livro de Edgar Morin, O
Falsas oposições, diria fendiam a autonomia da língua Método 4. As idéias.
brasileira, sem negar a impor-
Bourdieu! Diz Rouanet: 2
Rouanet nos lembra, com Antonio
tância da norma culta. Houaiss, que toda língua culta tem hoje
Liberto da hipoteca em torno de 400 mil palavras, enquanto
Talvez essa polêmica este-
irracionalista, o antiautoritarismo nenhuma língua natural vai além de
ja agora atualizada, frente às
significa o repúdio a um siste- três ou quatro mil palavras.
modificações da ortografia de
ma social de dominação em
nossa língua, já aprovadas, vi-
grande parte fundado na igno-
sando a uniformização do por-
rância dos dominados, mas
tuguês, que é falado em oito
não o repúdio à autoridade do
países, por uma população es-
saber; o anticolonialismo sig-
timada em 230 milhões1 . Atua-
nifica a exclusão da indústria
lizada também em decorrência
cultural estrangeira, mas não
da polêmica política do Ministé-
da cultura estrangeira; o
rio da Educação!
antielitismo significa a rejei-
ção de uma política cultural Rouanet, se apropriando da
oligárquica que reserva a arte, teoria dos códigos lingüísticos
a literatura e a filosofia para a do sociólogo e lingüista inglês
fruição de uma minoria, mas Basil Bernstein, mostra-nos a
não a rejeição da arte, da lite- diferença entre o código restri-
ratura e da filosofia (ROUANET, to, caracterizado por um voca-
1987, p. 145-146). bulário pobre e redundante, e o
código elaborado, semântica e
Ele ilustra esse fenômeno sintaticamente mais complexo.
do irracionalismo com três Poderíamos pensar que um có-
exemplos: a lingüística, a psico- digo não é inferior ao outro, mas
logia cognitiva de Piaget e a diferentes, funcionalmente equi-
psicanálise, para mostrar como valentes, pois ambos servem
um ponto de partida adequadamente seus fins comu-
irracionalista determina estraté- nicativos. Não é assim que pen-
gias teóricas que em última aná- sa Rouanet. Ainda fundamenta-
lise vão reforçar o irracionalismo do em Bernstein, sustenta que
social. o código restrito condiciona es-
À luz da análise desses truturas de pensamento também
irracionalismos, Rouanet tratou restritas - concretas, auto-
de uma antiga polêmica que se centradas, incapazes de abstra-
travava em torno da língua por- ir, generalizar e descontextu-
tuguesa, entre lingüistas que alizar. (E aqui podemos nos
defendiam, de um lado, a sua referir a Piaget com sua teoria
unidade e o primado da norma das estruturas cognitivas).
culta, e, de outro, os que eram Já o código elaborado ou
contra a hegemonia da língua culto2 proporciona ao indivíduo
culta, com o argumento de que uma capacidade muito maior
não se tem o direito de impor para expressar-se, para com-
uma normatividade lingüística, preender seu próprio contexto e
um código de classe social, contextos alternativos, para
desrespeitando o linguajar es- relativizar certezas, para com-
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Denise Maria de Oliveira Lima

preender o ponto de vista do aqui da música popular brasilei- Ou seja, é possível, sem a
outro e refutá-lo, para manipular ra, riquíssima de exemplos de leitura constante dos clássicos
variáveis, para argumentar e composições complexas, ou de e não clássicos da literatura, ter-
contra-argumentar, nas palavras interpretações complexas, mos um linguajar que possa dar
de Rouanet, que acrescenta: como vemos com João Gilber- conta das contradições comple-
"ter acesso a esse código é uma to etc. Bach já foi analisado à luz xas e riquíssimas, próprias de
condição necessária, embora da matemática, suas composi- todos nós? E a última pergunta:
não suficiente, para que o indi- ções melódicas, aparentemen- é possível dizer, com humor, pa-
víduo possa pensar, agir, parti- te simples, são de uma comple- lavras que instigam à abertura
cipar, como ser humano e como xidade que nós, leigos, não de sentidos, em vez de encerrá-
cidadão" (ROUANET, 1987, p. entendemos. Mas não é preci- las em significado estanque e
136). so entender dessa complexida- estéril?
de para apreciarmos a sua mú-
Ou seja, sem o acesso ao
sica.
código elaborado, os indivíduos
dificilmente terão condições Penso que podemos trans-
cognitivas para pensar de um por esse exemplo para a litera-
modo totalizante, que os possi- tura, para a língua. Que pode
bilite a refletir sobre a complexa proporcionar, para todos nós,
sobredeterminação dos fenô- um deleite, um prazer imenso e,
menos, inclusive sobre as con- mais ainda, um questionamento
seqüências desta polêmica. sobre o que traz, para o indiví-
Não se trata, para Rouanet, de duo e à sociedade, aquilo que
manter o indivíduo somente em é elaborado com refinamento,
guetos lingüísticos - talvez ne- sutileza, agudeza, ou seja, atra-
cessários, em certas faixas vés de um complexo código que,
etárias - mas de criarmos con- ao não submergir às elabora-
dições para que todos tenham ções mais fáceis, menos traba-
acesso à língua culta, a usar um lhosas, nos incitam a pensar o
código mais rico, "que lhes per- que nunca havíamos pensado!
mitam estruturar cognitivamente Não sou especialista, mas,
sua própria prática, com vistas mesmo como leiga, achei inte-
a transformá-la". ressante dar destaque a essa
reflexão, já que trabalhamos
Aqui faço uma digressão
com as palavras. Não só as pa-
para lembrar da recente apre-
lavras que ouvimos, escreve-
sentação da Orquestra Sinfôni-
mos ou lemos, mas as palavras
ca do Estado de São Paulo,
que dizemos aos nossos paci-
uma das melhores do mundo.
entes. E aqui tenho uma pergun-
Com sua interpretação sensível,
ta: imersos que estamos em
brilhante, fez com que pessoas
determinada vertente teórica,
como alguns de nós, que não
correríamos o risco de empo-
gostamos muito de Mahler, pas-
brecer nosso vocabulário, ado-
sássemos a vibrar com suas
tando automaticamente expres-
composições! sões do jargão psicanalítico
O código da música dita eru- específico de cada escola?
dita ou clássica é, evidentemen- Mesmo entre nossos pares, que
te, mais complexo e rico do que não ousam perguntar o que sig-
outras composições, ainda que nifica tal ou qual expressão?
bonitas - e não estou falando Apenas a repetem?

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Ainda sobre o humor, à luz de Freud e Pirandello
REFERÊNCIAS

FREUD, S. El humor. in: Obras Completa de Sigmund Freud. trad. Luis Lopez-
Ballesteros y de Torres. Madrid: Biblioteca Nuova, 1973.
PIRANDELLO, L. O Humorismo. trad. Davi Macedo. São Paulo: Experimento,
1996.
ROUANET, S. P. As razões do iluminismo. São Paulo: Companhia das Letras,
1987.

About humor, still inspired by Freud


and Pirandello
Keywords: humor; irrationalism;
opening of senses.
Abstract
This article intends to bring the
humor through the vices of language,
with theoretical framework based on
Rouanet´s thinking.

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