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PREMONIÇÃO - 2º FASE
CONSIDERAÇÕES GERAIS
A segunda técnica consiste em usar elementos das perguntas como forma de resposta.
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QUESTÃO 1- DIREITO PROCESSUAL PENAL
PADRÃO DE RESPOSTA:
Em recente decisão, o STJ entendeu ser justificável, com arrimo no artigo 366 do
CPP, a antecipação quando as testemunhas são policiais, considerando-se que
estes são submetidos a eventos sucessivos que podem acarretar a perda de
memória específica sobre o fato apurado (Valor: 1,5).
A Súmula 455 do STJ determina que as decisões que antecipam as provas devem
ser fundamentadas, tornando insuficiente a fundamentação pautada,
exclusivamente, no decurso de tempo. Porém, este entendimento vem sendo
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relativizado pelo próprio STJ, no caso em que as únicas testemunhas são policias
(Valor: 1,0). Por sua vez, a 2ª turma do STF, no informativo 851, entendeu ser a
antecipação de provas medida necessária, podendo ser deferida com fundamento
exclusivo no decurso de tempo, se urgentes (Valor: 1,0).
Lucas, acertadamente, você apontou o art. 366 do CPP como meio de justificar seus
argumentos, contextualizando os termos da resposta com o disposto no artigo
destacado.
Assim, informou o cabimento para a produção antecipada de provas: ausência do réu,
mesmo devidamente citado.
(Valor atribuído: 1,5)
Resposta correta.
Como mencionado, em conformidade com o art. 366 do CPP, os Tribunais vêm
entendendo pela possibilidade de antecipar a colheita de prova testemunhal quando se
trata de policiais, uma vez que estes são submetidos a eventos sucessivos que podem
acarretar a perda de memória específica sobre o fato apurado.
Há de se ressaltar que não existem mais divergências entre os Tribunais Superiores
acerca do tema. (Valor atribuído: 1,5)
O tema foi tratado no informativo 595 do STJ. No julgamento do RHC 64.086/DF, o STJ
considerou que o fato de as testemunhas serem policiais militares justifica a
antecipação da prova testemunhal porque, dada a natureza da atividade
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desempenhada por esses agentes públicos, que lidam diariamente com os mais
diversos tipos de crimes, nas circunstâncias mais inusitadas, é possível – e comum –
que o decurso do tempo provoque confusão, fazendo com que essas testemunhas
confundam fatos e agentes criminosos. Por isso, ouvi-las antecipadamente não
contraria o princípio da ampla defesa e colabora para a busca da verdade real.
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✓ Boa linguagem;
✓ Abordagem Clara;
✓ Respeitou o margeamento;
✓ Sem correção gramatical.
Pontuação Total: 5,0 de 5,0.
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QUESTÃO 2 – DIREITO PENAL
PADRÃO DE RESPOSTA:
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QUESTÃO 03 – DIREITO CONSTITUCIONAL
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PADRÃO DE RESPOSTA:
2http://www.patriciamagno.com.br/wp-content/uploads/2016/03/Controle-de-Convencionalidade.pdf Página 8
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vigor no país. No caso do primeiro limite, no que toca aos tratados de direitos
humanos, estes podem ter sido ou não aprovados com o quórum qualificado
que o art. 5º, § 3º, da Constituição prevê. Caso não tenham sido aprovados
com essa maioria qualificada, seu status será de norma (apenas)
materialmente constitucional, o que lhes garante serem paradigma de controle
somente difuso de convencionalidade; caso tenham sido aprovados (e entrado
em vigor no plano interno, após sua ratificação) pela sistemática do art. 5º, §
3º, tais tratados servirão também de paradigma do controle concentrado (para
além, é claro, do difuso) de convencionalidade. (...) Os tratados de direitos
humanos paradigma do controle concentrado autorizam que os legitimados
para a Ação Direita de Inconstitucionalidade (ADIn) previstos no art. 103 da
Constituição proponham tal medida no STF como meio de retirar a validade de
norma interna (ainda que compatível com a Constituição).”
Resposta completa.
Lucas, você trouxe bons argumentos, mas não indicou a fundamentação
constitucional pertinente, qual seja: § 3º do art. 5º da CF, que versa:
“Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais.”
Destacou as diferenças entre a análise de tratados internacionais de direitos
humanos e comuns.
Ao final, afirmou, de maneira clara e expressa, que o controle de convencionalidade
PODE afastar uma norma compatível com o texto constitucional.
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✓ Boa linguagem;
✓ Abordagem Clara;
✓ Respeitou o margeamento;
✓ Sem correção gramatical.
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QUESTÃO 4 – DIREITO ADMINISTRATIVO
PADRÃO DE RESPOSTA:
A morte de um detento por ataque de outro gera responsabilidade civil para o Estado
de natureza objetiva, observando-se o disposto no Art. 5º, Inciso XLIX, da CF/88, que
assegura, aos presos, o respeito à integridade física e moral. A responsabilidade
civil objetiva tem como requisitos para sua configuração a conduta (ação ou
omissão), dano e o nexo de causalidade não sendo exigida, portanto, a
demonstração da culpa do agente (Valor: 1,0). Segundo o STF, no que se refere ao
dever de indenizar, no caso de omissão do Estado 3 , adota-se a teoria do risco
administrativo, previsto no artigo 37 § 6º da CF, a qual comporta excludentes de
responsabilidade do Estado, sendo esta a principal diferença estabelecida com a
teoria do risco integral, a qual não comporta qualquer excludente, sendo esta última
adotada, no Brasil, de forma excepcional. (Valor: 2,0)
Não deverá recair a responsabilidade civil sobre o Estado, caso haja comprovação,
pelo Poder Público, de alguma causa impeditiva da sua atuação protetiva,
demonstrando sua impossibilidade de agir para evitar a morte de detento, eis que
rompido o nexo causal, sendo este o posicionamento do STF (Valor: 2,0).
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ANÁLISE DA SUA RESPOSTA:
Teceu considerações sobre a diferença entre a teoria do risco integral e a teoria do risco
administrativo, tratando das hipóteses de excludente de responsabilidade em cada uma
das teorias.
Veja que no caso de omissão do Estado, como já apontado no padrão de resposta, no
que se refere ao dever de indenizar, o STF se posicionou no sentido de que é aplicada a
teoria do risco administrativo (RE nº 841.526).
Omitiu-se quanto à menção ao artigo 37 § 6º da CF.
(Valor atribuído: 1,7).
Caso haja comprovação, pelo Poder Público, de alguma causa impeditiva da sua
atuação protetiva, demonstrando sua impossibilidade de agir para evitar a morte de
detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), mesmo nesse
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caso deverá o incidir a Responsabilidade Civil sobre o Estado? Justifique
(Valor: 2,0).
Respondeu que NÃO deverá incidir a responsabilidade civil do Estado, caso haja
comprovação, pelo Poder Público, de alguma causa impeditiva da sua atuação protetiva,
demonstrando sua impossibilidade de agir para evitar a morte de detento.
Contudo, não mencionou que o afastamento da responsabilidade se deve ao
rompimento do nexo causal, sendo este o posicionamento do STF.
(Valor atribuído: 1,0).
✓ Boa linguagem;
✓ Abordagem Clara;
✓ Respeitou o margeamento;
✓ Sem correção gramatical.
Pontuação Total: 3,0 de 5,0.
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QUESTÃO PONTUAÇÃO OBTIDA
DICAS FINAIS
Ainda que você não saiba o número do julgado, informe apenas: “conforme o
entendimento do STF / STJ...” e etc. Ou se não souber qual doutrinador, cite: “conforme
entendimento doutrinário...”
Obviamente que a fonte é de extrema relevância, mas na falta dela, não deixe de
passar ao examinador que você conhece a existência do julgado/doutrina.
Você já deu o pontapé inicial. Não desanime e não desista. TUDO depende
exclusivamente de você!
Grande abraço,
Equipe VSD.
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