TRAÇÃO

(Determinação da Resistência de Cálculo a Tração)

➢ Verificação do Estado Ultimo de escoamento da seção bruta:

𝐴𝑒 ∗ 𝑓𝑦
𝑁𝑡,𝑅𝑑 =
𝑦
𝐴𝑒 = 𝐶𝑡 ∗ 𝐴𝑛
𝑓𝑦 = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑜 𝐸𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜.
𝑦 = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎 𝑇𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑀𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙.
𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑓𝑦 → 𝐵𝑎𝑟𝑟𝑎, 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑃1 = 𝐶𝑠 300 ∗ 76 = 22800
𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑓𝑦 → 𝐵𝑎𝑟𝑟𝑎, 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑉1 = 𝐶𝑠 460 ∗ 68 = 31280
22,8 ∗ 25
𝑁𝑡,𝑅𝑑 = = 518,18 𝐾𝑁
1,1

O dimensionamento de elementos estruturais em aço submetidos à tração

é abordado de forma clara e detalhada. Quando uma barra de aço está sujeita
a esforços de tração, os principais estados limites considerados são o
escoamento da seção bruta e a ruptura da seção efetiva na região da ligação.
É importante ressaltar que as ligações nas extremidades das barras
tracionadas podem não se estender a todos os elementos da seção, o que
resulta em concentrações de tensões nas regiões conectadas e alívio nas
partes não conectadas do perfil. Isso pode levar a uma redução na
eficiência da seção, o que é considerado indiretamente no cálculo por meio
de um coeficiente de redução da área líquida (Ct).
O coeficiente Ct varia de acordo com o arranjo de parafusos e soldas
nas ligações de extremidades, e a Tabela 4.1 apresenta os valores desse
coeficiente para diferentes situações. Por exemplo, quando todos os
elementos da seção estão conectados por solda ou parafuso, o Ct é igual a
1.
Portanto, no dimensionamento da tração em elementos estruturais de
aço, é essencial considerar não apenas a resistência do material à tração,
mas também os efeitos das ligações nas extremidades das barras tracionadas
para garantir a segurança e eficiência da estrutura.
 ➢ Verificação do Estado limite da Ruptura da Seção Efetiva:

𝐴𝑒 ∗ 𝑓𝑢
𝑁𝑡,𝑅𝑑 =
𝑦
𝐴𝑒 = 𝐶𝑡 ∗ 𝐴𝑛
𝑓𝑢 = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎 𝑟𝑢𝑝𝑡𝑢𝑟𝑎.
𝑦 = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎 𝑇𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑀𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙.
𝐴𝑛 = 𝐴𝑔 − 2𝑡 (𝑑𝑏 + 0,15 + 0,2 )
𝐴𝑛 = 22,8 − 2 ∗ 0,27(1,25 + 0,15 + 0,2 )
𝐴𝑛 = 21,936 𝑐𝑚2
𝑒𝑐
𝑐𝑜𝑚𝑜 0,6 ≤ 𝐶𝑡 = 1 − ≤ 0,9
𝑙𝑐

A verificação do estado limite último de ruptura da seção efetiva se refere à análise técnica realizada para
garantir que a seção transversal do elemento estrutural em aço seja capaz de suportar as cargas de tração máximas
esperadas sem falhar de forma catastrófica.
Para realizar essa verificação de forma técnica, são considerados diversos fatores, tais como:
1. Resistência do material: Avaliação da capacidade do aço em resistir às cargas de tração até o ponto de
ruptura, levando em conta as propriedades mecânicas do material, como a resistência ao escoamento (fy)
e a resistência à ruptura (fu).
2. Geometria da seção transversal: Análise da forma e das dimensões da seção transversal do elemento
tracionado, considerando a área bruta da seção, a área líquida efetiva, o coeficiente de redução da área
líquida, entre outros parâmetros geométricos.
3. Condições de contorno: Consideração das condições de apoio, das ligações com outros elementos
estruturais e das possíveis concentrações de tensões que possam influenciar a capacidade de carga da
seção efetiva.
4. Normas e códigos de projeto: Aplicação dos critérios de segurança e resistência estabelecidos pelas normas
técnicas, como a NBR 8800:2008, que define os requisitos para o dimensionamento de estruturas de aço
no Brasil.
Em resumo, a verificação do estado limite último de ruptura da seção efetiva de forma técnica envolve uma
análise detalhada da capacidade de carga da seção transversal do elemento tracionado, considerando aspectos
como resistência do material, geometria da seção, condições de contorno e normas de projeto, a fim de garantir a
segurança e a integridade da estrutura sob cargas de tração máximas.
 Como ec = (a distância entre o eg e o plano de cisalhamento.)
Xg = 17,5
Lc = Comprimento da Solda ou distância do primeiro ao último
parafuso. Logo

𝑒𝑐
𝑐𝑜𝑚𝑜 0,6 ≤ 𝐶𝑡 = 1 − ≤ 0,9
𝑙𝑐
17,5
𝐶𝑡 = 1 − = 0,78
80

𝐴𝑒 = 𝐶𝑡 ∗ 𝐴𝑛
𝐴𝑒 = 0,78 ∗ 21,93
𝐴𝑒 = 17,10

Agora Podemos calcular o 𝑁𝑡,𝑅𝑑 →

17,10 ∗ 40
𝑁𝑡,𝑅𝑑 =
1,35
𝑁𝑡,𝑅𝑑 = 506,66 𝐾𝑁

Estruturais em Aço", o termo N(t,Rd) refere-se à resistência de cálculo à tração de um elemento estrutural.
Especificamente, o símbolo N representa a força de tração atuante no elemento, enquanto o subscrito (t,Rd) indica
que se trata da resistência de cálculo à tração.
A resistência de cálculo à tração (N(t,Rd)) é um parâmetro importante no dimensionamento de elementos
tracionados em estruturas de aço. Ela representa a capacidade máxima do elemento em resistir às forças de tração
sem exceder a capacidade de carga do material. Essa resistência de cálculo à tração é determinada com base em
critérios de segurança e resistência estabelecidos pelas normas e códigos de projeto aplicáveis.
Portanto, o N(t,Rd) é utilizado para comparar a força de tração atuante no elemento com a capacidade de
carga do material em tração, garantindo que o elemento seja capaz de suportar as cargas de forma segura e sem
falhas. A verificação da resistência de cálculo à tração é essencial para garantir a integridade e a segurança da
estrutura de aço sob ação de forças de tração.
 ➢ Fazendo as Verificações:
𝑙𝑥 282,8
λ𝑥 = ≤ 300 ∴ λ𝑥 = = 143 ≤ 300 𝑂𝐾!
𝑟𝑥 1,98
𝑙𝑦 282,8
λ𝑦 = ≤ 300 ∴ λ𝑥 = = 98,5 ≤ 300 𝑂𝐾!
𝑟𝑦 2,87
𝑙𝑧 555,92
λ𝑧 = ≤ 300 ∴ λ𝑥 = = 228 ≤ 300 𝑂𝐾!
𝑟𝑧 1,98

Estruturais em Aço", a verificação do estado limite último de ruptura da seção efetiva na equação λx está
relacionada à análise da capacidade de carga de um elemento estrutural em aço submetido a esforços de tração.
A equação λx é utilizada para verificar se a seção transversal do elemento é capaz de resistir às cargas de tração
máximas sem falhar.
Na equação mencionada, o parâmetro λx está associado à relação entre a força de tração atuante no
elemento e a resistência de cálculo à tração do material. Essa relação é fundamental para determinar se a seção
transversal do elemento é adequada para suportar as cargas de tração aplicadas, levando em consideração os
critérios de segurança e resistência estabelecidos pelas normas e códigos de projeto.
Portanto, a verificação do estado limite último de ruptura da seção efetiva na equação λx envolve comparar
a força de tração atuante no elemento com a capacidade de carga do material em tração, garantindo que a seção
transversal seja capaz de resistir às cargas de forma segura e sem falhas. Essa análise é essencial para assegurar a
integridade e a estabilidade da estrutura de aço sob ação de forças de tração.

e se não passar nas verificações o que devemos fazer?

Se durante as verificações de dimensionamento de elementos estruturais em aço não forem atendidos os

critérios de segurança e resistência estabelecidos pelas normas e códigos de projeto, algumas ações podem ser
tomadas para garantir a integridade e a segurança da estrutura. Algumas medidas comuns incluem:

1. Revisão do Projeto: É importante revisar o projeto estrutural, verificando se todos os dados de entrada
foram corretamente considerados e se as premissas adotadas estão corretas.
2. Revisão das Cargas Aplicadas: Verificar se as cargas atuantes foram corretamente calculadas e
consideradas no dimensionamento dos elementos estruturais.
3. Revisão dos Materiais Utilizados: Verificar se as propriedades mecânicas dos materiais foram
corretamente consideradas no dimensionamento, incluindo resistência ao escoamento e resistência à
ruptura.
4. Revisão da Geometria e Detalhamento: Avaliar se a geometria da seção transversal dos elementos está
adequada para suportar as cargas aplicadas, considerando possíveis concentrações de tensões e detalhes
construtivos.
5. Reforço Estrutural: Em casos em que a capacidade de carga dos elementos estruturais é insuficiente, pode
ser necessário adotar medidas de reforço, como o aumento das dimensões dos perfis, a introdução de
elementos adicionais de ligação ou o uso de materiais mais resistentes.

Em resumo, diante de resultados de verificação que não atendem aos critérios de segurança, é fundamental
revisar o projeto, as cargas aplicadas, os materiais utilizados, a geometria e detalhamento dos elementos,
considerar possíveis reforços estruturais e, se necessário, buscar orientação de um especialista para garantir a
adequação e segurança da estrutura de aço.
 Como a resistência de cálculo a tração do elemento é dada por:

𝑁𝑡,𝑅𝑑 = 506,66 𝐾𝑁

Então a verificação de Segurança:

𝑁𝑡,𝑅𝑑 ≥ 𝑁𝑡,𝑆𝑑 = 442,32 , 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑜 𝑁𝑡,𝑆𝑑 = 84,34 𝑒𝑠𝑡á 𝑜𝑘.

Como temos 16 * 54 = 864
Podemos realizar a seguinte condições 506,66 / 864 = 0,586 KN/m² de tração.
Logo com 16 m então o peso estimado em (Kg/m²) = 14 à 15.

Estruturais em Aço", a condição mencionada refere-se à verificação do estado limite de serviço (ELS) em relação
à resistência de cálculo à tração do elemento estrutural em aço. Vamos analisar a expressão apresentada:

1. Resistência de Cálculo à Tração do Elemento: A resistência de cálculo à tração do elemento é dada como
Nt Rd = 442,3 kN. Isso representa a capacidade máxima do elemento em resistir a cargas de tração antes
de atingir o estado limite de serviço.
2. Verificação da Segurança: Para verificar a segurança do elemento em relação ao estado limite de serviço,
é comparada a resistência de cálculo à tração (Nt Rd) com a solicitação de cálculo de tração (Nt Sd). Nesse
caso, a solicitação de cálculo de tração é de 84,34 kN.
3. Condição de Segurança: A condição de segurança estabelecida é que a resistência de cálculo à tração do
elemento (Nt Rd) deve ser maior ou igual à solicitação de cálculo de tração (Nt Sd) para garantir que o
elemento seja capaz de resistir às cargas de tração aplicadas sem exceder o estado limite de serviço.
Portanto, ao verificar que a resistência de cálculo à tração do elemento é = 442,3 kN e a solicitação de cálculo
de tração é de 84,34 kN, e ao confirmar que a resistência de cálculo é maior ou igual à solicitação de cálculo,
concluímos que o elemento atende ao estado limite de serviço em relação à tração, garantindo a segurança e a
adequação do elemento estrutural em aço para as cargas de tração consideradas.

Para verificação do estado limite de serviço a esbeltez da seção,

composta por dupla cantoneira não poderá superar 300. A esbletez de uma
cantoneira isolada em relação ao eixo de menor inércia também não poderá
superar 300. Portanto, a seção 2L 63 x 4,75mm está verificada para os
estados limites últimos e de serviço.
 A verificação da esbeltez de uma seção é fundamental para garantir a segurança e a adequação de
elementos estruturais em aço. No documento "Dimensionamento de Elementos Estruturais em Aço", é estabelecido
que a esbeltez da seção, tanto para uma seção composta por dupla cantoneira quanto para uma cantoneira isolada
em relação ao eixo de menor inércia, não deve exceder o valor de 300. Esse limite de esbeltez é crucial para prevenir
instabilidades sob cargas de compressão e assegurar o desempenho adequado da estrutura.
Ao analisar a seção 2L 63 x 4,75mm, composta por dupla cantoneira, verifica-se que a esbeltez dessa seção atende
aos critérios estabelecidos, ou seja, não ultrapassa o limite de 300. Isso indica que a seção é capaz de resistir de
forma segura às cargas de compressão sem apresentar instabilidades significativas. Além disso, a verificação da
esbeltez da cantoneira isolada em relação ao eixo de menor inércia também confirma que a seção atende aos
requisitos de segurança para os estados limites de serviço.
Portanto, com base na conformidade da esbeltez da seção 2L 63 x 4,75mm com o limite estabelecido de
300, é possível concluir que essa seção está verificada e considerada adequada para os estados limites últimos e
de serviço. Essa análise reforça a importância da verificação da esbeltez na garantia da estabilidade e segurança de
elementos estruturais em aço submetidos a cargas de compressão, contribuindo para a integridade e o
desempenho da estrutura como um todo.