Você está na página 1de 30

PROJETO AMBIENTAL - PA

EMPREENDIMENTO:
AGRICULTURA

EMPREENDEDOR:
XXXX

RESPONSÁVEL TÉCNICO:
XXXXXX

MUNICÍPIO – UF
ANO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................5
2. OBJETIVO...........................................................................................................................6
3. DADOS DO EMPREENDEDOR.......................................................................................7
4. DADOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO.........................................................................8
5. DADOS DO EMPREENDIMENTO..................................................................................9
5.1 Localização..........................................................................................................................9
Tabela 1: Resumo das áreas do empreendimento...............................................................12
6. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL.......................................................................................13
6.1 Meio Físico........................................................................................................................13
6.1.1 Geologia......................................................................................................................13
6.1.2 Solos............................................................................................................................13
6.1.3 Declividade.................................................................................................................14
6.1.4 Relevo.........................................................................................................................14
6.1.5 Hidrografia................................................................................................................14
6.1.6 Climatologia...............................................................................................................15
6.2 Meio Biótico......................................................................................................................15
6.2.1 Flora............................................................................................................................15
6.2.2 Fauna..........................................................................................................................16
6.3 Meio Antrópico.................................................................................................................16
6.3.1 Aspecto Sócio Econômico.........................................................................................16
7. ETAPAS E PROCESSO DO EMPREENDIMENTO....................................................17
7.1 Fase de Planejamento.......................................................................................................17
7.2 Fase de Instalação.............................................................................................................17
7.2.1 Etapas da Instalação.....................................................................................................18
7.3 Fase de Operação.............................................................................................................19
- Irrigação................................................................................................................................20
9. MÃO DE OBRA.............................................................................................................22
10. SISTEMA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO............................................................22
10.1 Destinação das Embalagens...........................................................................................22
10.2 Resíduos Domiciliares....................................................................................................23
10.3 Efluentes Sanitários........................................................................................................23
11. IMPACTOS AMBIENTAIS..........................................................................................23
11.1 Metodologia de Identificação de Impactos...................................................................23
11.2 Meio Físico......................................................................................................................25
11.3 Meio Biótico....................................................................................................................26
11.4 Meio Antrópico...............................................................................................................27
12. CRONOGRAMA...........................................................................................................28
13. BIBLIOGRAFIA............................................................................................................29
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização.....................................................................................................................9
Figura 2: Croqui de acesso...........................................................................................................10
Figura 3: Solo do local do empreendimento................................................................................13
Figura 4: Córrego.........................................................................................................................14
Figura 5: Vegetação local.............................................................................................................15

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Coordenadas dos pontos de acesso do croqui.............................................................10


Quadro 2: Cronograma de Execução da Obra..............................................................................28

LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Resumo das áreas do empreendimento............................................................12
Tabela 2: Resumo das edificações...................................................................................12
Tabela 3: Modelo dos equipamentos...............................................................................22
Tabela 4: Características das variedades.........................................................................18
Tabela 5: Descrição dos componentes do pivô central...................................................21
Tabela 6: Estimativa de custos........................................................................................28
1. INTRODUÇÃO

A cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill) no mercado atual é de extrema


importância devido à influência na economia do estado e do país.
No Brasil, a cultura da soja teve início na Bahia, em 1882, e teve sua consolidação
no Sul do país. Atualmente, através de novas pesquisas de melhoramentos genéticos,
adequados às diferentes regiões do país, expandiu-se para outros estados.
O explosivo crescimento da produção de soja no Brasil determinou uma cadeia de
mudanças sem precedentes na história do país. Foi à soja, inicialmente auxiliada pelo
trigo, a grande responsável pelo surgimento da agricultura comercial no Brasil. Foi a
grande responsável pela aceleração da mecanização das lavouras brasileiras, pela
modernização do sistema de transportes, pela expansão da fronteira agrícola, pela
profissionalização e pelo incremento do comércio internacional, pela modificação e pelo
enriquecimento da dieta alimentar dos brasileiros, pela aceleração da urbanização do
país, pela interiorização da população brasileira, pela tecnificação de outras culturas
(destacadamente a do milho), bem como impulsionou e interiorizou a agro-indústria
nacional, patrocinando a expansão da avicultura e da suinocultura brasileira.
O avanço da cultura da Soja no Estado do Tocantins foi influenciado pelo clima
e pela topografia altamente favorável a mecanização, o que propicia economia de mão
de obra e maior rendimento nas operações de preparo do solo, tratos culturais e colheita;
pelas boas condições físicas dos solos da região; e pelo desenvolvimento de um bem
sucedido pacote tecnológico, com destaque para as novas variedades adaptadas a
condição de baixa latitude.
No Estado do Tocantins, a soja é a terceira cultura em termos de participação no
valor bruto da produção, sendo cultivada no período de entressafra (maio-junho), em
condições de várzea irrigada, sob-regime de sub-irrigação (elevação do lençol freático),
e no período de safra (novembro-dezembro), em condições de terras altas.
2. OBJETIVO

O presente documento objetiva o Licenciamento Ambiental da atividade agrícola a


ser desenvolvida nos Imóveis rurais confrontantes denominados Fazenda XXXX,
Fazenda XXXX e Fazenda XXXX, localizados na zona rural de XXXX – UF,
requerendo através deste, junto ao Órgão Ambiental, as Licenças, Prévia (LP), de
Instalação (LI) e de Operação (LO), para a mesma.
3. DADOS DO EMPREENDEDOR

Nome: XXXX
RG: XXXX
CPF: XXXX
Telefone: XXXX
Endereço:
XXXX E-mail:
XXXX

NOME DO EMPREENDEDOR
CPF: XXXX
4. DADOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

Nome: XXXX
Formação: XXXX
CPF: XXXX
CREA: XXXX
Endereço: XXXX
Município/UF: XXXX
Telefone para contato: XXXX
E-mail: XXXX

XXXXXX
FORMAÇÃO
5. DADOS DO EMPREENDIMENTO

5.1 Localização

A área onde será desenvolvida a atividade agrícola está localizada na zona rural
do município de XXXX no estado de XXXX nos imóveis denominados Fazenda
XXXX, Fazenda XXXX e Fazenda XXXX, nas coordenadas UTM SAD 69, zona XXX,
X: XXXX e Y: XXXXX.
O Município de XXXX está localizada no norte do estado do Tocantins, possui
um área de 2.641Km2, com uma população de aproximadamente 4.954 habitantes e sua
altitude é de 140 metros (IBGE, 2010).

Figura 1: Localização de XXXX-UF

Para chegar ao local do referido empreendimento basta seguir as informações


contidas no croqui de acesso, figura 2, e as coordenadas contidas no quadro 1.
Figura 2: Croqui de acesso.
Quadro 1: Coordenadas dos pontos de acesso do croqui
Coordenadas dos Pontos do Croqui de Acesso
PONTOS X Y
P.01 XXXX XXXX
P.02 XXXX XXXX
P.03 XXXX XXXX
P.04 XXXX XXXX
P.05 XXXX XXXX
P.06 XXXX XXXX
P.07 XXXX XXXX
P.08 XXXX XXXX

Os imóveis ao qual o empreendimento faz parte totalizam 908,1711 hectares,


porém a área a ser cultivada a cultura de soja totaliza 200,00 hectares, destes, 140,35
hectares será irrigado e o restante 59,65 hectares não haverá irrigação. A figura 3 a
seguir mostra uma visão do empreendimento.

Figura 3: Mapa visão geral do empreendimento.

Na tabela 1 a seguir esta a descrição das áreas de cada propriedade.


Tabela 1: Resumo das áreas do empreendimento
Resumo das áreas do empreendimento
Fazendas Item Área
Faz. XXXX Área Total 175,5148 ha
Área de Reserva Legal 64,9895ha
Faz. XXXX Área Total 229,0253ha
Área de Reserva Legal 74,7661ha
Faz. XXXX Área Total 231,5396ha
Área de Reserva Legal 83,9408ha
Faz. XXX Área Total 272,0914ha
Área de Reserva Legal 101,2679ha
Área de Plantio 200 hectares
Área construída das edificações (m2) 366m²
Área de circulação (m2); XXX m²

A área construída é composta por dormitório, banheiro, refeitório, galpão de


máquinas e posto de abastecimento, na tabela 2 esta o resumo das edificações existentes
no local.

Tabela 2: Resumo das edificações


Resumo das Edificações
Edificação Área
Casa 80m²
Dormitório 32m²
Banheiro 12m²
Refeitório 96m²
Galpão de Máquinas 96m²
Posto de Abastecimento 50m²
Total 366m²
6. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

6.1 Meio Físico

6.1.1 Geologia

A região estudada é composta por ambientes geológicos de Coberturas


Cenozóicas.
Esta unidade é constituída por uma mescla de materiais areno-argilosos,
ocasionalmente cascalhos, imersos em matriz argilo-arenosa, nódulos e concreções
ferruginosas (Cobertura Detrito-Laterítica), pacotes areno-argilosos, arenitos e argilitos
(Formação Bananal) e siltitos, argilas, areias e cascalhos distribuídos ao longo das
drenagens (Coberturas Aluvionares) (FREITAS, 2008).

6.1.2 Solos

De acordo com observação em campo e banco de dados fornecido pelo Orgão


Ambiental a área estudada é caracterizada pelos solos: Areias Quartzosas e Solos
Concrecionários.

Figura 3: Solo do local do empreendimento


6.1.3 Declividade

A declividade da região estudada é igual ou inferior a 5%, ou seja,


predominância de áreas com declive suaves, nos quais, a maior parte dos solos o
escoamento superficial é lento ou médio. A erosão hídrica não oferece maiores
problemas. (TOCANTINS, 2003) No local da implantação do empreendimento o
terreno é plano.

6.1.4 Relevo

As formas de relevo predominante da região são Formas de Acumulação, que são


compostas por terraços fluviais, planícies fluviais e áreas de acumulação inundáveis.
São relevos resultantes do depósito de sedimentos, em regiões fluviais, paludais e
lacustres, normalmente sujeitos a inundação (TOCANTINS, 2003).

6.1.5 Hidrografia

O sistema hidrográfico ao qual pertence à área em estudo é o do Rio XXXX e a


Bacia Hidrográfica é a do Rio XXXX. A área a ser licenciada possui várias vertentes
não identificadas e faz confrontação com o Rio XXX, conforme mostra a figura 4.

Figura 4: Rio XXXX


6.1.6 Climatologia

O clima da região é úmido com moderada deficiência hídrica, B1wA’a’, e


evapotranspiração potencial apresentando uma variação média anual entre 1400 e
1700mm (TOCANTINS, 2003).

6.2 Meio Biótico

6.2.1 Flora

A maior parte do Estado do Tocantins (87,8%) está inserida no bioma Cerrado,


como pode ser observado na Figura 6 (TOCANTINS, 2002).
A região de Cerrado é caracterizada por formações herbáceas intercaladas por
plantas lenhosas que variam do porte arbustivo até arbóreo, em diferentes densidades,
entrecortadas por matas de galeria (RADAMBRASIL, 1981).
A área estudada está inserida no Bioma Cerrado, sendo caracterizada pela
fitofisionomia denominada Cerrado sentido restrito ralo e rupestre.

Figura 5: Vegetação local


6.2.2 Fauna

A fauna da área estudada, por estar inserida na região dos cerrados, compõe-se
de espécies que ocorrem ordinariamente neste bioma, domínio este que abrange
habitantes variados.
A fauna do cerrado brasileiro é bem diversificada. Há 837 espécies de aves e 161
de mamíferos. Entre os insetos há milhares de espécies, entre elas em torno de 90
espécies de cupins e 1.000 de borboletas.
Entre os vertebrados os mais conhecidos são: a jibóia, a cascavel, jararaca, o
teiú, a ema, a seriema, a curicaca, o urubu comum, o urubu caçador, o urubu rei, as
araras, tucanos, papagaios, gaviões, o tatu peba, o tatu galinha, o tatu canastra, o
tamanduá-mirim, tamanduá-bandeira, o veado campeiro, o cateto, a anta, o cachorro do
mato, o lobo guará, a jaratataca, o gato mourisco, e raramente a onça pintada e a onça
parda.
A fauna existente na área de estudo é típica do cerrado, os funcionários do local
citaram as espécies mais vistas por eles, os principais indivíduos são: entre os
mamíferos, veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) como mostra a figura 10, bugio
(Alouatta caraya), quati (Nasua nasua), raposa (Pseudalopex vetulus), tatupeba
(Eupharactus sexcinctus) e tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla), tamanduá
mirim (Tamandua tetradactyla). Os répteis são freqüentemente presentes através da
jibóia (Boa constrictor), cascavel (Crotalus durissus), jararaca (Bothrops jararaca) e
lagarto teiú (Tupinambis teguixim).
Entre as aves destacam-se a ema (Rhea americana), seriema (Cariama cristata),
urubu comum (Coragyps atratus) e papagaios (Amazona aestiva), garças (Ardea cocoi),
periquitos (Brotogeris tirica), araras (Psitaciformes), entre outros.

6.3 Meio Antrópico

6.3.1 Aspecto Sócio Econômico

Segundo IBGE 2010, o município de XXXX possui uma população de 4.954


habitantes e sua densidade demográfica é de 1,88 hab./km².
7. ETAPAS E PROCESSO DO EMPREENDIMENTO

7.1 Fase de Planejamento

Nesta fase é realizada a escolha do local para implantação do empreendimento, o


levantamento de campo, análise de solo, análise bacteriológico da água, registros
fotográficos entre outros. É levado em consideração fator econômico, a logística e o
meio ambiente, objetivando o licenciamento ambiental da atividade junto ao Órgão
Ambiental . Somente após a emissão das licenças ambientais é que se iniciarão as obras
de instalação.

7.2 Fase de Instalação

A área onde será implantada a agricultura de soja já se encontra desmatada, é


importante informar o desmatamento foi realizado após a obtenção da Autorização de
Exploração Florestal. A área a ser cultivada é de 200 hectares, destes 140,35 hectares
serão irrigados através de pivô central, o restante 59,65 hectares não serão irrigados.
O sistema de cultivo a ser utilizado é o intensivo, ou seja, atividades vinculadas
ao uso de tecnologias como: biotecnologia, fertilizantes, máquinas e implementos, entre
outros, diante disso há uma grande aplicação de técnicas no preparo do solo, cultivo e
colheita que resulta em altos índices de produtividade, além de alcançar um tempo
maior de exploração do solo.
A forma de plantio será o plantio direto, não sendo necessário realizar
gradeamento, diminuindo assim o impacto da agricultura e das máquinas agrícolas
sobre o solo.
A propriedade já possui infra-estrutura para apoio aos funcionários e para as
máquinas e equipamentos, portanto, não há necessidade de construir novas edificações.
Nesta fase serão realizadas todas as etapas e processos para a instalação do
empreendimento, conforme pode ser observado a seguir.
7.2.1 Etapas da Instalação

- Sistema de Cultivo

O sistema de cultivo adotado será o Sistema de Plantio Direto que é uma técnica
de cultivo conservacionista onde o processo de semeadura em solo não revolvido, no
qual a semente é colocada em sulcos ou covas, com espaçamento de 0,45m x 0,45m e
profundidade 3 cm, suficientes para a adequada cobertura e contato das sementes com a
terra. O preparo do solo limita-se ao sulco de semeadura, procedendo-se à semeadura, à
adubação e, eventualmente, à aplicação de herbicidas em uma única operação. Neste
sistema também procura-se manter o solo sempre coberto por resíduos vegetais.
- Espécies

A espécie a ser cultivada é a soja (Glycine max (L.) Merrill) e suas variedades
são 9144 e 9056. A tabela 4 a seguir mostra as características de cada variedade.

Tabela 3: características das variedades

CARACTERÍSTICAS
Variedades Período População (pl/ha) Ciclo (dias)
9144 01/11 a 30/11 160 a 200 128 a 140
9056 01/10 a 30/12 200 a 260 124 a 144
Fonte: Talismã sementes

- Calagem

Com base na análise de solo, aplicar calcário para elevar saturação de base para
60%.

- Adubação

Conforme a análise de solo e produtividade esperada aplicar macro e


micronutrientes conforme recomendação.
- Semeadura

A época de semeadura é um fator de elevada importância, pois, está diretamente


relacionado com o rendimento e comportamento da planta. Portanto varia de região para
região: no Tocantins fica entre 01/11 a 15/12 (EMBRAPA, 2004).
A profundidade recomendada para a adubação é de 3 a 5 cm, o adubo deve ser
colocado ao lado ou para abaixo da semente, pois o contato direto prejudica a absorção
da água pela semente.
As sementes serão submetidas à inoculação com bactérias fixadoras de N.

7.3 Fase de Operação

- Tratos Culturais

Manter a cultura no limpo, livre de plantas daninhas, durante seu ciclo. Para isso,
recomenda-se a utilização de herbicidas e cultivos mecânicos.

- Insumos

Os insumos que serão utilizados no empreendimento e suas respectivas


quantidades, em relação a área plantada, estão descritos na tabela 10 a seguir.

Tabela 4: Insumos e quantidade


PRODUTO QUANTIDADE (lt ou kg)
02.24.12 + Micro 100
Kcl 30
Monsoy 9056RR pn 6,5 11600
Clorimuron 8
Zapp Qi 1000
Permetrina 12
Cx Vigor e Praga 2
Power Fix 24
Ampligo 7
Curyom 60
Ampligo 20
PRODUTO QUANTIDADE (lt ou kg)
Engeo Pleno 40
Priorinho 40
Nimbus 300
Priori Xtra 120
Concorde 200
Profol Produtividade 300
Profol Mn 14% 160
Cab 300
Nitropotassio 400
CoMo 20
Biagro 10 400
Gel Fix 400

Os insumos e a quantidade que serão necessários para a área a ser plantada que
estão descritos acima serão adquiridos na empresa XXXX.

- Irrigação

Para atingir melhores resultados no plantio da soja, será empregado o sistema de


irrigação de Pivô Central, devido à grande exigência hídrica da cultura e por essa
necessidade não ser suprida naturalmente.
O pivô central é um equipamento de irrigação por aspersão móvel com alto grau
de automatização. Consiste em uma linha de aspersores montada sobre armações
metálicas com rodas, tendo uma extremidade fixa em uma estrutura por onde entra a
vazão e a outra movendo-se continuamente em torno do pivô durante a aplicação da
água.
O sistema é composto por uma base fixa que fica localizada no centro da área
circular irrigada e é onde toda a estrutura móvel está ancorada. Na base fixa da torre do
pivô central fica localizado o painel de controle que possibilita o controle da lamina
d’água.
Neste caso trata-se de uma unidade de irrigação, por aspersão, automática, pivô
central da marca VALLEY, modelo 4871 - 8000 - VSL / 12 - 2.355, propulsão elétrica,
12 torres acionadoras, alcance total 668,40 m; área circular irrigada 140,35 ha; altura
livre entre as torres em terreno plano: Standard - 2.74m. Na tabela 5 a seguir esta
descrita os componentes de pivô central.
Tabela 5: Descrição dos componentes do pivô central
QUANTIDADE DESCRIÇÃO
1 Torre Central 1 6.5/8" / 8.5/8" X 2.7M
9 Conj. Tubos de Descida Flexível Lance longo
3 Conj. Tubos de Descida Flexível Lance médio
1 Conj. tubos de descida flexível p/ balanço 25m
1 Lance do pivô longo inicial 8.5/8" X 2.7M
8 Lance do pivô longo interm. 8.5/8" X 2.7M
2 Lance do pivô médio interm. 8.5/8" X 2,7M
1 Lance do pivô médio final 6.5/8" X 2,7M
1 Conj. do balanço 25M
1 Painel principal select2 c/kit lig.bomba injetora
11 Alinhamento alta sensibilidade
2 Luminária sinalizadora valley
1 Escada torre central
1 Conj. tubo descida flexível spray final
7 Cabo elétrico (4 x 6mm²)+(7 x 1,5mm²) x 56,9m
1 Kit de aspersão tipo super spray c/ reguladores senninger 10 PSI
para 534,67m³/h

- Colheita

A colheita constitui uma importante etapa no processo produtivo de soja,


principalmente pelos riscos que está sujeita a lavoura destinada ao consumo ou à
produção de sementes.
A colheita deve ser iniciada tão logo a soja atinja o estádio R8 (ponto de
colheita), a fim de evitar perdas na qualidade do produto. As máquinas estarão
preparadas com antecedência para a colheita, pois uma vez atingida a maturação de
colheita esta deve ser realizada imediatamente, e encaminhada para a indústria de
processamento de grãos mais próxima, evitando assim a deterioração dos grãos.

- Produtividade

A produtividade esperada é de 50 sacas/ha/ano, cada saca equivale a 60 kg e a


área a ser cultivada é de 200 hectares, portanto uma produção média de 600.000 kg/ano.
- Mercado

Toda a produção será encaminhada para a indústria de processamento de grãos


mais próxima, que está localizada na cidade XXXX, portanto não haverá armazenamento
dos grãos no empreendimento.

8. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Os equipamentos agrícolas são utilizados no manuseio do solo, no plantio,


manutenção e colheita de lavouras.
As máquinas a serem utilizadas no empreendimento são trator, pulverizador,
plantadeira e pivô. A colheita será realizada por empresa terceirizada. Os modelos dos
equipamentos estão descritos na tabela 3.
Tabela 6: Modelo dos equipamentos

Máquinas e Equipamentos Modelo


1 Trator MF 650
1 Pulverizador Jacto Columbia Cross AD 18
1 Plantadeira John Deere Vacuo 13 linhas
1 Pivô Central 4871 - 8000 - VSL / 12 - 2.355

9. MÃO DE OBRA

A mão de obra necessária para a produção agrícola são de 1 (um) funcionário e 4


(quatro) pessoas da família, onde suas tarefas é cuidar de todo o processo produtivo,
desde o plantio até a colheita. Tais tarefas são: plantio, tratos culturais, operação e
manutenção do sistema de irrigação. A colheita será realizada por uma empresa
terceirizada.

10. SISTEMA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO

10.1 Destinação das Embalagens

Após a utilização do agrotóxico, as embalagens deverão ser lavadas três vezes e


utilizar a água contaminada na pulverização. As embalagens plásticas devem ser
inutilizadas através de perfuração repetida do fundo e serem devolvidas com tampa ao
estabelecimento comercial onde os produtos foram adquiridos no prazo de um ano e
exigir o recibo de devolução.

10.2 Resíduos Domiciliares

Os resíduos sólidos gerados são resíduos domésticos, restos de alimento (matéria


orgânica) e restos de papel, plástico, entre outros. Estes resíduos são armazenados em
cestos de lixo revestidos com saco plástico e posteriormente destinados a valas sépticas.
Estima-se que a produção média é de 0,700 kg por hab/dia, um total de 3,500 kg/dia.

10.3 Efluentes Sanitários

O resíduo líquido gerado é considerado esgoto doméstico, ou seja, despejo


líquido resultante do uso da água para higiene e necessidades fisiológicas humanas
(ABNT-9648), provenientes de sanitários e cozinha que são direcionadas para suas
respectivas fossas sépticas. O empreendimento conta com um quadro de 5 (cinco)
pessoas, onde estes contribuem com uma carga diária de 80 litros/dia/pessoa (ABNT-
13969/97), o que chega a um total de 400 litros/dia ou 0,40 m³/dia.

11. IMPACTOS AMBIENTAIS

Conforme a Resolução CONAMA n° 01/86 impacto ambiental é “qualquer


alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causadas
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, que direta
ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades
sociais e econômicas, a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a
qualidade dos recursos ambientais’’.

11.1 Metodologia de Identificação de Impactos

O presente projeto adotou como metodologia de identificação de impactos


ambientais o “Check List”. Tal método consiste na identificação e descrição dos
impactos e ações mitigadoras, a partir da diagnose ambiental dos meios físicos, bióticos
e antrópicos. Serão relacionados os impactos decorrentes das fases de implantação e
operação do empreendimento, categorizando-os em positivos e negativos.

Todos os impactos identificados para os meios físico, biótico e antrópicas, nas


distintas fases de planejamento, implantação e operação do empreendimento, estão
relacionadas com as devidas medidas mitigadoras e o responsável pela implantação, ou
seja, cronograma de execução, apresentados nos quadros a seguir.
11.2 Meio Físico
Fase Ação Processo Impacto Classificação Ação Mitigadora/Potencializadora Responsável
- Intensificação da - Utilizar sistema de cultivo direto, evitando o
Instalação

dinâmica do solo Negativo revolvimento do solo Empreendedor


Alteração do uso do
Preparo do solo
solo

- erosão, compactação, -cobertura do solo (cobertura morta), para Empreendedor


redução da fertilidade dos Negativo manter o solo protegido das intempéries;
solos, com salinização e - tratamento correto do solo, assegurando sua
Erosão desertificação de áreas estrutura, seus processos químicos e
biológicos em sua fertilidade;
- utilização da prática de plantio direto.

- Afeta a germinação, a Negativo - regular a aplicação da água, evitando a Empreendedor


densidade e o irrigação excessiva, utilizando técnicas com
desenvolvimento maior controle da quantidade de água;
Operação

vegetativo das culturas, - monitoramento da lamina de irrigação,


Salinização do Solo reduzindo suas controlando especialmente os balaços de sais
Produção agrícola produtividades e, nos na zona radicular.
casos mais
intensos, levam as plantas à
morte
Contaminação dos corpos Negativo - Usar apenas a quantidade certa de insumos e Empreendedor
hídricos e solo evitar o excesso de água;
- Dimensionar e manejar os sistemas de
Defensivos irrigação com maior eficiência;
Agrícolas
11.3 Meio Biótico
Fase Ação Processo Impacto Classificação Ação Mitigadora Responsável
- Alteração da microflora e Negativo - Deixar um percentual da área em Empreendedor
Modificação Eliminação da fauna regional, a população de condições naturais a fim de manter o
do meio vegetação insetos ecossistema que servirá de refúgio e local de
ambiente nativa reprodução da fauna.
Instalação

-Geração de ruídos, poeiras e Negativo - Manutenção dos veículos e equipamentos Empreendedor


Movimentação vibrações que podem causar para reduzir possíveis emissões de gases
Transporte de
de veículos; estresse para os animais poluentes e redução de ruídos.
pessoal,
Emissão de
insumos e
Gases;
equipamentos

Perda das -Diminuição da capacidade Negativo - Obedecer ao projeto de Empreendedor


Operação

características de regeneração natural da dimensionamento


Produção naturais do solo flora
agrícola
11.4 Meio Antrópico
Fase Ação Processo Impacto Classificação Ação Mitigadora Responsável
Contratação de - Geração de emprego; Positivo - Contratar mão de obra local; Empreendedor
mão de obra - geração de receita - Contratar os trabalhadores de maneira
tributária; formal, com pagamento de direitos
- fixação do homem no trabalhistas.
campo
- Possibilidade de Negativo - Exigir o uso de equipamentos de Empreendedor
acidentes com o pessoal proteção individual – EPI;
Aquisição e - Orientar os trabalhadores quanto aos
Instalação

contratado
utilização de riscos de acidentes.
Plantio insumos e
equipamentos - Aquecimento da Positivo - Recomenda-se a aquisição de todo Empreendedor
economia; material, com solicitação de nota fiscal e
- Geração de tributos. preferencialmente adquirida no comércio
local e regional.
Semeadura - possível ocorrência de Negativo - ser pilotada por pessoa habilitada e Empreendedor
acidente com a máquina de treinada
semear

Insumos - Contaminação do Negativo - Utilização adequada dos agrotóxicos, Empreendedor


agricultor com insumos segundos preceitos do receituário
agronômico e florestal, com as dosagens e
recomendações técnicas pertinentes
Operação

Produção
- Treinar o operador e fornecer Equipamentos
Agrícola de Proteção Individual-EPI

Colheita - possível ocorrência de Negativo - ser pilotada por pessoa habilitada e Terceirizado
acidente com a máquina treinada
12. CRONOGRAMA

O empreendimento será construído em três etapas, planejamento, instalação e


operação, tendo como primeiro mês de atividade novembro de 2022, obedecendo ao
cronograma do quadro abaixo.

Quadro 2: Cronograma de Execução da Obra


2022 2023
AÇÕES PROPOSTAS
jun jul ago set out nov dez jan fev
PLANEJAMENTO
x
Elaboração do estudo de dimensionamento
Elaboração do Estudo Ambiental x

Análise do Processo x x x
Obtenção das Licenças ambientais junto ao x
Órgão ambiental
INSTALAÇÃO
x
Preparo para o plantio
OPERAÇÃO
x
Plantio
x x
Tratos
x
Colheita

O imóvel rural do empreendimento possui todo maquinário necessário para a


realização das obras necessárias e implantação do sistema, portanto não haverá a
necessidade de contratação dos mesmos.
Estima-se que o valor total de custo da obra será de R$ 262.322,00 a descrição
desses custos segue no quadro abaixo.

Tabela 7: estimativa de custos


DESCRIÇÃO VALOR
Funcionários R$ 1.600,00
Combustível (1000 ℓ/mês) R$ 3.000,00
Insumos R$ 257.722,00
TOTAL R$ 262.322,00
13. BIBLIOGRAFIA

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR - 9648: Estudo de Concepção


de Sistemas de Esgotos Sanitários. Rio de Janeiro, 1986.

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR- 13969: Tanques sépticos -


Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos -
Projeto, construção e operação. Rio de Janeiro, 1997.

BRASIL. CONAMA 237 de 19 de dezembro de 1997. Dispõe sobre Licenciamento


Ambiental.

BRASIL. CONAMA 01 de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre critérios básicos e


diretrizes gerais para avaliação de impacto ambiental.

BRASIL. Departamento de Produção Mineral. Projeto RADAMBRASIL. 1981.


Levantamento de Recursos Naturais. Folha Tocantins (SC-22). Rio de Janeiro.

COEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente. Resolução nº 07 de 2005. Dispõe


sobre o Sistema Integrado de Controle Ambiental do Estado do Tocantins.

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Disponível em:


http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/instalacao.htm. Acesso em: 30 de junho de
2012.

EMBRAPA. Análise da Informação Pedológica da Região de Araguaína e


Palmeirante-TO para Fins de Zoneamento Agrícola. Planaltina-DF, 2005.

FREITAS, Ubiraci dos Reis. Catálogo de Rochas Ornamentais do Estado do


Tocantins. Palmas: Seplan/Mineratins, 2008.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades@. Disponível em: <
http://www.ibge.gov.br/cidadesat/link.php?uf=to>. Acesso em: 10 de junho de 2012.

TOCANTINS, Atlas do Tocantins – Subsídios ao planejamento da gestão territorial.


SEPLAN – 2003

Você também pode gostar