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GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA


Centro de Ciências Humanas e Agrárias – CCHA
Tecnologia em Energias Renováveis

EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS II

Disciplina: Instalações Elétricas de Alta Tensão


Professor: Me. Thomas Tadeu de Oliveira Pereira

Sousa – PB, Agosto de 2023


ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO

1. CHAVE FUSÍVEL INDICADORA UNIPOLAR

2. MUFLAS OU TERMINAÇÃO PRIMÁRIA

3. BUCHA DE PASSAGEM

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INTRODUÇÃO A EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
1) Para-raio
2) Condutores
3) Mufla
4) Chave Fusível Unipolar
5) TC medição e proteção
6) TP medição e proteção
7) Bucha de Passagem
8) Chave seccionadora primária
9) Rele de Proteção
10) Disjuntor MT
11) Fusível limitador
12) Transformador de Potência

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CHAVE FUSÍVEL INDICADOR UNIPOLAR
 É um equipamento destinado à proteção de sobrecorrente
de rede, desde o ponto de entrega de energia até o
disjuntor geral da subestação.
 Seu elemento fusível, denominado elo fusível, deve
coordenar com os outros elementos de proteção do
sistema da concessionária local. Caso contrário, a chave
fusível deve ser substituída por uma chave seccionadora.
 É constituída, na versão mais comum, de um corpo de
porcelana, com dimensões adequadas à tensão de
isolamento e à tensão suportável de impulso, no qual está
articulado um tubo, normalmente fabricado em fenolite
ou fibra de vidro, que consiste no elemento fundamental
que define a capacidade de interrupção da chave. Dentro
desse tubo, denominado cartucho, é instalado o elo
fusível.

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CHAVE FUSÍVEL INDICADOR UNIPOLAR
 Os isoladores são normalmente de porcelana
vitrificada. Dependendo do modelo, as chaves
fusíveis podem ser constituídas de um ou dois
isoladores;
 As chaves fusíveis são equipamentos adequados
para abertura do circuito sem carga. No caso da
proteção de transformadores individuais é
permitida a abertura dos seus terminais primários,
circulando apenas a corrente de magnetização.
Mesmo assim, verifica-se a existência de arco
durante a operação da chave cuja magnitude
depende da velocidade da manobra que o
operador imprime na vara de manobra.

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CHAVE FUSÍVEL INDICADOR UNIPOLAR
 No entanto, existem chaves fusíveis que
permitem a abertura do circuito circulando
corrente nominal da chave, sem necessidade de
ferramenta especial. Na operação em carga, a
chave fusível dotada de câmara de extinção, a
corrente é desviada do contato superior da chave
para o contato auxiliar que está instalado dentro
da câmara
 Na abertura desse contato, o arco formado ficará
no interior da câmara onde será gerado um gás
deionizante. O gás expelido, o alongamento do
arco e a velocidade de abertura do braço de aço
inoxidável proporcionarão a interrupção do arco.

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CHAVE FUSÍVEL INDICADOR UNIPOLAR
 A chave religadora destinada à
proteção de redes aéreas de
distribuição contra curtos-circuitos
transitórios. Principalmente indicadas
para aplicação no alimentador tronco
ou nas derivações importantes do
mesmo.
 Reduz a severidade do defeito quanto
ao tempo de retorno do fornecimento
de energia elétrica. É composta de três
chaves fusíveis de base C na qual a
corrente do sistema flui apenas pela
primeira chave do conjunto. No caso de
um curto-circuito, o fusível da primeira
chave funde ocasionando a queda do
porta-fusível, que aciona o mecanismo
de transferência da corrente para a
chave central.
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CHAVE FUSÍVEL INDICADOR UNIPOLAR
 Há dois tipos de cartucho que se diferenciam pela
forma de evasão dos gases gerados no seu interior.
Um que permite a saída dos gases seja feita apenas
pela sua extremidade inferior, e outro por ambas as
extremidades;
 O dimensionamento físico do cartucho é função da
capacidade de ruptura a que se destina a chave
fusível;
 As chaves fusíveis unipolares são normalmente
operadas através de varas de manobra. As partes
externas das varas de manobra são constituídas de
fibras de vidro e resina epóxi. As partes internas das
varas de manobra são preenchidas com poliuretano
expandido, que, além de aumentar a estabilidade da
vara, impede o acúmulo de umidade.

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CHAVE FUSÍVEL INDICADOR UNIPOLAR
 Além das características nominais do sistema,
a chave fusível deve ser dimensionada em
função da capacidade da corrente de curto-
circuito no ponto de sua instalação. Quanto
maior a corrente de defeito, maiores são os
esforços dinâmicos que o cartucho terá de
suportar, e isto determina sua capacidade de
ruptura.
 Especificação sumária
 Seja corretamente adquirida devem ser
especificados, no mínimo, os seguintes
dados:
 Tensão nominal eficaz, em kV.
 Corrente nominal, em A.
 Frequência nominal.
 Capacidade de ruptura, em kA.
 Tensão suportável de impulso (TSI), em kV
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CHAVE FUSÍVEL INDICADOR UNIPOLAR
 Elo Fusível
 Os elos são instalados em chaves fusíveis para proteção de ramais ou derivações de troncos dos
alimentadores de distribuição de energia bem como no primário dos transformadores na média tensão.
 Tal proteção é muito utilizada pelas concessionárias devido principalmente as questões econômicas. Seria
inviável a instalação de religadores ou relés para cada derivação ou transformador instalado ao longo da rede
de distribuição.
 Os elos fusíveis são designados como tipos K, T ou H de acordo com sua característica tempo x corrente de
pré-arco.
 Para transformadores de baixa potência geralmente são utilizados elos fusíveis do tipo H. Os elos a serem
instalados são tabelados conforme as normas técnicas de cada concessionária e variam em função da
potência do mesmo.
 Já para proteção de transformadores de maior potência ou de ramais de alimentadores de média tensão as
concessionárias geralmente utilizam elos fusíveis do tipo K ou T.
 A diferença entre estes dois últimos tipos de Elos Fusíveis consiste em que os elos K são classificados como de
ação rápida e do tipo T de ação lenta.

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CHAVE FUSÍVEL INDICADOR UNIPOLAR

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CHAVE FUSÍVEL INDICADOR UNIPOLAR

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CHAVE FUSÍVEL INDICADOR UNIPOLAR

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CHAVE FUSÍVEL INDICADOR UNIPOLAR

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PORTA FUSÍVEL

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ELO FUSÍVEL

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ELO FUSÍVEL
Especificação Sumária
No pedido de compra de um elo
fusível, devem constar no mínimo
as seguintes informações:
• Corrente nominal, em A.
• Tipo (K, H ou T).
• Modelo (botão ou argola)

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CHAVE FUSÍVEL INDICADOR UNIPOLAR

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CHAVE FUSÍVEL INDICADOR UNIPOLAR

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MUFLAS OU TERMINAÇÃO PRIMÁRIA
 Dispositivo destinado a restabelecer as condições de
isolação da extremidade de um condutor isolado
quando este é conectado a um condutor nu ou a um
terminal para ligação de equipamento;

 Esse tipo de mufla pode ser singelo ou trifásico. O


primeiro destina-se às terminações dos cabos
unipolares (muflas terminais singelas), enquanto o
segundo tipo é utilizado em cabos tripolares

 As terminações constituídas de material contrátil a


quente ou a frio têm sido utilizadas com muito
sucesso em substituição às tradicionais.

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MUFLAS OU TERMINAÇÃO PRIMÁRIA
 São fabricados não só terminais primários constituídos de
material termocontrátil denominados terminações
termocontráteis, mas também as chamadas terminações a
frio.
 As primeiras são aplicadas sobre o condutor usando uma
fonte de calor (maçarico com controle de chama), enquanto
o segundo tipo é aplicado diretamente sobre o cabo,
bastando retirar o dispositivo de plástico que arma o tubo
da terminação.

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MUFLAS OU TERMINAÇÃO PRIMÁRIA
 Dielétrico é um meio isolante que se
intercala entre duas superfícies
condutoras submetidas a uma
diferença de potencial;

 A intensidade de campo elétrico


gerada entre as duas superfícies
condutoras e separadas pelo meio
dielétrico é dada pela relação entre a
diferença de potencial estabelecida e
a espessura do referido dielétrico;

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MUFLAS OU TERMINAÇÃO PRIMÁRIA
 Mufla elétrica termocontrátil
 Têm sido bastante utilizadas em substituição às tradicionais, que são de porcelana. Elas
têm boa estabilidade térmica e são resistentes ao calor, com temperatura de fusão
entre 50 e 100 °C. Também contém aditivos, como antioxidantes, retardantes de
chamas, agentes de cura, catalisadores e estabilizantes contra raios ultravioletas.
 Mufla elétrica contrátil a frio
 Feita de compostos de borracha de silicone. A flexibilidade do silicone é a vantagem
principal, já que facilita os processos de montagem. Por isso esse tipo de mufla pode
ser usado em diferentes seções transversais de condutores. Essas muflas podem ser
retiradas dos cabos e reaproveitadas.
 Mufla elétrica push-on
 Também é feita de borracha de silicone. O diferencial é que possui um cordão plástico
na parte interna. Esse cordão contrai a terminação no cabo quando o operador puxa o
cordão, cuja função é aliviar a tensão na parte final do cabo.
 Muflas elétricas modulares
 São formadas de um tubo de alívio de campo elétrico, uma cobertura de aterramento
e saias poliméricas (isoladoras). Também são compostas de borracha de silicone.

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MUFLAS OU TERMINAÇÃO PRIMÁRIA
 Especificação sumária
 Os terminais primários devem ser
dimensionados em função da seção
transversal e do tipo de cabo a ser utilizado,
das características elétricas do sistema e do
local de utilização. Logo, na aquisição de
uma terminação, é necessário conhecer os
seguintes elementos:
 Tipo;
 Condutor isolado a ser conectado, em
mm2;
 Tensão nominal eficaz, em kV;
 Corrente nominal, em A;
 Tensão suportável de impulso, em kV;
Fenômenos decorrentes da poluição
 Uso (interno ou externo). atmosférica e salinidade no ar (Flash Over e
Tracking).

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MUFLAS OU TERMINAÇÃO PRIMÁRIA

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MUFLAS OU TERMINAÇÃO PRIMÁRIA

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MUFLAS OU TERMINAÇÃO PRIMÁRIA

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BUCHA DE PASSAGEM
 Quando se deseja passar um circuito interno de
um cubículo fechado ao seu vizinho,
normalmente são utilizadas buchas de passagem
constituídas de um isolador de louça, tendo
como fixação o seu ponto médio,

 Quanto ao uso:

 Bucha de passagem para uso interno-interno: é


aquela que deve ser aplicada em locais em que
os dois ambientes sejam abrigados. Como
exemplo, pode-se citar a bucha de passagem
ligando os cubículos de medição e o cubículo de
disjunção em uma subestação de alvenaria.

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BUCHA DE PASSAGEM
 Bucha de passagem para uso interno-
externo É aquela que conecta um
circuito aéreo, ao tempo, a um circuito
abrigado. A ilustra uma bucha de
passagem para uso interno-externo.
Como exemplo, pode-se citar a bucha de
passagem ligando a rede aérea primária
ao cubículo de medição de uma
subestação de alvenaria.

 A parte da bucha exposta ao tempo deve


ter a isolação dotada de saias.

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BUCHA DE PASSAGEM
 Bucha de equipamento: um terminal fica exposto ao meio ambiente, próprio para operação
ao tempo, e o outro é voltado para o interior do equipamento, geralmente cheio de óleo
mineral isolante.

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BUCHA DE PASSAGEM
 ENSAIOS E RECEBIMENTO
 As buchas de passagem devem ser submetidas aos ensaios normalizados nas instalações do fabricante ou
em institutos autorizados, na presença do inspetor do comprador.
Os ensaios de tipo realizados para comprovar se determinado protótipo funciona satisfatoriamente nas
condições especificadas. São eles:
 Tensão suportável nominal à frequência industrial e sob chuva para a extremidade instalada
externamente, ou para ambas, quando a bucha for de instalação externa.
 Tensão suportável nominal de impulso atmosférico a seco para todos os tipos.
 Tensão suportável nominal de impulso de manobra a seco e sob chuva, conforme o tipo de instalação.
 Estabilidade térmica do dielétrico.
 Corrente térmica de curto-circuito.
 Resistência dinâmica de curto-circuito.
 Resistência à flexão.
 Elevação de temperatura

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