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25/03/2024, 17:05 Emergências clínicas

Emergências clínicas
Prof. Luciano Godinho Almuinha Ramos

Descrição

Emergências clínicas, sintomatologia e protocolos. Assistência de


enfermagem às emergências cardiovasculares, respiratórias,
neurológicas, renais e metabólicas.

Propósito

A unidade de urgência e emergência é um setor bastante complexo. O


enfermeiro que atua no setor de urgência e emergência precisa estar
atento às alterações das funções vitais dos pacientes e, ainda,
implementar protocolos de atendimento atualizados.

Objetivos

Módulo 1

Assistência de enfermagem em emergências


cardiovasculares

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Reconhecer a importância e as etapas da assistência de enfermagem


em emergências cardiovasculares.

Módulo 2

Assistência de enfermagem em emergências


respiratórias

Reconhecer a importância e as etapas da assistência de enfermagem


em emergências respiratórias.

Módulo 3

Assistência de enfermagem em emergências


neurológicas
Reconhecer a importância e as etapas da assistência de enfermagem
em emergências neurológicas.

Módulo 4

Assistência de enfermagem em emergências


renais e metabólicas
Reconhecer a importância e as etapas da assistência de enfermagem
em emergências renais e metabólicas.

meeting_room
Introdução

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O paciente de urgência e emergência é aquele que se encontra


em uma situação de gravidade, na qual os parâmetros de seus
sinais vitais, assim como um ou mais órgãos, podem estar
comprometidos. A assistência a esses pacientes e a tomada de
decisão adequada tornam-se fundamentais para o
restabelecimento das funções vitais desses indivíduos.

Com o número crescente de pacientes em fase aguda que


procuram os serviços de urgência e emergência, é importante
compreender os agravos cardiovasculares, pulmonares,
neurológicos, metabólicos e renais, além dos protocolos de
atendimento e dos principais cuidados de enfermagem.

Sendo assim, é imprescindível conhecer esses protocolos e


orientar os pacientes, proporcionando-lhes uma assistência
individualizada e qualificada pela equipe multidisciplinar e de
enfermagem.

1 - Assistência de enfermagem em emergências


cardiovasculares
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a importância e as etapas da
assistência de enfermagem em emergências cardiovasculares.

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Arritmias cardíacas
O enfermeiro, sendo um dos profissionais responsáveis no serviço de
classificação de risco em urgência e emergência, deve reconhecer os
principais agravos em saúde, saber avaliá-los, além de interagir com a
equipe multidisciplinar para a melhor tomada de decisão.

A decisão adotada vai depender do que esse profissional identificou nos


pacientes, na porta de entrada dos serviços de urgência e emergência, e
também em qualquer unidade de atendimento em saúde, em relação
aos principais acometimentos cardiovasculares. Esses agravos podem
estar relacionados a diversos fatores, como situações
socioeconômicas, culturais, ou até mesmo influenciados por doenças
crônicas não transmissíveis.

Quando tratamos de emergências clínicas


cardiovasculares, podemos relacionar algumas das
principais, identificadas nos serviços de urgência e
emergência, como: arritmias cardíacas; hipertensão
arterial sistêmica; síndromes coronarianas; e choque.

Em relação a emergências cardiovasculares, é preciso entender


primeiramente a condução elétrica cardíaca. A geração de impulso
elétrico rítmico que ocasiona contrações cardiovasculares no coração
se inicia no nódulo sinoatrial, que é considerado o marcapasso natural
do coração. O estímulo sequencial localiza-se no nódulo atrioventricular,
onde o estímulo elétrico irá se propagar aos ventrículos, por intermédio
das fibras de Purkinje e pelos feixes de His (GUYTON, 2020, p. 385). Veja
a imagem a seguir.

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Condução elétrica cardíaca.

Os principais problemas ocorridos devido à falência da condução são


classificados como: taquiarritmias e bradiarritmias, relacionadas à
frequência de contração; estáveis e instáveis, relacionadas aos sinais e
sintomas; e ventriculares e supraventriculares, quando relacionadas aos
locais onde ocorrem (no caso, átrios e ventrículos).

O enfermeiro consegue identificar essas arritmias em um


eletrocardiograma (ECG).

Em se tratando das arritmias relativas ao aumento da frequência de


contração, podemos citar os problemas relacionados ao nódulo
sinoatrial, mais especificamente a taquicardia sinusal, a arritmia sinusal
e os ritmos atriais não sinusais. Veja a seguir.

Taquicardia sinusal

Ocorre um aumento da frequência cardíaca, ocasionado por


situações de ansiedade, estresse, mas também por
insuficiências cardíacas ou embolias pulmonares.

Arritmias sinusais

Podem ser ocasionadas por variações da frequência cardíaca,


com aumento e redução dessa frequência durante o processo
de inspiração e expiração; podem, ainda, estar relacionadas ao
acúmulo de placas de ateroma na corrente circulatória, assim
como à hipertensão intracraniana.

Ritmos atriais não sinusais

Podemos observar a taquicardia supraventricular paroxística, o


flutter atrial e a fibrilação atrial. Esses casos exigem condutas
e avaliações imediatas na abordagem aos pacientes.

De acordo com Tobase e Tomasini (2017, p. 120), podemos ver:

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Taquicardia paroxística supraventricular expand_more

Ocorre aumento da frequência de modo uniforme, entre 160 e


220 batimentos por minuto, que se inicia e termina de forma
súbita. Ela ocorre devido a situações de estresse, ingestão de
drogas lícitas e ilícitas ou até mesmo sobrecargas funcionais do
músculo cardíaco.

Flutter atrial expand_more

Ocorrem contrações regulares, porém em ritmo acelerado, em


torno de 240 a 300 batimentos por minuto.

Fibrilação atrial (FA) expand_more

Ocorre uma arritmia cardíaca mais frequente, uma completa


desorganização da atividade elétrica dos átrios, causando uma
perda da contração atrial. Geralmente esse quadro está
associado a doenças como diabetes, hipertensão arterial,
acidente vascular, insuficiência cardíaca e idade.

Já na diminuição da frequência, podemos encontrar as bradicardias


sinusais e os bloqueios atrioventriculares de 1º, 2º e 3º graus. Podem
estar relacionadas ao uso de medicamentos, exercícios e atividades
hormonais. Veja a seguir.

As bradicardias sinusais, numa redução da frequência abaixo de 60


batimentos por minuto (bpm), podem ser causadas por defeitos
cardíacos hereditários, disfunções do nódulo sinoatrial, envelhecimento
natural, cicatrização tecidual pós-infarto agudo. Os principais sinais e
sintomas ocasionados podem ser desmaios, tontura, cansaço extremo e
falta de ar. Nos bloqueios atrioventriculares temos:

1º grau
Caracterizado pelo retardo do sinal elétrico, com intervalo PR maior do
que 0,2 segundos.

2º grau
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Ocorre com um aumento progressivo do intervalo PR, até o momento


em que o batimento atrial não é conduzido e não ocorre o complexo
QRS.

3º grau
Não existe comunicação elétrica entre os átrios e ventrículos; sendo
assim, não há relação entre as ondas P e os complexos QRS. O
tratamento, nesses casos, geralmente é um implante de marcapasso.

O tratamento para essas bradiarritmias instáveis é a administração de


atropina e, caso necessário, a colocação de um marcapasso
transvenoso e a administração de medicamentos como dopamina e
epinefrina.

Em se tratando de instabilidade, isso pode ocorrer devido ao baixo


débito cardíaco, com aumento da frequência cardíaca acima de 100
bpm. Esse débito diminuído pode ocasionar hipotensão arterial,
alterações do nível de consciência, oligúria, pulso filiforme e
extremidades frias. O enfermeiro consegue identificar essas
apresentações por meio do exame físico minucioso, avaliando cada
etapa de abordagem do processo de enfermagem. Uma das situações
dessa instabilidade pode ser corrigida mediante a manobra vasovagal,
com massagem do seio carotídeo, revertendo assim frequências
superiores a 100 bpm.

Oligúria
Diminuição do volume urinário abaixo de 400ml em 24h.

Atenção!

Esse procedimento é contraindicado para pacientes idosos, pelo risco


de desprendimento de placas de ateroma na corrente circulatória.

O enfermeiro também pode avaliar a administração medicamentosa no


controle destas arritmias. Medicamentos como propranolol, adenosina,
lidocaína ou verapamil, assim como anticoagulantes, auxiliam na
prevenção, principalmente do flutter atrial. Os ritmos ventriculares
também precisam ser avaliados, pois podem ocasionar a taquicardia
ventricular sem pulso (TVSP) ou a fibrilação ventricular (FV), ritmos
cardíacos que traduzem uma parada cardiorrespiratória (PCR).

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O enfermeiro precisa ter atenção durante todo o processo, incluindo a


coleta de dados, a realização do exame físico, a interpretação do ECG.

A administração de terapia medicamentosa associada ou não a


cardioversão elétrica (CVE), ou até mesmo com a desfibrilação, pode
auxiliar tanto no atendimento pré-hospitalar como no intra-hospitalar,
salvaguardando a saúde do paciente assistido.

O atendimento do enfermeiro ao paciente com arritmia cardíaca visa


obter dados sobre o início dos sinais e sintomas, além de garantir uma
via aérea pérvia para a respiração adequada, o monitoramento dos
sinais vitais, a confecção de um acesso venoso pérvio para a
administração medicamentosa, a coleta laboratorial para identificação
de distúrbios no equilíbrio ácido básico, e auxiliar na realização de
exames de imagem, para a ilustração mais precisa do agravo.

Esquema de atendimento pré-hospitalar na arritmia.

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Hipertensão arterial sistêmica


A pressão arterial é a força lateral sobre as paredes de uma artéria,
exercida pelo sangue pulsando pela pressão do coração. Ela é
determinada pela relação PA=DC x RP, onde: PA é a pressão arterial, DC
é o débito cardíaco e RP é a resistência periférica (POTTER, 2017, p.
495).

Essa pressão depende do débito cardíaco. O volume aumentado em um


vaso sanguíneo, que é considerado um espaço fechado, eleva a pressão
naquele local. Conforme o débito cardíaco se eleva, mais sangue é
bombeado, aumentando mais a PA.

A resistência periférica também é um valor em que a PA é dependente.


O tamanho dos vasos sanguíneos (artérias e veias) se ajusta para
acomodar o volume interno de sangue. A pressão arterial varia entre um
máximo no pico da contração ventricular (sistólica) e um mínimo no
final do relaxamento dos ventrículos (diastólica).

Atenção!
Nas verificações da pressão sanguínea, é interessante saber que não
existe um valor “normal” para a pressão e, na verdade, deveríamos nos
referenciar à pressão arterial sistêmica, em vez do primeiro termo. Os
valores normais referenciados giram em torno de 120/80 mmHg. No
entanto, as pressões da maioria de indivíduos saudáveis giram em torno
de 100/60 e 140/90 mmHg, em uma única medida. Esses valores
podem diminuir durante os exercícios ou até mesmo aumentar, em
exercícios extenuantes.

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A pressão arterial média durante um ciclo cardíaco é determinada pela


seguinte equação: PAM=DC x RVP, onde RVP é a resistência vascular
periférica.

A classificação da pressão arterial para adultos, de acordo com a


Sociedade Brasileira de Cardiologia (2017), é:

CLASSIFICAÇÃO PAS* (mmHg) PAD**(mmHg)

Normal ≤ 120 ≤ 80

Pré-hipertensão 121-139 81-89

Hipertensão estágio 1 140-159 90-99

Hipertensão estágio 2 160-179 100-109

Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110

*Pressão arterial sistólica/ **Pressão arterial diastólica

Tabela: Classificação da pressão arterial (PA), de acordo com a medida casual, em maiores de
18 anos.
Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2017.

De acordo com essa mesma instituição, a hipertensão arterial sistêmica


(HAS) é uma condição clínica de múltiplos fatores, que pode não estar
associada a sintomas e é caracterizada pela elevação sustentada dos
níveis de pressão sistólica (PAS), acima ou igual a 140 mmHg, e/ou
diastólica (PAD), acima ou igual a 90 mmHg. Além de ser considerada
uma das doenças mais frequentes na sociedade, trata-se de uma
patologia com alto índice de complicações que levam os indivíduos a
procurar os serviços de atendimento de urgência no país (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2017, p. 5). Veja a seguir sobre urgência
e emergência hipertensiva.

Urgência hipertensiva

Elevação da PAD: PAD ≥ 120 mmHg sem lesão de órgãos-


alvo.
Risco potencial à vida.
Redução gradativa da PA nas primeiras 24 horas,
geralmente com o uso de medicamentos por via oral.

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Emergência hipertensiva

Síndromes coronarianas agudas (SCA), encefalopatia


hipertensiva, acidente vascular cerebral (AVC), edema
agudo pulmonar (EAP) e síndrome HELLP.
Risco iminente de morte.
Redução imediata da PA em minutos ou poucas horas,
com administração de medicamentos por via
endovenosa.

O enfermeiro pode identificar essas variações pressóricas por meio da


coleta de dados, de exame físico, além de outros recursos, como
exames laboratoriais (hemograma completo, ureia, creatinina, sódio,
potássio, magnésio, marcadores enzimáticos), de imagem (RX de tórax
e ultrassonografia), além do eletrocardiograma. A discussão com a
equipe multidisciplinar pode ser realizada, com a sugestão de exames
complementares (ecocardiograma transesofágico e tomografia
computadorizada).

O tratamento medicamentoso da hipertensão tem o intuito de diminuir


os níveis pressóricos considerados graves para a saúde do paciente.
Essa redução precisa ser gradativa, para que não ocorram
desregulações vasculares, isquemias, sobrecargas coronarianas e até
mesmo renais.

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O profissional enfermeiro pode monitorar esses valores por meio da


monitorização não invasiva, ou com o uso de aparelho
esfigmomanômetro, acompanhado de estetoscópio.

Muitos medicamentos são utilizados em serviços de urgência e


emergência, como o captopril, inibidor da enzima de conversão da
angiotensina e que possui apresentações de 12,5mg até 50mg via oral,
com ação em até 15 minutos e duração de 4 a 6 horas ou a clonidina,
um simpaticolítico com apresentações via orais de 0,2 a 0,8mg, com
ação de 30 minutos a 2 horas e duração de 6 a 8 horas (BRUNTON;
CHABNER; KNOLLMANN, 2012, p. 721). Conheça a seguir alguns
medicamentos utilizados em emergências hipertensivas.

Nitroprussiato de sódio expand_more

Dose: 0,25 a 10mg/kg/min (IV).


Ação: Imediata.
Efeitos adversos: náusea, vômito, intoxicação por cianeto,
hipotensão grave.

Nitroglicerina expand_more

Dose: 5 a 100mg/min (IV).


Ação: 2 a 5min.
Efeitos adversos: cefaleia e taquicardia.

Hidralazina expand_more

Dose: 10 a 20mg (IV)/ 10 a 50mg (IM).


Ação: 10 a 20min/20 a 30min.
Efeitos adversos: taquicardia, cefaleia, vômito e angina.

Metoprolol expand_more

Dose: 5mg (IV): repetir a cada 10min. Até 20mg, se


necessário.
Ação: 5 a 10min.

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Efeitos adversos: bradicardia, bloqueio atrioventricular


(BAV), insuficiência cardíaca e broncoespasmo.

Esmolol expand_more

Dose: Dose de ataque: 500mg/kg (IV)/Dose de


manutenção: 25 a 50mg/kg/min
Ação: 1 a 2min.
Efeitos adversos: náusea, vômito, BAV 1º grau,
broncoespasmo e hipotensão.

Furosemida expand_more

Dose: 20 a 60mg (IV), repetir após 30min.


Ação: 2 a 5min.
Efeitos adversos: hipopotassemia.

Os pacientes atendidos nas unidades de urgência e emergência, que


estabilizam e são liberados para casa, precisam ser reavaliados em
unidades básicas de saúde ou até mesmo em unidades especializadas,
visando a continuidade da assistência. E o enfermeiro é um dos
profissionais fundamentais para tal ação.

Síndromes coronarianas agudas


Quando falamos sobre síndromes coronarianas agudas (SCA),
precisamos observar principalmente as patologias isquêmicas do
coração que podem causar dor torácica no paciente. Esse tipo de dor de
origem cardíaca pode estar relacionado à angina e ao infarto agudo do
miocárdio, podendo gerar diversos agravos à saúde do paciente, até
mesmo a morte. Veja mais a seguir sobre a classificação da dor
torácica, segundo o tipo de dor e as características do quadro clínico.

Definitivamente anginosa expand_more

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As manifestações permitem o diagnóstico das SCA,


independentemente dos resultados dos exames.

Localização: dor/desconforto retroesternal ou precordial.


Características: opressão, queimação ou mal-estar
inespecífico, geralmente precipitado por esforço físico,
estresse acompanhado de agitação, sudorese e palidez.
Irradiação: mandíbula, face interna dos braços, ombros e
costas, com duração de alguns minutos.
Melhora: é aliviada em menos de 10 minutos, com repouso
ou uso de nitratos.

Provavelmente anginosa expand_more

As características da dor são a principal hipótese da SCA, porém


requer confirmação por exame.

Características do quadro: tem a maioria, mas não todas, as


características da dor definitivamente anginosa.

Provavelmente não anginosa expand_more

As características indicam SCA como principal hipótese, porém


são necessários exames complementares.

Características do quadro: tem poucas características da dor


definitivamente anginosa (dor atípica, sintomas de equivalente
anginoso).

Definitivamente não anginosa expand_more

Não tem nenhuma característica da dor anginosa, sendo


fortemente indicativa de diagnóstico não cardiológico.

Durante a admissão, o enfermeiro pode identificar, por intermédio do


exame físico e da realização de um ECG, o que não pode ocorrer em um
período maior que 10 minutos da avaliação inicial. A coleta de dados é
importante como fatores predisponentes, história pregressa patológica,

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assim como a localização e intensidade da dor, traçam a conduta a ser


seguida para o acompanhamento do indivíduo.

O enfermeiro também pode realizar a coleta laboratorial, com dosagem


dos marcadores de enzimas cardíacas, que podem ser usadas como
marcadores de necrose miocárdica. Enzimas como troponina, CK-MB
massa e mioglobina auxiliam a complementar, juntamente com o ECG, a
avaliação diagnóstica da SCA. A partir desses exames, as síndromes
coronarianas agudas podem ser classificadas como angina instável,
infarto agudo com supradesnivelamento do seguimento ST (devido à
modificação que ocorre na linha de base do ECG), e infarto agudo sem
supradesnivelamento do seguimento ST.

O tratamento desse quadro tem o intuito de reverter a isquemia e o


comprometimento da área de necrose no músculo cardíaco. Dos
medicamentos utilizados, entre os mais importantes na atuação contra
esse agravo, podemos utilizar como direcionamento a sigla mnemônica
“MONAB”: morfina, oxigênio, nitrato, aspirina e betabloqueador. Veja
mais sobre eles a seguir.

Morfina

Funciona como um analgésico opioide potente, diminuindo a


pré-carga do ventrículo esquerdo e aumentando a captação de
oxigênio pelos tecidos.

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Cuidados de enfermagem: atentar para a intoxicação


analgésica (hipotensão, depressão respiratória, vômitos
intensos).

Oxigênio

Limita a lesão isquêmica miocárdica, evitando o aumento da


elevação do segmento ST no ECG.

Cuidados de enfermagem: administrar por máscara ou cânula


nasal, de 2-4 litros/minuto.

Nitrato

Representado pelo medicamento dinitrato de isossorbida, ou


até mesmo a nitroglicerina, promovem a vasodilatação
coronariana, melhorando a perfusão cardíaca.

Cuidados de enfermagem: não administrar nos casos de


pressão arterial sistólica menor que 90mmHg, bradicardia
severa, taquicardia, infarto agudo do miocárdio do ventrículo
direito suspeito.

AAS (Aspirina)

A aspirina visa inibir a agregação plaquetária, impedindo a


oclusão das artérias coronárias por trombos.

Cuidados de enfermagem: contraindicado em casos de


desordens hemorrágicas, úlcera péptica, hipersensibilidade e
hepatopatia grave.

Betabloqueador

Previnem o reinfarto, assim como a extensão da lesão,


reduzem a pós-carga ventricular e a isquemia pós-infarto.

Cuidados de enfermagem: não realizar nestes casos:


frequência cardíaca abaixo de 60bpm, pressão sistólica abaixo
de 100mmHg, intervalo PR do ECG maior que 0,24 segundos,
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bloqueios atrioventriculares de 2º e 3º graus e disfunção


ventricular grave.

Choque
Quando ocorre uma incapacidade do coração em prover oxigênio e
nutrientes através de seu sistema circulatório, podemos dizer que o
paciente se encontra em estado de choque. Esse agravo pode ocorrer
por um débito cardíaco inadequado, causando impedimento ao coração
de bombear sangue para o corpo.

Atenção!

Para que o sistema cardiovascular funcione adequadamente, é


necessário que o coração mantenha o bombeamento de sangue, e que
esse volume bombeado seja suficiente para preencher os vasos, com
manutenção do calibre, se ajustando às condições fisiológicas normais.
Qualquer falha ocorrida nesse sistema provoca diminuição da perfusão
tecidual, levando o paciente a desenvolver o quadro de choque.

O choque pode ser caracterizado em quatro tipos: de volume ou


hipovolêmico; cardiogênico; obstrutivo; e distributivo. O choque
distributivo abrange os choques anafilático (alérgico), séptico e o
neurogênico. Durante avaliação nos serviços de pronto atendimento, o
enfermeiro pode encontrar mais de um tipo de choque ocorrendo de
forma simultânea (TOBASE; TOMASINI, 2017, p. 125). Veja a seguir.

Hipovolêmico expand_more

Ocorre a diminuição de volume circulante.

Etiologia: hemorragias, acidentes, traumas, ferimentos,


queimadura extensa e desidratação (diarreia e vômito).

Apresentação clínica: sudorese, pele fria e pegajosa, palidez,


pressão arterial convergente, hipotensão arterial, retardo no
enchimento capilar, alterações no padrão respiratório, alterações
no padrão de consciência, diminuição do débito urinário, falência
hepática.

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Cardiogênico expand_more

Ocorre falha da força contrátil cardíaca.

Etiologia: IAM, angina, cardiomiopatia, valvulopatia,


tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo,
medicamentos e trauma.

Apresentação clínica: sudorese, pele fria e pegajosa, palidez,


pressão arterial convergente, hipotensão arterial, retardo no
enchimento capilar, alterações no padrão respiratório, alterações
no padrão de consciência, diminuição do débito urinário, falência
hepática.

Obstrutivo expand_more

Ocorre um impedimento mecânico do fluxo sanguíneo nos


órgãos.

Etiologia: trombose venosa profunda, embolia, pneumotórax


hipertensivo, tamponamento cardíaco, fraturas de ossos longos
e trauma.

Apresentação clínica: sudorese, pele fria e pegajosa, palidez,


pressão arterial convergente, hipotensão arterial, retardo no
enchimento capilar, alterações no padrão respiratório, alterações
no padrão de consciência, diminuição do débito urinário, falência
hepática.

Distributivo expand_more

Ocorre alteração do tônus vasomotor das arteríolas e


inadequação na distribuição de volume sanguíneo.

Etiologia:

Choque anafilático: reação a medicamentos,


hemotransfusão, picadas de insetos, vacinas e alimentos.
Choque séptico: infecção e sepse.
Choque neurogênico: TCE, TRM e aumento da pressão
intracraniana.

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Apresentação clínica: pele quente, seca e de cor rosada.

Em uma abordagem ao choque, o enfermeiro precisa reconhecer a


etiologia, para um atendimento adequado ao paciente. Inicialmente, no
atendimento pré-hospitalar, esse profissional pode avaliar a cena,
estabelecendo segurança para sua atuação. Em seguida, de acordo com
o protocolo da American Heart Association (AHA), deve realizar o
protocolo clínico CABD – que significa:

Circulation
É a checagem do pulso e circulação geral.

Airway
É a abertura de vias aéreas, facilitando a entrada de ar nos pulmões e,
assim, a troca gasosa.

Breathing
É a avaliação da respiração checando a entrada e a saída de ar nos
pulmões.

Desfibrilation
É a aplicação do desfibrilador externo automático (DEA).

Na avaliação secundária, de acordo com a mesma instituição, o


enfermeiro realiza o procedimento cuja sigla mnemônica é AMPLA
(alergias; medicamentos em uso; passado ou histórico clínico de saúde;
líquidos e alimentos ingeridos; ambientes e eventos relacionados à
complicação). A verificação dos sinais vitais também é realizada, assim
como, se possível, a verificação do teste de glicemia capilar, ou
haemoglucotest.

A investigação da etiologia do choque também é


recomendada durante as avaliações primária e secundária.

O paciente necessita da oferta de oxigênio o quanto antes, evitando


quadros como hipóxia tecidual. Com a garantia da via respiratória pérvia
e oxigenada, o controle de sangramentos (se presentes), o
monitoramento dos sinais vitais, a oximetria de pulso e o ECG, o
profissional enfermeiro pode realizar a punção venosa periférica ou, na

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impossibilidade desta, a punção intraóssea, garantindo acesso vascular


para a administração de medicamentos. A prevenção de perda de calor
também é necessária, com a realização de aquecimento corporal com
cobertor ou manta térmica. O transporte para a unidade de atendimento
hospitalar precisa ser breve.

Nos casos de choque em ambiente intra-hospitalar, além da realização


das avaliações primária e secundária, o paciente precisa ser atendido na
sala de trauma, e a via respiratória pérvia e o suporte ventilatório são
recomendados.

A verificação dos sinais vitais, oximetria de pulso, realização de ECG, e


realização de acesso venoso com coleta laboratorial para posterior
análise e interpretação são ações que o enfermeiro pode executar,
salvaguardando a vida do paciente.

Além disso, veja as abordagens indicadas nos casos a seguir.

Choque hipovolêmico
Pode ser aplicada a sondagem vesical de demora com realização de
balanço hídrico, e a passagem de uma sonda nasogástrica em
sifonagem, controlando as perdas volumétricas.

Choque séptico

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25/03/2024, 17:05 Emergências clínicas

A observação da prescrição medicamentosa de soroterapia é a


administração de antibioticoterapia.

Choque anafilático
A recomendação é a administração de epinefrina IM a cada 5 a 10
minutos, variando de 1/3 a 1/2 de ampola, por via intramuscular. Os
pacientes nessas situações precisam estar monitorados, de preferência
em unidades de terapia intensiva ou semi-intensiva.

video_library
Cuidados de enfermagem ao paciente
em emergências cardiológicas
Neste vídeo, você será apresentado aos tipos principais das
emergências cardiovasculares, assim como o atendimento específico
para estes agravos.

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25/03/2024, 17:05 Emergências clínicas

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Um paciente pode apresentar sangramento por vômito


(hematêmese), em decorrência de uma hemorragia digestiva alta. O
tipo de choque que está ligado a esse agravo é

A hipovolêmico

B neurogênico

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25/03/2024, 17:05 Emergências clínicas

C anafilático

D cardiogênico

E séptico

Parabéns! A alternativa A está correta.

O choque hipovolêmico é caracterizado pela perda volumétrica de


sangue ou plasma, causando incapacidade do organismo de prover
oxigênio e nutrientes aos tecidos. A perda de sangue pode ser
considerada perda volumétrica importante.

Questão 2

A monitorização em uma emergência cardíaca é fundamental e o


enfermeiro deve estar atento a toda e qualquer alteração nos
parâmetros; assim, as condutas se tornam mais assertivas. O
dispositivo utilizado pelo enfermeiro para a interpretação de
arritmias cardíacas é

A enzimas cardíacas

B ecocardiograma

C eletrocardiograma

D teste de esforço

E prova de função respiratória

Parabéns! A alternativa C está correta.

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O eletrocardiograma (ECG) é o exame indicado para identificar


ritmos cardíacos alterados, por meio do traçado eletrocardiográfico.
Com ele o enfermeiro consegue identificar alterações de ritmos,
assim como os atrasos na condução do impulso elétrico pelo
coração através das fibras nervosas cardíacas.

2 - Assistência de enfermagem em emergências respiratórias


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a importância e as etapas da
assistência de enfermagem em emergências respiratórias.

Insuficiência respiratória
Quando falamos dos agravos respiratórios nas unidades de urgência e
emergência, podemos identificar dois tipos principais, que são: a
insuficiência respiratória e a asfixia. Essas complicações, se não
abordadas de maneira correta, podem ocasionar problemas na troca
gasosa pulmonar, impedindo o indivíduo de captar o oxigênio e difundi-
lo pelos tecidos.

Esse agravo pode ser entendido como a incapacidade do aparelho


respiratório em ofertar as concentrações de oxigênio aos tecidos, assim
como da eliminação do dióxido de carbono para o meio externo. Tal
incapacidade pode levar o indivíduo a uma parada respiratória e,
consequentemente, a uma parada cardíaca, já que o tecido muscular
cardíaco entrará em falência devido a uma hipoxemia, e, em seguida, em
necrose. Essa insuficiência pode ser classificada como:

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Hipoxemia
Diminuição da concentração de oxigênio sanguíneo.

Tipo 1 ou hipoxêmica
Quando a pressão parcial de oxigênio alveolar se encontra abaixo de
60mmHg, e pode ocorrer na presença de exsudatos, transudatos,
processos infecciosos e septicemia.

Tipo 2 ou hipercápna
A hipoventilação pode ocasionar uma pressão de oxigênio maior do que
50mmHg, ocorrendo com a diminuição da frequência respiratória,
cansaço respiratório e aumento do espaço morto anatômico.

O desenvolvimento dessa patologia pode ser de forma intrapulmonar,


com a ocorrência de processos infecciosos, por edema agudo pulmonar
(EAP), doença pulmonar obstrutiva crônica – bronquite, bronquiolite e
enfisema pulmonar –, embolia pulmonar, além da síndrome da angústia
respiratória aguda. No caso de desenvolvimento de forma
extrapulmonar, destacam-se as alterações no sistema nervoso central,
mais especificamente no centro de controle respiratório, ocasionadas
por algum trauma cranioencefálico, acidentes vasculares cerebrais, uso
de substâncias psicoativas, intoxicações exógenas e até mesmo
meningites.

Edema agudo pulmonar


Acúmulo de líquido no espaço pulmonar.

Embolia pulmonar
Obstrução do fluxo vascular nos vasos que levam e trazem sangue ao
pulmão.

Com relação à faixa etária, o tipo hipoxêmico ocorre mais em crianças, e


está ligado a problemas durante o nascimento, tamanho das vias
respiratórias, massa muscular do diafragma que é mais reduzida, além
do desenvolvimento precoce pulmonar. Já nos idosos, relaciona-se a
problemas cardiovasculares, como a insuficiência cardíaca congestiva
(ICC), ou ainda a problemas infecciosos (pneumonia), obstrutivos

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(embolia pulmonar), ou processos inflamatórios crônicos (doença


pulmonar obstrutiva crônica) (TOBASE; TOMASINI, 2017, p. 135).

Oxigenoterapia.

Os problemas oriundos da insuficiência respiratória podem ser


manifestados pela utilização da musculatura acessória, por aumento do
volume de secreções, aumento na frequência respiratória, alterações
relacionadas ao aumento da acidez sanguínea, cianose das
extremidades, aumento da frequência cardíaca, além de alterações
neurológicas, como agitação psicomotora e confusão mental.

Para a interpretação desse agravo, a equipe multidisciplinar pode


utilizar-se do exame físico associado aos exames radiológicos e
laboratoriais. Situações mais específicas podem requerer o uso de
tomografia computadorizada, exame mais detalhado para a obtenção de
um diagnóstico fechado. Esse exame pode demandar o uso de
contraste venoso, para melhor visualização das estruturas que fazem
parte do aparelho respiratório.

No tratamento da insuficiência respiratória, o objetivo é


restabelecer a função respiratória, com a correta
absorção do oxigênio e eliminação satisfatória do gás
carbônico.

A utilização de dispositivos de baixo fluxo e alto fluxo tem a função de


ofertar as concentrações ideais de oxigênio por via inalatória. Se o
desconforto respiratório é mais grave, haverá necessidade de

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dispositivos de pressão positiva contínua nas vias respiratórias, como é


o caso do CPAP, com o objetivo de melhorar a capacidade residual
funcional e a oxigenação. Se a opção for a regulação dos gradientes de
pressão inspiratória e expiratória, o dispositivo de escolha é a máscara
de pressão positiva binível, ou BIPAP. Veja na imagem a seguir o uso do
CPAP.

Mulher com máscara CPAP para melhorar a oxigenação.

Diante de uma resposta ineficaz aos dispositivos de pressão positiva, de


baixo e alto fluxo, pode ser necessária a colocação de uma cânula
supraglótica, ou até mesmo um tubo orotraqueal. Esses procedimentos
evitam o risco de aspiração de conteúdo gástrico, direcionam uma
ventilação positiva com 100% de fluxo de oxigênio para os pulmões,
além de permitirem um repouso no aparelho respiratório, em função de
fadiga muscular causada pela insuficiência respiratória.

Ao tratamento mecânico pode ser conjugada a terapêutica


medicamentosa. O enfermeiro necessita conhecer os principais tipos de
medicamentos, além de seus efeitos no organismo e na área
respiratória. Os medicamentos mais utilizados para facilitar a entrada de
ar nos pulmões são os broncodilatadores, que podem ser administrados
tanto por via inalatória como parenteral. Outros grupos
medicamentosos também são utilizados, como os corticoides,
antibióticos, diuréticos, além de sedativos.

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM RESULTADOS INTERV

Troca de gases prejudicada Equilíbrio - Contr


acidobásico control
e eletrolítico interpre
adequado laborat

Manutenção - Oxige
da troca monito

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DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM RESULTADOS INTERV

gasosa e
ventilação

Contro
Perfusão
acidos
tissular
respira
pulmonar
emboli
eficaz
hemod

Adequação
do fluxo
sanguíneo
pelos - Cuida
Perfusão tissular periférica pequenos - Contr
ineficaz vasos das cardiog
extremidades cardiop
para manter
a função
tissular

Adequação
do volume de
sangue
ejetado do Contro
ventrículo cardiog
Débito cardíaco diminuído
esquerdo hemod
para manter acidob
a pressão de
perfusão
sistêmica

Tabela: Diagnósticos de enfermagem e intervenções em caso de insuficiência respiratória.


Tobase; Tomasini, 2017, p. 138.

No atendimento pré-hospitalar em casos de insuficiência respiratória, o


enfermeiro deve sempre avaliar a segurança da cena, evitando assim
riscos desnecessários a sua própria vida e aos outros profissionais que
o auxiliam. As avaliações primária e secundária são importantes para
identificação dos principais agravos relacionados à insuficiência
respiratória (avaliação da frequência respiratória, expansibilidade e
simetria torácica, além de uso de musculatura acessória e cianose de
extremidades). A permeabilidade da via aérea precisa ser realizada,
assim como a monitorização dos sinais vitais. O enfermeiro pode, se
necessário, realizar a punção venosa periférica ou, se houver dificuldade,

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25/03/2024, 17:05 Emergências clínicas

a punção intraóssea, para administração de medicações que auxiliem


no trabalho ventilatório (QUILICI; TIMERMAN, 2011, p. 79).

No atendimento hospitalar, o paciente precisa ser


atendido na sala de trauma, um local específico, que
contém todo o material necessário para a abordagem.

A compreensão da etiologia da insuficiência respiratória é necessária,


para uma melhor abordagem à vítima. As avaliações primária e
secundária continuam sendo necessárias, além do posicionamento do
paciente em decúbito elevado. A via respiratória precisa estar pérvia,
com oxigenoterapia necessária e suporte ventilatório. A monitorização
do paciente precisa ser realizada, além da verificação dos sinais vitais e
controle da oximetria de pulso. O enfermeiro deve providenciar um
acesso venoso calibroso e a coleta de sangue para avaliação
laboratorial. Esse acesso será utilizado para a realização de terapia
farmacológica de suporte, como corticoides, broncodilatadores,
soluções e analgesia.

Exames diagnósticos podem ser utilizados para a monitorização da


situação, como a radiografia de tórax e tomografia, se necessário. Caso
o paciente obtenha melhora no padrão respiratório, pode ser liberado
para o domicílio, com orientações de acompanhamento ambulatorial.
Por outro lado, se ocorre agravamento do quadro, a instalação de
dispositivos como sonda vesical de demora, a realização de balanço

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hídrico e do ECG podem ser necessários. O paciente também pode ser


transferido para uma unidade de terapia intensiva, para melhor
observação.

Asfixia
Quando uma pessoa tem algum bloqueio da ventilação, causando
prejuízo na oxigenação tecidual, dificuldade de fala e de respiração –
que inclui o sinal universal provocado por engasgo (o indivíduo traz as
duas mãos na altura do pescoço, indicando que está com dificuldade
para respirar) –, ela está passando por um caso de asfixia, situação bem
comum nos casos de urgência e emergência. Veja a imagem a seguir.

Bloqueio na respiração.

Nesses casos, o bloqueio da respiração pode ser ocasionado por


causas externas, como a obstrução por corpo estranho, gases
incompatíveis com a vida, obstrução do fluxo de ar, assim como por
fatores individuais, como queda do nível de consciência e patologias
com perda de funções de controle cognitivo e de deglutição. Veja a
seguir os tipos de asfixia.

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Por confinamento expand_more

Ocorre quando a concentração de oxigênio do ambiente atinge


níveis muito baixos, podendo chegar a valores incompatíveis
com a vida.

Por gases expand_more

Ocorre quando a concentração de gases irrespiráveis atinge


limites de tolerância acima da normalidade, sendo considerados
tóxicos.

Mecânica por constrição do pescoço expand_more

Ocorre nas seguintes situações:

Enforcamento: interrupção da entrada do ar atmosférico


nas vias respiratórias em decorrência da constrição
cervical por um laço fixo, com o próprio corpo da vítima
agindo como força ativa.
Estrangulamento: a interrupção se dá por um laço acionado
por uma força estranha, com constrição da circulação
encefálica e compressão do feixe nervoso.
Esganadura: constrição do pescoço pelas mãos e
consequente obstrução da passagem de ar atmosférico
pelas vias respiratórias.

Por sufocação expand_more

Ocorre nas seguintes situações:

Sufocação direta pela obstrução mecânica de segmento da


árvore respiratória ou em decorrência da oclusão da boca e
narinas com auxílio de almofadas, travesseiros, lenços ou
outros instrumentos.

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Sufocação indireta pelo impedimento da expansão torácica


pelas próprias costelas, músculos, nervos ou outras
situações ambientais.

Por queda de língua expand_more

Ocorre geralmente em pessoas não responsivas, em razão do


relaxamento dos músculos, inclusive a língua; quando flácida,
impede a passagem de ar.

Por obstáculos mecânicos expand_more

Ocorre quando há impedimento da permeabilidade das vias


respiratórias ou alvéolos pulmonares por corpos estranhos como
moedas, brinquedos, pedaços de alimentos, entre outros.

O tratamento para esse agravo é realizar a desobstrução da via aérea,


permitindo assim que o fluxo de ar seja restabelecido. O
comprometimento da via respiratória vai depender da causa da asfixia,
como foi descrito.

Quando a asfixia se dá por confinamento e por presença de gases


tóxicos, a necessidade de movimentar a vítima para um local em que
haja ventilação adequada é necessário. A avaliação da cena é
importante para que o enfermeiro que esteja prestando socorro não seja
uma segunda vítima desse agravo. No caso de obstrução por constrição
do pescoço e por sufocação, a descompressão da área precisa ser
realizada, para que o fluxo de ar seja restabelecido, assim como a
oxigenação tecidual. Essa situação pode ocorrer em acidentes
traumáticos, desabamento de estruturas, além de lutas corpo a corpo.

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Cânula de Guedel.

A asfixia por queda de língua pode ocorrer devido a uma condição de


perda da consciência: a musculatura da língua obstrui a via respiratória,
mais especificamente a entrada de ar pela glote, impedindo a entrada de
ar para os pulmões.

Nesses casos, um material que pode ser utilizado para evitar o


rebaixamento da língua é a cânula de Guedel – ela evita que o paciente
se asfixie pela própria língua, além de facilitar a aspiração das vias
aéreas, se necessário.

Para o correto posicionamento da cânula de Guedel, primeiro é


necessário medi-la. Para isso, coloca-se a cânula em paralelo com a
face do indivíduo em que será colocada a cânula e, em seguida, mede-
se o dispositivo desde a comissura labial até o lóbulo da orelha. Vale
lembrar que existem diversos tamanhos do dispositivo – para adultos e
pediátricos – e essa medição se faz necessária para que na colocação
não haja aumento da obstrução da via aérea. Veja a seguir.

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Posicionamento da cânula de Guedel.

Os casos de obstrução por obstáculos mecânicos, como corpos


estranhos, ocorrem na maioria das vezes em ambientes extra-
hospitalares. Acontecem em situações diversas, como alimentação, e
em brincadeiras com pequenos objetos. Podem ocorrer tanto em
adultos como em crianças pequenas, e, para isso, existem técnicas de
desobstrução das vias respiratórias adequadas a cada faixa etária.

Quanto à classificação, a obstrução pode se apresentar como:

Leve ou parcial
Nesses casos, ainda existe a passagem de ar e o paciente apresenta
tosse e dificuldade respiratória.

Grave ou total
Nesses casos, a passagem de ar é nula ou mínima, impedindo a troca
de gases no nível alveolar.

A tosse pode ser fraca e silenciosa, há ocorrência de cianose de


extremidades, além de sinais de angústia respiratória e ruídos
respiratórios estridentes (TOBASE; TOMASINI, 2017, p. 135).

No caso dos adultos, a conduta a ser realizada pelo enfermeiro consiste


na execução da manobra de Heimilich, que faz elevação do diafragma,
aumentando a pressão na via respiratória e forçando o ar no interior dos
pulmões, o que favorece o estímulo de uma tosse artificial e a
eliminação do objeto para a área externa. Para tal manobra, o
enfermeiro deve se colocar atrás da pessoa com a obstrução e localizar
o ponto médio entre o apêndice xifoide e a cicatriz umbilical. Os braços
do socorrista devem contornar a cintura da vítima e, com a mão fechada

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em punho e o polegar voltado para a região abdominal no ponto médio,


ele deve iniciar a compressão com movimentos para dentro e para cima,
simulando a letra “J”. Esse movimento deve ser executado até a saída
do corpo estranho, ou interrompido se a vítima parar de responder. Veja
a imagem a seguir.

Manobra de desobstrução de via aérea em adultos.

Em situações específicas, como em gestantes ou obesos, as


compressões devem ser realizadas em movimento único para dentro, na
parte central do tórax, similar ao local de realização das compressões
cardiopulmonares. Em crianças pequenas, a manobra deve ser feita
como nos adultos, porém, o socorrista precisa estar na mesma altura da
criança, necessitando ajoelhar-se.

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Manobra de desobstrução de via aérea em crianças.

Em bebês e recém-nascidos, o enfermeiro deve realizar a inspeção da


cavidade, na tentativa de localizar o objeto que esteja causando a
obstrução respiratória. Em seguida, deve apoiar o lactente em seu
próprio antebraço, voltando a face do bebê para baixo, com a cabeça
mais abaixo que o tronco, promovendo ao mesmo tempo a abertura das
vias aéreas com o apoio dos dois dedos da mão na face do lactente.
Após isso, deve-se efetuar cinco golpes no dorso, na região entre as
escápulas. Na sequência, transferir o lactente para o outro antebraço,
com o apoio da cabeça mais abaixo que o tórax, e fazer cinco
compressões torácicas no mesmo local de realização da ressuscitação
cardiopulmonar (RCP). Essa manobra precisa ser repetida até a saída do
corpo estranho ou não responsividade do lactente. .

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Passo 1 da manobra de desobstrução de via aérea em recém-nascidos.

Passo 2 da manobra de desobstrução de via aérea em recém-nascidos.

Caso o indivíduo adulto esteja inconsciente após a tentativa de


desobstrução da via aérea, o enfermeiro pode deitá-lo no chão ou em
uma superfície rígida e solicitar o acionamento do serviço de suporte de
emergência. Em seguida, deve iniciar manobras de RCP sem checagem
do pulso. Caso esteja sozinho, a manobra de RCP deve ser iniciada o
quanto antes. Durante a abertura das vias aéreas na manobra, esse
profissional deve observar a possível saída do corpo estranho. No
indivíduo pediátrico, nessas mesmas condições (irresponsividade), o
procedimento é o mesmo; o que difere é a técnica de RCP.

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Cuidados de enfermagem ao paciente
em emergências respiratórias
Neste vídeo, você conhecerá os tipos principais das emergências
respiratórias, assim como o atendimento específico para estes agravos.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Um adulto asfixiado torna-se não responsivo enquanto você lhe


aplica a manobra de Heimlich. Você coloca a vítima no chão e pede
para alguém acionar o sistema de atendimento de emergência
local. O que você deve fazer em seguida?

Realizar a manobra de elevação da língua e


A mandíbula, e fazer uma varredura digital durante
pelo menos dois minutos.

Iniciar RCP e, quando abrir as vias aéreas, procurar e


B remover o objeto (caso esteja visível) antes de
aplicar as ventilações de resgate.

Continuar a manobra de Heimlich até o objeto ser


C eliminado da via aérea da vítima e depois iniciar os
passos da RCP.

Deixar a vítima deitada em decúbito dorsal e


D
aguardar a saída espontânea do corpo estranho.

Realizar apenas ventilação pulmonar,


E
preferencialmente a respiração boca a boca.

Parabéns! A alternativa B está correta.

Se a vítima perder a consciência em decorrência de obstrução grave


das vias aéreas, o socorrista deverá imediatamente iniciar a RCP e
pedir para alguém ativar o serviço de emergência. Estudos

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prospectivos mostraram que o aumento efetivo da pressão nas vias


aéreas pode ser gerado por meio das compressões torácicas em
relação às compressões abdominais.

Questão 2

Quando construímos um diagnóstico de enfermagem, sempre o


interligamos a um fator relacionado. Entre as opções a seguir,
assinale a que representa o fator relacionado mais provável para a
construção do diagnóstico “troca gasosa prejudicada”:

A Aumento da pressão arterial sistêmica.

B Ferimento em região posterior sacral.

C Má alimentação.

D Dificuldade no controle do sono e repouso.

E Alteração na eliminação do dióxido de carbono.

Parabéns! A alternativa E está correta.

A insuficiência respiratória pode ser ocasionada por fatores que


impedem a troca de oxigênio pelo gás carbônico, que ocorre nos
alvéolos pulmonares. Fatores relacionados com o processo
ventilatório são mais específicos na geração da dificuldade de
entrada e saída de ar nos pulmões.

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3 - Assistência de enfermagem em emergências neurológicas.


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a importância e as etapas da
assistência de enfermagem em emergências neurológicas.

Crise epilética
As emergências neurológicas são complicações que podem gerar várias
sequelas nos indivíduos. Quanto mais tempo perdido, mais área
isquêmica esse sistema pode sofrer; os agravos precisam ser atendidos
de imediato, para salvaguardar a vida do paciente. Neste módulo serão
abordadas as emergências neurológicas mais comuns nos serviços de
urgência e emergência: as crises epiléticas e o acidente vascular
cerebral.

Um dos papéis mais importantes do sistema nervoso é


o controle que ocorre nos neurônios motores e
sensitivos, levando e trazendo informações para
diversas partes e funções do organismo. Quando
essas funções ou informações geram um espasmo
agudo, irregular, de forma anormal, podemos
caracterizar essa situação como uma crise epilética.

A duração de uma crise epilética pode ser de aproximadamente em 1


minuto, tendo perda do nível de consciência ou não. De acordo com o
Ministério da Saúde, trata-se de uma doença neurológica que pode ter
prevenção e controle em mais de 70% dos casos, que, se não tratados,

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25/03/2024, 17:05 Emergências clínicas

podem provocar traumatismos ou mesmo levar o indivíduo à morte. A


crise epilética, em sua forma mais comum de apresentação, é a
convulsão. Outros casos podem causar perda de sentidos como
paladar, olfato, percepções sensoriais, além de alterações no
comportamento, como ausência e inquietude (BRASIL, 2018, p.5).

São diversas as causas desencadeadoras da crise epilética: infecções,


traumatismos cranioencefálicos, inflamações no sistema nervoso
central, baixa oxigenação no período neonatal, consumo de álcool e
drogas ilícitas, distúrbios hidroeletrolíticos e ácido básicos, além de
fatores genéticos.

Sempre é importante o profissional avaliar o histórico e fatores


predisponentes, para auxiliar na compreensão das possíveis causas
geradoras.

As crises epiléticas em pacientes gestantes precisam ser observadas


com cautela, devido aos riscos de trauma e à possibilidade de
diminuição do aporte de oxigênio fetal, podendo causar riscos ao feto.
Já nos recém-nascidos, essas crises são caracterizadas como:

Focais
Contração muscular das extremidades e face.

Multifocais
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25/03/2024, 17:05 Emergências clínicas

Contrações em diversos grupamentos musculares.

Mioclônicas
Contrações bastante superficiais de membros, movimentos orais e
presença de tremores.

Veja a seguir os tipos de crises epiléticas e suas manifestações.

Crise parcial simples expand_more

Manifesta-se em uma parte do corpo apenas, devido ao


acometimento em um dos hemisférios cerebrais. O indivíduo
pode estar consciente.

Crise parcial complexa expand_more

Começa com a crise simples, seguida de desorientação no


tempo e espaço. Pode haver perda da consciência e acomete os
dois hemisférios cerebrais. Pode ocorrer entre os 3 anos de
idade e a adolescência. Provoca alteração do comportamento e
amnésia, hipersalivação, com episódios que duram entre 1 e 2
minutos.

Crise tônico-clônica generalizada expand_more

É mais comum em emergências. Provoca descargas neuronais


irregulares, com duração média de 30 segundos,
comprometendo os dois hemisférios, e com prováveis alterações
em exames de eletroencefalograma (EEG). Ocorre com
movimentações involuntárias dos quatro membros, aumento da
salivação, perda dos controles esfincterianos, perda da
consciência e cianose.

Mal epilético expand_more

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É caracterizado por uma duração mais longa, em torno de 5


minutos, ou por diversas crises seguidas. Manifesta-se da
mesma forma que a crise tônico-clônica generalizada.

Com relação aos exames para diagnóstico, podem ser coletados


hemograma, bioquímica, glicemia sanguínea, perfis toxicológicos (em
suspeitas de usuários de drogas), dosagens medicamentosas (no caso
de uso de medicamentos anticonvulsivantes), coleta e análise do líquido
cefalorraquidiano, além de exames radiológicos, como a tomografia
computadorizada e a ressonância magnética de crânio. A
eletroencefalografia também pode auxiliar na detecção de atividades
elétricas irregulares.

Atenção!

Para os medicamentos de escolha, destacam-se os antiepiléticos (como


a fenitoína e a carbamazepina) e os benzodiazepínicos (como o
diazepan e o clonazepan). Esses medicamentos precisam ser
analisados antes de seu uso, pois podem agravar a depressão no
sistema nervoso central. Nas crises que ultrapassam 5 minutos, pode
haver necessidade dessas drogas, acompanhadas de anestésicos e
intubação orotraqueal, devido ao rebaixamento do nível de consciência.

Nos casos de atendimento pré-hospitalar, novamente a avaliação da


cena é necessária, seguida das avaliações primária e secundária. A
possibilidade de início de oxigenoterapia é uma prerrogativa, visto que
os pacientes podem passar por períodos de desoxigenação cerebral,
sendo um ponto de agravo à saúde. É importante que, durante uma
crise, seja providenciada a proteção da cabeça e dos membros,
retirando estruturas dos entornos que possam causar algum tipo de
trauma. Se possível, retirar próteses dentárias, óculos e próteses
auditivas. A avaliação da duração e do modo da crise é importante para
melhor compreensão de seu tipo.

Após a crise, deve-se realizar aspiração de vias aéreas (se possível) e


manter a vítima em posição lateral de segurança. Caso o profissional
enfermeiro esteja preparado, poderá realizar uma punção venosa
periférica ou punção intraóssea, para a administração medicamentosa
direcionada. O transporte para uma unidade de saúde se faz necessário,
para avaliar possíveis problemas desencadeados pela crise.

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Esquema de avaliação intra-hospitalar na crise epilética.

Acidente vascular cerebral


O acidente vascular cerebral pode estar mais ligado a pessoas com
obstruções vasculares, diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica
e a idosos. Outros fatores predisponentes relacionados podem ser o uso
de cigarro, sedentarismo, acúmulo de gordura abdominal, alimentação
rica em gorduras e carboidratos, consumo excessivo de álcool, além do
estresse e da depressão. O acidente vascular pode ser classificado de
duas formas. Veja a seguir.

Isquêmico (AVCi)

Pode ocorrer devido à diminuição do fluxo vascular ocasionada


por obstruções vasculares de trombos arteriais, placas de
ateroma, êmbolos provenientes da bomba cardíaca, além de
êmbolos gasosos.

Causas: hipertensão arterial não controlada, malformação


vascular, alteração da coagulação e medicamentos.

Manifestações: Cefaleia, náuseas, vômitos, tonturas, alteração


motora, sensitiva, na linguagem, na fala, visão, nível de
consciência e hemodinâmica.

Hemorrágico (AVCh)

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Pode ocorrer devido ao aumento da pressão em região cerebral,


ocorre o rompimento de algum vaso sanguíneo dessa região. Não
somente o aumento da pressão pode ocasionar o rompimento
dos vasos, mas também as fragilidades ocasionadas por
aneurismas vasculares e malformações arteriais.

Causas: trombose de artéria, aterosclerose, microinfartos nos


hemisférios ou no tronco cerebral, estreitamento do vaso cerebral
e êmbolo proveniente do coração.

Manifestações: Os sinais e sintomas perduram por mais de 24


horas, com ou sem sequelas.

É possível também a ocorrência do ataque isquêmico transitório, com


sinais e sintomas similares aos do acidente vascular isquêmico
(alterações da fala, da visão, da coordenação, rebaixamento do nível de
consciência, náuseas, vômitos e tonturas). Eles regridem
completamente num período inferior a 24 horas, sem deixar sequelas no
paciente.

Para atendimento dessa patologia, o profissional


enfermeiro precisa interpretar os sinais e sintomas
característicos, pois o rápido atendimento minimiza as
sequelas e maximiza a recuperação.

O acionamento do serviço de emergência precisa ser ágil, para que a


central de regulação possa direcionar uma equipe preparada para o
local. A identificação precoce, somada ao transporte rápido,
possibilitará diagnóstico e tratamento adequados na unidade hospitalar.

Para identificação dos sinais característicos de acidente vascular, é


importante utilizar as escalas de reconhecimento e interpretação. Uma
escala muito utilizada nos diversos serviços de urgência e emergência é
a escala de Cincinnati, que visa identificar sinais precoces de
acometimento neurológico, direcionados aos casos de acidente
vascular. É uma escala bastante simples, que pode ser utilizada até
mesmo por pessoas sem experiência no atendimento em saúde.

AÇÃO
AVALIAÇÃO RESPOSTA NORMAL RE
SOLICITADA

Queda Pedir ao Ambos os lados do De


facial paciente rosto se movem lab

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AÇÃO
AVALIAÇÃO RESPOSTA NORMAL RE
SOLICITADA

para sorrir. normalmente.

Pedir ao
paciente
para elevar
Fraqueza os braços, Ambos os braços se
Um
nos mantendo- movem
lev
membros os normalmente.
estendidos
por 10
segundos.

Repetir uma
Difi
Fala frase, ou
Fala normal. inc
incoerente cantar uma
fal
música.

Escala de Cincinatti.
Tobase; Tomasini, 2017, p. 151.

Na realização dessa escala, na observação de apenas um dos sinais


positivos, pode-se suspeitar do acidente vascular em curso, com mais
de 70% de chances de confirmação. Caso os três sinais estejam
positivados, essa porcentagem pode subir para 80%. A agilidade na
interpretação e na rápida locomoção desse paciente para um serviço de
emergência facilita na redução de complicações e sequelas; além disso,
se for necessária uma internação, o tempo de permanência será
relativamente baixo.

Quando se trata do atendimento pré-hospitalar, é preciso sempre iniciar


pela avaliação da cena, para diferenciar o acidente vascular de outros
agravos ou traumas. As avaliações primária e secundária também são
realizadas, com a finalidade de identificar os principais problemas
circulatórios e respiratórios. A aplicação da escala de Cincinnati,
seguida da escala de coma de Glasgow (ECG), é realizada, avaliando-se
principalmente motricidade, responsividade, sensibilidade e reação
pupilar. A verificação dos sinais vitais pode auxiliar na identificação de
mal funcionamento de algum dos sistemas orgânicos.

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Paralisia facial, identificada com o uso da escala de Cincinnati.

Em sequência, o enfermeiro devidamente preparado pode realizar um


acesso venoso, ou um acesso intraósseo (na dificuldade do primeiro),
para administração de drogas anti-hipertensivas e volumes. Caso o
paciente apresente queda da temperatura, o aquecimento do corpo com
cobertor é recomendado, assim como a comunicação com a central de
regulação e o transporte até uma unidade de saúde. Uma identificação
do quadro, com devido chamamento do serviço de transporte, envio da
ambulância específica e destino ao hospital referenciado, com precisão
ao tratamento e abordagem que esse paciente receberá na unidade,
pode ser representada pelos passos denominados “8 D”: detecção,
despacho, destino, departamento de emergência, dados, decisão, droga
e disposição (TOBASE; TOMAZINI, 2017, p. 151).

Atenção!

No tratamento intra-hospitalar, a pressão arterial é um sinal vital que


precisa ser monitorado. A pressão não deve ser reduzida, a não ser que
esta esteja em níveis maiores do que 220mmHg sistólicos ou 120mmHg
diastólicos.

Casos de lesão em vasos arteriais precisam ser revistos, para que o


aumento da pressão não cause outros problemas, como edema agudo
pulmonar ou infarto agudo do miocárdico. No acidente vascular
isquêmico, a redução precisa ser gradativa, para que a perfusão cerebral
se mantenha de forma satisfatória. No acidente vascular hemorrágico,

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essa redução é mais abrupta, com tratamentos anti-hipertensivos mais


agressivos, evitando assim novos sangramentos.

O enfermeiro, compondo a equipe multiprofissional da unidade


hospitalar, precisa compreender o período crítico de atendimento desse
paciente na unidade. Esse período de abordagem se dará com seus
respectivos intervalos discriminados:

arrow_forward 10 minutos

Desde a chegada do paciente até a avaliação geral,


e a solicitação do exame radiológico de tomografia
computadorizada.

arrow_forward 25 minutos

Até a avaliação neurológica e realização da


tomografia.

arrow_forward 45 minutos

Para a interpretação da tomografia.

arrow_forward 60 minutos

Para início da terapia fibrinolítica (nos casos de


AVCi).

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flag 3 horas

Internação em unidade de tratamento intensivo


(UTI) ou unidade especializada.

Como cuidados gerais a esses pacientes, destacam-se o


monitoramento dos sinais vitais, evitando principalmente o ganho de
calor corporal e a manutenção da pressão arterial sistólica acima de
160mmHg. A oxigenação precisa manter uma porcentagem maior do
que 92% de saturação de oxigênio arterial. Caso a avaliação da escala
de coma de Glasgow esteja abaixo de 8, deverá ocorrer intubação
orotraqueal. A manutenção de acesso venoso calibroso é necessária,
com colocação de solução salina a 0,9% para reposição de volume,
assim como a monitorização da glicemia capilar.

Além desses procedimentos, um eletrocardiograma deve ser


providenciado, atentando para prováveis problemas de arritmias. O
jejum precisa ser mantido até que o paciente consiga realizar a ingesta
oral sem dificuldades. Se necessário, auxiliá-lo durante a alimentação. A
avaliação de um especialista em neurologia pode ilustrar agravamento
ou melhora do quadro clínico, se a terapia será voltada à trombólise, ou
a necessidade de uma intervenção cirúrgica para drenagem da
hemorragia (no caso do AVCh).

Veja a seguir os tipos de diagnóstico de enfermagem para o acidente


vascular cerebral.

Trombólise
Quebra de um possível trombo, causador do AVCi.

Risco de lesão expand_more

Resultados esperados: esforços do indivíduo ou do cuidador


para controlar comportamentos capazes de causar lesão física.

Intervenções principais:

Controle de ambiente: segurança.


Educação em saúde.
Controle da doença.

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Processo de pensamento perturbado expand_more

Resultados esperados: estado de alerta, orientação e atenção


em relação ao ambiente.

Intervenções principais:

Monitoramento neurológico.
Promoção da perfusão cerebral.
Monitoramento da pressão intracraniana.
Tratamento e uso de medicamentos.

Risco de aspiração expand_more

Resultados esperados: movimento de entrada e saída de ar nos


pulmões.

Intervenções principais:

Controle de vias respiratórias.


Monitoramento respiratório.
Precauções contra aspiração.

Comunicação verbal prejudicada expand_more

Resultados esperados: capacidade para receber, interpretar e


expressar mensagens faladas, escritas e não verbais.

Intervenções principais:

Controle do ambiente.
Melhora da comunicação.
Redução da ansiedade.

Perfusão tissular cerebral ineficaz expand_more

Resultados esperados:

1. Fluxo sanguíneo unidirecional, livre de obstruções e com


pressão adequada nos grandes vasos da circulação

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sistêmica e pulmonar.
2. Estado de alerta, orientação e atenção em relação ao
ambiente.
3. Adequação do fluxo sanguíneo nos vasos cerebrais para a
manutenção da função cerebral.

Intervenções principais:

1. Promoção da perfusão cerebral.


2. Monitoramento neurológico, oxigenoterapia e
posicionamento neurológico.
3. Precaução contra convulsões e reanimação
cardiopulmonar.

video_library
Cuidados de enfermagem ao paciente
em emergências neurológicas.
Neste vídeo, você conhecerá os tipos principais das emergências
neurológicas, assim como o atendimento específico para estes agravos.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Em uma unidade de urgência e emergência, os profissionais de


saúde precisam identificar com brevidade os sinais de uma crise
epilética. A característica de uma crise epilética parcial simples é:

A Manifesta-se em uma parte do corpo apenas.

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Ocorrem movimentos involuntários dos quatro


B
membros.

C O indivíduo permanece inconsciente.

D Uma das emergências mais comuns.

E O paciente apresenta relaxamento esfincteriano.

Parabéns! A alternativa A está correta.

A crise epilética pode se apresentar de diversas formas, desde as


mais simples (crise epilética parcial simples) até as mais
complexas, com acometimentos neurológicos mais graves, como
queda do nível de consciência e relaxamento esfincteriano (mal
epilético, crise tônico-clônica).

Questão 2

Aplicar a avaliação correta em uma emergência neurológica faz-se


necessário. Entre as escalas para avaliação do acidente vascular,
aquela que apresenta mais facilidade de utilização é:

A Escala de coma de Glasgow.

B Escala de Cincinnati.

C Escala de Morse.

D Escala de Braden.

E Escala de Ramsay.

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Parabéns! A alternativa B está correta.

A escala de Cincinnati é a mais utilizada para a interpretação dos


casos de acidente vascular. Ela pode ser utilizada até por pessoas
leigas, que não passaram por treinamento em serviços de saúde. As
escalas de Morse são utilizadas para risco de quedas em
ambientes hospitalares, assim como a escala de Braden, que avalia
lesões por pressão. A escala de Ramsay avalia o nível de sedação
dos pacientes em UTI. Todas as escalas são utilizadas nos
ambientes hospitalares, sendo a de Cincinnati mais específica do
AVC.

4 - Assistência de enfermagem em emergências renais e


metabólicas
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a importância e as etapas da
assistência de enfermagem em emergências renais e metabólicas.

Emergências renais
Os transtornos renais e metabólicos são comuns no atendimento de
urgência e emergência, e em alguns momentos se interligam. Podem se
apresentar sob a forma de uma sobrecarga do funcionamento urinário
por obstrução (calculose renal), paralisação do funcionamento renal
(insuficiência renal aguda), causando disfunções metabólicas

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importantes, como o aumento da acidez sanguínea (acidose) ou da


basicidade (alcalose). Veja mais a seguir.

Calculose renal
Quando um paciente procura o serviço de urgência e emergência devido
a problemas urinários, geralmente apresenta maior dificuldade em reter
líquidos, dificultando o trabalho adequado da filtração renal. Nesse caso,
excretas como cristais de oxalato de cálcio podem se acumular no
trajeto urinário, mais especificamente no ureter, ocasionando o que
conhecemos como “cálculo renal” ou, em termos técnicos, litíase renal.
Outras substâncias que podem se acumular no trato urinário são o ácido
úrico e o fosfato de cálcio. Os pacientes procuram os serviços
queixando-se de dores intensas em região lombar.

Os principais distúrbios responsáveis pela formação desses cálculos


são os distúrbios metabólicos, infecções urinárias, além do pH urinário e
do volume de diurese.

O uso de medicamentos como antirretrovirais (aciclovir e indinavir) e


antibacterianos (sulfadiazina) é fator de risco que pode acelerar o
agravo, bem como histórias prévias de acúmulos, além de hipertensão,
diabetes, obesidade e questões dietéticas.

Uma importante alteração na formação da litíase renal é a hipocitratúria,


que pode ser determinante em pacientes com acidose metabólica.

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Nessa situação, o citrato é um importante inibidor de cálculos e sua


concentração diminuída promove a formação desse agravo. Em outros
casos, o pH extremamente alcalino também auxilia na formação de
cálculos renais, pois a urina alcalina contribui para a formação de
cristais de fosfato de cálcio nos túbulos renais distais (JAMESON, 2020,
p. 7759).

O enfermeiro deve estar atento a sinais de obstrução urinária, hematúria,


dor abdominal e em flancos, alterações do jato urinário, dor peniana e
testicular. Os cálculos menores podem ser assintomáticos, ocasionando
hematúria microscópica, que pode ser identificada no exame de urina. O
cálculo de maior volume pode ocasionar dor de maior intensidade,
hematúria maciça, e até mesmo hidronefrose. Pode haver, também,
náusea e vômito.

Hematúria
Presença de sangue na urina.

Hidronefrose
Dilatação renal causada por alguma obstrução.

Exames como o Rx de abdome e o ultrassom podem auxiliar na


interpretação desse agravo.

É importante o diálogo com a equipe multidisciplinar, porque assim o


enfermeiro pode sugerir a realização de outros exames, como

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tomografia computadorizada, que oferece maior probabilidade de


identificação da patologia.

A avaliação metabólica, com a coleta de exames de sangue, somada a


exames de urina, pode orientar melhor o acompanhamento deste
paciente.

Para o tratamento e acompanhamento desse agravo, recomenda-se a


realização de analgesia com opioides (morfina, cloridrato de tramadol) e
anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), que auxiliam bastante no
controle da dor. Pacientes com diagnóstico de gravidez ectópica,
aneurisma de aorta, infecção urinária e obstrução severa renal precisam
ser acompanhados e monitorizados em tempo integral, evitando
complicações que podem se confundir com os sinais e sintomas de
ureterolitíase.

Atenção!
A perda da função renal pode ocorrer caso a obstrução não seja
controlada. Nos casos mais avançados, em que o cálculo tem um
diâmetro maior do que 10mm, será necessária a realização de
procedimento cirúrgico para remoção, como a ureterolitotripsia
percutânea, com implantação de cateter duplo J, que vai auxiliar na
remoção dos cálculos, evitando lacerações durante a passagem das
micropartículas de oxalato pelo ureter até a bexiga.

Insuficiência renal aguda


Nos atendimentos de urgência e emergência há três categorias
principais de distúrbio que provocam a insuficiência renal aguda:

Pré-renal

Hipoperfusão do rim em decorrência de problemas no fluxo


sanguíneo, como, por exemplo, hemorragias, desempenho
cardiovascular comprometido, obstrução das artérias renais por
coágulos sanguíneos, queimaduras e pancreatite aguda (estas
duas últimas causam perda volêmica para o terceiro espaço).

Intrarrenal

Lesão do tecido renal, como nos casos de queimaduras no


parênquima renal, esmagamento, infecções renais, reações

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transfusionais, nefrites tubulares causadas por drogas, além de


necrose cortical.

Pós-renal

Obstrução do fluxo urinário por litíase renal, hipertrofia prostática


e estenoses uretrais (MURAKAMI; SANTOS, 2017, p. 206).

Para a identificação dos quadros de insuficiência renal aguda nas


unidades de urgência e emergência, é necessário determinar as causas
que levam a tal problema, corrigi-las e monitorar sua evolução.
Inicialmente o paciente pode evoluir de forma assintomática, seguida de
mal-estar geral, diarreia e vômitos, tonturas, tremores, dores lombares e
problemas neurológicos, como confusão mental, sonolência e letargia.
O paciente pode apresentar inicialmente oligúria e, com o agravamento
do quadro, anúria.

O diagnóstico e a classificação das insuficiências renais são realizados


por meio de exames laboratoriais, juntamente com anamnese e
histórico do paciente. Alterações em exames urinários – glicosúria,
proteinúria, hematúria, leucocitúria, bacteriúria, cilindrúria e cristalúria –
e bioquímicos – sódio, potássio, bicarbonato e cloro –, além da prova de
função renal, que avalia as concentrações sanguíneas de ureia e
creatinina, auxiliam a identificar sofrimento renal e a taxa de filtração
renal diminuída.

Oligúria
Diminuição do volume urinário abaixo de 400ml/24 horas.

Anúria
Diminuição do volume urinário abaixo de 50ml/24 horas.

Saiba mais

Para auxiliar na classificação de gravidade da insuficiência renal e


auxiliar o profissional na tomada de decisão quanto aos cuidados ao
paciente, há as escalas RIFLE e AKIN (Acute Kidney Injury Network –
Rede de Lesão Renal Aguda), utilizadas internacionalmente pela
Sociedade Internacional de Nefrologia.

Na tabela, a seguir, você poderá ver a classificação do risco de lesão


renal.

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CLASSIFICAÇÃO TAXA DE FILTRAÇÃO


DIURESE
DO RISCO DE RENAL
(EM VOLUM
LESÃO RENAL (EM NÍVEL GLOMERULAR)

Aumento da creatinina x
< 0,5ml/kg/h
Risco (Risk) 1,5 ou diminuição da TFG
horas
> 25%

Aumento da Creatinina x 2
< 0,5ml/kg/h
Lesão (Injury) ou diminuição da TFG >
horas
50%

Aumento da creatinina x 3 Aumento da


Falência ou diminuição da TFG > ou diminuiç
(Failure) 75% ou creatinina > 4 75% ou crea
mg/dL mg/dL

IRA persistente: perda


Perda (Loss) completa da função renal Baixa (< 35m
> 4 semanas

Insuficiência
renal terminal Insuficiência renal
(End Stage terminal (> 3 meses)
Renal Disease)

Tabela: Classificação do risco de lesão renal.


Murakami; Santos, 2017. p. 208.

O tratamento para a insuficiência renal aguda consiste no controle


hídrico pela expansão volêmica e hidratação, no uso de medicamentos
diuréticos (quando indicado), em não utilização de drogas que agravem
o funcionamento do rim, em administração de dietas hipocalêmicas e
hipossódicas (quando houver necessidade) e no uso de medicamentos
vasopressores em situações de choque.

Caso esse tratamento não consiga reverter o quadro clínico instalado, a


diálise será o tratamento de escolha, para tentativa de
reestabelecimento da função renal.

Hipocalêmicas
Com baixa concentração de potássio.

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Hipossódicas
Com baixo teor de sódio.

Distúrbios no equilíbrio ácido básico


A regulação do balanço de íons hidrogênio no organismo precisa estar
alinhada, para que a ingestão e a produção estejam equilibradas com a
eliminação e/ou a excreção. Existem diversos mecanismos de
regulação e eliminação dos íons H+ no corpo, como, por exemplo, a
função renal, que faz esse controle por meio da filtração glomerular.
Além disso, existem diversas reações de tamponamento ácido básico
envolvendo o sangue, as células e os pulmões, que realizam o controle e
a manutenção do equilíbrio da homeostase (GUYTON; HALL 2020, p.
401).

Esse equilíbrio é mantido conservando a proporção entre ácidos e


bases, e é realizado em conjunto com três principais sistemas:
respiratório, renal e metabólico. Veja a seguir.

Sistema respiratório expand_more

O sistema respiratório controla a eliminação do CO2 do corpo,


aumentando ou diminuindo as incursões respiratórias,
eliminando os excessos do gás e normalizando o pH.

Sistema renal expand_more

O sistema renal é mais vagaroso, pois começa a sua


compensação alguns dias depois da alteração, quando o
desequilíbrio ácido básico já se iniciou, e pode agir excretando
íons hidrogênio ou reabsorvendo íons bicarbonato. Em pacientes
críticos com insuficiência renal, é nítida a dificuldade em realizar
essa manutenção.

Sistema tampão expand_more

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O controle metabólico também é conhecido como sistema


tampão, com a neutralização de ácidos e bases, deslocando-os
dentro do organismo, entre líquidos e nos espaços intra e
extracelulares. É um sistema extremamente rápido e eficaz;
contudo, não remove os ácidos do organismo, apenas
movimenta-os de um lugar mais concentrado para um de menor
concentração. Se o agravo causador do problema permanece, o
desequilíbrio entre ácidos e bases se instala, gerando dois tipos
mais comuns: o desequilíbrio primário ou simples e o
desequilíbrio misto.

No desequilíbrio primário, o pH se altera por conta de um único sistema


corporal (respiratório ou metabólico). Já no distúrbio misto ocorre a
alteração do pH e de dois sistemas orgânicos, em proporção. No
distúrbio primário, encontramos a acidose metabólica, acidose
respiratória, a alcalose metabólica e a alcalose respiratória.

O valor do pH sanguíneo na dosagem laboratorial normal está em torno


de 7,35 a 7,45. Quando os valores estão abaixo desse parâmetro,
podemos dizer que o paciente está com acidose. Quando está acima,
podemos identificar uma alcalose. O enfermeiro está capacitado a
identificar essas alterações, que podem ocorrer de modo metabólico e
respiratório. Veja a tabela a seguir.

pH H+ PC

Normal 7,35 a 7,45 40mEq/L 4

Acidose respiratória

Alcalose respiratória

Acidose metabólica

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pH H+ PC

Alcalose metabólica

Tabela: Características dos distúrbios ácido-base primários.


Guyton; Hall, 2020, p. 1248.

Veja a seguir um pouco mais sobre cada uma das alterações.

Acidose metabólica expand_more

No caso da acidose metabólica, o pH está com valores abaixo da


média estipulada, causado principalmente por queda na

concentração sanguínea de HCO3-, por aumento em sua


produção ou perdas excessivas de bases, como o bicarbonato.
As principais causas da acidose metabólica encontrada nos
serviços de emergência podem ser diabetes, fome prolongada,
alcoolismo, diminuição da oferta de oxigênio sanguíneo devido
ao choque, sepse ou convulsões, intoxicações com metanol e
salicilatos, insuficiência renal aguda e rabdomiólise.

Na unidade de urgência e emergência, o enfermeiro precisa estar


atento aos sinais e sintomas mais comuns, como
hiperventilação, respiração de Kussmaul, hálito cetônico,
dispneia, hipotensão arterial, cefaleia, arritmias cardíacas e
alterações neurológicas, como confusão e coma. Esse
profissional precisa estar atento à oferta de O2 para o paciente,

ao controle na administração de soluções contendo HCO3- , à


avaliação laboratorial de rotina e ao controle dos sinais vitais.

Alcalose metabólica expand_more

Na alcalose metabólica, o pH está acima dos valores médios (>


7,45), ocasionado pelo aumento na concentração sanguínea do

bicarbonato (HCO3-). Sua apresentação é bem similar aos


distúrbios eletrolíticos, como a hipocalemia, hipomagnesemia e
até mesmo a hipovolemia. Sinais e sintomas que mais
acometem os pacientes são os espasmos musculares

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25/03/2024, 17:05 Emergências clínicas

involuntários, as câimbras, tetania, convulsões e alterações do


estado sensorial.

Para esse agravo, é necessária a correção da alcalinização

sanguínea. Pode ser realizada com a reposição de K+ (nos casos


de hipocalemia), reposição de solução fisiológica ou de
expansores plasmáticos (em casos de hipovolemia). Em
situações de aumento na secreção gástrica, como vômitos e
drenagens, podem ser utilizados medicamentos inibidores de
secreção gástrica. Nas situações de maior gravidade, a diálise
renal pode ser utilizada, com a finalidade de remover o excesso
do íon bicarbonato, como também de corrigir o cloreto na
corrente sanguínea.

Acidose respiratória expand_more

Quando o problema gerador do aumento da acidez é causado


pelo déficit no funcionamento respiratório, pode ocorrer a
acidose respiratória, em que o pH diminui em valores abaixo de
7,35, devido ao aumento na pressão de CO2, provocada por

problemas causadores de hipoventilação, dificultando a


eliminação desse gás.

Nos distúrbios patológicos, o enfermeiro pode identificar, no


exame físico, situações agudas, como confusão, agitação
psicomotora devido à hipóxia, aumento da pressão intracraniana
(PIC), arritmias e hipertensão arterial. Em casos mais tardios, a
tentativa de compensação do quadro pode ser feita com
taquidispneia e hipotensão arterial. O tratamento para esse
agravo consiste na correção do padrão respiratório, com
administração de oxigênio para reversão dos quadros de hipóxia.
A instalação de uma via aérea definitiva pode ser necessária,
com o controle e a observação constantes dos padrões
respiratórios durante a permanência nessa situação.

Alcalose respiratória expand_more

Na alcalose respiratória, o pH aumenta em valores acima de 7,45,


por causa da redução na pressão de CO2 devido à

hiperventilação ocasionada por patologias ou tratamentos


(como o utilizado na redução da pressão intracraniana). O
paciente pode apresentar alteração do nível de consciência,

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parestesias, convulsões, arritmias ventriculares e atriais, além de


excessivo estímulo neuromuscular, chegando até ao coma.

Os problemas causadores da alcalose metabólica podem ser


gerados por vários sistemas orgânicos, como a hipóxia (em
altitudes elevadas ou insuficiências cardíacas congestivas),
insuficiência hepática, infecções por germes gram-negativos,
tumores, traumas, ajustes inadequados do ventilador mecânico,
gravidez (com o aumento do hormônio progesterona), doenças
pulmonares (embolia pulmonar, fibrose, edema e pneumonia).

Nas emergências clínicas o enfermeiro precisa ter conhecimento dos


parâmetros eletrolíticos para supervisionar a correção do distúrbio com
oxigenoterapia, e até mesmo orientar o paciente na realização de
exercícios respiratórios para minimizar a ansiedade e o desconforto
ventilatório.

DISTÚRBIO pH HCO3- PaCO2

Acidose metabólica < 7,35 < 22 N

Alcalose metabólica > 7,45 > 26 N

Acidose respiratória < 7,35 Normal Alta (>

Alcalose respiratória > 7,45 Normal Baixa (

Tabela: Principais distúrbios ácido-básicos.


Viana Witakers et al, 2020. p. 194.

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Emergências metabólicas
Neste vídeo, você conhecerá os tipos principais das emergências
metabólicas, assim como o atendimento específico para estes agravos.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Uma prescrição de cuidados aos pacientes renais é o controle da


diurese. Caso o enfermeiro identifique a diminuição de volume
urinário, abaixo de 50ml em 24 horas, essa situação recebe o nome
de

A hematúria.

B disúria.

C poliúria.

D anúria.

E oligúria.

Parabéns! A alternativa D está correta.

O sangramento urinário, que pode ser ocasionado por calculose


renal ou lesão renal, denomina-se hematúria. A disúria é um termo
técnico correspondente à sensação de dor ao urinar. A poliúria é o
volume aumentado de urina. Na insuficiência renal, sinais podem
ser apresentados, como a anúria, que consiste no volume urinário
menor do que 50ml em 24 horas e a oligúria, em que o volume
diário é menor do que 400ml.

Questão 2

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O paciente renal precisa ser assistido individualmente e com


qualidade. São cuidados de enfermagem que se deve ter com o
paciente que apresenta insuficiência renal:

Aumentar a ingesta hídrica, em casos de falência no


A
funcionamento renal.

Incentivar lanches hipocalórios, hiperproteicos,


B normosódicos e ricos em potássio, entre as
refeições.

C Estimular o uso de medicamentos nefrotóxicos.

Ajudar o paciente a identificar as maneiras de


D incorporar as alterações relacionadas com a doença
e seu tratamento no estilo de vida.

Estimular ingesta de suplementos que contenham


E
creatina.

Parabéns! A alternativa D está correta.

A identificação das fontes de ingestão dos líquidos favorece o


controle de entrada e saída de volumes no paciente renal, além de
ser uma forma importante de orientar os pacientes com relação a
sua saúde. Alimentos hipercalóricos, hiperproteicos e ricos em
potássio podem prejudicar o paciente que apresenta alterações na
filtração glomerular, com possível insuficiência renal instalada. Da
mesma forma, alguns medicamentos podem comprometer o
funcionamento renal.

Considerações finais

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As variações na fisiologia devido ao agravo de doenças ou utilização


contínua de terapias podem causar transtornos cardiovasculares,
respiratórios, neurológicos, renais e metabólicos. Essas situações, se
não forem bem abordadas nos serviços de pronto atendimento, podem
evoluir com gravidade e até com risco de morte.

A avaliação feita pelo enfermeiro, assim como a adoção das etapas do


processo de enfermagem – coleta de dados, histórico, exame físico,
diagnóstico de enfermagem, implementação e avaliação –, facilitam a
interpretação de problemas apresentados pelo paciente que busca uma
unidade de urgência e emergência.

Trabalhando em conjunto com a equipe multidisciplinar, e adotando as


condutas assertivas, certamente o profissional estará colaborando para
oferecer ao paciente as melhores condições de atendimento.

headset
Podcast
Neste podcast, você ouvirá sobre como o enfermeiro lida com as
emergências clínicas atualmente.

Explore +
No portal regional da Biblioteca Virtual em Saúde, pesquise o artigo
“Recomendações para o atendimento de pacientes suspeitos ou
confirmados COVID-19, pelas equipes de enfermagem de serviços de
emergência (pré-hospitalar fixo e intra-hospitalar)”.

No mesmo portal, leia o artigo intitulado “Eletrocardiograma na prática


do enfermeiro em urgência e emergência”, de Lívia da Silva Firmino dos
Santos e outros.

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Referências
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2020 para RCP e ACE – USA, 2020. In: Emergency Cardiovascular Care
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BRUNTON, L.L.; CHABNER, B.A.; KNOLLMANN, B.C. As bases


farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman [recurso
eletrônico]. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.

CHANES, M. SAE descomplicada. 1. ed. São Paulo: Guanabara Koogan,


2018.

GUYTON, A.C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2020

JAMESON, J. L. et al. Medicina interna de Harrison. 20. ed. Porto Alegre:


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MARTINS, H. S.; DAMASCENO, M. C. de T.; AWADA, S. B. Pronto­-socorro:


medicina de emergência. São Paulo­: Manole, 2013.

MURAKAMI, B. M.; SANTOS, E. R. dos. Enfermagem em terapia


intensiva. São Paulo: Manole, 2015.

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. 7ª. diretriz brasileira de


hipertensão arterial. In: Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 107, n. 3,
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VIANA, R. A. P. P.; WHITAKER, I. Y.; ZANEI, S. S. V. Enfermagem em


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