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Objectivo geral
Objectivos específicos
Apresenta-se como uma solução com fortes argumentos no que toca a automação,
mecanização, optimização e rentabilização de processos da construção, carências de mão-
de-obra em comparação com a construção tradicional, prazos de execução e impactos
ambientais, controlo de qualidade e consumos energéticos.
Podem ser obtidos elementos pré-fabricados usando como matéria-prima três tipos
principais de materiais: o betão, o metal e a madeira.
Hoje a pré-fabricação é vista como uma alternativa da construção tradicional, em que parte
dos elementos é pré-fabricada em indústrias especializadas, sendo depois colocados em
obra de modo a se assemelharem o mais possível às estruturas tradicionais. A indústria da
construção requer uma vasta gama de escolhas na selecção dos componentes de edifícios.
A pré-fabricação não deve ser vista apenas como uma variação da construção tradicional,
com as suas técnicas de betonagem in situ. Todos os sistemas de construção têm as suas
características que de uma forma ou de outra influenciam o aspecto final do edifício, a
altura do mesmo, a estabilidade, etc.
Ano Acontecimento
1895 Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado - Construção de
Weavne´s Mill, em Inglaterra.
1900 Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas
(elementos com dimensões de aproximadamente 1,20m de altura, 5,10m de largura e
0,05m de espessura) - Estados Unidos da América
1904 Arquitecto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-fabricados
Inglaterra
1905 Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares-Estados Unidos
da América.
1906 Início da execução daqueles que devem ser considerados os primeiros elementos
pré-fabricados -vigas treliça “Visintini” e estacas de betão armado, na Europa
1907 Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram pré-
fabricados executados no estaleiro de obras – Estados Unidos da América
1907 Execução das primeiras aplicações do processo “tilt up”, no qual as paredes são
fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Estados Unidos da América
Desde o final de 1910 até pouco depois do final da segunda guerra mundial (1950), o
desenvolvimento da pré-fabricação acompanhou o desenvolvimento do betão armado.
Dessa forma, vários autores apontam o período pós guerra como o início da utilização de
pré- fabricados. Nesse período foi necessário construir em grande escala, sobre tudo na
Europa, devido a devastação provocada pela guerra, sendo a pré-fabricação uma forma
eficiente de dar resposta às necessidades exigidas.
O período compreendido entre 1950 e 1970 ficou caracterizado pela necessidade de serem
construídos diversos edifícios, tanto habitacionais como escolares, hospitalares e industriais
e pontes devido à devastação provocada pela segunda guerra mundial.
Já o período compreendido entre 1970 e 1980 ficou marcado pela rejeição social para com
os edifícios pré-fabricados, como consequência de acidentes resultantes da aplicação dos
mesmos (acidente no Edifício "Ronan Point" em Inglaterra, que ruiu após explosão de uma
botija de gás). Este contexto deu origem ao declínio dos sistemas pré-fabricados de ciclo
fechado de produção.
Figura 3 - Edifício “Ronan Point (explosão de gás no 18° andar gerou um colapso progressivo)
Após 1980, foi a fase que ficou marcada pela demolição de grandes conjuntos habitacionais
e pela consolidação da construção em ciclo aberto (fabricação de elementos para várias
empresas). Esse período ficou caracterizado pela padronização e consolidação de
componentes pré-fabricados.
Processo industrial
As peças a serem industrializadas devem ser projectadas pelo arquitecto da obra, com o
aval do engenheiro responsável. Na indústria, as peças são fabricadas e transportadas para o
local da obra. Geralmente, essas fábricas que moldam as peças contêm modelos prontos,
desenvolvidos por arquitectos projectistas da própria empresa, para servir de opção aos
clientes.
Após a fabricação dessas peças, elas são transportadas ao local da obra, muitas vezes
acompanham um manual para a montagem, com o passo a passo de cada peça como uma
espécie de “quebra-cabeça” (principalmente quando da utilização dos pré-fabricados em
aço, que em diversos casos precisa haver o encaixe das peças de modo específico).
O uso da madeira, embora seja associada ao desmatamento, nem sempre é obtido por esse
método. Para se obter a madeira a ser utilizada na construção por um meio ambientalmente
mais correto, recomendam-se os produtos derivados de madeira certificada, como
laminados, painéis em MDF, madeira ecológica, dentre outros. Na construção civil, a
madeira constitui um importante material para quem opta por construir a partir da
industrialização de todo o processo da obra.
O aço é uma tendência inovadora nesta área, haja vista a necessidade de um material que
sirva de opção para substituir a madeira (com o pressuposto da consciência ambiental) e
que, ao mesmo tempo, não dificulte o trabalho de engenheiros e arquitectos. Ademais, o
aço é um material de construção caracterizado por sua resistência e acentuado módulo de
elasticidade (Aço A-36, por exemplo, possui E = 200 [GPa]), configurando ser um material
sólido de elevada rigidez.
Outro método industrializado de construção tem como material principal o concreto. Tal
método tem uma aceitação maior no mercado, pois muitas pessoas concluem que o uso do
concreto garante uma segurança maior e é mais confiável, quando comparado ao aço ou
madeira. Isto porque o uso maior e mais tradicional do concreto em alvenarias dão a correta
impressão que este material tem maior durabilidade. Em posse de conhecimento técnico,
pode-se inferir que o concreto tem menos propensão a sofrer com o intemperismo que os
demais materiais, entretanto sabe-se que o aço, por possuir módulo de elasticidade cerca de
oito vezes superior a do concreto (Econcreto = 25 [GPa], em média), é mais resistente às
tensões que a estrutura é submetida.
Paredes inteiras de concreto e vigas pré-moldadas também deste material são os principais
constituintes de uma obra pré-fabricada em concreto (Figura 5).
De certo modo a posição de transporte das peças deve ser a mesma do armazenamento.
Deve-se utilizar dispositivos de apoio como cavaletes, caibros ou vigotas, constituídos ou
revestidos de material suficientemente macio para não danificar as peças.
Considerando que o transporte pode ser apenas feito através das rodovias, o deslocamento
das peças deve ser feito por caminhões, carretas e carretas especiais também conhecidas
como extensivas, caso este só aplicado a peças especiais com o comprimento elevado
(figura 4).
As limitações que possam ocorrer nesta etapa são decorrentes dos gabaritos de transporte, o
comprimento das peças, o peso dos elementos e principalmente à distância a percorrer.
Quanto ao comprimento, pode-se transportar elementos de até 30m, sendo este um valor de
referência para a indústria de pré-fabricados, em certos casos este valor pode chegar aos
40m ou mais. Na figura 5 pode-se ver um exemplo de carreta com 12,50m de comprimento,
enquanto na figura 6 o transporte de uma coluna com 16,70m.