Você está na página 1de 28

APRESENTAÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo auxiliar os Oficiais de Loja


no desenvolvimento de suas atribuições específicas, em conformidade com os Rituais,
Regulamentos e instrumentos normativos da Grande Loja Maçônica de Mato Grosso.

A Maçonaria é uma ciência para ser estudada, meditada e


compreendida, caso contrário será uma instituição inócua e sem finalidade.

O Venerável Mestre que consegue contar com a colaboração e a


iniciativa de todos os titulares dos cargos e das Comissões consegue tornar visível o seu
trabalho com mais facilidade.

A manutenção das tradições, usos e costumes é a razão pela qual se


procura transmitir experiências basilares e imprescindíveis que constituem a memória
da Maçonaria. Daí a razão e a preocupação do Grão-Mestrado em editar este MANUAL
DE CARGOS EM LOJA - Funções e Atribuições.

Os Veneráveis Mestres e os Obreiros das Lojas Jurisdicionadas


devem prestigiar e entusiasmar as Oficinas para a realização de bons trabalhos
maçônicos para honra e glória do Grande Arquiteto do Universo.
VENERÁVEL MESTRE

CONSIDERAÇÕES GERAIS

O VENERÁVEL MESTRE, como Presidente de uma Loja


Simbólica, é o principal responsável por sua administração, cabendo-lhe
representá-la junto ao Poder Civil e à Grande Loja Maçônica do Estado de
Mato Grosso.

É o Guia da Fraternidade, devendo ser sublime e majestoso, por ser


o coordenador de um conjunto de ideias nobres, cujo objetivo precípuo é
ascender ao caminho do aperfeiçoamento.

Ao ser investido na função e receber o honroso título de Guia da


Fraternidade, assume o compromisso de transformar-se em harmonizador e unificador
de ideias, adaptando-se para bem exercer a nobre missão de governar sem isenção com
total isenção.

Sua conduta e predicados morais devem servir de exemplo aos que


dirige e de prestígio da Loja e da Ordem Maçônica

Sua inteligência, instrução geral e maçônica devem corresponder ao


elevado posto que ocupa, a fim de que sua autoridade seja sagrada e inviolável.

Sua delicadeza e doçura no trato com os Irmãos devem aliar-se à


incorruptível firmeza de caráter e à energia serena para exigir de todos a integral
observância das Leis.

O VENERÁVEL MESTRE é aquele que tem a missão exata do


equilíbrio e da equidade nas decisões que a Loja deve tomar, não demonstrando jamais
qual o rumo pessoal que gostaria que pendesse o desfecho.

Jamais poderá tomar partido ou influenciar resultados. Por tudo isto,


a Maçonaria se torna a "Grande Universidade da Vida", que ensina como se deve
dirigir, conviver e proceder.

Aspectos Objetivos do Cargo

O VENERÁVEL MESTRE deve servir de exemplo em todas as


situações, de tal maneira que seus atos sirvam de regra geral, tendo como parâmetro de
suas ações o esquadro e o compasso, ou seja, a retidão e a exatidão perfeitas.

Para o bom desempenho do cargo são importantes o conhecimento


maçônico e o senso da Razão, por serem o grande impulsor das suas atitudes, em que a
Legislação, a Liturgia, o Simbolismo, a Fraternidade e a Solidariedade sejam os
verdadeiros sustentáculos.
O VENERÁVEL MESTRE não deve falar muito e, nem se louvar
nos exemplos profanos, mesmo que de experiências bem-sucedidas, posto que, tendo a
Maçonaria leis próprias, qualquer atitude de fora desvirtuará seus métodos.

As táticas profanas com a finalidade de aprovar ou recusar uma


proposta ou ideia são incompatíveis com o espírito maçônico e jamais o Guia da
Fraternidade deverá admitir esse desvirtuamento.

Para atingir o elevado cargo de VENERÁVEL MESTRE é preciso


"paciência" e "humildade”, sem forçar situações e pelo menos já ter ocupado cargos e
ter sido Vigilante, a fim de adquirir experiência e vivência, para depois almejar ser o
Guia da Fraternidade.

Sem ter demonstrado capacidade maçônica, não deve um Irmão


pretender ser o VENERÁVEL MESTRE de sua Loja.

Aspectos Subjetivos do Cargo

Os poderes adquiridos pelo VENERÁVEL MESTRE ao ser-lhe


concedida a graça e a condição de Guia da Fraternidade, face aos compromissos
assumidos perante seus pares, enchem-lhe de responsabilidades que jamais permitirão,
convenientemente, fugir aos sãos princípios da Moral e da Razão, uma vez que o cargo
exige uma linha equilibrada, cujo resultado configure a obra realizada para honra e
glória do Grande Arquiteto do Universo.

Dos 25 Landmarks, adotados pela GLEMT, um deles, o de número


10, assim o expressa: "O Governo da Fraternidade, quando congregado em Loja por um
VENERÁVEL MESTRE e dois Vigilantes é também um Landmark."

O LANDMARK é uma norma antiga, um hábito maçônico do


passado, que através dos séculos se transformou em lei.

No passado nada se escrevia, tudo era transmitido de boca a ouvido,


razão por que são considerados como lei não escrita, ou seja, consuetudinário.

A palavra "Loja" que significa "governo da fraternidade


congregado", encerrando o sentido vocabular de congraçado, harmonizado, para atingir
as boas graças ou melhor dizendo, que o VENERÁVEL MESTRE e os dois Vigilantes
sintetizam todos os Irmãos da Loja, representando as forças geradoras de uma obra da
criação - força positiva, força negativa e a neutra.

Em Maçonaria, "governar" compreende-se duplo sentido, ou seja,


exercer a autoridade espiritual, face ao poder que lhe foi outorgado por quem de direito;
em segundo, administrá-la, em companhia dos Vigilantes e demais Irmãos. Assim, o
VENERÁVEL MESTRE localizado no Oriente, mundo divino dos princípios, local da
Sabedoria, donde provém a Luz, espelha que as decisões são extremamente internas,
particulares e incontestáveis, posto que, embasadas na Razão e na Justiça.

Em Maçonaria, a tradição fala mais alto, cujo princípio surgiu ao


natural, sem se saber de onde, nem quando, mas, com certeza, com bases sólidas
assentadas no primordial, no Totem simbólico e protetor de nossa coletividade, que
originou tudo o que se pode denominar "ORDEM MAÇÔNICA".

Funções do Venerável Mestre

O VENERÁVEL MESTRE exerce duas funções bastante distintas:


uma, de gerenciar ao administrar a Loja, semelhante a uma instituição profana que,
obrigatoriamente, possui registros como uma sociedade comum, que tem patrimônio,
que tem responsabilidades a cumprir; a outra, refere-se ao governo da Loja, no Templo,
a fim de atender os objetivos iniciativos.

Compete ao Venerável Mestre:

01. Instruir-se nas Leis e tradições maçônicas, estudando os


Landmarks, Constituição e Regulamento Geral da Ordem da
Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso, Rituais do
Rito Escocês Antigo e Aceito, bem assim, as deliberações de
quaisquer de seus órgãos e da própria Loja;

02. Dirigir a Loja em toda a sua plenitude, consciência e zelo;

03. Ser o guardião da Carta Constitutiva, conduzindo-a aos trabalhos


para abertura e encerramento, de acordo com o Ritual, dirigi-los,
mantendo a ordem e a disciplina;

04. Nomear seus auxiliares administrativos e litúrgicos, bem assim,


as Comissões, para o bom funcionamento da Loja;

05. Proceder as eleições regulamentares, constituindo a Mesa


Eleitoral com o Guarda da Lei e o Secretário, realizando a
apuração devida e proclamando o resultado à Loja;

06. Verificar a coleta da Bolsa de Propostas e Informações,


convidando para assisti-la o Orador e Secretário, e, em seguida
decifrar as colunas gravadas aí encontradas e dando-lhe o
conveniente destino;

07. Informar, com a devida antecedência, o seu substituto quando do


impedimento de comparecer e dirigir os trabalhos em Loja;

08. Passar o Malhete da Sabedoria ao seu substituto presente, quando


tenha que tomar parte em qualquer discussão, voltando a ocupar
o seu lugar depois da discussão e da votação do assunto
discutido;

09. Retirar a palavra ou cassá-la, quando algum Irmão se tornar


inoportuno, a bem da Loja, não permitindo diálogo, apartes ou
ataques que firam Irmãos ou criem desarmonia, podendo até
suspender os trabalhos por um golpe de malhete, determinando
que o causante cubra o Templo;
10. Impedir a discussão de qualquer assunto político-partidário ou
religioso nas reuniões;

11. Evitar, sob qualquer hipótese, a formação de grupos ou correntes


que possam desestabilizar a Loja, ou criar divergência;

12. Apresentar para a Loja as Propostas de Admissão conclusas e


devidamente chancelada por três Mestres Maçons, e dar
andamento no Processo;

13. Determinar sindicâncias complementares sobre profanos


propostos, sempre que sentir necessidade de esclarecimentos;

14. Mandar ler em Loja, pelo Orador, os Decretos do Grão-Mestre


da Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso;

15. Mandar ler em Loja ou afixar no mural de avisos, pelo


Secretário, o expediente recebido da Grande Loja Maçônica do
Estado de Mato Grosso, que não estejam a cargo do Orador.

16. Examinar, sistematicamente, a escrituração da Loja, rubricando


os respectivos livros e documentos;

17. Visar todas as contas, autorizando o Tesoureiro a efetuar os


pagamentos e assinando juntamente com ele os cheques de
movimentação de contas bancárias;

18. Iniciar profanos, filiar, regularizar, elevar Aprendizes, exaltar


Companheiros, respeitados os respectivos Rituais e
Regulamentos da GLEMT;

19. Providenciar o preenchimento dos cargos vagos, de acordo com


o Regimento Interno;

20. Apresentar à Loja, no término do seu mandato e antes de


transmissão de cargos, um RELATÓRIO e BALANÇO GERAL
de sua gestão, enviando cópia à Grande Loja Maçônica do
Estado de Mato Grosso, depois de aprovado;

21. Elaborar o PLANEJAMENTO GERAL DO TRABALHO, onde


constem as metas a serem executadas e atingidas, e guiar-se pelo
planejamento mensal;

22. Dar conhecimento à Loja dos assuntos que constarão da Ordem


do Dia, podendo incluir matéria do expediente;

23. Dar o devido destino ao EXPEDIENTE, no momento da sua


decifração: arquivar, responder, agradecer, passar à Ordem do
Dia, permanecer sob malhete;
24. Fazer preencher, por intermédio do Mestre de Cerimônias, os
lugares vagos, pelas ausências dos titulares, observados os
regulamentos e a hierarquia;

25. Esforçar-se pela obediência aos Rituais, recomendando aos


titulares de cargos o necessário estudo, antes da realização das
Sessões Magnas, a fim de que haja bom desempenho pelos
Oficiais, em benefício da Loja;

26. Nomear COMISSÕES ESPECIAIS, em qualquer ocasião, com a


finalidade de bem representarem a Loja, para atendimento a
convites, devendo ser prestada contas da comissão na sessão
seguinte;

27. Exigir o cumprimento obrigatório do SIGILO, assumido no


juramento, fazendo ressalva quando algum assunto deve ser
liberado por razões de ordem, se assim o entender;

28. Decidir toda questão de ordem, não podendo haver contestação;

29. Findo o mandato, o VENERÁVEL MESTRE terá o título de EX-


VENERÁVEL, ocupando, em Loja, o Trono à direita do
VENERÁVEL MESTRE;

30. Logo que o VENERÁVEL MESTRE tiver conhecimento do


falecimento de um Obreiro do Quadro, nomeará uma comissão e
tomará todas as medidas necessárias para homenagear o falecido
e socorrer a família, se for o caso;

31. Deverá comunicar o falecimento à Grande Loja Maçônica do


Estado de Mato Grosso, enviando uma fotocópia do Atestado de
Óbito para as providências necessárias à liberação do Pecúlio à
viúva e/ou familiares.

O VENERÁVEL MESTRE de qualquer Loja, depois de instalado,


jamais deverá renunciar a seu mandato ou abandonar o cargo, salvo se a isso for
compelido pela justiça maçônica, por sentença passada em julgado ou por motivo de
força maior devidamente aceito pela Loja.

Compete ao ex-Venerável mais moderno:

1. Assessorar discretamente o VENERÁVEL MESTRE, em Loja,


sempre que ele necessitar, auxiliando-o no desenvolvimento
ritualístico;
2. Abrir e fechar o Livro da Lei nas Sessões da Loja;
3. Substituir o VENERÁVEL MESTRE em Sessão da Loja, caso
os Vigilantes de ofício não estejam presentes.
VIGILANTES

Os VIGILANTES têm a direção das colunas, de acordo com o Ritual


e substituem o Venerável Mestre, nas sessões e o sucedem em caso de ausências ou
faltas temporárias, tudo de acordo com o Ritual e o Regulamento Geral da Ordem.

Os VIGILANTES podem, em matéria regimental ou doutrinária,


lembrar atenciosamente ao Venerável Mestre, quando lhes parecer haver equívoco ou
diversa interpretação dos textos.

Os VIGILANTES deverão usar da palavra em sua coluna, depois do


silêncio dos Obreiros e a pedirão diretamente ao Venerável Mestre, com um golpe de
malhete.

Os VIGILANTES serão eleitos como segundo e terceiro malhetes da


Loja, devendo satisfazer as condições de elegibilidade. Juntamente com o Venerável
Mestre são os legítimos representantes da Loja.

PRIMEIRO VIGILANTE

O 1º VIGILANTE é a segunda autoridade administrativa e


litúrgica de uma Loja Maçônica. Por isso, substitui o Venerável
Mestre em suas ausências e impedimentos.

No caso de reuniões administrativas, fá-lo-á sempre com o


consentimento do Venerável Mestre.

O lugar do PRIMEIRO VIGILANTE é no Ocidente, lugar do poente


(declínio, fim, morte) do lado da Coluna "B", responsável pelas Instruções aos
Aprendizes, cabendo-lhe ainda propor aumento de Salário aos mesmos.

Ao Irmão 1º VIGILANTE cabe a direção da Coluna do Norte e da


Coluna do Sul através do Segundo Vigilante. O PRIMEIRO VIGILANTE encontra-se
sob a Lua (símbolo da água), próximo do Mar de Bronze, por onde o iniciando passa.
Por ser uma das Luzes, tem o PRIMEIRO VIGILANTE que participar do
assessoramento ao Venerável Mestre, sempre que este necessitar, assumindo tarefas e
ajudando-o para que a Loja funcione dentro da normalidade.

Não é somente no dia de sessão que o PRIMEIRO VIGILANTE


deve comparecer e desempenhar o seu papel, mas em todo os momentos em que a Loja
realizar encontros, fazer visitas ou desenvolver outras atividades.

Obedecendo ao comando do PRIMEIRO VIGILANTE os Irmãos


APRENDIZES ocupam lugar ao Norte.

A Joia correspondente ao cargo de PRIMEIRO VIGILANTE é um


NÍVEL, significa a igualdade entre os Irmãos, considerando que todos os homens são
iguais perante as leis naturais.
Sobre o seu Altar encontra-se uma Coluna de Ordem Dórica,
representando a força e do lado esquerdo a Estátua de Hércules.

Compete ao Primeiro Vigilante:

1. Cumprir e fazer cumprir as determinações do Venerável Mestre,


dentro e fora do Templo;
2. Anunciar em sua Coluna as ordens do Venerável Mestre e
comunicar a este o que lhe for cientificado pelo Segundo
Vigilante;
3. Manter a ordem e o silêncio em sua coluna, evitando conversas
paralelas no decorrer dos trabalhos;
4. Cuidar para que um Obreiro não passe de sua Coluna para outra,
sem seu consentimento, após a abertura dos trabalhos;
5. Conceder a palavra, com um golpe de malhete, aos Obreiros de
sua Coluna que a pedirem, observando a ordem das solicitações;
6. Pedir ao Venerável Mestre licença para que qualquer Obreiro de
sua Coluna possa cobrir o Templo, devendo fazer isto sem
perturbar os trabalhos;
7. Usar a palavra por último em sua Coluna, falando sentado;
8. Orientar os Irmãos Aprendizes com Peças de Arquitetura, dentro
do Templo, ou pelo diálogo fora deste.
9. Substituir o Venerável Mestre, em caso de vacância ocorrida
antes dos seis meses de gestão;
10. Acompanhar ou representar o Venerável Mestre nas Assembleias
Gerais da GLEMT, bem como representar a Loja oficialmente
em outras cerimônias.

SEGUNDO VIGILANTE

O SEGUNDO VIGILANTE é a terceira autoridade litúrgica-


administrativa da Loja, e é o substituto do Venerável Mestre, na ausência do
Primeiro Vigilante.

Ocupa espaço físico no meio da Coluna do Sul, local denominado


de MEIO-DIA, ponto estratégico para atestar a posição simbólica do Sol, no
momento da abertura dos Trabalhos.

O SEGUNDO VIGILANTE dirige a Coluna do Sul, local de


permanência dos Irmãos COMPANHEIROS.

Além das ocupações constantes do Ritual, administrativamente o


SEGUNDO VIGILANTE assessora os trabalhos do Venerável Mestre, colaborando
com o bom desempenho das atividades que a Loja promover.

A sua Joia é o PRUMO. Representa a verticalidade das ações, é o


emblema da Justiça.

Acima do Altar, na abóbada do Templo, localiza-se uma ESTRELA


DE 5 PONTAS, o PENTAGRAMA, ou ESTRELA FLAMEJANTE. Esta estrela, de
grande significado esotérico e místico, representa o homem perfeito, quando se encontra
com a ponta para cima, a cabeça, e as outras, os membros superiores e inferiores.

A estrela em sentido contrário, isto é, com a ponta para baixo,


significa o oposto do ser humano inteligente, quer dizer, representa a besta.

Sobre o Altar do 2º Vigilante encontra-se uma coluneta de Ordem da


Arquitetura Coríntia, representando a Beleza, que também é representada pela Estátua
de Vênus.

O SEGUNDO VIGILANTE é o responsável pela Instrução aos


Companheiros, ensinando-lhes os rudimentos do Grau, em sua Filosofia, História,
Simbologia e Ritualística.

Compete-lhe ainda comandar a recreação da Loja, bem como o


repouso dos Obreiros.

Compete ao 2º Vigilante:

1. Substituir o Primeiro Vigilante em suas faltas e impedimentos;


2. Cumprir e fazer cumprir as determinações do Venerável Mestre;
3. Usar a palavra por último da Coluna, falando sentado;
4. Conceder a palavra na sua Coluna através de um golpe de
malhete;
5. Anunciar em sua Coluna as ordens do Venerável Mestre que lhes
forem transmitidas pelo Primeiro Vigilante e a este comunicar
que reina silêncio em sua Coluna, quando isso ocorrer;
6. Orientar os Irmãos Companheiros com Peças de Arquitetura,
dentro do Templo, ou pelo diálogo fora deste.
7. Dirigir a Loja administrativamente na ausência do Venerável
Mestre e do Primeiro Vigilante;
8. Acompanhar o Venerável Mestre nas reuniões da Assembleia
Geral da Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso, ou
no caso de visita oficial da Loja.
9. Dar irrestrito assessoramento e colaboração ao Venerável
Mestre, em casos especiais, como convocações de Irmãos,
viagens, festividades e sessões extraordinárias.
10. Instruir os Neófitos sobre os primeiros passos ritualísticos, no
dia de sua iniciação.
ORADOR

O ORADOR é um Oficial que abrilhanta as cerimônias com


sua oração e Peças de Arquitetura, zelando pelo cumprimento da lei,
usos e costumes, a fim de que os princípios e os ordenamentos não
sejam desobedecidos.

O ORADOR é o porta-voz da Loja e sempre com autorização


do Venerável Mestre, em todas as cerimônias maçônicas, saúda as
autoridades visitantes, recebendo o auxílio do Irmão Chanceler sobre
nomes e Lojas.

Nas honras fúnebres e festividades tem o cuidado de elaborar sua


Peça de Arquitetura por escrito, quando o caso assim o requerer, face a responsabilidade
que o cargo exige e até para evitar distorções.

Deve ser um estudioso da Instituição e conhecedor das leis que a


regem; versado nos Landmarks, Constituição, Regulamento Geral da Ordem, Estatutos,
usos e costumes, a fim de que a qualquer momento, possa ser o orientador sobre o que é
razoável e justo. Por isso tem o nome de GUARDA DA LEI.

Trata-se de um cargo fiscalizador, além de abrilhantado. E como


Guarda da Lei assemelha-se ao Promotor Público no campo da justiça, nos casos de
processos maçônicos.

Por ter de exercer a palavra em todas as sessões, o ORADOR fica


muito exposto e notado, principalmente pelos mais novos, devendo cuidar-se e policiar-
se na postura, no uso dos tratamentos e no vocabulário maçônico.

Fala ao final dos trabalhos, quando o cansaço é notório, razão pela


qual deve usar o bom senso não se estendendo em considerações, limitando-se ao
essencial, posto que necessita dar as conclusões dos trabalhos, com sucintas abordagens.

Resume o ocorrido para ser lembrado pelos presentes, sem emitir


opinião pessoal e ao encerrar oferece sua conclusão a respeito dos trabalhos.

O ORADOR deverá ser um Mestre Maçom de reconhecida


prudência, competência e discernimento fácil, capaz de interpretar maçonicamente o
sentimento da Oficina, os símbolos, emblemas e alegorias da Ordem em linguagem
correta e de pronto entendimento por todos, servindo ele mesmo dos ideais que expõe.

Compete ao Orador:

1. Observar e fazer observar as disposições contidas nos Rituais,


Landmarks, Constituição, Regulamento Geral da Ordem e demais
leis da Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso,
opondo-se de ofício, às deliberações que lhes forem contrárias,
protestando contra elas e mesmo delas recorrendo, mandando
consignar o fato em ata.
2. Estar sempre atento ao desenvolvimento dos trabalhos, posto que
sua obrigação é não permitir que as leis sejam descumpridas;
3. Manter em seu poder, durante as reuniões, uma pasta-arquivo,
contendo toda a legislação vigente;
4. Requerer, oralmente, o adiamento da discussão de qualquer
assunto, deliberação ou proposta que lhe pareça ilegal ou não
devidamente esclarecida, agindo com critério, sob pena de
responsabilidade;
5. Certificar, juntamente com o Irmão Secretário, o conteúdo da
Bolsa de Propostas e Informações e do resultado dos escrutínios
secretos;
6. Constituir a Mesa Eleitoral nas eleições para o Corpo
Administrativo da Loja e do Grão-Mestrado;
7. Apor o seu "ne varietur" com o Venerável Mestre e o Secretário
nas atas das sessões depois de aprovada a sua redação, como
testemunho de que a lei não foi ferida;
8. Decifrar, por ordem do Venerável Mestre, os Decretos oriundos
do Grão-Mestrado;
9. Verificar o "ne varietur" nos documentos oficiais escritos pela
Loja;
10. Entregar, por determinação do Venerável Mestre, os Diplomas e
demais documentos, verificando a autenticidade do "ne varietur"
aposto pelos favorecidos;
11. Examinar toda a documentação dos visitantes, por determinação
do Venerável Mestre;
12. Oferecer sua opinião sobre candidatos à Loja, quando da
entrada da Proposta de Admissão, ou por ocasião da discussão
antes de o assunto ser votado;
13. Celebrar com Peças de Arquitetura as festividades da Ordem
Maçônica ou da Oficina, pompas fúnebres, colação de grau e
recepção aos visitantes, tudo sem fugir das linhas da Maçonaria
Simbólica Universal;
14. Apresentar, podendo falar sentado, no encerramento das
discussões de qualquer assunto e dos trabalhos, as suas
conclusões, fazendo-as em termos serenos e de modo a não ferir
suscetibilidades de Irmãos.

NOTA: O ORADOR não poderá discutir a matéria em debate sem


transmitir o Cargo, só voltando a ocupá-lo após a votação da mesma.
SECRETÁRIO

O SECRETÁRIO é o quinto Oficial de uma Loja; é o responsável por


todos os registros que compreendem à memória maçônica.

De sua real e leal anotação depende a vida da Loja, posto que o


presente se alicerça no passado e constitui a base para um futuro promissor.

É um cargo eminentemente administrativo, cujo titular é de livre


escolha do Venerável Mestre e se localiza à esquerda da autoridade, no
Oriente.

Cabe ao SECRETÁRIO inventariar todo o material, não permitindo


a retirada de livros, pastas, arquivos, fichários, ou de outro qualquer expediente, sendo
também de sua competência a organização de todos os documentos e necessários
registros.

O SECRETÁRIO é o responsável pelas comunicações, convocações,


convites, etc. às coirmãs, à Grande Loja Maçônica Loja do Estado de Mato Grosso, aos
Obreiros e convidados, por determinação do Venerável Mestre.

O SECRETÁRIO está na vitrine pela pureza de sua linguagem, que


deve ser de acordo com o vocabulário maçônico.

Não deve transcrever na Ata as passagens ritualísticas ou relatar


cerimônias, somente fazendo o registro do ato realizado e do personagem envolvido,
com o nome completo e o respectivo grau.

O cargo de SECRETÁRIO é administrativo, não tendo função


litúrgica; apenas representa a memória da Loja, razão pela qual sua Joia são duas penas
cruzadas, simbolizando o antigo homem que escrevia.

É representado na Árvore da Vida, como a inteligência, compreensão


que registra, geração de ideia, não se destacando no terreno litúrgico, fora sua
competência auxiliadora no aspecto administrativo.

Os Rituais determinam ao SECRETÁRIO uma série de atividades,


principalmente no assessoramento ao Venerável Mestre, tanto em sessões econômicas
ou administrativas, como em Sessões Magnas.

Compete ao Secretário:

1. Redigir, gravar e decifrar as Atas das sessões, assinando-as após


aprovada, e encaminhando-as ao Orador e Venerável para
obtenção das respectivas assinaturas;
2. Receber as pranchas, circulares, boletins e demais expedientes
concernentes à Loja, examinando-os e deles dando
conhecimento ao Venerável Mestre para organizar a Ordem do
Dia;
3. Decifrar os Atos do Grão-Mestre e todo expediente recebido,
anotando a data e o despacho dado pelo Venerável Mestre,
rubricando-os;
4. Providenciar, junto à Grande Secretaria de Relações Interiores, o
expediente para publicações em boletim, assim como os demais
documentos (solicitações, comunicações, convites, etc.);
5. Preencher diplomas, certificados e outros formulários, obtendo
as assinaturas legais, tomando as providências para alcançar o
desiderato;
6. Arquivar o expediente e cópias depois de solucionadas, cuidando
para que o Fichário de Obreiros esteja sempre atualizado, com os
necessários registros, assim como os Cadastros no banco de
dados da GLEMT e na Internet;
7. Expedir convocações e comunicações, bem assim, outros
expedientes por determinação do Venerável Mestre;
8. Fazer a chamada dos Obreiros nas votações nominais e nas
eleições, auxiliando o Venerável Mestre na verificação;
9. Providenciar as Relações do Quadro de Obreiros da Loja, para
enviar à Grande Secretaria de Relações Interiores, na época
oportuna;
10. Organizar a planilha da ficha de candidatos à iniciação,
providenciando os devidos registros das datas de entrada da
Proposta de Admissão, das decifrações e escrutínio;
11. Manter em ordem e em dia, sob sua guarda, os seguintes
documentos:
 Livro de Atas e livro negro de rejeições,
 Arquivo de Atos e Decretos do Grão-Mestrado,
 Arquivo de Pranchas e Peças de Arquitetura,
 Arquivo de pastas individuais de todos os Obreiros da Loja,
desde a sua iniciação.
TESOUREIRO

O TESOUREIRO é o responsável pela arrecadação das finanças da


Loja, bem assim, como o pagamento das despesas por ela efetuadas.

É o destinatário de todos os recebimentos monetários, devendo manter


sob sua guarda o Livro Caixa.

Por se tratar de um cargo meramente administrativo, para


cumprimento das necessidades financeiras da Loja, não possui significado
esotérico e filosófico mais destacado.

Sua Joia é uma chave, simbolizando o guarda seguro dos valores que
lhes forem confiados, encerrando a ideia do silêncio, circunspecção e discrição.

É uma função administrativa e burocrática, contabilizando-se todo o


movimento de entrada e saída de valores monetários, em Livro Caixa, escriturando
diariamente e à disposição do Venerável Mestre e da Loja.

Trienalmente deverá encaminhar o balancete de movimentação à


Comissão de Finanças, para análise, apreciação e parecer, que será submetido à
aprovação da Loja.

Deverá manter em dia o arquivo dos comprovantes de receitas e


despesas.

Compete ainda ao Tesoureiro:

1. Manter atualizada a grade de pagamentos das contribuições


mensais dos Obreiros à Loja e da Grande Loja;
2. Preparar o Balancete Geral da prestação de contas da
administração da Loja, para que possa ser apreciado antes da
transmissão dos cargos;
3. Organizar e entregar à Secretaria, na época própria, a lista dos
Obreiros em condições de votar;
4. Conferir o produto do Tronco de Solidariedade e comunicar por
escrito ao Venerável Mestre o valor arrecadado e transferi-lo ao
Irmão Hospitaleiro;
5. Efetuar todos os pagamentos e recebimentos referentes à Loja.
CHANCELER

CHANCELER ou GUARDA DOS SELOS é um Oficial que tem


responsabilidades administrativas, secundando o Secretário, porém com funções
específicas. Compete-lhe o controle das Tábuas da Loja, dos registros
individuais dos Obreiros e das grades de frequência.

Embora um cargo meramente administrativo, participa da abertura


ritualística da Loja. A Joia do seu cargo é um TIMBRE ou SINETE da Loja, que
deve ser aposto nos documentos concedidos, como diplomas, “quit-placets” e
outros.

O CHANCELER é o responsável pela gravação do "ne varietur" dos


Irmãos do Quadro da Loja, antes do ingresso no Templo, assim como, dos visitantes na
tábua própria.

Nas Sessões Magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação os neófitos


lavrarão após a cerimônia, conforme ritual, controlado pelo CHANCELER.

O CHANCELER é o responsável pelo controle dos natalícios dos


Irmãos a das Cunhadas citando-os na hora da Palavra a bem da Ordem em Geral e do
Quadro em particular.

Compete ainda ao Chanceler:

1. Timbrar os documentos destinados ao expediente;


2. Timbrar todos os documentos que devam sair da Loja, quando
sujeitos a pagamento e só o fazendo depois de assinado pelo
Tesoureiro;
3. Ter a seu encargo o Livro de Presenças de Obreiros e de
Visitantes da Loja;
4. Informar da assiduidade dos Obreiros e sobre pedidos de
elevações e exaltações, quanto ao número de sessões
frequentadas pelos candidatos;
5. Informar, em Sessões de eleições, quais os Obreiros em
condições de votar, mediante relação de frequência, que
entregará ao Secretário;
6. Cuidar da parte social da Loja, divulgando as datas
comemorativas, natalícios, formaturas, casamentos e outros
eventos, tendo por diapasão a união das famílias que compõe a
Oficina.
HOSPITALEIRO

O cargo de HOSPITALEIRO É importante não só pelo trabalho de


coleta de óbolos, que executa em todas as reuniões maçônicas, mas também
pelo desempenho da nobre missão de "levar o conforto espiritual" a um
Irmão ou Família da Loja, nos momentos difíceis que atravessa.

Pela função harmônica e caritativa é o responsável pela ligação do


Irmão em dificuldades e a Loja, devendo o cargo ser preenchido por um
Irmão de idade madura e de vivência na Loja, além de ser o portador da
acentuada espiritualidade, a fim de que o conforto por ele levado como
conselheiro surta o efeito da filantropia e da solidariedade.

É um cargo que exige alguma independência do seu titular, no


sentido de condições financeiras e tempo, posto que, as visitas em nome da Loja e do
Venerável Mestre são imprescindíveis, quando as ausências se fizerem sentir.

A Joia do Cargo é uma bolsa pequena denominada de "Bolsa para


Tronco de Solidariedade”, simbolizando seu utensílio de trabalho, para arrecadação dos
metais durante as reuniões.

A coleta dos metais é tradicional, obedecendo normas rígidas em


cumprimento à hierarquia de cargos e graus, conforme determinação ritualística.

É obrigação do HOSPITALEIRO, depois da arrecadação, auxiliar a


conferência do produto junto ao Tesoureiro, que será escriturado, sendo
obrigatoriamente usado com a finalidade de auxílio a Irmãos do quadro necessitados ou
familiares.

O auxílio aos Irmãos da Oficina deverá ter a anuência da Comissão


de Solidariedade e do Venerável Mestre, que deverão guardar sigilo, para evitar
constrangimento ao Irmão assistido.

Além do auxílio com metais, o Hospitaleiro deverá visitar os Irmãos


do Quadro que faltarem aos trabalhos, a fim de inteirar-se das razões da ausência,
verificando se é por motivo de saúde, bem como se necessita de ajuda, que poderá ser
realizada conjuntamente com a Comissão de Solidariedade.

Os problemas mais sérios e complexos deverão, de imediato, chegar


ao conhecimento do Venerável Mestre, que saberá conduzir o caso satisfatoriamente.

A tarefa litúrgica do Irmão HOSPITALEIRO diz respeito à


solicitação feita ao Iniciando na Iniciação, pedindo-lhe um óbolo aos necessitados, cuja
alegoria deve ser feita individualmente e sem que os demais tomem conhecimento, para
que não haja manifestação do estado de ânimo do neófito.

É de competência do Irmão HOSPITALEIRO o recolhimento junto


aos familiares do Irmão falecido, de documentos maçônicos, Rituais e paramentos, a
fim de entregar a um familiar maçom ou ao responsável pela Biblioteca.
MESTRE DE CERIMÔNIAS

O MESTRE DE CERIMONIAS é o diretor do cerimonial da Loja.


Desenvolve uma função litúrgico-ritualística, além de administrativa, pois é o
responsável pelo bom andamento dos trabalhos de uma Loja.

O cargo deve ser exercido por um Mestre Maçom disciplinado e


experiente, a fim de que a ordem interna da Oficina, sob sua
responsabilidade, seja executada em perfeita harmonia.

É a ligação entre o Venerável Mestre e os demais Irmãos, para


cumprimento administrativo. Deve portar o Bastão somente quando estiver
desempenhando suas funções ritualísticas ou cumprindo determinação do
Venerável.

Em função ritualística deve observar rigorosa sistemática maçônica,


posto que, além de harmonizador, deve dar exemplo aos mais novos maçons.

A Joia do seu cargo é uma RÉGUA DE 24", simbolizando o


aproveitamento de todas as horas do dia, que é dividido em três partes iguais: 8 horas
para o trabalho, 8 horas para o cultivo das faculdades mentais e 8 horas para o descanso,
lembrando a pontualidade, a precisão e a exatidão.

A sua insígnia representada pelo "bastão", conduzido pela mão


direita, é o "cetro patriarcal do guia que todos seguem confiantes".

A Loja é a representação do universo, é a habitação dos logos e do


verbo da palavra. O cargo do MESTRE DE CERIMÔNIAS, como centro desse
ordenamento, ou o coração, é a bomba que distribui o sangue para vitalizar o
organismo, tendo a função de harmonizador.

Por essa razão, e pela função que desempenha, o Mestre de


Cerimônias é a beleza que reside no coração e dele encarna; é a concepção luminosa do
equilíbrio nas formas; é o intermediário entre o Criador e a criação; é o ideal que inspira
o Amor como força atrativa que une os seres.

Compete ao MESTRE DE CERIMÔNIAS, tanto dentro como fora


do Templo, estar atento às possíveis determinações do Venerável Mestre, para auxiliá-lo
com segurança na sua atividade funcional, acompanhando-o nas suas movimentações
litúrgicas.

O preparo do Templo para funcionamento ritualístico da Loja, em


qualquer tipo de cerimônia é função do Arquiteto, entretanto é atribuição do MESTRE
DE CERIMÔNIAS a supervisão do ambiente, a fim de que tudo esteja em perfeita
ordem para o desenvolvimento da sessão.

Antes do ingresso no Templo, é sua função organizar a fila dupla de


Irmãos, conforme o Ritual, verificando se todos estão devidamente paramentados e
exigindo total silêncio, aguardando a determinação do Venerável Mestre, momento em
que ordenará, com um golpe de bastão na porta do Templo, a abertura da porta, não
fazendo qualquer tipo de manifestação verbal.

Ao adentrar ao Templo, posta-se na altura da Coluna "B",


aguardando a entrada de todos, após o chamamento em conformidade com o Ritual.

Após acompanhar o Venerável ao trono, retorna para entre Colunas,


verificará se todos os cargos estão preenchidos e diz: "VENERÁVEL MESTRE, A
LOJA ESTÁ COMPOSTA!"

Durante o desenvolvimento da Abertura ritualística e no


encerramento dos trabalhos permanece no seu lugar, acompanhando o Ritual.

Após o cumprimento de uma determinação administrativa do


Venerável Mestre, o MESTRE DE CERIMÔNIAS, retornando ao seu lugar, dirá:
"VENERÁVEL MESTRE, VOSSAS ORDENS FORAM CUMPRIDAS”.

No decorrer dos trabalhos, ao exercer determinadas funções


administrativas, não conduzirá o Bastão, como por exemplo: conduzindo expedientes;
verificando votações simbólicas e comunicando o resultado; distribuindo e recolhendo
esferas nos escrutínios secretos; incinerando, entre colunas, expedientes por
determinação do Venerável Mestre, fazendo a distribuição de flores e ramos misteriosos
nas Sessões Públicas.

Ao ser autorizado o ingresso de Irmãos retardatários, ou visitantes, o


MESTRE DE CERIMÔNIAS os conduzirá ao Templo, colocando-se junto a Coluna
"B", e, após a determinação do Venerável Mestre, os conduzirá até a mesa do Chanceler
para gravação do ne varietur, no Livro de Presença. Em seguida, os conduzirá para
tomarem assento nas Colunas.

De acordo com o cerimonial, é o responsável pela organização de


comissões, delas fazendo parte na recepção de autoridades e do Pavilhão Nacional, no
Templo.

Da mesma forma, o MESTRE DE CERIMÔNIAS é o responsável


pela condução dos Irmãos dentro do Templo, exceto os que fazem por dever de ofício.
DIÁCONOS

Os DIÁCONOS ocupam lugares localizados à direita da autoridade à


qual servem (Venerável Mestre e Primeiro Vigilante), por serem executores das suas
ordens em cumprimento ao Ritual. Possuem funções Litúrgico-ritualísticas, não se
envolvendo nos aspectos administrativos.

O PRIMEIRO DIÁCONO é o mensageiro da sabedoria (Venerável


Mestre) e compreensão da Inteligência. É a faculdade da inspiração, que tem assento à
direita da Eterna Sabedoria, da qual depende todas as manifestações do pensamento
criativo, razão porque transmite as suas ordens ao Primeiro Vigilante e por extensão a
todos os Irmãos da Loja.

O SEGUNDO DIÁCONO é a faculdade da Aspiração Estética. É o


mensageiro da Inteligência, que conduz a Palavra da Verdade, que saiu do Oriente
emitida pelo Venerável Mestre, até o Segundo Vigilante, a Beleza, produzindo o sentido
estético.

Compete ainda ao Primeiro Diácono:

1. Na abertura e fechamento dos trabalhos, proferir o texto e


manter a melhor postura para desempenhar sua função;
2. Abrir e fechar o Painel da Loja, nos momentos oportunos;

Compete ainda ao Segundo Diácono:

1. Na abertura e fechamento dos trabalhos, proferir o texto e


manter a melhor postura para desempenhar sua função;
2. Substituir o 1º Diácono.
EXPERTOS

O desempenho dos EXPERTOS é bem definido, conforme


prescrevem os Rituais, bem como de uma grande responsabilidade,
principalmente nas Sessões Magnas de Colação de Grau.

A recepção de uma pessoa desconhecida, que deve ser bem


conduzida, a fim de que não sofra impactos ou traumas é de grande
importância.

A seriedade durante as cerimônias, sem brincadeiras, sem


distorções ritualísticas, que às vezes só servem para adaptações e
invencionices, cabe aos Irmãos EXPERTOS.

A seriedade deve ser transmitida aos seus auxiliares no caso de


vários candidatos, posto que o PRIMEIRO EXPERTO é o Chefe, nesta
circunstância não conduz o neófito, apenas dirige seus auxiliares.

Os Irmãos EXPERTOS são os substitutos eventuais dos


Vigilantes, cujo cargo deve ser preenchido, preferencialmente, por um
Mestre Instalado.

Compete ainda aos Expertos:

1. Preparar e conduzir os candidatos nas suas múltiplas viagens


simbólicas, dentro e fora do Templo;
2. Preparar os candidatos à elevação e à exaltação, acompanhando-os
nas cerimônias dos respectivos graus;
3. Recolher com a urna as esferas distribuídas pelo Mestre de
Cerimônias, por ocasião dos escrutínios;
4. Recolher a urna e envelopes contendo as cédulas, quando das
eleições de Venerável Mestre e Grão-Mestre;
ARQUITETO DECORADOR

O Arquiteto Decorador é um Oficial da Loja que, aparentemente,


tem pouca atribuição, face não fazer parte do funcionamento ritualístico.
Porém, subjetivamente, muito tem a ver com o ensino do Aprendiz no
início da carreira.

A decoração e ornamentação do Templo nos dias de sessão é tarefa


do Arquiteto, mormente quando se realizam Sessões Magnas de
qualquer espécie.

Terá um livro especial, onde escritura-se todos os utensílios, alfaias,


móveis, etc., características do objeto, nome do doador, ou valor da compra.

Este livro deve ser escriturado com todo o rigor e estará sempre à
disposição do Venerável Mestre, para qualquer verificação, sobre o qual será
apresentado balanço final de cada gestão.

O Arquiteto é membro efetivo da Comissão de Patrimônio da Loja e


responde pelos utensílios de trabalho.

A Joia do cargo é o Maço e o Cinzel cruzados.

Compete ao Arquiteto Decorador:

1. Preparar o Templo, distribuindo todo o material de trabalho a ser


utilizado nas sessões, contando com o auxílio do Mestre de
Cerimônias;
2. Ornamentar o Templo nas sessões Magnas, transformando o
ambiente de conformidade com a necessidade dos trabalhos;
3. Recolher e guardar, após o encerramento dos trabalhos, todos os
utensílios empregados;
4. Escriturar em livro próprio de carga e descarga todo o material da
Loja, móveis, utensílios, os quais permanecerão sob a sua guarda
e cuidado;
5. Apresentar, ao final do mandato, ou sempre que o Venerável
solicitar, um inventário pormenorizado de todos os bens da Loja
e respectiva conservação;
6. Requisitar da Tesouraria ou da Secretaria, os objetos necessários
à preparação da Loja para as sessões
7. Ornamentar adequadamente o Templo para todas as Sessões que
a Loja realizar, bem como desfazer a referida ornamentação após
a conclusão dos trabalhos.
COBRIDOR

Os cargos de Cobridor e Guarda do Templo se confundem desde


a sua origem, pois, no passado, só existia a figura do Cobridor.

O Cobridor (denominação única, interna e externa) era o


responsável pela cobertura do Templo, durante a Sessão.

A necessidade de estar a Loja coberta, quando reunida, é um


importante Landmark, pois se origina do caráter esotérico da Instituição
Maçônica.

Com o decorrer do tempo, o cargo sofreu algumas variações. No


Rito Escocês Antigo e Aceito, por exemplo, desdobrou-se em dois (Cobridor e Guarda do
Templo), cujas presenças passaram a ser obrigatórias para o funcionamento regular de uma
Loja Simbólica.

O cargo de cobridor é exercido tradicionalmente por um Mestre


Instalado. Tem como Joia o alfanje (uma espada de folha larga e curva), arma que serve
para afastar indesejados, evitando que se aproximem curiosos e indiscretos,
simbolicamente para impedir que se aproximem de nossa mente os maus pensamentos,
tanto a fraqueza e a traição.

Tem a função de cobrir o Templo durante a abertura dos trabalhos,


bem como examinar e receber visitantes, trolhando-os, se necessário. Havendo necessidade
de examinar a documentação do visitante, o Cobridor a encaminhará ao Orador, para a
devida conferência.

Após o ingresso do Venerável Mestre e a porta fechada, este titular


toma assento no Átrio e fica na expectativa de qualquer eventualidade, tanto dentro do
Templo, como da Sala dos Passos Perdidos, posto que, neste momento, passa a ser o
elemento de ligação entre o interno e o externo, ou seja, o sagrado e o profano. Uma das
atribuições importantes do cargo é a execução do trolhamento aos visitantes e o
recebimento da PALAVRA SEMESTRAL.

Após a Abertura dos Trabalhos, tomará assento na Coluna do Norte,


logo atrás do Altar do Primeiro Vigilante.
GUARDA DO TEMPLO

A joia do Guarda do Templo são duas espadas cruzadas, como que


impedindo a entrada de pessoas indesejadas, assim, como, a saída indevida de
ideias, decisões e principalmente como chamamento e segredo, condição
indispensável para que cada um compreenda os mistérios da vida.

Os ferros cruzados em guarda para o combate, nos ensina a estar em


defesa contra os pensamentos contrários aos sãos princípios e a ordenarmos
moralmente as nossas ações.

O Guarda do templo entra em Loja em primeiro lugar, aguardando a


entrada do Venerável Mestre para fechar a porta. Ao final da sessão, é o último a se
retirar.

Abre e fecha a porta com a permissão do Venerável Mestre, e, ao


abrir, faz a verificação por uma pequena abertura.

O Guarda do Templo não pode afastar-se do seu lugar, em Loja


aberta, em nenhuma hipótese.

Ao ouvir a bateria maçônica na porta do Templo, levanta-se e dá


uma pancada com o punho da espada na porta, significando que o Irmão que deu a
batida deverá aguardar. O anúncio ao Irmão 2º Vigilante será feito em momento
oportuno, tendo o cuidado de não interromper qualquer ato ritualístico.

O Guarda do Templo exerce atividades importantíssimas nas Sessões


Magnas, razão pela qual deverá estudar o Ritual minunciosamente, para bem
desempenhar sua função.
PORTA ESPADA

O Porta-Espada tem função bastante restrita durante os trabalhos


ritualísticos, somente funcionando nas sagrações de graus, como na Iniciação,
Elevação e Exaltação, ocasiões em que estará revestido de luvas brancas.

No momento da consagração do neófito, conduzirá a Espada


Flamejante dentro de um escrínio, colocando-se à direita do Venerável
Mestre. Retornará ao Oriente após a conclusão da consagração. Este cargo
deve ser preenchido, preferencialmente, por um Mestre Instalado.

A Joia do Porta-Espada é uma espada comum, mas tem um


significado simbólico bastante profundo.

PORTA ESTANDARTE

Ao Porta-estandarte compete o alto cargo de guardar e transportar o


Estandarte da Loja, conservando-o em lugar apropriado.

No momento da consagração do neófito, se postará à esquerda do


Venerável Mestre e retornará ao Oriente após a conclusão da
consagração.
MESTRE DE HARMONIA

As civilizações antigas usavam a música como energizantes e


harmonizadores. Na Terapia dos estudos, acreditando-se que em seu emprego
bom e benéfico, a música desempenhava papel de meditação entre o céu e a
terra, como um canal de comunicação entre o Homem e Deus e, uma chave
para a libertação das energias do Supremo neste plano.

Mestre de Harmonia, além de cuidar do aspecto objetivo da música


no Templo, é o responsável pela harmonização filantrópica, colaborando para
o equilíbrio entre os Irmãos e a manutenção do estado de Paz que deve reinar
na Loja.

A Joia do cargo é uma Lira, instrumento de cordas dos mais antigos


que se tem notícia - Símbolo da Música Universal.

É obrigação do Mestre de Harmonia manter sob sua guarda o acervo


musical da Loja, com melodias especiais para cada tipo de sessão, executando-as nos
momentos apropriados, a fim de manter o ambiente harmonizado.

O Mestre de Harmonia deve preparar o material de som, antes do


início dos trabalhos, de conformidade com o tipo de sessão.

Os Irmãos devem adentrar ao Templo, ao som de música


selecionada, que deve perdurar após todos ocuparem seus lugares, a fim de ser criado o
ambiente harmônico necessário.

O Mestre de Harmonia deve trabalhar em consonância com o


Venerável Mestre, diminuindo, aumentando ou suprimindo o som conforme a
necessidade do transcurso da Sessão.

Compete ao Mestre de Harmonia:

1. Embelezar uma sessão com músicas inerentes à liturgia que se


está desenvolvendo em Loja;
2. Selecionar músicas adequadas e propiciatórias de acordo com o
trabalho da Loja, ouvindo, antes o Venerável Mestre;
3. Manter em perfeito funcionamento os aparelhos de som ou
instrumentos indispensáveis à produção de músicas e
sonoplastias exigidas para a execução exata dos Rituais;
4. Quando se tratar de execuções do Hino Nacional e Hino à
Bandeira, só interromper a música quando terminar a fase
musical (caso contrário, a música perde o sentido);
5. Selecionar músicas maçônicas ou de autores maçônicos
orquestradas;
MESTRE DE BANQUETES

A função do Mestre de Banquetes é das mais importantes, visto que boa parte da
reunião de Loja acontece fora do Templo durante o Ágape Fraternal, momento em que,
além de alimentarem-se, os Irmãos se confraternizam, trocando informações e cujo
desdobramento se dá através de novos encontros e trabalhos fora do ambiente
Templário.

A Joia do Mestre de Banquetes é a Cornucópia. Na mitologia, era um


vaso em forma de chifre, com frutas e flores que dele saíam em abundância. Expressa
um antigo símbolo da fertilidade e riqueza. Hoje, também simboliza a agricultura e o
comércio. Do latim cornu copiae ou 'corno da abundância', de cornu ou 'chifre' e copiae
ou 'abundância, muitos recursos posses'

Ao Mestre de Banquetes cabe a responsabilidade de planejar, executar e


acompanhar o desenvolvimento dos Banquetes Ritualísticos e demais Ágapes Fraternais
oferecidos pela Loja, tanto especiais quanto de rotina. Os Ágapes devem sempre servir
para unir ainda mais a Família Maçônica.
COMISSÕES PERMANENTES

Compete à Comissão de Assuntos Gerais:

1. Dar parecer sobre propostas que dependem da interpretação


de Leis e Regulamentos;
2. Dar parecer sobre denúncias contra Obreiros do Quadro;
3. Dar perecer sobre a legalidade de projetos e resoluções;
4. Informar os recursos eleitorais para a Grande Loja Maçônica
do Estado de Mato Grosso, feito por qualquer Obreiro;
5. Dar parecer sobre "QUITE PLACET" ou "QUITE PLACET
EX-OFFICIO", aos Obreiros, que por seus atos se tornem
indesejáveis à Loja;
6. Informar todos os recursos enviados às Lojas por Obreiros;
7. Propor medidas de relevância para o progresso da Loja e da
Ordem como um todo.

Compete à Comissão de Finanças:

1. Dar parecer sobre Projetos Orçamentários;


2. Examinar a escrituração da Tesouraria e dar parecer sobre
Balanças e Balancetes;
3. Dar parecer sobre matéria financeira que envolta Obreiros da
Loja;
4. Dar parecer sobre toda matéria que envolva despesas extras,
diminuição de rendas ou que se refira ao patrimônio da Loja.

Compete à Comissão de Solidariedade:

1. Dar parecer sobre pedidos de Auxílio e Assistência Social;


2. Colaborar com o Hospitaleiro no atendimento aos encargos
sociais.

OBSERVAÇÕES

01. As Comissões são formadas por três Obreiros, tendo como


Presidente o "decano" entre os seus Membros;

02. As Comissões se reunirão com a presença mínima de dois


Membros;

03. O Venerável, os Vigilantes, o Orador e o Tesoureiro não


poderão fazer parte das Comissões.

04. O Venerável Mestre, em qualquer tempo, poderá formar


Comissões Temporárias, com a finalidade específica, com
número variável de Obreiros, as quais serão extintas ao final dos
trabalhos que as originou.

Você também pode gostar