Teologia Sistematica - Sotereologia

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5/21/2018 TEOLOGIA SISTEMATICA SOTEREOLOGIA - slide pdf.

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EDUCAÇÃO TEOLÓGICA A DISTÂNCIA

TEOLOGIA SISTEMÁTICA
III
Soterologia
Eclesiologia
Escatologia

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TREINAMENTO BÍBLICO INTERNACIONAL


Uma Escola de Treinamento da Palavra e do Espírito

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TEOLOGIA SISTEMÁTICA III


SOTEROLOGIA
ECLESIOLOGIA
ESCATOLOGIA

© 2005. José Evaristo de Oliveira Filho.


© 2005. TREINAMENTO BÍBLICO INTERNACIONAL.

Mossoró-RN

1ª Edição: 2005.

Publicado no Brasil com todos os direitos reservados por


TREINAMENTO BÍBLICO INTERNACIONAL
Rua Eufrásio de Oliveira, 38 – Alto da Conceição.
Mossoró-RN

É expressamente proibida a reprodução comercial deste manual, por


quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, xerográficos, fotográficos,
gravação, estocagem em banco de dados, etc.).

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 1

Conteúdo

Visão Geral ................................................................................ 4


Lição Um: Soterologia (1): A Obra De Cristo ............................. 8
O Significado Da Salvação ......................................................................... 8
A Necessidade De Salvação........................................................................ 9
A Morte De Cristo Foi Um Sacrifício ....................................................... 10
A Natureza Do Sacrifício .......................................................................... 10
O Aspecto Geral ..................................................................................... 10
Em Relação A Deus – Propiciação E Expiação .................................... 12
Em Relação Ao Homem – Redenção .................................................... 12
Em Relação A Deus E Ao Homem – Reconciliação ............................. 13
O Valor Do Sacrifício................................................................................ 14
Lição Dois: Soterologia (2): A Salvação Vem Do Senhor ..........17
A Salvação Vem Do Senhor ...................................................................... 17
O Alcance Da Salvação ............................................................................. 19

Universalismo Qualificado ................................................................... 20


Particularismo ....................................................................................... 20
Lição Três: Soterologia (3): A Ordem Da Salvação .................. 22
Eleição ...................................................................................................... 22
O Chamado De Deus ................................................................................ 24
Chamado Eficaz ..................................................................................... 24
O Chamado Do Evangelho .................................................................... 24

Nascimento Novo ..................................................................................... 26


Conversão ................................................................................................. 26
Justificação ............................................................................................... 26
Adoção ...................................................................................................... 27
Santificação .............................................................................................. 28
Glorificação .............................................................................................. 28
Lição Quatro: Soterologia (4): Morte E Perseverança Dos
Santos ..................................................................................... 31
O Destino Do Crente Após A Morte ........................................................ 31

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 2

A Perseverança Dos Santos ...................................................................... 33


Lição Cinco: Eclesiologia (1): Existe Um Modelo Para A Igreja36
A Importância Deste Estudo .................................................................... 36
Evidências Bíblicas De Um Modelo ......................................................... 37
Lição Seis: Eclesiologia (2): A Igreja - Definição, Natureza E
Origem .................................................................................... 40
O Que É Uma Igreja? ............................................................................... 41
A Natureza Da Igreja................................................................................ 42
Corpo, Família E Noiva ............................................................................ 42
Quando A Igreja Começou? ..................................................................... 44
Confundindo A Antiga Aliança Com A Igreja ......................................... 45
Lição Sete: Eclesiologia (3): A Igreja - O Fundamento E Os
Recursos.................................................................................. 48
A Revelação De Jesus ............................................................................... 49
Sua Centralidade ................................................................................... 50
Sua Soberania ........................................................................................ 50
Sua Excelência ....................................................................................... 52
Sua Primazia .......................................................................................... 52
Sua Liderança ........................................................................................ 52
Sua Suficiência ...................................................................................... 52
Sua Singularidade ................................................................................. 53
Os Recursos Da Igreja .............................................................................. 53
Dons Fundamentais .............................................................................. 54
Dons Específicos ................................................................................... 54
Ministérios Comuns .............................................................................. 55
Lição Oito: Eclesiologia (4): O Governo Da Igreja ................... 56
Três Formas De Governo ......................................................................... 56
Episcopal ............................................................................................... 56
Presbiteriano ......................................................................................... 57
Congregacional ...................................................................................... 57
O Governo Bíblico Da Igreja .................................................................... 59
Lição Nove: Escatologia........................................................... 61
O Estado Intermediário ........................................................................... 61

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 3

Falsas Doutrinas.................................................................................... 62
O Ensino Bíblico .................................................................................... 62
A Segunda Vinda De Cristo ...................................................................... 63
A Segunda Vinda Profetizada ............................................................... 63
A Segunda Vinda Prometida ................................................................. 63
As Características Da Sua Vinda ........................................................... 63
O Tempo De Sua Vinda ......................................................................... 65
A Doutrina Do Arrebatamento Secreto ................................................... 65
O Milênio .................................................................................................. 66
Amilenismo ........................................................................................... 66
Pós-Milenismo ...................................................................................... 67
Pré-Milenismo ....................................................................................... 68
Ressurreição Dos Mortos E Juízo Eterno ............................................... 69
O Novo Céu E A Nova Terra .................................................................... 70
O Estado Eterno ....................................................................................... 70

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 4

TEOLOGIA SISTEMÁTICA I
SOTEROLOGIA – ECLESIOLOGIA
ESCATOLOGIA

VISÃO GERAL

DESCRIÇÃO DO CURSO
Este curso é o terceiro e último da série Teologia Sistemática. Nele nós
cobriremos a soterologia, a eclesiologia e a escatologia.
A soterologia é o estudo da salvação. Assim, nós veremos como Cristo se
qualificou para ser o nosso Mediador, o significado e a necessidade da
salvação, os diferentes aspectos da morte de Cristo, e como alguém recebe
a salvação da parte de Deus. Nós veremos também o alcance e a ordem da
salvação, e o destino do crente depôs da morte e a perseverança do santos.
A eclesiologia é o estudo da igreja. Nós veremos que há modelo bíblico
para a Igreja e que nós precisamos edificar igrejas locais segundo este
modelo. Este modelo não se baseia necessariamente numa „forma correta‟
da igreja, mas nos princípios e valores neotestamentários, que podemos
ver claramente definidos na natureza bíblica da Igreja, em Seu
fundamento e recursos, como também em sua forma de governo.
A escatologia é o estudo das últimas coisas na profecia bíblica. Isso significa
estudar o estado intermediário das pessoas antes da ressurreição do corpo
(chamada de escatologia pessoal), os fatos acerca da segunda vinda de
Cristo, o Milênio, a ressurreição dos mortos e o juízo final, o novo céu e a
nova eterna e o estado eterno dos crentes.

OBJETIVOS DO CURSO
Ao concluir este curso você será capaz de:
Compreender a importância e dimensão da morte de Cristo por

todos, especialmente pelos eleitos de Deus.


Definir claramente o alcance da salvação e a segurança daqueles

que são eleitos de Deus.


Descrever em termos de valores e princípios gerais o modelo

bíblico da igreja.

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 5

 Delinear os eventos que se cumprirão após esta era da Igreja até


a eternidade futura.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Bíblia de Estudo NVI: Editora Vida.
 Bíblia de Estudo de Genebra: Editora Cultura Cristã.
 Introdução A Teologia Sistemática: Roger L. Smalling, T.M.
 Teologia Sistemática, Wayne Grudem: Edições Vida Nova, 2000.
 Outline In Systematic Theology, Sid Litke: Biblical Studies Press,
Biblical Studies Foundation, 1998.

Foundations Of Christian Doctrine, Kevin J. Conner. KJC
Publications: 1980.
 Survey Studies in Reformed Theology, Bob Burridge: 1997.

REQUERIMENTOS DO CURSO
Este manual pode ser estudado em dois níveis: enriquecimento e
diploma.

Enriquecimento:
enriquecimento você não
pessoal, podesendo
usarnecessário,
este manual para que
portanto, seu
você faça a matrícula ou envie-nos os trabalhos escritos.
 Diploma: para receber os créditos referentes ao curso e o
diploma no final do programa, você deve efetuar a matrícula e
completar o exame final.

QUESTÕES PARA REVISÃO E EXAME FINAL


Questões Para Revisão: Ao concluir o conteúdo da lição, complete
as questões para revisão. Você pode usar suas notas pessoais, sua Bíblia
ou o conteúdo do estudo principal para as respostas. O propósito delas é
ajudá-lo a focalizar os principais pontos do estudo e prepará-lo para o
exame final.
Exame Final: No final de cada manual existe um exame final que foi
elaborado para testar os seus conhecimentos e, conseqüentemente, esse
exame serve para a sua aprovação no curso/manual. Para ser aprovado no
curso/manual, você deverá conseguir pelo menos 70% de respostas
corretas.

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 7

FORMATO DO MANUAL
Visão Geral: Traz todas as informações referentes ao manual:
descrição da matéria, objetivos, referências bibliográficas, requerimentos,
questões
necessária.para revisão, exame final e qualquer outra informação
Lições: Cada lição contém:
Número e Título da Lição.

Objetivos.

Versículo-Chave.

 O Conteúdo da Lição.

Questões Para Revisão.


Exame Final: No final deste manual você encontrará um exame final
que contará pontos para a aprovação no curso/manual.

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 8

LIÇÃO UM
SOTEROLOGIA (1):
A OBRA DE CRISTO

Versículos-Chave
“E toda carne verá a salvação de Deus” (Lucas 3.6).

INTRODUÇÃO
Soterologia é a doutrina de Cristo. O termo vem da palavra grega
„soter‟, que quer dizer „salvador‟. Assim, a soterologia é aquela matéria da
Teologia Sistemática que trata da obra redentora de Jesus Cristo.

O SIGNIFICADO DA SALVAÇAO
A palavra „salvação‟ é um destes termos „todo-inclusivo‟ do NT grego,
ou
Porseja, é umaproteção
exemplo, só palavra, mas ela tem
e livramento muitos esignificados
de aflições relacionados.
dificuldades, cura física,
prosperidade, perdão dos pecados, etc. No AT, a palavra salvação é usada
principalmente no sentido de livramento do perigo físico ou do
sofrimento moral (Salmos 85.8-9; Isaías 62.11).
No entanto, no NT, a palavra salvação é usado com sentido especial,
equivalente àquele usado quando Deus livrou Israel do Egito e o salmista
da morte (Êxodo 15.2; Salmos 116.6), e tem a ver com a condição
espiritual e moral do ser humano.

Assim,
livra segundo
a pessoa a Bíblia,
da culpa a salvação
e do poder é o ato
do pecado e aeintroduz
processonuma
pelo vida
qual nova,
Deus
cheia de bênçãos espirituais, por meio de Cristo Jesus (Lucas 19.9-10;
Efésios 1.3, 13; Romanos 1.18; 3.9; 5.21; 1 Tessalonicenses 5.9; Efésios
2.8-10). Pela graça de Deus o pecador é perdoado e, assim, libertado da
condenação do pecado (João 3.16-18, 36), recebendo a vida eterna e os
demais benéficos decorrentes da salvação.
Note que a salvação tanto é um ato quanto um processo. É um processo
por que a salvação deve ser desenvolvida pelo crente (Filipenses 2.12), até
que seja completada no fim dos tempos (Romanos 13.11; 1 Pedro 1.5; 2.2).

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 9

Salvação não somente livra o crente do juízo de Deus, mas também do


poder do pecado. Por meio da obra salvadora de Cristo nós somos
libertados da condição natural do domínio do mundo, da carne e do diabo
(João 8.23-24; Romanos 8.7-8; 1 João 5.19) e dos temores gerados por
uma vida pecaminosa e dos hábitos pecaminosos que nos escravizam.
Assim, nós temos à nossa disposição não somente o perdão e a vida
eterna, mas também a possibilidade real de vivermos uma vida de vitória
sobre o pecado pelo poder do Espírito Santo e fé em Cristo.

A NECESSIDADE DE SALVAÇÃO
Se salvação é o ato pelo qual Deus nos livra ou resgata da culpa e
penalidade do pecado, isso implica numa necessidade de salvação. Nós
precisamos ser salvos da culpa do pecado.
De maneira simples e direta, nós precisamos ser salvos porque nós
somos pecadores. A Bíblia diz que todos pecaram e carecem da glória de
Deus (Romanos 3.23). Então, como pecadores, nós precisamos de
salvação, de um Salvador. Assim como doentes precisam de médico e/ou
remédio, assim também os pecadores precisam de um Salvador que lhes
dê salvação. Jesus ensinou:
“Tendo Jesus ouvido isto, respondeu -lhes: Os sãos não
precisam de médico, e sim os doentes; não vim
chamar justos, e sim pecadores” (Marcos 2.17).
Nós precisamos de salvação porque Deus é Santo e exige santidade. A
Bíblia nos revela que Deus é Santo:
“Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é
como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos
gloriosos, que operas maravilhas?” (Êxodo 15.11).
“Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome,
adorai o SENHOR na beleza da santidade” (Salmos
29.2).

De fato, Ele é „tão puro de olhos que não pode ver o mal‟
(Habacuque 1.13). Sendo um Deus Santo, puro, perfeito, o pecado é
uma ofensa a Sua santidade. Deus tem uma vontade moral que revelou ao
homem desde o princípio do mundo e ela revela o Seu santo, sem pecado
e separado dele.
Porque Deus é santo, Ele não pode tolerar que o pecado seja praticado
impunemente. Ele exige que as pessoas sejam santas, especialmente o Seu
povo (Levítico 11.44; 19.2). Deus exige que aqueles que permanecem em
Sua presença sejam limpos de mãos e puro de coração (Salmos 24.3).

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 10

Nós precisamos de salvação porque temos transgredido a lei de Deus,


porque „Todo aquele que pratica o pecado também transgride a
lei, porque o pecado é a transgressão da lei‟ ( 1 João 3.4). Porque
todos nós temos pecado contra Deus e Sua Lei, todos nós estamos sob o
juízo de Deus (João 3.16-18, 36), até que creiamos em Cristo e pela fé
recebamos a Sua absolvição.

A MORTE DE CRISTO FOI UM SACRIFÍCIO


A morte de Cristo não foi um acidente inesperado, pois, estava
ordenada desde a eternidade passada (Apocalipse 13.8). Ainda que seja
certo dizer que os homens mataram a Cristo, também é correto dizer que
foi „entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus‟
(Atos 2.23).
A morte de Cristo foi um sacrifício com as mesmas características dos
sacrifícios do Antigo Testamento. Quais eram os elementos essenciais do
sacrifício do AT? Havia pelo menos três:
1. O Tabernáculo
2. O Sacerdote
3. A Vítima
Os últimos dois coincidem perfeitamente na pessoa de Jesus Cristo.
Jesus 9.6-14).
7.27; foi o sacerdote e a vítima
Com respeito ao mesmo atempo
ao tabernáculo (Joãodiz1.29;
Escritura que Hebreus
„Cristo
não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro,
porém no mesmo céu‟ (Hebreus 9.24).
Por outro lado, a linguagem usada no NT para falar dos efeitos da
morte de Cristo não pode ser entendida a menos que a Sua morte tenha
sido um sacrifício (Romanos 3.25; Efésios 1.7; 1 João 1.7). O próprio
Senhor disse na última ceia: “Este é o meu sangue derramado por vós
para a remissão de pecados”. Assim, pelo que já foi dito, nós chegamos a
conclusão de que a morte de Cristo foi um sacrifício puro e perfeito.

A NATUREZA DO SACRIFÍCIO

O ASPECTO GERAL:
Em termos gerais, o sacrifício de Cristo foi substitutivo ou vicário, ou
seja, não foi por Ele, mas sim por nós, a nosso favor, em nosso benefício.
Todos os sacrifícios de animais do AT tinham este caráter. Cristo é
chamado de o Cordeiro de Deus e a Sua morte é explicada dizendo que o
justo sofreu pelos injustos (1 Pedro 3.18).

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EM RELAÇÃO A DEUS – PROPICIAÇÃO E EXPIAÇÃO:

1. Propiciação
Propiciação, segundo o Dicionário da Bíblia de Almeida, é o ato
realizado para aplacar a ira de Deus, de modo a ser satisfeita a sua
santidade e a sua justiça, tendo como resultado o perdão do pecado e a
restauração do pecador à comunhão com Deus. No AT a propiciação era
realizada por meio dos SACRIFÍCIOS, os quais se tornaram
desnecessários com a vinda de Cristo, que se ofereceu como sacrifício em
lugar dos pecadores (Êxodo 32.30; Romanos 3.25; 1João 2.2).
A luz desta definição tão clara, nós podemos entender como Cristo é a
oferta que apazigua a justa ira de Deus motivada pelo pecado do homem
(Romanos 3.25; 1 João 2.2; 4.10). O pecado do homem havia violado a
Justiça Divina e esta justiça exige o castigo do homem. Cristo nos
substituiu na cruz. Deus nos castigou em Cristo e, assim, satisfazendo a
Sua justiça, Ele pode ser propício a nós.

2. Expiação
O Dicionário da Bíblia de Almeida define expiação como o perdão dos
pecados daqueles que se arrependem deles e os confessam, acompanhado
de reconciliação com Deus, através do SACRIFÍCIO de uma vítima
inocente. No AT a vítima era um animal, figura e símbolo do Cristo
crucificado (Levítico 1-7; Hebreus 9.19-28).
Nosso crime é o pecado. O pecado é ofensa contra Deus. As duas
formas mediante as quais podíamos satisfazer a justiça divina era sofrer a
pena de nosso pecado ou mediante um substituto. No primeiro caso, seria
uma expiação pessoal e no segundo uma expiação vicária. O resultado da
primeira seria condenação; o da segunda é salvação, pois neste caso se
efetua uma mudança: a culpa do pecado é imputada (atribuída) a Cristo e
a justiça de Cristo é imputada ao pecado, por cuja razão Cristo foi
crucificado
pela parte eofendida
o pecador(Deus)
justificado. Note de
no lugar queser
no caso
pelo da expiação
ofensor. é feita
Nisto se
manifesta a graça de Deus.

EM RELAÇÃO AO HOMEM – REDENÇÃO:


Em relação ao homem o sacrifício de Cristo é redenção. O objeto da
propiciação e expiação é Deus, porém, o objeto da redenção, é o homem.
O que entendemos por redenção? Em ambos os testamentos a idéia
fundamental é de uma compra ou resgate mediante o pagamento de um
preço e uma libertação poderosa. O preço é o sangue de Jesus Cristo.

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 13

No AT o redentor tinha que ser um parente próximo (Levítico 25.47-


39). Cristo é o parente dos descendentes de Abraão, pois é Filho de
Abraão e de Davi (Mateus 1.1). Ele é o parente próximo de todos os
homens porquanto é Filho de Adão (Lucas 3.23 e 38). No livro de Êxodo
encontramos tipificada nossa redenção. Ali aprendemos que:
1. A redenção é obra de Deus. Israel não pode fazer nada para
salvar a si mesmo do poder de faraó no Egito. O Egito é um tipo do
mundo com seu pecado e Faraó representa a Satanás como o „princípio
deste mundo‟.
2. A redenção se efetua por meio de uma pessoa, Moisés, o
libertador de Israel é tipo de nosso Grande Libertador: Cristo.
3. A redenção é pelo derramamento de sangue. O sangue do
Cordeiro pascal representa o sangue de Cristo (1 Pedro 1.18-19; 1 Coríntios
5.7).
4. A redenção necessitava de uma manifestação especial de
poder. Em Êxodo o sangue pagou o preço, porém, foi o braço forte do
Senhor que libertou. Em Romanos 7, o crente é apresentado redimido
pelo sangue, porém, lutando com o pecado. No capítulo oito o poder de
Deus é apresentado no Espírito Santo para livrar o crente da „lei do
pecado e da morte‟. Temos que viver no capítulo oito e não no sete!
No NT o verbo „redimir‟ traz a idéia de comprar um escravo para
colocá-lo em liberdade. Os homens aparecem como escravos „ vendido à
escravidão do pecado‟ (Romanos 7.14), „segundo o curso deste mundo,
segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos
filhos da desobediência‟ (Efésios 2.2), „sob maldição‟ (Gálatas 3.10) e
„sentença de morte‟ (1 Coríntios 1.10). Cristo é nosso Redentor, tendo
comprado-nos pelo preço de Seu sangue precioso (Mateus 20.28; 1
Timóteo 2.6; 1 Pedro 1.18-19).
Recordemos que esta salvação é gratuita, porém, não barata, pois
custou o preço incalculável do sangue de Nosso senhor. Aos que já foram
redimidos, a Bíblia nos diz que „fostes comprados por preço. Agora, pois,
glorificai a Deus no vosso corpo‟ (1 Coríntios 6.20).

EM RELAÇÃO A DEUS E AO HOMEM – RECONCILIAÇÃO:


Em relação a Deus e ao homem o sacrifício de Cristo é reconciliação. A
reconciliação, de acordo com J. S. Banks é „a deposição mútua da
inimizade‟. Esta inimizade da parte do homem era pessoal e consistia em
sua atitude pecaminosa contra as leis e o caráter de Deus. Da parte de
Deus, era uma inimizade judicial. Com o sacrifício de Cristo o homem
recebe o perdão de seus pecados e a liberdade do poder do pecado e sua
inimizade para com Deus é deposta, tornando-se um verdadeiro amor

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para com Ele. Deus, por Sua vez, tendo satisfeito a Sua justiça pelo
sacrifício de Cristo, perdoa ao pecador, esquece o pecado e lhe restabelece
à posição de filho (2 Coríntios 5.18-20; Colossenses 1.21; Efésios 2.16).
Quando isso acontece, o homem e Deus têm sido reconciliados.

O VALOR DO SACRIFÍCIO
O Dr. Pendleton apresenta três idéias que ajudam a compreender o
valor do sacrifício de Cristo, as quais vamos apresentar a seguir.

1. O Sacrifício de Cristo foi a consumação dos sacrifícios do


AT. De maneira que os sacrifícios do At eram representações ou tipos do
verdadeiro sacrifício, o de Cristo; e este, por sua vez, é o antítipo ou a
consumação daqueles (Hebreus 9.9-12).
O judeu inteligente ao oferecer suas vítimas não olhava para elas, mas
sim ao futuro, ao grande sacrifício que deus havia prometido (Isaías 53).
Por isso dizemos que o valor daqueles sacrifícios era relativo enquanto
que o valor do sacrifício de Cristo é intrínseco, absoluto, real. Tendo
oferecido o verdadeiro sacrifício, já não é preciso mais oferecer sacrifícios
pelo pecado.

2. A nomeação de Deus. Aqui mencionamos dois textos:


„Eis o Cordeiro de Deus‟ (João 1.29) e „Deus, o Pai, o confirmou com se u
selo‟ (João 6.27). No primeiro versículo citado, Cristo é identificado como
o Cordeiro de Deus, a vítima para o grande sacrifício que havia sido
ordenado por Deus desde a eternidade; no segundo nós temos a idéia do
cordeiro selado com o selo do Templo, que neste caso é Deus quem o sela
e destina para o sacrifício, o qual naturalmente ajuda a compreender o
valor do sacrifício.

3. A dignidade
consideração da pessoa.
a avaliação Este é o de
do sacrifício argumento principal
Cristo. Os que leva
sacrifícios em
do AT,
segundo o argumento da epístola aos Hebreus, careciam do valor para
limpar o pecado porque eram sacrifícios de animais (Hebreus 10.40) e,
portanto, careciam da dignidade necessária. No caso de Cristo, Sua
divindade o faz ter méritos infinitos e inesgotáveis (João 3.16; Hebreus
2.9-14; 1 Timóteo 4.10; Mateus 28.18-20).

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 Lição 1 - Questões Para Revisão


1. Qual é o significado bíblico de „salvação‟?

2. Por que o homem precisa ser salvo?


3. O que significa dizer que a „morte de Cristo foi um sacrifício‟?
4. O que significa dizer que o sacrifício de Cristo foi uma propiciação?
5. O que significa dizer que o sacrifício de Cristo foi uma redenção?
6. O que significa dizer que o sacrifício de Cristo foi uma reconciliação?
7. Qual é o valor do sacrifício de Cristo?

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LIÇÃO DOIS
SOTEROLOGIA (2):
A SALVAÇÃO VEM DO SENHOR

Versículos-Chave
“Mas, com a voz do agradecimento, eu te oferecerei
sacrifício; o que votei pagarei. Ao SENHOR pertence a
salvação!” (Jonas 2.9).

INTRODUÇÃO
Tendo estudado a obra de Cristo em nosso favor, nós agora iremos ver
como a salvação é concedida por Deus e qual é o alcance da obra
salvadora de Cristo.

A SALVAÇÃO VEM DO SENHOR


A doutrina da salvação, conforme é revelada nas Escrituras, não deixa nenhum
lugar para a glória humana, pois ela é, do começo ao fim, uma obra
exclusivamente divina. Isso fere a sabedoria e a capacidade humana, pois nós
queremos ser capazes de salvar a nós mesmos ou, pelo menos, ter alguma
participação na salvação.
Como Caim, nós não estamos satisfeitos com o caminho estabelecido por
Deus, mas queremos traçar nosso próprio caminho e usar o nosso próprio esforço
e capacidade para obter o favor de Deus. No entanto, a verdade claramente
apresentada na Bíblia é que ‘ao SENH OR pertence a salvação! ’(Jonas 2.9).
Outra versão da Bíblia diz „a salvação vem de Deus, o Senhor‟. O Salmo 3.8
também confirma que do Senhor é a salvação.
A salvação vem do Senhor. Não vem do homem e nem de qualquer outra
fonte. Nós não podemos salvar a nós mesmos, de maneira alguma. É por isso que
a morte de Cristo foi substitutiva:
“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos
pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a
Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no
espírito” (1 Pedro 3.18).

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Cristo tomou o nosso lugar não somente porque Ele quis morrer por nós, mas
porque nós precisávamos de um substituto. Somente um sacrifício puro, sem
defeito, santo seria aceitável a Deus (Êxodo 12.5; Levítico 1.3; Malaquias 1.4).
Como nós somos pecadores, nós não somos santos ou puros, portanto, nós
precisávamos de alguém qualificado para tomar o nosso lugar. O único
qualificado para assumir a nossa culpa foi e é Jesus Cristo, nosso Senhor.
Nós não podemos salvar a nós mesmos não somente porque somos pecadores,
mas porque sem Cristo estamos mortos em delitos e pecados:
“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos
delitos e pecados... e estando nós mortos em nossos
delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela
graça sois salvos” (Efésios 2.1, 5).

Ora, menos
muito um morto não pode buscar
se arrepender ou crera no
Deus nem ver
Senhor. Um omorto
reino não
de Deus
tem ae
capacidade de tomar decisões sobre si mesmo. Da mesma forma, o morto
espiritual não pode decidir sobre questões espirituais. Ele tem que ser
vivificado por Deus para poder receber o perdão e a vida eterna.
A Bíblia diz que nós somos salvos pela graça, mediante a fé:
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto
não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para
que ninguém se glorie” (Efésios 2.8-9).

de ADeus
salvação é pelaosgraça,
que salva que significa
pecadores mortos em„favor imerecido‟.
delitos Graça
e pecados. É a ébondade
o amor
e misericórdia de Deus alcançado, chamando e convertendo o pecado. É
por isso também que a Bíblia diz que a vida eterna é um dom gratuito de
Deus (Romanos 6.23). Ninguém pode merecê-la ou obtê-la por qualquer
pessoa ou meio, exceto por meio da graça de Deus através da fé em Jesus
apenas.
Agora, alguém poderá dizer que a graça é o favor de Deus que alguém
recebe sem merecer e assim é salvo gratuitamente somente pela bondade
de Deus, mas que há uma participação humana – a fé. Porém, o texto
bíblico
não vem está
de dizendo
nós, masque
a fé„isto não vem
também. detambém
A fé vós‟. Nãoé éum
somente
dom dea Deus,
graça que
um
favor gratuito que Deus nos concede para que creiamos em Cristo e
sejamos salvos.
E não só isso! Deus não somente dá a fé para crermos em Cristo, mas
Ele também proporciona o meio de recebermos a fé para sermos salvos. A
fé vem por meio da pregação do Evangelho:
“E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela
palavra de Cristo” (Romanos 10.17).

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“Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito


pelas obras da lei ou pela pregação da fé?” (Gálatas
3.2).

“milagres
Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera
entre vós, porventura, o faz pelas obras da
lei ou pela pregação da fé? ” (Gálatas 3.5).

“Porque também a nós foram anunciadas as boas


novas, como se deu com eles; mas a palavra que
ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido
acompanhada pela fé naqueles que a ouviram ”
(Hebreus 4.2).

“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por


vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos
escolheu desde o princípio para a salvação, pela
santificação do Espírito e fé na verdade” (2
Tessalonicenses 2.13).
É por meio da pregação do Evangelho que Deus gera a fé em nosso coração
para que recebamos a salvação em Cristo Jesus. É por isso que a Bíblia também
confirma que Deus escolheu salvar os que crêem por meio da pregação:
“Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o
conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus
salvar os que crêem pela loucura da pregação” (1
Coríntios 1.21).
Resumindo, a salvação vem do Senhor; é um presente de Deus que não pode
ser merecido ou obtido por qualquer esforço, obra ou qualquer outra coisa de
nossa parte. A salvação é simplesmente „Deus, sendo rico em misericórdia, por
causa do grande amor com que nos amou‟ (Efésios 2.4), vindo ao encontro de
defuntos mortos em delitos e pecados, para conceder uma nova vida, uma vida
eterna, o perdão dos pecados, a justificação, filiação, santificação e glorificação.

O ALCANCE DA SALVAÇÃO
Todos os evangélicos concordam que Cristo morreu para salvar os pecadores.
Todos concordam que nem todos serão salvos e que direta ou indiretamente todas
as pessoas se beneficiam da graça de Deus. Porém, uma questão divide os
evangélicos. Qual era a intenção de Deus: fazer com que a salvação estivesse
realmente ao alcance de todos ou somente aos eleitos?
Bem poucos evangélicos defendem o universalismo absoluto, a crença
(errônea) de que a morte de Cristo eventualmente salvará a todas as pessoas e
também os anjos caídos. Para estes universalistas, um Deus bom e misericordioso

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não poderia condenar para sempre os seres a quem Ele ama, de maneira, que no
final da história, todos serão salvos. O texto favorito deles é Atos 3.21, onde se
fala da „restauração de todas as coisas‟. Ainda que o texto incluía a restauração
da humanidade, esta restauração é representativa, pois a verdadeira humanidade
que será restaurada se refere aos filhos de Deus, escolhidos e regenerados por
Deus. Aqueles que forem salvos serão a humanidade restaurada no futuro Reino
de Cristo sobre a terra. Nós somos o „novo homem‟ coletivo e representativo
(Efésios 2.13; 4.24). Os salvos serão a humanidade restaurada, mas nem todos
serão salvos. Então, de fato, não há nenhum texto bíblico que realmente prove, de
alguma maneira, que todas as pessoas serão salvas; ao contrário, há textos
bíblicos claros que apontam para o fato de alguns serão salvos e outros não.
À parte do universalismo absoluto, nós temos as duas principais posições
evangélicas a respeito do alcance da salvação: o universalismo qualificado e o
particularismo. O primeiro defende
em que
Cristo morreudefende
por todos,
quemas
a salvação
só efetuada naqueles que crêem Jesus. O segundo Cristo morreu
somente pelas pessoas que foram soberanamente eleitas por Deus para a
salvação.

UNIVERSALISMO QUALIFICADO:
O universalismo qualificado argumenta que a sua posição é a biblicamente
correta porque:

1. A
seria oferta
uma do sincera
oferta evangelho
da aparte
todosdee Deus.
o convite ao arrependimento
Afinal de contas, comopara
Deustodos não
poderia
estender o convite a todos se Ele já escolheu aqueles que aceitarão o convite?
2. A maioria dos reformadores era favoráveis ao universalismo qualificado e
que foi somente depois da ascensão calvinista que o particularismo (expiação
limitada) se tornou a maioria entre os reformadores.

PARTICULARISMO:
O particularismo defende uma expiação limitada, ou seja, que Cristo morreu
por todos, mas eficazmente, apenas para salvar os eleitos. Segundo esta posição
teológica, „todos os eleitos, e somente eles, são eficazmente chamados; ainda que
outros o possam ser, e multas vezes são exteriormente chamados pelo ministério
da palavra e tenham algumas operações comuns do Espírito, contudo, pela sua
negligência e desprezo voluntário da graça que é oferecida, são justamente
deixados na sua incredulidade e nunca vêm sinceramente a Jesus Cristo (Atos
13.48, e 2.47; Mateus 22.14, e 13.20-21; Salmos 81.11-12; João 12.38-40)1 . ’

1
Catecismo Maior de Westminster.

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Os argumentos dos particularistas usados para mostrar que esta posição é


bíblica são:
1. A Bíblia mostra claramente que Cristo morreu pelas Suas ovelhas (João
10.11, 15), pela
mencionados Igreja 10.45.
em Marcos (Atos 20.28; Efésios 5.25), que são os „muitos‟
2. Além disso, há diversos textos que associam claramente a obra expiadora de
Cristo apenas aos que crêem (João 17.9; Gálatas 1.4; 3.13; 2 Timóteo 1.9; Tito
2.3; 1 Pedro 2.24).
3. Se a expiação é ilimitada, então, Deus seria injusto em não salvar a todos e
os ensinamentos a respeito de eleição e predestinação na Bíblia não fariam o
menor sentido.
4. A exegese e a hermenêutica sadia deixam claro que o uso da linguagem
universal nem sempre é absoluta como podemos ver em Lucas 2.1, João 12.32,
Romanos 5.18 e Colossenses 3.11.

 Lição 2 - Questões Para Revisão


1. Por que é tão difícil para o pecador aceitar que a salvação vem do
Senhor sem qualquer esforço de sua parte?
2. O que ensina o universalismo sobre o alcance da salvação?
3. O que ensina o universalismo qualificado sobre o alcance da salvação?
4. O que ensina o particularismo sobre o alcance da salvação?

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LIÇÃO TRÊS
SOTEROLOGIA (3):
A ORDEM DA SALVAÇÃO

Versículos-Chave
“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os
predestinou para serem conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos
irmãos. E aos que predestinou, a esses também

chamou; e aos
e aos que que chamou,
justificou, a esses
a esses tambémglorificou”
também justificou;
(Romanos 8.29-30).

INTRODUÇÃO
Como estudamos anteriormente, salvação é tanto um ato quanto um
processo.que
eventos Sendo
Deusum processo,
realiza isso consumação
até uma é realizado em nós atravéspor
pré-ordenada de Ele.
vários
A
aplicação destes eventos na salvação de uma pessoa é chamada de a
ordem da salvação.
Os teólogos divergem um pouco quanto à ordem e aos eventos
relacionados à nossa salvação, mas a maioria concorda com a ordem
apresentada nesta lição.
A seguir nós veremos os eventos em ordem que sucedem quando Deus
aplica a salvação a um indivíduo.

ELEIÇÃO
No que diz respeito à salvação, a eleição é o „ato eterno e insondável de
Deus, pelo qual, em sua soberana vontade, Ele escolheu pessoas
coletivamente e individualmente, sem nenhum merecimento da parte
delas (Romanos 9.11), para que por meio de Jesus Cristo (Efésios 1.4)
recebessem pela graça a salvação (Romanos 11.5-6; Efésios 2.8-9; 1 Pedro
1.2; 2 Tessalonicenses 2.13; João 13.18).
A base da eleição para a salvação é o bom prazer de Deus (Efésios 1.5,
11; Mateus 11.25, 26; João 15.16, 19). Deus elege em graça por quem tem o

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direito de fazê-lo (Romanos 9.16, 21) e isso não depende da fé ou


arrependimento, mas da soberana graça de Deus (Romanos 11.4-6;
Efésios 1.3-6).

Tudo oa que
pertence Deuspertence
(Efésiosà 2.8-9;
salvação – tanto os meios
2 Tessalonicenses quanto
2.13; Atos o5.31;
fim 2–
Timóteo 2.25; 1 Coríntios 1.30; Efésios 2.5,10).
O arrependimento e a fé, assim como toda as outras „graças‟, são
exercícios da alma regenerada por Deus. E a regeneração é obra de Deus,
a qual torna uma velha criatura numa nova criação (2 Coríntios 5.17).
Algumas pessoas foram eleitas para a salvação, para a adoção de filhos,
para serem santas e irrepreensíveis em amor (2 Tessalonicenses 2.13;
Gálatas 4.4-5; Efésios 1.4). O objetivo final da eleição é o louvor da graça
de Deus (Efésios 1.6, 12).
A eleição para a salva está inseparavelmente conectada à doutrina da
predestinação. A predestinação se refere ao plano ou propósito de Deus
para a salvação. O significado de „predestinar‟ é que o eterno, soberano,
imutável e incondicional decreto de Deus governa todas os eventos (Atos
4.28; 1 Coríntios 2.7) e, com respeito à salvação, a predestinação significa
que Deus determinou de antemão aqueles que seriam salvos (Romanos
8.29-30; Efésios 1.5, 11).
Esta doutrina não pode ser compreendida plenamente em todos os seus
detalhes porque nós somos seres humanos limitados e temos uma
natureza pecadora que não se submete à soberania de Deus. Nós não
queremos aceitar esta verdade. Porém, como eleitos de Deus, nós que nos
curvar humildemente diante da revelação da Palavra e aceitar que foi do
agrado do Pai proceder assim para com a salvação dos homens.
Até onde podemos compreender, o ensino bíblico da predestinação é
claro. Deus é quem dá ao Filho aqueles que serão salvos e todos os que
forem predestinados irão a Cristo para receber a salvação (João 6.37).
Jesus também ensinou que não somos nós que o escolhemos, mas Ele a
nós (João 15.16).
Na Sua oração sacerdotal, o Senhor afirma que a vida eterna é
concedida a quem o Pai deu a Cristo (João 17.2) e reafirma
categoricamente que Seus discípulos foram dados pelo Pai (João 17.6, 9),
implicando em predestinação. E em Atos 13.48 nós lemos a clara
afirmação de que „creram todos os que haviam sido Em
destinados para a vida eterna‟.
O famoso teólogo Charles Hodge diz que, „corretamente compreendida,
esta doutrina: (1) exalta a majestade e absoluta soberania de Deus,
enquanto ilustra as riquezas de Sua livre graça e Seu justo desprazer pelo
pecado; (2) ela
inteiramente porreforça
graça. para
Assimnós a verdade
ninguém podeessencial
protestardepor
quetera sido
salvação
aceitoé

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ou gloriar-se de salvar a si mesmo; (3) ela traz o inquiridor ao absoluto


desespero e ao cordial abraço da livre oferta de Cristo; (4) no caso do
crente que tem o testemunho em si mesmo, esta doutrina de uma vez
aprofunda sua humildade e eleva a sua confiança para uma plena certeza
da esperança‟2.

O CHAMADO DE DEUS
A doutrina bíblica do chamado nos mostra que Deus chama as pessoas
para que aceitem a salvação realizada por meio de Jesus Cristo (Gálatas
1.6). Contudo, temos que diferenciar a chamada do Evangelho do
chamado eficaz.

CHAMADO EFICAZ:
O chamado eficaz é o chamado irrecusável à salvação que encontra
resposta naqueles que foram predestinados e eleitos por Deus. A Bíblia
diz que Deus chamou aqueles a quem Ele predestinou para a salvação e a
glória eterna (Romanos 8.29-30).
Esse chamado é onipotente e jamais é recusado. É um chamado na
graça, portanto, sem qualquer tipo de mérito da parte do homem (Gálatas
1,4). É um chamado eficaz porque vai além do chamado feito pela
pregação do Evangelho, sendo um resultado da iluminação e santificação
do coração pela ação direta e irresistível do Espírito Santo (João 16.14;
Atos 26.18; João 6.44), que efetivamente atrai os homens a Cristo,
dispondo-os e capacitando-os a receber a verdade (João 6.45; Atos 16.14;
Efésios 1.17).

O CHAMADO DO EVANGELHO:
O fato de Deus soberanamente em Sua graça chamar aos eleitos por
meio da obra interior do Espírito Santo não anula o fato de que Deus
chama também por meio do Evangelho.
Porém, convém saber que, enquanto o chamado eficaz é somente para
os eleitos, o chamado por meio do Evangelho é para todos, inclusive para
os eleitos.
Há um texto que fala claramente destes dois aspectos do chamado
divino à salvação:
“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por
vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos

2
Hodge, Charles. Outlines of Theology.

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escolheu desde o princípio para a salvação, pela


santificação do Espírito e fé na verdade, para o que
também vos chamou mediante o nosso evangelho,
para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus
Cristo” (2 Tessalonicenses 2.13-14).
O chamado eficaz é visto na expressão „Deus vos escolheu desde o
princípio para a salvação‟ e a expressão „pela santificação do Espírito‟ fala
da obra interior pela qual o chamado é irresistível. „Vos chamou mediante
o nosso evangelho‟ apresenta o chamado do evangelho, que é um
chamado exterior e necessita ser respondido com „fé na verdade‟.
Este convite do Evangelho é feito a todos os seres humanos, porém, a
chamada eficaz se dirige apenas aos eleitos. A chamada eficaz, contudo,
não anula a necessidade de que os eleitos escutem a mensagem do
Evangelho. Portanto, a proclamação humana do Evangelho também está
envolvida na chamada eficaz dos eleitos.
Grudem define o chamado eficaz desta maneira:
“É um ato de Deus Pai, falando através da proclamação
humana do evangelho, pelo qual ele convoca as pessoas para si
mesmo de tal modo que elas respondem com fé salvífica 3”.
É importante notar, porém, que as pessoas não serão salvas pelo poder
do chamado interior do Espírito à parte do chamado do Evangelho. As
duas coisas vão juntas e são necessárias para a salvação dos eleitos. Então,
mesmo para os eleitos, a resposta ao convite do evangelho tem que ser
voluntária e determinada.
É por isso que Deus insiste e comanda que o Evangelho seja
proclamado a todos; porque Ele determinou que a fé para a salvação dos
eleitos seria gerada no coração deles ao ouvirem o evangelho. Assim, o
questionamento do apóstolo Paulo é plenamente válido para os eleitos:
“Como, porém, invocarão aquele em quem não
creram? E como crerão naquele de quem nada
ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”
(Romanos 10.14).
Assim, em Sua sabedoria, soberania e graça, o Senhor escolheu aqueles
que seriam salvos antes da fundação do mundo e determinou que eles
ouviriam o evangelho, seriam convencidos pelo Espírito Santo e, pela fé
gerada no coração pela pregação da Palavra, voluntariamente, decidiriam
receber a salvação em Cristo.

3
Grudem, Wayne. Teologia Sistemática, pg. 580. Edições Vida Nova: 2000.

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 26

NASCIMENTO NOVO
O próximo passo no processo de salvação, que ocorre no exato
momento em que o Espírito ilumina e transmite fé pela Palavra ao
coração do eleito, é o novo nascimento ou regeneração.
A regeneração também é uma obra de Deus. Segundo o Dicionário da
Bíblia de Almeida, ela é uma „mudança operada pelo Espírito Santo no
coração de uma pessoa que, levada à fé salvadora, abandona o pecado e
passa a viver uma nova vida voltada para Deus e para o próximo ‟ (João
3.3-7; 1 João 2.29; 3.9; 4.7; 5.1,4, 18).
O novo nascimento é o lavar do Espírito Santo (Tito 3.5), que opera
uma mudança miraculosa na vida da pessoa, de maneira que ela passa da
morte para a vida (1 João 3.14) e se torna uma nova criatura em Cristo
Jesus (2 Coríntios
renovação de mente5.17), ser nascido
(Romanos outra
12.2), servez (João 3.5),
vivificado passar 2.1,
(Efésios por 5)
umae
ressuscitando da morte (Efésios 2.6).
Esta experiência é efetuada pelo Espírito Santo e não tem nenhuma
origem no homem, mas sim em Deus (João 1.12, 13; 1 João 2.29; 5.1, 4). E
a necessidade desta mudança para a salvação é enfaticamente afirmada na
Bíblia (João 3.3; Romanos 7.18; 8.7-9; 1 Coríntios 2.14; Efésios 2.1; 4.21-
24).

CONVERSÃO
Algumas vezes a conversão é igualada à regeneração, mas na verdade
ela vem um pouquinho após o novo nascimento. A regeneração é o ato
pelo qual Deus concede vida para que o pecador eleito possa responder
com fé ao Evangelho. Desta maneira, a conversão segue à regeneração,
porém, não há uma espera entre os dois. É quase um ato simultâneo,
embora a regeneração produza a conversão.
O eleito é salvo não somente porque foi escolhido, mas porque tendo
sido escolhido é regenerado e levado à conversão pela obra do Espírito e
fé na verdade
Assim, que lhe foié proclamada.
a conversão uma mudança de vida operada por Deus (Atos
15.3) e tem dois aspectos: (1) o arrependimento, por meio do qual o
pecador é tocado por Deus e reconhece o seu pecado e sente tristeza por
ele, decidindo abandoná-lo, e (2) fé ou confiança na pessoa e na obra
salvadora de Cristo que leva o pecador a aceitar os benefícios. O resultado é
uma mudança total de atitude e de vida (Mateus 3.2-8; 2 Coríntios 7.9-10;
2 Pedro 3.9).

JUSTIFICAÇÃO

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 27

„Justificação‟ é um termo que é o oposto à „condenação‟. Como respeito


à sua natureza, a justificação é um ato judicial de Deus por meio do qual
Ele, em graça, perdoa e absolve da culpa de todos os pecados aqueles que
crêem em Cristo, e considera, aceita e trata com eles como justos aos
olhos da lei. A base para esse perdão é que Jesus cumpriu a Lei em lugar
dos seres humanos e sofreu o castigo pelos pecados deles (Romanos 5.12-
21).
Além do perdão dos pecados, a justificação declara que todas as
reivindicações da lei estão satisfeitas em relação ao justificado. É o ato de
um juiz e não de um soberano. A lei não é relaxada ou colocada de lado,
mas é declarada cumprida no sentido extrínseco; e assim a pessoa
justificada é declara como qualificada para todas as vantagens e
recompensas da perfeita obediência à Lei (Romanos 5.1-10). Isso se dá
porque é imputada
Representante legal,ou credita
Jesus ao(Romanos
Cristo crente a justiça
10.3-9).ativa e passiva do seu
A justificação, portanto, não é a absolvição de um homem sem justiça,
mas a declaração de que ele possui uma justiça que é perfeita e que para
sempre satisfez a lei, ou seja, a justiça de Cristo (2 Coríntios 5.21;
Romanos 4.6-8). A única condição sob a qual a justiça é imputada ou
creditada ao crente é fé no Senhor Jesus Cristo.
A fé é chamada de „a condição‟, não porque ela possui qualquer mérito,
mas apenas porque ela é o instrumento, o único instrumento pelo qual a
alma se apropria
Filipenses de Cristo
3.8-11; Gálatas 2.16). e de Sua justiça ( Ro 1.17 3.25,26 4.20-22;
O ato de fé o qual assegura a nossa justificação também assegura a nossa
santificação; e assim a doutrina da justificação pela fé não leva à licenciosidade
(Romanos 6.2-7). Assim também as boas obras não justificam, mas são as
conseqüências seguras da justiça (Romanos 6.14; 7.6).

ADOÇÃO
Adoção é o ato de tornar legalmente filho aquele que não é filho por
natureza; aquele que não é filho recebe o nome e a posição e os privilégios de um
filho. Pela adoção Deus aceita como membros da sua família os pecadores que se
voltam para ele com arrependimento e fé (Romanos 8.15-18; Gálatas 3.26-28;
4.5).
Por Sua graça, Deus traz os eleitos à Sua família redimida e os torna
participantes de todas as bênçãos que Ele providenciou para eles. A adoção
representa a nova relação à qual o crente é introduzido pela justificação e os
privilégios relacionados tais como um interesse peculiar do amor de Deus (João
17.23; Romanos 5.5-8), uma natureza espiritual (2 Pedro 1.4; João 1.13), a
possessão de um Espírito que o torna filho de Deus (1 Pedro 1.14; 2 João 1.4;

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 28

Romanos 8.15-21; Gálatas 5.1; Hebreus 2.15), presente proteção, consolação e


suprimento (Lucas 12.27-32; João 14.18; 1 Coríntios 3.21-23; 2 Coríntios 1.4),
correções paternas (Hebreus 12.5-11) e uma herança futura gloriosa (Romanos
8.17, 23; Tiago 2.5; Filipenses 3.21).

SANTIFICAÇÃO
Brevemente declarado, a santificação é o ato, estado e processo pelo
qual Deus nos torna santos (Romanos 6.19-22; 1 Tessalonicenses 4.1-7). É
realizada na vida do salvo pela ação do Espírito Santo (2 Tessalonicenses
2.13; 1 Pedro 1.2).
A santificação é mais do que uma mera reforma do caráter, efetuada
pelo poder da verdade: é a obra do Espírito Santo fazendo com que a
natureza completa do homem esteja mais e mais sob a influência dos
novos e graciosos princípios implantados nele pela regeneração. Em
outras palavras, a santificação é levar à perfeição a obra começada na
regeneração, e ela se estende ao ser integral do homem (Romanos 6.13; 2
Coríntios 4.6; Colossenses 3.10; 1 João 4.7; 1 Coríntios 6.19).
A realização desta obra é o ofício especial do Espírito Santo no plano da
redenção (1 Coríntios 6.11; 2 Tessalonicenses 2.13). A fé é instrumental para
assegurar a santificação, da mesma maneira como ela (a) assegura a união com
Cristo (Gálatas 2,20) e (b) leva o crente para um vivo contato com a verdade, por

meio do qual ele éperfeita


A santificação levado anão
obedecer a Deus.
pode ser obtida nesta vida (Provérbios 20.9; Tiago
3.2; 1 João 1.8; Romanos 7.14-25; 1 Timóteo 1.15).

GLORIFICAÇÃO
“E aos que predestinou, a esses também chamou; e
aos que chamou, a esses também justificou; e aos que
justificou, a esses também glorificou” (Romanos
8.30).
Os crentes não somente são justificados e santificados, mas também
serão glorificados. Isso significa ser levado à glória final para a qual Deus
nos predestinou (Romanos 8.17-18), na qual nunca mais pecaremos ou
sofreremos qualquer corrupção moral ou física. O verbo „glorificou‟ se
encontra no passado porque isto é tão certo quanto a nossa justificação.
De fato, o propósito de Deus sempre foi levar os eleitos à glorificação.
Deus nos chamou para compartilhar da glória de Cristo:
“Para o que também vos chamou mediante o nosso
evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor
Jesus Cristo” (2 Tessalonicenses 2.14).

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 29

“A fim de que também desse a conhecer as riquezas da


sua glória em vasos de misericórdia, que para glória
preparou de antemão” (Romanos 9.23).

A morte de Cristo visava levar os filhos de Deus à glória:


“Porque convinha que aquele, por cuja causa e por
quem todas as coisas existem, conduzindo muitos
filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de
sofrimentos, o Autor da salvação deles ” (Hebreus
2.10).
Nós fomos feitos herdeiros de Deus com Cristo e seremos glorificados
com Ele:
“Ora, se somos filhos, somos também herdeiros,
herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com
ele sofremos, também com ele seremos glorificados.
Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos
do tempo presente não podem ser comparados com a
glória a ser revelada em nós” (Romanos 8.17-18).
A glorificação se dará por ocasião da vinda de Cristo, quando os mortos
em Cristo serão ressuscitados e glorificados:
“Pois assim também é a ressurreição dos mortos.
Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na
incorrupção. Semeia-se
glória” (1 Coríntios 15.42).em desonra, ressuscita em
Aqueles que estiverem vivos por ocasião do retorno de Cristo, eles serão
transformados (1 Tessalonicenses 4.13-18) e glorificados:
“O qual transformará o nosso corpo de humilhação,
para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a
eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si
todas as coisas” (Filipenses 3.21).
Normalmente, se costuma dizer que a salvação efetuada em 3 tempos:
 Passado – justificação: já fomos justificados por Cristo e nosso
espírito foi vivificado para Deus; fomos salvos da culpa e
punição do pecado;
 Presente – santificação: estamos sendo transformados em
nosso caráter, pensamentos e ações, para nos tornarmos cada vez
mais parecidos com Jesus Cristo; estamos sendo salvos do
poder do pecado;
 Futuro – glorificação: – no futuro, quando Jesus Cristo
retornar, nós seremos levados à perfeição completa (não mais
cometer pecados) e receberemos um corpo glorioso e

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incorruptível como o de Cristo; e estaremos salvos para sempre


da presença do pecado.
A glorificação é a nossa salvação futura, por isso nós somos ‘guardados
pelo poder de Deus, mediante a fé
, para a salvação pr eparada par a r evelar -se
no último tempo’ (1 Pedro 1.5).
Hoje estamos sendo transformados para sermos como Jesus; na
glorificação nós seremos realmente como Ele:
“Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se
manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que,
quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele,
porque haveremos de vê-lo como ele é” (1 João 3.2).
Esta esperança certa e inevitável deve guiar cada crente à santificação
neste tempo que precede a nossa glorificação:
“E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta
esperança, assim como ele é puro” (1 João 3.3).

 Lição 3 - Questões Para Revisão


1. O que é eleição?
2. O que o chamado eficaz?
3. Qual é a diferença entre o chamado eficaz e o chamado do Evangelho?
4. O que é o novo nascimento?
5. O que é a conversão?
6. O que é a justificação?
7. O que é a adoção?
8. O que é a santificação?
9. O que é a santificação?
10. O que é a glorificação?

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 31

LIÇÃO QUATRO
SOTEROLOGIA (4):
MORTE E PERSEVERANÇA DOS
SANTOS

Versículos-Chave
“Estou plenamente certo de que aquele que começou
boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de
Cristo Jesus” (Filipenses 1.6).

INTRODUÇÃO
Na lição anterior, nós consideramos a ordem da salvação e abordamos
resumidamente diferentes doutrinas da salvação. Há mais duas doutrinas
importantes referentes à salvação do crente: a destino do crente ao
morrer e a perseverança dos santos. A seguir, nós consideraremos
brevemente estas doutrinas.

O DESTINO DO CRENTE APÓS A MORTE


A morte é o fim da vida natural e um dos resultados da queda do
homem em pecado:
“Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não
comerás; porque, no dia em que dela comeres,
certamente morrerás” (Gênesis 2.17).
“Portanto, assim como por um só homem entrou o
pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, porque
todos pecaram” (Romanos 5.12).
A morte é a separação do espírito (e/ou alma) do corpo:
“E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a
Deus, que o deu” (Eclesiastes 12.7).
Para o não-crente, a morte sela definitivamente a sua condenação.
Embora aqueles que não crêem em Cristo já estejam condenados por não
crerem (João 3.18, 36), é somente por ocasião da morte que ele

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 32

finalmente e tristemente se tornará convencido de seu destino eterno sem


Cristo.
Para o salvo, a morte é a passagem à vida eterna com Cristo:
“Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste
tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um
edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus” ( 2
Coríntios 5.1).
“Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o
desejo de partir e estar com Cristo, o que é
incomparavelmente melhor” (Filipenses 1.23).
A Bíblia ensina que quando os salvos morrem eles vão para o Céu, o
lugar da eterna bênção do justo. É para lá que vão os espíritos
desencarnados dos salvos.
As Escrituras descrevem e nomeiam o Céu de várias maneiras:
A casa do Pai (João 14.2).

 O Paraíso (Lucas 23,43; 2 Coríntios 12.4; Apocalipse 2.7).


 A Jerusalém Celestial (Gálatas 4.26; Hebreus 12.22; Apocalipse
3.12).
 O reino do Céu (Mateus 25.1; Tiago 2.5).

O reino eterno (2 Pedro 1.11).
A herança eterna (1 Pedro 1.4; Hebreus 9.15).

Uma pátria melhor (Hebreus 11.14, 16).


A Bíblia diz daqueles que vão para o Céu que eles sentarão com Abraão,
Isaque e Jacó, e estarão no seio de Abraão (Lucas 16.22; Mateus 8.11), e
reinarão com Cristo (2 Timóteo 2.12) e desfrutarão do descanso de Deus
(Hebreus 4.10, 11).
No Céu, as bênçãos do salvo consistem de:

A possessão da vida eterna e de um eterno peso de glória (2
Coríntios 4.17).
 Isenção de todo sofrimento para sempre e um libertação de todos os
males (2 Coríntios 5.1, 2).
 Ausência de uma sociedade ímpia (2 Timóteo 4.18).
 Bênçãos sem fim, plenitude de alegria para sempre (Lucas 20.36; 2
Coríntios 4.16, 18; 1 Pedro 1.4; 5.10; 1 João 3.2).
O Céu não é somente um estado de eterna bênção, mas também um
„lugar‟, um lugar preparado para os salvos (João 14.2).

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A PERSEVERANÇA DOS SANTOS


A perseverança dos santos significa que os crentes certamente
continuaram num estado de graça que os impede de cair em pecado e
perderem a salvação. Isso significa que uma vez justificado e regenerado,
o crente não pode, totalmente ou finalmente, se afastar da graça de Deus,
mas com certeza perseverará nela e alcançará a vida eterna. Esta doutrina
é claramente ensinada nas seguintes passagens:
“Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e
ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que
meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai
ninguém pode arrebatar” (João 10.28-29).
“Porque os dons e a vocação de Deus são
irrevogáveis” (Romanos 11.29).
“Estou plenamente certo de que aquele que começou
boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de
Cristo Jesus” (Filipenses 1.6).
“Que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a
fé, para a salvação preparada para revelar-se no
último tempo” (1 Pedro 1.5).
A perseverança dos santos está definitivamente vinculada e
dependente, e só pode ser plenamente compreendida e aceita à luz das
seguintes verdades:
Imutabilidade dos decretos divinos (Jeremias 31.3; Mateus 24.22-

24; Atos 13.48; Romanos 8.30).


As provisões da aliança da graça (Jeremias 32.40; João 10.29; João

17.2-6).
A expiação e intercessão de Cristo (Isaías 53.6,11; Mateus 20.28; 1

Pedro 2.24; João 11.42; 17.11,15 20; Romanos 8.34) e...



Habitação do Espírito Santo (João 14.16; 2 Coríntios 1.21,22; 5.5;
Efésios 1.14; 1 João 3.9).
Deve ficar claro que esta doutrina não significa, em hipótese alguma,
que o crente não pecará antes da glorificação do corpo.
A seguir, nós reproduzimos algumas perguntas do Catecismo Maior de
Westminster sobre a perseverança dos santos:
Não poderão os crentes verdadeiros cair do estado de
graça, em razão das suas imperfeições e das multas
tentações e pecados que os surpreendem?

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Os crentes verdadeiros, em razão do amor imutável de Deus e


do seu decreto e pacto de lhes dar a perseverança, da união
inseparável entre eles e Cristo, da contínua intercessão de
Cristo por eles e do Espírito e semente de Deus permanecendo
neles, nunca poderão total e finalmente cair do estado de
graça, mas são conservados pelo poder de Deus, mediante a fé
para a salvação (Jeremias 31.3; João 13.1; 2 Timóteo 2.19; 2
Samuel 23.5; 1 Coríntios 1.8-9; Hebreus 7.25; Lucas 22.32; 1
João 3.9, e 2.27; Jeremias 32.40; João 10.28; 1 Pedro 1.5;
Filipenses 1.6).

Poderão os crentes verdadeiros ter certeza infalível de


que estão no estado da graça e de que neste estado
perseverarão até a salvação?
Aqueles que verdadeiramente crêem em Cristo, e se esforçam
por andar perante Ele com toda a boa consciência, podem, sem
uma revelação extraordinária, ter a certeza infalível de que
estão no estado de graça, e de que neste estado perseverarão
até a salvação, pela fé baseada na verdade das promessas de
Deus e pelo Espírito que os habilita a discernir em si aquelas
graças às quais são feitas as promessas da vida, testificando
aos seus espíritos que eles são filhos de Deus (1 João 2.3; 1

Coríntios 2.12;
12; Romanos 1 João
8.16; 4.13,
1 João 16 e2 Timóteo
5.13; 3.14, 18-21, 24; Hebreus 6.11-
1.12).

Têm todos os crentes sempre a certeza de que estão no


estado da graça e de que serão salvos?
A. certeza da graça e salvação, não sendo da essência da fé,
crentes verdadeiros podem esperar muito tempo antes do
consegui-la; e depois de gozar dela podem sentir enfraquecida
e interrompida essa certeza, por muitas perturbações,
Pecados,
sem uma tentações e deserções;
tal presença e apoio docontudo nunca
Espírito são deixados
de Deus, que os
guarda de caírem em desespero absoluto (2 Pedro 1.10; 1 João
5.13; Salmos 77.7-9, e 22.1 e 31.22, e 73.13-15, 23; 1 João 3.9;
Isaías 54.7-11).

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 Lição 4 - Questões Para Revisão


1. Qual é o destino do crente após a morte?

2. O que é a doutrina da perseverança dos santos?

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LIÇÃO CINCO
ECLESIOLOGIA (1):
EXISTE UM MODELO PARA A IGREJA

Versículos-Chave
“Irmãos, sede imitadores meus e observai os que
andam segundo o modelo que tendes em nós”
(Filipenses 3.17).

INTRODUÇÃO
A palavra „eclesiologia‟ vem da palavra grega traduzida como „igreja‟ em
nossas Bíblias – ekklesia. Eclesiologia, portanto, é o estudo da Igreja.
No curso Eclesiologia Prática, Volumes 1 e 2, nós abordamos mais as
questões práticas da Igreja. Mesmo quando nós abordamos questões da
natureza da Igreja, nós procuramos fazer uma aplicação mais funcional.
Além disso, investigamos
funcionamento. ali as encontrar
Então, é possível funções ou propósitos
algum materialdasimilar
Igrejaaqui.
e seu
No entanto, nestes estudos de eclesiologia, nós nos deteremos mais em
descobrir a doutrina da Igreja do Novo Testamento, tentando mostrar não
somente a importância de compreender o que a Bíblia ensina sobre a
Igreja, mas a partir daí encorajar a edificação de igrejas segundo o modelo
encontrado no Novo Testamento.
Como em outros temas, você será confrontado com idéias e argumentos
que possivelmente você nunca conheceu antes ou que não são comuns no
meio evangélico.
homens, mas sim aPorém, o nosso
Deus. Assim, nóscompromisso
queremos sernão
fiéiséem
satisfazer aoso
transmitir
ensino bíblico sobre a Igreja sem preconceitos e, principalmente,
determinados a seguir o padrão claramente estabelecido nas Escrituras
apostólicas.

A IMPORTÂNCIA DESTE ESTUDO


Hoje em dia nós encontramos muitos tipos de igreja; há igrejas para
todos os gostos. As razões para a existência de tantas igrejas são tão
variadas quanto o número de igrejas existentes. Porém, uma das

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principais razões para a existência de igrejas diferentes é a ignorância e,


conseqüentemente, a rejeição do modelo bíblico da Igreja.
Poucos crentes sabem que há um modelo na Bíblia e que a Igreja
deveria segui-lo
lêem a Bíblia, para
mas nãoorientar corretamente
conseguem a suaali,vida
perceber que nasepáginas
ministério. Eles
do Novo
Testamento, Deus estabeleceu um padrão para a Igreja seguir. Por outro
lado, alguns crentes acreditam que a Bíblia fornece um modelo para a
Igreja, mas eles têm rejeitado este modelo, seguindo as diretrizes e
padrões estabelecidos por seus líderes e denominações.
Nós precisamos abandonar os modelos que existem por aí, do contrário
não poderemos edificar uma igreja segundo o modelo de Deus. Como
podemos dizer que uma igreja é “bíblica”, se ela não é edificada conforme
o ensinamento bíblico? É impossível!
Uma igreja, para ser bíblica, deve seguir o modelo bíblico. Se uma
igreja não segue o padrão claramente estabelecido nas Escrituras do Novo
Testamento, ela não poderá dizer que é bíblica. E, se uma igreja não é
bíblica, por que razão nós deveríamos continuar participando dela ou
edificando-a? Somente o que é edificado sobre a Palavra de Deus é que
resistirá ao julgamento de Deus (1 Coríntios 3.10-17; Hebreus 12.25-29; 1
Pedro 4.17; Mateus 7.24-27).

EVIDÊNCIAS BÍBLICAS DE UM MODELO


As Escrituras do Novo Testamento nos mostram com clareza que a
Igreja foi edificada segundo um padrão, um modelo, e que este modelo
deveria ser seguido por todas as gerações.
Jesus falou a respeito da edificação da Igreja e disse:
“E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não
poderão vencê-la” (Mateus 16.18, NVI).
O Senhor Jesus apontou para uma “pedra” (rocha) sobre a qual a Sua
Igreja
Pedro,seria
cujo edificada. Esta pedra
nome significa “uma não se referia
pedrinha”. nem se
A Igreja refere
não seriaaoe apóstolo
não está
sendo edificada sobre uma pedrinha, mas sim sobre uma rocha firme e
poderosa. Esta rocha é a revelação de Jesus Cristo como o Cristo, o Filho
do Deus vivo (Mateus 16.15-17). Uma igreja bíblica não está edificada
sobre homens, doutrinas ou nomes; ela está edificada sobre a rocha da
revelação de Jesus Cristo como o Messias, o Filho de Deus.
Mais adiante nós estudaremos um pouco mais acerca deste
fundamento da Igreja. Aqui nós queremos apenas enfatizar que, ao
declarar que a Igreja seria edificada sobre a rocha da revelação de Sua
glória, o Senhor Jesus mostrou que haveria um padrão sobre o qual o

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Corpo de Cristo seria edificado, bem como as suas representações locais,


as igrejas ou comunidades locais. Paulo confirmou isso ao ensinar que
„ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está
posto, que é Jesus Cristo ‟ (1 Coríntios 3.11, NVI). Assim, as igrejas
devem ser edificadas sobre este único fundamento, do contrário elas não
poderão ser consideradas “igrejas bíblicas”.
Ao predizer que Sua Igreja seria edificada sobre a rocha (algo que não
pode ser removido facilmente ou naturalmente), o Senhor Jesus estava
estabelecendo o princípio de que a Igreja deveria ser edificada de acordo
com um padrão, um modelo. Ele mesmo se tornou o fundamento padrão
sobre o qual as igrejas de todas as épocas e lugares deveriam e devem ser
estabelecidas; não há outro fundamento ou alicerce e este padrão deve ser
preservado e mantido nas igrejas de hoje.
O tabernáculo de Moisés – figura de Cristo e da Igreja – foi edificado
segundo um modelo. Nós lemos sobre isso em Atos 7.44 e Hebreus 8.5.
Moisés foi instruído a construir o tabernáculo, sua mobília e tudo o que
estava relacionado a ele, de acordo com o modelo que Deus lhe havia
mostrado. Moisés não teve liberdade para “inventar” e fazer as coisas
segundo o que lhe parecia melhor; ele havia sido ordenado a edificar
segundo um padrão que ele havia contemplado – que Deus lhe mostrara
lá no monte.
O escritor de Hebreus nos diz que o tabernáculo de Moisés era uma
cópia
ser do santuário
edificado que está
exatamente nos céus
segundo (Hebreus
o modelo 8.5) e, portanto,
encontrado deveria
ali nos céus. Ora,
que se faça a vontade de Deus aqui na terra como é feita no céu (Mateus
6.10). A Igreja é o atual tabernáculo de Deus, no qual Ele habita por meio
do Seu Espírito (1 Coríntios 3.16; Efésios 2.20-22). A Igreja é a casa de
Deus (1 Timóteo 3.15), o lugar de habitação de Deus. E, assim como o
tabernáculo, ela deveria ser edificada conforme o modelo dado por Deus.
Esse modelo foi transmitido em princípios e valores por Cristo aos Seus
apóstolos. Depois, estes princípios e valores assumiram funções e formas
ensinadas e exemplificadas pelos apóstolos, incluindo Paulo. Assim, no
Novo Testamento,
registra que conta
os ensinamentos a história
de Cristo de Seus
e dos Jesus apóstolos,
e da Igreja,
nósbem como
temos o
modelo e o padrão para a edificação da Igreja em todos os lugares.
Paulo propositalmente estabeleceu um modelo de vida cristã para ser
seguido pelos crentes: “Não por que não tivéssemos tal direito,
mas para que nos tornássemos um modelo para ser imitado
por vocês” (2 Tessalonicenses 3.9, NVI).
Contudo, o padrão estabelecido por Paulo não se limitava à vida cristã,
mas abrangia as doutrinas e as práticas da igreja. A sã doutrina tinha um
padrão que deveria ser retido: “Retenha, com fé e amor em Cristo
Jesus, o modelo da sã doutrina que você ouviu de mim” (2

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Timóteo 1.13, NVI). Este modelo de ensino era tão claro que Timóteo o
seguiu de perto (2 Timóteo 3.10). Paulo elogia os cristãos de Roma porque
depois que eles foram libertos do pecado, eles se entregaram de coração à
“forma” [padrão, modelo] da doutrina na qual foram ensinados (Romanos
6.17).
Paulo ensinava a mesma doutrina e dava as mesmas orientações em
cada igreja (1 Coríntios 4.17; 7.11). Ele só podia fazer isso porque havia um
padrão, um modelo a seguir. E o modelo não deveria ser visto ou buscado
somente em Paulo. O apóstolo alertou a respeito daqueles que
ministravam entre as igrejas e não seguiam o padrão apresentado por ele:
“Irmãos, sigam unidos o meu exemplo e observem os que
vivem de acordo com o padrão que lhes apresentamos”
(Filipenses 3.17, NVI).
As instruções que Paulo havia dado a Timóteo, que agora fazem parte
do Novo Testamento, deveriam ser seguidas sem parcialidade (1 Timóteo
5.21). As tradições apostólicas (diretrizes acerca do viver cristão e do
funcionamento da igreja) deveriam ser seguidas fielmente (1 Coríntios
11.2; 2 Tessalonicenses 2.15).
Fica muito claro nas Escrituras citadas acima que havia um padrão não
somente para o viver cristão, mas também para a doutrina que deveria ser
ensinada nas igrejas e como as igrejas deveriam funcionar. As igrejas não
eram edificadas com as tradições e doutrinas humanas, mas com a
doutrina apostólica
Se quisermos que estabelecia
edificar o padrão
igrejas bíblicas, nóspara todas
temos queasseguir
igrejas.o padrão
estabelecido para a Igreja, pois há um modelo da Igreja do Novo
Testamento e nós podemos e devemos segui-lo em nossos dias.

 Lição 5 - Questões Para Revisão


1. Existem bases bíblicas para provar que há um modelo a ser seguido
pela igreja? Justifique.
2. Quais são algumas evidências bíblicas de que havia um modelo?

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LIÇÃO SEIS
ECLESIOLOGIA (2): A IGREJA -
DEFINIÇÃO, NATUREZA E ORIGEM

Versículos-Chave
“Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à
igreja” (Efésios 5.32).

INTRODUÇÃO
Infelizmente, nós ainda vivemos em dias de profunda confusão a respeito da
Igreja. Por um lado, nós temos as massas incrédulas e decepcionadas com a
Igreja Institucional, que confunde o corpo vivo de Cristo com religiões,
denominações e organizações que levam Seu nome. Por outro lado, há
incontáveis cristãos que, embora evangélicos, deixam de desfrutar da Igreja em
sua pureza por causa dos ensinos errôneos que proliferam por aí sobre a natureza,
missão, formas e funções da Igreja.
Eu não sei quanto a você, mas para mim a Igreja é uma coisa preciosa demais
e que merece bastante da nossa atenção. A Igreja é preciosa para mim porque,
primeiramente, ela é preciosa para Deus. A Bíblia mostra-nos isso de maneira
clara quando ela diz:
“Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como
Cristo amou a igreja e entregou-se por ela para
santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água
mediante a palavra, e para apresentá-la a si mesmo
como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa
semelhante, mas santa e inculpável” (Efésios 5.25-27).
Jesus ama a Cristo e está santificando-a, preparando-a para apresentá-la a Si
mesmo como igreja gloriosa. Uma das maneiras pelas quais Ele tem feito isso é
através dos ministérios de Efésios 4.11: apóstolos, profetas, evangelistas,
pastores e mestres. Através destes ministérios ungidos nós temos recebido um
entendimento claro da vontade revelada por Deus em Sua Palavra. Assim, é na
medida em que nos curvamos à revelação bíblica que nos tornamos cada vez
mais a Igreja gloriosa que Jesus está preparando para ser a Sua noiva eterna.

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 41

Portanto, para que possamos edificar igrejas verdadeiramente bíblicas, nós


temos que conhecer e compreender os ensinamentos do Novo Testamento que
definem o que é a igreja, sua origem e sua natureza.

O QUE É UMA IGREJA?


A palavra que em nossas Bíblias é traduzida como „igreja‟ é ekklesia (grego).
Provavelmente, ele vem de kuriakon, que significa „a casa do Senhor‟. No NT, a
palavra ekklesia é sinônima do hebraico kahal, que significa uma „assembléia‟,
cujo significado só pode ser determinado corretamente de acordo com o seu uso.
Ela é usada no sentido comum de „assembléia‟ ou ajuntamento em Atos 19.32,
39, 41. Porém, a maioria do uso do NT se refere ao povo de Cristo.
Ekklesia nunca foi usada no NT para designar um local de adoração e só
recebeu este significado quando os primeiros templos cristãos foram construídos
por volta do 4º século; também nunca foi usada ali para designar uma
denominação com estatuto e regimento próprio ou mesmo uma religião. Isso é
importante porque nos ajuda a perceber o que não é a Igreja.
A Bíblia faz uso da palavra “igreja” em quatro aspectos diferentes, porém,
interligados. Os quatro aspectos da igreja nos mostram que ela:
 É Universal – 1 Coríntios 12.12-13; Romanos 12.4-6 – a uma só Igreja
em todo o mundo, composta por todos os verdadeiros seguidores de Cristo –
aqueles que através do arrependimento e fé foram unidos a Cristo e receberam o
perdão dos pecados e a vida eterna. Por um lado, essa Igreja “universal” é
invisível, cujos membros – os verdadeiros salvos – são conhecidos apenas por
Deus. Por outro lado, essa Igreja é visível, pois ela é reconhecida como sendo
formada por todos aqueles que se declaram seguidores de Jesus. A Igreja, o
Corpo Universal de Cristo, se expressa visível e praticamente através de:
 Igrejas regionais, ou seja, várias igrejas em uma mesma região ou cultura
podem ser denominadas de “a igreja” ali – Atos 9.31; 15.41; Romanos 16.4; 1
Coríntios 16.19; Gálatas 1.1; 2 Coríntios 8.1.
 Uma igreja na cidade , ou seja, o corpo visível formado por todos os

cristãos
13.1. de uma cidade – 1 Coríntios 1.1; Atos 8.1; 1 Tessalonicenses 1.1; Atos
 Várias igrejas ou comunidades locais dentro de uma mesma cidade – 1
Coríntios 16.19; Filemon 1.2; Romanos 16.5, 14, 15; Colossenses 4.15.
Baseado nestes usos bíblicos, nós podemos definir „igreja‟:
Um gr upo de pessoas unidas a Cristo pela f ée compr ometidas em viver par a
Deus em comuni dade e conf orme os ensin amentos de Cr isto (da Bíblia).

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A NATUREZA DA IGREJA
A Bíblia usa diversas figuras ou imagens para compreendermos a natureza da
Igreja:
 O Rebanho de Deus (Atos 20.28; 1 Pedro 5.2). Esta figura enfatiza o
cuidado de Deus pelo Seu povo e que este deve ser guiado pela Sua voz e não
pelas tradições e doutrinas humanas.
 A Igreja de Deus (Atos 20.28; 1 Coríntios 1.2; 10.32; 11.22; 2 Coríntios
1.1; Gálatas 1.13; 1 Timóteo 3.15). O título enfatiza que Deus é o “dono” da
Igreja. A Igreja é invenção de Deus, portanto, Ele sabe melhor do que ninguém o
que ela é e como ela dever ser.
 A Lavoura de Deus (1 Coríntios 3.9). Enfatiza o crescimento espiritual
produzido por Deus e a necessidade de cooperadores de Deus para que a Igreja
produza os frutos que Deus espera.
 O Edifício de Deus (1 Coríntios 3.9; 1 Timóteo 3.15; 1 Pedro 2.5; 1 Pedro
4.17; 1 Coríntios 3.16-17; Efésios 2.21-22). Enfatiza a edificação espiritual da
Igreja como o lugar da habitação de Deus, a necessidade de edificar a Igreja de
acordo com a “planta” de Deus e deixar que Ele, por meio do Seu Espírito,
administre todas as coisas na igreja.
 Cidade (Hebreus 11.10; 12.22-23) – idem.

 O Corpo de Cristo (1 Coríntios 12.27; Efésios 4.12; Colossenses 1.18).


Enfatiza a união da igreja com Cristo, sua missão de representá-lo e expressá-lo
neste mundo e seu funcionamento orgânico.
 A Noiva do Cordeiro, A esposa de Cristo (2 Coríntios 11.1-3;
Apocalipse 21.9; Efésios 5.25-27, 32). Enfatiza o relacionamento amoroso e
íntimo de Cristo e a Igreja.
 A Família de Deus (Efésios 2.19). Enfatiza a nossa adoção na família de
Deus e a necessidade de relacionamentos verdadeiros no corpo de Cristo.
 O Exército de Deus (Efésios 6.11-13; Mateus 16.18). Enfatiza a missão
da igreja como agente do reino, para avançá-lo sobre esta terra, reconquistando
os cativos do diabo para Deus.

CORPO, FAMÍLIA E NOIVA


Dentre as muitas verdades acerca da natureza da Igreja que o Senhor está
restaurando em nossos dias, os princípios de ser Corpo de Cristo, família de Deus
e a Noiva do Cordeiro merecem uma atenção especial.
Como o Corpo de Cristo, a Igreja é a expressão e representação de Cristo
neste mundo. Assim como Cristo revelou o Pai (João 1.18) que ninguém jamais
viu, assim também a Igreja revela o Filho, o qual foi visto nesta terra, mas que
agora está nos céus. A Igreja, portanto, está na terra para mostrar Cristo às

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pessoas. Ela foi chamada e ungida por Jesus para ser a Sua expressão nesta terra.
Assim, ao olhar para a Igreja, as pessoas deveriam ver a Jesus. Porém, será que
isso é o que está acontecendo hoje em dia? Será que o mundo pode olhar para a
Igreja e ver o amor de Jesus? Ou Seu perdão, tolerância, caridade, graça, poder e
etc.?
Nós temos que agir de acordo com a nossa natureza. A Igreja é o Corpo de
Cristo; esta é a sua natureza. Portanto, ela deve agir verdadeiramente como o
corpo de Cristo. A mensagem e as ações da Igreja devem ser um reflexo fiel de
Jesus Cristo no mundo. Ela representa ao Senhor Jesus no mundo e deve realizar
os Seus projetos aqui na terra. A Igreja, de fato, é o agente da expansão do Reino
de Cristo neste mundo. Quando agimos como Corpo de Cristo, ou seja, de acordo
com a nossa natureza, nós manifestamos em palavras e ações o Reino de Jesus.
Quando nós amamos as pessoas, cuidamos delas, oramos por elas, tratamos de
suas feridas e doenças, e etc., nós estamos
de Seu agindo
como o Corpo de Cristo, como
representantes Dele na continuação ministério sobre a terra.
Esta é uma verdade muito importante porque nós temos esquecido que todos
os cristãos (bíblicos, salvos) são membros do Corpo de Cristo e, portanto, todos
podem e devem funcionar de acordo com sua natureza. Os membros do Corpo
são muitos, mas devem funcionar em unidade (Romanos 12.3-6). Cada membro
recebe pelo menos um dom para servir ao Corpo todo e abençoar o mundo
(Romanos 12.3-8; 1 Coríntios 12 a 14). Todos os membros do Corpo podem
expressar e representar a Cristo, manifestando o Seu Espírito, por meio da
participação ativa nas reuniões da igreja local (1 Coríntios 14.26). Isso não é
privilégio de uns poucos, mas de cada membro do Corpo de Cristo.
As igrejas locais são miniaturas do Corpo de Cristo; elas devem expressar
plenamente a natureza do Corpo. Em cada lugar onde existe uma igreja local, ou
seja, um grupo de cristãos comprometidos uns com os outros em viver a Palavra
de Deus, ali nós temos uma miniatura do Corpo de Cristo, uma expressão real e
tangível do Corpo de Cristo. Portanto, nós devemos valorizar grandemente o
compromisso com o corpo local de crentes do qual fazemos parte e nos
esforçarmos para que ele seja edificado de acordo com a Palavra de Deus e
expresse verdadeiramente a sua natureza – Corpo de Cristo.
Como a Família de Deus (Efésios 2.19-20), a Igreja deve ser um lugar de
amor, aceitação e aprendizado para a vida. Deve haver compromisso e cuidado
mútuo entre os diferentes membros da Família de Deus. Deve existir um
relacionamento verdadeiro e transparente. A mentira, tão comum nas relações
interpessoais, deve ser banida entre os filhos de Deus. Nosso amor uns pelos
outros, de fato, um mandamento de Jesus (João 13.34-35), deve ser real e prático
(1 João 3.16-18).
Muitas igrejas pensam que estão fazendo muita coisa para Jesus porque estão
construindo templos maiores e mais confortáveis. Porém, a maior coisa que
podemos fazer por Jesus é demonstrar de maneira prática o nosso amor pelos

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irmãos. Quando temos um local de reunião confortável, mas há irmãos que


passam necessidades materiais (alimentação, remédios, moradia, etc.), nós não
estamos agindo como a Família de Deus; muito pelo contrário, nós estamos
negando tudo o que a Bíblia diz que somos, pois...
“Se alguém afirmar: 'Eu amo a Deus', mas odiar seu
irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a
quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ele
nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame
também seu irmão” (1 João 4.20 -21).
Como Noiva do Cordeiro, nós esperamos ansiosamente pelo Seu retorno
glorioso. E não somente isso, mas nós também procuramos apressar a Sua vinda:
“Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de
pessoas
maneira ésanta
necessário queesperando
e piedosa, vocês sejam?
o dia Vivam
de Deusde
e
apressando a sua vinda” (2 Pedro 3.11 -12).
Visto que somos a Noiva do Cordeiro e que esperamos pela Sua segunda
vinda, nós devemos ser o tipo de pessoa que tem uma vida santa e piedosa,
esperando e apressando a Sua vinda. Jesus virá buscar uma noiva gloriosa, santa
e sem defeito:
“... como Cristo amou a igreja e entregou -se por ela
para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da
água mediante a palavra, e para apresentá-la a si
mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga
ou coisa semelhante, mas santa e inculpável” (Efésios
5.25-27).
Cristo voltará para tomar para Si mesmo uma igreja gloriosa; não uma igreja
manchada pelos pecados, tradições e doutrinas de homens. Portanto, cada igreja
local deve empenhar-se pela restauração da Igreja, pregando a Palavra de Deus,
que purifica a Igreja das manchas e rugas deixadas pelos pecados e tradições de
homens.
É tempo das igrejas deixarem de funcionar como empresas e voltarem a
funcionar como Corpo de Cristo e Família de Deus! É tempo das igrejas se
purificarem de seus pecados e tradições de homens, para ser parte da Noiva
Gloriosa que Cristo virá buscar!

QUANDO A IGREJA COMEÇOU?


Algumas pessoas pensam que a Igreja em sua forma visível sempre existiu e
que ela é uma continuação de Israel. É certo que a Igreja sempre existiu no
pensamento de Deus, mas este projeto de Deus somente tomou forma quando

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Jesus veio ao mundo, morreu ressuscitou, ascendeu aos céus e enviou o Seu
Espírito Santo.
A Igreja pode ser considerada uma continuação de Israel como povo de Deus e
herdeira
redimidas,dasa Igreja
promessas feitas em
é diferente a Abraão, mas como
sua natureza uma comunidade de pessoas
e caráter.
De fato, a Igreja passou a existir neste mundo no dia de Pentecostes, quando o
Espírito Santo batizou todos os crentes para formar um só corpo (1 Coríntios
12.13; Atos 1.5; 2.1-4; 11.15-17). A Igreja nasceu naquele dia em meio a
tremendas manifestações de poder e passou a ser o lugar da habitação de Deus
sobre a terra.

CONFUNDINDO A ANTIGA ALIANÇA COM A IGREJA


Muitos cristãos possuem uma forte tendência para incorporar as estruturas do
Antigo Testamento à vida da igreja do Novo Testamento. A Igreja é uma
continuação do “povo” de Deus do Antigo Testamento, mas não da “nação” de
Israel. O povo de Deus no Antigo Testamento, certamente, era formado pelos
judeus, mas não por causa de sua descendência natural, mas sim, assim como nós
hoje, por causa da herança espiritual da fé (Romanos 2.28-29; 4.16; 9.6-8;
Gálatas 3.7, 29).
A seguir, nós apresentamos algumas coisas que faziam parte do povo de Deus
na Antiga Aliança, seu propósito e quais os erros cometidos pelas igrejas atuais
ao tentar interpretar ou incluir essas coisas em sua prática.
Estrutura do AT Propósito Passado Erro Presente
Tabernáculo e  Era uma figura  Fazer de um edifício qualquer
Templo profética da habitação “a casa de Deus”; a igreja
de Deus com Seu (pessoas) é a casa de Deus!
povo (1 Coríntios  Ensinar que Deus habita ou se
3.16; Efésios 2.20-22; manifesta em lugares especiais.
1 Pedro 2.4, 5).  Os edifícios são santos: não se
 A igreja, que é pode correr dentro deles ou falar

éformada por pessoas,


o verdadeiro templo alto, ir ao púlpito
preparação sem a devida
ou aparência, etc.
de Deus.
Sacerdócio  Um tipo de Cristo  Alguns crentes têm mais
e dos salvos (Hebreus privilégios que outros em termos
3.1; 4.14; 1 Pedro 2.5, de acesso a Deus.
9).  Desencorajar cristãos „não-
ordenados‟ a ministrar de maneira
significativa (pregar, aconselhar,
batizar, servir a ceia, etc.).

Posição ao invés de função.

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Sábado e o  Figuras proféticas  Dias santos (cada dia é santo


Calendário de da salvação que Jesus para quem está em Cristo!).

Festas realizaria
(Colossenses 2.16, Observar
de festas o calendário
(aqueles judaico
que atribuem
17). algum significado especial à
prática das festas hoje em dia são
considerados espiritualmente
“fracos” por Paulo – Romanos
14.1-5; observar o calendário de
festas é regredir na fé ao invés de
avançar – Gálatas 4.1-11).
 Ir à igreja em dias especiais.

em Adoração
eventos. impessoal, baseada

Adoração litúrgica Uma figura


  Liturgia “sacra”.
profética da obra de  Falta de simplicidade.
Cristo (Hebreus 8.5).  Adoração formal e impessoal.
 Estas figuras agora
estão obsoletas
(Hebreus 8.13).
Circuncisão de  Um pacto ritual  Batismo de crianças
Crianças entre Abraão enaturais
descendentes seus
e Deus (Gênesis 17.9-
14). O sinal de que
alguém pertencia ao
Israel natural de Deus.
 Hoje nós somos
circuncidados em
Cristo (Colossenses
2.11).

Ênfase na Lei O AT foi um pacto  Viver pela lei e não pela



nacional de Deus com graça.
Israel que estipulou as  Enfatizar mais os Dez
condições pelas quais Mandamentos do que a graça.
eles poderiam  Ênfase em “fazer” ao invés de
desfrutar da terra de “ser”.
Canaã (Deuteronômio  Guardar regulamentos.
28).  Ignorar o caráter de Deus.
Estratégia de  Os Israelitas  A igreja espera que as pessoas

Expansão deveriam permanecer venham até ela.

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em Canaã e se afastar  A igreja se afastou


dos gentios, mantendo culturalmente das pessoas,
a sua identidade enquanto o NT ensina que nós
cultural. Os gentios devemos nos identificar
deveriam ir a Israel e culturalmente com aqueles que
adotar Jeová como o buscamos alcançar (1 Coríntios
Seu Deus para se 9.19-23).
tornar parte do povo  Falta de equilíbrio entre
de Deus. Os outros testemunho verbal e testemunho
deveriam aceitar a de vida.
cultura judaica.

A Igreja é diferente de Israel, ainda que herde em Cristo as promessas feitas


aos pais do povo judeu. Nós podemos ser considerados o “Israel espiritual” de
Deus, mas compreendendo que temos um chamado e uma natureza diferente
daquela que é própria do antigo povo de Deus – Israel.

 Lição 6 - Questões Para Revisão


1. O que é uma igreja?
2. Quais são algumas das figuras (pelo menos 5) que nos ensinam sobre a
natureza da igreja?
3. O que aprendemos com a figura do corpo?
4. O que aprendemos com a figura da noiva?
5. O que aprendemos com a figura da família?
6. De que maneira nós podemos confundir a Antiga Aliança com a Igreja?

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LIÇÃO SETE
ECLESIOLOGIA (3): A IGREJA -
O FUNDAMENTO E OS RECURSOS

Versículos-Chave
“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta
pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno
não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18).

INTRODUÇÃO
Leiamos 1 Coríntios 3.10-13:
“Conforme a graça de Deus que me foi concedida, eu,
como sábio construtor, lancei o alicerce, e outro está
construindo sobre ele. Contudo, veja cada um como
constrói. Porque ninguém pode colocar outro alicerce
além do que já está posto, que é Jesus Cristo. Se
alguém constrói sobre esse alicerce usando ouro,
prata, pedras preciosas, madeira, feno ou palha, sua
obra será mostrada, porque o Dia a trará à luz; pois
será revelada pelo fogo, que provará a qualidade da
obra de cada um” (NVI).
Jesus é o fundamento da Igreja. Ele é a rocha sobre a qual a Igreja é
edificada. Ninguém pode lançar outro fundamento. A Igreja é construída
sobre a realidade da pessoa de Jesus. A Igreja só permanece de pé como
representação de Cristo sobre a terra porque Ele é o Cristo, o Filho de
Deus (Mateus 16.16-19). Se Ele fosse um mero homem (embora Ele seja
plenamente humano), mas não o Filho de Deus (portanto, divino), a
Igreja estaria edificada sobre “areia”, não sobre uma rocha. É sobre a
revelação da Pessoa, Obra e Ensinamentos de Cristo que a Igreja
está fundamentada, por isso ela tem autoridade para ser a coluna e o
fundamento da verdade de Deus (1 Timóteo 3.16).
Visto que o alicerce já foi lançado, nós temos que ter cuidado a respeito
de como edificamos sobre ele. Paulo diz que ele construiu sobre este
fundamento como um sábio construtor (1 Coríntios 3.10). Ele sabia o que
estava fazendo. Ele sabia que tipo de material usar; ele tinha a planta para

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 49

seguir e ordens para não fazer nenhuma alteração. Ele sabia que tipo de
material era apropriado para construir. Nós também temos que ser sábios
para edificar a Igreja nos dias atuais!

emOsduas
diferentes tipos(1de
categorias materiais
Coríntios usados
3.12). na construção
A primeira da Igreja
categoria caem
é composta
pelos materiais mais preciosos e mais resistentes ao tempo – ouro, prata e
pedras preciosas. A segunda é formada por materiais baratos e pouco
resistentes ao fogo – madeira, palha e feno. A primeira categoria de
materiais simboliza o uso de recursos divinos na edificação da Igreja
(dons espirituais, ensino preciso das Escrituras, pureza bíblica, etc.),
enquanto que a segunda simboliza o uso de recursos humanos não
santificados (talentos e sabedoria humana, etc.).
Nossa obra de edificação da Igreja será provada no retorno de Cristo –
o fogo a provará (1 Coríntios 3.12-15). O que provará a qualidade da nossa
edificação da Igreja? A doutrina que nós crermos e ensinarmos, o tipo
de liderança que tivermos e a maneira como a igreja funcionará .
Se estas coisas não são edificadas biblicamente, então nossa obra não
tem qualidade para enfrentar a avaliação de Deus.

A REVELAÇÃO DE JESUS
Aqui está o início de tudo. O evangelho depende desta verdade. A nossa
salvação depende desta verdade. A Igreja é edificada sobre esta verdade. E
a verdade é que Jesus é o Filho de Deus.
Eu sei que você pensará, “Eu já sei disso. Grande novidade!”. Mas, por
favor, não seja precipitado. Pense com cuidado e consideração. As
verdades bíblicas não nos foram reveladas apenas para serem conhecidas.
Elas foram planejadas para mudar nossas vidas – como pensamos,
falamos, procedemos, e etc. Na Bíblia, conhecer está intimamente ligado a
experimentar. É assim, por exemplo, que a Palavra registra que José não
conheceu Maria até que ela deu a luz ao Senhor Jesus (Mateus 1.25). O
conhecimento aqui se trata do óbvio relacionamento íntimo, sexual. Neste
eprimeira-mão.
em outros versículos conhecer não é mera teoria; é experiência de
Portanto, não basta dizer que sabemos que Jesus é o Filho de Deus. Nós
precisamos estar conscientes das implicações desta verdade em nossas
vidas. Além disso, precisamos desfrutar dessas implicações em cada área
de nossas vidas e, em especial, nas congregações locais.
Reconhecer que Jesus é o Filho de Deus é uma importante verdade do
Novo Testamento. O diabo, quando tentava a Jesus, desafiou-O a provar
que Ele era Filho de Deus por realizar milagres dissociados da vontade do
Pai, o que Jesus recusou-se a fazer (Mateus 4). Sendo o Filho de Deus, Ele

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 50

voluntariamente se submeteu ao Pai e, de fato, só falou e fez aquilo que o


Pai desejou (João 5.19-20; 12.49).
A Igreja está edificada sobre a revelação da identidade de
Jesus (Mateus 16.13-19).
pedra edificarei a minhaEsta é a pedra
igreja”. da qual
A pedra, Jesusoudisse:
alicerce “sobre esta
fundamento da
Igreja, não é Pedro nem o papa. Não é um líder qualquer de qualquer
igreja ou movimento cristão. É Jesus! – reconhecido e identificado como
“O Cristo, o Filho do Deus Vivo”. Sem esta revelação de Jesus como o
Filho de Deus, simplesmente não existiria Igreja. E, nenhuma igreja local
pode ser edificada, de maneira bíblica, sem este reconhecimento pleno de
que Ele é o Filho de Deus.
Quando falamos de reconhecer Jesus como Filho de Deus, nós não
estamos simplesmente falando de crer em Sua divindade ou unidade com
o Pai. Nós estamos falando de reconhecer, na prática, certas
características inigualáveis do Senhor Jesus como, por exemplo:

SUA CENTRALIDADE:
Reconhecer que Jesus é o Filho de Deus é reconhecer a Sua
centralidade. Ele é o centro da criação de Deus, do universo e de tudo
mais. Hoje não vemos isso de maneira eficaz e prática no universo, mas
um dia Deus fará “convergir nele, na dispensação da plenitude dos
tempos,
Hoje, todascomo
porém, as coisas, tanto
cristãos, nósasprecisamos
do céu, como as da terra”
reconhecer (Efésios 1 .9).
a centralidade do
Senhor Jesus em nossas vidas, ministérios e igrejas. Jesus merece e deve
ocupar a posição central em nossas igrejas. Se estivermos realmente
buscando uma igreja bíblica, Jesus deve ser o centro desta igreja.
Na prática, o que isso significa? Significa que Jesus tem que receber o
destaque central em tudo o que fazemos na igreja. Tudo deve ser feito
com o verdadeiro reconhecimento de que tudo é Dele, por Ele e para Ele
(Romanos 11.36), pois Jesus está presente no meio da igreja (Mateus
18.20). Tudo deve girar em torno Dele, de Sua glória e honra. Não
devemos procurar estar
Jesus. Precisamos nossadispostos
própria asatisfação
desbancarounossas
sucesso, mas a eglória
doutrinas de
práticas
prediletas do centro de nossas vidas e igrejas, e colocar a Jesus como o
centro.

SUA SOBERANIA:
Reconhecer que Jesus é o Filho de Deus é reconhecer a Sua soberania.
Jesus é soberano (Judas 1.4). Isso significa que é livre para fazer o que Ele
quiser, quando quiser e da maneira que Ele quiser. Você deve aceitá-lo e
adorá-lo como o Soberano Senhor. Ele é o soberano da igreja na qual você

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 51

se congrega? Ele é soberano em sua igreja? Em nossa igreja? Ele faz o que
quiser aqui e ali?
É muito fácil dizer que Jesus é soberano; porém, é mais fácil ainda
negar estacontarias
decisões verdade ànaSua
vidaPalavra,
práticaou
da criamos
igreja. Pois, cada vez que
e elaboramos tomamose
programas
planos que rejeitam o Seu conselho, nós estamos negando, na prática, que
Ele é soberano na igreja.

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SUA EXCELÊNCIA:
Reconhecer que Jesus é o Filho de Deus é reconhecer a Sua excelência.
A excelência do Senhor Jesus é um atributo divino que exalta as Suas
qualidades
merecedor superiores,
de receber perfeitas e nobres.
toda adoração Jesus é Etotalmente
e louvor. Ele não digno,
aceita
concorrência, pois, afinal de contas, quem pode competir com o Senhor?
Cabe aqui perguntar se nós reconhecemos a dignidade do Senhor em
nossas igrejas. Sua dignidade é reconhecida, na prática? Quem é
merecedor de que tudo seja feito conforme a Sua vontade? Quem é
merecedor de todo elogio, atenção e aplauso? Quem é digno de adoração?
Quem é digno de obediência incondicional?

SUA PRIMAZIA:
Reconhecer que Jesus é o Filho de Deus é reconhecer a Sua primazia.
João, o Batista, reconheceu a primazia de Jesus e deixou que seus
discípulos desistissem dele e seguissem a Jesus (João 1.15, 30). Paulo
disse Dele: “Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o
primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a
primazia” (Colossenses 1.18). Deus quis que Seu Filho tivesse a
primazia, o primeiro lugar em todas as coisas. Isso incluiu a Igreja.
Jesus tem primazia nas decisões de nossas igrejas? Ele tem a primazia
em nossa adoração? Ele tem a primazia em nossas reuniões, programas e
atividades? Ele tem primazia quanto às necessidades das pessoas?

SUA LIDERANÇA:
Reconhecer que Jesus é o Filho de Deus é reconhecer a Sua liderança. A
Bíblia deixa claro que Jesus é a cabeça do corpo, da Igreja (Colossenses
1.18; Efésios 1.22; 4.15; 5.23). Ser cabeça da Igreja significa ser o chefe da
Igreja. É Ele quem a lidera. Ele está na dianteira. Ele sabe o caminho e
nos conduz na direção de Seus propósitos. Porém, nós temos
verdadeiramente deixado que Ele dirija as nossas igrejas? É Ele quem
aponta a direção ou nós temos estabelecido outro chefe?

SUA SUFICIÊNCIA:
Reconhecer que Jesus é o Filho de Deus é reconhecer a Sua suficiência.
Jesus é suficiente para todas as necessidades do ser humano. Ele é
suficiente para nos salvar, nos santificar, nos aperfeiçoar, nos curar e tudo
o mais que realmente precisamos. Porém, cada vez que apresentamos um
substituto ou ajudante para estas e outras coisas, nós estamos negando a
suficiência de Jesus.

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 53

SUA SINGULARIDADE:
Reconhecer que Jesus é o Filho de Deus é reconhecer Sua
singularidade. Jesus é único. Não há ninguém como Ele e jamais haverá.
Não existe ninguém nesta terra que possa comparar-se a Ele. Portanto,
ninguém ou nada merece mais de nós do que o Senhor Jesus. Não há
substitutos para Ele. Não há ninguém melhor, mais digno, mais santo do
que Ele – homem e Deus ao mesmo tempo. Ele é o único capaz de salvar-
nos. Ele é o edificador singular da Igreja. Ele é o construtor divino da
Igreja. Portanto, não tentemos substituí-los por homens pecadores.
Como você pode ver, reconhecer que Jesus é o Filho de Deus não é uma
questão de palavras, mas é algo bastante prático. E você precisa meditar e
aplicar estaspara
aplicações verdades
você, àpois
sua vida e igreja. Nós
é necessário quetemos
você evitado
tenha fazer todas da
revelação as
identidade do Senhor Jesus e corresponda a esta verdade por si mesmo. É
com esta revelação que edificamos a Igreja. Se você não consegue ver as
implicações de Jesus ser o Filho de Deus na vida da Igreja, então você
ainda não obteve a revelação de Jesus para edificação do Seu corpo. E,
sem essa revelação, não é possível edificar uma igreja segundo o modelo
original. Pois se temos esta revelação, nós somos compelidos a abandonar
e modificar qualquer coisa em nossas vidas e igrejas que não
correspondem ao conhecimento de Jesus e de Sua grandeza como Filho
de Deus, com todos os atributos que mencionamos há pouco.
OS RECURSOS DA IGREJA
Os recursos de Deus para Sua Igreja são recursos espirituais. Ele tem
nos dado a oração, a Sua Palavra, o Espírito Santo, o privilégio da
comunhão dos santos (salvos) e muitos outros recursos divinos. Todos
esses recursos são importantes para a Igreja, porém, neste capítulo, nós
queremos tratar de um tipo de recurso específico – os dons e ministérios
espirituais.
Os dons e ministérios são dados por Deus para o bem da Igreja toda.
Todos os cristãos recebem pelo menos um dom espiritual para servir aos
outros e não necessariamente para a sua edificação pessoal, embora este
seja um subproduto do uso dos seus dons. Certamente, quando você usa
seus dons espirituais, você é edificado. Mas, você não deve usá-los para
seu proveito próprio, ainda que seja espiritual, mas sim com o propósito
de servir aos outros – ajudá-los a crescer espiritualmente:
“A cada um, porém, é dada a manifestação do
Espírito, visando ao bem comum” (1 Coríntios 12.7).

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 54

“Cada um exerça o dom que recebeu para servir os


outros, administrando fielmente a graça de Deus em
suas múltiplas formas” (1 Pedro 4.10).

Nós de
Santo recebemos os dons
Deus, mas espirituais
também quando através da soberana
buscamos ação do os
ardentemente Espírito
dons
espirituais para a edificação da Igreja. Em certas ocasiões, o Espírito de
Deus pode usar um instrumento humano para nos transmitir dons
através da oração e imposição de mãos (1 Coríntios 12.11; 1 Coríntios 14.1;
1 Timóteo 4.14; 2 Timóteo 1.6).

DONS FUNDAMENTAIS:
“E ele designou alguns para apóstolos, outros para
profetas, outros para evangelistas, e outros para
pastores e mestres, com o fim de preparar os santos
para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo
seja edificado” (Efésios 4.11, 12).
Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres são os ministérios
fundamentais ou capacitadores da Igreja; eles são os recursos de Deus
para o Corpo de Seu Filho Jesus. Sem eles, é praticamente impossível uma
igreja local ser edificada de maneira bíblica e saudável. A função destes
ministérios não é fazer tudo na igreja local. Antes, a função deles é
capacitar os demais membros do Corpo para a obra do ministério, que é
glorificar a Deus por meio da evangelização dos perdidos e edificação dos
salvos. Eles existem para equipar a Igreja com os meios necessários para
que ela cumpra sua missão no mundo. Eles estão na Igreja para treinar
cada cristão no exercício de seus dons e ministérios para a edificação do
corpo de Cristo.
Os três primeiros dons fundamentais atuam mais em nível translocal,
ou seja, eles atuam entre as igrejas locais, seja no mundo todo ou
simplesmente entre igrejas de cidades vizinhas numa mesma região. O
último dom (pastor-mestre) atua mais em uma igreja local. Ele é um dom
composto
de uma só–moeda.
pastor ePorém,
mestre.assim
Não são
comodois
umdons
ladodiferentes, mas dois
de uma moeda podelados
ser
mais usado ou visto do que o outro, às vezes, uma pessoa com este dom
pode mostrar-se mais mestre ou mais pastor. Contudo, lembremos que
não existe um sem o outro. Quando uma pessoa se acha apenas “mestre”,
na verdade, ela tem apenas o dom de ensinar. Quando uma pessoa diz que
é somente “pastor”, na verdade, ela pode ter apenas o dom de exortação
e/ou de liderança.

DONS ESPECÍFICOS:

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 55

Além destes dons fundamentais mencionados acima, a Bíblia menciona


muitos outros dons, os quais nós chamamos de “dons específicos”, para
diferenciá-los dos dons fundamentais e dos dons comuns. Embora as
pessoas com os dons fundamentais possam manifestar esses dons
específicos, não são eles que se tornam a “marca registrada” de seus
ministérios. A marca registrada de um apóstolo é plantar e fundamentar
igrejas locais na revelação de Jesus Cristo e supervisionar o crescimento
delas. Ele pode ter um dom administrativo também, mas não é esse que
caracteriza seu ministério. Por outro, pessoas com um dom
administrativo não plantam igrejas sozinhas nem supervisionam igrejas
locais, ainda que possam ajudar nestas coisas. A principal característica
das pessoas com um dom administrativo é compreender uma
determinada tarefa e elaborar planos para realizá-la.

MINISTÉRIOS COMUNS
Além destes dons e ministérios fundamentais e ministérios específicos,
há também os ministérios comuns a todos os cristãos, ou seja, serviços
espirituais que todos os cristãos deveriam fazer constantemente como,
por exemplo, evangelizar, discipular, interceder, ofertar e etc. Você não
precisa de um dom ou poder especial da parte de Deus para fazer
qualquer uma destas coisas. Você só precisa de fé e obediência.
Deus tem provido a Igreja com todos os recursos necessários, pois
assim o corpo, “ ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas,
cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que
cada parte realiza a sua função ” (Efésios 4.16, NVI).

 Lição 7 - Questões Para Revisão


1. Qual é o fundamento da Igreja?
2. Quais são os recursos da Igreja?

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LIÇÃO OITO
ECLESIOLOGIA (4):
O GOVERNO DA IGREJA

Versículos-Chave
“E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de
presbíteros, depois de orar com jejuns, os
encomendaram ao Senhor em quem haviam crido”
(Atos 14.23).

INTRODUÇÃO
Este é um dos pontos mais confusos sobre a Igreja. A confusão não se
deve à clareza da Bíblia em ensinar sobre o assunto, mas sim ao fato de
que as igrejas se deixam enganar pelas sutilezas da tradição ou dos
modelos adotados do mundo.
A questãodedomaneira
importante, governoqueouDeus
liderança da deixou
não nos igreja livres
é um para
assunto muito
escolher o
tipo de liderança que mais nos agrada. Ao contrário, Ele exige que nós
sigamos aquilo que Ele já determinou em Sua Palavra.
A seguir, nós veremos os principais tipos de governo eclesiásticos
praticados pelas igrejas e qual é o modelo encontrado nas Escrituras do
NT.

TRÊS FORMAS DE GOVERNO


Há três formas de governo eclesiástico:

EPISCOPAL:
No governo episcopal, os bispos e arcebispos são o centro da autoridade
da igreja. Um arcebispo tem autoridade sobre muitos bispos. Um bispo
tem autoridade sobre uma „diocese‟, que simplesmente significa um grupo
de igrejas sob a liderança de um bispo.
Aqueles que adotam o governo episcopal não sentem necessidade de
comprová-lo biblicamente, mas mostram que o mesmo surgiu da

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necessidade natural do desenvolvimento da Igreja. Além disso, eles


alegam que o mesmo não é proibido pelo Novo Testamento, então, não há
nenhum problema em segui-lo.

PRESBITERIANO:
No governo presbiteriano, cada igreja local escolhe presbíteros que
formarão um conselho que dirigirá a igreja local. Um dos presbíteros é o
pastor da igreja, com a mesma autoridade dos outros presbíteros, mas o
pastor é quem desempenha prioritariamente as funções espirituais da
liderança.
Os membros do conselho (presbíteros) são membros também de um
presbitério que tem autoridade sobre diversas igrejas locais de uma
região. Alguns membros deste presbitério regional são membros do
Supremo
país Concílio, que exerce autoridade sobre todas as igrejas de um
ou continente.

CONGREGACIONAL:
O governo congregacional é um pouco mais complexo do que as outras
formas de governo. De fato, nós podemos identificar cinco variações do
congregacionalismo.

1. O Pastor Solo.
Nesta variação de governo congregacional, a igreja tem apenas um
pastor, que podem ter diáconos como auxiliares ou não. É a igreja quem
escolhe o pastor e os diáconos. A autoridade do pastor varia de igreja para
igreja, mas a autoridade da igreja é máxima e pode escolher e retirar o
pastor de acordo com o seu estatuto.

2. Pluralidade de Presbíteros.
Esta é a forma de governo mais próxima daquilo que a Bíblia ensina.
Neste tipo de governo, os presbíteros governam a igreja e têm autoridade
para liderá-la. Sempre há mais de um presbítero na liderança da igreja,
mas um deles pode assumir a liderança ou coordenação. Este não seria „o
pastor‟, mas sim o „pastor sênior‟ ou presbítero governante.
Porém, diferentemente do governo congregacional de um só pastor, os
presbíteros não são escolhidos pela igreja, mas sim por „obreiros
apostólicos‟ ou pelos presbíteros já existentes na igreja. Os diáconos,
porém, são escolhidos pela igreja. As questões de disciplina pública
também são exercidas pela igreja, bem como as decisões mais
importantes e que afetam toda a igreja.

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As três próximas formas de governo não são tão comuns como os


demais, porém, existem em algumas poucas igrejas evangélicas.

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3. Junta.
A junta funciona como uma empresa moderna na qual a diretoria
contrata um profissional que comandará os negócios da maneira que
quiser. O pastor,
empregado nesseigreja
pago pela sistema, nãofazer
e deve é umo líder espiritual,
que sua diretoriamas sim
quer um
e que
atende aos interesses da igreja, sejam eles bíblicos ou não.

4. Democracia Absoluta.
Nesse sistema, não há nenhuma liderança reconhecida ou oficial; tudo
é levado às reuniões da igreja. Nada é decidido se não houver antes uma
„assembléia‟ para votar. O voto da maioria é quem decide os rumos e
decisões da igreja.

5. Sem Governo.
Algumas congregações fundamentalistas e de tendência mística
geralmente funcionam neste sistema. Eles esperam que as decisões sejam
„tomadas pelo Espírito Santo‟ e comunicadas à igreja por meio de sonhos,
visões ou pela unanimidade de todos os irmãos. Isso parece muito
espiritual, mas nem é bíblico e nem saudável.

O GOVERNO BÍBLICO DA IGREJA


Anteriormente, nós mencionamos que a forma congregacional de
pluralidade de presbíteros é o sistema de governo da igreja que mais se
aproxima do que é visto nas Escrituras do Novo Testamento.
Alguns dados bíblicos confirmam este argumento:
1. O termo mais popular usado para os líderes das igrejas no Novo
Testamento era presbítero e não pastor. A palavra „pastor‟ jamais é usada
diretamente como um título para os líderes principais da igreja.

são2. empregados
Os termos „presbítero‟ e „bispo‟
sem qualquer são usados
noção intercambiavelmente
hierárquica. Os termos sãoe
diferentes, mas o ofício é o mesmo – líder da igreja local.
3. Os termos presbítero e bispos sempre que usados diretamente como
um título para os líderes da igreja, eles são usados no plural. Tal uso no
Novo Testamento, juntamente com a comprovação da história da Igreja
no primeiro século, comprova que a liderança das igrejas do Novo
Testamento sempre foi plural – sempre havia mais de um líder na
supervisão geral da igreja.
4. Devido à cultura popular evangélica atual, e tomando por inferência
que o título pastor pode ser usado para quem exerce a função de

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 60

pastorear, nós podemos também usar o termo pastor para designar os


líderes de uma igreja local. Porém, os princípios que vimos para os demais
termos – presbíteros e bispos – se aplicam igualmente ao pastor. Ou seja,
(1) não existe no ensino e exemplo do Novo Testamento qualquer
hierarquia entre pastor, bispo e presbítero e (2) sempre havia mais de um
pastor na liderança das igrejas neotestamentárias Qualquer coisa
diferente disso na atualidade é uma inovação estranha ao Novo
Testamento.
Para saber mais sobre esta forma de governo e o ministério de
liderança pastoral, estude o curso O Ministério Pastoral.

 Lição 8 - Questões Para Revisão


1. Quais são as três principais formas de governo da Igreja?
2. Quais são as características do governo episcopal?
3. Quais são as características do governo presbiteriano?
4. Quais são as variações de governo congregacional?

5. Bíblia
Qual dos modelos
ensina de governo da Igreja mais se aproxima do que a
e por que?

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 61

LIÇÃO NOVE
ESCATOLOGIA

Versículos-Chave
“Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que
ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas
nela escritas, pois o tempo está próximo” (Apocalipse
1.3).

INTRODUÇÃO
O termo escatologia deriva da palavra grega „escatos‟, que significa „último‟.
Por isso se diz que a escatologia é o estudo das últimas coisas ou das coisas
futuras. De fato, os nossos olhos devem estar no futuro, pois alguns dos fatos
mais gloriosos do cristianismo ainda não aconteceram.
Embora não possamos compreender tudo sobre o futuro, a Bíblia explica
os principais fatos, como a segunda vinda de Cristo, o milênio, o juízo
final e o castigo eterno, os novos céus e a nova terra.
Quando pensamos nestas coisas, temos que exclamar com Paulo, dizendo,
‘Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não
podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós’ (Romanos 8.18).
Nesta lição, nós começaremos com aquilo que é comumente chamado
de escatologia pessoal, que trata do estado intermediário daqueles que
morrem enquanto aguardam a ressurreição do corpo. Depois, nós
estudaremos os fatos sobre a segunda vinda de Cristo e o milênio. Por fim,
nós veremos a questão do juízo final e o castigo eterno, e o novo céu e a
nova terra.

O ESTADO INTERMEDIÁRIO
Por estado intermediário queremos dizer o estado dos mortos entre a morte e a
ressurreição do corpo, pois nem os ímpios começam logo a sofrer seu castigo
final e nem os crentes desfrutam de seu estado final de glória e perfeição senão
depois da ressurreição.

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 62

FALSAS DOUTRINAS:

1. Católica Romana
A Igreja Católica Romana ensina a doutrina do purgatório em relação ao
estado intermediário. Essa doutrina diz que todo cristão fiel e que está em graça
ao morrer tem que passar pelo purgatório para sofrer a pena temporária de seus
pecados e ser limpo dos últimos vestígios de maldade antes de entrar no céu.
Na Bíblia, no entanto, não há um só texto que fale do purgatório, se há algum
pecado que o sangue de Cristo não pode limpar, muito menos pode fazê-lo o fogo
de um falso purgatório.

2. A Doutrina Adventista
Os adventistas ensinam que a alma entra num estado de inconsciência depois
da morte e assim permanece até a ressurreição. As passagens da Bíblia que falam
da morte como um „sono‟ se referem ao repouso do corpo na terra e nunca à
inconsciência da alma.
Na parábola do rico e Lázaro, os dois estavam conscientes depois da morte.
Assim como Estevão, que ao morrer disse, „Senhor Jesus, recebe o meu espírito‟.
Paulo também ensina em Filipenses 1.23 que quando o ser é desatado do corpo
pela morte, ele vai estar diretamente com Cristo (ver também 2 Coríntios 5.8;
Apocalipse 6.9; Lucas 23.43).

O ENSINO BÍBLICO:
No AT todas as almas (de salvos e perdidos) iam a um lugar denominado
„sheol‟, que quer dizer a morada dos mortos (Gênesis 37.35; Números 16.30, 33;
Salmos 9.17; 16.10).
No NT a palavra grega usada é „hades‟, que tem o mesmo significado de
„sheol‟. Tanto o rico quanto Lázaro (Lucas 16.22, 31), estavam no hades.
Subentende-se que no Sheol ou Hades havia duas divisões: uma para os salvos e
outra para os perdidos.
Todos os que morrem em Cristo passam diretamente à presença de Deus (João
14.2-3; 17.24; Atos 7.55-59; 2 Coríntios 5.8; Filipenses 1.23; Hebreus 12.22-23).
Essas almas estão num estado de plena consciência, de felicidade e descanso.
No outro lado do Hades se encontram os ímpios. O estado destes é de
sofrimento e afastamento de Deus, esperando a ressurreição e o juízo para passar
depois a sua morada definitiva, o lado de fogo e enxofre. Estes também estão em
estado consciente.

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A SEGUNDA VINDA DE CRISTO


O primeiro evento glorioso que, como cristãos, esperamos para estes
últimos dias é a Segunda Vinda de Cristo, o Retorno do Rei. Jesus veio ao
mundo uma vez cerca de 2000 anos atrás e voltará outra vez em breve.

A SEGUNDA VINDA PROFETIZADA:

1. No Antigo Testamento
É interessante notar que ainda antes de Sua primeira vinda, foi profetizado
acerca de Sua segunda vinda (Deuteronômio 33.2; Salmos 102.16; Isaías 59.20,
60.1, Jeremias 23.5; Daniel 7.13; Zacarias 14.4).

2. No Novo Testamento
O mesmo Senhor disse: “Virei outra vez”. Os anjos disseram “Esse Jesus que
dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir ”. O apóstolo
Paulo profetizou dizendo, “o Senhor mesmo... descerá dos céus”. João disse:
“quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele” (1 João 3.2-3). E assim
encontramos que Sua segunda vinda é mencionada oito vezes mais que Sua
primeira (João 14.3; Atos 1.11; 1 Tessalonicenses 4.16; 1 Tessalonicenses 2.19;
Lucas 12.45-46).
Alguns querem interpretar de forma figurada estas profecias e tem dito que a
segunda vinda se cumpriu na descida do Espírito Santo e outros dizem que isso
se refere à morte. A Bíblia ensina uma segunda vinda literal, “Esse Jesus... virá
do modo como o vistes subir” (Atos 1.11).

A SEGUNDA VINDA PROMETIDA:


Nossa certeza da segunda vinda de Cristo jaz não somente na fidelidade
da profecia bíblica, mas também na promessa pessoal do Senhor Jesus
Cristo. O Senhor Jesus prometeu categoricamente que Ele voltaria:
“E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos
receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou,
estejais vós também” (João 14.3).
“Aquele que dá testemunho destas coisas diz:
Certamente, venho sem demora...” (Apocalipse 22.20).

AS CARACTERÍSTICAS DA SUA VINDA:

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 64

A primeira característica da segunda vinda de Cristo é que ela será


súbita:
“Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à
hora em24.44).
(Mateus que não cuidais, o Filho do Homem virá”
“Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no
qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os
elementos se desfarão abrasados; também a terra e as
obras que nela existem serão atingidas” (2 Pedro
3.10).
A segunda característica é que ninguém sabe quando ela se dará
(Mateus 24.44; 25.13; Marcos 13.32-33; Lucas 12.40):
“Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à
hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá”
(Mateus 24.44).
A palavra „hora‟, empregada no versículo acima, significa o momento
em que algo acontecerá, não necessariamente ao tempo de 60 minutos.
Ninguém sabe quando será o momento exato da vinda de Cristo, mas a
Bíblia dá algumas dicas da época em que se dará.
A segunda vinda também será pessoal. Jesus Cristo não enviará um
emissário em Seu lugar nem ficará esperando até os salvos cheguem ao
Céu. Ele mesmo virá ao nosso encontro:
“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de
ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a
trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em
Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Tessalonicenses
4.16).
“Assimtambém Cristo, tendo-se oferecido uma vez
para sempre para tirar os pecados de muitos,
aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o

aguardam
A segunda vindapara a salvação”
de Cristo (Hebreus
será visível 9.28).
e corpórea:
“E lhes disseram: Varões galileus, por que estais
olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi
assunto ao céu virá do modo como o vistes subir”
(Atos 1.11).
O texto acima diz que Jesus virá do modo como os Seus discípulos o
virão subir – visivelmente e em corpo. Isso significa que Ele não virá
escondido „entre nuvens‟ para efetuar um „arrebatamento secreto‟, mas

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todo olho o verá. Além disso, Ele não v irá „espiritualmente‟, mas com o
mesmo corpo ressuscitado com o qual subiu ao Céu.
Diante da expectativa do retorno do Rei, a Bíblia mostra qual deveria
ser a atitude ou resposta de todo cristão:
Nós devemos orar com a expectativa constante de Sua vinda – „vem

Senhor Jesus!‟(Apocalipse 22.20).


Nós devemos viver uma vida de santificação – Tito 2.12-13.

 Nós devemos esperar assídua e pacientemente pelo Senhor –


Filipenses 3.20.
 Nós devemos nos purificar – 1 João 3.2-3.

O TEMPO DE SUA VINDA:


Jesus Cristo poderá voltar a qualquer momento? Os cristãos têm
discordado a respeito do tempo da vinda do Senhor, mas o podemos obter
do estudo da Bíblia é que a volta de Cristo é iminente e será inesperada
(Mateus 24.42-44; 25.13; Marcos 13.32-33; Lucas 12.40; 1
Tessalonicenses 5.2; Hebreus 10.25; Tiago 5.7-9; 1 Pedro 4.7; 2 Pedro 3.8-
10; Apocalipse 1.3; 22.7, 12, 20). Porém, os textos que dizem que devemos
estar preparados para a volta de Cristo não dizem quanto tempo teremos
que esperar.
Embora não saibamos quando será a „hora‟ de Seu retorno, contudo, a
Bíblia ensina muita coisa sobre os „sinais‟que precedem à volta de Cristo.
Ou seja, antes de Cristo retornar, estes sinais devem se cumprir em
plenitude. Quais são os sinais que antecederão a volta de Cristo?
A pregação do evangelho do reino a todas as nações – Marcos 13.10;

Mateus 24.14.
A grande tribulação – Marcos 13.7-8, 19-20; Mateus 24.15-22;

Lucas 21.20-24.
Falsos profetas realizando sinais e maravilhas – Marcos 13.22;

Mateus
Sinais no24.23-24.
céu – Marcos 13.24-26; Mateus 24.29-30; Lucas 21.25-27.

 O anticristo – Apocalipse 13; 1 João 2.18; 2 Tessalonicenses 2.1-10.


 A Salvação de Israel – Romanos 11.12, 25-26.

A DOUTRINA DO ARREBATAMENTO SECRETO


Até o aparecimento de John Nelson Darby, a maioria esmagadora dos
cristãos cria que não haveria um „arrebatamento secreto‟. Embora ele não
tenha sido o „inventor‟ desta doutrina, foi ele quem a defendeu mais
arduamente e supostamente a fundamentou com textos bíblicos. Depois,

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Teologia Sistemática III – Soteriologia, Eclesiologia, Escatologia. 66

com a famosa Bíblia de Estudo de Scofield, a doutrina se tornou popular e


hoje é aceita pela maioria dos evangélicos.
A doutrina do arrebatamento é desenvolvimento sob a teoria de que
Cristo
salvos evoltará
depoisem
da duas etapas.
Grande Primeiro
Tribulação, EleEle voltará
voltará comsecretamente
os Seus parapara os
julgar
o mundo e estabelecer o Milênio.
O texto normalmente usado para provar o arrebatamento é 1
Tessalonicenses 4.13-17. No entanto, nada no texto comprova a teoria de
um arrebatamento secreto e que depois de alguns anos Cristo voltará uma
terceira vez. A palavra „arrebatados‟ é traduzida do grego harpazo, que
significa simplesmente „pegar, levar pela força, agarrar, reivindicar para si
mesmo‟. Não há qualquer idéia de algo feito em secreto. Além disso, é
difícil pensar num arrebatamento secreto se será „dada a sua palavra de
ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus‟ (v.16) e os
mortos ressuscitarão.
De fato, falta fundamento bíblico para um arrebatamento secreto e uma
terceira vinda, que é a implicação prática desta doutrina popular, porém,
repetimos, não-bíblica.

O MILÊNIO
A palavra Milênio vem do latim „milenium‟ e quer dizer mil anos. O Milênio
do qual aeBíblia
(inferno falaqual
céu) no é umCristo
período de mil anoseanterior
restabelecerá ocuparáàsoretribuições definitivas
trono de Davi (Isaías
14.8-11; Apocalipse 20.6). O povo judeu (remanescente) estará convertido
(Zacarias 12.10-14; Ezequias 34.25-29). Todas as nações se submeterão ao Rei
dos reis e a Seu governo (Isaías 49.18, 22-23; Miquéias 4.1-12; Zacarias 8.20-
23).
Este será um tempo de perfeita e felicidade, pois, o Diabo estará atado
(Apocalipse 20.2-3) e todos se submeterão à vontade do Senhor (Isaías 32.15-18;
51.3-5).

Quanto ao tempo do Milênio, há três posições principais entre os cristãos:

AMILENISMO:
O amilenismo não crê num milênio literal. Esta teoria entende que
Apocalipse 20.1-6 está falando do tempo presente, a era da igreja, onde a
influência que Satanás tem sobre o mundo é reduzida pela pregação do
evangelho. Então, no final do período da igreja, Cristo voltará, haverá a
ressurreição dos crentes e dos incrédulos, o juízo final e novo céu e nova
terra. Segue-se, então, o estado eterno.

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PÓS-MILENISMO:
Esta teoria crê que a volta de Cristo se dará depois do Milênio,
portanto, este seguirá imediatamente após a era da igreja; a pregação do
evangelho
maneira quee influenciará
o crescimento tododao mundo
igreja aumentarão gradativamente
e iniciará uma era “milenar” de
de
paz e prosperidade. Então, Cristo voltará após o milênio, haverá a
ressurreição dos crentes e dos incrédulos, o juízo final, e novo céu e nova
terra. Segue-se, então, o estado eterno.

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PRÉ-MILENISMO:
O pré-milenismo crê que Cristo voltará a terra antes dos mil anos de
Seu governo pessoal e triunfante na terra. Há dois tipos de pré-
milenismo:

1. Pré-tribulacional ou Dispensacionalista
Fortemente influenciados por J. N. Darby e a Bíblia de Estudo de
Scofield, aqueles que crêem neste tipo de pré-milenismo, estabelecem a
ordem de acontecimentos como segue:
Estamos na Era da igreja, então, numa ocasião inesperada;

Cristo virá até as nuvens e os crentes mortos ressuscitarão e os


vivos serão
maneira transformados;
invisível todos,segue-se,
ou secretamente; então, então,
serão arrebatados de
 A Grande Tribulação de 7 anos;
 A Volta „visível‟ de Cristo;
 O Milênio;
 A Ressurreição dos incrédulos;
 O Novo Céu e Nova Terra;
 O Estado Eterno.

2. Clássico ou Histórico
Esta é a posição sustentada pelos reformadores e por muitos
evangélicos contemporâneos, ainda que não seja tão popular. Mas,
„popular‟ não significa bíblico, então, nós preferimos defender uma
doutrina bíblica, ainda que não seja popular, do que o contrário.
Segundo o pré-milenismo clássico, a ordem dos eventos é:
Estamos na Era da igreja, então, virá...

A Tribulação, depois...

A Ressurreição dos crentes e o arrebatamento visível – a volta de


Cristo;
O Milênio;

A Ressurreição dos incrédulos;


O Novo Céu e Nova Terra;


Estado Eterno.

Nós cremos que esta posição é mais bíblica porque:


 O Novo Testamento não afirma claramente que a igreja será tirada
do mundo antes da tribulação, mas que será apenas protegida

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durante este evento (Mateus 24.21-30; Apocalipse 3.10; 1


Tessalonicenses 4.13-18 com 1 Coríntios 15.51-52).
 A tribulação está claramente ligada à volta de Cristo no sentido de
que Cristo virá no final da mesma (Mateus 24.31; 1 Tessalonicenses
4.16; 1 Coríntios 15.51-52).
 O NT não justifica em nenhum lugar que haverá “duas segundas
vindas” (uma para a igreja e outra com a igreja).

RESSURREIÇÃO DOS MORTOS E JUÍZO ETERNO


A Bíblia ensina que aquele que não crê em Cristo já está condenado (João
3.18; 3.36), enquanto que aquele que crê em Jesus jamais sofrerá condenação
(João 3.36; 5.24; Romanos 5.1; 8.1).
A Bíblia também ensina que haverá um juízo vindouro (1 Coríntios 4.5) ou ira
vindoura (Mateus 3.7; 1 Tessalonicenses 1.10). Deus decidiu, num dia vindouro,
julgar o mundo por meio de Jesus Cristo (João 5.22; Atos 17.31).
Esse juízo vindouro e final acontecerá depois do Milênio. Porém, antes do
juízo final, os mortos ressuscitarão primeiro. A Bíblia diz que todos os homens
ressuscitarão, os justos e os injustos (Atos 24.15), porém, eles terão destinos
diferentes (João 5.29); haverá uma ressurreição da vida para os justos e uma
ressurreição para juízo dos ímpios.
A ressurreição dos mortos, diferentemente da vinda do Senhor, acontecerá em
duas etapas. Primeiro ressuscitarão os mortos em Cristo (1 Tessalonicenses 4.15-
16) por ocasião da Segunda Vinda de Cristo, antes do Milênio. Depois do
Milênio, os ímpios ressuscitarão para serem julgados (Apocalipse 20.11-15). Na
ocasião da Segunda Vinda de Cristo, os crentes ressuscitarão e receberão corpos
gloriosos e incorruptíveis como o de Cristo (Filipenses 3.19). Os ímpios
ressuscitarão para serem condenados e lançados no lago de fogo, que é a segunda
morte (Apocalipse 20.15), mas não uma cessação de vida; pelo contrário,
significa uma vida „eterna‟de sofrimento e separação de Deus.
Os ímpios ressuscitados serão julgados de acordo com as suas obras e serão
condenados (João 3.18-19; Romanos 2.5,6; 1 Coríntios 5.1-13; Gálatas 6.7-8;
Marcos 16.16; 2 Tessalonicenses 1.7-9).
Os salvos serão julgados para receberem as recompensas por suas obras e
fidelidade, mas sem qualquer condenação (2 Coríntios 5.10; Colossenses 3.24;
Filipenses 3.14; 1 Coríntios 9.25; 2 Timóteo 4.8; Tiago 1.12; Apocalipse 2.10;
3.11).
De acordo com as Escrituras, o juízo de Deus será:
 Certo (Eclesiastes 11.9).
 Universal (2 Coríntios 5.10).

Justo (Romanos 2.5).

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 Decisivo (1 Coríntios 15.52).


 Eterno em suas conseqüências (Hebreus 6.2).

O NOVO CÉU E A NOVA TERRA


A Bíblia afirma claramente que haverá um novo céu e uma nova terra:
“Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos
novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2
Pedro 3.13).
“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro c éu e a
primeira terra passaram, e o mar já não existe”
(Apocalipse 21.1).
Por céu, a Bíblia quer dizer o lugar onde Deus faz com que a Sua
presença abençoadora se torne mais conhecida. Mas ele não deve ser
compreendido como se fosse apenas um „estado de espírito‟, pois as
Escrituras descrevem o céu como um lugar, mostrando claramente que
ele está acima e além da terra (Atos 1.9, 11; Lucas 25.51; Atos 7.55-56).
Ainda que o „Céu‟ no qual Deus habita e nós iremos habitar não seja a
atmosfera que vemos, contudo, ainda assim é uma dimensão que
realmente existe no universo espaço-temporal e no qual comporta um
corpo físico, como o de Jesus, no presente momento. Então, não é apenas
uma dimensão espiritual. A localização do céu é desconhecida até o
presente momento e é impossível de ser percebida por nossos olhos, mas
nem por isso deixa de ser real.
A Bíblia nos mostra, entre outras coisas, que neste novo céu e nova
terra, nesta nova criação:
 A criação será renovada e nós continuaremos a existir e agir nela (2
Pedro 3.10-13; Apocalipse 21.1; Romanos 8.19-21; Hebreus 1.11-12).
 Nosso corpo ressurreto e glorificado fará parte da nova criação
(Mateus 5.5; Apocalipse 19.19; 22.1-2; 21.10-11 21-26).
Ainda que não haja noite no futuro, „a nova criação não será
atemporal, mas incluirá uma sucessão infinita de momento 4‟ e a „nova
criação será um lugar de grande beleza, abundância e alegria na
presença de Deus5‟ (Salmos 73.25-26; Apocalipse 21 e 22).

O ESTADO ETERNO

4
Grudem, Wayne. Teologia Sistemática, pg. 992. Edições Vida Nova: 2000.
5
Idem, pg. 993.

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A Bíblia diz que estaremos para sempre com o Senhor (1


Tessalonicenses 4.17) e que na eternidade futura nós serviremos ao
Senhor (Apocalipse 22.3). Não sabemos exatamente o que virá depois,
mas certamente a eternidade futura será na presença do Senhor, onde há
delícias perpetuamente (Salmos 16.11).

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 Lição 9 - Questões Para Revisão


1. O que é o estado intermediário?

2. O que é a doutrina do purgatório?


3. O que os adventistas ensina sobre o „sono‟ da morte?
4. O que a Bíblia sobre o estado do descrente após a morte?
5. O que a Bíblia sobre o estado do crente após a morte?
6. Onde foi profetizada a segunda vinda de Cristo?
7. Onde foi prometida a segunda vinda de Cristo?
8. Quais são as características básicas da segunda vinda de Cristo?

9. Quais são as secreto?


arrebatamento bases bíblicas
E qual éaa sua
favor e/ou contra a doutrina do
opinião?
10. Quais são as principais visões sobre o milênio?
11. Por que a visão de que não haverá nenhum Milênio literal estaria
errada?
12. Por que a visão de que Cristo só voltará depois do Milênio não é
bíblica?
13. Por que a visão de que Cristo voltará antes do Milênio é bíblica?

14.
15. Quando
Quando os
os mortos em Cristo ressuscitarão?
ímpios ressuscitarão?
16. Como será no novo céu e na nova terra?
17. Como será o estado eterno?

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 Exame Final
Este exame final consiste de 50 questões. Cada questão vale 2 pontos.
Portanto, o máximo de pontos que podem ser obtidos neste exame é 100.

1. Qual é o significado bíblico de „salvação‟ e por que o homem precisa ser


salvo?
2. O que significa dizer que a „morte de Cristo foi um sacrifício‟?
3. O que significa dizer que o sacrifício de Cristo foi uma propiciação?
4. O que significa dizer que o sacrifício de Cristo foi uma redenção?
5. O que significa dizer que o sacrifício de Cristo foi uma reconciliação?
6. Por que é tão difícil para o pecador aceitar que a salvação vem do
Senhor sem qualquer esforço de sua parte?
7. O que ensina o universalismo sobre o alcance da salvação?
8. O que ensina o universalismo qualificado sobre o alcance da salvação?
9. O que ensina o particularismo sobre o alcance da salvação?
10. O que é eleição?
11. O que o chamado eficaz?

12. Qual é a diferença entre o chamado eficaz e o chamado do Evangelho?


13. O que é o novo nascimento?
14. O que é a conversão?
15. O que é a justificação?
16. O que é a adoção?
17. O que é a santificação?
18. O que é a santificação?
19. O que é a glorificação?
20. Qual é o destino do crente após a morte?
21. O que é a doutrina da perseverança dos santos?
22. Existem bases bíblicas para provar que há um modelo a ser seguido
pela igreja? Justifique.
23.Quais são algumas evidências bíblicas de que havia um modelo?
24. O que é uma igreja?
25. Quais são algumas das figuras (pelo menos 5) que nos ensinam sobre a
natureza da igreja?

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26. O que aprendemos com a figura do corpo?


27. O que aprendemos com a figura da noiva?
28. O que aprendemos com a figura da família?
29. De que maneira nós podemos confundir a Antiga Aliança com a
Igreja?
30. Qual é o fundamento da Igreja?
31. Quais são os recursos da Igreja?
32.Quais são as três principais formas de governo da Igreja?
33.Quais são as características do governo episcopal?
34. Quais são as características do governo presbiteriano?
35. Quais são as variações de governo congregacional?
36. Qual dos modelos de governo da Igreja mais se aproxima do que a
Bíblia ensina e por que?
37. O que é o estado intermediário?
38. O que é a doutrina do purgatório?
39. O que os adventistas ensina sobre o „sono‟ da morte?
40. O que a Bíblia sobre o estado do descrente e do crente após a
morte?
41. Onde foi profetizada e prometida a segunda vinda de Cristo?
42. Quais são as características básicas da segunda vinda de Cristo?
43. O que é a doutrina do arrebatamento secreto e quais são as bases
bíblicas a favor e/ou contra esta doutrina?
44. Quais são as principais visões sobre o milênio?
45.Por que a visão de que não haverá nenhum Milênio literal estaria
errada?
46. Por que a visão de que Cristo só voltará depois do Milênio não é
bíblica?
47. Por que a visão de que Cristo voltará antes do Milênio é bíblica?
48. Quando os mortos em Cristo e os ímpios ressuscitarão?
49. Como será no novo céu e na nova terra?
50. Como será o estado eterno?

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Este manual faz parte de uma série de diversos manuais


desenvolvidos para o treinamento ministerial, pastoral e teológico
do Programa de Educação Teológica a Distância , que visa
equipar cada crente para o cumprimento de seu papel dado por
Deus na evangelização do mundo e na edificação da igreja.

Para maiores informações, por favor, escreva-nos:


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59600-410, Mossoró-Rn

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