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ETEC DE TABOÃO DA SERRA

HENRIQUE ÁVILA FERREIRA

TABOÃO DA SERRA - SP

2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4
2 NOÇÕES DE CONJUNTOS .......................................................................................... 5
Igualdade de conjuntos ....................................................................................................... 5
Subconjuntos - relação de inclusão..................................................................................... 6
Propriedades da relação de inclusão ................................................................................... 6
Exemplo .............................................................................................................................. 6
Parte Prática ........................................................................................................................ 7
Respostas ............................................................................................................................ 8
3 CONJUNTO DAS PARTES ........................................................................................... 9
Interseção e Reunião ........................................................................................................... 9
Casos Particulares ............................................................................................................... 9
União................................................................................................................................. 10
Casos Particulares ............................................................................................................. 11
Situação Problema ............................................................................................................ 11
Parte Prática ...................................................................................................................... 12
Respostas .......................................................................................................................... 13
4 CONJUNTOS NUMÉRICOS ....................................................................................... 14
O conjunto ℕ..................................................................................................................... 14
O conjunto ℤ ..................................................................................................................... 15
Números inteiros opostos ................................................................................................. 15
Módulo de um número inteiro .......................................................................................... 16
Interpretação geométrica .................................................................................................. 16
Parte prática ...................................................................................................................... 17
Respostas .......................................................................................................................... 18
O conjunto ℚ..................................................................................................................... 18
Números racionais ............................................................................................................ 19
Subconjunto de ............................................................................................................ 19
Representação decimal das frações .................................................................................. 19
Oposto, módulo e inverso de um número racional ........................................................... 22
Parte Prática ...................................................................................................................... 22
5 TORRE DE HANÓI ...................................................................................................... 24
História da Torre de Hanói ............................................................................................... 25
Aplicações da Torre de Hanói .......................................................................................... 26
Fórmula Matemática ......................................................................................................... 26
Conclusão ......................................................................................................................... 28
6 INTERVALOS REAIS ................................................................................................. 29
Operações com Intervalos: ............................................................................................... 30
Parte Prática ...................................................................................................................... 31
7 FUNÇÕES ..................................................................................................................... 34
Domínios, contradomínios e imagens............................................................................... 34
Exemplos .......................................................................................................................... 34
Parte Prática ...................................................................................................................... 35
Respostas .......................................................................................................................... 37
1 INTRODUÇÃO

Resumo do conteúdo de matemática de 2023. Neste portfólio haverá explicações, exemplos e


atividades para serem estudados caso precise.
2 NOÇÕES DE CONJUNTOS

• Conjunto: designado, em geral, por uma letra latina maiúscula (A, B, C, ..., X, Y, Z);
• Elemento: designado, em geral, por uma letra latina minúscula (a, b, c, ..., x, y, z);

Pertinência: a relação entre elemento e conjunto, denotada pelo símbolo ∈, que se lê "pertencia".

Assim, por exemplo, se A é o conjunto das cores da bandeira do Brasil, designadas por v
(verde), a(amarelo), z(azul) e b(branco), podemos falar que v, a, z, b são elementos de A, o qual
pode ser representado colocando-se os elementos entre chaves, como segue:

A={v, a, z, b}

Dizemos, então, que ∈ A, a ∈A, z ∈ B ∈ A.

Os símbolos ∉ e ≠ são usados para expressar as negações de ∈ e =, respectivamente.

No exemplo acima, temos v ≠ a, v ≠ z, v ≠ b, a ≠ z, a ≠ b, b ≠ z e, se designarmos a cor preta


por p, temos que p ∉ A.

Além de poder ser descrito enumerando-se um a um seus elementos, como mostrado no


exemplo anterior, um conjunto pode ser designado por uma propriedade característica de seus
elementos. Nesse caso, podemos representá-lo da seguinte forma:

A = {x | x é cor da bandeira do Brasil}



(lê-se: tal que)

Igualdade de conjuntos

Dois conjuntos A e B são iguais se todo elemento de A pertence B e, reciprocamente, todo


elemento de B pertence a A. Assim, por exemplo:

• Se A = {a, b, c} e B = {b, c, a}, temos que A = B;


• Se A = {x | x - 2 = 5} e B = {7}, temos que A = B;
• Se A é o conjunto das letras da palavra “garra” e B é o conjunto das letras da palavra
“agarrar”, temos que A = B. Note que, dentro de um mesmo conjunto, não precisamos repetir
elementos. Apesar de a palavra “garra” ter cinco letras e a palavra “agarrar” ter sete, temos {g,
a, r, r, a} = {a, g, a, r, r, a, r} = {a, g, r}

Há conjuntos que possuem um único elemento, chamados conjuntos unitários, e há um conjunto


que não possui elementos, chamado conjunto vazio e indicado por {} ou Ø. Por exemplo:
a. São conjuntos unitários:

A = {5}
B = {x | x é capital da França} = {Paris}

b. São conjuntos vazios:


C = conjunto das cidades de Goiás banhadas pelo oceano Atlântico = Ø D = {x | x ≠ x} =
Ø

Subconjuntos - relação de inclusão

Consideramos os conjuntos A = {x | x é letra da palavra “ralar”} e B = {x | x é a letra da palavra


“algazarra”}; ou seja:
A = {r, a, l} e B = {a, l, g, z, r}
Note que todo elemento de A é também elemento de B. Nesse caso, dizemos que A é um
subconjunto ou uma parte de B, o que é indicado por:
A B (lê-se: A está contido em B, ou seja, A é um subconjunto de B, ou A é uma
parte de B), ou ainda:
B A (lê-se: B contém A)

OBS: O símbolo é chamado sinal de inclusão e estabelece uma relação


entre dois conjuntos. A relação de inclusão entre dois conjuntos, A e B, pode
ser ilustrada por meio de um diagrama de Venn, como na figura ao lado.
Os símbolos e são negações de e , respectivamente.
Assim sendo, temos:
A B se pelo menos um elemento de A não pertence a B.

Propriedades da relação de inclusão

Quaisquer que sejam os conjuntos A, B e C, temos:

• Ø A
• Reflexiva: A A
• Transitiva: Se A B e B C, então A C.
• Antissimétrica: Se A B e B A, então A = B.

Exemplo

Dados os conjuntos A = {0, 1, 2, 3}, B = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e C = {0, 2, 5}, temos:


a) - A ⊂ B, pois todo elemento de A pertence a B;

- C ⊄ A pois 5 ∈ C e 5 ∉ A;
- B ⊃ C, pois todo elemento de C pertence a B;
- B ⊄ A, pois 4 ∈ B e 4 ∉ A, e também 5 ∈ B e 5 ∉ A.

b) Os conjuntos A, B, e C podem ser representados pelo diagrama de Venn ao lado.

Parte Prática

1- Indique se cada um dos elementos -4; 1/3; 3 e o 0,25 pertence ou não a cada um destes
conjuntos:

A= {x | x é um número inteiro}
B= {x | x < 1}
C= {x | 15x -5 = 0}
D= {x | -2 ≤ x ≤ 1/4}

2- Considerando que F= {x | x é estado do sudoeste brasileiro} e G= {x | x é a capital de


um país sul-americano}, quais das sentenças seguintes são verdadeiras.

a) Rio de Janeiro ∈ F c) Lima ∉ G e) Espírito Santo ∉ F


b) México ∈ G d) Montevidéu ∈ G f) São Paulo ∈ F

3- Em cada caso, reescreva o conjunto dado enumerando seus conjuntos.

A= {x | x é o nome da palavra “beterraba”}


B= {x | x é o nome de um estado brasileiro cuja letra inicial é p}
C= {x | x= a/b, em que a e b são números inteiros, a b, 1 a 4 e 1 b 4}
4- Dado H= {-1, 0, 2, 4, 9}, reescreva cada um dos seguintes conjuntos enumerando seus
elementos.

A= {x | x H e x 1}
B= {x | x H e 2x - 1/3= 1}
C= {x | x H e é um quadrado perfeito}
D= {x | x H e 0}
E= {x | x H e 3x + 1= 10}

5- Classifique em verdadeiro (v) ou falso (f) cada uma das seguintes sentenças:

a) O d) a {a, {a}}
b) {x | x 2x + 9 = 13} = {2} e) {x | x 0ex 0} =
c) {a, b} {a, b, c} f) { , {a}}

Respostas

1- A= -4 A, 1/3 A, 3 A e 0,25 A
B= -4 A, 1/3 A, 3 A e 0,25 A
C= -4 A, 1/3 A, 3 A e 0,25 A
D= -4 A, 1/3 A, 3 A e 0,25 A

2- a) Rio de Janeiro F b) Montevidéu G c) São Paulo F

3- A= {b, e, t, r, a}
B = {Paraná, Paraíba, Pará, Pernambuco, Piauí}
C = {2; 3}
4- A = {-1; 0} B = {2}
C = {0, 4, 9}
D = {-1}
E=∅
5- a) F
b) F
c) V
d) V
e) V
f) F

3 CONJUNTO DAS PARTES


Dado um conjunto A, podemos formar um conjunto cujos elementos são todos os subconjuntos
de A. Esse conjunto é chamado conjunto das partes A e é indicado por P (A).
Assim, por exemplo, se A = {1,2,3}, então os seus subconjuntos são Ø, {1}, {2}, {3}, {1,2},
{1,3}, {2,3} e {1, 2, 3}
Logo, o conjunto das partes de A é:
P (A) = {Ø, {1}, {2}, {3}, {1,2}, {1,3}, {2,3} e {1, 2, 3}}

Interseção e Reunião
A partir de dois conjuntos A e B, podemos construir conjuntos cujos elementos devem obedecer
a condições preestabelecidas.
Por exemplo, dados os conjuntos A e B, podemos determinar um conjunto cujos
elementos pertencem simultaneamente a A e a B. Esse conjunto é chamado interseção de A e
B e indicado por A B, que se lê “A interseção
B” ou, simplesmente “A interseção B”. Assim, define-se:

Casos Particulares

-A -
Exemplo
Dados os conjuntos A= {-2, -1, 0, 1, 2}, B= {0, 2, 4, 6, 8, 10} e C= {1, 3, 5, 7}, temos:

-A B = {0, 2}
-A C = {1}
-B C= (Note que B e C são conjuntos disjuntos) Os diagramas de Venn que representam
os conjuntos A B, A C e B C são:

União
A partir de dois conjuntos, A e B, também se pode obter um novo conjunto cujos elementos
pertencem a pelo menos um dos conjuntos dados, ou seja, ou pertencem somente a A, ou
somente a B, ou ambos (A ). O conjunto assim obtido é chamado reunião (ou união) de A
e B e indicado por A B, que se lê “A reunião B” ou “A união B”. Assim, define-se.
Casos Particulares
-A -

Situação Problema
Em uma pesquisa realizada com alunos de uma escola, foram feitas as seguintes
perguntas para que respondesse “sim” ou “não”:

Você gosta de praticar esportes? Você gosta de assistir a filmes?


Responderam “sim” à primeira pergunta 120 alunos; responderam “sim” à segunda
pergunta 85 alunos; responderam “sim” às duas perguntas 36 alunos; responderam “não” às
duas perguntas 52 alunos. Vamos determinar o número de alunos que participaram da pesquisa:

Primeira Solução
- Sendo A o conjunto dos alunos que gostam de praticar esportes, temos que n (A) = 120.
- Sendo B o conjunto dos alunos que gostam de assistir a filmes, temos n (B) = 85.
n (A ∩ B) = 36; alunos que gostam de praticar esportes e assistir a filmes; n [A – (A
∩ B) ] = 120-36 = 84: alunos que só postam de praticar esportes; n [B – (A ∩ B) ] = 85 – 36=
49: alunos que só gostam de assistir a filmes.

Dessa forma, podemos determinar o número de alunos que participaram da pesquisa,


isto é:

36 + 84 + 49 + 52 = 221

Segunda solução
Além disso, também é possível utilizar o diagrama de Venn para resolver a questão.
Inicie colocando a quantidade de elementos, conforme a seguir, na região correspondente A ∩
B:

A seguir, coloque a quantidade de elementos correspondentes A – B e B – A e, do lado


de fora dos conjuntos, indique o número de elementos que não pertencem deles:

Assim, o número total de participantes da pesquisa é:


(120 - 36) + 36 + (85 - 36) + 52=
=84 + 36 + 49 + 52
=221

Parte Prática

1- Dados os conjuntos A= {p, q, r}, B= {r, s} e C= {p, s, t}, determine os conjuntos:


a) A B c) B C e) A C
b) A C d) A B f) B C

2- Sendo A, B e C os conjuntos dados no exercício anterior, determine:

a) (A B) C b) A B C c) (A C) (B C) d) (A C) (B C)

3- Dado = {-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4}, sejam A = {x | x < 0}, B = {x | -3 x


2} e C= {x | x -1}, determine:

a) A B C b) A B C c) C (B A) d) (B A ) C

4- Dos 36 alunos do primeiro do ensino médio de certa escola, sabe- se que 16 jogam
futebol, 12 jogam voleibol e 5 jogam futebol e voleibol. Quantos alunos dessa classe não jogam
futebol ou voleibol?

Respostas

1) a) {p, q, r, s} c) {r, s, p, t} e) {p}


b) {r, s, p, t} d) {r} f) {s}

2) a) {r, p, s, t} b) c) {p, s} d) {p, q, r, s, t}

3) a) {-1} b) {-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4} c) {-2, -1, 0, 1, 2, 3, 4} d) {-1, 0, 1}

4) 5 + 11 + 7 + x =36
23 + x = 36
x = - 23 + 36
x = 13
4 CONJUNTOS NUMÉRICOS

Denominamos conjuntos numéricos os conjuntos cujos elementos são números;

Estudaremos os conjuntos dos números naturais, dois inteiros, dos racionais e dos
irracionais. Por fim, apresentaremos o conjunto dos números reais, presente em grande parte
do estudo abordado nesta coleção.
O surgimento do conjunto dos números naturais deveu-se à necessidade de o ser humano
fazer contagens. Os outros conjuntos numéricos, em geral, surgiram como ampliações daqueles
até então conhecidos, por necessidade de serem efetuadas novas operações.

O conjunto ℕ
O conjunto dos números naturais é:
ℕ = {0, 1, 2, 3, 4, …, n, …}, em que n representa o elemento genérico do conjunto.
Os conjuntos ℕ possui infinitos elementos e pode ser representado na reta numerada.
ℕ = {0, 1, 2, 3, 4, …}

O conjunto dos números naturais possui alguns subconjuntos importantes:

• O conjunto dos números naturais não nulos:


ℕ* = {1, 2, 3, 4, …, N, …}; ℕ* = ℕ - {0}
Observe que o símbolo * (asterisco) à direita do nome do conjunto indica que foi
retirado dele o elemento zero.

• O conjunto dos números naturais pares:


ℕp= {0, 2, 4, 6, …, 2n, …}, com n ∈ ℕ

Observe que, para todo n ∈ ℕ, 2n representa um número par qualquer.

• O conjunto dos números naturais ímpares:


ℕi= {1, 3, 5, 7, …, 2n + 1, …}, com n ∈ ℕ

Observe que, para todo n ∈ ℕ, 2n + 1 representa um número ímpar qualquer.

• O conjunto dos números naturais primos:


P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, …}

O conjunto ℤ
Os conjuntos dos números inteiros é:
ℤ = {..., -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, …}

Observe que todo número natural é também um número inteiro, isto é, ℕ é subconjunto
de ℤ (ou ℕ ⊂ ℤ ou ℤ ⊃ ℕ)

A representação geométrica do conjunto dos números inteiros é feita a partir da


representação de ℕ na reta numerada; basta acrescentar os pontos correspondentes aos números
negativos:

ℤ = {..., -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, …}

O conjunto dos números inteiros possui alguns subconjuntos notáveis:


O conjunto dos números inteiros não nulos:

ℤ* = {..., -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, …} = ℤ - {0}


• O conjunto dos números inteiros não negativos: ℤ+ = {0, 1, 2, 3, 4, …}

• O conjunto dos números inteiros (estritamente) positivos: ℤ +* = {1, 2, 3, 4, …}


• O conjunto dos números inteiros não positivos: ℤ- = {..., -4, -3, -2, -1, 0}
• O conjunto dos números inteiros (estritamente) negativos: ℤ -* = {..., -4, -3, -2, -1}

• O conjunto dos números inteiros múltiplos de 4: M(4) = {..., -8, -4, 0, 4,


8, 12, …}
Números inteiros opostos
Dois números inteiros são ditos opostos ou do outro quando sua soma é zero. Assim,
geometricamente, são representados na reta por pontos que distam igualmente da origem.
Podemos tomar como exemplo o número 2.
O oposto do número 2 é -2, e o oposto de -2 é 2, pois 2 + (-2) = (-2) + 2 = 0

No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a é -a, e vice-versa.

Módulo de um número inteiro


Se x ℤ, o módulo ou valor absoluto de x (indica-se: |x|) é definido pelas seguintes
relações:

• Se x 0, o módulo de x é igual aos próprios valores de x, isto é, |x| = x


• Se x < 0, o módulo de x é igual ao oposto de x, isto é, |x| = -x. Acompanhe os exemplos:

• |7| = 7
• |-3| = -(-3) = 3
• |-12| = -(-12) = 12

• |0| = 0

• |63| = 63

Interpretação geométrica
Na reta numerada dos números inteiros, o módulo de x é igual à distância entre x e a origem.

• |7| = 7
• a + b = -3 + (+2) = -3 + 2 = -1 • -b = - (+2) = -2
a ⋅ b = -3 ⋅ (+2) = -3 ⋅ 2 = -6 • | a | = | -3 | = 3
• a - b = -3 - (+2) = -3 - 2 = -5
• | b | = | +2 | = | 2 | = 2
• b - a = +2 - (-3) = 2 + 3 = 5
• | a - b | = | -3 - 2 | = | -5 | = 5
• -a = -(-3) = 3
• | b - a | = | 2 -(-3) | = | 5 | = 5
• |-12| = 12

É fácil notar que dois números inteiros opostos têm o mesmo módulo.

Exemplo

Tomando os inteiros a = -3 e b = +2, calculamos:

De olho na resolução
Sejam os conjuntos A = {x ∈ ℤ | -3 < x ≤ 2} e B = {x ∈ ℕ | x ≤ 4}. Determine A 𝖴 B e A ∩ B.

Solução:

Observemos, inicialmente, que A = {-2, -1, 0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4} desse modo, temos:

A 𝖴 B = {-2, -1, 0, 1, 2, 3, 4} = {x ∈ ℤ | -2 ≤ X ≤ 4}
A ∩ B = {0, 1, 2} = {x ∈ ℕ | x ≤ 2} = {x ∈ ℤ | 0 ≤ x ≤ 2} observe que podemos também
escrever:

A 𝖴 B = {x ∈ ℤ | -3 < x < 5};


A ∩ B = {x ∈ ℕ | x < 3} = {x ≤ ℤ | 0 ≤ x < 3}
Parte prática

1. Determine A ∩ B e A 𝖴 B, sendo:

a. A = {x ∈ ℕ c x ≥ 5} e B = {x ∈ ℕ | x < 7}
b. A = {x ∈ ℤ | x > 1} e B = {x ∈ ℤ | x ≥ 3}
c. A = {x ∈ ℤ | x < 10} e B = {x ∈ ℕ* | x < 6}
d. A = {x ∈ ℕ | 2 < x ≤ 5} e B = {x ∈ ℤ | 1 ≤ x < 4}
2. Calcule:

a. -5 -3 ⋅ (-2)
b. |-11|
c. |7 - 4| + |4 - 7|
d. 2 + 5 ⋅ (-3) - (-4)
e. -11 - 2 ⋅ (-3) + 3
f. -8 + 3 ⋅ [2 - (-1)]
g. |2 + 3 ⋅ (-2)| - |3 + 2 (-3)|
h. |5 - 10| - |10 - (-5)| - |-5 - (-5)|

Respostas

1)
a) A𝖴B= {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6} c) A𝖴B= {-3, -2, -1, 1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
A∩B= {-3, -2, -1, 0} A∩B= {1, 2, 3, 4, 5}

b) A𝖴B= {-3, -2, -1, 1, 0, 1, 2, 3} d) A𝖴B= {1, 2, 3, 4, 5}


A∩B= {-3, -2, -1, 0} A∩B= {3}

2)
a) 1 b) 11 c) 6 d) -9 e) -2 f)1 g) 1 h) -10

O conjunto ℚ
O conjunto ℤ é fechado em relação às operações de adição, multiplicação e subtração, mas o
mesmo não acontece em relação à divisão. Note que, embora (-12) : (+4) = -3 ∈ ℤ, não existe
número inteiro x para o qual se tenha x = (+4) : (-12). Por esse motivo, fez-se necessária uma
ampliação do conjunto ℤ, da qual surgiu o conjunto dos números racionais.

O conjunto dos números racionais, identificado por ℚ, é inicialmente descrito como o


conjunto dos quocientes entre dois números inteiros, em que o divisor é diferente de zero. Por
exemplo, são números racionais:
1 2
0, ± 1, ± ± ± 2, ± 2
1 5
±
3 3 etc
Podemos escrever, de modo mais simplificado:

ℚ = {⍁{𝑝}{𝑞}| 𝑝 ∈ ℤ 𝑒 𝑞 ∈ ℤ *}

Números racionais
Dessa forma, podemos definir o conjunto ℚ como o conjunto das frações 𝑝; assim, um
𝑞
número é racional quando pode ser escrito como uma fração 𝑝, com p e q inteiros e q ≠
𝑞
0.

Se q = 1, temos que mostra que ℤ subconjunto de ℚ .Assim,


podemos construir o diagrama:

Subconjunto de
No conjunto destacamos os seguintes subconjuntos:

• *: conjunto dos números racionais não nulos;


• +: conjunto dos números racionais não negativos;
• -: conjunto dos números racionais não positivos; -*: conjunto dos números
racionais negativos
O conjunto é fechado para as operações de adição, multiplicação e subtração. Como não se
define “divisão por zero”, o conjunto não é fechado em relação à divisão. No entanto, o
conjunto * é fechado em relação à divisão.

Representação decimal das frações


Tomemos um número racional , tal que p não seja múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma
decimal, basta efetuar a divisão do numerador pelo denominador. Nessa divisão podem
ocorrer dois casos:

1) O quociente obtido tem, após a virgula, uma quantidade finita de algarismos e o resto
da divisão é zero. Exemplos:
Quando isso ocorrer, os decimais obtidos são chamados decimais exatos.
Observe que acrescentar uma quantidade finita ou infinita de algarismos iguais a zero, à direita
do último algarismo diferente de zero, não altera o quociente obtido. Veja, no exemplo, algumas
representações possíveis para o número racional :

Inversamente, a partir do decimal exato 0,4, podemos identificá-lo com a fração 4 , que,

simplificada, se reduz mesmo

.
2) O quociente obtido tem, após a virgula, uma infinidade de algarismos, nem todos iguais
a zero, e não é possível obter resto igual a zero na divisão. Exemplos:
Observe que, nesses casos, ocorre uma repetição de alguns algarismos. Os números decimais
obtidos são chamados decimais periódicos ou dízimas periódicas, em cada um deles, os
algarismos que se repetem formam a parte periódica, ou período da dizima. Para não escrever
repetidamente os algarismos de uma dizima, colocamos um traço horizontal sobre seu primeiro
período. Se uma fração é equivalente a uma dizima periódica, ela é chamada geratriz dessa
dízima. Nos exemplos anteriores, é a fração geratriz da dízima
3

é a fração geratriz da dízima 1,2 etc.


Para uma fração(irredutível) gerar uma dízima, é necessário que, na decomposição de
dominador em fatores primos, haja algum fator diferente de 2 e de 5, por exemplo:

Daremos exemplos de números racionais e os localizaremos na reta numerada, que já contém


alguns números inteiros assinalados:

Podemos notar que entre dois números inteiros consecutivos existem infinitos números
racionais e, também, que entre dois números racionais quaisquer
há infinitos números racionais. Por exemplo, entre os racionais podemos
encontrar os
2

racionais 0,61, entre outros


9
Oposto, módulo e inverso de um número racional

Os conceitos de oposto e módulo, já estudados para os números inteiros, também são válidos
para um número racional qualquer. Assim, por exemplo:

O oposto de - . | O oposto de . |-
Dois números racionais são ditos inversos um do outro se o produto deles é igual a 1. Por
exemplo, 5 e 6 são inversos um do outro; 2 é o inverso de 1; e - 5 é o inverso de - 3.
6 5 2 3 5
Parte Prática

1. Classifique cada item como verdadeiro (V) ou falso (F):


A) 10 ∈ Q
R: verdade
B) ⅓ ∈ Q e 3 ∈ Q
R: verdade
C) x ∈ Q -> x ∈ Z ou x ∈ N
R: verdade
D) 0,851 ∈ Q
R: verdade
E) -2,3 Q
R: falso
F) -2 ∈ Q - N
R: verdade
G) - 17/9 Q
R: falso

H) -5,16666… Z
R: falso
I) ℚ+ ∩ ℚ- = { } R: falso
I) Todo número racional é inteiro.
R: falso

2. Sabendo que m = 3 - 2n e n = -⅔, escreva os seguintes números racionais na forma decimal


e na forma de fração:
a) -m + n b) m + n - 13/4

3. Represente na forma fracionária mais simples:


a) 0,05 R: 5/100
b) 1,05 R: 105/100
c) -10,2 R: -102/100
d) 0,33 R: 33/100
e) 3,3 R: 33/10
f) -2,25 R: -225/100

4. Represente na forma decimal:


a) 45+85 R: 2,4
b) 57100 R: 0,57
c) 225 R: 0,08
d) 3125 R: 0,024
e) 516-165 R: -2,88
5 TORRE DE HANÓI
A Torre de Hanói (Foto 01), ou Torre de Bramanismo, é um jogo constituído por uma
estaca com três pinos e alguns discos organizados um em cima do outro, do maior para o menor,
de baixo para cima, respectivamente. Muito requerida para aprimorar o poder de solucionar
problemas de maneira estratégica, raciocínio lógico, memória e coordenação motora de quem
joga, portanto bastante usufruída por crianças e adolescentes. E essa torre é muito utilizada
também para auxiliar em estudos matemáticos pois, é um jogo que possui características,
propriedades e regras específicas, que contribuem muito para o aprendizado da matéria e no
desenvolvimento de quem a prática.

Foto 01 – torre de hanói


Tal jogo faz com que seja uma maneira descontraída de aprender a fazer funções
matemáticas, como por exemplo a Função Exponencial, Progressão Geométrica e
Sequência Recursiva, tudo isso incluso em uma “brincadeira” divertida e estimulante. As
habilidades que são aplicadas ajudam a entender leis matemáticas, e obter aptidão mental,
para desenvolver estratégias e táticas de estabelecimento de planos e ações de como agir
rapidamente durante as jogadas.

História da Torre de Hanói

O matemático François Édouard Anatole Lucas nasceu em 4 de abril de 1842 na França,


e morreu em 3 de outubro de 1891. Ele inventou a Torre de Hanói, a sequência de Lucas e o
teorema de Lucas.
O francês Edouard Lucas criou a Torre de Hanói com o intuito de vender o produto
como um brinquedo para crianças, no ano de 1883, que dizia que o jogo era popular no Japão
e na China. A torre tem seu nome influenciado pela torre símbolo da cidade Hanói, no Vietnã.
De acordo com Edouard, ela teria sido inspirada em uma lenda Hindu. Segundo a lenda, o Deus
Brama havia criado três pinos sob uma plataforma de bronze, e em uma delas havia 64 discos
de ouro, para que os monges do templo Benares (situado no centro do universo) pudessem
mover os discos de uma haste à outra. As instruções que o Deus havia dado eram: os discos
deveriam ser mudados de um pino para o outro um de cada vez, sem ficar um disco maior acima
de outro menor. Quando o objetivo fosse alcançado, o templo seria desmoronado e o mundo
acabaria, surgindo assim um novo mundo.
Em 1884, De Parville, outro matemático francês, apresentou uma história diferente, mas que
ainda estava relacionada com a torre de Hanói.
No templo Benares, embaixo de uma cúpula que marca o centro do mundo, havia uma
placa de bronze sobre a qual estão fixadas três hastes de diamante, todas elas muito altas e finas.
Em uma dessas hastes, Deus, quando fez o mundo, colocou 64 discos de ouro puro, de forma
que o disco maior ficasse sobre a placa de bronze e os outros decrescendo até chegar ao topo.
Isto se construiu na torre do bramanismo. Dia e noite, os monges transferiam os discos de um
pino para o outro, de acordo com as leis fixas e imutáveis do bramanismo. Exigiam que os
monges nunca movessem mais de um disco por vez e nunca deixassem um disco maior ficar
sobre um menor. Quando os 64 discos fossem transferidos para outra haste, a torre, o templo e
as pessoas seriam transformadas em pó e o mundo desapareceria.
Aplicações da Torre de Hanói

Suas aplicações podem ser usadas em escolas, para que os professores desenvolvam o
cognitivo de seus alunos e os mesmos aprendam a trabalhar em grupo. A torre pode ser
trabalhada em vários níveis, até na pré-escola com a separação das peças por tamanho, além de
ajudar na coordenação motora, identificando tamanhos, ordem, etc.
Além disso, o aluno aprende a compreender a como agir, refletir, criar hipóteses e
construir seu conhecimento, já que o jogo gera diversas dificuldades, para que o aluno analise
a torre e teste suas hipóteses, e assim entender seus erros e aprender com eles.

Fórmula Matemática

Existem 3 pinos (ou torres): Um na esquerda, um no meio, e um na direita. O objetivo


do jogo é passar todos os discos (um maior que o outro) de uma extremidade à outra (a
quantidade de discos fica à mercê do jogador). Entretanto, como todo jogo, existem regras, estas
sendo as seguintes:
• Um disco maior não pode estar acima de um disco menor;
• Deve-se mover apenas um disco por vez;
• É permitido apenas o deslocamento do disco que está na superfície da torre.
Devido ao jogo ser estratégico, há uma fórmula matemática que pode ser utilizada para
ajudar a descobrir o número de movimentos: 2n- 1, sendo "n" o número de discos. Por exemplo,
se jogarmos com sete discos e usarmos a fórmula dita, descobriremos que o número mínimo de
jogadas será 63(2n = 64-1 = 63).
Outro exemplo, é utilizando três peças, que no caso aplicando a fórmula 2n-1, ficaria da
seguinte forma, 23-1=7.
1º movimento

2º movimento 3º movimento

4º movimento 5º movimento
6º movimento 7º movimento

Conclusão

A partir da análise dos dados pode-se concluir que o jogo torre de Hanói contribui para
o ensino e aprendizagem da matemática, e também para a formação geral dos sujeitos no
desenvolvimento de habilidades relacionadas ao raciocínio, resolução de problemas e
criatividade. Com isso, traz muitos benefícios para o cérebro humano, auxiliando o mesmo a
exercitar seus conhecimentos e memória, e motiva a obter interesse em raciocínios lógicos,
assim ajudando a gostar mais da matéria.
6 INTERVALOS REAIS
O conjunto dos números reais possui também subconjuntos denominados intervalos, nos quais
os elementos são determinados por meio de desigualdades. Sejam os números reais a e b, com
a <b.

• Intervalo aberto de extremos a e b é o conjunto] a, b [= {x ∈ℛ | a<x<b}. ]3,5[= {x∈ℛ | 3


<x<5}.

• Intervalo fechado de extremos é o conjunto] a, b [= {x∈ℛ | a ≤x ≤b}.]3,5[={x∈ℛ|3 ≤x ≤5}

•Intervalo aberto à direita e fechado à esquerda de extremos a e b é o conjunto [a, b [= {x ∈ℛ|


a ≤x < b}. [3, 5 [= {x ∈ℛ|3 ≤x < 5}

•Intervalo aberto á esquerda e fechado á direita de extremosa e b é o conjunto] a, b] = {x ∈ℛ |a


< x ≤b}.]3,5] = {x ∈ℛ|3 < x ≤5}.

Existem ainda os seguintes intervalos:

•∙] -∞, a] ={x ∈ℛ|x ≤a}.∙]-∞,3] = {x ∈ℛ|x ≤3}.

•∙] -∞, a] = {x ∈ℛ|x<a}.] -∞, 3] = {x ∈ℛ|x <3}.

•∙] a,+∞] = {x ∈ℛ|x >a}.∙] 3,+∞] = {x ∈ℛ|x >3}.


Na resolução de inequações e de outros problemas em que são necessárias operações como
união, interseção etc. entre intervalos, podemos utilizar uma representação gráfica.
Exemplo:

Dado os intervalos:
A = {x ∈ℛ |−1≤x >3}, B = {x ∈ℛ | x >1} e
C =] -∞, 2], podemos representá-los como se vê acima

Operações com Intervalos:


Vamos determinar A∩B, B ∩C, A∪B e A ∪B ∪C.

•A∩B

•B ∩C

•A∪B

•A ∪B ∪C
Parte Prática

26. Represente graficamente cada um dos seguintes intervalos:


a) ]-3, 5]
Resposta:

b) ]-∞, 23[
Resposta:

c) [7/5, +∞[
Resposta:

d) ]0, 2[
Resposta:

e) [-1, 1[
Resposta:
f) ]2, 5[
Resposta:

27. Descreva, por meio de uma propriedade característica, cada um dos conjuntos
representados a seguir:

Respostas:
a) [-2, + [
b) ]-, 32]
c) ]-¼, 1]
d) ]-¾ , 0]

e) Sejam A = {x ∈ R | x > -2} e B = ]-3, 43]. Determine:

a) A𝖴B
b) A∩B

c) A-B

d) B-A

29. Com relação ao exercício anterior, determine a quantidade de números inteiros


pertencentes a A ∩ B.

30. Represente, por meio de uma operação entre conjuntos, os intervalos abaixo
representados:

Resposta:
A = [-1, 3/2[ B = [2, +[
A = {x R | x > -1 e < 3/2}
B = {x R | x > 2}
7 FUNÇÕES
Uma função matemática é uma relação entre um conjunto de valores de entrada (chamados de
domínio) e um conjunto correspondente de valores de saída (chamados de contradomínio ou
imagem). Em termos mais simples, uma função matemática recebe um valor de entrada e
produz um valor de saída.

Domínios, contradomínios e imagens

O domínio de uma função é o conjunto de todos os valores de entrada válidos para a


função. Em outras palavras, é o conjunto de valores para os quais a função está definida. Por
exemplo, se tivermos a função f (x) = 2x + 1, o domínio pode ser o conjunto dos números reais,
pois a função está definida para qualquer valor de x pertencente aos números reais.

O contradomínio de uma função é o conjunto de todos os possíveis valores de saída da


função. Em outras palavras, é o conjunto de valores que a função pode produzir. Continuando
com o exemplo da função f (x) = 2x + 1, o contradomínio pode ser o conjunto dos números
reais, pois a função pode gerar qualquer número real, dependendo do valor de x.

O conjunto imagem, também conhecido como imagem ou conjunto imagem da função,


é o conjunto de todos os valores de saída que a função pode assumir quando percorre todos os
valores do domínio.
Em outras palavras, o conjunto imagem é formado pelos valores reais que a função realmente
produz para os elementos do seu domínio. É o conjunto de todos os valores que a função pode
"alcançar" ou "mapear".

Exemplos
Uma função f: A→B definida pela lei de formação f(x) = 2x, em que seu domínio é o conjunto
A={1, 2, 3} e o contradomínio B={1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}, pode ser representada pelos valores da
tabela e pelos diagramas:

Domínio x f (x) = 2x Imagem y


1 f (1) = 2*1 2
2 f (2) = 2*2 4
3 f (3) = 2*3 6

Exemplo 2

Uma pista de ciclismo tem marcações a cada 600 m. Um ciclista treina para uma prova de
resistência, desenvolvendo uma velocidade constante. Enquanto isso, seu técnico anota, de
minuto em minuto, a distância já percorrida pelo ciclista.
O resultado pode ser observado na tabela abaixo:

INSTANTE (MIN) DISTÂNCIA (M)


0 0
1 600
2 1200
3 1800
4 2400
5 3000
... ...

a cada instante (x) corresponde uma única distância (y). Dizemos, por isso, que a distância é
função do instante. A fórmula (ou a lei) que relaciona y com x é:

y = 600 * x, com y em metros e x em minutos.

Parte Prática

25 - Sejam os conjuntos A = {-2, -1, 0, 1, 2} e B = {-1, 0, 1, 2, 3, 4, 5}.


Em cada caso, determine o domínio, o contradomínio e o conjunto imagem de f:
a) f: A → B dada por f (x) = x + 2
b) f: A → B dada por f (x) = x²
c) f: A → B dada por f (x) = -x + 1
d) f: A → B dada por f (x) = |x|

26 - Se A = {x ∈ Z | -2 ≤ x ≤ 2}, B = {x ∈ Z | -5 ≤ x ≤ 5} e f: A → B é definida
pela lei y = 2x+1, quantos são os elementos de B que não pertencem ao conjunto imagem da
função?

27 - Seja f: N → Z definida por f (x) = -x. Qual o conjunto imagem de f?

28 - Se x e y são números reais, estabeleça o domínio de cada uma das funções dadas pelas
seguintes leis:

a) y = -4x² + 3x - 1
b) y = -3x + 11/2
c) y = 2x + 3/x
d) y = 4/x - 1

29 - Se x e y são números reais, determine o domínio das funções definidas por:


a) y = √ (x-2)
b) y = ³√ (4x+1)
c) y = 3x+1/√ (x-3)
d) y = √ (x-1) /x
Respostas

25 - A) Conjunto Domínio: A = {-2, -1, 0, 1, 2}


Conjunto Contradomínio: B = {-1, 0, 1, 2, 3, 4, 5}
Conjunto Imagem: {0, 1, 2, 3, 4}

B) Conjunto Domínio: A = {-2, -1, 0, 1, 2}


Conjunto Contradomínio: B = {-1, 0, 1, 2, 3, 4, 5}
Conjunto Imagem: {0, 1, 4}

C) Conjunto Domínio: A = {-2, -1, 0, 1, 2}


Conjunto Contradomínio: B = {-1, 0, 1, 2, 3, 4, 5}
Conjunto Imagem: {-1, 0, 1, 2, 3}

D) Conjunto Domínio: A = {-2, -1, 0, 1, 2}


Conjunto Contradomínio: B = {-1, 0, 1, 2, 3, 4, 5}
Conjunto Imagem: {0, 1, 2}

26 - Existem 6 elementos em B que não pertencem ao conjunto imagem da função f, são eles: -
5, -4, -2, 0, 2, 4.

27 - O conjunto imagem de f é o conjunto de todos os valores obtidos após aplicar a função a


cada elemento do domínio, ou seja, é o conjunto de todos os valores negativos dos números
naturais.
Portanto, o conjunto imagem de f é o conjunto de todos os números inteiros negativos.

28-
a) Domínio: Todos os números reais, R.
b) Domínio: Todos os números reais, R.
c) Domínio: Todos os números reais, exceto x = 0.
d) Domínio: Todos os números reais, exceto x = 0.

29 -
a) Domínio: x ≥ 2.
b) Domínio: Todos os números reais, R.
c) Domínio: Todos os números reais x, exceto x = 3.
d) Domínio: Todos os números reais x, exceto x = 1 e x = 0.
8 FUNÇÃO DE GRÁFICO
Um gráfico de função é uma representação visual que ilustra como os valores de uma função
mudam conforme a variável independente varia. Ele utiliza um plano cartesiano, com a variável
independente no eixo x e os valores da função no eixo y, permitindo uma compreensão rápida
das relações entre as variáveis.
Veja exemplos:

f(x) = 2x+3

f(x) = x+3

f(x) = 2x+5
Representação de pontos em um plano

Para representar pontos em plano, procederemos da seguinte maneira:


1°) Traçamos duas retas (eixos) perpendiculares e usamos a sua inserção 0
como origem para cada um desses eixos.
2°) Para cada um dos eixos, escolhemos uma unidade de medida e um sentido positivo.

3°) Para cada ponto P do plano traçamos:


 Uma reta paralela ao eixo vertical que intercepta o eixo horizontal no ponto X
 Uma reta paralela ao eixo horizontal que intersecta o eixo vertical no ponto Y.

4°) O número real x = med(OX) é a abscissa de P, e o número real y = med(OY) é a ordenada


de P. Observe, na figura acima, que a abscissa de P é positiva e a ordenada de P também é
positiva.
Os números reais x e y são as coordenadas de P e as indicamos na forma de par ordenado
P(x, y).
O plano que contém as duas retas é o plano cartesiano.
O eixo horizontal (OX) é o eixo das abcissas. O eixo vertical (Oy) é o eixo das ordenadas.
Observe, no plano cartesiano seguinte, a representação dos pontos A, B, C, D, E e F por meio
de suas coordenadas:

Construção de Gráficos
Como podemos construir o gráfico de uma função conhecendo sua lei de correspondência y =
f(x) e seu domínio D?
Se D é finito, pode-se proceder assim:
 1°) passo: Construímos uma tabela na qual aparecem os valores de x pertencentes a D e os
valores do correspondente y, calculados por meio da lei y
= f(x);
 2°) passo: representamos cada par ordenado (a, b) da tabela por um ponto do plano cartesiano.
O conjunto dos pontos obtidos constitui o gráfico da função.

Exemplo
Vejamos como construir o gráfico da função dada por y= 2x, com domínio D = {-3, -2, - 1, 0,
1, 2 ,3}.

1° passo:
Construímos uma tabela:
2° passo:
Representamos os pares ordenados que estão na tabela por pontos, a saber:

 A (-3, -6)
 B (-2, -4)
 C (-1, -2)
 D (0, 0)
 E (1, 2)
 F (2, 4)
 G (3, 6)

O gráfico da função é formado por esses


7 pontos.

Exemplo
Veja como são os gráficos da função y= 2x em domínios diferentes do
exemplo anterior.
9 FUNÇÃO QUADRÁTICA
Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2° grau, qualquer função f de ℝ em ℝ
dada por lei da forma f(x) = a𝑥2 + bx + c, em que a, b, c são números reais a G 0.
Veja os exemplos a seguir.
 f(x) =2𝑥2 + 3X +5, sendo a =2, b = 3 e c=5.
 f(x) = 3𝑥2-4x +1 sendo a= 3,b= -4 e c = 1.
 f(x) = 𝑥2 - 1, sendo a =1, b = 0 e c= -1.
 f(x) = -𝑥2 + 2x = sendo a = -1, b = 2 e c = 0.
 f(x) = -4𝑥2, sendo a = -4, b = 0 e c =0.

Gráfico da função quadrática

Vamos construir os gráficos de algumas funções polinomiais do 2° graus.


Veja os exemplos.

Exemplo

Para construir um gráfico da função f: ℝ -> ℝ dada por f (x) = 𝑥2+ x,


atribuímos a x alguns valores (observe que o domínio de f é R), calculamos
o valor correspondente de y para cada valor de x e, em seguida, ligamos os
pontos obtidos:

Raízes de uma equação do 2º grau


Chamam- se raízes ou zeros de uma função polinominal do 2ºgrau, dada por
f(x) = a𝑥2
+ bx + c, com a ≠ 0, os números reais x, tais que f(x) = 0.
Em outras palavras, as raízes da função y = a𝑥2 + bx + c são as soluções (se
existirem) da equação do 2º grau a𝑥2 + bx + c = 0.
Vamos deduzir a fórmula que permite obter as raízes de uma função quadrática.
Temos:

Vamos obter os zeros da função F de ℝ em ℝ, definida pela lei f(x) = 𝑥2 – 5x + 6.


Temos a = 1, b = -5 e c = 6.
Então:

Vamos calcular as raízes da função dada pela lei f(x) = 4𝑥2 – 4x + 1.


Temos a = 4, b = -4, c = 1. Então:

As raízes são 1 e 1, ou seja, a função admite duas raízes iguais a 1, ou ainda, a função
2 2 2
admite uma raiz real dupla igual a 1.
2

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