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MARELINO CORRADI
1-introdução:......................................................................................................1
3 – inoculação:...................................................................................................3
4- Rechupes:......................................................................................................4
5 – Contração:....................................................................................................5
7-Sistema de alimentação:.................................................................................7
7.12 – Resfriadores:...........................................................................................22
14 - Referencias bibliográficas:..........................................................................60
Agradecimentos:
1. Introdução:
Tem um ditado que diz:” meça 2, 3 vezes e faça uma”. Da mesma forma um
projeto de fundição bem feito, bem calculado, bem pensado, evita
moldações, fusões perdidas gerando prejuízo para a empresa. Todo
processo de fundição depende do projeto do sistema de canais e
alimentação.
4 – inoculação:
Dado que parte dos núcleos tendem a dissolver ou separam por diferença de
densidade (fenômeno chamado fading), a sua efetividade diminui com a
passagem do tempo. O crescimento deste tipo de fases não metálicas, no seio
de banhos metálicos, necessita que haja homogeneidade na dispersão do
inoculante pelo banho, proporcionando simultaneamente campos de elevada
atividade de carbono e com boa quantidade e qualidade de núcleos.
5- Rechupes:
6 – Contração:
Vale destacar, que cada metal ou liga metálica possui um coeficiente próprio de
contração, que leva em consideração não somente o tipo do metal, mas também
as suas dimensões.
Para confecção dos moldes em areia utilizam-se modelos que podem ser
confeccionados em madeira, resinas ou metais como alumínio e aço. Os
modelos servem para moldar a areia com o formato do produto a ser fundido.
Tanto os modelos como as caixas de macho devem contemplar a contração do
material a ser fundido e o ângulo de saída, para a extração do modelo no molde
de areia.
Por isso todos os modelos sempre serão maiores que a peça e por causa das
marcações, contração e sobre metal para usinagem ficam com o formato as
vezes bem diferente da peça a ser produzida.
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8-Sistema de alimentação:
8.1 - Regra dos módulos: O módulo do massalote deve ser sempre maior que
o módulo da região da peça a ser alimentada. Garantido que que o massalote se
solidificará depois da peça, direcionando a solidificação.
O princípio geral de alimentação exige que ocorra solidificação direcional para os
massalotes, ou seja, as partes finas das peças devem ser as primeiras a
solidificar, sendo alimentadas por metal líquido vindo das partes grossas
adjacentes. Assim, é necessário estabelecer quais são as áreas grossas que
serão as últimas a solidificar, onde serão colocados os massalotes:
FECHAMENTO
Através destas imagens vemos que existem 2 duas regiões da peça que
necessitam de alimentação. Pois haverá um fechamento no centro(região mais
fina da peça), o que impende a alimentação total da peça com apenas 1
massalote.
Então neste caso precisaremos dividir a peça em partes de acordo com a sua
geometria para podermos realizar os cálculos dos módulos e fazer o projeto de
alimentação.
NÃO TROCA CALOR
M2
M1
M3
10
NÃO TROCA CALOR
M1
M2
M3
Nas imagens acima temos as vistas das partes da peça em duas perspectivas
diferentes para analisar todos os lados da peça. As regiões marcadas de
vermelho não tem contato com o molde, por isso não trocar calor com o molde.
E estas áreas que não trocam calor devem ser subtraídas da área total no
cálculo dos módulos.
M1
M2
M3
M2
M2
M2
2 3
VOLUME= (área da base) 5X7=35 Cm X (Altuta)3Cm = 105 Cm
Então com todos os dados em mão mãos vamos calcular o módulo desta
região da peça:
Cm
= 1,16cm ± 1,2 Cm
Então com todos os dados em mão mãos vamos calcular o módulo desta
região da peça:
Cm
= 0,88cm ± 0,9 Cm
Então com todos os dados em mão mãos vamos calcular o módulo desta
região da peça:
Cm
= 0,96cm ± 1 Cm
O MÓDULO DA REGIÃO 2 = ± 1Cm
Então os módulos de nossa peça ficou assim:
1,2 Cm
0,9 Cm 1 Cm
Mn (Módulo do massalote)
Mp (Módulo da peça)
k (Coeficiênte de funcionalidade do massalote)
Mp1 1,2 Cm
0,9 Cm 1 Cm Mp2
M2
M2
Mp3
M2
Módulos da peça
Mp1= 1,2Cm Mp2=0,9Cm Mp3+1Cm
Módulo do massalote da parte Mp1 1,2 x 1,2 = 1,44Cm
Módulo do massalote da parte Mp2 0,9 x 1,2 = 1,08Cm
Módulo do massalote da parte Mp3 1 x 1,2 = 1,2Cm
∑Vm ≥ Vc x K´ x r
IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DA FÓRMULA
∑Vm Somatória do volume dos massalotes.
Vc Volume da cavidade do molde ou parte dela.
K´ Coeficiente de eficiência do massalotes.
R Taxa de contração volumétrica.
TIPO DE MASSALOTE K´
MASSALOTES COMUNS 6
MASSALOTE AQUECIDOS PELO ATAQUE 5
MASSALOTES COM LUVA E OU PÓ EXOTÉRMICO 4
MASSALOTES FERRO CINZENTO MOLDE RÍGIDO 3
Abaixo segue a tabela de taxa de contração volumétrica para as ligas ferro fundido
cinzento e ferro fundido nodular:
Abaixo segue a tabela de taxa de contração volumétrica para as ligas de aço e ligas
não ferrosas:
Nos casos de ferros fundidos cinzentos (grafita lamelar), e ferro fundidos nodular
(grafita esferoidal,a zona de ação é indeterminada ou indefinida, onde o números de
massalotes é definido calculando e levado em consideração a regra a da contração
volumétrica estuda acima.
Esta distância da abertura das isotermas ou alcance dos massalotes, pode ser
aumentada com o uso de resfriadores, criando um gradiente térmico maior e
direcionando a solidificação para o massalote.
Zona de ação
Extremidade
Efeito da Extremidade
1 Efeito da Extremidade
Efeito da Extremidade
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RESFRIADOR
Para os dois casos vamos usar massalotes comuns abertos diretos sobre o topo
comuns sem luva
Neste caso os massalotes serão confeccionados em madeira e
colocados sobre o modelo da peças. Como são massalotes abertos
diretos o fator para calcular o diâmentro é 4.
Claro que é uma peça muito pequena fictícia somente de exemplo, por isso os
módulos e o diâmentro também saõ muito pequenos. Mas o tamanho não
importa. O que importa é saber calcular e dimensionar corretamente os
massalotes.
Caso tenha dúvidas sobre seção de ligação dos massalotes basta consultar a
tabela dos tipos de massalotes estuda anteriormente.
Neste caso a seção de ligação neste caso é 0,4 a 0,7 o Ø do massalote. Vamos
usar a 0,5 x Dm(Ø do massalote)
Devemos evitar usar a altura do massalote = ao diâmetro, devido ao seu volume ser menor
durante o processo de solidificação. Poder ser que o rechupe do massalote chegue até a peça.
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8.13 – Resfriadores:
O Uso de resfriadores externos deve ser usado com cautela e como último
recurso. Pois, na região onde o resfriador é colocado, devido ao resfriamento
super rápido esta região da peça fica coquilhada com dureza elevada e
presença de carbonetos. Além disto o uso de resfriadores demanda algum custo
e aumenta o tempo de moldação e cuidados no checkout para recuperar o
resfriador.
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FUNIL DE
CANAL DE
VAZAMENTO
DESCIDA
CANAL DE
DISTRIBUIÇÃO
CANAIS DE
ATAQUE
Os filtros cerâmicos para fundição são elementos usados em grande escala para
melhorar a qualidade e o rendimento do material fundido na indústria de fundição
de materiais ferrosos e não ferrosos. Além disso, eles capturam inclusões
indesejadas e, também, ajudam a reduzir o fluxo turbulento. Esse material tem
excelente resistência térmica, sendo fornecido em diversos tamanhos, de acordo
com a necessidade de cada empresa.
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Queda livre da panela até o molde – Nos moldes vazados por gravidade, o metal
cai em queda livre da altura da panela até o molde, sendo acelerado pela força
da gravidade (g): Velocidade=(2.g.h)½. Quanto maior a altura de queda (h),
maior será a velocidade de chegada do metal no molde.
Nestes casos simples apresentados acima, a queda do metal ainda vai coincidir
com o canal de distribuição, provocando turbulência e arraste de areia. Para
amenizar esta queda é importante fazer uma base abaixo da apartação, e ou
abaixo do canal de distribuição afim de absorver um pouco o impacto da queda
do metal no canal de distribuição.
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Caso o volume não seja uniforme, ou seja, um lado precisa receber um volume
maior de metal líquido que o outro, então o canal de distribuição dever ser
calculado também proporcionalmente. A área de uma lado do canal de
distribuição deverá ser maior que o outro lado, para que o fluxo e o volume
sejam divididos proporcionalmente.
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Sistema 1:
Sistema 2:
Sistema 3:
Vazamento na apartação no centro da
cavidade ou abaixo com massalote
aquecido pelo ataque. Recomendado
pata ligas muito oxidáveis no estado
líquido e com escalonamento
divergente e com solidificação por
camadas finas. Exemplos de ligas:
1 - Aços com 12 a 14% de Cromo
2 - Ferros fundidos cinzento e nodular
3 - Ligas de alumínio com 13% Si
4 - Latão de alta resistência.
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Sistema 4:
A maior parte dos óxidos formados por reoxidação em aços e ferros fundidos
cinzentos apresenta-se como material granulado fino de baixa densidade,
tendendo a se depositar nas superfícies superiores das peças (ou inferiores de
machos). Em ferros fundidos nodulares, os óxidos formados por reoxidação
(MgO.SiO2) apresenta-se como filmes, também conhecidos como “drosses”.
FILTRO
CERÂMICO BASE DO FILTRO
RESERVATÓRIO DE METAL
FILTRO FILTRO
CERÂMICO CERÂMICO
mm2
Bem para entendermos melhor esta fórmula, como se chegou até ela e
entender cada componente da fórmula é preciso entender um pouco sobre a lei
da conservação de energia, sobre altura metalostática, entre outros.
Mp = m x g x h
m = Massa do corpo em Kg
g = Aceleração gravitacional em m/s
h = Altura
Tudo que está no alto em relação ao solo possui energia potencial. Quando um
menino segura uma bola, a energia desta bola está relacionada a altura dela a
partir do chão. Se o menino solta a bola, esta energia potencial é transformada
em energia cinética.
Sd
10.2 - Fórmula usada para cálculo do sistema de enchimento:
mm2
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Atura metalostática
Cavidade da peça
Caixa superior
Caixa inferior
Neste caso a cavidade da peça está dividida nas duas caixas, uma parte da
cavidade da peça está na caixa inferior e outra parte está na caixa superior.
Neste caso devemos levar em consideração a altura do funil até a apartação, ou
até a superfície da caixa inferior que seria (Hi) e a altura da superfície do funil
até a parte mais alta da cavidade da peça no molde. que seria: (Hf).
Neste caso devemos obter a altura metalostática seria a média das alturas, com
a seguinte fórmula:
H=
No caso do vazamento por baixo critério seria o mesmo aplicado e estudado
acima.
Pesquisas foram realizadas pela AFS para determinação dos tempos médios de
enchimento. Estas pesquisas levaram a equação (E-4) que possui variáveis
relacionadas em função do peso, espessura da peça e temperatura do metal.
T = Kf x (1,23 + 0,06 x e) x
t = tempo de enchimento (s)
p = peso da peça (Kg)
e = menor espessura da peça
Kf = Coeficiente de fluidez
T= x 1,64 onde:
T = Tempo em segundos.
Pc = peso do cacho – peça e massalotes.
1,64 = constante (que pode e deve ser adaptada a realidade da fundição).
“Sim, o tempo é relativo. Em nosso dia a dia usamos o relógio para marcar o
tempo, mas como grandeza relativa ele depende do referencial a partir do qual o
medimos. Dessa forma, o tempo deixa de ser um valor absoluto e passa a ser
relativo ao ponto de vista.” – fonte Jornal estado de Minas.
É claro que todo corpo que se arrasta sobre o outro, ou se movimenta sobre
outro haverá o atrito. No sistema de enchimento não podia ser diferente, é física.
Então pense bem! Quanto maior for o número de canais de ataque no molde
maior será o atrito e maior será a perda de carga ou energia cinética.
Lembra da nossa amiga energia cinética? Claro, que como o tempo, a escolha
do número de canais de ataque é relativa. Relativa a geometria da peça, relativa
a limitações e marcações de macho do ferramental que impedem o
posicionamento do canal na região, etc. lembra da fórmula?
mm2
d=
d = Diâmentro do canal de descida
1,2732 = constante
Sd = Área transversal do canal de descida
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Canal de descida
Canal de
distribuição Ataques
Escalonamento
Canal de descida
Canal de
distribuição Ataques
Continuo
Sc = 1,05 x
440,5mm2
Peças
ataque
s
2
Sa2 = Sa1 . = Sa2= 60 ,5/3 = Sa2= 60
2
Sa3= 60 = Sa3= 60 ,5/1,8 = Sa2= 60
Outros tipos de sistemas de canais verticais podem também ser usados para
produção de peças boas, mas o sistema de canais pressurizados oferece
vantagens econômicas e tecnológicas. Para este sistema temos que levar em
consideração a alta velocidade, sendo que a taxa de vazamento ou vazão para
as peças posicionadas na metade do molde é quase a mesma para as peças
posicionadas na parte de cima do molde. Se a taxa de vazamento para as peças
que ficam na parte inferior do molde é muito alta, então é possível que tais peças
apresentem defeitos devido à penetração de metal, pinholes e porosidades por
gases. O motivo é que nesta região temos uma grande turbulência, e as peças
que estão na parte de baixo do molde enchem muito rapidamente, resultando na
então chamada explosão de gás ou vazamento por choque (DISA – GATING,
1988).
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A turbulência do metal poderá erodir grão de areia que serão arrastados
para a cavidade do molde.
A Figura abaixo apresenta outro caso de um sistema com fluxo não continuo nos
canais. As áreas dos canais de distribuição são bem proporcionais e após pouco
segundos o sistema de canais está cheio, ambos as cavidades começam a
encher quase que simultaneamente.
Peso da peça
= 156,07 Kg
3
Vc= 25.503,42 x 1,047 = 26.702,08 Cm
Para o cálculo do sistema de canais sempre vamos usar a fórmula abaixo. Com
ela vamos encontrar o valor da Sd, que é a secção transversal do canal de
descida. Através da Sd vamos definir o Ø do canal de descida a seção do canal
de distribuição e a seção dos canais de ataques.
2
mm
mm2
2 - Vamos resolver esta parte em destaque primeiro:
mm2
3- Vamos resolver a segunda parte:
2
mm
4- Valor da Sd:
mm2
14.5 Cálculo do diâmetro do canal de descida:
d=
d = Diâmentro do canal de descida
1,2732 = constante
Sd = Área transversal do canal de descida
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d= mm2
13.7- Escalonamento:
Isto também ocorre nos canais. Quando você quer pressão e velocidade nos
canais principalmente de ataque você deve diminuir a sua área em relação ao
canal de descida e de distribuição. Ex: 1 : 1 : 0,8
Exemplo de escalonamento:
1 1 0,8
Canal de descida canal de distribuição canal de ataque
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Neste caso a área do canal de ataque está menor que a área do canal de
descida e do canal de distribuição. Enquanto que os canais de descida e
distribuição estão com a mesma área.
Sc2
Sc1
Para acharmos um valor para uma seção quadrada basta tirar a raiz quadrada
de Sc. L= mm2 = 27,2 ±28mm
Bem já sabemos os valor do lado da seção quadrada se quiser uma seção
retangular basta aumentar a medida de um dos lados acima de 28mm.
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Nosso exemplo:
5 º e saída
Bem, primeiro devemos definir o números de canais de ataques que vamos usar
em nosso sistema de alimentação. Neste caso do projeto de exemplo vamos
usar apenas 2 canais de ataques.
Podemos definir que a área de todos os ataques como:
Fundição não é uma ciência exta. Pelo contrário existem muitas variáveis que
interferem no processo, algumas você tenta prever, calcular e evitar, outras
variáveis são imprevisíveis. Podemos citar algumas: o tempo (clima), a mão de
obra, acidentes durante o processo, etc.
Fim?............................não. O começo.
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15 - Referencias bibliográficas:
https://dokumen.tips/download/link/determinacao-de-sistemas-de-enchimento-e-
alimentacao.html
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/213171/000747386.pdf?sequence=
1&isAllowed=y
https://pt.linkedin.com/pulse/regras-b%C3%A1sicas-para-
alimenta%C3%A7%C3%A3o-de-pe%C3%A7as-em-ferros-fundidos-fuoco
https://monferrato.com.br/contracao-do-aco-e-ferro/
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/energia-cinetica.htm