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Podcast
Disciplina: Gestão de Resíduos Sólidos
Título do tema: Tecnologias de tratamento e disposição final de
resíduos sólidos
Autoria: Ana Claudia Guedes Silva
Leitura crítica: Alyce Hélida Bastos de Sousa

Abertura:

Saudações aluno! No nosso podcast de hoje iremos abordar sobre a


reciclabilidade dos resíduos sólidos.

A propósito, você já tinha ouvido falar sobre reciclabilidade? Sabe do que se


trata? Conhece sua definição?

Pois bem, há resíduos sólidos que possuem características para serem


reciclados e reaproveitados, entretanto, a sua recuperação e posteriormente
reintrodução na cadeia produtiva novamente se tornam mais cara do que a
produção de um novo produto com matérias primas virgens.

Desta forma, dizemos que existem resíduos sólidos que são recicláveis, mas
não possuem reciclabilidade. E esse impasse em reciclar não é apenas
considerando valor monetário, mas também a dificuldade em coletar ou até
mesmo por não haver tecnologia disponível no mercado para o seu tratamento.

Esse conceito também se estende a questão ambiental. O que me vale reciclar


um produto se irei gastar mais água, energia e matéria prima com ele ou até
mesmo gerar mais efluentes, resíduos e rejeitos no seu tratamento para
posterior reaproveitamento?

Isso deve ser levado em conta e ser colocado na balança. Deve ser verificado
todo o ciclo de vida do produto, considerando tanto os gastos financeiros,
quanto o uso dos recursos naturais para a reciclagem pois, o que adianta
reaproveitar os resíduos visando o cuidado com o meio ambiente se esse
procedimento impactará na mesma proporção ou até mais que utilizando
matérias primas novas?

Então, ao invés de dizer “analisar a viabilidade do produto para ser reciclado”,


podemos dizer em “analisar a reciclabilidade do produto”, considerando não só
apenas a característica do material, mas também o processo de reciclagem
como um todo.

Temos vários materiais no mercado que não possuem reciclabilidade, sendo


os cotonetes, esponjas de lavar louça, papel toalha e vários tipos de plásticos,
dentre eles o papel filme, acrílicos, embalagens com impressões e partes
metalizadas, colheres e garfos de marmitex e mexedores de bebida.
Mas será que esses materiais nunca vão poder ter a reciclabilidade
viavelmente positiva?

Isso tudo vai depender das políticas públicas sobre as empresas que utilizam
esse tipo de material em seus produtos e embalagens, bem como a cobrança
dos consumidores solicitando que as mesmas coloquem em prática a Política
Nacional dos Resíduos Sólidos – a PNRS, e se responsabilizem pelos produtos
e embalagens que colocam no mercado ou até mesmo invistam em tecnologia
de tratamento para esses materiais.

Em alguns locais do Brasil, não há tratamento e reaproveitamento de


poliestireno - material dos copos descartáveis, e para encaminhá-lo em locais
que fariam a sua reciclagem acaba se tornando oneroso, resultando em
apenas a disposição dos resíduos formados por esse material em aterros
sanitários.

Por isso conhecer a reciclabilidade do produto é tão importante, pois através


dela é possível fornecer embalagens mais adequadas às operações de
reciclagem por todo o país, diminuindo o desperdício de recursos naturais e
energia durante o processo produtivo, além de fazer com que menos resíduos
sejam dispostos na natureza ou em aterros.

Isso tudo favorece a economia circular, a qual busca o desenvolvimento


econômico conciliado ao uso eficiente dos recursos naturais, através de novos
modelos de negócios e da otimização nos processos de fabricação.

A característica de destaque nesse conceito de economia estratégica é a


priorização de insumos mais duráveis, recicláveis e renováveis, buscando a
menor dependência possível de matéria-prima virgem.

Mas via de regra, uma coisa é certa: há a necessidade de se atender à


demanda de um mundo mais sustentável, e para isso medidas e ações tanto
por parte das indústrias e organizações, quanto pelos consumidores são
necessárias.

Fechamento:

Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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